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CAPÍTULO 1

Hidrostática

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


“Ei, garoto, a força que lhe conduz
é leve e é pesada, é uma barra de ferro jogada no ar”
Cazuza

Hidrostática
A flutuação é estudada neste capítulo.
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O nosso estudo da Mecânica até aqui envolveu ocupado pela massa de algodão é bem maior do que
exclusivamente objeto sólidos. Nos sólidos, os áto- o volume ocupado pela mesma massa de chumbo.
mos e as moléculas são mantidos em suas posições Há mais massa em um centímetro cúbico de chumbo
por grandes forças. Em líquidos e gases, a interação do que em um centímetro cúbico de algodão.
molecular é muito mais fraca, e as moléculas po-
dem se mover mais livremente ou deslizar em tor- A grandeza física que caracteriza a distribuição
no umas das outras. Substâncias que se comportam da massa m de um corpo, no volume V que ela ocupa
dessa forma são chamadas de fluidos. Por poderem é chamada de densidade ρ, que é definida como
fluir ou escoar com facilidade, os líquidos e gases
são considerados fluidos. m
ρ=
V
A Hidrostática ou estática dos fluidos se refere
ao estudo dos fluidos em equilíbrio. Densidade é uma grandeza escalar e a sua uni-
dade, no SI, é kg/m3, mas é comum expressá-la em
g/cm3 (1 g/cm3 = 103 kg/m3). A tabela a seguir
Densidade (Massa Específica) apresenta a densidade (em g/cm3) de algumas subs-
Se tomarmos massas iguais de algodão e chumbo, tâncias.
1 kg, por exemplo, verificaremos que o volume

1
AS FOTOS TEM DE REPRESNTAR AS MEDIDAS DE PESO CORRETAS

Massas específicas
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

(a 0 ºC e 1 atm)
Hidrogênio 0,000090 g/cm3
Ar 0,0013 g/cm3
Cortiça 0,24 g/cm3
Gasolina 0,70 g/cm3
Gelo 0,92 g/cm3
Água 1,00 g/cm3
Água do mar 1,03 g/cm3
Alumínio 2,7 g/cm3
Ferro 7,6 g/cm3
Prata 10,5 g/cm3
Chumbo 11,3 g/cm3
Mercúrio 13,6 g/cm3 1 kg de algodão / 1 kg chumbo
Ouro 19,3 g/cm 3 Stock Photos

Os gases são muito mais compressíveis e, por esse motivo, a densidade dos gases aumenta muito quan-
do a pressão aumenta. Os líquidos não são tão compressíveis e sua densidade é praticamente a mesma em
qualquer pressão.

Observe que, para um mesmo volume de ferro e Como a densidade do corpo é inversamente pro-
alumínio, a concentração de matéria será maior na porcional ao volume ocupado, aumentando o volu-
amostra de ferro, ou seja, a densidade do ferro é me ocupado pelo corpo, estaremos reduzindo a sua
maior do que a do alumínio. densidade média, podendo, assim, colocá-lo menos
denso do que a água.
Cada substância possuirá uma determinada den-
sidade, daí o nome massa específica para represen- Os submarinos conseguem tanto flutuar quanto
tar a densidade da substância. atingir grandes profundidades. Para isso, eles con-
têm tanques que permitem a entrada da água quan-
Podemos ainda utilizar a relação anterior para do querem submergir. Através de bombas de sucção,
definir a densidade do corpo ou densidade média. os tanques são esvaziados quando se deseja emer-
Acompanhe o exemplo a seguir. gir. Quando está flutuando, a densidade do subma-
rino (densidade média) é menor do que a densidade
Uma bolinha maciça de ferro afundará se a colo- da água. Ao ficar totalmente submerso na água, o
carmos dentro d’água, já que sua massa específica submarino possuirá uma densidade igual à da água.
é 7,6 vezes a massa específica da água. No entanto, Note que, se o casco do submarino romper, uma en-
se moldarmos essa massa de ferro no formato de um trada excessiva de água fará o submarino afundar
“barquinho”, é possível colocá-lo flutuando na água. completamente, encostando-se ao fundo do mar. A
densidade do submarino ficará, neste caso, maior do
m 1 que a da água.
ρbarquinho = ⇒ ρbarquinho α
V V
2
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
ar comprimido

câmaras de
flutuação

Hidrostática
DISCUTA E PENSE

Nos dois dedos, o prego exerce a mesma força,


Quando um objeto é colocado em um líquido,
entretanto você sentirá uma dor maior no dedo
pode flutuar, ficar totalmente submerso sem ir
apoiado sobre a ponta. Nesse dedo a força está dis-
para o fundo ou ficar apoiado no fundo. Tudo isso
tribuída sobre uma área menor acarretando uma
depende da relação entre as densidades do ob-
maior pressão.
jeto e a do corpo. Com base nessas informações,
RESPONDA: É possível que uma bola feita de ouro
Pegue agora um tijolo de 1 kg de massa e co-
flutue em água? JUSTIFIQUE sua resposta.
loque-o sobre uma caixa de areia das duas formas
apresentadas a seguir. Você verificará que o tijo-
lo afundará menos quando estiver apoiado em sua
maior área. O tijolo exerce, nesse caso, uma menor
pressão sobre a areia do que quando apoiado na sua
menor área.

1 kg
1 kg

Pressão
Para a mesma força aplicada, a pressão será tan-
Pegue um prego e coloque-o entre os dedos pole- to maior quanto menor for a área sobre a qual ela
gar e indicador, comprimindo-o. atua. Para uma mesma área, a pressão será tanto
maior quanto maior for a força aplicada.

Em linguagem matemática,

F
P=
A

Para situações em que a força é perpendicular à área.


3
onde P é a pressão, A é a área da superfície e F é o Por isso, ao caminharmos na areia, deixamos um
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

módulo da força resultante perpendicular à super- rastro impresso nela, e objetos cortantes, como faca
fície. e lâminas, devem estar afiados para exercerem a
sua função. A garota na figura a seguir está deitada
Pressão é também uma grandeza escalar, cuja numa cama de pregos e não se machuca. O seu peso
unidade é N/m2, no SI. Essa unidade de pressão é se distribui sobre todos os pregos que estão em con-
denominada pascal (Pa): tato com o seu corpo, aumentando a área de conta-
to, e a pressão de cada prego no corpo da garota não
1 Pa = 1 N/m2 é muito grande.

ENVIAR ORIGINAL
Ouvi um estrondo
e quando me voltei ele
tinha desaparecido!..

DISCUTA E PENSE

1. Qual é o segredo do faquir? 3. Por que a agulha possui uma ponta bem fini-
nha?

2. Se você tivesse de levar um pisão no pé, dado


por uma certa pessoa, preferiria que tal pes- 4. O que significa afiar uma faca?
soa estivesse usando tênis ou salto alto?

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PRESSÃO ATMOSFÉRICA Uma unidade conveniente para expressar a pres-
são atmosférica é a atmosfera (atm), sendo esta de-
A Terra está envolta por uma mistura não homogê- finida ao nível do mar.
nea de gases (o ar) denominada atmosfera terrestre.
Essa atmosfera exerce uma pressão sobre os corpos Ao nível do mar:
nela inseridos — a pressão atmosférica (Patm).
Patm = 1 atm = 1,01 x 10 5 N/m2

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


Atmosfera À medida que nos afastamos da superfície da Ter-
ra, o ar torna-se mais rarefeito, e o tamanho da co-
luna de ar diminui. Em uma elevada altitude, além
de a camada de ar acima ser menor, a densidade do
ar também é menor, acarretando uma pressão at-
mosférica pequena. A tabela a seguir mostra como
varia a pressão atmosférica com a altitude. O nível
do mar corresponde à altitude 0 metro: aí a pressão
Terra

Hidrostática
atmosférica é máxima.

Altitude (m) 0 500 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000
Patm (atm) 1,00 0,95 0,88 0,79 0,70 0,61 0,54 0,47 0,41 0,36 0,32 0,28

FAÇA O EXPERIMENTO E
PENSE!
ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
Diversas experiências podem ser realizadas sorvente e verifi-
para demonstrar a existência da pressão atmos- que que a água não
férica. Vejamos algumas. cai! A pressão at-
mosférica está sus-
• Aqueça uma lata metálica com um pouco de tentando a coluna
água ao fundo. Após toda a água evaporar, la- de água, agindo na
cre a lata e coloque-a embaixo da água cor- superfície do pa-
rente. A pressão atmosférica será maior do pel.
que a pressão dentro da lata e esta sofrerá um
colapso.
• Quando usamos
ILUSTRAÇÃO EDITORIAL um canudinho de
refresco, a sucção
que fazemos do ar
dentro do canu-
dinho provoca
a redução
da pressão
interna, e
Bo
b
Kn

a pressão
ig
ht
_S
to

atmosféri-
ck
.
xc
hn

ca encar-
g

rega-se de
• Encha um copo com água até a borda. Coloque
empurrar
sobre o copo uma folha de papel não absor-
o refresco
vente. Com cuidado, segurando o papel, em-
para cima,
borque o copo, mantendo-o com a boca para
dentro do
baixo. Retire lentamente a mão do papel ab-
canudinho.

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• Em 1656, o físico Otto Von Guericke realizou uma
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

célebre experiência sobre pressão atmosférica.


Com uma bomba de vácuo que ele mesmo havia
inventado, Guericke tirou o ar de dois hemisférios
de metal que tinham sido postos em união somen-
te com graxa. A seguir, ele atrelou um grupo de
oito cavalos a cada um dos hemisférios e fez com
que eles tentassem separar o conjunto. Apesar de
todo o esforço, os cavalos foram incapazes de se-
pará-los. O que impedia a separação era a pressão
atmosférica sobre a superfície externa dos hemis-
férios. Esta experiência foi feita na cidade alemã
de Magdeburgo e os hemisférios passaram a ser
conhecidos como “hemisférios de Magdeburgo”. Hemisférios de Guericke
Reprodução / Domínio Público

DISCUTA E PENSE PRESSÃO EM UM FLUIDO


Considere um peixe dentro de um aquário. A
pressão que o peixe suporta a certa profundidade
h dependerá da pressão atmosférica Patm local e da
1. O que você espera acontecer quando tentar pressão que a coluna do líquido de densidade ρ exer-
tomar um refrigerante com o canudinho fu- ce sobre ele.
rado? A pressão que o líquido
exerce é chamada de pres- Patm
são hidrostática Phidrostática.
Para exemplificar, observe
a figura ao lado que repre-
senta um peixe dentro do
aquário.
Podemos determinar h
2. Imagine uma pessoa com um baita fôlego. Essa
essa pressão tomando uma
pessoa conseguiria puxar água pelo canudinho
coluna líquida de massa m
indefinidamente?
sobre o peixe. O volume de
líquido contido na coluna é r
dado por V = A . h, onde A
é a área da base da coluna
líquida.
A massa pode ser expressa em função da densi-
dade:
3. Potes de requeijão possuem, em sua tampa,
m m
um lacre. Quando este é rompido, ouve-se um ρ= = ⇒ m = ρ⋅ A ⋅h
barulho relacionado a um pequeno fluxo de ar. V A ⋅h
Responda: Qual é a função desse lacre?
A pressão hidrostática será

F m⋅g ρ⋅ A ⋅h⋅g
Phidrostática = = =
A A A


Phidrostática = ρ. g. h

6
Somando essa pressão com a pressão atmosféri- • A caixa d’água da nossa casa é colocada no alto.
ca, teremos a pressão total a uma profundidade h. Ao abrirmos a torneira, a água sairá porque a
pressão interna (pressão atmosférica + pressão
P = Patm = ρ. g. h hidrostática da água) é maior do que a pressão
externa (pressão atmosférica).
Essa relação é conhecida como Teorema de
Stevin ou Princípio Fundamental da Hidrostática.

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


Observe que a pressão é a mesma em todos os
pontos que tiverem a mesma elevação (o mesmo ní-
vel). Além disso, esse princípio indica que a pressão
não é afetada pela forma do vaso.

Interligando vários recipientes de diferentes


formas e despejando um líquido em um deles, o
nível alcançado será o mesmo em todos os outros.

Hidrostática
Desde que a altura da coluna líquida seja a mesma
em todos os recipientes, a pressão na base de cada
um será a mesma.

• A pressão da água contra as paredes de uma re-


presa aumenta com a profundidade dela. Sendo
assim, na construção da represa, coloca-se uma
base mais grossa do que a parte superior. Como a
AL

pressão hidrostática ρ . g . h aumenta linearmen-


te com a profundidade, a espessura da barreira
ORIGIN

também aumentará linearmente.


ENVIAR

PA = PB = PC = PD

Vejamos alguns exemplos de aplicação do Teore-


ma de Stevin. • Ao doarmos sangue, devemos colocar a bolsa abaixo
da posição do braço; se estivermos recebendo
• Os pedreiros, antes de colocar azulejos numa pa- soro, a bolsa contendo o soro deverá ser colocada
rede, costumam usar uma mangueira transparen- acima da posição do braço. A coluna de sangue
te cheia de água. Como o líquido ficará nivelado (ou de soro) produzirá uma pressão hidrostática ρ
nos dois lados da mangueira, temos pontos na . g . h responsável pelo enchimento da bolsa com
parede que estão no mesmo nível. sangue (ou esvaziamento da bolsa de soro).

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DISCUTA E PENSE
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

1. Uma pessoa, preocupada com a baixa pres- 2. Certa quantidade de água é colocada em um
são com que a água saía das torneiras de sua pequeno copo de vidro. Em seguida, o conteúdo
casa, resolveu aumentar o diâmetro de todos do copo é despejado em uma grande bacia
os canos e aumentar a área da base da caixa de plástico. O que aconteceu com a pressão
d’água. RESPONDA: Esses procedimentos da- exercida pela água no fundo do recipiente?
rão o resultado esperado?

EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI completamente cheio de mercúrio, com cerca de


1 m de comprimento, em um recipiente que também
continha mercúrio.

Após destampar a extremidade do tubo, Torricelli


verificou que o mercúrio descia até que a altura da
coluna atingisse cerca de 76 cm acima da superfície
livre do mercúrio no recipiente.

Como o tubo estava inicialmente cheio e a saída


de mercúrio ocorreu sem que nada pudesse entrar
para ocupar o lugar deixado pelo líquido, dentro do
tubo e acima do mercúrio formou-se vácuo.

Vácuo

Pressão
atmosférica 76 cm
Torricelli
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Mercúrio
O físico italiano Evangelista Torricelli foi o
primeiro a desenvolver um experimento para a de-
Ele concluiu que havia equilíbrio entre a pressão
terminação da pressão atmosférica, além de demons-
que a atmosfera exercia sobre a superfície de mer-
trar que ela realmente existe. Esse experimento tor-
cúrio no recipiente e a pressão da coluna de mercú-
nou-se conhecido como experiência de Torricelli,
rio. Assim, afirmou que, ao nível do mar, 1 atmosfera
sendo utilizada na construção do barômetro.
equivale a 76 cm de mercúrio.
Torricelli realizou o seu experimento ao nível do
1 atm = 76 cm Hg
mar (Patm = 1 atm). Ele emborcou um tubo de vidro
8
Torricelli observou ainda que, quando ele inclina- Uma bomba de sucção, usada para puxar água,
va o tubo, o mercúrio movia-se para a extremidade jamais poderá ser usada para fazer isso em uma al-
superior do tubo, porém de modo que a altura do tura superior a 10,3 metros. O pistão é que retira ar
mercúrio não mudava. Ele também verificou que a do tubo para a água subir. A água sobe em razão da
altura da coluna não dependia da área da seção do diferença de pressão externa e interna do tubo.
tubo.
ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
Vácuo

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


76 cm

Hidrostática
Repetindo o experimento em qualquer outra alti-
tude, a altura da coluna de mercúrio será diferente,
pois a pressão atmosférica, como já sabemos, dimi-
nui com o aumento da altitude. A figura a seguir mostra um medidor de pressão,
conhecido como manômetro, constituído por um
Se no lugar do mercúrio, cuja densidade é
tubo recurvado contendo mercúrio. De um lado, o
13,6 g/cm3, utilizássemos água (r =1,0 g/cm3) no
tubo é conectado ao pneu de um carro cuja pressão
experimento, a coluna de líquido seria bem maior
deseja-se medir e, do outro, ele é aberto para a
— 13,6 vezes mais alta, para sermos mais exatos.
atmosfera.
Observe que esse número corresponde à quantidade
de vezes em que o mercúrio é mais denso do que a
água. De modo de o tubo teria de ter, pelo menos,
13,6 X 0,76 metros, ou seja, 10,3 metros de altura.
160
Concluindo, podemos afirmar que, ao nível do mar, 140 136
120
1 atmosfera equivale a cerca de 10 metros de água. 100
y x 80 76
60
40
20
0
Escala

Considerando que a pressão atmosférica local


seja de 68 cm de Hg, podemos determinar a pressão
do pneu a partir do desnível de mercúrio: os pon-
tos y e x possuem a mesma pressão (Px = Py). No
ponto x, age somente a pressão do pneu e, no ponto
y, atua a pressão atmosférica e a pressão devido à
coluna de mercúrio.

