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A capacidade da arquitectura transmitir conteúdos que transcendem a sua objectividade corpórea é indiscutível. Essa capacidade comunicativa reside na propensão humana de atribuir significado a todos os produtos da sua criação, como forma de dar substância à sua própria existência. A arquitectura, como natureza humanizada, está também sujeita a essa acção de significação.
Em grau de importância, o significado supera frequentemente a matéria. No entanto, esse conteúdo abstracto necessita ser materializado enquanto corpo. Ainda que o valor simbólico do corpo supere a própria matéria, este não sobrevive sem se concretizar, e a matéria sozinha é uma massa oca. O corpo e o conteúdo são interdependentes numa relação de simbiose, são o meio e a mensagem do processo comunicativo da arquitectura.
Se a arquitectura comunica, o arquitecto deveria ter um controlo privilegiado sobre a mensagem a arquitectónica. A ausência de domínio da linguagem própria da arquitectura deve-se à ambiguidade dessa mensagem, e da variação da sua interpretação por diferentes “leitores”, tornando-se necessário introduzir alguma objectividade. A arquitectura é uma manifestação cultural, e como tal, deve ser analisada pela ciência que estuda os sistemas de signos - a Semiótica.
A forma arquitectónica corresponde à condição de “estar por”, ou seja, representa conteúdos abstractos, que podem ser descodificados com base em códigos específicos da disciplina. No sistema de signos da arquitectura, o referente – o objecto físico – desempenha um papel essencial no signo arquitectónico, ao contrário da linguagem verbal, na qual um significado não tem necessariamente um referente – como é o caso do dragão, da sereia ou do unicórnio. A importância da forma, é que, enquanto veículo sígnico, denota funções precisas, e conota um conjunto de valores subjectivos, que tornam possível o seu uso.
A aplicação do termo linguagem à arquitectura surge com sentidos e objectivos diversos ao longo da história. A arquitectura não constitui uma linguagem igualável à linguagem verbal. No entanto, o estudo da arquitectura como linguagem pode esclarecer a articulação de significados no objecto arquitectónico. Mas a generalização do termo – linguagem - deve-se, sobretudo às tentativas de alguns autores de catalogar um conjunto de arquitectos e de obras, agrupando-os num determinado conjunto, de acordo com códigos por eles determinados.
A semiótica falha ao tentar definir e fundamentar a noção de linguagem da arquitectura.
A variabilidade da mensagem arquitectónica, no espaço temporal, geográfico e cultural, determina a dificuldade em encontrar uma linguagem comum, ou uma continuidade da produção arquitectónica que permita enquadrar uma linguagem, cujo código, ou modelo de selecção não possa ser contestado.
A multiplicidade de códigos possíveis impede a leitura objectiva do corpo arquitectónico. Os códigos arquitectónicos possuem sempre particularidades relacionadas com os problemas específicos da obra. O código de concepção e construção, dificilmente coincidirá com os códigos de leitura e de interpretação da obra. Como tal, a interpretação será sempre contagiada pela subjectividade da leitura dos signos como meras indicações, pois a esse leitor externo resta-lhe apenas tentar recriar o código original. Esse hiato entre criador e leitor, será mais expressivo quando o leitor for um utilizador comum, e mais difícil será a transmissão da mensagem.
O significado advém da articulação de elementos particulares, conjugados na construção de um discurso unívoco.
No entanto, entendendo as unidades mínimas significantes como aplicações de materiais construtivos, a multiplicidade de novos materiais que surgem actualmente, e a incapacidade da arquitectura codificar os seus valores semânticos, podem funcionar como ruído, impedindo uma eficaz transmissão da mensagem e aumentando a subjectividade.
A incapacidade da arquitectura formular um código próprio, permite que não seja redutível em mais um conhecimento
A capacidade da arquitectura transmitir conteúdos que transcendem a sua objectividade corpórea é indiscutível. Essa capacidade comunicativa reside na propensão humana de atribuir significado a todos os produtos da sua criação, como forma de dar substância à sua própria existência. A arquitectura, como natureza humanizada, está também sujeita a essa acção de significação.
Em grau de importância, o significado supera frequentemente a matéria. No entanto, esse conteúdo abstracto necessita ser materializado enquanto corpo. Ainda que o valor simbólico do corpo supere a própria matéria, este não sobrevive sem se concretizar, e a matéria sozinha é uma massa oca. O corpo e o conteúdo são interdependentes numa relação de simbiose, são o meio e a mensagem do processo comunicativo da arquitectura.
Se a arquitectura comunica, o arquitecto deveria ter um controlo privilegiado sobre a mensagem a arquitectónica. A ausência de domínio da linguagem própria da arquitectura deve-se à ambiguidade dessa mensagem, e da variação da sua interpretação por diferentes “leitores”, tornando-se necessário introduzir alguma objectividade. A arquitectura é uma manifestação cultural, e como tal, deve ser analisada pela ciência que estuda os sistemas de signos - a Semiótica.
A forma arquitectónica corresponde à condição de “estar por”, ou seja, representa conteúdos abstractos, que podem ser descodificados com base em códigos específicos da disciplina. No sistema de signos da arquitectura, o referente – o objecto físico – desempenha um papel essencial no signo arquitectónico, ao contrário da linguagem verbal, na qual um significado não tem necessariamente um referente – como é o caso do dragão, da sereia ou do unicórnio. A importância da forma, é que, enquanto veículo sígnico, denota funções precisas, e conota um conjunto de valores subjectivos, que tornam possível o seu uso.
