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METODOLOGIAS

Acontabilidade previsional procurou extrapolar as

BALANCED
regras e os princípios do passado para um hori-
zonte temporal futuro. Aobjectividade do passado
(e a informação perfeita) é qualitativamente dife-
rente da informação imperfeita, do acontecimento
incerto, das hipóteses sobre o futuro. Por isso os

SCORECARD modelos contabilísticos não têm resistido, no terre-


no económico, à prova do futuro. O que relevou a
necessidade de balancear extra contabilisticamente
outras vertentes (externas) ao negócio. Os clientes,
os processos e as pessoas, tentando chegar mais
longe, para além da visão contabilística e histórica
dos custos e dos proveitos (postcipados), das rea-
lidades físicas objecto de medida para realidades
psicológicas (percepções, índices de satisfação,
etc.), da economia do dinheiro e das finanças para
a economia da satisfação e das pessoas. Porque
procura equilibrar as diferentes e novas perspecti-
vas denominou-se balanced (equilibrado).

Não existe uma tradução directa para a nossa lín-

FERRAMENTA DE APOIO gua de BSC. Já foi traduzido por tabelas equili-


bradas 1. Em língua francesa traduziu-se por "table-
aux de bord prospectivo". Em espanhol por "Cuadro
À GESTÃO ESTRATÉGICA de Mando Integral". Entre nós, é mais conhecido
e habitualmente aceite como "balanced scorecard”
Diz a lenda que Kaplan estava a jogar golfe com o (BSC).

presidente da IBM no Canadá. Neste desporto, os pontos


Kaplan e Norton publicaram três artigos na HBR e
conseguidos (scores) são marcados num cartão (card). três livros de conceitualização2, aplicação e divul-
O parceiro no jogo referiu-lhe que "gostaria de ter um cartão gação da ferramenta. O BSC foi testado e imple-
com os pontos" que lhe permitisse gerir o seu negócio. mentado em múltiplas organizações, com resul-
tados significativos. Hoje é muito utilizado na Amé-
Assim nasceu a ideia do "scorecard" aplicado na gestão
rica do Norte e Austrália. Na Europa é mais conhe-
dos negócios. E "balanced" porque, nos últimos 20 anos, cido nos países nórdicos. Em Portugal é aplicado
a gestão das empresas com base na contabilidade, voltada numa centena de empresas, sobretudo importado
quer para o passado, pela natureza histórica da contabili- pelas multinacionais.

dade, quer para o interior da organização, demonstrou ser


O BSC é uma ferramenta de apoio à gestão estra-
insuficiente como produtor de informação de gestão. tégica. Não existe ainda uma definição aceite e
comum do que é a estratégia. Cada autor tem a
Outras ferramentas foram entretanto ocupando este espaço, sua. Mas, sem dúvida, estratégia tem a ver sempre
nomeadamente os modelos e as ferramentas da qualidade, com o futuro, com o médio e longo prazo, con-
que se estenderam até à qualidade total (TQM), em que as trariamente à contabilidade tradicional, que se volta
para o passado, que produz informação sobre o
vertentes externas da envolvente organizacional (principal-
passado.
mente os clientes ou, em sentido mais lato, os stakeholders
do negócio) ganharam relevância estratégica e estatuto na
mente dos gestores.
Nuno Queirós
nuno.queiros@netcabo.pt