Veja que, no caso de o líquido ser o mercúrio, a


altura da coluna de líquido já é a pressão em cm de
Hg.

Py = Px ⇒ Ppneu = Patm + Pmercœrio =


= ( 68cmHg) + (136cmHg − 76 cmHg)
Ppneu = 144cmHg

1 atm = 10 m H2O
9

F1
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

DISCUTA E PENSE
A1 A2

Imagine duas bacias, uma delas com água e 


F2
a outra com mercúrio. Dois grandes canudos
são colocados, um em cada bacia, ficando com
1,0 metro acima do nível dos líquidos. Uma pes- 
soa dotada de um fôlego fantástico conseguiria, F1
ao nível do mar, sugar os dois líquidos?
Dx2
A1 A2
Dx1

F2

Vamos deduzir esse princípio: a figura mostra de


forma esquemática um elevador hidráulico, composto
de dois vasos comunicantes contendo um líquido não
compressível, com dois êmbolos cujas áreas são A1 e

A2. A força F1 exercida no êmbolo
 menor enquanto
ele sofre um deslocamento, ∆x1 acarreta uma força

F2 atuando no êmbolo maior, e conseqüentemente

sobre o carro, enquanto ele desloca ∆x 2 .

PRINCÍPIO DE PASCAL Considerando o sistema conservativo, o trabalho


realizado no êmbolo de área A1 é igual ao trabalho
As figuras mostram duas situações distintas: na no êmbolo de área A2.
primeira, empurra-se um líquido contido dentro de
um recipiente mediante um êmbolo; na segunda si- F1 . Dx1 = F2 . Dx2
tuação, empurra-se um bloco sólido. Qual é o efeito
destas ações? O que diferencia um caso do outro?
O volume do líquido que se desloca de um reci-
piente para o outro é o mesmo (V1 = V2).

A1 . Dx1 = A2 . Dx2

Dividindo essas duas relações, temos



F
F1 F
= 2
A característica estrutural dos fluidos faz com A1 A 2
que eles transmitam pressões, diferentemente dos
sólidos, que transmitem forças. Este comportamen- Veja que F2 é maior que F1 na mesma proporção em
to foi descoberto pelo físico francês Blaise Pascal, que A2 é maior que A1. A relação F/A representa o acrés-
que estabeleceu o seguinte princípio: cimo de pressão produzido em cada lado, o que está de
acordo com o Princípio de Pascal enunciado acima.
Os líquidos tran DP1 = DP2
smitem
integralmente,
em todas as
direções e sent
idos, as pressõ Esse princípio é empregado nos elevadores hi-
exercidas sobr es
e eles. dráulicos, prensas hidráulicas, cadeiras de dentistas
e barbeiros, nas direções hidráulicas e nos freios hi-
dráulicos. A figura a seguir apresenta as principais
DP1 = DP2 partes de um freio hidráulico. Nele, aplica-se uma
força no pedal que é aumentada várias vezes no
freio da roda.
10
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Hidrostática
DISCUTA E PENSE

A figura mostra um recipiente com três aber- Quer-se colocar pequenos blocos idênticos so-
turas distintas, cada uma delas é circular, com bre os êmbolos para que eles permaneçam ali-
raios iguais a R, 2R e 3R (vistos da esquerda para nhados horizontalmente. Para isso, qual deve ser
a direita). Em cada abertura, há um êmbolo. Na a proporção entre o número de blocos idênticos
região colorida, há um líquido incompressível. colocados nos três êmbolos?

11
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES — EMPUXO
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Quando uma pedra é lentamente colocada dentro de um líquido, ela vai gradativamente ocupando o
lugar da porção do líquido deslocado; o volume do líquido deslocado é igual à parcela submersa do corpo.

Após a pedra ficar completamente submersa, o ILUSTRAÇÃO EDITORIAL


volume deslocado não muda, sendo igual ao volume
da pedra.

Tomando a parcela deslocada de líquido e pesan-


do-a, o peso do líquido deslocado pelo corpo é de-
nominado empuxo E.

E = Plíquido deslocado = mLD . g

como mLD = VLD . ρL ⇒ ELD = VLD . ρL . g


Podemos, então, estabelecer o princípio de Ar-
quimedes da seguinte forma:
onde VLD é o volume de líquido deslocado, ρL é a densi-
dade do líquido e g é a aceleração da gravidade local. Todo corpo mergulhado em um fluido em
equilíbrio fica submetido à ação de uma força
Considere um corpo imerso em um líquido (flui- vertical, orientada de baixo para cima, de
do). Na figura a seguir, estão representadas as forças módulo igual ao peso do fluido deslocado.
exercidas pelo líquido sobre o corpo, ao longo de Essa força é chamada de empuxo.
toda a sua superfície. Como a pressão aumenta com
a profundidade, as forças na parte inferior serão
maiores do que na parte superior. É bom salientar que esse princípio se aplica
 tanto para líquidos quanto para gases. As figuras a
E seguir representam algumas situações em que um
corpo de densidade ρcorpo permanecerá em equilíbrio
no interior de um líquido de densidade ρlíquido . Em
cada caso, identificou-se a relação entre os módulos
do peso (P) e do empuxo (E) a partir da 1.ª lei de
Newton. Observe que, no terceiro caso, a condição
de equilíbrio estabelece que o módulo do peso seja
igual à soma dos módulos do empuxo e da normal
(P = E + N), o que implica E < P.

E
A resultante dessas forças ficará apontada verti- 
calmente para cima, representando o empuxo que o E  
líquido exerce no corpo. É por esse motivo que um  E N
corpo submerso parecerá mais leve do que quando P

ele for retirado da água. Observe que a causa do em- P 
puxo é o fato de a pressão aumentar com a profun- P
didade. Se as pressões nas partes superior e inferior
E=P E=P E<P
do corpo fossem iguais, as forças de pressão seriam
ρlíquido > ρcorpo ρlíquido = ρcorpo ρlíquido < ρcorpo
nulas e não existiria o empuxo sobre o corpo.
12
Pode-se verificar o princípio de Arquimedes co-
locando-se numa balança um vaso com um tubo la-
teral para a saída de excesso de água. Encha o vaso
de água até derramar pelo tubo lateral e equilibre-o
na balança; coloque cuidadosamente um bloco de
madeira na água e espere até que o escoamento do
excesso de água cesse. Observe que a balança con-

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


tinua equilibrada, pois o peso do bloco está sendo
equilibrado pelo empuxo, que é igual ao peso da
água deslocada: a água derramada (deslocada) pesa
o mesmo tanto que o bloco de madeira!

DISCUTA E PENSE APLICANDO A FÍSICA: ARQUIMEDES E

Hidrostática
A COROA DO REI

Três esferas de mesmo raio, A, B e C, são colo- ENVIAR ORIGINAL


cadas em um tanque com água e ficam em equilí-
brio conforme mostrado na figura a seguir.

Com base nessas informações, COMPARE

a) os empuxos que a água aplica nas esferas


A, B e C; Quando Hierão reinava em Siracusa, propôs ofe-
b) o peso de cada esfera com o empuxo nela recer, em certo templo, uma coroa de ouro aos deu-
aplicado; ses imortais. Combinou a confecção da obra com
um artesão mediante uma boa soma de dinheiro e
c) as densidades das três esferas. a entrega da quantidade de ouro em peso. O arte-
são entregou a coroa na data combinada com o rei,
que a achou executada com perfeição, parecendo
que contivesse todo o ouro que lhe havia sido en-
tregue. Sabendo, porém, que o artesão retirara par-
te do ouro, substituindo-o por um peso equivalente
em prata, o rei, indignado diante desse engodo e
não tendo em mãos os meios para provar ao artesão
sua fraude, encarregou Arquimedes para se ocupar
da questão e, com sua inteligência, encontrar esses
meios.

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Um dia em que Arquimedes, preocupado com este Depois dessa experiência, mergulhou igualmen-
Hidrostática
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

assunto, entrou por acaso em uma casa de banhos, te a massa de ouro no vaso cheio de água e, de-
percebeu que, à medida que entrava na banheira, a pois de havê-lo retirado, mediu novamente a água
água transbordava. transbordada, percebendo que a massa de ouro não
deslocara tanta água como a de prata, e que a di-
Esta observação lhe fez descobrir a razão que ferença para menos era igual à diferença entre os
procurava e, sem mais esperar, pela alegria que este volumes da massa de ouro e da massa de prata em
fato lhe trazia dela, saiu do banho ainda nu e cor- igual peso.
rendo para sua casa, gritava: Eureka! Eureka! Isto
é, “achei! achei!”. Sob a base desta descoberta, to- Finalmente, voltou a encher o vaso, mergulhan-
mou, então, duas massas de igual peso que o da co- do desta vez a coroa, que deslocou mais água do
roa: uma de ouro e outra de prata. Mergulhou depois que deslocara a massa de ouro de igual peso, porém
a massa de prata em um vaso, o que fez sair uma menos que a massa de prata. Calculando, então, de
quantidade de água igual ao volume dessa massa; acordo com estas experiências, em quanto a quan-
tirou, então, a massa e voltou a encher o vaso com tidade de água que a coroa desalojara era maior
uma quantidade de água igual à que se derramara e que aquela que deslocara a massa de ouro, soube
que se preocupara em medir, de maneira que pode a quantidade de prata que fora misturada ao ouro,
conhecer a quantidade de água que correspondia à mostrando, assim, claramente, a fraude do artesão.
massa de prata que introduzira no vaso.

ATENÇAO AUTOR/EDITORIAL
É POSSIVEL ACRESCENTAR
MAIS CONTEÚDO PARA QUE CA-
PÍTULO TERMINE
EM PÁGINA ÍMPAR?
OBRIGADA
MARAISA

14
CAPÍTULO 2
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


“A natureza e suas leis jaziam na noite.
E Deus disse: ‘Faça-se Newton!’
E houve luz.”
Alexander Pope

Gravitação universal
Gravura de Flamarion (século XIX) ilustrando a cosmologia.
ENVIAR ORIGINAL Reprodução
NÃO ESTÁ NO CD

Um pouco de História contra um fundo de “estrelas fixas”. Esses objetos


celestes foram chamados planetas, isto é, astros
Há milênios, o homem se preocupa em observar e errantes, pois planeta vem do grego e significa
procurar compreender o movimento dos astros (Sol, errante.
Lua, estrelas e planetas), suas posições aparentes
e seus períodos. As noções de mês e dia, por exem- O modelo que dominou o pensamento filosófico
plo, foram desenvolvidas, respectivamente, a partir europeu até o século XVI é o chamado modelo
das observações das fases da Lua (após as quatro geocêntrico. Geo, em grego, significa Terra. Assim,
fases da Lua têm-se, aproximadamente, um mês) e geocêntrico significa que a Terra está colocada no
do movimento aparente do Sol (nascer e pôr-do-Sol) centro do Universo. Esse modelo foi sistematizado
em torno da Terra. por Ptolomeu (astrônomo, matemático e geógrafo)
no século II, a partir de idéias preexistentes.
O sistema solar, até há poucos séculos, constituía Nesse modelo, a Terra era o centro do Universo e
todo o Universo conhecido. É relativamente recente em torno dela orbitavam os astros que citamos há
a noção de que as estrelas que vemos no céu são pouco, além do Sol. Quanto maior o tempo gasto
astros similares ao Sol; mas muito mais distantes. A para um planeta dar uma volta completa ao redor da
observação do céu noturno, ainda na Antigüidade, Terra — isto é, retornar ao mesmo ponto do céu em
mostrou ao homem que alguns astros se movimentam relação às estrelas fixas — maior era a sua distância.
15
Assim, pensava-se que a ordem dos planetas era
a das estrelas f
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

a da figura a seguir, que apresenta um esboço em fer ixa


Es
duas dimensões do modelo geocêntrico. As estrelas  s

fixas ficavam todas a uma mesma distância, maior


do que a do planeta considerado o mais distante  
na época, Saturno. Para explicar corretamente os M
movimentos e brilhos observados dos planetas, o Lu
a Terra

ar
te
modelo geocêntrico necessitava de uma série de
complicações geométricas, como os eqüantes e
 

Júpter
deferentes.

Me
nu
das estrelas Sol

rc
era

ú

r io
f fix
Es a s
Planeta
De
  fe

Sa
Epiciclo

re

tu
rn

nt
er

Ma

o
t

e
rte
ol
p

Equante

Centro
S

do Deferente


Lua

 
Terra
Me
rc
s

Modelo heliocêntrico
nu

r io
ê

V
Sa

O astrônomo e físico italiano Galileu Galilei


tu


rn


o

(1564-1642), no início do século XVII, foi o primeiro


a observar o céu com o auxílio de um telescópio.
 Entre as suas descobertas, estão as fases de Vênus
Modelo geocêntrico e os satélites de Júpiter. Essas observações corrobo-
Com o objetivo de explicar com mais simplicida- ravam o modelo heliocêntrico. Esse modelo tirava a
de o movimento dos planetas, o astrônomo polonês Terra e, portanto, o homem, do centro do Universo.
Nicolau Copérnico (1473-1543) propôs, em 1543, o Além disso, Galileu obteve vários resultados experi-
modelo heliocêntrico: Hélio, em grego, significa mentais sobre os movimentos dos corpos que ajuda-
Sol. Nesse modelo, o Sol encontrava-se no centro e ram a compor a base do trabalho de Isaac Newton
os planetas orbitavam ao seu redor. A única exceção da Gravitação Universal.
era a Lua, que continuava orbitando em torno da Ter-
ra (veja a seguir). Um modelo em que o Sol ficaria no O modelo de Copérnico, porém, ainda possuía
centro do Universo já tinha sido proposto por Aris- problemas. Ele considerava as órbitas dos planetas
tarcos de Samos (281 a.C.) e Nicolas de Cusa (1401- circunferências perfeitas e, para explicar correta-
1464), porém, sem maiores repercussões. O modelo mente os movimentos observados, eram necessários
heliocêntrico artifícios geométricos, exatamente como acontecia
não era ape- com o modelo geocêntrico. Foi o astrônomo ale-
nas mais sim- mão Johannes Kepler, no início do século XVII, quem
ples: ele tam- mostrou que as órbitas planetárias eram elípticas.
bém explicava Para isso, ele contou com as observações do astrô-
várias supostas nomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), do
coincidências qual foi assistente durante o último ano de vida e
do modelo ge- seu sucessor como responsável pelo observatório de
ocêntrico de Uraniborg. Os dados obtidos por Tycho Brahe eram os
modo natural. mais precisos da época e no limite do que o olho hu-
Além disso, mano, sem auxílio de instrumentos, pode conseguir.
Copérnico de-
terminou os E foi tentando explicar esses dados — que não
raios e perío- eram compatíveis com o modelo de Copérnico — que
dos das órbitas ele propôs três leis que descrevem corretamente os
dos planetas movimentos dos planetas.
com uma pre-
cisão muito Observe que muitos séculos foram necessários
boa, apesar de para que tivéssemos uma compreensão, ainda que in-
considerá-las completa, da cinemática dos astros através das Leis
Copérnico de Kepler e da força que rege a regularidade dos
circunferên-
Reprodução
cias. astros (Lei da Gravitação Universal de Newton).
16
LEIS DE KEPLER É importante sabermos definir uma elipse: uma
elipse é o conjunto de pontos cuja soma das dis-
Baseado nas ob- tâncias, L1 e L2, a dois pontos fixos, F e F’, cha-
servações astronômi- mados focos, é uma constante. Observe na figura
cas feitas pelo Tycho a seguir como podemos construir uma elipse usando
Brahe, Kepler verifi- dois pregos como focos, uma linha presa em cada
cou que existiam im- prego a seguir e um lápis.

