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Aramação
A técnica de “educar” plantas através da colocação de arames é uma das mais utilizadas no
cultivo do Bonsai. Sua finalidade é dar forma ao tronco e direcionar galhos e ramos, dando à
planta uma aparência de árvore antiga, acrescido de um efeito artístico. Com arames de cobre
ou alumínio é possível educar o Bonsaiem quase todas as formas e estilos. É importante,
porém, ter em mente que a forma deve respeitar a estrutura da planta natural, para que o
resultado não seja um Bonsai com aparência artificial. Assim, se uma planta tem característica
de um “Chokkan”, dificilmente teremos condições de transformá-la em um “Kengai”.
O arame deve ser removido após um certo período de tempo. Em geral de seis a oito meses,
dependendo da espécie. Entretanto, há
árvores que se desenvolvem mais
rapidamente que outras e é preciso observar
se o arame está danificando os galhos. Nesse
caso, retire os arames;
Evite “desenrolar” os arames. Para retirar os
arames é aconselhável cortá-los aos pedaços,
utilizando uma ferramenta apropriada.
Sementes, Bonsai, Ferramentas, Insumos e tudo que você pode imaginar referente a
Bonsai
Assim como o ser humano, as plantas também são organismos vivos,formados por moléculas,
que na sua composição contém açúcares, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos (ADN). Esta
composição básica de uma molécula é comum a todos os organismos vivos, e é ela que
contém as informações genéticas de cada ser.
A diferença está na origem destes elementos. Os seres humanos e os animais precisam comer
para consegui-lo. As plantas por sua vez retiram-nos da luz solar, que serve para produzir
folhas, frutos e flores. Tudo isso se encontra nas moléculas inorgânicas encontradas no ar e no
solo, que são chamados de sais.
Na sua origem os sais se encontram em forma sólida, sendo dissolvidos em água. Por
exemplo: O sulfato de magnésio se dissolve resultando em iones de magnésio e iones de
sulfato, e ambos são absorvidos pelas raízes. O Enxofre contido neles é essencial para que a
formação da planta aconteça naturalmente.
Os elementos essenciais para a formação de uma planta são classificados em dois grupos:
a) Macronutrientes: Carbono (C), Oxigênio(O), Hidrogênio(H), Nitrogênio(N), Enxofre (S),
Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg).
b) Micronutrientes: (Oligoelementos) Ferro (Fe), Manganês (Mn), Boro (B), Zinco (Zn),
Cobre (Cu), Molibdeno (Mo) e Cloro (Cl).
Os Macronutrientes são os elementos que a planta necessita em quantidades elevadas, e os
Micronutrientes em quantidade muito pequena.
Os primeiros elementos são tomados do ar (CO2 e oxigênio) e da água (H2O). Também o
Cloro geralmente já está contido na água utilizada para regar a planta (a carência de cloro
deixa a coloração das folhas pálida).
Nitrogênio: este elemento serve de base para a formação das proteínas, e é especialmente
importante na formação de clorofila (transformação de luz solar em alimento, através da
fotossíntese). Grande quantidade do nitrogênio contida nas plantas se encontra nas folhas.
Assim sendo é um elemento necessário para o crescimento e desenvolvimento da massa
foliar, bem como da formação de “corpo” na planta.
Fósforo: fundamental para a formação de ADN e na formação de membranas celulares. O
Fósforo é um elemento importante na formação de flores e frutos.
Em frutífera e floríferas pode ser usado em quantidade mais elevada, nos períodos de
floração.
Enxofre: se absorve em forma de sulfato, e faz parte de alguns aminoácidos e de algumas
proteínas da planta. Junto com fósforo, nitrogênio, carbono e água, forma um grupo chamado
de elementos estruturais, que intervém na formação do “esqueleto” da planta.
Potássio: é absorvido na forma de íon potássio(K+). Intervém no regulamento da abertura e
fechamento dos estomas das folhas. Tem participação no transporte dos nutrientes pelo
floema. Deve ser regulado de acordo com a estação do ano. Com a chegada do inverno tende-
se a aumentar a dosagem de potássio.
Cálcio: sua função é estrutural, dando rigidez as membranas celulares, bem como regulador
de certas reações que ocorrem na planta. Atua como agente protetor frente a elevadas
concentrações salinas (contidas em água) e frente a certos elementos tóxicos que podem ser
absorvidos pela planta.
Magnésio: fundamental para a formação da clorofila.
MICRONUTRIENTES
Atuam na formação de reações fundamentais ao crescimento, bem como auxiliam a
fotossíntese. Alguns se concentram mais nas raízes (zinco) e outros na parte aérea (ferro).
Mesmo que em quantidade muito pequena, são fundamentais para o bem desenvolvimento da
planta.
NPK:
N (nitrogênio): Torta de mamona
P (fósforo): Farinha de osso/ostra
K(potássio): Cinza de madeira
PERIODICIDADE:
A adubação não deve ocorrer de forma irregular. Quanto mais periodicamente e regularmente
a adubação ocorrer, mais resultados serão obtidos. Uma adubação irregular causa esgotamento
e desenvolvimento irregular para a planta.
ADUBO E ÁGUA:
A adubação está intrinsecamente ligada a água. Adubo só faz efeito quando dissolvido, e
assim as reações procedentes do contato com a água agem de forma livre. Uma adubação com
pouca água não terá efeito, ou no máximo, um efeito muito fraco. A periodicidade das regas
também é fundamental, pois faz com que a planta crie uma rotina de alimentação. As raízes só
absorvem nutrientes e água quando a umidade do substrato do vaso estiver entre 15 e 25 % .
ADUBO E SUBSTRATO:
Não é a quantidade de adubo que mata uma planta, mas sim a falta de aeração no substrato. Se
a drenagem estiver muito baixa, a concentração de adubo ativo (solvido) é elevada e assim
também a absorção. Isso provoca a superdosagem que queima as células sensíveis na ponta
das raízes capilares. Um substrato com boa drenagem e aeração permite que a porcentagem de
umidade (e assim também adubo ativo) ideal seja atingida mais de uma vez ao dia.
Dicas para melhorar a forma do Bonsai.
A) A poda
B) As pinçagens
C) A alambragem
A) A PODA.
B) A PINÇAGEM.
Chamamos pinçagem ao corte dos ramos finos dos Bonsai. Ao contrário da poda, a pinçagem
efetua-se também durante a época de crescimento das árvores.
Com a pinçagem conseguimos aumentar a densidade da folhagem dos Bonsai e diminuir o
tamanho das suas folhas. Como as árvores têm diferentes maneiras de crescimento, não
devemos pinçar todas as árvores da mesma maneira. Como pinçar as árvores de folhagem
perene larga: Árvores que não perdem as folhas no Outono como Ficus, Oliveira, Sageretia,
Serìssa, Carmona, Larajeira, Buxo, etc.
Como pinçar as árvores de folhagem caduca de um só crescimento anual: Árvores que perdem
as folhas no Outono, e que têm uma só brotadura forte na Primavera, como Acer palmatum,
Faias, etc.
Como pinçar as árvores de folhagem caduca com crescimento ativo durante todo o período
vegetativo; Árvores que perdem as folhas no Outono, mas que não param de crescer desde a
Primavera até ao fim do Verão, como Ulmeiros, Figueiras, Romãzeiras, Macieiras,
Pyracantha, Cotoneaster, Ligustrum, etc.
Como pinçar as coníferas de folhas escamosas; Juníperos como as Sabinas ou Zimbros.
Como pinçar os pinheiros: Pinus pentaphylia, etc.
C) A ALAMBRAGEM.
No bonsai os brotos podem vir fortes ou não. Os brotos vão enfraquecendo e vão
murchando. Existem galhos que necessitam de mais sol que os outros. Para termos um bonsai
equilibrado, bonito, deve haver um bom trabalho de cultivação por parte da pessoa que quer
ter um bonsai. Deve haver dedicação total, e saber fazer poda e a manutenção da aparência,
que auxiliam no crescimento. Por isso deve-se tirar os brotos (Me-tsumi), catar as folhas (Há-
gari), arrancar os galhos (Eda-nuki) e cortar os galhos (Kirimodoshi), havendo técnicas para
faze-los. Além de saber a técnica, deve-se saber também a hora certa de aplicá-las, pois senão
não adianta fazer a técnica corretamente, se ainda não é hora de cortar os brotos, por exemplo.
É bom conhecer a natureza das espécies das plantas. Se você faz uma poda para aumentar as
raízes ou para haver uma nova brotação e não é isso que acontece, todo o trabalho que você
teve foi nulo. A época de crescimento dos galhos e raízes geralmente começa um pouco antes
de abrir as folhas novas dos galhos. Por exemplo: ácer e bordo é na metade de Agosto (no
Japão é final de inverno) que começam os movimentos das raízes. As espécies sempre verdes
começam o movimento das raízes no final de Setembro ou começo de Outubro. Podem
começar mais cedo, na metade de Agosto, ou mais tarde, no começo de Novembro. No caso
das caducifólias, as raízes começam a crescer mais cedo, na metade de Agosto e continuam,
até, mais ou menos a metade Dezembro. As raízes de folhas verdes iniciam no final de
Outubro e vão até o final de Abril.
Para os galhos, folhas e qualquer outra parte da árvore que fique sobre a terra, no caso das
folhas caídas, iniciam seu crescimento no final da metade de Maio até a metade de Agosto.
No caso das sempre verdes, o crescimento do resto da árvore inicia na metade de Abril até a
metade de Setembro, havendo algumas diferenças dependendo da espécie da árvore. Vai
depender também da temperatura e umidade, que variam de um ano para outro. Por isso é
bom ter uma boa base de comparação para poder fazer os trabalhos (poda e manutenção de
estilo),é bom ter anotado.
Poda: a manutenção do estilo da árvore nova deve ser sempre programada, para comparar o
que você quer com o resultado que você tem. Através do resultado você pode analisar como
transformar a forma da árvore. A cada ano que passa você pode fazer um trabalho par alterar a
forma e a classe da árvore. Por exemplo: vamos pegar um bonsai que foi abandonado,
crescendo a vontade, as formas caíram em desordem. Agora, pega-se uma tesoura para
organizá-lo, cortando, limpando os galhos. Isto é um trabalho com resultado passageiro, quem
pensa que fazendo assim, está certo, está apenas fazendo um trabalho tapeado. Você deve
pegar esse bonsai e coloca-lo em uma base giratória, dando uma olhada em todo o bonsai, de
todos os ângulos, várias vezes. Ver qual galho é forte e qual é fraco, se a poda é necessária,
quais são as direções que ele vai crescer, quais as medidas, o resultado disso.