36 QUALIDADE EM SAÚDE
METODOLOGIAS

BSC para a gestão O que exige a humildade para aprender. Admitir que não sabemos
tudo e que as estratégias emergentes4 se impõem com a força
do século XXI da realidade, alterando ou derrubando o sentido e ritmo da
Os ciclos de vida dos negócios e o carácter plurianual direcção ou do destino, emergindo, assim, a descoberta e a
dos investimentos, em conjugação com a incerteza mudança. Qualquer estratégia de sucesso é uma busca infinita.
em relação ao futuro, impõem a gestão estratégica O modelo de gestão estratégica do BSC impõe que as empresas
como uma referência no domínio das ferramentas e os negócios tenham um destino5 e uma direcção, o que significa
de gestão dos últimos 50 anos. Para clarificar esta aplicar o conceito de visão estratégica teorizado, entre outros,
questão pode pensar-se a gestão das empresas e por Hammel e Prahalad. Este é o primeiro passo para construir
dos negócios em duas vertentes: a "empresa do o balanced scorecard.
presente" e a "empresa do futuro"3. Na "empresa do
presente" gere-se o dia-a-dia, as questões opera- Da visão estratégia decorrem, numa relação causa-efeito,
cionais: receber e pagar, produzir, comprar e vender; objectivos estratégicos que o BSC formaliza no mapa estratégico.
ou o ciclo da exploração. Neste domínio, mais real Este é o primeiro documento que o BSC produz no processo de
e no curto prazo, é preciso fazer, impõe-se com a reflexão estratégica. O cumprimento dos objectivos estratégicos
força das coisas. Na "empresa do futuro", os gestores exige um conjunto de medidas, de curto, médio ou longo prazo,
não se confrontam com a força das coisas, do fazer, preenchendo o horizonte temporal do mapa no calendário estra-
mas com os ciclos dos investimentos e do cresci- tégico. Este conjunto de medidas, calendários e iniciativas
mento, num horizonte temporal mais lato e incerto. operacionalizam-se no scorecard ou, de uma forma simplificada,
Adia-se, porque a força do presente se impõe. Por no BSC. E medir é uma forma (nova) de organizar, porque as
isso esta é a empresa eternamente (e diariamente) medidas devem induzir comportamentos nos recursos humanos.
esquecida. Esta é a fase mais visível do BSC, porque traduz a visão estra-
tégica em acção, no terreno, no dia-a-dia. Traduzir é passar duma
Mas a evidência que o futuro (e o amanhã) se constrói linguagem desconhecida para outra conhecida por todos na
hoje posiciona-se como uma questão central para organização. O que, em certa medida, corresponde à realidade
os negócios. Esta evidência tem-se imposto, de uma das empresas.
forma gradual, como corpo estruturado e articulado
de conhecimentos, que a disciplina de gestão estra- A estratégica era, no passado, assunto reservado aos admi-
tégica agregou e desenvolveu. Pensar (reflectir e nistradores, pouco conhecido e pouco divulgado; com o BSC, é
decidir) sobre o futuro é também um processo (de assunto de todos, traduzindo a linguagem reservada ao topo da
reflexão estratégica), que pode exigir três patamares estrutura organizacional em linguagem comum, de todos os que
de reflexões agregadas no acrónimo dos 3 D: constroem, hoje, o futuro da empresa e dos negócios.
– Um destino, onde se pretende estar num horizonte
temporal mais ou menos lato. "Vasco da Gama O(s) scorecard(s) e os "mapas estratégicos" são os dois docu-
nunca chegaria à Índia se não soubesse onde mentos de síntese desta ferramenta. Este, numa folha de papel,
queria chegar". O que se pode e deve aplicar representa simplificando os objectivos no horizonte temporal defi-
também na gestão. nido do negócio; aquele, nas medidas de acompanhamento dos
– Uma direcção, um rumo, uma trajectória, um objectivos. Seguidamente serão aprofundados cada um dos
caminho para lá chegar. O que significa afectar documentos em que se desagrega o BSC.
recursos, assumir compromissos e metas de
concretização.
O D de destino
Estes dois D correspondem à "bússola dos navega- Visão ou intenção estratégica
dores": os pontos cardeais do negócio e o caminho
para os atingir. A visão ou intenção estratégica6 significa olhar para o futuro de
– Um terceiro D, de descoberta. E isto porque em uma forma intencional, prescrevendo um quadro para o sucesso,
relação ao futuro, por definição incerto, comple- onde se jogam as ameaças e oportunidades dos produtos e dos
xo e turbulento, não existem certezas. Há coisas mercados futuros. O futuro é algo que se pode e deve criar no
que, com maior ou menor probabilidade, se sabe; presente, não sendo um simples eco ou continuação do passado.
outras, que não sabemos; e ainda outras, que não Se correctamente definido, é um activo incorpóreo e importante
sabemos que não sabemos. do negócio.

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METODOLOGIAS

Ser líder no mercado relevante, crescer em novos


mercados (internacionalização), desenvolver novos
Visão ou Intenção Estratégica
produtos (inovação) ou diversificar actividades (novos (2004-2007)
produtos e novos mercados) são exemplos (gené-
ricos) de visões ou intenções estratégicas. A visão
do líder é fundamental. Um líder é aquele que sabe "Desenvolver o mercado relevante
o que quer e é capaz de arrastar os outros para um com a actual carteira de produtos"
destino, que os chame. Um líder precisa de segui-
dores7, sem seguidores não é líder. A história dos
povos e dos negócios está repleta de exemplos de – O que devemos fazer para traduzir a nossa visão ou intenção estratégica
em acção, nas quatro perspectivas do BSC? Financeiramente:
lideranças de sucesso na construção do futuro. E
também de insucessos...
1ª perspectiva do BSC Como responder aos nossos accionistas?
Objectivo Estratégico Vender mais
O D de direcção Medida estratégica Taxa de crescimento das vendas
O mapa estratégico ScoreCards (medidas) Taxa de crescimento anual de 10%