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


portantes regularida-
des no movimento dos
planetas, quando eles P
são analisados ado- L1
tando-se o Sol como L2
referencial (sistema
heliocêntrico). Expres-
sou-as a partir de três F O F’

Gravitação universal
leis simples que de-
terminam a forma da
órbita descrita pelos
planetas, as velocida-
des, o períodos e as L1 + L2 = constante
Kepler distâncias dos plane-
Reprodução
tas ao Sol. A lei das órbitas não exclui a possibilidade de a
órbita descrita pelo planeta ser circular, já que a
As duas primeiras leis foram determinadas simul- circunferência é um caso particular de elipse. Nesse
taneamente (1609) e são o resultado de sua tenta- caso, F = F’ = Centro da circunferência e, também,
tiva de descrever corretamente os movimentos pla- L1 = L2 = Raio da circunferência.
netários. A terceira lei, determinada dez anos mais ENVIAR ORIGINAL
tarde (1619), relaciona os períodos e tamanhos das
órbitas e, de certa forma, traduz uma certa harmo-
nia entre os movimentos dos corpos, o que talvez
fosse o principal objetivo de Kepler.

PRIMEIRA LEI DE KEPLER (LEI DAS ÓRBITAS)


Todos os planetas se movem em órbitas
elípticas, com o Sol ocupando um dos focos
da elipse.

Planeta

SEGUNDA LEI DE KEPLER (LEI DAS ÁREAS)


A linha traçada do Sol a qualquer planeta,
Sol
Periélio Afólio
descreve áreas iguais em tempos iguais.
F2
F1
Se Dt1 = Dt2 ⇒ a1 = A2

3
dmin dmáx 2
Sol
Dt1 A1
Observe que a distância do planeta ao Sol varia A2 Dt2
à medida que ele se move. Chamamos de periélio e 1
afélio as posições em que o planeta está mais próxi-
mo e mais distante do Sol, respectivamente. 4

17
Observe que o arco 3-4 é maior do que o arco 1-2, TERCEIRA LEI DE KEPLER
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

no mesmo intervalo de tempo (Dt1 = Dt2). O planeta (LEI DOS PERÍODOS)


desenvolverá maior velocidade quando estiver pró-
ximo ao Sol (periélio) e menor velocidade no afélio. Kepler sabia os períodos de translações dos pla-
netas, conhecidos naquela época (de Mercúrio  a
Do periélio para o afélio o movimento é retarda- Saturno), em termos do período de translação  da
do, sua energia cinética diminui, e a energia poten- Terra e conhecia também, para estes mesmos plane-
cial gravitacional aumenta. O movimento do planeta tas, seus raios médios ao Sol, em termos, também,
torna-se acelerado quando este vai do afélio para o da distância média da Terra ao Sol. Chamamos a dis-
periélio, aumentando a sua energia cinética e redu- tância média Terra-Sol de Unidade Astronômica e
zindo a energia potencial. a representamos por UA (1UA = 149 600 000 km).
Enfim, Kepler tinha a seguinte tabela de valores em
Aumenta o módulo da velocidade suas mãos (somente até saturno):

Planeta PERÍODO
PLANETA (em anos RAIO MÉDIO R
terrestres) em UA)

Sol Mercúrio 0,24 0,39


 
v Periélio v Afólio
F2 Vênus 0,62 0,72
F1
Terra 1,00 1,00
Marte 1,88 1,52
Júpiter 11,86 5,20
Saturno 29,46 9,54
dmin dmáx
Urano 84,01 19,22
Diminui o módulo da velocidade
Netuno 164,8 30,06
Caso os intervalos de tempo Dt1 e Dt2 não sejam Plutão 248,4 39,44
iguais, ainda assim podemos afirmar que as áreas A1
e A2 são proporcionais a esses intervalos de tempo, o Observando a tabela, percebe-se que os planetas
que levaria a uma definição alternativa da segunda mais afastados demoram mais tempo para comple-
lei de Kepler. tar uma volta em torno do Sol (a duração do ano é
maior) do que os planeta mais próximos do Sol.
A linha traçada do Sol a qualquer planeta,
descreve áreas proporcionais aos tempos gastos Com esses valores e após quase dez anos de es-
para percorrê-las. tudos, tentativas, erros e acertos, ele descobriu a
relação matemática que existe entre T e R, a qual
Nesse caso, podemos escrever a seguinte relação: recebeu o nome de Lei dos Períodos, que diz:

A1 A O quadrado do período de revolução T de


= 2 = constante um planeta em torno do Sol é proporcio-
∆t1 ∆t 2
nal ao cubo do raio médio R da sua órbita.

A razão acima é conhecida como velocidade


areolar. T2
T ∝R2 3
⇒ R 3 = k = constante
A
Vareolar =
∆t Considerando os planetas do nosso sistema solar,
temos (pegue sua calculadora e teste! Verifique você
mesmo esta relação!):
E a segunda lei de Kepler pode ainda ser rees-
crita como
T 2 Terra TMarte
2 2
TPlutão
= = = ... = k
A velocidade areolar de um planeta é constante. R 3Terra R 3Marte RPlutão
3

18
De acordo com essa lei, o período do planeta em Dois corpos quaisquer se atraem com uma força
torno do Sol só depende da sua posição (raio da órbi- gravitacional de módulo diretamente proporcional
ta), independendo da massa desse planeta. Júpiter, ao produto de suas massas e inversamente propor-
por exemplo, possui uma massa 317,9 vezes supe- cional ao quadrado da distância que os separa.
rior à massa da Terra, não possuindo, no entanto, o
maior período. Isso caberá a Plutão, o planeta mais G⋅ M ⋅m
FG =
distante do Sol. r2

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


O gráfico a seguir apresenta a relação linear en- A constante de proporcionalidade G é denomina-
tre o cubo do raio médio e o período ao quadrado da constante de gravitação universal e, no SI, vale
para os planetas no nosso sistema solar (estamos
considerando Plutão ainda como um planeta e não G = 6,7 x 10—11 N . m2/C2
um planeta-anão)
Essa constante é universal, não dependendo do
meio em que os corpos estão inseridos. Devido ao

Gravitação universal
50,000
pequeno valor de G, a força gravitacional entre duas
Netuno
10,000 massas m e M só será perceptível se pelo menos uma
Urano
(UA)3

1,000 Saturno
DISCUTA E PENSE
100 Júpiter
R3

10 1
Inclinação =
Marte K delas for muito grande.
1 Terra
Venus
10 100 1000 10,000 1. A força gravitacional entre dois corpos é dire-
Mercúrio
tamente proporcional ao produto das massas
T2 (anos)2 e inversamente proporcional ao quadrado da
distância entre eles. Suponha que um gran-
de pedaço da Terra é transferido para a Lua.
As leis de Kepler podem ser aplicadas também Nesse caso, a força gavitacional entre a Terra
para um planeta e seus satélites. Nesse caso, o pla- e a Lua
neta desempenhará o papel de Sol, enquanto os sa-
télites farão o papel dos planetas. Ou seja, todos os a) aumenta.
satélites em torno da Terra, incluindo a Lua, obe-
b) diminui.
decem à terceira lei de Kepler, possuindo a mesma
constante de proporção K. c) permanece a mesma.

2. Suponha que a atração gravitacional entre a


LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL Terra e a Lua deixasse de existir. Para manter
Analisando as leis de Kepler, Isaac Newton con- a Lua em sua órbita, a força gravitacional se-
cluiu que deveria existir uma força atrativa entre os ria substituída pela tensão em um cabo de aço
planetas e o Sol e entre a Lua e a Terra. Essa força ligando os dois astros. Um cabo de aço pode
deveria depender diretamente do produto das mas- resistir a uma tensão de 1,0 x 105 newtons por
sas dos corpos (m e M), e inversamente do quadrado centímetro quadrado. Qual deveria ser o diâ-
da distância r entre eles. Quanto maiores as massas, metro desse cabo?
maior seria a força de atração. Quanto maior a dis- G = Constante universal da gravitação =
tância entre eles, menor deveria ser a força. 6,67 x 10-11 N.m²/kg²
MT = massa da Terra = 5,98 x 1030 kg
M
ML = massa da Lua = 7,36 x 1022 kg
m
FG
R = distância da Terra à Lua = 3,8 x 105 km
FG

19
APLICANDO A FÍSICA: GRAVITAÇÃO EM QUADRINHOS
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

ENVIAR ORIGINAL

(GONICK. L. (1994). Introdução Ilustrada à Física. São Paulo: Harbra. p. 27.)

20
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE
A Terra (massa M e raio R) exerce uma força de
atração gravitacional FG sobre uma pessoa de massa
m (ou outro corpo qualquer) localizado em sua su-
perfície que é o peso P do corpo.
ILUSTRAÇÃO EDITORIAL

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


Ilhas de campo gravitacional

Aceleração da gravidade

Gravitação universal
g (m/s2)
O peso da pessoa é a força gravitacional 10
entre ela e a Terra.
8
6
G⋅ M ⋅m
FG = P ⇒ = m⋅g 4
R2
2
G⋅M
g= 2 R 2R 4R 6R
R
Distância em relação à
superfície da Terra

Observe que a aceleração da gravidade, também Nas proximidades da superfície da Terra, para h
conhecida como campo gravitacional, não depende muito menor do que R, o campo gravitacional é pra-
da massa m do corpo, mas, sim, da massa e do raio ticamente constante.
da Terra.
O valor de g pode variar de acordo com a locali-
Caso o corpo esteja a uma altura h da superfície zação na superfície da Terra, devido a alguns fato-
da Terra, a distância r será substituída por R + h e a res, entre eles:
aceleração da gravidade (campo gravitacional) será
• a rotação da Terra;
G⋅M
g= • a altitude;
( R + h )2
• a distribuição não homogênea de massa no in-
terior da Terra.
Veja a semelhança dessa relação com a que-
definimos no capítulo de campo elétrico do fascí- Para pontos no interior da Terra, o campo gravi-
culo 1 (Física II). Assim como o campo elétrico, o tacional varia linearmente com a distância, medida
campo gravitacional diminui com o aumento da a partir do centro da Terra, se a considerarmos esfé-
distância em relação a sua superfície e podemos rica e homogênea. Dessa forma, o campo gravitacio-
também associar linhas de força a esse campo gra- nal será nulo no centro da Terra, aumentando até a
vitacional. No caso, as linhas de força do campo gra- superfície e diminuindo a partir daí.
vitacional serão sempre convergentes ao planeta.

DISCUTA E PENSE

Considere a Terra com densidade constante e


perfeitamente esférica. PROVE que, no interior da
Terra, a aceleração da gravidade varia linearmente
com a distância ao centro.

21
APLICANDO A FÍSICA: A TEORIA DA GRAVITAÇÃO ONTEM E HOJE
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

De acordo com a gravitação universal de Isaac Newton,


a força de atração gravitacional age instantaneamen-
te, isto é, se um objeto mudasse de lugar em rela-
ção a um outro, seria detectado no mesmo instante
o novo valor da força gravitacional existente entre
eles. Desse modo, essa “informação” estaria sendo
enviada a uma velocidade infinita, o que estava em
desacordo com um dos postulados da teoria da rela-
tividade restrita, segundo o qual a maior velocidade
possível é a da luz no vácuo, ou seja, 3,0 x 108 m/s.
Newton / Albert Einstein
Com o intuito de corrigir essa incoerência, Einstein
acabou elaborando uma outra teoria para a gravita- Stock Photos / Reprodução

ção. Por essa nova teoria, o espaço e o tempo deixa-


ram de ser considerados independentes um do outro e passaram a ser entendidos como intima-
mente ligados. Com Einstein, a gravitação — que era entendida por Newton como uma força
atrativa entre massas — passa a ser concebida como uma propriedade desse espaço-tempo.
Por esse modelo de gravitação, a presença de uma massa vai “distorcer” ou “defor-
mar” o espaço-tempo que a circunda; essa deformação provocaria a queda dos corpos,
pois eles se moveriam por esses caminhos curvos em direção à massa que os criou.
A diferença entre as teorias de Newton e de Einstein pode ser explicada pela consideração
do exemplo de um menino jogando bolinha de gude num terreno irregular. Como o chão é
irregular, ele apresenta elevações e depressões em vários lugares. Entretanto, um observa-
dor no décimo andar de um edifício próximo não pode ver essas irregularidades. Ele somen-
te vê que as bolinhas evitam certos lugares e preferem outros. Dessa observação ele pôde
concluir que uma “força” está agindo e que expulsa as bolinhas de certos lugares e as dirige
para outros. Entretanto, um observador situado no solo pode estabelecer imediatamente
que a trajetória das bolinhas é orientada simplesmente pela irregularidade do terreno.
GONÇALVES; Toscano. Física e realidade. v.1. São Paulo: Scipion, 1997. p. 137.

MOVIMENTO DE PLANETAS E A força gravitacional é a força centrípeta.


SATÉLITES
G ⋅ M ⋅ m m ⋅ v2
Se considerarmos a Lua descrevendo uma órbita FG = FC ⇒ =
r2 r
circular em torno da Terra, o seu movimento será
circular e uniforme. Além disso, a força gravitacio- G⋅M G⋅M
nal FG será a única responsável pela aceleração cen- v2 = ⇒ v=
r2 r2
trípeta sofrida pela Lua.

