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Elias de Souza Maciel

João Guilherme de A. Santos


Maíra Battistella
Marina Silva
Thiago Lobo
Valmor Trentin Jr.

Receptação
Qualificada

Sob a ótica jurídica acadêmica


Introdução
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O que são qualificadoras?

O que é receptação?

Qual a constitucionalidade da

qualificadora?
Receptação Qualificada
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05 condutas que a caracterizam:

– Receptação culposa (§ 3º)


– Receptação privilegiada (§ 5º,
parte final)
– Receptação de bens públicos (§ 6º)
– Receptação imprópria
– Receptação qualificada (§ 1º)
Receptação Qualificada
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Art. 180 do CP reza:

Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,


em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser
produto de crime, ou influir para que terceiro, de
boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (...)
Receptação Qualificada
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 Receptação culposa (§ 3º):
Permanecem puníveis, a título de
culpa, as condutas de quem "adquire"
ou "recebe" coisa que” deve presumir-
se obtida por meio criminoso".

 Receptação privilegiada (§ 5º,


parte final):
Aplicação do privilégio apenas à
receptação simples ou, também, à
receptação qualificada, já que ambas
Receptação Qualificada
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Receptação de bens públicos (§ 6º): a pena de
receptação simples, que dá reclusão, é de 02 (dois) a
08 (oito) anos e multa.

Receptação imprópria: ocorre somente quando há


intermediação para que terceiro de boa-fé "adquira",
"receba" ou "oculte" a res, inexistindo, porém,
quando há intermediação para o "transporte" ou
"condução“.
Receptação Qualificada
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Receptação qualificada (§ 1º):
A qualificadora se dá em razão do exercício
de atividade comercial ou industrial, por
parte do sujeito ativo da relação criminal,
relacionada à receptação.
Não é necessária a atividade comercial
regular, posto que a ela se equipare qualquer
atividade de comércio, ostensiva ou
clandestina, mesmo irregular, ainda que
exercida em residência (§ 2º).
Receptação Qualificada
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 Condutas: Além das cinco condutas que
caracterizam a receptação simples, a se
distinguirem em razão da atividade, na
forma acima vista, o legislador tipifica
outras sete:
● "ter em depósito“;

● "desmontar“;
● "montar“;
● "remontar”;
● "vender“;
● "expor à venda”;
Receptação Qualificada
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As novas condutas:
Vieram suprir uma lacuna que deixava
impunes as condutas daqueles que
"atravessavam" a res furtiva, do ladrão ao
efetivo receptador, porque inviabilizava
ou, pelo menos, dificultava a
caracterização do estado de flagrância de
tais condutas.
Receptação Qualificada
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10
"Transportar" e "conduzir": Com essas
novas condutas, está em flagrante-delito
aquele que leva consigo a res furtiva, da
mesma forma em que está aquele que a
"adquire", "recebe" ou "oculta".

Ex:
motoristas que estão dirigindo o carro roubado, que
estão levando nos caminhões as peças roubadas,
etc.
Receptação Qualificada
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11
Condutas permanentes:
De se notar que as condutas
"transportar" e "conduzir" são permanentes,
protraindo-se no tempo o momento
consumativo, com sua conseqüência
flagrancial. Enquanto durar o deslocamento
da res furtiva está sendo cometida a
infração penal.
"Transportar" x
12 "conduzir"
12

 "Transportar" é deslocar de um local de


origem para outro local de destino.

 "Conduzir" é menos do que "transportar", ao


passo em que basta para sua caracterização,
ter o agente a res furtiva, em trânsito, em seu
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Elemento subjetivo:

É o dolo, consistente na vontade livre e consciente de praticar


uma das doze condutas da receptação qualificada, para levar
vantagem (proveito próprio ou alheio), no exercício de atividade
comercial (própria ou equiparada) ou industrial, tendo por objeto
material coisas que "deve saber ser produto de crime".
Receptação Qualificada
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14
Em se tratando do crime de receptação, o
melhor entendimento é o daqueles que
afirmam ser a expressão “deve saber ser
produto de crime”, indicativa de dolo
eventual, já que o crime de receptação
culposa já vem expressamente previsto no
§3° do art. 180 do Código Penal.
Doutrina
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15

 Damásio Evangelista de Jesus faz crítica


à denominação "receptação qualificada".