O(s) mapa(s) 8 estratégico(s) decompõem a visão


estratégica em quatro perspectivas: a dos clientes, – E para vender mais, o que fazer com os nossos clientes (uma relação
causa-efeito)?
dos processos, dos accionistas e, por último, da
aprendizagem e do crescimento. O mapa estratégico
pode ser visto como um concerto (equilibrado) a 2ª perspectiva do BSC Como responder aos nossos clientes?
quatro vozes: a "voz dos clientes", a "voz dos pro- Objectivo Estratégico Aumentar o grau de satisfação dos clientes
cessos", a "voz dos investidores" e a "voz das Medida estratégica Rating de satisfação – VOC
pessoas" (RH) e das competências do negócio. As ScoreCards (medidas) Aumento do rating 5% cada ano
quatro perspectivas são uma inovação no modelo
informacional do BSC. De salientar que corres-
pondem aos agentes económicos fundamentais para – E para aumentar o grau de satisfação dos nossos clientes, como alinhar
os nossos processos internos para um serviço eficiente aos nossos
o negócio. O que não significa que o modelo do
clientes (uma nova relação causa-efeito)?
negócio não implique no terreno outras perspectivas.
Por exemplo, no segmento das cadeias de distribui-
3ª perspectiva do BSC Como responder com os nossos processos?
ção, com a importância estratégica dos fornecedores;
Objectivo Estratégico Reduzir prazos de entrega
ou, ainda, nos negócios em que a inovação tecno-
lógica é vital e em que, naturalmente, pode fazer Medida estratégica Tempo de entrega (em horas)
sentido incluir uma perspectiva da inovação. Ou até ScoreCards (medidas) Reduzir 2 h (2004/6) e 1 h nos seguintes.
em organizações sem fins lucrativos, por exemplo,
numa universidade ou num hospital privado9. Obvia-
– E para reduzir os prazos de entrega, como melhorar os nossos recursos,
mente as perspectivas serão nestes casos diferentes.
competências e sistemas (uma nova relação causa-efeito)?

Aquestão central nos mapas estratégicos é decom-


4ª perspectiva do BSC Como responder aos nossos accionistas?
por, nas quatro (ou mais) perspectivas, o conjunto
Objectivo Estratégico Aumentar o nível de satisfação dos RH;
de objectivos estrategicamente relevantes para o
quadro do sucesso da visão estratégica do negócio, (mapa estratégico) Desenvolver novas competências;
numa relação de causa-efeito10. O exemplo seguinte Implementar novos sistemas de inventário
pretende demonstrar, de modo sintético, a metodo- e de custeio.
logia e a ligação entre as causas e os efeitos para Medida estratégica Rating de satisfação dos RH;
se atingir a visão ou intenção estratégica do negócio. Horas de formação ano;
Nº de rupturas semanal de stocks.
ScoreCards (medidas) VOE + 5% ano; 5.000 h de formação ano;
nº de itens em ruptura

38 QUALIDADE EM SAÚDE
METODOLOGIAS

O D de descoberta As medidas financeiras são, na generalidade, medidas de


resultados, vêem as coisas acontecerem, medem (e relevam)
A melhoria contínua
efeitos. Porque não relevam as causas, perdem eficácia na
gestão das causas e gerir causas é, cada vez mais, a função dos
Esta quarta perspectiva é a que corresponde ao gestores, o fazerem com que as coisas aconteçam, porque é
mecanismo reprodutor do BSC, porque permite aqui, a montante, onde a acção acontece, onde tem oportunidade
aprender11. E aprender é "fazer coisas que nunca e eficácia.
fizemos", o que significa admitir o 3º D estratégico
– o D de descoberta. A estratégia e os processos O BSC propõe dois tipos de medidas15: leading (indutores) e lagging
que a suportam são, no caso do BSC, uma agenda (medidas de resultados). As medidas leading são o motor do
estratégica permanente de aprendizagem e melhoria negócio, porque visam induzir comportamentos nos agentes eco-
contínua12. nómicos para o cumprimento dos objectivos estratégicos para o
negócio. É errado pensar que as medidas são apenas uma
Das medidas estratégicas decorre um conjunto de questão de nome e de fórmula. A questão central é o compor-
iniciativas estratégicas para a implementação no tamento nos agentes que pretende induzir, o que realça duas
terreno económico, além dum orçamento onde pode questões fundamentais:
ocorrer a integração com as metodologias e ferra-
mentas orçamentais. – Qual o domínio humano da medida?
– Que comportamento pretende a fórmula afectar ou provocar?
O exemplo anterior procura aplicar a metodologia
proposta a uma visão estratégica para o negócio, As medidas visam discriminar entre o bom e o mau desempenho.
decompondo esta em objectivos e medidas de Contudo, esta capacidade tende a degradar-se com o tempo. As
acompanhamento, de monitorização do negócio. principais razões podem ser explicadas pelas melhorias contínuas
Com efeito, as métricas, medidas ou indicadores são que induzem, pela aprendizagem para trabalhar para a medida,
a face visível desta ferramenta e permitem acompa- sem melhorar o comportamento que se deseja (a aprendizagem
nhar a fase mais dura da implementação, do fazer, perversa). O que significa que as medidas têm um ciclo de vida
justificando a abordagem seguinte. e uma utilidade. Mas são sempre uma questão central no BSC,
porque pretendem reflectir a realidade ou uma intenção estra-
Indicadores, medidas tégica. O que nem sempre acontece.