A velocidade v de translação da Lua não depende


da sua massa, mas apenas do raio da órbita e da mas-
FG sa da Terra em torno do qual ele orbita. Essa mesma
Terra FG Lua
relação poderá ser utilizada para o movimento de
um planeta em torno do Sol.
A1
Podemos determinar o período T do movimento
FG orbital, a partir da relação entre v, r e T do MCU.
FG
2 ⋅ π ⋅r G⋅M
v= e v=
T r2
2
A força gravitacional FG atua como força centrípeta.  2 ⋅ π ⋅r 
2
 G⋅M 
  = 
22  T 
2
 r 
Resolvendo essa relação, obtemos
Para explicar
r 3 como os satélites ENVIAR ORIGINAL
T = 2⋅π⋅ se mantêm em
G⋅M
suas órbitas,
Os satélites geoestacionários ou simplesmente consideremos o
estacionários permanecem em repouso em relação movimento de

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


a um observador fixo na superfície da Terra. Sua ór- um corpo lançado
bita deverá ser circular, no mesmo sentido da ro- inicialmente com
tação da Terra e contida no plano do equador. Seu uma trajetória
período de translação deverá ser igual ao período da horizontal. Por
rotação da Terra, que é de 24 horas. causa de seu peso,
o corpo sai de sua trajetória reta, descreve
Conhecendo esse valor (T = 24 h = 86 400 s), a
uma curva e cai sobre o solo. Quanto maior

Gravitação universal
massa da Terra (M = 6 x 1024 kg) e a constante G, po-
demos determinar o raio de sua órbita como sendo, a velocidade com que é lançado, mais longe
aproximadamente, 42 000 km. ele alcança antes de cair sobre a Terra. Veja
a figura que representa a Terra e as linhas
r3 curvas que o corpo percorreria se projetado
T = 2⋅π⋅ ⇒ em uma direção horizontal do topo de uma
G⋅M
alta montanha, com velocidades cada vez
r3 maiores. Suponha que não há resistência do
86 400 = 2 × 3,14 × ⇒
6, 7 × 10 −11 × 6 × 10 24 ar. Aumentando cada vez mais a velocidade
r ≈ 4, 2 × 10 7 m = 4, 2 × 10 4 km inicial do corpo, ele cairá cada vez mais
longe até que, quando a velocidade inicial
Como o raio da Terra é de, aproximadamente, 6 for suficientemente grande, acabará
000 metros, o satélite estacionário deverá ser colo- percorrendo toda a circunferência da Terra,
cado em órbita a 36 000 metros acima da superfície voltando à montanha de onde foi lançado.
terrestre.
Essa explicação, com figura e tudo o mais, é uma
Leia a seguir um trecho do artigo “Um Tratado jóia de clareza e simplicidade. Ela inclui a idéia de
sobre o Sistema do Mundo”, publicado em 1728 por que a mesma força que faz cair uma pedra (ou uma
Sir Isaac Newton, em que explica como a força gravi- maçã!) também mantém o movimento de um satéli-
tacional mantém os satélites em suas órbitas. A lin- te em torno da Terra. E devemos mencionar que, por
guagem foi adaptada, mas o argumento, brilhante e esse trecho, Newton foi o primeiro a ter a idéia de
cristalino, é do grande mestre inglês. um satélite artificial.

DISCUTA E PENSE

O telescópio espacial Hubble está há quase • Cassini: Quando a Lua completar uma volta
20 anos em órbita em torno da Terra e tem sido em torno da Terra, o Hubble já completou
utilizado para desvendar muitos dos mistérios que mais do que uma volta.
existiam sobre a estrutura do Universo. O raio da
órbita do Hubble é menor do que o da órbita da É CORRETO afirmar que
Lua.
a) somente Edwin fez um comentário correto.
De acordo com essas informações, dois estu- b) somente Cassini fez um comentário correto.
dantes fizeram os seguintes comentários:
c) ambos fizeram comentários corretos.
• Edwin: A força de atração que a Terra apli-
ca sobre o Hubble é maior que a que ela d) nenhum deles fez um comentário correto.
aplica sobre a Lua.

23
APLICANDO A FÍSICA: Para o astronauta e todos os objetos, incluindo
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

a nave em órbita, a aceleração da gravidade é dada


IMPONDERABILIDADE G⋅M
por g = .
Considere uma nave em órbita ao redor da Ter- ( R + h )2
ra. Um astronauta dentro da nave vê os objetos que
o cercam flutuarem. Se tentasse determinar o seu Isso garante a mesma aceleração da gravidade a
peso dentro da nave com uma balança, obteria re- todos eles, independentemente de suas massas. As-
sultado nulo. O astronauta tem a sensação de “au- sim, se durante certo intervalo de tempo o campo

sência de gravidade”, ou seja, a sensação de não gravitacional faz a velocidade da nave variar de V1

ter peso. Diz-se erroneamente que o astronauta está
para V2 , também, faz a velocidade do astronauta
“sem peso” ou está em “gravidade zero”. Esse esta-
sofrer essa mesma variação. Por isso, não há com-
do em que não se percebe o peso recebe o nome de
pressão entre as paredes da nave e o astronauta, e
imponderabilidade ou também microgravidade.
ele tem a sensação de não ter peso. O mesmo ocor-
reria se o astronauta estivesse aqui, na Terra, den-
tro de um elevador em queda livre ou dentro de um
avião que descreve um movimento parabólico.

É óbvio que a gravidade pode não ser sentida,


mas evidentemente está presente; caso contrário, a
nave não ficaria em órbita ao redor do planeta. Além
disso, é bom lembrar que a sensação que temos de
peso (ou de gravidade) decorre da compressão entre
nós e a superfície em que nos apoiamos (ou seja, a
força normal N).

APLICANDO A FÍSICA: BURACOS NEGROS


Suponha que você fosse indestrutível e pudesse viajar numa espaçonave até a su-
perfície de uma estrela. Seu peso dependeria tanto de sua massa quanto da mas-
sa da estrela e da distância entre o centro dela e o seu umbigo. Se a estrela estives-
se para apagar, sem nenhuma perda de massa, seu peso na superfície, determinado
pela lei do inverso do quadrado da distância, tornar-se-ia quatro vezes maior.
Se a estrela colapsasse até atingir um décimo do raio original, você pesaria na superfície
100 vezes mais. Se a estrela continuasse encolhendo, o campo gravitacional na superfí-
cie tornar-se-ia cada vez mais forte. Seria cada vez mais difícil para uma nave espacial
abandoná-la. A velocidade necessária para escapar, a velocidade de escape, aumentaria.
Se uma estrela como o nosso Sol diminuísse até atingir um raio um pouco menor do que três
quilômetros, a velocidade de escape de sua superfície excederia a rapidez da luz e nada
– nem mesmo a luz — poderia escapar! O Sol seria invisível. Ele seria um buraco negro.
O Sol, de fato, provavelmente tem muita pouca massa para atingir tal colapso, mas quando
algumas estrelas com maior massa — agora estimada em
1,5 massa solar — esgotam sua fontes nucleares, elas sofrem um co-
lapso; a menos que sua rotação seja suficiente alta, o colapso con-
tinuará até que a estrela passe a ter densidade infinita.
24
Como se pode detectar um buraco negro se literalmente
não existe maneira de vê-lo? Ele se faz sentir por sua
REDESENHAR influência gravitacional sobre as estrelas vizinhas.
Existe atualmente boa evidência de que alguns
sistemas de estrelas binárias consistem de uma
estrela luminosa e um companheiro invisível com

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


propriedades tipo buraco negro, orbitando um ao
redor do outro. Evidências ainda mais fortes indicam
a existência de buracos negros mais massivos no
centro de muitas galáxias. Em uma galáxia jovem, observada como sendo um “quasar”,
o buraco negro central suga matéria, a qual emite grandes quantidades de radiação
enquanto mergulha para o esquecimento. Em uma galáxia mais velha, observam-se estrelas
circulando num campo gravitacional poderoso ao redor de um centro aparentemente

Gravitação universal
vazio. Esses buracos negros galácticos possuem massas que vão desde milhões até bilhões
de vezes a massa do Sol. O centro da nossa própria galáxia, embora não tão fácil de
ver quanto o de outras galáxias, quase que certamente hospeda um buraco negro.
HEWITT,P. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre: Bookman. 2002, p.167.

b) RESPONDA: O centro de gravidade dessa moto-


cicleta está mais próximo do eixo da roda tra-
seira ou do eixo da roda dianteira? JUSTIFIQUE
sua resposta.

QUESTÕES DISCURSIVAS
1. Paulo Sérgio verifica a calibragem dos pneus de sua
motocicleta e encontra 26 lb/pol2 (1,8 × 105 N/m2)
no dianteiro e 32 lb/pol2 (2,2 × 105 N/m2) no traseiro. 2. Uma caixa cúbica de isopor, cuja massa é de 10 g,
Em seguida, ele mede a área de contato dos pneus flutua dentro de um reservatório de óleo. Essa caixa
com o solo, obtendo 25 cm2 em cada um deles. está presa ao fundo do reservatório por um fio, como
mostrado na figura I. Considere que a massa do fio
A distância entre os eixos das rodas, especificada no é desprezível e que, inicialmente, a altura da parte
manual da motocicleta, é de 1,25 m, como mostrado submersa da caixa é muito pequena. Em um certo
nesta figura. instante, uma torneira que abastece o reservatório
é aberta. Na figura II, está representado o gráfico do
ENVIAR ORIGINAL módulo da tensão T no fio em função da altura h do
nível de óleo.

T(N)
128
64
Fio h 32

10 20 30 40 50 60
h(cm)
I II
I. Com base nessas informações, EXPLIQUE por
que a tensão no fio

Sabe-se que um calibrador de pneus mede a diferen- a) é nula para o nível de óleo abaixo de 20 cm;
ça entre a pressão interna e a pressão atmosférica.

Com base nessas informações,


b) aumenta linearmente para o nível de óleo en-
a) CALCULE o peso aproximado dessa motocicleta. tre 20 e 40 cm;

25
c) é constante para o nível de óleo acima de II. CALCULE a velocidade do balão 2,0 s após ele
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

40 cm. ter sido solto.

II. DETERMINE o comprimento aproximado da


aresta do cubo. JUSTIFIQUE sua resposta. 5. (UFMG) A figura I mostra uma caixa de aço, cúbica
e oca, formada por duas metades. A aresta do cubo
mede 0,30 m. Essas duas metades são unidas e o
ar do interior da caixa é retirado até que a pressão
interna seja de 0,10 atm. Isso feito, duas pessoas
puxam cada uma das metades da caixa, tentando
separá-las, como mostra a figura II. A pressão atmos-
III. DETERMINE a densidade do óleo utilizado.
férica é de 1,0 atm (1 atm = 1,0 x 105 N/m2).

0,30 m

3. (UFV) Um balão cheio de hidrogênio (densidade I


= 0,09 kg/m3) está amarrado a uma corda homogê-
nea (de espessura desprezível) de 2 m de compri-
mento e 2p kg de massa. O balão é esférico com raio
de 1 m e, quando vazio, tem uma massa de p/10 kg.
Quando solto, ele se eleva a uma altura h e perma-
nece em equilíbrio.
II

Considerando as informações dadas, RESPONDA:


Nessa situação, as pessoas conseguirão separar as
h duas metades dessa caixa? JUSTIFIQUE sua respos-
ta, apresentando os cálculos necessários.

DETERMINE o valor de h, sabendo que a densidade


do ar é 1,2 kg/m3.

6. (UEM) Imagine um poço que perfure toda a Terra,


atravessando-a de uma extremidade a outra.
4. (UFMG) Durante uma visita ao Par- Desconsidere o calor do interior terrestre, os
que Municipal, André ganhou de seu efeitos não inerciais da rotação terrestre e despreze
pai um balão cheio de gás hélio. Em totalmente a resistência do ar no interior do poço.
um certo instante, porém, o meni- RESPONDA aos seguintes itens:
no distraiu-se e soltou o balão, que
começou a subir verticalmente. I. Que tipo de movimento fará uma bola de mas-
sa m ao ser deixada cair no interior do poço?
O volume do balão é de 6,0 x 10–3 m3 (Considere a densidade da Terra constante em
e seu peso, incluindo o gás, é de qualquer ponto da trajetória de queda da bola;
5,0 x 10–2 N. A densidade do hélio considere ainda a densidade ρ da Terra dada
é de 0,16 kg/m3 e a do ar é de M
1,20 kg/m3. por ρ = , em que M é a massa da Terra
4
⋅ π ⋅ R3
Considere essas densidades constantes e despreze a 3
resistência do ar. e R o raio de nosso planeta; considere, em pri-
meira aproximação, que a distância que separa
Com base nessas informações,
o centro da bola e o centro da Terra é igual ao
I. EXPLIQUE por que o balão subiu ao ser solto. raio da Terra).

26
II. JUSTIFIQUE fisicamente a resposta, ou seja, a) menor que a da água.
demonstrando-a através do uso da formulação
gravitacional de Newton e da noção de densi- b) a mesma da água.
dade.
c) um pouco maior que oito vezes a da água.

d) quase mil vezes a da água.

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


3. Os chamados buracos negros, de elevada densidade,
seriam regiões do Universo capazes de absorver
matéria, que passariam a ter a densidade desses
buracos. Se a Terra, com massa da ordem de
7. Considere que a massa da Terra é 81 vezes maior que
1027 g, fosse absorvida por um buraco negro
a da Lua e que a distância entre a Terra e a Lua é de
de densidade 1024 g/cm3, ocuparia um volume
380 000 km. Nessa situação, DETERMINE a que dis-
comparável ao
tância do centro da Lua um objeto de massa M deve
ser colocado para ficar em equilíbrio devido às ações

Gravitação universal
simultâneas da Terra e da Lua. a) de um nêutron.

b) de uma gota d’água.

c) de uma bola de futebol.

d) da Lua.

e) do Sol.
8. Qual deve ser a velocidade necessária para se colo-
car um objeto em órbita na superfície da Terra? Con- 4. Num posto de abastecimento a qualidade do álcool
sidere que a Terra é uma esfera de raio 6 400 km. é comprovada quando, num recipiente contendo
álcool, a esfera 1 está em cima e a esfera 2 está
embaixo, conforme a figura.

QUESTÕES OBJETIVAS
2
1. Um artigo da revista Veja informou que todo o ouro
extraído pelo homem, desde a Antiguidade até
os dias de hoje, seria suficiente para encher uma Nessas condições, pode-se afirmar que a densidade
caixa cúbica de volume igual a 8,0 x 103 m3. Como
a) da esfera 1 é maior que a da esfera 2.
a densidade do ouro vale cerca de 2,0 x 104 kg/m3,
pode-se concluir que a massa total de ouro extraído b) da esfera 1 é maior que a do álcool.
pelo homem, até agora, é de, aproximadamente,
c) do álcool é maior que a da esfera 1.
Observação: 1 tonelada = 1 000 kg
d) do álcool é maior que a da esfera 2.
a) 400 toneladas. e) da esfera 1 é igual à da esfera 2.

b) 160 000 toneladas. 5. Um anel, que parece ser de ouro maciço, tem massa
de 28,5 g. O anel desloca 3 cm3 de água quando sub-
c) 160 toneladas. merso. Considere as seguintes afirmações:

d) 40 milhões de toneladas. I. O anel é de ouro maciço.


II. O anel é oco e o volume da cavidade é
e) 20 toneladas. 1,5 cm3.
III. O anel é oco e o volume da cavidade é
2. A densidade média do planeta Terra é aproximada- 3,0 cm3.
mente 5,5 vezes a densidade da água. Sabendo-se IV. O anel é feito de material cuja massa específi-
que a massa do planeta Saturno é cerca de 100 ve- ca é a metade da do ouro.
zes a massa da Terra e seu raio aproximadamente
10 vezes o raio da Terra, podemos concluir que a Dado: massa específica do ouro = 19,0 g/cm3.
densidade média de Saturno é
27
Das afirmativas mencionadas, As pressões exercidas pelo tijolo sobre a mesa nas
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

situações I, II e III são, respectivamente, p1, p2 e p3.


a) apenas I é falsa.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
b) apenas III é falsa. que

c) I e III são falsas. a) p1= p2 = p3

d) II e IV são falsas. b) p1< p2 < p3

e) qualquer uma pode ser correta. c) p1< p2 > p3

6. Uma faca está cega. Quando a afiamos, ela passa a d) p1 > p2 > p3
cortar com maior facilidade, devido a um aumento
de 9. Um tubo de laboratório, em forma de U, com dois
ramos abertos para a atmosfera, contém dois líqui-
a) área de contato. dos diferentes, não miscíveis, em equilíbrio. Os pon-
tos A, B e C estão num líquido e os pontos D e E, no
b) esforço. outro. Estando os pontos A e E em contato com a
atmosfera, e, sendo pA, pB, pC, pD e pE as pressões nos
c) força. pontos A, B, C, D e E, respectivamente, é CORRETO
afirmar que
d) pressão.
a) pE = pA < pB < pC = pD A
e) sensibilidade.
b) pA = pB = pE < pD < pC B E

7. José aperta uma tachinha entre os dedos, como


mostrado nesta figura. c) pA < pB = pE < pD = pC

d) pA < pB = pE < pD < pC


C D
e) pE = pA < pB < pD< pC

10. A figura mostra um tubo em U, aberto nas duas ex-
tremidades. Esse tubo contém dois líquidos que não
se misturam e que têm densidades diferentes.
A cabeça da tachinha está apoiada no polegar e a
ponta, no indicador.