Quais as tendências que esse bonsai tem, para que tipos de formas. Ás vezes agimos muito
rápido, devemos ás vezes deixar crescer um pouco mais, para poder planejar formas para
daqui a três ou cinco anos. Devemos forma-lo pouco a pouco, isto é importante. Não é tão
complicado observa-lo por um ou dois anos, qualquer pessoa saberá a natureza da árvore. Daí
deve-se seguir o básico da poda e a manutenção aparência, cumprindo por este tempo apenas
este método.
A Estética é o coração do bonsai. Enquanto é verdade que o cultivo de bonsai está baseado
na horticultura, os aspectos de horticultura não devem levar vantagem em relação aos fatores
estéticos. Será um fracasso apreciar um bonsai sem estética, resultando em árvores de baixo
padrão. Aqueles que negligenciam a estética fazem do bonsai um grande desserviço. Uma
árvore bonita sempre é uma fonte de grande inspiração para outros. As pessoas estão
começando a ser mais criteriosa no que eles apreciam e compram. No passado, a maioria dos
entusiastas de bonsai dedicava quase todos suas energias às mecânicas do bonsai. Hoje em dia
o equilíbrio mudou ligeiramente a favor dos aspectos visuais de designio de bonsai. Isto é
uma realidade, porque o bonsai é essencialmente um tipo de arte. Como qualquer outro tipo
de arte, o bonsai pode ser analisado, ensinado e estudado. Os princípios básicos estão
comumente relacionados com os outros tipos de artes visuais como pinturas e esculturas. As
limitações habituais que os indivíduos passam para alcançar o final, são inerentes a todos os
tipos de arte, afinal de contas nada é fácil e o desafio a disciplina e a dedicação é quem vai
determinar a formação de um grande artista. Os princípios estéticos do bonsai podem ser
aprendido como quaisquer outros tipos de arte. Objetivo é dar uma compreensão de como a
teoria estética deveria ser colocada em prática fazendo um projetado de árvore. A Estéticas do
Bonsai é composta por linha, forma, composição, equilíbrio, perspectiva, textura e cor, os
mesmos fatores que governam as impressões visuais das artes plásticas.
Manual do Bonsai
INTRODUÇÃO
A palavra Bonsai, justamente por ser um ideograma, não possui plural. BON=BANDEJA,
SAI=ÁRVORE. Bonsai = “Árvore criada em bandeja (vaso)”.
Muitas das coisas belas deste mundo se criam a partir da própria destreza ou são transmitidas
de geração em geração. A arte se baseia na sensibilidade, na visão e no tato. O bonsai mescla
estes três sentidos e inspira paz e tranqüilidade. Além disso, o bonsai é uma terapia, já
bastante indicada, onde esta nos ensina observação, cuidado e principalmente paciência.
O Bonsai é uma arte viva, sempre em formação. Cada bonsai é único, nunca encontraremos
dois Bonsai idênticos. O Bonsai não deverá ser somente a fotocópia ou a imitação
tridimensional de uma fotografia. Se for justo usar a natureza como modelo, o objetivo final
deverá ser algo que foi estudado e refeito nas vossas mentes antes de iniciar a criar. Só neste
caso se lhe pode chamar Arte.
Por suas características muito singulares é cada vez maior, em todo mundo, o número de
pessoas interessadas em aprender a arte do Bonsai. Antigamente, o cultivo do Bonsai era
considerado elitizado. Hoje, no entanto, ele é visto como arte e hobby pelo público em geral.
Tornou-se popular nas grandes cidades, onde as pessoas têm pouco contato com a natureza.
Um dos principais itens a ser nunca esquecido, é o fato de que o Bonsai é uma árvore, e como
qualquer árvore necessita de um ambiente ao máximo similar ao geral. O Bonsai deve
permanecer o máximo possível em ambiente externo. Sua saúde depende exclusivamente do
contato com o ambiente natural.
O fato de “aprisionarmos” uma árvore a um vaso, pode nos levar a pensar que esta sofre. Mas
se os Bonsai não fossem fortes e saudáveis, como é que alguns exemplares poderiam ter
sobrevivido por centenas de anos? Há registro de um bonsai ainda vivo, cuja idade
aproximada é 1500 anos, em alguma casa na periferia de Tóquio (informação extraída da
revista Veja). No Japão até um tempo atrás, uma família para se considerar com tradição
deveria possuir um Bonsai de pelo menos 300 anos.
No bonsai o fator idade é bastante relevante. Muitas vezes torna-se difícil determinar a idade
exata de um bonsai. Entretanto, a idade real não é fundamental. No Bonsai o que prevalece é a
idade que a árvore aparenta ter. O verdadeiro artista é aquele que consegue, através de
técnicas, “envelhecer” uma planta jovem.
O PRIMEIRO ESTILO
HISTÓRIA
A mística taoística, rica em visões de promessas, atraiu a favor do povo chinês e reuniu
adeptos. O taoísmo marcou profundamente a visão estética dos chineses; as miniaturas se
converteram em um meio de regeneração de forças, em um caminho que prolongava a vida e
traria a imortalidade. Os monges taoístas desempenharam um papel muito importante no
desenvolvimento do bonsai. Como tinham uma especial obsessão pela imortalidade, recorriam
aos vales e despenhadeiros mais abruptos, buscando o elixir da vida. Voltavam destas
expedições carregados de plantas e rochas, pois todos os fenômenos da natureza, por sua força
vital, representavam o poder e a eternidade; eram o veículo que os conduzia à meditação.
Durante essas viagens, os monges observaram que algumas árvores, de tamanho reduzido,
mostravam sinais de terem vivido muitos anos, de terem lutado contra todas as inclemências
do tempo e, apesar do meio hostil no qual se desenvolviam, reverdeciam a cada primavera.
Cada broto, cada flor era um canto de vitória contra a morte.
Os monges começaram a recolhê-las para continuar sua vida em um recipiente. Por seu valor
religioso, ligado à meditação, as puseram nas escadas dos templos. As incontáveis sessões
dedicadas à meditação os conduziram a formular a idéia de que, nessas árvores em miniaturas,
se concentrava a força vital, a energia dos grandes bosques e que o pequeno tamanho era o
que lhes prolongava a vida. Ainda mais, a pessoa capaz de garantir vida a essas plantas, em
um espaço reduzido, possuía o poder de concentrar em seu corpo toda a energia da vida e os
poderes mágicos que aquelas plantas guardavam e estendê-los aos seres humanos para
assegurar a longevidade. Essas árvores modeladas nas inclemências do tempo receberam o
nome de “p’en-tsai” (pun-sai).
Para os chineses, a árvore era o vínculo que unia o céu e a terra, um veículo de pensamento,
algo real e concreto que estimulava a meditação. Durante os séculos XII e XIII, muitos
monges se instalaram no Japão, levando consigo os “p’ent-sai” que possuíam um significado
filosófico e religioso. Os japoneses, porém, entenderam o bonsai de outra maneira,
Converteu-se na expressão do homem como intérprete da Natureza e adquiriu a categoria de
Arte. O entusiasmo que despertou foi tão grande que colecionar bonsai transformou-se no
passatempo da aristocracia. Os mercadores percorriam as comarcas vizinhas em busca de
exemplares que, uma vez colocados em recipientes de porcelana, adornavam a entrada e os
terraços das casas. Em 1644, um funcionário chinês, Chun-sun-sui, cansado dos assuntos do
Estado, instalou-se no Japão onde se dedicou ao cultivo da Arte. A partir dos ensinamentos
desse mestre chinês, os japoneses desenvolveram as técnicas de cultivo, criaram os estilos
básicos, a terminologia adequada e difundiram o bonsai pelo mundo. Por esta razão, o Japão é
considerado a pátria indiscutida do bonsai.
Esta prática que, em princípio, esteve reservada à nobreza, pouco a pouco foi acercando-se do
povo e, atualmente, muitos japoneses dedicam grande parte de seu tempo livre ao cultivo do
bonsai. No Brasil, a história do bonsai teve início a partir de 1909, com a chegada do vapor
Kasato-Maru, no porto de Santos. Apesar de poucos dados existentes, sabe-se que os
primeiros imigrantes japoneses, provavelmente tenham trazido consigo pertences de grande
estima, coisas que os fizessem lembrar sua terra natal. Certamente os primeiros exemplares de
bonsai chegaram aqui dessa maneira. Dentre esses imigrantes encontravam-se Alfredo Otsu,
Kensaburo Hadano e Osamu Hidaka.
ESTÉTICA
Os aspectos listados a seguir são apenas acréscimos às técnicas de desenvolvimento, delas
desligados, mas constituindo parte integrante da concepção geral das árvores.
A idade da árvore – No bonsai o fator idade é bastante relevante. Muitas vezes torna-se
difícil determinar a idade exata de um bonsai. Entretanto, a idade real não é fundamental. Em
bonsai o que prevalece é a idade que a árvore aparenta ter. O verdadeiro artista é aquele que
consegue, através de técnicas, “envelhecer” uma planta jovem.
Postura do tronco – Quando plantada em ângulo a árvore parecerá mais velha, pois as jovens
são verticais. Com exceção do estilo ereto formal (Chokkan), quanto mais mudanças no
tronco, melhor.
Postura dos galhos – As árvores jovens possuem galhos do tipo vassoura, já que estão
propensas à verticalidade. Os galhos das árvores mais velhas curvam-se para baixo, elevando-
se apenas seus terminais. As copas das árvores mais velhas são arredondadas ou planas.
“JIN” – Jin é um galho ou uma ponta de um tronco que, por algum acontecimento natural,
morreu e ficou seco na árvore. Muitas vezes cai um raio e queima um galho e ele permanece
ali. O Jin viria a ser como os cabelos brancos dos homens, aquilo que nos dá a idade. São “os
cabelos brancos” na planta que irão ajudar ao observador para que ele veja e perceba uma
planta mais velha.
“SHARI” – A palavra Shari vem do indiano, significa cinzas sagradas de um Buda. O Shari
dentro do bonsai é quando um tronco, por algum motivo também natural, perde parte da
casca. Geralmente, quando um galho cai, seu próprio peso arranca parte da cortiça, da casca
da árvore. Isso também é uma marca que dá à planta, uma imagem mais velha.
Superfície do solo – O solo do bonsai assume uma aparência mais antiga quando coberto por
musgos de delicada textura. Os contornos do solo podem variar combinado com o estilo da
planta. Deve-se evitar os excessos, que além proporcionarem uma aparência artificial, tornam
o solo impermeável, pois a água das regas tende a escorrer sobre o musgo.
ESTILOS
Os bonsai obedecem a estilos que imitam as árvores na natureza, como cada bonsai é único,
existem tantos que não seria possível nomeá-los a todos aqui. No entanto baseamo-nos nos
mais utilizados.
FLORESTA - YOSE UE
Vários bonsai reunidos, formando uma
floresta. No Japão, por motivos religiosos, as
florestas plantam-se com um número impar
de árvores.
COMPOSTO
Formação do Solo: Areia, pedra, argila mais elementos minerais, matéria orgânica, água e ar.