ou métricas 13

O conjunto das medidas que integram o scorecard é a face mais


A gestão científica do trabalho, teorizada no início visível do BSC. E através delas constrói-se, hoje, o amanhã,
do século passado por Taylor, encontra no BSC um trabalhando hoje para a empresa do futuro. O que, com esta
campo de aplicação. Parte-se do princípio que não ferramenta, não é a eterna esquecida. Os critérios fundamentais
se pode gerir o que não se pode medir. Por exemplo, para seleccionar as medidas estratégicas a integrar o BSC podem
na medicina utilizam-se cada vez mais os meios ser os seguintes:
auxiliares de diagnóstico. Na gestão usam-se os
números e a contabilidade enquanto expressão, – As medidas que criam valor para o negócio;
medida e análise dos fenómenos patrimoniais. Foi – As medidas que criam vantagem competitiva para o negócio16.
e ainda é, em certa medida, onde se produz a infor-
mação de gestão para o negócio. "Não se pode gerir o que não se pode medir" é uma questão
central. E central quer dizer que está no centro, que é essencial.
Aproblemática da medida não é nova, nem exclusiva
do BSC. É um instrumento poderoso em múltiplas Cumprir objectivos
disciplinas. Medir é avaliar uma quantidade ou uma
qualidade 14, sendo esta mais objectiva e sujeita à
estratégicos
verificação e à prova directa e a outra, mais subjec- Como alinhar a organização e o negócio para o cumprimento
tiva, que visa medir uma expressão individual dos dos objectivos estratégicos?
sentimentos e das percepções e não sujeita à prova Desenvolvido e implementado o processo anterior, transformar
directa e à verificação. a estratégia formalizada no mapa estratégico em acção, no
terreno, pode permitir alinhar toda a organização para o cumpri-

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METODOLOGIAS

mento dos objectivos organizacionais. O que significa transformar NOTAS


a estratégia num assunto comum, de todos. Para isso é neces- 1 "Quadro Dinâmico de Performances" é uma tradução, do Prof. Almiro de Oliveira -
sário decompor os BSC do negócio em cascata a todos os níveis Informação, Sistemas de Informação e Controlo de Gestão, PAGI - Programa Avançado
de Gestão da Informação, Universidade Católica, 1997.
organizacionais, desde as AEN, divisões, direcções até aos BSC
individuais. 2 "Strategy Maps" é o mais recente, publicado no início de 2004, pela Harvard Business
School Publishing Corporation.

Pode significar também conduzir toda a estrutura organizacional 3 É um tema interessante de um livro do Prof. Jorge Vasconcelos e Sá – A Empresa
Negligenciada – Editorial Verbo, 2002.
para o precipício, caso a estratégia não seja a correcta ou esteja
desalinhada com o mercado, ou com as competências nucleares 4 Mintzberg, Henry, The Rise and the Fall of Strategic Planning". 1993.

do negócio. Nesta situação rapidamente os scorecard e o conjunto 5 Um método de fácil e correcta aplicação é adicionar, 3 a 5 anos, à data de hoje e
das medidas que o integram, se correctamente aplicadas, indi- pensar que, nesse dia, abre a porta de acesso à sua empresa. Como será a empresa,
os mercados, a jusante e a montante, os produtos que comercializa, o ambiente
ciarão que esta é a direcção errada para o destino que se pre- concorrencial em que se move e a posição competitiva que ocupa? É um exercício
tende atingir. O que significa a necessidade de corrigir o caminho interessante, para mais tarde recordar...