Sejam F(i) o módulo da força e p(i) a pressão que a


tachinha faz sobre o dedo indicador de José. Sobre o A B
polegar, essas grandezas são, respectivamente, F(p)
e p(p).

Considerando-se essas informações, é CORRETO


afirmar que

a) F(i) > F(p) e p(i) = p(p)

b) F(i) = F(p) e p(i) = p(p)

c) F(i) > F(p) e p(i) > p(p) Sejam PA e PB as pressões e dA e dB as densidades dos
líquidos nos pontos A e B, respectivamente. Esses
d) F(i) = F(p) e p(i) > p(p) pontos estão no mesmo nível, como indicado pela
linha tracejada. Nessas condições, é CORRETO afir-
8. As figuras mostram um mesmo tijolo, de dimensões mar que
5 cm × 10 cm × 20 cm, apoiado sobre uma mesa de
três maneiras diferentes. Em cada situação, a face a) PA = PB e dA > dB
do tijolo que está em contato com a mesa é dife-
b) PA ≠ PB e dA > dB
rente.
c) PA = PB e dA < dB

d) PA ≠ PB e dA < dB
I II IIII
28
11. O casco de um submarino suporta uma pressão exter- Assinale a alternativa cujo gráfico MELHOR repre-
na de até 12,0 atm sem se romper. Se, por acidente, senta a pressão, no fundo do reservatório, em fun-
o submarino afundar no mar, a que profundidade, ção do tempo, desde o instante em que se começa a
em metros, o casco se romperá? enchê-lo até o instante em que ele começa a trans-
bordar.
a) 100 pressão
a)
b) 110

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


c) 120
tempo
d) 130
pressão
e) 140 b)

12. Na casa de Petúnia, há uma caixa d’água cúbica, de

Gravitação universal
lado igual a 2,0 m, cuja base está a 4,0 m de altu-
ra em relação ao chuveiro. Depois de a caixa estar
tempo
cheia, uma bóia veda a entrada de água. Num cer-
to dia, Petúnia ouve, no noticiário, que o mosquito pressão
transmissor da dengue põe ovos também em água c)
limpa. Preocupada com esse fato, ela espera a cai-
xa encher o máximo possível e, então, veda-a com-
pletamente, inclusive os sangradouros. Em seguida,
abre a torneira do chuveiro para um banho, mas a
água não sai. Isso ocorre porque, como a caixa está tempo
toda vedada,
d) pressão
a) a parte acima do nível da água, dentro da cai-
xa, torna-se vácuo, e a tendência é a água su-
bir e, não, descer.

b) a força da gravidade não atua na água e, por- tempo


tanto, esta não desce.
14. É do conhecimen-
c) não há nem gravidade nem pressão interna to dos técnicos de
dentro da caixa. enfermagem que,
para o soro pene-
d) a pressão atmosférica na saída da água no chu- trar na veia de um
veiro é maior que a pressão dentro da caixa paciente, o nível do
Hs
d’água. soro deve ficar aci-
ma do nível da veia
13. Um reservatório de água é constituído de duas par- (conforme a figura),
tes cilíndricas, interligadas, como mostrado nesta devido à pressão at-
figura. mosférica.

Considerando a aceleração da gravidade 10 m/s2, a


densidade do soro 1 g/cm3, a pressão exercida, ex-
clusivamente, pela coluna do soro na veia do pacien-
te 9 x 103 pascal, a altura em que se encontra o nível
do soro do braço do paciente, para que o sangue não
saia em vez de o soro entrar, em metros, é de

a) 0,5
A área da seção reta do cilindro inferior é maior que b) 0,8
a do cilindro superior.
c) 0,7
Inicialmente, esse reservatório está vazio. Em certo
instante, começa-se a enchê-lo com água, manten- d) 0,6
do-se uma vazão constante.
e) 0,9
29
15. Quando um mergulhador se encontra a 25,0 m de c) Ao se empurrar a membrana elástica, a densi-
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

profundidade, na água do mar, a pressão que ele su- dade da água no béquer aumenta, enquanto a
porta é de densidade da água dentro do tubo não muda;
isso faz com que o empuxo seja maior que o
Dados: Patmosférica = 1,00.105 Pa peso do tubo de ensaio.
dágua do mar = 1,03 g/cm3 d) Ao se empurrar a membrana elástica, aparece-
rá uma força elétrica devido ao atrito entre a
g = 10 m/s2 água e as moléculas de ar, quebrando assim o
equilíbrio de forças que agem sobre o tubo.
a) 3,58.105 Pa d) 2,00.105 Pa
e) Empurrando a membrana elástica para baixo,
b) 2,85.105 Pa e) 1,85.105 Pa a pressão aumenta, fazendo com que parte da
água do béquer se evapore; esse vapor exerce
c) 2,35.105 Pa uma força sobre o tubo, fazendo-o afundar;
quando a tampa volta ao normal, o vapor se
16. Quando efetuamos uma transfusão de sangue, liga- condensa, fazendo com que o tubo retome à
mos a veia do paciente a uma bolsa contendo plasma, posição original.
posicionada a uma altura h acima do paciente. Consi-
derando g = 10 m/s2 e que a densidade do plasma seja 18. Mantendo-se constantes a massa e a pressão atmosfé-
1,04 g/cm3, se uma bolsa de plasma for colocada 2 m rica da Terra e reduzindo-se o raio da Terra à metade,
acima do ponto da veia por onde se fará a transfusão, a altura da coluna de mercúrio de um barômetro
a pressão do plasma, ao entrar na veia, será
a) dobra.
a) 0,0016 mmHg
b) não muda.
b) 0,016 mmHg
c) fica reduzida à metade.
c) 0,156 mmHg
d) fica reduzida a um quarto.
d) 15,6 mmHg
19. Em 1644, Galileu foi consultado pelos engenheiros do
e) 156 mmHg grão-duque de Toscano sobre o estranho fato de não
conseguirem extrair água dos poços de 15 metros de
17. Num béquer contendo água, se introduz um tubo de profundidade utilizando bombas aspirantes. O proble-
ensaio, com a boca para baixo, contendo exatamen- ma, embora estudado pelo sábio italiano, foi resolvi-
te o ar suficiente para fazer o tubo flutuar na verti- do por Torricelli, que atribuiu o fenômeno
cal. O béquer é vedado por uma membrana elástica
esticada (veja a figura a seguir). Quando esta mem- a) ao “horror do vácuo”.
brana elástica é empurrada lentamente para baixo,
sem tocar o tubo, este afunda. Quando a membrana b) à temperatura da água.
elástica retoma à posição original, o tubo também
retoma à sua posição original. c) ao diâmetro dos tubos das bombas aspirantes.

membrana d) à pressão atmosférica.

e) à imponderabilidade do ar.
ar
tubo de 20. Um avião que voa a grande altura é pressurizado para
ensaio
conforto dos passageiros. Para evitar sua explosão, é
água
estabelecido o limite máximo de 0,5 atmosfera para
a diferença entre a pressão interna no avião e a ex-
bequer terna. O gráfico representa a pressão atmosférica P
em função da altura H acima do nível mar.

Das opções a seguir, assinale a que MELHOR descre- Volume do titulante


P(atm)
ve este fenômeno.
1,00
a) Ao se empurrar a membrana elástica para bai-
xo, o ar que estava sobre o tubo faz uma força 0,80
para baixo sobre o mesmo, quebrando assim o
equilíbrio de forças que agem sobre o tubo. 0,60

b) Empurrando a membrana elástica, aumenta- 0,40


se a pressão hidrostática; isso acarreta um
0,20
aumento na densidade do ar dentro do tubo,
quebrando o equilíbrio de forças que agem so- 0
4000 8000 12000 H(m)
bre o tubo.
30
Se o avião voa a uma altura de 7 000 metros e é pres- 23. A anestesia peridural consiste em injetar líquido
surizado até o limite, os passageiros ficam sujeitos anestésico numa região próxima à medula espinhal
a uma pressão igual à que reina na atmosfera a uma do paciente. Para procurar a região exata, o anes-
altura de, aproximadamente, tesista introduz uma agulha com uma seringa, sem
anestésico e com o êmbolo na posição A da figura,
a) 1 000 m até que o êmbolo seja sugado espontaneamente.
b) 2 000 m

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


A
c) 5 500 m

d) 7 000 m pele

21. Para se realizar uma determinada experiência,


• coloca-se um pouco de água em uma lata, com Isso significa que, nesta região.
uma abertura na parte superior, destampada, a
qual é, em seguida, aquecida, como mostrado a) a temperatura é maior que no restante do corpo.

Gravitação universal
na figura I;
• depois que a água ferve e o interior da lata b) a densidade é menor que no restante do corpo.
fica totalmente preenchido com vapor, esta é
tampada e retirada do fogo; c) a pressão é menor que a pressão atmosférica.
• logo depois, despeja-se água fria sobre a lata
d) só existem líquidos orgânicos.
e observa-se que ela se contrai bruscamente,
como mostrado na figura II.
e) predominam tecidos sólidos.

24. A figura representa um tubo em “U” contendo água,


aberto em uma das extremidades e, na outra, ligado
a um recipiente que contém um determinado gás.
Sabendo que ratm = 105N/m2, g = 10 m/s2, a densida-
de da água é igual a 103 kg/m3 e a pressão do gás é
1% maior que a pressão atmosférica (ratm), o valor do
desnível h é, em m, igual a

I II
h
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
que, na situação descrita, a contração ocorre porque gás

a) a água fria provoca uma contração do metal água


das paredes da lata.
a) 0,18
b) a lata fica mais frágil ao ser aquecida.
b) 0,15
c) a pressão atmosférica esmaga a lata.
c) 0,11
d) o vapor frio, no interior da lata, puxa suas pa-
redes para dentro. d) 0,10

e) 0,01
22. Quando você toma refrigerante num copo com canu-
do, o líquido sobe porque 25. Uma prensa hidráulica, em equilíbrio, tem para diâ-
a) a pressão atmosférica cresce com a altitude, metro de seus êmbolos 10 cm e 50 cm. Sobre o êmbo-
ao longo do canudo. lo menor está uniformemente distribuída uma força
igual a 1,0 x 103 N. Pode-se afirmar que o módulo da
b) a pressão no interior de sua boca é menor que força transmitida pelo êmbolo maior é igual a
a pressão atmosférica.
a) 5,0 x 102 N
c) a densidade do refrigerante é menor que a do
ar. b) 20 N

d) a pressão num fluido se transmite integralmen- c) 2,5 x 103 N


te a todos os seus pontos. d) 4,0 N
e) a pressão hidrostática no copo é a mesma em e) n.r.a.
todo os pontos num plano horizontal.
31
26. No macaco hidráulico da figura, aplica-se uma força DETERMINE o módulo da força F aplicada no êmbolo
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

perpendicular F no ponto A que dista “d” do ponto A, para que o sistema esteja em equilíbrio.
B, móvel e este se encontra a uma distância “d/2”
de C, também móvel. Os êmbolos “e” e “g” têm área a) 800 N
“S1” e “S2”, respectivamente. Qual é o módulo da for- b) 1 600 N
ça exercida pelo líquido sobre o êmbolo maior (g)?
c) 200 N
d) 3 200 N
d d/2
e) 8 000 N
A A C
g 29. Um estudante decidiu fazer uma experiência. Para
 e
F Óleo isto,
1. providenciou uma “bolsa de água quente”;

Macaco hidráulico 2. fez um orifício na tampa e adaptou neste a


extremidade de um tubo de plástico de apro-
a) 3F ximadamente 5 mm de diâmetro (conforme fi-
gura);
b) 4F (S1)2 / S2
3. apoiou a bolsa sobre uma superfície horizontal
e colocou sobre a bolsa um pacote com massa
c) FS1 / S2 de 5 kg;
d) 2FS2­ / S1 4. expirou o ar de seus pulmões na extremidade
oposta do tubo e verificou, com surpresa, que
e) S1 / FS2 conseguia com a simples pressão de seus pul-
80 kg mões transferir o ar para a bolsa, aumentando

27. Dispõe-se de uma F o seu volume e, em conseqüência, suspender a
prensa hidráulica massa nela apoiada.
conforme o es-
quema ao lado, na
qual os êmbolos
A G 5 kg
A e B, de pesos
desprezíveis, têm
diâmetros respec-
tivamente iguais a
40 cm e 10 cm. O aluno estava verificando

Se desejarmos equilibrar um corpo de 80 kg que re- a) o Princípio de Arquimedes.


pousa sobre o êmbolo A, deveremos aplicar em B a
força perpendicular F, de intensidade b) o Princípio de Pascal.

Dado: g = 10 m/s2 c) a conservação da quantidade de movimento.

a) 5,0 N d) a Primeira Lei de Newton.

e) a Segunda Lei de Newton.


b) 10 N
30. A figura mostra três tubos cilíndricos interligados en-
c) 20 N tre si e contendo um líquido em equilíbrio fluidoes-
tático. Cada tubo possui um êmbolo, sendo a área da
d) 25 N secção reta do tubo 1 a metade da área da secção reta
do tubo 2 e da do tubo 3; os êmbolos se encontram
e) 50 N todos no mesmo nível (conforme a figura a seguir). O
líquido faz uma força de 200 N no êmbolo 1.
28. A figura representa uma prensa hidráulica.
F Êmbolo 1 Êmbolo 2 Êmbolo 3
P = 800 N

A B
Horizontal

Área da secção A = 1 m2 Líquido


Área da secção B = 0,25 m2
32
As forças que os êmbolos 2 e 3, respectivamente, Quando o objeto 1 é posto a flutuar na água, sua
fazem no líquido valem face inferior ABCD fica na horizontal. A pressão que
o líquido exerce nessa face é p1, e o volume da parte
a) 200 N e 200 N desse objeto que fica abaixo do nível do líquido é
V1. Quando o objeto 2 é posto a flutuar, também na
b) 400 N e 400 N
água, sua face inferior EFGH fica na horizontal. A
c) 100 N e 100 N pressão nessa face é p2, e o volume da parte desse
objeto que fica abaixo do nível do líquido é V2. Pode-

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


d) 800 N e 800 N se dizer que

e) 800 N e 400 N a) V1 = V 2 e p 1 = p 2

31. Enumere as proposições a seguir, relacionando os fe- b) V1 = V2 e p1 > p2


nômenos hidrostáticos com os princípios físicos que
os explicam. c) V1 = V2 e p1 < p2

1. Princípio de Stevin. d) V1 > V2 e p1 > p2

Gravitação universal
2. Princípio de Pascal. e) V1 < V2 e p1 < p2

3. Princípio de Arquimedes. 33. Puxar uma âncora de navio é relativamente fácil en-
quanto ela está dentro da água, mas isso se torna
(( ) Precisando abrir uma garrafa de champagne mais difícil quando ela sai da água. Em relação a
em uma comemoração familiar e não tendo um esse fato, a afirmativa CORRETA é
saca-rolhas, Roberto pegou a garrafa e baten-
do com o fundo dela, devidamente acolchoado, a) A força necessária para içar a âncora dentro
contra a parede, conseguiu retirar a rolha. da água é igual à diferença entre seu peso e o
empuxo que atua sobre ela.
(( ) Com apenas um furo em uma lata, a pressão at-
mosférica impede a saída do líquido. Com dois b) O empuxo da água sobre a âncora anula o seu
orifícios, o ar pode entrar na lata por um deles peso.
e, assim, a pressão do ar é a mesma no interior
e no exterior e o líquido escoa facilmente. c) O empuxo da água sobre a âncora é maior do
que seu peso.
(( ) Para nivelar dois pontos em uma construção,
os pedreiros usam vasos comunicantes (nível d) O material da âncora torna-se menos denso ao
de água). ser colocado dentro da água.

