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APELAÇÃO CÍVEL Nº 87238-0/188 (200500592637)

3ª CÂMARA CÍVEL
COMARCA: GOIATUBA
APELANTE: WASM
APELADO: ACC
RELATOR: Desembargadora NELMA BRANCO FERREIRA PERILO

RELATÓRIO

Trata-se de recurso de apelação (f. 66/74) interposto por W


A S M, visando a anulação da sentença de f. 59/60, exarada pelo MM. Juiz
de Direito da Comarca de Goiatuba, Dr. Edison de Moraes, nos autos da
Ação de Investigação de Paternidade, movida em face do ora apelado, A C
C, que julgou improcedente o pedido vazado na peça vestibular.

Em suas razões recursais, insurgindo-se contra a decisão do


juízo monocrático que, deferindo requerimento da parte ré, designou outro
Laboratório para o exame de DNA (Laboratório Heréditas em substituição ao
Laboratório Exame), a apelante discorda do resultado negativo do respectivo
exame produzido nos autos, junto ao referido laboratório, na Capital Federal.

Aduz que protocolizou a petição de f. 63/65, onde pleiteia a


realização de novo exame de DNA, em outro laboratório, indicando quatro
nesta Capital Goiana.

Argumenta que o resultado do exame de DNA nunca é de


100%, havendo possibilidade, por menor que seja, de ocorrência de erros.

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Obtempera, assim, que houve cerceamento de defesa, já
que o julgamento antecipado da lide tolheu outras provas, especialmente os
depoimentos da genitora da apelante e do requerido.

Pede, ao final, pela nova realização de exames de DNA,


para a obtenção da verdade sobre a sua pessoa.

Não houve preparo recursal, por ser parte beneficiária da


assistência judiciária gratuita.

Instado, o apelado contra-arrazoou às f. 77/81, discordando


da pretensão da apelante quanto à realização do novo teste de DNA, requereu
o desprovimento do apelo para a manutenção da sentença guerreada.

Consoante parecer acoplado às f. 92/98, o Parquet


manifestou-se pelo conhecimento e provimento do recurso, com a cassação da
sentença para que a contra-prova seja realizada.

Após a subida dos autos, a douta Procuradoria Geral de


Justiça opinou também pelo acatamento da preliminar de cerceamento de
defesa (f. 102/107).

É o relatório, que submeto ao insigne Revisor.

Goiânia, 16 de março de 2006.

Desembargadora NELMA BRANCO FERREIRA PERILO


Relatora

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APELAÇÃO CÍVEL Nº 87238-0/188 (200500592637)
3ª CÂMARA CÍVEL
COMARCA: GOIATUBA
APELANTE: WASM
APELADO: ACC
RELATOR: Desembargadora NELMA BRANCO FERREIRA PERILO

VOTO

Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos de


admissibilidade do recurso, dele conheço.

Cuida-se de apelação interposta por W A M, inconformada


com a sentença que julgou improcedente o pedido formulado nos autos da
Ação de Investigação de Paternidade, movida em face do ora apelado A. C.
C. argüindo cerceamento de defesa e requerendo a realização de contra-prova
do exame de DNA.

Com razão a apelante.

Compulsando os autos, denota-se que o exame realizado


pelo Laboratório Heréditas, às f. 40/45, concluiu que o apelado não é o pai
biológico da apelante, posto que os resultados da análise de DNA de I, W e A.
revelaram que os alelos obrigatórios paternos não se encontravam presentes

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no DNA do requerido.

Diante de tal resultado, a apelante, irresignada, ao


manifestar sobre o mesmo, requereu a realização de uma contra-prova em
outro laboratório, ratificando a sua pretensão nas razões recursais, tendo
argumentado “que o resultado nunca é de 100% (cem por cento)” e há
possibilidade de erro na condução dos testes e de alteração do conhecimento
da verdade.