Tipos de Solo: Argiloso, calcário, arenoso e humoso.
ÁGUA
A água é fundamental para a manutenção de um Bonsai em boas condições. Na maioria das
vezes que converso com alguém que perdeu um Bonsai, verifico que houve descuido na
administração de água: esquecimento, viagem, "achei que estava molhado", etc... De fato não
existe nenhum complicador para molharmos o nosso Bonsai desde que verifiquemos alguns
pormenores:
Podas
Podas Aéreas - São as feitas no tronco ou galhos primários. Diversas podas drásticas são
necessárias para que cheguemos a obter uma boa grossura no tronco do Bonsai. Ao atingirmos
a grossura pretendida as podas drásticas não mais serão necessárias.
Podas de Refinamento - São as feitas em galhos secundários, pequenas ramificações e
folhas, com o objetivo de maior ramificação e aumento folhar ou.
LOCAL - Deixar a árvore sob uma tela de sombreamento. Após 4/5 semanas pode-se voltar
com a planta para área de sol mais intensa.
OBS.: Nunca podar a parte aérea e as raízes ao mesmo tempo. Evitando as duas operações
ao mesmo tempo poupamos mais nossa árvore. Depois da poda da parte aérea daremos um
tempo para que a planta se refaça e, então sim, podaremos as raízes.
Vamos fazer isto deixando 1 ou duas folhas em cada galho. Nada mais!
Veja como podar as folhas no tópico abaixo.
Simples, faça a seguinte mistura usando sempre todos os ingredientes secos. Ficará melhor
para acomodá-los dentro do vaso no momento de reenvasar:
2 (duas) partes de terra boa. (Quero dizer com terra boa, qualquer terra do fundo do nosso
quintal, onde se desenvolva bem uma horta por exemplo.)
1 (uma) parte de areia média ou grossa. (Esta areia que está sendo usada na construção do seu
vizinho.) A finalidade da areia é para drenar melhor a água.
1 (uma) parte de esterco de gado seco e coado. (Coar para que não fiquem pelotas dentro do
vaso. Causam má impressão. Só por isso!)
Nosso amigo tem razão ao dizer que nem todos temos quintal em casa, principalmente nos
grandes centros. Vamos preparar um composto diferente para estes casos.
3 (uma) parte de terra vegetal. (Também encontrada nestas lojas.)
1 (uma) parte de areia grossa de rio.
MISTURE AS DUAS
DETALHE IMPORTANTE - USAR UM ENRAIZADOR
A razão de termos cortado as raízes de nossa árvore é que, um Bonsai deve ser acomodado em
vaso de pequeno porte. Certo! Mas mesmo em um vaso pequeno é necessário uma boa
quantidade de raízes para dar sustentação a toda planta. Por esta razão, (termos cortado as
raízes) vamos usar um produto que ajude a planta no desenvolvimento de novas raízes. São
conhecidos como "enraizadores". Bem lógico!
Darei o nome de dois facilmente encontrados.
1. BIOFERT - É um produto da BIOKITS muito bom
2. VITAFLOR RAIZ - Este produto é encontrado em lojas de jardinagem e afins.
3. COMPLEXO B1 - é um remédio para o fígado que tem como princípio ativo os
mesmos ingredientes do produto acima. Encontrado em todas as boas farmácias.
DOSAGEM- Use a tampa dos mesmos em meio litro de água.
COMO USAR - Após acomodar sua planta no vaso e molhá-la até que a água vaze
pelo furo de drenagem, aguarde mais uns 15/20 minutos e coloque a solução de
enraizador que você preparou.
Nossa árvore, após a poda de raízes deverá ser colocada em local sombreado, sem muita
ventilação, até que se recupere. Notaremos a melhora quando começarem a aparecer novos
brotos e folhas. Isto variará de árvore para árvore. Em um período de 15 dias, normalmente, a
planta estará respondendo aos cuidados que dispensamos a ela. NUNCA ADUBE UMA
PLANTA DOENTE OU REENVAZADA RECENTEMENTE.
ADUBAÇÃO
a) Clima em nossa região. Se você mora em uma região onde o clima é muito quente
(Ribeirão Preto), deve molhar a sua planta até 3 vezes nos dias muito quentes.
b) Tamanho do vaso e material de que é feito cerâmica, concreto. Alguns Bonsai são
colocados em vasos pequenos. Isto propicia um enxugamento mais rápido, assim como o tipo
do material usado na feitura do vaso. A cerâmica esmaltada conserva mais umidade que um
vaso de concreto, este último é mais poroso.
c) Local aonde vamos deixá-la e o tempo de exposição ao sol. Dependendo do local onde
colocamos a nossa planta irá acontecer uma variação na exposição; portanto é importante
observarmos qual o tempo de incidência de sol. É com este tipo de observação que vamos
controlando a rega do Bonsai.
d) Época do Ano: fria, quente; É claro que, quando acontece uma mudança de tempo deverá
acontecer uma mudança na quantidade de água. No período de Inverno nossa planta precisará
de menos água.
e) Tipo de planta. Alguns tipos de plantas como Crássulas, Ciprestes, Tuias e Pinheiros
aceitam um solo menos úmido, é importante na hora da compra de um espécime solicitar
informação geral sobre a planta e, principalmente, sobre a rega.
f) Horário. Desde que seja um dia quente, rega-se pela manhã e também a tarde. Como foi
dito acima, em dias excepcionalmente quentes devemos regar também no meio do dia. Uma
boa hora para climas normais é na parte da tarde, sua planta vai aproveitar a umidade durante
a noite. É claro que, em dias seguidos de muito frio não é aconselhável molhar a planta a
tarde. O excesso de umidade pode apodrecer as raízes.
g) Como regar. Uma maneira prática de medida é regar até a água escorrer pelo furo no fundo
do vaso. Muitas vezes, por esquecimento, deixamos de molhar nossa planta por um dia.
Quando isto ocorrer, a terra do vaso pode endurecer, e neste caso, devemos molhar a planta
por imersão por alguns minutos isto é, colocar o vaso dentro de 1 recipiente com água. No
ressecamento da terra acontece um travamento do substrato em redor das pequenas raízes e,
quando molhamos da maneira normal a água não consegue atingir aquelas raízes essenciais na
alimentação da planta, ocorrendo a perda total da planta. Observe que quando você molha um
vaso seco, ou seja, onde não existe umidade, a água não penetra de imediato, ela escorre como
se fosse um piso. A pouca água que permanece sobre a superfície do vaso vai dilatando e
abrindo poros que absorverão a água; por isto devemos molhar cada vaso demoradamente e
com regador de crivo fino. Importante: o vaso para Bonsai tem um furo de bom tamanho na
parte de baixo que é para escoar o excesso de água que porventura tenhamos usado, fica então
subentendido que não se deve usar um prato para apoio do vaso, isto criaria um acumulo de
água dentro do prato e por conseguinte no vaso.
h) Um teste excelente. Verifico a umidade dos meus vasos tocando a terra com as costas da
mão. É uma boa maneira de sentir a umidade ou secura do composto. É NECESSÁRIA A
UMIDADE NO VASO DE BONSAI. Se você pegar como exemplo qualquer planta na
natureza, vai observar que, ao escavar até as suas raízes verificará que elas estão em solo
úmido. Não é porque seja um Bonsai que devemos manter a umidade mas, porque as raízes
devem estar em solo com alguma umidade. Como o seu Bonsai não tem como levar as suas
raízes até um solo úmido, você deve proporcionar esta condição. ÚMIDO, NÃO
ENCHARCADO.
EDUCAÇÃO
A Aramação é uma técnica que irá educar o bonsai ao seu estilo preferido, e também com a
possibilidade de deixar o seu tronco mais grosso.
Procedimento:
Compre arames de 1mm e 2mm de espessura, afim de poder aramar todos os troncos de seu
bonsai uniformemente. Compre de 2 a 3 metros de cada, afinal é melhor sobrar do que faltar.
Siga o Passo a Passo das figuras abaixo:
Cuidado para que os Arames não amassem as folhas, isso poderá prejudicar seu trabalho.
NUNCA deixe as pontas do arame soltas, alem de ser a forma errada de se aramar um bonsai,
isso deixaria uma visualização ruim para o espectador.
ADUBAÇÃO
É a reposição dos nutrientes retirados do solo pelas plantas e pelas chuvas.
Tipos de Adubos:
ORGÂNICOS - São os oriundos de matéria vegetal ou animal. Têm maior permanência no
solo embora sejam absorvidos de forma mais lenta, isto porque eles demandam algum tempo
para se tornarem absorvíveis ou seja, tem que acontecer toda uma transformação para que o
adubo orgânico se transforme nos elementos químicos que serão utilizados pelas plantas. Use
preferentemente os orgânicos, deixando os inorgânicos para solos testados como muito
fracos.
Como adubar:
Primeiro devemos molhar as plantas depois adubamos. Principalmente nos fertilizantes
químicos pois os mesmos poderiam queimar as plantas.
Adubo Foliar: Deve ser usado em plantas que estejam sadias. Observando que as folhas
estão murchas, não use. O processo de absorção por plantas doentes é deficiente
PRAGAS
PULGÕES - chamados também de piolho de planta. são verde-claro, amarronzados e pretos.
Podem ser retirados com cotonetes embebidos em água ou álcool, quando descoberto no
começo. Os sintomas apresentados são atrofia dos brotos novos, folhas que amarelam e
enrugam e, presença de formigas que apreciam a substância açucarada que os pulgões
excretam.
COCHONILHAS - Pequenos insetos de 2 a 5mm de comprimento, de formato arredondado e
cores variando do entre branco, marrom e esverdeado. Existem dois tipos: de carapaças
(escamas) e as farinhosas, que se apresentam revestidas por uma secreção serosa que lembra o
algodão. Percebendo-se no início podemos combatê-la com cotonete embebido em álcool
metílico. Os sintomas são folhas que nascem enroladas e com manchas amareladas, podendo
apresentarem-se meladas. Os botões florais caem antes de se abrirem e a planta mostra-se
sem viço e com crescimento estacionado.
ÁCAROS - Assemelha-se a um carrapato ligeiramente peludo com 8 patas. Podem atacar os
tecidos internos das plantas, caules, folhas e até raízes. No início podemos eliminá-los
pulverizando água morna nas folhas e retirando os ácaros com esponja ou cotonete embebido
em álcool. A pulverização com calda de fumo ajuda. Casos extremos usar acaricidas à base de
Enxofre, aplicados com muito cuidado. Sintomas são as folhas apresentarem partes
esbranquiçadas, às vezes com os bordos enrolados. Em alguns casos nota-se a presença de
finíssimas teias brancas nas folhas ou outras com aparência de ferrugem. Mais tarde, caules e
folhas escurecem e tornam-se crespos e, se a planta chega a florescer, as flores são menores e
defeituosas. Existem umas aranhas vermelhas também chamadas de ácaros que podem ser
combatidas com borrifação de água constante ou aplicação de enxofre.