ou o destino. 6 As ferramentas da qualidade definem e operacionalizam os conceitos de visão e a


missão. Para simplificar, no BSC, utilizaremos o conceito de visão ou "Strategic Intent
(Gary Hamel e Prahalad).
Nova cultura de gestão 7 Pense-se em Jesus Cristo, Gandhi, Luther king, ou até, em Bin Laden e naqueles que
os seguiram ou, ainda, seguem. Pense-se na visão de Kennedy "em pôr um homem
O BSC introduz uma cultura nova na gestão. Uma cultura de na Lua no final da década de 70". E se é verdade que o sonho comanda a vida, é
aprendizagem, do caminho que se faz caminhando. É a reno- também verdade que "os sonhos excitam ou motivam as pessoas; os números não"
como Jack Welch refere com o saber e a autoridade de quem liderou um negócio a
vação, o voltar ao início, o reformular a visão e endogeneizar a nível mundial durante duas décadas.
mudança.
8 Fazer um mapa é explicar pormenorizadamente um facto. Em 1990, os autores do
BSC começaram a construir os scorecards numa folha de papel. Posteriormente
O BSC é uma ferramenta de apoio à gestão estratégica, que sintetizaram os objectivos num referencial a que chamaram "mapa estratégico".

traduz a estratégia em acção em todos os níveis organizacionais, 9 São referidos pelos autores do BSC os casos dos hospitais Duke Children Hospital
(Carolina do Norte); Hospital Montefiori (Bronx – Nova Iorque); St. Mary´s Duluth
operacionalizando o alinhamento das pessoas e dos processos
Clinic (Minnesota e Wisconsin).
para responder de uma forma eficaz e rentável ao "caderno de
10 Imagine-se que a visão é ser líder de mercado num horizonte temporal de 4 anos. A
encargos"17 dos clientes e dos accionistas. Pode aplicar-se a todo
questão será: para ser líder de mercado, como responder às expectativas dos nossos
o tipo de organizações, com ou sem fins lucrativos. Comum a clientes actuais ou potenciais? E como responder, com a eficiência dos nossos
processos, para satisfazer ou mesmo surpreender os nossos clientes? E como
todas elas, existem necessidades a satisfazer ou cadernos de
responder às expectativas dos nossos investidores e dos nossos recursos humanos?
encargos a responder, sejam de clientes, dos cidadãos ou dos
11 Sem aprender com os resultados pelo feedback, qualquer organização deteriora,
utentes.
inevitavelmente, a sua capacidade de desempenho presente e futuro.

12 Ou de melhoria descontínua, de reposicionamento total do modelo do negócio.


Numa primeira fase, o BSC foi muito utilizado como uma ferra-
menta do controlo de gestão. Numa fase posterior, como ferra- 13 O conteúdo semântico dos indicadores, métricas ou medidas é diferente. Contudo
são assumidos como sinónimos e doravante utilizaremos apenas a terminologia
menta de gestão estratégica. Mais recentemente, como uma boa medida(s).
ferramenta para a gestão da mudança, nomeadamente nas
14 Há coisas fáceis de medir e coisas difíceis de medir; o dinheiro é fácil; a liderança ou
alterações de liderança e/ou reposicionamento estratégico do a satisfação, não. Medir é difícil mas não é impossível.
negócio. E isto porque permite, rápida e eficazmente, (re)alinhar
15 A segmentação das medidas não é nova no BSC. É importada da macroeconomia.
a organização em todos os níveis organizacionais. Uma medida "leading" visa exprimir alterações nos fenómenos económicos que
ocorrem antes da variação do PIB; uma medida "coincident" ocorre, em simultâneo,
com as variações do PIB; uma medida "lagging" ocorrerá depois das variações no
É uma cultura de gestão nova, em que PIB. As compras de bens de equipamentos são um exemplo de uma medida
macroeconómica leading. O crédito hipotecário é uma medida lagging.
a questão central é o aprender. Integra o
16 Uma vantagem competitiva é aquilo que um negócio tem e os outros não têm.
poder e a força das ideias e das palavras
17 O caderno de encargos é o conjunto de requisitos que o fornecedor deve responder
com a clareza dos números. para a integral satisfação do solicitado pelo cliente. O marketing tem desenvolvido
este conceito. Hoje os produtos ou serviços não são realidades físicas mas um conjunto
Como todas as ferramentas de gestão que regularmente vão das características, requisitos, funcionalidades, do produto ou serviço que são
comunicados para a mente dos consumidores.
aparecendo no mercado das consultoras, também o BSC vai ser
testado no terreno económico, onde o paradigma do valor (e dos
resultados) faz lei. Apesar da novidade, o BSC é uma ferramenta
que o mercado tem procurado.

40 QUALIDADE EM SAÚDE

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