(( ) Os densímetros são muito usados, na prática, e) O peso da âncora é menor quando ela se en-
para obter a densidade dos líquidos com o ob- contra dentro da água.
jetivo de verificar no leite (a porcentagem de
gorduras), na urina (a presença de açúcar), no 34. Um barco tem marcados em seu casco os níveis atin-
álcool (o grau de pureza) como em outras si- gidos pela água quando navega com carga máxima
tuações. no Oceano Atlântico, no Mar Morto e em água doce,
conforme a figura. A densidade do Oceano atlântico
Assinale a alternativa que corresponde à seqüência é menor que a do Mar Morto e maior que a da água
CORRETA da numeração. doce. A identificação CERTA dos níveis I, II e III, nes-
sa ordem, é
a) 2, 1, 1, 3

b) 1, 2, 3, 1

c) 2, 1, 3, 2 I
II
d) 1, 2, 3, 2
III
e) 3, 2, 1, 3

32. Quatro blocos idênticos, de madeira, são colados


dois a dois, formando os objetos mostrados na figura a) Mar Morto; Oceano Atlântico; água doce.
a seguir.
b) Oceano Atlântico; água doce; Mar Morto.
Objeto 1 Objeto 2
c) água doce; Oceano Atlântico; Mar Morto.

G d) água doce; Mar Morto; Oceano Atlântico.


F
C E
B H e) Oceano Atlântico; água doce; Mar Morto.
A D
33
35. Considere a situação em que três corpos, M, N e P, uma força que aparece quando um objeto está total
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

estão dentro de uma banheira contendo água. O cor- ou parcialmente imerso num fluido. Sabe-se que o
po M está apoiado no fundo da banheira, N flutua sentido dessa força é contrário ao sentido da força
totalmente imerso na água e P flutua na superfície da gravidade e que sua intensidade é proporcional
conforme mostra a figura. Esses três corpos são, a à densidade e ao volume de fluido deslocado pelo
seguir, colocados numa banheira contendo mercúrio, objeto. Portanto, para um corpo maciço (em
que tem uma densidade maior que a da água. repouso) flutuando parcialmente imerso num fluido,
a quantidade deslocada desse fluido tem
Assinale a figura que mostra a nova situação possí-
vel. a) massa menor que a do corpo.
P
N b) densidade menor que a do corpo.
M
c) peso igual ao do corpo.
P P
a) N
c) N
d) volume igual ao do corpo.
M
M

39. Um recipiente cilíndrico vazio flutua em um tanque


P de água com parte de seu volume submerso, como
b) M
N d) P
na figura. O recipiente possui marcas graduadas
M N igualmente espaçadas, paredes laterais de volume
desprezível e um fundo grosso e pesado.
36. Em um livro-texto de Física, encontramos a seguinte
explicação: Quando o recipiente começa a ser preenchido, len-
tamente, com água, a altura máxima que a água
“Alguns peixes possuem uma bexiga natatória que pode atingir em seu interior, sem que ele afunde to-
lhes permite variar sua densidade. Inflando a bexi- talmente, é MELHOR representada por
ga natatória, através da variação de volume de gás
nela contido, os peixes aumentam seu volume sem
modificar sua massa. Dessa maneira, esses peixes
conseguem ficar parados dentro d’agua” porque

a) diminuem o empuxo da água sobre eles.


a) c)
b) diminuem seu próprio peso.

c) aumentam sua densidade média, em relação à


da água.
b) d)
d) diminuem sua densidade média, em relação à
da água.

e) igualam sua densidade média à da água.

37. Três cubos de igual volume, um de chumbo, um de 40. Na figura, estão representadas
ferro e um de alumínio, são mergulhados em água. duas esferas, I e II, de mesmo
Pode-se afirmar que o empuxo exercido pela água raio, feitas de materiais dife-
sobre rentes e imersas em um reci-
piente contendo água. As esfe-
a) o bloco de chumbo é maior do que o exercido ras são mantidas nas posições I II
sobre os outros dois blocos. indicadas por meio de fios que
estão tensionados.
b) o bloco de alumínio é maior do que o exercido
sobre os outros dois blocos. Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
que o empuxo
c) cada bloco é o mesmo.
a) é igual à tensão no fio para as duas esferas.
d) cada bloco é proporcional à sua densidade.
b) é maior na esfera de maior massa.
e) cada bloco é inversamente proporcional à sua
densidade. c) é maior que o peso na esfera I.

38. O equilíbrio dos corpos flutuantes é determinado, d) é maior que o peso na esfera II.
entre outras grandezas, pela intensidade do empuxo,
34
41. Um pedaço de gelo flutua em equilíbrio térmico com Em relação à flutuação do gelo, motivadora da histó-
uma certa quantidade de água depositada em um ria, considere as afirmativas:
balde. À medida que o gelo derrete, podemos afir-
mar que I. O gelo, sendo água concentrada, não consegue
separar a água líquida e afundar e, por causa
a) o nível da água no balde aumenta, pois haverá disso, flutua.
uma queda de temperatura da água.
II. O gelo flutua em água porque o valor de sua

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


b) o nível da água no balde diminui, pois haverá densidade é menor que o valor da densidade
uma queda de temperatura da água. da água.

c) o nível da água no balde aumenta, pois a den- III. Se um cubo de gelo de massa 20 g estiver
sidade da água é maior que a densidade do boiando em água, atuará sobre ele um empuxo
gelo. de 20 gf.

d) o nível da água no balde diminui, pois a den- IV. Se um cubo de gelo de 20 g derreter inteira-
sidade da água é maior que a densidade do mente em um copo completamente cheio de

Gravitação universal
gelo. água, 20 ml de água entornarão.

e) o nível da água no balde não se altera. Somente está CORRETO o que se lê em

42. Um astronauta, antes de partir para uma viagem até a) I e III. d) I e IV.
a Lua, observa um copo de água contendo uma pedra
b) II, III e IV. e) II e III.
de gelo e verifica que 9/10 do volume da pedra de
gelo está submersa na água. Como está de partida c) II e IV.
para a Lua, ele pensa em fazer a mesma experiência
dentro da sua base na Lua. Dado que o valor da ace- 44. Uma bolinha de certo material, quando colocada em
leração de gravidade na superfície da Lua é 1/6 do um líquido 1, fica em equilíbrio com metade de seu
seu valor na Terra, qual é a porcentagem do volume volume imerso. Quando colocada em outro líquido 2,
da pedra de gelo que estaria submersa no copo de a mesma bolinha fica em equilíbrio com 20% de seu
água na superfície da Lua? volume acima da superfície do líquido.
a) 7% Se a densidade do líquido 1 é igual a 1,20 g/cm3,
qual é a densidade do líquido 2 em g/cm3?
b) 15%
a) 0,48
c) 74%
b) 0,75
d) 90%
c) 1,25
e) 96% Líquido 1 Líquido 2
d) 1,33
43. Leia a tira a seguir.
e) 2,0

45. Na figura a seguir, temos uma pia com um dreno D.


M, um pedaço de madeira, de forma cilíndrica, que
se apóia no fundo da pia em perfeito contato, de
modo a tapar o dreno.

Nestas condições, M vetará o dreno


ENVIAR ORIGINAL
a) somente se a densidade do líquido for menor
do que a da madeira.
b) somente se a densidade do líquido for maior do
que a da madeira.
c) se a altura h for uma altura determinada.
d) somente se o diâmetro de M for muito maior do
que o de D.
e) em qualquer caso.
35
46. Um balão de borracha está preso, bem justo, à boca c) o aqueduto construído só suportará a passagem
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

de um frasco. O conjunto está sobre o prato de uma de barcos no inverno, quando o nível de água
balança, equilibrado por um peso no outro prato. O no aqueduto diminuirá devido ao coeficiente
frasco contém vinagre e, dentro do balão, existe um de dilatação dos líquidos ser maior do que o
pouco de fermento em pó. coeficiente de dilatação dos sólidos.

d) o aqueduto construído suportará qualquer tipo


de barco que caiba nele, porque um aqueduto
com água pesa o mesmo que um aqueduto com
água e um barco.

48. Considere as seguintes afirmações a respeito de um


passageiro de um ônibus que segura um balão atra-
Kelly levantou um pouco o balão deixando o fermen- vés de um barbante:
to cair no vinagre, provocando uma reação que pro-
duziu gás carbônico, o que inflou bastante o balão. I. Quando o ônibus freia, o balão se desloca para
Depois disso trás.
II. Quando o ônibus acelera para frente, o balão
a) a balança girou no sentido horário.
se desloca para trás.
b) a balança girou no sentido anti-horário. III. Quando o ônibus acelera para frente, o bar-
bante permanece na vertical.
c) a balança continuou em equilíbrio.
IV. Quando o ônibus freia, o barbante permanece
na vertical.
d) a balança ficou oscilando.
Assinale a opção que indica a(s) afirmativa(s)
47. CORRETA(s).

Era uma vez um príncipe alemão que a) III e IV.


resolveu mandar construir um aqueduto b) I e II.
para ligar dois lagos nos Alpes bávaros, c) Somente I.
de modo que os barcos pudessem navegar
d) Somente II.
ao longo de um canal sobre o aqueduto,
de um lago para outro. Encomendou a e) Nenhuma das afirmações é verdadeira.
obra ao engenheiro-mor da Corte, com a 49. Um mergulhador, de massa total 100 kg (incluindo
recomendação expressa de que pretendia os equipamentos), segura um balão dentro de um
uma construção barata. Repetiu várias tanque de água (de densidade 103 kg/m3) num local
onde g = 10 m/s2.
vezes que não queria gastos supérfluos
Qual deve ser o volume total do sistema mergulha-
(não era, pelo visto, um príncipe rico!). dor-balão, de forma que ele permaneça em repouso,
Perante esta ordem, o engenheiro mandou totalmente imerso na água? (Desprezar a massa do
construir pilares cuja estrutura era ape- balão.)
nas suficiente para agüentar o canal cheio
a) 0,10 L
de água. Terminada a obra, explicou ao
seu patrão como é que tinha conseguido b) 1,0 L
poupar o máximo. O príncipe respondeu,
g
depois de pensar um pouco, que havia c) 10 L
engano, pois não tinha sido considerado o
d) 100 L
peso dos barcos que iam passar no canal.
FIOLHAIS, Carlos. Física divertida. (Adaptação)
e) 1 000 L

É CORRETO afirmar que 50. Foi obtido, para o peso de uma pedra pesada no ar, o
valor de 6N. Quando pesada totalmente mergulhada
a) o aqueduto construído não vai suportar a pas- na água encontrou-se um peso aparente de 4N. Qual a
sagem de qualquer barco, já que sua estrutura densidade da pedra? (Densidade da água = 1,0 g/cm3)
só suporta o peso da água.
a) 0,50 g/cm3 d) 2,00 g/cm3
b) o aqueduto construído só suportará a passagem
de pequenos barcos, na qual a água provocará b) 1,50 g/cm3 e) 0,66 g/cm3
um pequeno empuxo. c) 3,00 g/cm3
36
51. De uma plataforma com um guindaste, faz-se des- 53. A figura ao lado representa
cer, lentamente e com velocidade constante, um um cilindro flutuando na su-
bloco cilíndrico de concreto para dentro da água. perfície da água, preso ao
Na figura I, está representado o bloco, ainda fora fundo do recipiente por um
da água, em um instante t1 e, na figura II, o mesmo fio tenso e inextensível.
bloco, em um instante t2 posterior, quando já está Acrescenta-se aos poucos
dentro da água. mais água ao recipiente, de
forma que o seu nível suba

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


gradativamente.
Sendo o empuxo exercido pela água, sobre o ci-
lindro, a tração exercida pelo fio sobre o cilindro,
o peso do cilindro e admitindo-se que o fio não se
rompe, pode-se afirmar que, até que o cilindro fique
Figura I Figura II completamente imerso,

a) o módulo de todas as forças que atuam sobre

Gravitação universal
Assinale a alternativa cujo gráfico MELHOR repre- ele aumenta.
senta a tensão no cabo do guindaste em função do
tempo. b) só o módulo do empuxo aumenta, o módulo das
demais forças permanece constante.
Tensão

a)
c) os módulos do empuxo e da tração aumentam,
mas a diferença entre eles permanece cons-
tante.

t1 Tempo t2 d) os módulos do empuxo e da tração aumentam,


b) mas a soma deles permanece constante.
Tensão

e) só o módulo do peso permanece constante, os


módulos do empuxo e da tração diminuem.

t1 Tempo t2 54. Física em quadrinhos:


Tensão

c)
I II

t1 Tempo t2
Tensão

d) a)

t1 Tempo t2
b)

52. Ana lança três caixas — I, II e


III —, de mesma massa, den-
tro de um poço com água. I
Elas ficam em equilíbrio nas c)
posições indicadas na figura
ao lado.
II
Sejam EI, EII e EIII os módu-
los dos empuxos sobre, res- d)
pectivamente, as caixas I, II III
e III. Com base nessas infor-
mações, é CORRETO afirmar
que
e)
a) EI > EII > EIII c) EI = EII = EIII

b) EI < EII = EIII d) EI > EII = EIII


37
55. Um dinamômetro D indica 200 gf quando nele pen- a) A linha que une o planeta ao seu satélite des-
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

duramos um corpo M, como mostra a figura I. Porém, creve áreas diferentes em tempos iguais.
se a leitura do dinamômetro for feita com o corpo
M submerso na água, como mostra a figura II, verifi- b) A velocidade do satélite aumenta quando ele
ca-se que nesta nova condição o dinamômetro indica se afasta do planeta.
150 gf.
c) O planeta está localizado no centro da elipse.
A intensidade do peso do corpo e do empuxo que
a água realiza sobre ele valem, em gf, respectiva-
mente, d) A velocidade do satélite independe de sua po-
Figura I Figura II sição ao redor do planeta.

a) 100 e 150 e) A velocidade do satélite aumenta quando ele


se aproxima do planeta.
b) 150 e 50
c) 200 e 50 58. Johannes Kepler (1571-1630) elaborou leis empíri-
cas que explicam o movimento dos planetas. Uma
d) 200 e 150 das suas leis relaciona o período de revolução de um
M M
e) 200 e 200 planeta à sua distância média ao Sol. Os planetas X,
Y e Z do sistema solar têm seus períodos em anos
terrestres: TX = 0,615, TY = 11,9 e TZ = 165. Pode-se
afirmar que X, Y e Z podem ser, respectivamente,
56. Com o recipiente vazio (sem água), uma força F de
20 N mantém em equilíbrio, na horizontal, uma haste
a) Marte, Plutão e Saturno.
leve que sustenta na outra extremidade um bloco.
Enchendo-se o recipiente com água (d = 1 g/cm3), a
b) Vênus, Júpiter e Netuno.
força F passa a ser de 12 N.
Use g = 10 m/s2. c) Mercúrio, Netuno e Marte.

20 cm 10 cm d) Urano, Vênus e Júpiter.

F e) Plutão, Saturno e Mercúrio.