BROCAS - São insetos que perfuram troncos e hastes lenhosas para lá depositarem seus ovos.
As larvas que nascem cavam galerias no interior do caule. Sintomas são reconhecidos por
orifícios no tronco ou caule. Se a infestação estiver somente em um galho devemos arrancá-
lo. Aplicar nos outros galhos uma pasta à base de Fosfeto de Alumínio. Pode-se prevenir o
ataque de brocas fazendo uma pasta de cinza de madeira misturada com água e com ela
rebocar o tronco.
LESMAS E CARACÓIS - Como precisam manter-se hidratados passam os dias escondidos sob
pedras ou madeiras ou outros locais úmidos. À noite fazem o estrago. Sal de cozinha tem a
propriedade de derreter lesmas. Retire os caracóis com as mãos.
FORMIGAS - Todos sabemos como controlá-las mas existem plantas que tem a propriedade
de afastá-las como a hortelã. O gergelim não afasta mas quando as formigas levam o gergelim
para dentro do formigueiro, as folhas em contato com a umidade do formigueiro liberam uma
substância tóxica que envenena as formigas.
LAGARTAS - É necessária a nossa observação e localizar seus ninhos no verso das folhas ou
em folhas enroladas. Para grandes infestações pulverizações com inseticidas biológicos como
o Dipel ou Agropel, provocam uma doença bacteriana mortal na lagarta. Uma maneira de
afugentá-las é evitar que as borboletas ou mariposas cheguem perto plantando a sálvia,
alecrim, hortelã e alho poró. Estas plantas afugentam as borboletas.
TATUZINHO E TRIPS - Para eliminá-los utiliza-se creolina aplicada em seus esconderijos:
locais escuros e úmidos. Como a creolina leva apenas 5 minutos para matá-los, convém lavar
o local um pouco depois pois o produto e prejudicial a microfauna que mantém o solo
saudável.
DICIONÁRIO
Chokkan: Formal, ereto, tronco vertical, com copa piramidal e galhos distribuídos em todas
as direções.
Fukinagashi: Varrido ou fustigado pelo vento.
Han-Kengai: Estilo "Semi-Cascata".
Hokidachi: Estilo Vassoura. Tronco reto e sem curvas, com todos os galhos partindo de um
mesmo ponto.
Ishitsuki: Agarrado a Rocha.
Jin: Galho ou parte de um tronco que morreu e permaneceu seco na árvore
Kengai: Em forma de cascata.
Kusamono: “Planta de assento”. Ervas plantadas em pequenos potes, bastante usadas como
“acompanhamento” para os bonsai.
Mame: Bonsai com altura máxima de 10 cm.
Moyogi: Ereto informal.
Nebari: Raízes visíveis.
Penjing: Arte chinesa que consiste em recriar uma paisagem numa bandeja.
Shakan: Inclinado.
Shari: Parte descascada de um bonsai.
Sokan: Troncos gêmeos: pai e filho.
Suiban: Espécie de bandeja utilizada no cultivo de penjing e saikei. Sui = "água" e Ban =
"bacia".
Suiseki: Em geral rochas com formatos que lembram algo da natureza.
Yamadori: Coletar plantas na natureza para fazer bonsai.
Yose-ue: Plantio em grupo de várias árvores em uma bandeja, com a aparência de uma
floresta.
BIBLIOGRAFIA
Miniatura Bonsai - Herb L. Gustafson - Sterling Publishing Co. Inc - New York 1995
(Tradução por Eloá C Levandowski - Porto Alegre-RS)
Preparo da Terra e Ferramentas
Quando estava começando, não entendia nada disso. Me lembro quando fui até uma
floricultura no bairro da Liberdade (SP) e escolhi aquela arvorezinha que tanto queria: era
uma pequena tuia, com aproximadamente 15cm de altura, não muito cara. Não tinha coragem
de investir numa planta... mas eu queria um Bonsai!
Nem preciso falar que morreu em 2 semanas! Fui curioso: retirei do vaso e comecei a
desmanchar o torrão cuidadosamente. Era uma terra escura, provavelmente terra preta...
humm, estranho: não tem raiz!?
Resolvi então iniciar minha carreira de “serial killer”. Comprei uma muda de pinheiro (era
como eu chamava) e plantei no vaso (aquele do falso Bonsai). Do jeito que retirei, plantei.
Morreu! Em 3 semanas.
Tentei de novo, mas com algumas falsa-érica que encontrei a venda na feirinha da Liberdade.
Retirei toda a terra, coloquei terra preta... e... ... viveu um pouco mais, até que a água não
penetrava mais no vaso!
Acho que devo ter feito umas 10 tentativas, e desanimei: Bonsai não dá certo e ponto final.
Um ano depois, encontrei numa livraria uma revista exclusiva sobre Bonsai; um pouco cara,
mas comprei. Não me lembro exatamente quem foi o autor das explicações, mas tinha algo
bem básico. O “serial killer” voltou a atacar! He, he!
Fui começar a desmistificar o caso Bonsai depois de uma pequena estadia em São Francisco –
CA – USA, onde fui estudar (Inglês, não Bonsai). Era possível encontrar livros sobre o
assunto (Bonsai) e folheando alguns e perguntando a outros (orientais é claro) fui rê-
descobrindo o quanto eu tinha a aprender e gostar... VIROU UM VÍCIO.
Acho que muitos leitores estão começando a se identificar, pelo menos um pouco!
Então vamos checar todos os aspectos que proporcionei às minhas plantas:
Local: Bem iluminado, arejado e ensolarado => ok
Umidade: Diária, ou conforme a superfície do vaso demandar => ok
Adubação: Muito complicado => xiiiiiii!
Substrato: Mas que raio é substrato? Kanuma? Esses japas devem estar brincando! O que é
Kanuma? Akadama? Parem com isso!
Bendita Internet! Aquele povo americano não vive sem isso. Basta ligar a TV e ouvir em
todas as propagandas ".com" (ponto com). Não há telefone e nem endereço. Eu nunca havia
me plugado antes... como eles dizem lá! Aprendi a aprender com a Internet.
De volta ao Brasil... puxa! Temos lojas de Bonsai! E, eles vendem o tal do substrato... caro
não? E tem curso... encontrei num stand no Shopping Morumbi: R$350,00 por 3 aulas,
material incluso... estes caras estão loucos... que material? Vaso, Plantas, Terra, Água... tudo
isto pela pechincha de R$350,00.
É claro que hoje a realidade é outra... os cursos já não são tão caros, temos mais adeptos da
arte, literatura, Internet, fóruns, bonsaistas que não se conformam como algumas pessoas
dificultam a arte (um desses sou eu!), etc.
Desculpem pela longa introdução, mas é preciso que vocês se sintam exatamente como eu me
senti e entendam que todo o material que utilizamos é resultado de uma brilhante ação da
natureza sob influência do homem.
Nunca encontrei um profissional que deixasse bem claro de onde ele obtém a terra... Ahh,
teve um sim:
- Minha terra vem do fundo do quintal de minha chácara. Perguntei: Mas por que fica tão
granulada e compacta? A resposta: Foi ação da natureza, durante anos.
Ahhhh, quer dizer que devo deixar a natureza agir sobre a terra,... não entendi nada, mas...
interessante.
Terra dos cupinzeiros é sem dúvida uma ótima terra, tem granulação ideal, compacta, não
desmancha na água... Interessante.
A areia de rio ou pedrisco pode ser obtida em lojas de aquários, ou outras lojas específicas.
Resolvi pesquisar um pouco mais sobre Akadama (Terra em Japonês): pode-se encontrar
varias definições, mas a mais sensata veio de um colega que disse: aqui no Japão, nosso
substrato é VULCÂNICO.
Mas é claro! As regiões próximas a Vulcão sofrem com chuvas ácidas e quentes, altas
temperaturas de solo, umidade constante seguida de vapor de água... hummm... acho que
começa a ficar compatível com o que disse um mestre sobre esterilizar a terra em forno,
mesmo que em casa... hummm... mas as regiões vulcânicas tem solo mais argiloso, e o nosso
não!
Pessoal: fiz as mais diversas tentativas que vocês podem imaginar. Enviei idéias a algumas
listas de discussão, teve críticas, falaram que eu era maluco, etc. Mas recebi várias respostas
positivas: das pessoas que seguiram passo a passo, sem mudar uma vírgula a minha receita,
então fui modificando, perguntando... melhorando....até que...
Vocês verão que nas fotos eu chego no solo granulado e com textura razoável (procurei
concentrar todos os passos em duas fotos, para que a página não fique pesada para os que
utilizam linha discada - modem).
Bom... vamos ao que interessa:
Como fazer seu próprio substrato AKADAMA
Ingredientes:
2 partes de terra vermelha
1 parte de argila ou pipicat (argila granulada para gatos) Água
1 colher de sopa de salitre do chile (opcional) Bandejas para secar a terra
1 hashi bem apontado (palito japonês)
1 Forno (se for de alta temperatura, ótimo a 600ºC a 800ºC), mas pode ser caseiro
1 Balde Muita, mas muita paciência
O objetivo de utilizar pipicat é para formar a argila, (nunca utilize isoladamente no seu
substrato). Pipicat é uma argila compactada que se expande ao contato com líquidos. A terra
vermelha é bem solúvel e a mais indicada. Nunca usei terra preta, mas acredito que os restos
orgânicos da terra preta podem atrapalhar a compactação. O objetivo do forno é de
esterilizar e cozer a terra, formando uma pré-cerâmica. Alguns de vocês já devem ter
percebido o cheiro de queimado que é exalado pelo solo para Bonsai que compramos em
algumas lojas... tem a ver!
Modo de Preparo:
Em uma vasilha (balde) coloque o pipicat e adicione água aos poucos, até que o pipicat se
expanda por completo. Mexa com uma colher grande, de forma obter uma lama líquida.
Peneire bem a terra vermelha e vá adicionando ao pipicat, sempre colocando água para
garantir a textura de lama. No meu caso, eu coloco uma colher de sopa de salitre do chile
(diluído na água), para garantir uma certa proporção de nitrogênio ao substrato, mas é
opcional. Mexa bem, até ficar uma pasta bem homogênea (lama mesmo!). Deixe descansar,
no balde sem tampa por dias. Mexa sempre todos os dias. Você irá perceber que a água
começa a evaporar e a mistura começa a secar. Recebi algumas sugestões de aquecer a
mistura, com o objetivo de simular as condições de regiões vulcânicas, mas como não tenho
um caldeirão grande o suficiente, não o fiz (Se alguém fizer, não deixe a água secar, vá
completando com água fervendo). A medida que se formar uma consistência mais grossa,
dura, coloque em bandejas, como as da foto, comprimindo para formar um bloco, até metade
da bandeja (é importante que sobre um espaço para desfazer o bloco). Quando for secando, vá
desfazendo o bloco em grãos com auxílio do hashi. Deixe sempre secando na sombra, se
possível parcialmente coberto para garantir uma secagem bem lenta. Peneire os grãos,
selecionando o que interessa e deixe secar bem (na terra mais fina, pó, que sobrar pode ser
adicionado água e repetir o processo). Depois de seco, pulverize com água (névoa) apenas
para umedecer superficialmente todos os grãos e leve a forno alto por 1 hora,
aproximadamente (mexa os grãos de vez em quando (a cada 30 min) para que cozinhem por
igual. Retire do forno, pulverize com água morna e deixe esfriar. Está pronto! Basta misturar
pedriscos ou faça sua mistura preferida.