A aplicação do termo linguagem à arquitectura surge com sentidos e objectivos diversos ao longo da história. A arquitectura não constitui uma linguagem igualável à linguagem verbal. No entanto, o estudo da arquitectura como linguagem pode esclarecer a articulação de significados no objecto arquitectónico. Mas a generalização do termo – linguagem - deve-se, sobretudo às tentativas de alguns autores de catalogar um conjunto de arquitectos e de obras, agrupando-os num determinado conjunto, de acordo com códigos por eles determinados.
A semiótica falha ao tentar definir e fundamentar a noção de linguagem da arquitectura.
A variabilidade da mensagem arquitectónica, no espaço temporal, geográfico e cultural, determina a dificuldade em encontrar uma linguagem comum, ou uma continuidade da produção arquitectónica que permita enquadrar uma linguagem, cujo código, ou modelo de selecção não possa ser contestado.
A multiplicidade de códigos possíveis impede a leitura objectiva do corpo arquitectónico. Os códigos arquitectónicos possuem sempre particularidades relacionadas com os problemas específicos da obra. O código de concepção e construção, dificilmente coincidirá com os códigos de leitura e de interpretação da obra. Como tal, a interpretação será sempre contagiada pela subjectividade da leitura dos signos como meras indicações, pois a esse leitor externo resta-lhe apenas tentar recriar o código original. Esse hiato entre criador e leitor, será mais expressivo quando o leitor for um utilizador comum, e mais difícil será a transmissão da mensagem.
O significado advém da articulação de elementos particulares, conjugados na construção de um discurso unívoco.
No entanto, entendendo as unidades mínimas significantes como aplicações de materiais construtivos, a multiplicidade de novos materiais que surgem actualmente, e a incapacidade da arquitectura codificar os seus valores semânticos, podem funcionar como ruído, impedindo uma eficaz transmissão da mensagem e aumentando a subjectividade.
A incapacidade da arquitectura formular um código próprio, permite que não seja redutível em mais um conhecimento
A capacidade da arquitectura transmitir conteúdos que transcendem a sua objectividade corpórea é indiscutível. Essa capacidade comunicativa reside na propensão humana de atribuir significado a todos os produtos da sua criação, como forma de dar substância à sua própria existência. A arquitectura, como natureza humanizada, está também sujeita a essa acção de significação.
Em grau de importância, o significado supera frequentemente a matéria. No entanto, esse conteúdo abstracto necessita ser materializado enquanto corpo. Ainda que o valor simbólico do corpo supere a própria matéria, este não sobrevive sem se concretizar, e a matéria sozinha é uma massa oca. O corpo e o conteúdo são interdependentes numa relação de simbiose, são o meio e a mensagem do processo comunicativo da arquitectura.
Se a arquitectura comunica, o arquitecto deveria ter um controlo privilegiado sobre a mensagem a arquitectónica. A ausência de domínio da linguagem própria da arquitectura deve-se à ambiguidade dessa mensagem, e da variação da sua interpretação por diferentes “leitores”, tornando-se necessário introduzir alguma objectividade. A arquitectura é uma manifestação cultural, e como tal, deve ser analisada pela ciência que estuda os sistemas de signos - a Semiótica.
A forma arquitectónica corresponde à condição de “estar por”, ou seja, representa conteúdos abstractos, que podem ser descodificados com base em códigos específicos da disciplina. No sistema de signos da arquitectura, o referente – o objecto físico – desempenha um papel essencial no signo arquitectónico, ao contrário da linguagem verbal, na qual um significado não tem necessariamente um referente – como é o caso do dragão, da sereia ou do unicórnio. A importância da forma, é que, enquanto veículo sígnico, denota funções precisas, e conota um conjunto de valores subjectivos, que tornam possível o seu uso.
A aplicação do termo linguagem à arquitectura surge com sentidos e objectivos diversos ao longo da história. A arquitectura não constitui uma linguagem igualável à linguagem verbal. No entanto, o estudo da arquitectura como linguagem pode esclarecer a articulação de significados no objecto arquitectónico. Mas a generalização do termo – linguagem - deve-se, sobretudo às tentativas de alguns autores de catalogar um conjunto de arquitectos e de obras, agrupando-os num determinado conjunto, de acordo com códigos por eles determinados.
A semiótica falha ao tentar definir e fundamentar a noção de linguagem da arquitectura.
A variabilidade da mensagem arquitectónica, no espaço temporal, geográfico e cultural, determina a dificuldade em encontrar uma linguagem comum, ou uma continuidade da produção arquitectónica que permita enquadrar uma linguagem, cujo código, ou modelo de selecção não possa ser contestado.
A multiplicidade de códigos possíveis impede a leitura objectiva do corpo arquitectónico. Os códigos arquitectónicos possuem sempre particularidades relacionadas com os problemas específicos da obra. O código de concepção e construção, dificilmente coincidirá com os códigos de leitura e de interpretação da obra. Como tal, a interpretação será sempre contagiada pela subjectividade da leitura dos signos como meras indicações, pois a esse leitor externo resta-lhe apenas tentar recriar o código original. Esse hiato entre criador e leitor, será mais expressivo quando o leitor for um utilizador comum, e mais difícil será a transmissão da mensagem.
O significado advém da articulação de elementos particulares, conjugados na construção de um discurso unívoco.
No entanto, entendendo as unidades mínimas significantes como aplicações de materiais construtivos, a multiplicidade de novos materiais que surgem actualmente, e a incapacidade da arquitectura codificar os seus valores semânticos, podem funcionar como ruído, impedindo uma eficaz transmissão da mensagem e aumentando a subjectividade.
A incapacidade da arquitectura formular um código próprio, permite que não seja redutível em mais um conhecimento