Apoio
59. A segunda Lei de Kepler (Lei das Áreas) permite con-
cluir que um planeta possui

a) maior velocidade quando se encontra mais lon-


Água
Recipiente ge do Sol.

b) maior velocidade quando se encontra mais


As seguintes afirmações são feitas: perto do Sol.
I. A massa do bloco é de 1 kg.
c) menor velocidade quando se encontra mais
II. O empuxo sobre o bloco, provocado pela água, perto do Sol.
é de 4 N.
d) velocidade constante em toda sua trajetória.
III. A força no apoio da balança é a mesma, estan-
do o recipiente vazio ou com água. e) velocidade areolar variável.
Assinale a alternativa CORRETA.
60. Considere um satélite artificial em órbita elíptica
a) Apenas I. em torno da Terra. A respeito dessa situação, pode-
mos afirmar que
b) I e II.
c) II e III. a) do perigeo para o apogeo, o movimento do sa-
télite é acelerado.
d) I, II e III.
b) no perigeo, a velocidade do satélite tem mó-
57. As três leis do movimento planetário enunciadas pelo dulo mínimo.
astrônomo alemão Johannes Kepler foram obtidas
por meio da análise de uma grande quantidade de c) no apogeo, a quantidade de movimento do sa-
dados observacionais das posições dos planetas co- télite tem módulo máximo.
nhecidos naquela época. Essas leis foram mais tarde
demonstradas pelo físico inglês Isaac Newton, utili- d) do apogeo para o perigeo, a energia cinética
zando a Lei da Gravitação Universal. Considerando do satélite aumenta, à medida que a energia
as leis de Kepler e supondo um satélite em órbita potencial gravitacional diminui.
elíptica ao redor de um planeta, qual das afirmações
a seguir está CORRETA? e) o movimento do satélite é uniforme.
38
61. Estima-se que em alguns bilhões de anos, o raio mé- 64. Assinale a alternativa CORRETA, com relação às leis
dio da órbita da Lua estará 50% maior do que é atu- de Kepler para o movimento de planetas.
almente. Naquela época, seu período, que hoje é de
27,3 dias, seria a) As três leis de Kepler são o resultado de obser-
vações de natureza puramente empírica, que
a) 14,1 dias. contrariam a mecânica newtoniana.
b) 18,2 dias.
b) As leis de Kepler baseiam-se no fato de que a

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


c) 27,3 dias. força gravitacional entre planetas varia com o
inverso do cubo da distância entre os centros
d) 41,0 dias. de tais planetas.

e) 50,2 dias.
c) A primeira lei de Kepler diz que as órbitas des-
critas pelos planetas são circunferências per-
62. A terceira lei de Kepler pode ser escrita como T2 = CR3,
feitas.
onde T é o período, R o raio e C uma constante. Con-

Gravitação universal
sidere então dois planetas que descrevem órbitas
circulares concêntricas, de raios R1 e R2, em torno d) A segunda lei de Kepler diz que o módulo da
do Sol. Se R2 = 4R1, a relação entre as velocidades velocidade de translação de um planeta (velo-
dos planetas é cidade areolar) ao redor do Sol é constante.

a) v1 = 4v2 e) A terceira lei de Kepler diz que a razão en-


b) v2 = 2v1 tre o quadrado do período de revolução de um
planeta ao redor do Sol e o cubo do semi-eixo
c) v2 = 4v1 maior da trajetória é uma constante que de-
pende da massa do Sol.
d) v1 = v2
65. O período orbital da Terra em torno do Sol é de um
e) v1 = 2v2
ano, e o planeta Marte percorre uma órbita mais
externa que a terrestre, como mostra a figura a se-
63. Considere que o esboço da elipse a seguir representa
guir.
a trajetória de um planeta em torno do Sol, que se
encontra em um dos focos da elipse. Em cada tre-
cho, o planeta é representado no ponto médio da
trajetória naquele trecho. As áreas sombreadas são
Marte
todas iguais e os vetores v1, v2, v3 e v4 representam
as velocidades do planeta nos pontos indicados. Terra
H V4
G Sol
A
V3
F
Sol
V1 E
B D

C V2
Considerando as leis de Kepler, é CORRETO afirmar
que É CORRETO afirmar que
(01) os tempos necessários para percorrer cada um
dos trechos sombreados são iguais. a) o período orbital do planeta Marte é superior a
um ano.
(02) o módulo da velocidade v1 é menor do que o
módulo da velocidade v2. b) o período orbital do planeta Marte é inferior a
um ano.
(04) no trecho GH a aceleração tangencial do pla-
neta tem o mesmo sentido de sua velocidade. c) o período orbital do planeta Marte é o mesmo
da Terra.
(08) no trecho CD a aceleração tangencial do plane-
ta tem sentido contrário ao de sua velocidade. d) de acordo com as leis de Kepler, não é possível
(16) os módulos das velocidades v1, v2 e v3 seguem a fazer uma comparação entre os períodos orbi-
relação v1>v2>v3 tais da Terra e de Marte.

Soma: ( )
39
66. A figura a seguir mostra um satélite orbitando a Ter- 68. Satélites utilizados para telecomunicações são colo-
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

ra inicialmente segundo a trajetória 1, perfeitamen- cados em órbitas geoestacionárias ao redor da Ter-


te circular. Ao passar pelo ponto A, alguns de seus ra, ou seja, de tal forma que permaneçam sempre
foguetes são adequadamente acionados durante um acima de um mesmo ponto da superfície da Terra.
breve intervalo de tempo, levando-o à órbita final,
Considere algumas condições que poderiam corres-
2, elíptica, que tem o ponto A em comum com a tra-
ponder a esses satélites:
jetória 1. Sobre essa situação, é CORRETO afirmar:

I. ter o mesmo período, de cerca de 24 horas;

II. ter aproximadamente a mesma massa;


A 1 2
Terra
III. estar aproximadamente à mesma altitude;

IV. manter-se num plano que contenha o círculo


a) A velocidade do satélite é constante em cada do equador terrestre.
uma das órbitas, sendo que sua velocidade
na órbita 2 é maior que sua velocidade na O conjunto de todas condições, que satélites em ór-
órbita 1. bita geoestacionária devem necessariamente obede-
cer, corresponde a
b) A força gravitacional com que a Terra atrai o
satélite é constante ao longo da trajetória 2, a) I e III.
excluído o momento em que foram acionados
os propulsores.
b) I, II, III.
c) A aceleração do satélite, em módulo, é vari-
ável ao longo da trajetória 1, mesmo se não c) I, III e IV.
considerarmos o momento do acionamento dos
propulsores. d) II e III.

d) Uma vez atingida a órbita 2, sempre que o sa- e) II, IV.


télite passar por A, será necessário novo acio-
namento dos propulsores, para que ele não
volte à órbita 1. 69. Segundo a lei da gravitação universal de Newton, a
força gravitacional entre dois corpos é diretamente
e) O tempo gasto para completar uma volta é proporcional ao produto de suas massas e inversa-
maior na órbita 2 do que na órbita 1. mente proporcional ao quadrado da distância entre
seus centros de gravidade. Mesmo que não seja obri-
67. Em seu livro intitulado Harmonis Mundi (1619), gatoriamente conhecido pelos artistas, é possível
Kepler, considerado pai da mecânica celeste, publica
identificar o conceito básico dessa lei na seguinte
a terceira lei do movimento planetário. A respeito
citação:
desta e das outras leis, analise:

I. os planetas mais próximos do Sol completam a a) “Trate a natureza em termos do cilindro, da


sua revolução num tempo menor que os mais esfera e do cone, todos em perspectiva.” (Paul
distantes; Cézanne)
II. o Sol ocupa o centro da trajetória elíptica des-
b) “Hoje, a beleza é o único meio que nos mani-
crita pelo planeta quando este completa seu
período; festa puramente a força universal que todas as
coisas contêm.” (Piet Mondrian)
III. o movimento de translação é variado, isto é,
pode ser acelerado e retardado, durante o tra- c) “Na natureza jamais vemos coisa alguma iso-
jeto do planeta. lada, mas tudo sempre em conexão com algo
que lhe está diante, ao lado, abaixo ou aci-
Está CORRETO o contido apenas em
ma.” (Goethe)
a) I.
d) “Ocorre na natureza alguma coisa semelhante
b) II. ao que acontece na música de Wagner, que,
c) I e II. embora tocada por uma grande orquestra, é
intimista.” (Van Gogh)
d) I e III.

e) II e III.
40
70. A terceira lei de Kepler relaciona o período (T) do Após observar essa figura, Júlia formula as seguintes
movimento de um planeta ao redor do Sol com a dis- hipóteses:
tância média (R) entre ambos, conforme a equação,
na qual K é uma constante: T2 = KR3. O Pequeno Príncipe não pode ficar de pé ao lado da
rosa, porque o módulo da força gravitacional é me-
Admitindo que os planetas descrevem órbitas circu- nor que o módulo do peso do personagem.
lares, Newton deduziu, a partir dessa lei de Kepler,
sua famosa lei da gravitação universal, na qual G é Se a massa desse asteróide for igual à da Terra, uma

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


a constante da gravitação universal, M a massa do pedra solta pelo Pequeno Príncipe chegará ao solo an-
Sol, m a massa do planeta e r a distância entre eles: tes de uma que é solta na Terra, da mesma altura.
GMm
F= 2 . Analisando-se essas hipóteses, pode-se concluir que
r
Suponha que Newton tivesse encontrado a seguinte a) apenas a I está correta.
lei de gravitação, na qual n é um número inteiro:
GMm b) apenas a II está correta.
F= n .
r
c) as duas estão corretas.

Gravitação universal
Neste caso, o segundo membro da equação da 3.ª lei
de Kepler deveria ser igual a d) nenhuma das duas está correta.

a) KRn—2. 73. A força gravitacional entre um satélite e a Terra é F.


Se a massa desse satélite fosse quadruplicada e a dis-
b) KRn—1. tância entre o satélite e o centro da Terra aumentasse
duas vezes, o valor da força gravitacional seria
c) KRn+1.
a) F/4
d) KRn+2.
b) F/2
71. Dois satélites, c) 3F/4
S1 e S2, são co-
locados em ór- d) F
bitas circulares,
de raios R1 e R2, R1 e) 2F
respectivamen- S1
te, em torno da 74. No século XVII, o físico inglês Isaac Newton tendo
Terra, conforme Terra chegado à expressão da força gravitacional entre
R2
figura ao lado. dois objetos, F = G ⋅ m1 ⋅ m2 , usou-a para estudar e
S2 r2
interpretar um grande número de fenômenos natu-
Após análise da figura, é CORRETO afirmar que rais. A partir da informação dada, analise as proposi-
ções a seguir, escrevendo (V) ou (F) conforme sejam
a) a aceleração é nula para S1 e S2. VERDADEIRAS ou FALSAS, as afirmativas.

b) a velocidade de S2 é maior que a velocidade de (( ) As marés oceânicas consistem na flutuação


S1. do nível da água do mar, produzindo o que se
denomina maré alta e maré baixa. Isso ocorre
c) a aceleração de S2 é igual à aceleração de S1. devido à força de atração do Sol e da Lua e da
Lua sobre as águas do mar.
d) a aceleração de S2 é maior que a aceleração de
S1 . (( ) Se a massa do Sol se tornasse subitamente
4 vezes maior, para que a força de atração do
e) a velocidade de S1 é maior que a velocidade de Sol sobre a Terra não sofresse alteração, a dis-
S2. tância entre a Terra e o Sol deveria se tornar
8 vezes maior.
72. O Pequeno Príncipe, do
livro de mesmo nome, de (( ) Um corpo, afastando-se da superfície terres-
Antoine de Saint-Exupéry, tre, ao atingir uma posição fora da atmosfera,
vive em um asteróide pou- deixa de ser atraído pela Terra.
co maior que esse perso-
nagem, que tem a altura (( ) Um astronauta flutua no interior de uma nave
de uma criança terrestre. em órbita circular em torno da Terra, porque
Em certo ponto desse as- naquela altura não há gravidade.
teróide, existe uma rosa,
(( ) A órbita de um dado planeta do sistema solar
como ilustrado na figura
seria exatamente uma elipse se este planeta
ao lado.
estivesse sujeito apenas à atração do Sol.
41
Assinale a alternativa que corresponde à seqüência Sejam FI , FII e FIII os módulos das forças gravitacio-
CORRETA.
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

nais da Terra sobre, respectivamente, os satélites I,


II e III .
a) VVVFF.
b) FVFVF. Considerando-se essas informações, é CORRETO
afirmar que
c) VFVFV.
d) FVVFV. a) FI = FII < FIII

e) VFFFV. b) FI = FII > FIII

75. No sistema solar, o planeta Saturno tem massa cerca c) FI < FII < FIII
de 100 vezes maior do que a da Terra e descreve
uma órbita, em torno do Sol, a uma distância média d) FI < FII = FIII
10 vezes maior do que a distância média da Terra ao
Sol (valores aproximados). A razão (FSat /FT) entre 78. Considerando-se a figura, os dados apresentados na
a força gravitacional com que o Sol atrai Saturno e a tabela e a constante de gravitação universal igual a
força gravitacional com que o Sol atrai a Terra é de, 6,67.10-11 unidades do SI, é CORRETO afirmar:
aproximadamente,

a) 1 000
b) 10
c) 1
d) 0,1
e) 0,001

76. A Estação Espacial Internacional, que está sendo


construída num esforço conjunto de diversos pa-
íses, deverá orbitar a uma distância do centro da
Terra igual a 1,05 do raio médio da Terra. A razão
R = Fe /F, entre a força Fe com que a Terra atrai um
corpo nessa Estação e a força F com que a Terra atrai
o mesmo corpo na superfície da Terra, é, aproxima-
Raio médio da órbita
damente, de Planeta Massa (em kg)
(em milhões de km)
a) 0,02 Mercúrio 58 3,3 x 1023
b) 0,05
Vênus 108 4,9 x 1024
c) 0,10
Terra 150 6,0 x 1024
d) 0,50
e) 0,90 (01) A massa da Terra é cerca de 18 vezes maior que
a massa de Mercúrio.
77. Três satélites — I, II e III — movem-se em órbitas (02) O movimento dos planetas em torno do Sol
circulares ao redor da Terra. O satélite I tem massa obedece à trajetória que todos os corpos ten-
m e os satélites II e III têm, cada um, massa 2m. Os dem a seguir por inércia.
satélites I e II estão em uma mesma órbita de raio r
e o raio da órbita do satélite III é r/2. (04) A constante de gravitação universal, expressa
Nesta figura (fora de escala), está representada a em unidades do sistema internacional, é igual
posição de cada um desses três satélites. a 6,67.10-11 N.m2 kg-2.

II (08) O período de revolução da Terra é maior que o


de Vênus.
I
(16) A aceleração da gravidade, na superfície de
Mercúrio, é nula.

(32) O ponto de equilíbrio de um objeto situado en-


Terra tre a Terra e a Lua, sob a ação exclusiva de
III forças gravitacionais desses corpos, localiza-se
mais próximo da Lua.

Soma: ( )
42
79. Um satélite artificial, de 800 kg de massa, está em a) Marte.
órbita em torno da Terra a uma altura igual a três
vezes o raio da Terra. Considerando-se a aceleração b) Vênus.
da gravidade na superfície da Terra igual a 10 m/s2,
c) Terra.
o peso do satélite, quando em órbita, é
d) Saturno.
a) 100 N
e) Júpiter.