Detalhe nas fotos das fases de preparação: a terra argilosa quase seca, os grãos maiores sendo
desmanchados, até formar a granulação desejada. Na segunda foto, a terra já granulada e
cozida, pronta para a mistura.
KANUMA
A Kanuma é um tipo de terra/argila branca com ph bastante ácido, muito usado pelos
japoneses no cultivo de azaléas. Encontrei algo parecido nas falésias de Porto Seguro – BA,
mas não exatamente igual. A Kanuma pode ser encontrada em lojas específicas de Bonsai,
importado do Japão. Eu utilizo Kanuma no meu substrato numa proporção de 5% (a Kanuma
é um composto muito forte), e comprei numa loja em SP chamada Bonsai Arquitetura. Eles
também vendem Akadama, aliás é o único lugar onde o substrato vendido é uma mistura de
Akadama, Kanuma e pedriscos, e, é bem caro!
Adubação
Uma das dúvidas mais comuns identificadas nos fóruns de bonsai é sobre adubação. Já me
deparei em vários debates, com as mais diversas opiniões.
Um caso que me impressionou foi uma parecer que dei a um colega que utilizava os seguintes
procedimentos:
"Os adubos que costumo usar rotineiramente são o NPK 10.10.10, mistura 1/2 a 1/2 torta de
mamona e farinha de osso, esterco de galinha curtido e adubo foliar Bio fert. Faço um
revezamento entre eles utilizando-os a cada 30 dias aproximadamente alternando-os,
inclusive nos meses de outono e inverno em doses menores.
Na sua opinião existe falta ou sobrecarga de algum nutriente que poderia ser prejudicial às
plantas?" (extraído do fórum da Bonsai Brasil)
Esterco de Galinha: Os estercos são ricos em NPK. No caso do "de frango" na sua maioria é
Fósforo, e sua massa orgânica propicia a acidificação do solo. Deve-se tomar cuidado com o
PH.
Podemos concluir que o colega tem apenas alternado entre adubação Química e Orgânica.
Eu particularmente prefiro a adubação química (não quero dizer que seja ruim a adubação
orgânica e nem sou contra), é que os adubos orgânicos PODEM induzir a formação de fungos
e bactérias (quando já não trazem naturalmente).
Uso NPK 0-30-20, composto importado marca KEMIRA-QUEMIFOS a cada 15 dias na rega,
adotando metade da dosagem indicada pelo fabricante (não uso como manutenção, mas para
incentivar a floração e frutificação). Para quem nunca usou, sugiro obedecer o intervalo de 30
dias. Uma única vez 2 meses antes da floração já é suficiente.
Existe no mercado produtos a base de NPK e micronutrientes, que também podem ser
utilizados, sempre numa dosagem de 1/3 do que é indicado pelo fabricante na utilização de
plantas ornamentais, frutíferas, etc.
Também faço uma pulverização preventiva com Enxofre Fungicida (KUMULUS) a cada 15
dias. O KUMULUS é um fungicida barato (cerca de R$3,00 o kg) e de toxidade muito
pequena (também uso metade da dose, pois é apenas preventivo).
É importante que fique claro que não quero promover o desuso dos adubos orgânicos, até
porque os grandes mestres só fazem uso deles, mas é importante considerar que não moramos
em chácaras ou viveiros de plantas, nosso habitat é residencial, temos animais domésticos e
crianças (aos pais), e é complicado colocar uma lata cheia de farinha de osso, água e torta de
mamona no quintal para curtir... imaginem o cheiro e o que os vizinhos pensarão! E aquelas
moscas voando em volta do vaso atraídas pelo cheiro orgânico do substrato...
O adubo químico pode proporcionar o mesmo resultado, e até melhor, basta saber usar, e, sem
exageros.
FERRAMENTAS!
Serei objetivo, afinal os colegas já devem estar cansados de tanta dissertação, e, acho que
todos já se identificaram com as outras matérias que publiquei aqui na WEB Page. Se ainda
não leu... está perdendo...
É claro que a maioria já teve aquela dúvida: será que precisa tudo isto?
Vamos resumir tudo em um FAQ (Frequently Asked Questions – Perguntas Feitas com
Frequência)
01
04
02
05
03
1. Posso utilizar uma tesoura comum, como as de costura?
- Confesso que usei quando estava começando... e tinha vergonha de assumir ou até mesmo
perguntar. Usava e ponto final. A questão é que a tesoura comum não é tão forte e resistente
quanto a tesoura para bonsai (foto1). O corte também não é tão preciso... dependendo do
material da tesoura, dificulta a cicatrização do corte... e..., você não precisa comprar uma
tesoura tão cara... Não Quero fazer propaganda, mas temos no mercado uma ótima opção: são
as tesouras para colheita de uva da CORNETA (foto2), em dois tamanhos: curta e longa. Aqui
em SP custam cerca de R$16,00 e tem a vantagem de serem feitas de uma liga de aço especial
que não enferruja (não exatamente o INOX, mas o mesmo material utilizado na confecção das
ferramentas profissionais para bonsai. São realmente muito boas.
4. Tive uma boa idéia: utilizar um bisturi para descascar e esculpir galhos! Posso?
- Pode e deve: tenho uma coleção de lâminas dos mais estranhos tipos e formas. Comprei
numa loja de instrumentos cirúrgicos.
Aliás, as lojas de instrumentos cirúrgicos têm ótimos apetrechos:
Pinças dos mais diversos tipos e tamanhos, Tesouras longas (foto) e com bico curvo ótimas
para aquela poda naquele galho lá no meio..., e, para os que a esposa ou namorada reclamam
das mãos ásperas e ressecadas pela terra, tem uma caixa com 500 pares de luvas de látex
descartáveis que são uma pechincha! he, he...
6. E o de Raiz?
- Não uso e não senti falta. Vários colegas não vêem necessidade.
De modo geral, cada um vai formando a sua coleção particular de ferramentas, sejam
específicas, profissionais, caseiras... não importa.
Dicas
PRIMAVERA
Pela minha preferência por "Acer", é a minha estação
preferida, pois é o momento que as decíduas respondem ao
pós-inverno com toda a vigorosidade, força e cores!
Acho que estou falando para os "serial killers" de éricas ... também fui um! he, he.
Depois de uns 7 ou 8 fracassos, fui descobrir que ela (a érica) é sentimental (como disse um
mestre amigo meu). O que descobrí sobre a érica? Lá vai:
Regra número 1: NÃO MEXA COM A RAIZ
Regra número 2: Mantenha um prato com água
em baixo do vaso. Coloque areia até a borda do prato para não criar mosquitos. A érica adora
solo constantemente úmido.
Regra número 3: NÃO MEXA COM A RAIZ
Regra número 4: Não use solo alcalino.
Deve ser neutro ou levemente ácido.
Pode usar vermiculita e terra vermelha.
Não use terra preta.
Regra número 5: NÃO MEXA COM A RAIZ MESMO.
Regra número 6: Jamais deixe faltar água: é irreversível.
As éricas japonesas tem um visual muito interessante como bonsai, porém seu crescimento é
muito lento e sua formação deve ser cuidadosa, pois pela delicadeza das folhas e flores,
qualquer descuido na formação pode prejudicar o estilo.
A poda de estilização deve ser feita durante o crescimento.
Corte sempre os galhos acima da formação de folhas.
Uma parte sem folhas não brotorá novamente. Se cortar, perderá o galho.
A poda é tradicional, isto é, a cada corte perpendicular, bifurcarão duas pontas em "Y".
A propagação se dá por sementes (vindas do japão) ou por estaca da pontinha dos galhos,
plantada em esfagno, sempre com água. Demora uns 4 meses para formar raiz. Depois de
formada a raiz, leva 1 ano para formar uma muda.
Estas são as condições básicas para ter sucesso com um bonsai de érica, pelo menos eu tenho
conseguido.
SETEMBRO
PODA, ARAMAÇÃO E REPLANTIO EM CONÍFERAS
PODA SEVERA E REPLANTIO EM AZALÉAS (APÓS FLORAÇÃO)
PODA, REPLANTIO EM DECÍDUAS - ANTES DA BROTAÇÃO
PODAS DE LIMPEZA EM GERAL, ARAMAÇÕES LEVES, ALPORQUIAS
ÚLTIMO MÊS PARA REPLANTIO GERAL
OUTUBRO
PODAS DE LIMPEZA E ESTILIZAÇÃO
PODA E REPLANTIO EM PRIMAVERA E ÉRICA
REDUÇÃO DE BROTOS-VELAS EM PINHEIROS
PINÇAGEM EM DECÍDUAS E CADUCAS (eu não curto muito)
NOVEMBRO
PINÇAGEM EM JUNÍPEROS E TUIAS
REPLANTIO APENAS PARA PLANTAS TROPICAIS
Bonsaísta: Rinus Otten
(Netherlands)
Idade aprox: 59 anos
Bonsaísta: Carlos Tramujas
(Brasil)
Trabalho Com Carmona
A Saúde do Bonsai
Como todas as coisas vivas, o bonsai é suscetível às pragas e doenças. Existe uma série de
medidas preventivas e corretivas que poderão ser tomadas.
Em primeiro lugar é fundamental manter o bonsai com boa saúde, pois os insetos e bactérias
tendem a atacar as plantas mais fracas, com grande freqüência. Nesse sentido, é importante
que o bonsai receba bastante luz solar, ar fresco e fertilizações adequadas.
Conheça, a seguir, quais são as pragas e doenças mais comuns no cultivo dos bonsai, aprenda
a identificá-las e a combatê-las.
Pulgões
Geralmente, são pequenos piolhos verdes, brancos ou pretos. Eles se fixam em caules e folhas
novas para sugar a seiva das plantas, prejudicando a fotossíntese. Em suas proximidades há
sempre formigas, já que eles excretam glicose junto com as fezes, das quais elas se
alimentam.
Cochonilha Verde
Cochonilha de Carapaça
COMBATE: Espalhe sementes de gergelim sobre o formigueiro. Isso irá intoxicar o fungo do
qual as formigas se alimentam. Outra alternativa é colocar iscas nos locais por onde elas
passam.