A respeito, o ilustre representante do Ministério Público de


Primeiro Grau sabidamente assim pronunciou-se:

“(...) Vale frisar que o açodamento do MM Juiz foi tanto


que sequer abriu vista dos autos ao Ministério Público
antes da prolação da sentença, oportunidade em que, caso
o fizesse, poderia ser alertado sobre a não-juntada aos
autos da manifestação da parte requerente, somente
abrindo vistas dos autos ao Ministério Público após a
prolação da r. Sentença (fls. 61/v), oportunidade em que
não foi manejado recurso contra tal decisão porque existem
julgados no sentido de que a simples falta de intervenção
ministerial não causa a nulidade do processo, desde que
não haja prejuízo a qualquer das partes, sendo que, no caso
havia apenas a 'possibilidade' da parte requerente
impugnar o laudo, podendo fazê-lo por ocasião do seu
próprio recurso.”

“Se, por um lado, o exame de DNA é uma prova cabal a

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respeito de uma paternidade, como todo exame, é suscetível
de falhas, daí porque, diante de um tempestivo
requerimento de contra-prova, não vejo como não atender
tal solicitação, ainda mais quando o requerido é pessoa
influente, com ótima situação financeira, enquanto a parte
requerente é pessoa de parcos recursos, beneficiária da
assistência judiciária.” (f. 95/96).

Verifica-se dos autos que, de fato, o nobre magistrado da


instância singela laborou de forma afoita ao prolatar a sentença sem antes
ouvir o representante do órgão ministerial sobre o aludido laudo pericial
genético e sem aguardar por eventual manifestação da autora.

O ato judicial assim proferido é nulo, por ter cerceado,


indubitavelmente, o direito de defesa da apelante, em afronta ao preceituado
no art. 5º, inciso LV, da Carta Magna de 1988.

Referido dispositivo constitucional assegura aos acusados e


aos litigantes em geral, em processo judicial ou administrativo, o direito à
ampla defesa e ao contraditório, com todos os recursos a ela inerentes,
tratando-se de norma de eficácia plena.

Neste diapasão, prelecionam Nelson Nery Júnior e Rosa


Maria de Andrade Nery:

“Deduzir ação em juízo, alegar e provar fatos constitutivos


de seu direito, bem como ser informado sobre o conteúdo
do processo e poder reagir, é a forma de manifestação do

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contraditório, o qual se efetiva com a garantia da
igualdade entre as partes, dispondo estas dos mesmos
instrumentos processuais.” (2002).

Na mesma esteira, é a lição de Cândido Rangel Dinamarco:

“O contraditório e a ampla defesa são garantias do


cidadão e têm por base o princípio da igualdade. Por
ampla defesa, entende-se o asseguramento que é dado ao
réu de condições que lhe permitam trazer para o processo
todos os elementos que tendentes a esclarecer a verdade ou
mesmo de omitir-se ou calar-se, se entender necessário,
enquanto o contraditório é a própria exteriorização da
ampla defesa, impondo a condução dialética do processo
(por conditio), pois a todo ato produzido pela acusação,
caberá igual direito da defesa de opor-se-lhe ou de dar-lhe
a versão que melhor se apresente, ou, ainda, de fornecer
uma interpretação jurídica diversa da que foi dada pelo
autor.” (Fundamentos do Processo Civil Moderno. São Paulo:
Malheiros, 2ª ed.).

O princípio do contraditório, na doutrina de Humberto


Theodoro Júnior, consiste na igualdade para ambas as partes da lide, verbis:

“O principal consectário do tratamento igualitário das


partes se realiza através do contraditório, que consiste na
necessidade de ouvir a pessoa perante a qual será proferida
a decisão, garantindo-lhe o pleno direito de defesa e de

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pronunciamento durante todo o curso do processo (...)”
(Curso de Direito Processual Civil).

O entendimento jurisprudencial dominante é no sentido de


que a realização do exame de mapeamento de DNA não deixa dúvidas acerca
de seu resultado, uma vez que se trata de prova científica, da mais alta
confiabilidade.

