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razão de seu titular não o ter exercido. É a extinção de uma ação ajuizável (ou, conforme
veremos, ajuizada). Contrariamente à decadência, a prescrição resulta na perda do próprio
direito e não apenas da faculdade de propor a ação.
A prescrição intercorrente é espécie prescricional que tem o dies a quode sua contagem
após a citação, sendo ocasionada pela paralisação do processo.
Outrossim, o novo curso deverá ter o mesmo prazo que o anterior, interrompido. Dessa
forma, à luz do artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal e do inciso II do artigo 11 da CLT,
o prazo da prescrição intercorrente trabalhista é de 2 (dois) anos, quando já findo o
contrato de trabalho, ou de 5 (cinco) anos, quando ainda houver relação laboral.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
Ocorre a prescrição, uma vez paralisado o processo, pelo prazo previsto em lei,
aguardando providência do credor.
(STJ. 3ª Turma. Recurso Especial n.° 149932 - SP. Relator Ministro Eduardo Ribeiro. Publ.
no DJ de 09 dez. 1997, p. 704)
Contudo, a paralisação não pode ser confundida com a suspensão processual, senão
vejamos.
(TRT da 13ª Região. Ac. nº 64.802 - Relatora: Juíza Ana Maria Ferreira Madruga. DJ/PB:
27/09/2001 - Agravo de Petição nº 141/2001)
Nos termos do artigo 878, caput, da CLT, a execução poderá ser promovida por qualquer
interessado, ou ex officio, pelo próprio juiz ou presidente ou tribunal competente. Portanto,
o juiz tem o poder de dar impulso à execução, independentemente de que o exeqüente o
faça. Saliente-se, que, na forma do Enunciado 114 do colendo TST (publicado no DJ de
03- 11-190), é inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. Ainda que esta
se operasse no Processo do Trabalho, estando suspensa a execução, não se poderia
determinar a renúncia do crédito do exeqüente. A renúncia deve ser expressa, sempre.
Não se admite renúncia tácita. Veja-se, ainda, que o artigo 40 da Lei nº 6830, de 22-09-
1980, fala em suspensão no curso da execução e não em sua extinção.
Súmula 114
Nesse sentido, grife-se que o STF é, por excelência, o guardião da Constituição Federal,
ápice de nosso ordenamento jurídico e pilar principal do Estado Democrático de Direito
brasileiro, e hodiernamente suas decisões consolidadas são ainda mais prestigiadas,
podendo atingir, inclusive, efeito vinculante (conforme inovações da Emenda
Constitucional nº 45, de 08 de dezembro de 2004, que trouxe o artigo 103-A à Constituição
Federal).
Ademais, o § 1º do artigo 884 da CLT prevê que "a matéria de defesa será restrita às
alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida".
Assim, cabe observar que a própria CLT acolhe expressamente a preclusão intercorrente
em execução.
Por todo o visto, seja por que prisma se veja, inclinamo-nos no sentido de que a prescrição
intercorrente tem plena aplicação no processo laboral. Assim, paralisada a ação, seja na
cognição ou na execução, por culpa do Autor e decorrido o lapso temporal prescricional (2
(dois) ou 5 (cinco) anos, conforme o caso) opera-se a chamada prescrição intercorrente,
que deve ser reconhecida de ofício pelos magistrados, mesmo que caiba aos mesmos
velar pelo andamento do processo.
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sobre o artigo: Bruno Herrlein Correia de Melo
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Informações bibliográficas:
Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), este texto científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado
da seguinte forma:
CORREIA DE MELO, Bruno Herrlein. Prescrição
intercorrente no processo trabalhista . Jus Navigandi,
Teresina, ano 10, n. 1149, 24 ago. 2006. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8832>.
Acesso em: 29 dez. 2009.
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