Fungos e Ácaros
Existe uma enorme variedade de ácaros e fungos. Entre os fungos, muitos atacam pela
superfície da folha e ali se alastram, interferindo na coloração das folhas. Os ácaros, invisíveis
a olho nu, atacam preferencialmente a parte inferior das folhas deixando-as com uma
coloração de ferrugem.
Ferrugem
Fungos e Ácaros
COMBATE: A maioria deles pode ser combatida com a calda bordalesa, um fungicida atóxico
que deve ser pulverizado a cada 15 dias, até a eliminação da enfermidade.
Nematóides
Nematóides são vermes brancos e pequeninos que vivem no solo e atuam junto às raízes. Se
manifestam através de nodosidades e galhas que dificultam a absorção da água e nutrientes
pelas raízes, provocando o desenvolvimento anormal dos tecidos. Os nematóides não podem
ser vistos a olho nu mas a aparência da planta torna-se doente, murcha, mesmo que esteja
recebendo água e nutrientes, normalmente.
Poda
A poda propriamente dita cumpre uma função restauradora, pois permite rejuvenescer uma
planta, eliminar defeitos, ramos mortos, dirigir, orientar e controlar o crescimento, além de
assegurar o equilíbrio entre a parte aérea e radicular. Se em qualquer tarefa de jardinagem a
poda é importante, no bonsai assume uma importância fundamental: mediante a poda
estabelece-se a estrutura básica, conserva-se a forma, corrigem-se e evitam-se defeitos.
Poda de refinamento
Também chamada de “PINÇAGEM”, é feita com a
ponta de uma tesoura longa ou com os dedos e nos
permite manter a forma da árvore, reorientar o
crescimento e obter uma boa ramificação.
Temos que recordar que as gemas terminais são
inibidoras da ramificação lateral. A técnica da pinçagem
nos permite eliminar estas gemas terminais e favorecer o surgimento de novas ramificações.
Poda Drástica
Também denominada “Poda Estrutural”, serve para dar forma à estrutura do futuro bonsai,
quando a matéria prima é uma planta de viveiro ou coletada na Natureza, e é necessário
suprimir os galhos cuja localização não se ajuste ao estilo e, também aqueles que não se possa
corrigir através de aramação. Para que se destaque a linha do tronco, os primeiros 2/3 (em sua
parte frontal) devem ser livres de galhos sem, entretanto, deixar a árvore desnuda. Para que
isto não ocorra, devemos recordar que os ramos alternados, localizados na parte posterior do
tronco vestirão e darão profundidade ao bonsai.
Deve-se estudar detidamente a planta, avaliar suas possibilidades e decidir o estilo. Neste
momento chega o instante da poda. Mas, que galhos devemos cortar?
Os galhos que estão localizados no primeiro terço do tronco;
Os galhos que cruzam o tronco, tanto na frente como atrás;
Os galhos de crescimento invertido, mais finos na base que no ápice;
Os galhos que crescem perpendiculares para cima ou para baixo;
Os galhos que crescem para o centro;
Os galhos muito emaranhados;
Os brotos ladrões;
Os galhos em forma de “V”;
Se dois galhos crescem na mesma altura, em lados opostos do tronco, elimine um;
Se dois galhos nascem de um mesmo ponto, deixe apenas um;
Se existirem galhos paralelos, apenas um deve permanecer;
Se existirem galhos dispostos em forma radial, eliminamos todos os que incomodam
esteticamente;
Eliminam-se também todos os galhos que apontem para frente, salvo os do último terço da
árvore, que devem ser colocados ligeiramente para esquerda ou para direita.
A superfície do corte deve ser ligeiramente côncava, para facilitar
a cicatrização. Uma pomada poderá ser aplicada sobre a área para
evitar a proliferação de fungos.
Poda de Raízes
A poda de raízes é uma prática comum de jardinagem. Permite
transplantar árvores de grande porte, estimula o crescimento de
exemplares jovens, consegue que árvores frutíferas ou floríferas
comecem a produzir. Quando se podam as raízes de um bonsai,
a planta recebe todos esses benefícios e mais o adicional de um
sistema formado por raízes fortes e curtas, das quais saem uma
grande quantidade de pequenas raízes. A poda estimula o
surgimento de numerosas ramificações laterais, se o substrato
tiver a porosidade adequada (textura grossa).
A massa radicular determina o volume da parte aérea de uma planta: se o sistema radicular
tem poucas raízes finas, os galhos e as folhas se mostrarão débeis enquanto que uma planta
com um sistema radicular adequado mostrará um aspecto bastante vigoroso.
Poda Compensatória
O sistema radicular de um exemplar transplantado reduz sua capacidade de prover de água a
parte foliar. A parte aérea deve ser reduzida na mesma proporção que as raízes; isto permitirá
que a planta desenvolva um novo sistema radicular. Enquanto durar este processo, as poucas
raízes que sobraram serão insuficientes para que o sistema foliar receba a água necessária para
a transpiração e a fotossíntese que ocorre. O equilíbrio entre a parte aérea e o sistema
radicular trará um restabelecimento rápido. Toda raiz que apresente traumatismo ou
enfermidade deve ser eliminada. Os cortes devem ser em ângulo reto e com a superfície do
mesmo voltada para baixo.
Poda de Manutenção
Uma vez estabelecida a estrutura do bonsai, é necessário
manter-se o contorno dos galhos. Se a nova folhagem crescer
livremente, rapidamente o nosso bonsai perderá sua forma.
Para que isto não ocorra devemos sempre podar a parte que
cresceu demais durante o período de crescimento ativo
(Primavera – Verão).
7. ... trituramos o que sobrou na peneira 8. ... até passar todo material para a peneira
grossa ... fina;
Não há plantas de interior, mas condições de interior que permitem o cultivo das plantas.
Os Bonsai não constituem uma exceção a esta regra. Como já vimos, sempre que for possível,
os Bonsai devem ser colocados adequadamente no exterior.
Isso não quer dizer que não possam viver, inclusive durante longas temporadas, no interior
das casas.
No entanto, dentro de casa não é costume haver as condições adequadas para o
desenvolvimento de uma árvore: falta luz e a umidade, o que limita a vida dos Bonsai.
A adaptação de um Bonsai ao interior de uma casa depende do fato do lugar reunir estas
condições de luz e umidade:
Luz:
O lugar ideal para pôr um Bonsai em casa é sempre muito perto de uma janela grande e bem
iluminada (sem cortinas). A distância máxima da janela deve ser de um metro e meio
aproximadamente.
Umidade:
O ambiente das casas é geralmente seco demais para o bom desenvolvimento das árvores. o
melhor lugar para ter os Bonsai dentro de casa deve ser uma sala fresca, e devemos colocar os
Bonsai longe dos caloríficos, lareiras ou eletrodomésticos que emitam calor, como a parelho
de televisão
Umidade:
o melhor lugar para ter os Bonsai dentro de casa deve ser uma sala fresca, e devemos colocar
os Bonsai longe dos caloríficos, lareiras ou eletrodomésticos que emitam calor, como a
parelho de televisão
Critérios Básicos Sobre Bonsai
Critérios Básicos
O Vaso – Deve reforçar de maneira sutil, mas não dominadora, o impacto visual provocado
pela árvore. O vaso deve ocupar cerca de 20% a 40% do volume total, de modo que fique um
conjunto equilibrado. A forma do vaso ou bandeja deve se integrar à forma da árvore, um
complemento que reflita o meio de crescimento da mesma. Uma árvore com forma
geométrica requer um vaso retangular, quadrado ou hexagonal, enquanto que uma planta com
formas suaves e arredondadas se verá melhor em um vaso com formas ovais ou redondas.
ESCORREDOR E MAMADEIRA
Objetivo
Acelerar o desenvolvimento da planta, diâmetro do tronco e estrutura de galhos, permitindo
que o bonsai adquira o aspecto de árvore adulta em menor espaço de tempo.
Esta técnica oferece várias vantagens em relação a plantar o bonsai no solo, entre elas:
permite alternativas sobre o melhor local para planta maior controle dos substratos usados
melhor controle das adubações mobilidade da planta para trabalhos de manutenção grande
facilidade no replantio para o vaso final
PASSO A PASSO
Plantio no escorredor
Plantar o bonsai num escorredor plástico, normalmente usado em cozinha, redondo e
totalmente furado nas laterais e parte inferior.
Usar substrato com boa drenagem, preferindo granulação entre 3mm e 5mm. Usar para isso os
ingredientes mais acessíveis e baratos em sua região.
Funciona bem a composição de 70% de matéria não-orgânica e 30% de matéria orgânica, ou
variações próximas disso.
Iniciar adubação 3 semanas após o plantio.
Manter o escorredor em local arejado e com boa insolação.
Preparação da mamadeira
Quando as raízes da planta começarem a sair pela parte inferior do escorredor, está na hora de
colocá-lo na mamadeira. Caso as raízes saiam antes pelos furos laterais, aguarde até que
saiam pelos furos inferiores. Colocá-lo na mamadeira antes disso praticamente não traz
vantagens.
Usar como mamadeira uma bacia plástica com diâmetro perto de 50% maior que o do
escorredor.
Fazer furos no fundo da bacia, o que fica bem fácil usando-se um ferro de solda de tamanho
pequeno. Alguns furos na lateral inferior da bacia também podem ser úteis.
Usar na bacia substrato rico em nutrientes. A mistura de 50% de terra comum e 50% de
esterco animal bem curtido é uma boa opção.
É interessante adicionar areia grossa ou outros insumos para garantir uma boa drenagem.
Apoiar a bacia em suportes que a mantenham elevada o suficiente para permitir a livre
drenagem.
Adubação
O tempo que o bonsai será mantido no conjunto escorredor/mamadeira depende das
expectativas do bonsaísta, porém, os resultados se tornam gradativamente mais visíveis a
partir do segundo ano. Assim, manter o bonsai neste tratamento de 3 a 5 anos não é
impossível, o que, por sua vez, nos recomenda manter um sistema de adubação adequado.
Neste processo, temos 2 níveis de enraizamento, ou seja, as raízes do escorredor e as raízes da
mamadeira, e os resultados serão melhores se os adubarmos conforme suas exigências
específicas.
O substrato do escorredor deve ser adubado como um bonsai já no vaso definitivo, ou seja,
adubação frequente e suave, exceto no inverno.
O substrato da mamadeira, uma vez que alimentará o sistema radicular maior, pode receber
uma adubação um pouco mais forte.
Intercalar adubação orgânica e química também é uma boa sugestão, tanto para o escorredor
como para a mamadeira.
Replantio final
Tendo atingido os resultados esperados, chegou o momento de replantar o bonsai no seu vaso
definitivo.
O primeiro passo é cortar as raízes que ligam o escorredor à mamadeira.