Todavia, insta consignar a observação feita pela ilustre


Procuradora de Justiça, Drª Dilene Carneiro Freire, às f. 105/106 do seu
laborioso parecer, onde opinou pelo provimento do presente recurso:

“(...) Não podemos olvidar a possibilidade de erro na


manipulação das amostras ou na interpretação dos
resultados, mormente porque a interpretação de um teste de
DNA envolve profundos conhecimentos de genética e
estatística; outrossim, conforme vem sendo noticiado pelos
veículos de comunicação e por juristas, não há fiscalização
nem regulamentação sobre o funcionamento dos
laboratórios, eis que existe apenas uma norma do Conselho
Federal de Medicina que exige de cada laboratório um
médico responsável especializado em genética.”

“Imperioso ressaltar, há notícia de um número elevado de


exames discordantes em casos dessa ordem, mesmo quando
feitos por laboratórios os mais qualificados. Com certeza a
principal causa de erros em exames da vinculação genética
da paternidade tem por motivos as dificuldades de

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controlar a técnica; podendo ocorrer ainda a falsa
identificação dos examinados, a troca de amostras, o uso de
marcadores genéticos inadequados ou insuficientes, os
produtos com prazos vencidos e as falhas na leitura, na
interpretação e na transcrição dos resultados, levando tais
equívocos a uma exclusão ou a uma inclusão indevida.”

“A coleta de material genético no caso em tela foi feita em


comarca diversa daquela em que foi realizado o exame de
D.N.A., não podendo descartar-se a existência da falha
técnica ou humana e, por tratar-se de direito indisponível,
levando-se em conta que a apelante é hipossuficiente em
relação ao investigado, o qual é tido como um dos
fazendeiros mais ricos da região, tendo esta requerido
tempestivamente a realização de contra-prova, da mesma
natureza; ao nosso ver deve ser realizado novo exame de
D.N.A., nos moldes pleiteados na peça recursal,
assegurando o descobrimento da verdade.”

Como a apelante afirma ser filha biológica do apelado, a


contra-prova, além de ser de interesse do juízo, é direito seu e, na atual fase da
evolução do Direito de Família, não se justifica desprezá-la.

Ademais, o ordenamento jurídico vigente permite a


repetição do ato probatório, quando a matéria não parecer suficientemente
esclarecida, ex vi do artigo 437 do Codex Instrumental Civil.

Sobre supracitado dispositivo legal, eis o comentário do

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notável doutrinador Antônio Carlos Marcato:

“(...) uma vez admitido um determinado meio de prova, é de


interesse não apenas das partes mas também do Estado-
Juiz, em nome do dever de colaboração geral na descoberta
da verdade e da preservação da dignidade da atividade
jurisdicional, que atinja aquele sua finalidade natural,
trazendo aos autos as informações necessárias à elucidação
da matéria em conflito e ao julgamento justo da causa; por
tais razões, e por não se justificar a idéia de atos
processuais inúteis, soaria desarrazoado entender que o
juiz, verificando a possibilidade de desenvolvimento eficaz
da perícia e a frustração desse objetivo...” (Código de
Processo Civil, p. 1342).

O julgador deve buscar a verdade real, em matéria de prova,


em Ação de Investigação de Paternidade, sendo prudente e de bom senso a
realização de nova perícia genética pelo exame do DNA, nas circunstâncias
do caso concreto em apreço, a fim de não persistir nenhuma dúvida acerca da
pretensa paternidade.

