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Livramento Condicional

Conceito:
Livramento Condicional é a liberdade antecipada, mediante certas condições, conferida ao
condenado que cumpriu parte da pena que lhe foi imposta.

Arts 83 a 90 do Código Penal


Requisitos do Livramento Condicional
Art. 83 – O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
tiver bons antecedentes;
II – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III – comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho
no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho
honesto;
IV – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não
for reincidente específico em crimes dessa natureza.
Parágrafo único – Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de
condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.
Soma de Penas
Art. 84 – As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do
livramento.
Especificações das Condições
Art. 85 – A sentença especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
Revogação do Livramento
Art. 86 – Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de
liberdade, em sentença irrecorrívelI - por crime cometido durante a vigência do benefício;
II – por crime anterior, observado o disposto no Art. 84 deste Código.
Revogação Facultativa
Art. 87 – O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir
qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por
crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade
Efeitos da Revogação
Art. 88 – Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a
revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta
na pena o tempo em que esteve solto o condenado.
Extinção
Art. 89 – O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a
sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do
livramento.
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade.
Diferença entre Livramento condicional e Sursis:
No sursis, o condenado não chega a cumprir a pena privativa de liberdade, no livramento
condicional, ele cumpre uma parte da pena.
Requisitos
1) Objetivos:

a- A pena deve ser privativa de liberdade;

b- A pena concreta deve ser igual ou superior à 2 anos de prisão.

As penas correspondentes a infrações e processos diversos devem ser somadas para a


concessão do livramento condicional;

c- Cumprimento de parte da pena:

- livramento condicional ordinário – para reincidente em crime doloso, mais da metade da pena;
- livramento condicional especial – para não reincidentes em crime doloso e com bons
antecedentes, um terço da pena;
- livramento condicional qualificado – para condenados por crime hediondo, tortura, tráfico de
entorpecentes e drogas afins, desde que não reincidentes nestes crimes, cumprimento de pelo
menos 2 terços da pena;
d- Reparação do dano, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, solvente, notificado
judicialmente para o pagamento de um título líquido, certo e exigível;

2) Subjetivos:

a- Comportamento carcerário satisfatório; comprovado por atestado de conduta carcerária,


parecer da comissão técnica de classificação, laudo criminológico, etc. Não ter faltas
disciplinares, por si só, não preenche o requisito.

b- Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído, porém se por problema no sistema
carcerário não lhe foi atribuído trabalho algum, este requisito fica prejudicado;

c- Capacidade de subsistência através de trabalho honesto, ou seja, capacidade de manter-


se fora da prisão sem voltar ao crime;

d- Condições pessoais de não voltar a delinqüir. Esse requisito é exigido para condenados
por crimes dolosos (roubo, estupro), cometidos com violência ou grave ameaça;

O pedido de Livramento Condicional


a- O pedido deve ser encaminha do ao juiz de execução;

b- Podem formular o pedido:

- o sentenciado

- o cônjuge

- parente em linha reta (pais, filhos, avós, netos)

- diretor do estabelecimento prisional

- Conselho Penitenciário
Art. 712 CPP – O livramento condicional poderá ser concedido mediante requerimento do
sentenciado, de seu cônjuge ou de parente em linha reta, ou por proposta do diretor do
estabelecimento penal, ou por iniciativa do Conselho Penitenciário.

Período de prova e condições


O período de prova no livramento condicional refere-se ao restante da pena e inicia-se com a
audiência admonitória.

Esta audiência é marcada e presidida pelo presidente do Conselho Penitenciário ou por


membro por ele designado e é realizada no estabelecimento prisional onde a pena está sendo
cumprida.

Durante a audiência, a sentença do condenado é lida perante os outros condenados, após isso,
se aceitar as condições, o réu recebe uma caderneta com sua identificação e as condições a
serem cumprida, se não aceitar, o livramento não terá efeito (art 138, LEP).