Em seguida, retirar o torrão do escorredor e fazer a poda de raízes como num processo normal
de replantio de vaso. Neste momento, deve ser mantida uma parte do substrato original,
completando-se com substrato novo.
Após replantado o bonsai no vaso final, voltamos aos cuidados conhecidos, ou seja, meia
sombra e ausência de adubação por 3 semanas.
De volta ao objetivo
Após toda esta “apologia” do escorredor e mamadeira, é importante termos clareza do que
esperar desta técnica, e o que não esperar!
Quando falamos do objetivo de acelerar o processo de desenvolvimento de diâmetro de tronco
e estrutura de galhos, estamos falando de um pré-bonsai, um bonsai, ou mesmo uma planta na
qual visualizamos um bom potencial.
Esta técnica, entretanto, não é miraculosa a ponto de transformar uma mudinha sem as
mínimas características definidas, num belo bonsai.
Estilizando um Junípero
Estilizando um Junípero
Optamos então por reduzir a altura, utilizando para a composição apenas o primeiro galho.
Toda a parte superior da copa foi eliminada, deixando apenas uma parte do tronco para ser
esculpida como Jin.
Alterando o ângulo em que é plantado, acentuamos a inclinação inicial. O primeiro galho é
então aramado, levantado e torcido em leve espiral, com o novo ápice posicionado no centro
de gravidade da árvore. Desta forma, criamos um tronco principal equilibrado com boa
conicidade e movimento e, ao reduzirmos a altura, tornamos o tronco proporcionalmente mais
grosso, criando um aspecto de mais idade
Posicionados desta maneira, além de aumentar o volume da copa, adquirem também aspecto
de idade avançada.
A escolha do primeiro galho (sashieda) tem especial importância pois é ele que define todo o
movimento da árvore.
Finalizando a copa, procedemos a aramagem fina dos galhos secundários e terciários, com a
arientação cuidadosa da folhagem. Como a árvore apresentava-se vigorosa e a aramagem não
apresentou grande impacto, optamos por efetuar o transplante já para um vaso de Bonsai.
Com o crescimento da copa nos próximos meses e a
troca do vaso por um mais adequado ao estilo e o
tamanho da árvore no próximo transplante, todo o
conjunto ficará mais harmonioso Além da técnica
Deixando de lado os conceitos meramente técnicos,
vamos analisar os motivos da decisão de realizar
semelhante transformação.
Antes do trabalho, o junípero possuía realmente
inúmeras qualidades, ressaltando a folhagem saudável e
compacta de grande efeito visual. Com seus 40 cm de
altura era chamativo e atraente. Analisando porém com
mais atenção, sua forma comum não remete à imagem de
uma árvore marcada pelos anos e pelas adversidades. O
formato do tronco reto e cilíndrico está presente no
máximo em jovens árvores no início de seu desenvolvimento. A copa ampla contrasta com o
tronco fino e contribui para a sensação de juventude. A grande assimetria na origem dos
galhos e a presença de galhos grossos próximos ao ápice e orientados para baixo, tornam sua
estrutura pouco natural e desagradável.
Certamente o bonsai não busca representar árvores comuns ou com estruturação e
desenvolvimento matemático e perfeitamente simétrico. O movimento simétrico é mais
monótono e pouco natural que sua ausência. Por outro lado, copas retas ou perfeitamente
triangulares só são vistas quando há interferência humana.
A árvore bonsai representa a vitória de um guerreiro sobre o tempo e as adversidades. Quando
presente, o movimento deve ser harmônico e natural, nunca simétrico. A copa perfeita à
primeira vista, é formada pelo conjunto complementar de pequenas imperfeições. A beleza
reside na assimetria balanceada e original. As marcas do tempo devem ser evidentes, mas sem
perder a naturalidade.
O bonsai precisa contar uma história. A sua tranquilidade atual foi conseguida a duras penas,
não apenas pela ação de elementos adversos, mas também pelo simples, porém implacável
efeito do passar dos anos.
O artista precisa buscar esta história com imaginação e decisão, independente da utilização de
técnicas mais ou menos radicais.
O tempo é um aliado com certeza, e a natureza sempre sabe o que faz, mas seus efeitos são
maiores em nós que em nossas árvores e se sentarmos e esperarmos pela sua ajuda,
poderemos não chegar a ver o resultado de nosso “esforço”.
Menos é Mais
Menos é Mais
A arte do shohin
Espaços vazios e poucas folhas devem sugerir a copa de uma árvore shohin. O pequeno
tronco carrega a alma da árvore e sugere o tamanho, idade e condições em que vive. Umas
poucas raízes deverão ser suficientes para mostrar que a árvore está bem firme no solo. Toda a
estória deve ser contada com menos material do que o normalmente usado em um bonsai
maior. Isto requer um pouco mais, tanto do artista quanto do público: imaginação.
E é por isso que é uma arte, quando temos sucesso em transmitir uma visão dentro da mente
do observador. É o que torna o shohin e mame tão extraordinariamente fascinantes quando
comparados a bonsai maiores. É simplesmente um desafio extra para a mente.
Uma outra razão para penetrar no mundo destas pequeninas árvores é que você pode segura-
las em suas mão e simplesmente sorve-las. É uma experiência intensa e muito gratificante
sentar com uma árvore em suas mãos, gira-la a todos os ângulos possíveis, observando todos
os detalhes do tronco, nebari (raízes e base), e a ramificação delicada. Imaginação e
visualização devem ser as ferramentas principais para formar a árvore e o resultado deve
induzir o observador à imaginação.
A dimensão extra
Bonsai de tamanho grande podem impressionar pelos seus troncos fortes e poderosos. Eles
podem dominar nossos sentidos exclusivamente por seu tamanho, estrutura de ramos
impressionantes e fantásticos jin e shari. Estas vantagens estão fora do alcance para o bonsai
pequeno. O shohin precisa evocar a imagem de uma árvore muito maior com o traço de um
lápis em vez da pincelada de um largo pincel.
A arte do shohin necessita de um público disposto a envolver-se na fantasia, receptivo à
imagem pintada na mente pela árvore. O observador deve estar disposto a participar, pois as
formas simplificadas do shohin são mais sugestões que ilustrações. A importante dimensão
extra é o que não vemos, mas imaginamos sem hesitação. Esta sugestão é o que preenche o
restante da pintura da árvore. Esta é a essência maior do shohin e mame que deve ser
revelada.
Cotoneaster horizontalis
O substrato “ideal” para bonsai era algo que me intrigava muito no início do meu
aprendizado. Não achava muito lógico o porquê de ser necessário algo diferenciado, pois via
várias plantas, de diferentes espécies e tamanhos, em vasos de diferentes proporções de altura
e largura.
Hoje, passada esta fase, acredito que muitos colegas iniciantes, ou mesmo veteranos, possam
ter ainda estas mesmas dúvidas. Por este motivo achei que seria conveniente tentar ajudar
aqueles que ainda estejam trilhando este caminho, que é realmente básico no cultivo saudável
de qualquer bonsai.
Já repararam que na China e no Japão existem bonsai que sobrevivem há séculos? Que muitas
das plantas que vemos em vasos comuns, dos mais variados tamanhos, cedo ou tarde, vão
parar no chão ou acabam morrendo em alguns anos?
Já repararam que os vasos e substratos para orquídeas são diferenciados do restante? Que a
tendência é regar menos para que o substrato não fique encharcado, evitando grandes perdas
nas estufas por conta da “podridão negra”, uma doença fúngica causada pelo excesso de
umidade?
Se você entender melhor as necessidades de uma planta e tiver uma noção básica, bem básica
mesmo de botânica, irá ver que não é nada assustador. Como as orquídeas, nossos bonsai
também têm necessidades diferentes.
Próximo ao século XX, quando os bonsai foram levados para a Europa e Estados Unidos,
começou-se a criar um “mito” de que havia algum segredo oriental” no cultivo destas plantas,
pois elas morriam em pouco espaço de tempo e que este “segredo” superava os
conhecimentos básicos da botânica. Na verdade, o grande “segredo” era justamente o
conhecimento na formulação do substrato utilizado nesses bonsai.
É útil sabermos que as raízes mais claras, finas e ramificadas (meristema ou raízes capilares)
têm a função de absorver água e nutrientes através das suas extremidades: é a “boca” da
planta. As raízes mais velhas, fortes e grossas são responsáveis pela fixação e sustentação da
planta ao solo.
Precisamos entender que para sobreviver e manter-se fixada, a planta necessita de espaço para
suas raízes e estas, por sua vez, necessitam de ar, de água para hidratar-se e absorverem os
nutrientes através de reações químicas; de uma base de sustentação e fixação de determinadas
bactérias que vivem em associação com a planta, ajudando na absorção e/ou elaboração dos
nutrientes, além de um solo com pH ideal para cada espécie. (Quanto às bactérias associadas,
não se preocupem, a planta saudável se vira muito bem sozinha: elas chegam naturalmente à
raiz através do ar, água, etc.).
Em contrapartida, temos as bandejas ou vasos de bonsai que normalmente são bem pequenos,
cabem pouco substrato e por isso também mantêm a umidade por um curto período de tempo.
O substrato não deve compactar-se como terra comum, pois isso reduz a aeração e faz
aumentar a umidade, asfixiando, apodrecendo e matando as raízes e, conseqüentemente, a
planta.
Baseado nisto, chegamos à conclusão que este solo “ideal” deve ter:
- aeração (espaços vazios onde possa circular o ar);
- retenção de umidade e nutrientes suficientes para suprir a planta sem compactar-se nem
encharcar;
- sustentação, propiciando a fixação das raízes e a planta como um todo;
- pH de acordo com a espécie cultivada. Um método prático para se determinar o pH do solo é
a observação através do tamanho das folhas: folhas maiores, pH mais ácido; folhas menores,
pH mais alcalino. Em geral, excetuando as azaléias, se o solo tiver aeração, retenção de
umidade e drenagem adequadas, isso não será um grande problema.
Se pensarmos bem, o “segredo” está na composição e na granulometria ou tamanho das
partículas deste substrato. É simples!!!!
Tem mais algumas coisas que vamos obter se prestarmos mais atenção com a
composição e granulometria deste tal substrato “ideal”...
• Mais oxigênio nas raízes;
• Melhor drenagem;
• Mais facilidade no transplante, sem os danos às raízes capilares;
• Mais fácil de expor e limpar as raízes durante a poda;
• Maior área de superfície em que as raízes possam crescer;
• Aumento do número de raízes e suas ramificações;
• Menor elevação de temperatura do substrato em nível danoso à planta;
• pH do solo correto para a espécie;
• Condições ideais para a troca de íons;
• Meio apropriado para o desenvolvimento de bactérias benéficas associadas;
• Cor e aparência agradáveis;
• Facilidade em aplicar e controlar nutrientes;
• Menos estresse pela diminuição dos riscos em quebrar raízes mais grossas;
• Menor probabilidade de galhos mortos;
• Melhoria na saúde da planta;
• Aumento da longevidade do bonsai.