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


b) 200 N

c) 300 N 83. A forma da Terra não é perfeitamente esférica. Por


isso, a aceleração da gravidade não tem, a rigor, o
d) 400 N mesmo módulo em todos os pontos da sua superfície.
A partir das informações, é CORRETO afirmar que a
e) 500 N intensidade do campo gravitacional, na superfície da
Terra, é
80. Um satélite de comunicação geoestacionário, de

Gravitação universal
massa m, descreve órbita circular de raio R em torno a) nula, na região polar.
da Terra. Considerando-se G a constante de gravita-
ção universal e M, a massa da Terra, conclui-se que b) nula, sobre a linha do Equador.
a energia cinética do satélite é igual a
c) menor nos pólos que no Equador.
a) 2Mm/GR
d) maior nos pólos que no Equador.
b) MR/mG
84. A força de atração gravitacional entre duas partí-
c) G R/Mm culas depende de suas massas e da distância que as
separa. Seja F a atração entre duas partículas. Se
d) G Mm/2R dobrarmos a massa de uma delas e reduzirmos a dis-
tância entre elas à metade, a nova atração gravita-
e) G M/mR
cional valerá
81. Considere-se um corpo de massa m, colocado na su- a) F
perfície da Terra. Sendo G a constante de gravitação
universal, M e R, respectivamente, a massa e o raio b) 2F
da Terra e desprezando-se os efeitos da rotação, o
módulo da aceleração da gravidade na superfície da c) 4F
Terra é
d) 6F
a) GMR
e) 8F
b) GMR–1
85. Considere as informações a seguir e as situações 1
c) GMR–2 e 2 descritas abaixo. Grandes parques de diversão
possuem um brinquedo no qual as pessoas sentam-
d) GMR2 se em cadeiras dispostas ao redor de uma torre de
grande altura. O conjunto de cadeiras é levado ao
e) GR2M–2
topo da torre e, durante um certo trecho, cai em
queda livre.
82. Considerando-se a constante de gravitação universal
igual a 6,67.10–11 Nm2kg–2 e utilizando-se a tabela a Situação 1: Uma pessoa relatou que durante a que-
seguir, pode-se identificar o planeta do sistema solar, da sentiu-se flutuar sobre o assento da cadeira.
cuja massa e raio médio, em valores aproximados,
É comum verem-se, em noticiários ou filmes de tele-
são, respectivamente, 569,3 x 1024 kg e 57,97 x 106 m.
visão, cenas de vôos tripulados de espaçonaves que
Nessas condições, o planeta citado é
estão orbitando ao redor da Terra.
Aceleração gravitacional na Situação 2: No interior de uma espaçonave, o astro-
Planeta
superfície (m/s2) nauta flutua dentro da cápsula.
Marte 3,7 Para essas situações são feitas as afirmações a se-
guir.
Vênus 8,6
I. O astronauta flutua porque não possui peso.
Terra 9,8
II. O astronauta e a pessoa estão em queda livre,
Saturno 11,3 relativamente à Terra.
III. A pessoa exerce pressão contra o assento e o
Júpiter 25,9
astronauta, não.
43
Dentre essas afirmações, 88. O movimento de translação da Terra deve-se, princi-
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

palmente, à interação gravitacional entre esse pla-


a) apenas I é correta. neta e o Sol.
b) apenas II é correta.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
c) apenas III é correta. que o módulo da aceleração da Terra em sua órbita
em torno do Sol é proporcional
d) apenas I e II são corretas.
a) à distância entre a Terra e o Sol.
e) apenas II e III são corretas.
b) à massa da Terra.
86. Sendo a altitude de um satélite terrestre igual a
24 000 km e considerando-se o raio da Terra c) ao produto da massa da Terra pela massa do
R = 6 000 km, pode-se afirmar que a razão entre a Sol.
aceleração da gravidade na superfície da Terra e a
aceleração da gravidade no satélite é d) à massa do Sol.
a) 9
89.
b) 12
— E o sistema solar? — protestei.
c) 16
— Acha que tem alguma importância para
d) 25 mim? — interrompeu-me com impaciência.
— Você afirma que giramos em torno do Sol.
e) 30
Se girássemos em volta da Lua, isso não fa-
87. Observe a tirinha do Calvin apresentada a seguir.
ria a menor diferença para o meu trabalho.

Sherlock Holmes in Conan Doyle, Um estudo em vermelho.

Se, para Sherlock, os movimentos planetários não


ENVIAR ORIGINAL
têm tanta importância, para Kepler e Newton eles
tiveram. Kepler formulou as três leis. Newton for-
mulou a lei da gravitação universal que, junto às
suas três leis da dinâmica, permitiu compreender as
interações a distância entre corpos.

A respeito das conclusões de Kepler e Newton, ana-


lise:

I. A força com que o Sol atrai os planetas e a for-


ça com que a Terra atrai a Lua são de mesma
natureza.

II. A força centrípeta que conserva um planeta


em sua órbita ocorre unicamente em função
da atração mútua entre o Sol e o planeta.

Mesmo se os pais pagassem a “conta da gravidade”, III. O período de um planeta qualquer é o intervalo
Calvin poderia vivenciar a situação acima caso esti- de tempo necessário para ocorrer uma volta
vesse nas situações a seguir, EXCETO a apresentada completa do planeta em torno do Sol.
na alternativa.
Está CORRETO o contido em
a) Nave em órbita em torno da Terra.
a) I, apenas.
b) Avião descrevendo uma trajetória parabólica
com uma aceleração igual à aceleração da gra- b) II, apenas.
vidade.
c) I e III, apenas.
c) Elevador caindo em queda livre.
d) II e III, apenas.
d) Sala totalmente vedada na qual retira-se a
maior parte do ar, provocando uma situação de e) I, II e III.
vácuo.
44
90. O módulo da força de atração gravitacional entre a) A nave está em queda livre.
duas esferas pequenas de massa iguais M, cujos cen-
tros estão separados por uma distância d, é F. Analise b) Os ocupantes da nave estão em queda livre.
as afirmativas a seguir e indique a(s) CORRETA(s).
c) A atração gravitacional do planeta sobre os
(01) Reduzindo-se a separação entre os centros das ocupantes é tão pequena que pode ser despre-
esferas para d/4, resulta uma força de atração zada.
gravitacional de módulo 4F.
d) Um relógio de pêndulo não tem como funcio-

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


(02) Substituindo-se uma das esferas por outra de nar nessa nave.
massa 2M e reduzindo-se a separação entre os
centros para d/2, resulta uma força gravitacio- e) A situação dos tripulantes é chamada de im-
nal de módulo 8F. ponderabilidade, ou seja, elas não sentem que
têm peso.
(04) O módulo da aceleração de uma das esferas
devido à presença da outra é F/M.
93. Dentro de um satélite artificial da Terra, um astro-
(08) A unidade de medida da força gravitacional nauta flutua porque

Gravitação universal
pode ser dada em N se as medidas das massas
forem dadas em gramas e a medida da distân- a) sua massa específica fica menor que a do ar
cia entre elas for em metros. dentro do satélite.

Soma: ( ) b) existe vácuo dentro do satélite e no vácuo os


corpos não têm peso.
91. Sabe-se que a atração gravitacional da Lua sobre c) as acelerações da nave e do astronauta com
a camada de água é a principal responsável pelo relação à Terra são iguais.
aparecimento de marés oceânicas na Terra. A figura
mostra a Terra, supostamente esférica, homogenea- d) a força da gravidade é nula no local onde está
mente recoberta por uma camada de água. o satélite.
Terra e) o satélite serve de blindagem, de modo que
a força da gravidade não é exercida sobre o
Lua astronauta

B A 94.

Notícias publicadas em jornais sobre as-


Água tronautas “fora da ação da gravidade da
Terra” geram confusão. Expressões do tipo
Nessas condições, considere as seguintes afirmativas:
“gravidade nula” são interpretadas por
I. As massas de água próximas das regiões A e B muitas pessoas como a inexistência de força
experimentam marés altas simultaneamente. gravitacional. A confusão surge porque um
astronauta, no interior de um ônibus espa-
II. As massas de água próximas das regiões A e B cial em órbita, está “sem peso”, ou seja,
experimentam marés opostas, isto é, quando A
tem maré alta, B tem maré baixa e vice-ver-
em “estado de imponderabilidade”. Ele não
sa. está sem peso porque está “fora da ação
da gravidade”, mas, sim, porque o ônibus
III. Durante o intervalo de tempo de um dia, ocor- espacial e tudo em seu interior estão em
rem duas marés altas e duas marés baixas. queda livre. Existem efeitos fisiológicos
associados com o estado de impondera-
Então, está(ão) CORRETA(s), apenas
bilidade. Um efeito interessante é que o
a) a afirmativa I. astronauta cresce cerca de 2 a 3 cm. Como
não existe pressão para baixo ao longo da
b) a afirmativa II. coluna vertebral, seus discos esponjosos
não são mais comprimidos. No estado de
c) a afirmativa III.
imponderabilidade, o sistema cardiovascular
d) as afirmativas I e II. é menos solicitado para bombear o sangue
para o corpo todo; também não existe “di-
e) as afirmativas I e III. reção privilegiada”, nem posição de “cabeça
para baixo” e os sensores de equilíbrio e
92. Considere uma nave tripulada em órbita em torno orientação não funcionam nesse estado.
da Terra bem acima da atmosfera, com os motores
permanentemente desligados. São verdadeiras as HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de físca 3: eletro-
afirmativas a seguir, EXCETO magnetismo. São Paulo:FTD, 1992.
45
Com base no texto e pressupondo a inalterabilida- Texto II
Gravitação universal
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

de do diâmetro dos vasos sangüíneos no espaço, é


CORRETO afirmar que, quando o astronauta está em Leis formuladas por Isaac Newton:
órbita,
I. Na ausência de resultante de forças, um corpo
a) a freqüência cardíaca é menor, o sistema car- em repouso continua em repouso e um corpo
diovascular é pouco exigido e o sangue, já oxi- em movimento mantém-se em movimento re-
genado, é facilmente conduzido do ventrículo tilíneo com velocidade constante.
esquerdo para todo o corpo. Nessa situação, a
velocidade de circulação do sangue diminui. II. A aceleração que um corpo adquire é direta-
mente proporcional à resultante das forças que
b) os discos de cartilagem, localizados entre as atuam nele e tem a mesma direção e o mesmo
vértebras, que funcionam como amortecedo- sentido desta resultante.
res de choques quando a coluna é pressionada,
são menos exigidos pelo fato de sua massa di- III. Quando um corpo exerce uma força sobre ou-
minuir no espaço, devido à ausência do campo tro corpo, este reage sobre o primeiro com
gravitacional terrestre. uma força de mesmo módulo, mesma direção e
sentido oposto.
c) o martelo, a bigorna e o estribo, ossos loca-
lizados no ouvido interno, responsáveis pelo IV. Dois corpos quaisquer se atraem com uma for-
equilíbrio e orientação, deixam de funcionar ça proporcional ao produto de suas massas e
devido à diminuição da massa do astronauta. inversamente proporcional ao quadrado da dis-
d) os discos de cartilagem localizados entre as tância entre eles.
vértebras, estruturas responsáveis pelo cresci-
mento em altura, têm sua função potencializa-
da pela ausência da força peso experimentada O poema do Rubem Alves (Texto I) apresenta implici-
por ele. tamente a idéia de que o céu/espaço é infinito, sem
nunca ter um porto aonde chegar. De forma também
e) ocorrem alterações fisiológicas que somente implícita pode-se identificar em Newton (Texto II) a
são observadas nesse estado de imponderabi- mesma noção de espaço infinito nos enunciados
lidade, devido à ausência de força centrípeta
sobre a nave. a) I e III.

95. Um satélite estacionário possui órbita circular equa- b) I e IV.


torial, a 1 600 km da superfície da Terra. Sabendo
que o raio do equador terrestre é 6,4 x 103 km, po- c) II e III.
demos dizer que nesta altura
a) o peso do satélite é praticamente zero, devido d) II e IV.
à ausência de gravidade terrestre no local.
b) o peso do satélite é igual ao peso que ele teria 97. A respeito do planeta Júpiter e de um de seus saté-
na superfície do nosso planeta. lites, Io, foram feitas as afirmações:
c) o peso do satélite é igual a 80% do peso que ele
teria na superfície do nosso planeta. I. Sobre esses corpos celestes, de grandes mas-
sas, predominam as forças gravitacionais.
d) o peso do satélite é igual a 64% do peso que ele
teria na superfície do nosso planeta. II. É a força de Júpiter em Io que o mantém em
e) o peso do satélite é igual a 25% do peso que ele órbita em torno do planeta.
teria na superfície do nosso planeta.
III. A força que Júpiter exerce em Io tem maior
96. Texto I intensidade que a força exercida por Io em Jú-
piter.
Minas não tem mar.
Deve-se concluir que SOMENTE
Minas tem montanhas, matas e tem céu.
Minas não tem mar. a) I é correta.
Lá, quem quiser navegar tem de aprender
que o mar de Minas é em outro lugar. b) II é correta.
O mar de Minas não é no mar.
c) III é correta.
O mar de Minas é no céu, pro mun-
do olhar pra cima e navegar sem nun- d) I e II são corretas.
ca ter um porto aonde chegar.
Rubem Alves e) II e III são corretas.

46
98. A força gravitacional que um planeta exerce sobre Considere uma situação hipotética em que o valor
outro corpo obedece à lei do inverso do quadrado do raio RT da Terra seja diminuído para R’, sendo
da distância entre eles. Assim, a aceleração gravi- R’ = 0,8 RT, e em que seja mantida (uniformemente)
tacional com que um pequeno asteróide cai para o sua massa total. Nessas condições, os valores apro-
planeta ximados das acelerações da gravidade g1 à distância
R’ e g2 a uma distância igual a RT do centro da “Terra
a) aumenta linearmente com a distância à super- Hipotética” são, respectivamente,
fície do planeta.

HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


g1(m/s2) g2(m/s2)
b) aumenta linearmente com a distância ao cen- a) 10 10
tro do planeta. b) 8 6,4
c) dobra-se a distância à superfície do planeta se c) 6,4 4,1
reduzir à metade. d) 12,5 10
e) 15,6 10
d) quadruplica se a distância ao centro do planeta

Gravitação universal
dobrar.
101. Em 1973, o Pink Floyd, uma famosa banda do cená-
e) quadruplica se a distância ao centro do planeta rio musical, publicou seu disco The Dark Side of the
se reduzir à metade. Moon, cujo título pode ser traduzido como “O Lado
Escuro da Lua”. Este título está relacionado ao fato
99. Um satélite artificial descreve uma órbita circular de a Lua mostrar apenas uma de suas faces para nós,
em torno da Terra com velocidade escalar constan- os seres humanos. Este fato ocorre porque
te v, graças à ação da força gravitacional (Lei da
a) os períodos de translação da Lua e da Terra em
Gravitação Universal) dada por (GmM)/r2, onde G
torno do Sol são iguais.
é constante, m e M são as massas do satélite e da
Terra, respectivamente, e r é a distância entre seus b) o período de rotação da Lua em torno do pró-
centros. Essa força é a responsável pela aceleração prio eixo é igual ao período de rotação da Terra
centrípeta v2/r do movimento circular e uniforme em torno de seu eixo.
do satélite. A partir destas informações, é possível
c) o período de rotação da Lua em torno do pró-
mostrar que o período de revolução do satélite, em
prio eixo é igual ao seu período de translação
torno da Terra, é dado por
em torno da Terra.

GM d) o período de translação da Lua em torno da


a) 2.π
r Terra é igual ao período de rotação desta em
relação ao seu próprio eixo.
b) GM
2 .π e) a luz do Sol não incide sobre o “lado escuro” da
r2 Lua.

c) r2
2 .π 102. Embora sua realização seja impossível, imagine a
GM construção de um túnel entre os dois pólos geográ-
GM ficos da Terra, e que uma pessoa, em um dos pólos,
d) 2 .π caia pelo túnel, que tem 12 800 km de extensão,
r3
como ilustra a figura a seguir.
e) r3
2 .π Túnel
GM W
100. O gráfico da figura representa a aceleração da gra-
vidade g da Terra em função da distância d ao seu Centro X Centro
centro. da Terra da Terra

g(m/s2) Z
18
16
Admitindo que a Terra apresente uma constituição
14 homogênea e que a resistência do ar seja despre-
12 zível, a aceleração da gravidade e a velocidade da
10 queda da pessoa, respectivamente, são nulas nos
8
6 pontos indicados pelas seguintes letras:
4
2 a) Y—W
0 b) W—X
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 d(102m)
c) X—Z
d) Z—Y
47
HIDROSTÁTICA E GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

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Gravitação universal

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