 Guilherme de Souza Nucci, entretanto,


discorda da posição de Damásio
Evangelista de Jesus.
Damásio Evangelista de
16 Jesus
16
"O dispositivo não descreve causa de
aumento de pena ou qualificadora. Não
contém meras circunstâncias. Cuida-se de
figura típica autônoma: menciona seis
verbos que não estão no caput, repete
cinco condutas e apresenta dois elementos
subjetivos do tipo. Não é um simples
acréscimo à figura reitora da receptação."
(JESUS, 2005, p.690)
Guilherme de Souza Nucci
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17
 "Em que pesa parte da doutrina ter feito
restrição à consideração desse parágrafo
como figura qualificada da receptação,
seja porque ingressaram novas
condutas, seja pelo fato de se criar um
delito próprio, cujo sujeito ativo é
especial, cremos que houve acerto do
legislador. Na essência, a figura do §1° é,
sem dúvida, uma receptação - dar
abrigo a produto de crime -, embora com
algumas modificações estruturais.
Portanto, a simples introdução de
Elemento subjetivo do
18 tipo penal da receptação
18
qualificada
Elemento subjetivo do crime de receptação, seja
na sua modalidade simples ou qualificada, é o dolo,
ou seja, a vontade consciente de concretizar as
características objetivas do tipo penal incriminador.
19
Elemento subjetivo do
19
tipo
Para penal da
doutrinadores comoreceptação
Celso Delmanto
qualificada
(1991, p.330) e Paulo José da Costa Junior,
a expressão "deve saber ser produto de
crime" é indicativa de dolo eventual; para
outros, como Nelson Hungria, Magalhães
Noronha e Heleno Cláudio Fragoso (1978,
p.2:173), significa culpa.
Jurisprudências
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20
 PRINCIPIO DA LEGALIDADE.
RECEPTACAO. SUMULA 453, DO STF.
Apelação. Receptação qualificada.
Tipificação. A ciência da origem
criminosa do bem, pelo receptador, não
se inclui entre as elementares da forma
qualificada do § 1º do artigo 180 do CP,
que prevê apenas a hipótese de dolo
eventual, representado pela expressão
"deve saber". Nesse caso, se o apelante
sabia da procedência ilícita da "res" não
poderia responder pelo delito do § 1º do
Jurisprudências
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21
"‘HABEAS CORPUS'. RECEPTAÇÃO
QUALIFICADA. INCONSTITUCIONALIDADE.
ALEGAÇÃO DE FALTA DE PROVAS.
PRETENSÃO A SER APURÁVEL POR
COGNIÇÃO PLENA. EXAME FÁTICO. FASE
EXECUTÓRIA. REVISÃO CRIMINAL.
CERCEAMENTO DE DEFESA.
INOCORRÊNCIA.
Conclusão
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22
Por tudo o que foi exposto até aqui, embora
haja intensa discussão acerca da
constitucionalidade do §1° do art. 180 do
Código Penal, conclui-se que a
interpretação mais acertada do dispositivo
em tela é aquela que considera
constitucional a figura qualificada da
receptação.
Conclusão
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23
Não há dúvida de que o legislador deveria
ter sido mais claro e utilizado no
dispositivo as duas expressões: "sabe" e
"deve saber". Mas exigir tal clareza de
nossos legisladores nem sempre é tarefa
assim tão fácil.
Resta saber, entretanto, qual será o
posicionamento adotado pela Suprema
Referências
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24
 AZEVEDO, David Teixeira de. Atualidades
no direito e processo penal. São Paulo:
Método, 2001.
 BRASIL. Decreto-lei n. 2.848, de 7 de
Dezembro de 1940. Código Penal. Rio de
Janeiro: Senado Federal, 1941.
 CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal:
parte especial. Vol II. 4. ed. Rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004.
 DELMANTO, Celso. Código penal
comentado. 5 ed. Coimbra: Coimbra
Editora, 2000.

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