A propósito, eis o entendimento esposado pelo Colendo


Superior Tribunal de Justiça, em casos análogos:

“Direito civil. Recurso especial. Ação de investigação de


paternidade. Exame pericial (teste de DNA) em confronto
com as demais provas produzidas. Conversão do
julgamento em diligência. - Diante do grau de precisão

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alcançado pelos métodos científicos de investigação de
paternidade com fulcro na análise do DNA, o valoração da
prova pericial com os demais meios de prova admitidos em
direito deve observar os seguintes critérios: (a) se o exame
de DNA contradiz as demais provas produzidas, não se
deve afastar a conclusão do laudo, mas converter o
julgamento em diligência, a fim de que novo teste de DNA
seja produzido, em laboratório diverso, com o fito de assim
minimizar a possibilidade de erro resultante seja da técnica
em si, seja da falibilidade humana na coleta e manuseio do
material necessário ao exame; (b) se o segundo teste de
DNA corroborar a conclusão do primeiro, devem ser
afastadas as demais provas produzidas, a fim de se acolher
a direção indicada nos laudos periciais; e (c) se o segundo
teste de DNA contradiz o primeiro laudo, deve o pedido ser
apreciado em atenção às demais provas produzidas.
Recurso especial provido. (REsp 397013 / MG Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, T3, DJ 09.12.2003 p. 279, RSTJ 179: 290).

Nesse diapasão, assim já decidiu o Egrégio Tribunal de


Justiça do Rio Grande do Sul:

“APELAÇÃO CÍVEL. INVESTIGAÇÃO DE


PATERNIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. PEDIDO
DE REALIZAÇÃO DE PROVA SEQUER EXAMINADO.
NOVO EXAME DE DNA. O exame pelo método do DNA
realizado foi no sentido da exclusão da paternidade.
Intimado a se manifestar a respeito, o investigante, que

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desde a exordial protestou pela produção de todas as
provas admitidas em Direito, pleiteou a designação de
audiência. Silenciando a respeito, o Magistrado julgou
antecipadamente a lide. Configurado cerceamento de
defesa, porquanto, em se tratando de demanda que busca a
verdade biológica, que diz com o estado da pessoa, não é
de ser subestimado qualquer meio probatório. Sentença
cassada com a conseqüente decretação da nulidade de
todos os atos praticados a contar da fl. 38 v. do processo,
determinando-se a renovação da instrução probatória,
assim como a confecção de nova perícia pelo método do
DNA, conforme pugnado no item nº 12 das razões
recursais, que será custeada pelo apelante. Apelo provido.”
(Apelação Cível Nº 70010871572, Oitava Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: José Ataídes Siqueira Trindade, Julgado em
15/03/2005).

Na mesma esteira, é a jurisprudência desta E. Corte de


Justiça Goiana, in verbis:

"INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. NOVO EXAME


DO DNA REQUERIDO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
Havendo a mínima possibilidade de erro deve-se fazer a
contraprova que eliminará dúvidas e, trará certeza e
tranqüilidade às partes. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO PARA CASSAR A SENTENCA". (TJGO – 1ª
Câmara Cível, Ac 59385-4/188, rel. Des. VITOR BARBOZA
LENZA, DJ 13682 de 17/12/2001).

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O apelado, por seu turno, discorda de fornecer nova amostra
biológica para o novo exame, notadamente em laboratório localizado fora dos
limites da jurisdição do juízo do seu domicílio, máxime por contar com mais
de setenta e nove anos de idade, salvo se compelido por determinação judicial
(f. 81).

Destarte, não vislumbrando nenhum prejuízo aos litigantes,


entendo desarrazoada tal recusa, já que se mostra justificável o pretendido
deslocamento das partes da Cidade de Goiatuba-GO (onde elas são
domiciliadas) para esta Capital, a fim de ser realizado o novo exame de DNA
(contra-prova), em outro laboratório, suportando aquelas tal sacrifício em
busca da verdade biológica, para a justa solução da quaestio posta a desate.

O memorável jurista Nelson Nery Júnior, em comentário ao


artigo 130 do Estatuto de Processo Civil, expõe o seguinte:

“Direitos indisponíveis. Em ação que versa sobre direito


indisponível, a atividade probatória do juiz é plena,
podendo determinar a realização de provas ex officio,
independentemente de requerimento da parte ou
interessado ou até mesmo contra a vontade da parte.”
(Código de Processo Civil, 7ª ed., p. 530).