São as condições obrigatórias:

a) Obter ocupação lícita dentro do prazo fixado pelo juiz, (cursos técnicos ou trabalho);

b) Prestar contas ao juiz sobre sua ocupação dentro do prazo determinado por ele, que
costuma ser, em média, mensalmente;

c) Não mudar da comarca do juízo de execução sem prévia autorização;

São as condições facultativas:

a) Não mudar de endereço sem prévia comunicação ao juiz e autoridade incumbida da


fiscalização cautelar e proteção;

b) Recolher-se no horário estipulado pelo juiz, (ex; não ficar na rua após às 10 da noite);

c) Não freqüentar os lugares estipulados pelo juiz, (ex: bares);

d) Podem ainda ser aplicadas condições especiais de acordo com o fato e a situação pessoal
do liberado;

Revogação do livramento condicional


São causas de revogação obrigatória:
a) Quando o condenado, durante o benefício, comete crime com sentença irrecorrível
restritiva de liberdade;

São as consequências:

1- Neste caso, não se computa na pena o tempo em que esteve solto;

2- Não se concederá, em relação à mesma pena, outro livramento, somente por outra pena;

3- Se o livramento for revogado, o restante da pena não poderá ser somado à nova pena
para efeitos de concessão de outro livramento.
4- No exemplo dado por Flávio Augusto Monteiro de Barros fica bem claro: se A foi
condenado a 6 anos de reclusão, cumpre um terço (2 anos), obtém livramento com período de
prova de 4 anos (restante da pena), comete, durante o livramento outro crime em que é
condenado definitivamente a 6 meses de reclusão, a situação dele fica assim:

1ª pena: 6 anos – 2 anos cumpridos = 4 anos de livramento/prova

2ª pena: 6 meses

O réu terá revogado seu benefício e cumprirá os 4 anos restantes da primeira pena + 6 meses
da segunda pena.

Não poderá obter novo livramento, pois cometeu crime durante o benefício, perdendo o direito,
e com relação á segunda pena, sendo inferior à 2 anos, não cabe livramento condicional.

Como dito anteriormente, não se pode somar o restante da pena anterior com a posterior para
obter tempo suficiente para obter novo benefício.

b) Quando o libertado é condenado irrecorrivelmente a pena privativa de liberdade, por crime


anterior ao início do período de prova.

São as consequências aqui são diferentes:

1- O período de prova é computado para o cumprimento da pena, ou seja, no nosso exemplo


anterior o condenado a 6 anos, com 4 anos de prova e que cometeu crime com 2 anos do
benefício, terá de cumpri somente 2 anos, pois já cumpriu 4 anos (2 anos de preso + 2 anos do
período de prova);

2- Pode-se somar o restante da pena anterior com a pena nova para concessão de novo
benefício;

São causas de revogação facultativa:


Neste caso, para o juiz manter o benefício, deve advertir o condenado ou agravar as
condições.

a) Quando o liberado descumpre qualquer das condições constantes na sentença. Nesta


situação não se computa o tempo de soltura à pena, nem se concederá novo livramento em
relação à mesma pena;

b) Irrecorrivelmente condenado por contravenção em pena de multa ou restritiva de direitos,


onde também não se computa o tempo de soltura à pena, nem se concederá novo livramento
em relação a mesma pena;

c) Se a contravenção foi cometida antes do período de prova, computa-se o período em que


esteve solto na pena e permite ainda novo livramento para o restante da pena;

Importante: legislador não incluiu a contravenção com pena de prisão simples, sendo assim,
não se pode aplicar por na analogia, nem a revogação obrigatória nem a facultativa;

Prorrogação do período de prova


A prorrogação acontece quando o condenado está sendo processado por crime cometido
durante o benefício, (mas ainda não transitado em julgado), então o juiz prorroga o livramento
até que a sentença seja final. A prorrogação então é automática prescindida por despacho
judicial.

A) Se absolvido ou condenado á prisão simples por contravenção, o livramento é extinto;

B) Se condenado à pena privativa de liberdade por crime cometido antes ou durante o


benefício, o livramento é revogado;

C) Se condenado por contravenção, sem pena de prisão, o juiz pode revogar o livramento ou
extinguir a pena;

D) Cumprido o tempo de prova normal, no período de prorrogação não se mantém as


condições do livramento condicional;

Extinção da pena
A pena é extinta com o final do livramento condicional, sem prorrogação ou revogação.

A decisão que decrete a extinção da pena é meramente declaratória, retroativa ao final do


período de prova.

Livramento condicional do estrangeiro


Se residente no Brasil, o estrangeiro pode ser beneficiado pelo livramento condicional, desde
que não tenha sido decretada a sua expulsão.

Se somente de passagem pelo Brasil, não pode receber nem livramento condicional nem
sursis, por um a razão simples, é prerrogativa exercer atividade honesta e remunerada
(estabelecida no Brasil), o que não é permitido para estrangeiro não residente no Brasil

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