Sem embargo disso, impende registrar a advertência de que


a recusa relativa à realização da nova prova pericial pode ser interpretada
contra o interesse do suposto pai, conforme inteligência da Súmula 301, do
Superior Tribunal de Justiça:

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“Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a
submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris
tantum de paternidade.” (DJ 22/11/2004).

Ante o exposto, conhecido do recurso apelatório e


acolhendo o parecer do órgão ministerial, dou-lhe provimento para acolher a
preliminar de cerceamento de defesa e anular a sentença hostilizada (f. 59/60),
para possibilitar a contra-prova do exame de DNA, nos termos pretendidos
pela apelante, bem como realização das demais provas porventura requeridas

É como voto.

Goiânia, 18 de abril de 2006.

Desembargadora NELMA BRANCO FERREIRA PERILO


Relatora

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APELAÇÃO CÍVEL Nº 87238-0/188 (200500592637)
3ª CÂMARA CÍVEL
COMARCA: GOIATUBA
APELANTE: WASM
APELADO: ACC
RELATOR: Desembargadora NELMA BRANCO FERREIRA PERILO

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. RESULTADO
NEGATIVO DE EXAME DE DNA. PROLAÇÃO DE
SENTENÇA SEM POSSIBILITAR A REALIZAÇÃO
DA PRETENDIDA CONTRA-PROVA.
CERCEAMENTO DE DEFESA. CONFIGURADO.
SENTENÇA ANULADA. I- Afronta os princípios
constitucionais do contraditório e da ampla defesa (art. 5º,
LV, CF/88) a prolação de sentença sem aguardar pela
manifestação da autora sobre a perícia genética produzida
nos autos, importando em nulidade daquela, por
cerceamento do direito de defesa da parte, máxime por ter
esta tempestivamente peticionado ao juízo, para a realização
da contra-prova do exame de DNA, por discordar do
resultado negativo da paternidade. II- Mesmo tratando-se de
prova científica, da mais alta confiabilidade, não se pode
olvidar da possibilidade de erro na manipulação das
amostras ou na interpretação dos resultados do exame de
DNA. Assim, apurado o resultado negativo de paternidade e
tendo a apelante afirmado ser filha biológica do apelado, a
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contra-prova, além de ser de interesse do juízo, é direito seu,
não se justificando desprezá-la, na atual fase da evolução do
Direito de Família. III- O julgador deve buscar a verdade
real, em matéria de prova, em Ação de Investigação de
Paternidade, sendo prudente e de bom senso a realização de
nova perícia genética pelo exame do DNA, nas
circunstâncias do caso concreto em apreço, a fim de não
persistir nenhuma dúvida acerca da pretensa paternidade
(artigo 437, do CPC). Precedentes do STJ e desta Corte
de Justiça. IV- Não vislumbrando nenhum prejuízo aos
litigantes, mostra-se desarrazoada a recusa do apelado em
submeter-se à contra-prova. V- Configurado o cerceamento
de defesa, a sentença deve ser anulada, para possibilitar às
partes a produção das provas requeridas. VI Apelo
conhecido e provido. sentença anulada.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de


Apelação Cível nº 87238-0/188 (200500592637), da comarca de Goiatuba,
figurando como apelante W A S M e apelado A C C..

A C O R D A M os integrantes da Quarta Turma Julgadora


da Terceira Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, tudo
nos termos do voto da relatora.

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Custas de lei.

V O T A R A M, além da Relatora, os Desembargadores


Walter Carlos Lemes, e Felipe Batista Cordeiro.

O julgamento foi presidido pelo Desembargador João


Waldeck Félix de Sousa.

Esteve presente à sessão o ilustre Procurador de Justiça


Wellington de Oliveira Costa.

Goiânia, 18 de abril de 2006.

Desembargador JOÃO WALDECK FÉLIX DE SOUSA


Presidente

Desembargadora NELMA BRANCO FERREIRA PERILO


Relatora

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