Insolação - ou período em que o vaso permanece exposto ao sol. Um vaso que fica o dia todo
exposto ao sol, obviamente perderá mais umidade que outro exposto apenas durante a manhã.
Clima - as estações do ano, clima ou micro clima local, ventos, média pluviométrica, etc.
Espécie cultivada - algumas espécies preferem solos bem encharcados como as Éricas
Chinesas (Leptospermum), plantas originárias da Nova Zelândia e Austrália. Outros, como os
pinheiros e tuias, se desenvolvem melhor em um substrato bem drenado, isto é, que não
encharque.
Vaso – De certa forma, a superfície e material do vaso também influenciam na umidade. Um
vaso mais poroso tende a reter mais água.
Carvão vegetal - Tem certa propriedade fito-sanitária e pode ser usado em até 5% da
mistura moída na mesma granulometria dos outros componentes.
Rega
O bonsai é uma árvore e como tal necessita de água para sobreviver. As plantas que vivem na
natureza desenvolvem suas raízes em grandes profundidades até encontrar a água armazenada
no solo. Por isso, todas as plantas que vivem em vaso, inclusive os bonsai, precisam ser
regadas com maior ou menor freqüência.
Para regar os bonsai utiliza-se regador comum de jardim, mangueira ou fazemos uma imersão
do vaso em um balde d’água. É preciso apenas ter cuidado com a temperatura da água: como
às vezes ela está bastante quente, recomenda-se deixá-la escorrer alguns minutos na torneira,
até que a temperatura se normalize.
Não existe uma regra matemática capaz de determinar que devemos regar uma vez, duas
vezes ou n-vezes ao dia. Regam-se os bonsai tantas vezes forem necessárias. O que se deve
observar é se o solo está ou não precisando de água. Com um simples toque dos dedos é
possível perceber se solo está seco. Nesse caso, devemos regar imediatamente. Se virmos que
está úmido, não há necessidade de rega.
Convém, porém, não confundir “solo úmido” com “solo encharcado”: este último sufoca as
raízes provocando seu apodrecimento e a conseqüente morte da planta, sendo uma das
principais causas de fracasso de muitos bonsaístas (CUIDADO!).
Sistema De Irrigação Automatizada
"Eficiente e Barato"
Timer mecânico: R$15,80 na Irka
Rua Vitória 346 – Sta Efigenia - São Paulo-SP
Tem um modelo com a vazão de 6 litros/h que poderá ser mais adequado para ficar os 15
minutos ligado.
A programação do Timer é muito simples...
Ajuste na seta a hora local. Abaixe 1 pino no horário em que você queira que a rega seja feita
(no meu caso coloquei 15 min). Você pode programar por exemplo às 9:30hs por 15 min e às
15:30hs por mais 15 min.
Cada pininho preto abaixado corresponde a 15 minutos do mecanismo ligado ou tempo da
rega.
Programação .
O timer gira durante as 24:00 hs e toda hora que passar
por um pino abaixado ficará ligado os 15min, 30min,
45min, 1:00hr ou mais... de acordo com a quantidade
de pinos abaixados.
15 min é mais que suficiente!
Contras do sistema:
O timer mecânico fica ligado no mínimo 15 min. Acho que o ideal seria entre 7 e 10 min
(economizaria água). Pode ser resolvido colocando-se um timer digital com mais recursos.
Valor R$35,00, no mesmo endereço. Acontece que, se faltar energia perde-se a programação
e, neste caso, perde-se a confiabilidade.
Ficarão expostas as mangueiras pretas sobre as plantas. É FEIO mas traz um ótimo benefício
e conforto.
Estou dando uma ótima receita e que me ajudou muito! NÃO me responsabilizo por
tentativas frustradas, erros ou acidentes
Trabalhando Com Ficus de 25 Anos
O objetivo deste tópico é mostrar aos colegas iniciantes a técnica de transplantar uma planta
que necessita de renovação no seu substrato, que é indicado nas plantas que perderam a
qualidade do seu substrato. Um dos grande questionamento é saber Quando? Bom de um
modo geral as plantas que tem seu metabolismo acelerado( os mais jovens ) possuem um
consumo energético maior que uma planta mais velha, assim como nas plantas de clima
tropical, frutiferas e floriferas consomen muito mais energia, porem elas possuem uma vida
média mais curta, necesssitando assim trocas mais frequentes chegando a ser anuais em
determinadas plantas. E as plantas de clima temperado como as coníferas( pinheiros),as
caducifólias( acer, zelkova, etc) possuem um periodo de hipoatividade( no inverno) e por sua
vez consomen menos nutrientes e necessitam de menos trocas de substrato, portanto possuem
uma vida média mais longa e necessitam de trocas com intervalos mais longos chegando a até
dez anos. Mas uma boa dica é observar o aspecto físico da planta e tambem o substrato, que
pode mostrar o ecesso de raizes, mostrando a necessidade do transplante.
A aramação é muito importante para que possamos posicionar melhor os galhos, observe que
na imagem anterior o primeiro galho a direita fazia uma curva
para cima,( os galhos mais antigos, na natureza, por serem mais
pesados possum uma angulação reta ou um pouco inclinado para
baixo em relação ao tronco principal. Portanto deveremos imitar
a natureza realinhando o galho com aramação ou com a
utilização de outras técnicas como o peso a tração etc. que
veremos oportunamente em outro capítulo. No Capítulo anterior
tinha comentado sobre os dois galhos a esquerda e que
deveriamos optar por retirar uma. A opção de retirar este galho se
deve a maior proximidade do primeiro galho a direita ficando
esteticamente mais proporcional se mantivermos o que esta
acima.
Como comentei
anteriormente, a
presença deste galho na
parte interna da
curvatura não esta
agradando. Vamos
retira-lo.
Nesta imagem estamos escolhendo o vaso. Colocamos a
planta sobre o vaso e observamos que o torrão deve ser
retirado em grande quantidade para que a planta entre no
vaso. O vaso é um componente muito importante. Para podermos definir qual utilizar
devemos obedecer alguns critérios, como proporcionalidade, textura e coloração. Assim sendo
devemos evitar que o vaso fique muito grande em relação a planta ou a planta fique maior que
o vaso. De um modo geral a largura do vaso deve ser 1/3 menor do que a largura da distância
composta pela primeiro e o segundo galho.A altura do vaso deve ser aproximadamente da
largura da base do tronco. Alguns tipos de plantas como as coníferas ficam melhores nos vaso
de textura mais rústicas e de coloração neutra como o marron, cinza etc. As plantas frutiferas
e floríferas são interessantes de ser colocados em vasos com coloração que realçam as cores
das frutas e das flores.
Esta imagem mostra o final de trabalho de raiz. Podemos observar agora a necessidade do
trabalho dos galhos.
Esta imagem mostra o ápice da planta muito confusa.
Devemos escolher os galhos para ser cortado.
No próximo capítulo
mostraremos o resultado
da poda.
Planta Inicial
Visão Latera
Visão Posterior
A Vida Secreta Das Plantas
Plantas e eletromagnetismo
Assim como respondem aos comprimentos de onda da música, as plantas são continuamente
afetadas pelos comprimentos de onda do espectro eletromagnético, vindos da Terra, da Lua,
dos planetas, do cosmo e de um sem-número de engenhos concebidos pelo homem; resta
saber apenas com exatidão quais os benéficos e quais os prejudiciais . Uma tarde, por volta de
1730, um escritor e astrônomo francês, Jean- Jacques Dertous de Mairan, regava uma coleção
de Mimosa pudica em sua sala de estar em Paris quando, para sua surpresa, notou que o
desaparecimento do sol parecia fazer com que as folhas das plantas sensitivas se retraíssem,
tal como quando tocadas com a mão. Legítimo pesquisador, admirado por seu contemporâneo
Voltaire, Mairan não se precipitou a concluir que as plantas, com a chegada da noite, estavam
simplesmente "indo dormir". Em vez disso, esperou que o sol se erguesse de novo e colocou
duas de suas plantas num armário escuro.
As folhas dessas plantas - notou então - permaneciam normalmente abertas ao meio-dia; ao
pôr-do-sol, no entanto, elas se retraíam com a mesma rapidez observada nas plantas que
continuavam sobre a mesa da sala. Mairan concluiu que a dormideira ou malícia devia ser
capaz de "sentir" o sol, ainda que o não "visse". Mas Mairan - cujas investigações científicas
iam desde o movimento de rotação da Lua e as propriedades físicas da aurora boreal até a
razão da luminosidade do fósforo e as peculiaridades do número 9 - não soube esclarecer a
causa do fenômeno. Num relatório enviado à Academia Francesa, sugeriu insatisfatoriamente
que suas plantas deviam estar sob a influência de um fator desconhecido no universo, fator ao
qual talvez se sujeitassem ainda os pacientes hospitalizados, que em certas horas do dia
pareciam ficar extremamente fracos.
Cerca de dois séculos e meio depois, o Dr. John Ott, que dirige o Instituto de Pesquisas sobre
a Luz e o Bem-estar Ambiental em Sarasota, na Flórida, interessouse pelas observações de
Mairan, que foi capaz de confirmar, e quis saber se a "energia desconhecida" em questão
penetraria uma massa compacta de terra, a única couraça reconhecidamente capaz de bloquear
a chamada "radiação cósmica".
Ao meio-dia, Ott levou seis pés de dormideira para o fundo de uma mina, quase 200 metros
abaixo da superfície da Terra. Ao contrário dos trancados no armário de Mairan, os espécimes
subterrâneos de Ott recolheram imediatamente as folhas, sem esperar pelo crepúsculo;
fizeram-no, inclusive, quando ao redor foram acessas lâmpadas elétricas. Mas,
sobre a causa do fenômeno, Ott continuou na mesma escuridão que seu predecessor francês, a
não ser por relacioná-lo ao eletromagnetismo, do qual pouco se sabia no tempo de Mairan.
Tudo o que os contemporâneos de Mairan conheciam sobre a eletricidade era o que lhes tinha
sido transmitido pelos gregos em relação às propriedades do âmbar amarelo - ou élektron,
como o chamavam -, que atraía uma pena ou um fiapo de palha quando f r i ccionado
intensamente. Antes de Aristóteles, já se sabia que a magnesita ou pedra-ímã, um óxido de
ferro preto, também podia exercer uma atração igualmente inexplicável sobre limalhas de
ferro. Como esse material era abundantemente encontrado numa região da Ásia Menor
chamada Magnésia, passou a ser conhecido como magneslithos, ou pedra magnésia,
termo reduzido para magnes em latim, magnet em inglês (Magneto em português - N. do T.).
O primeiro a vincular a eletricidade ao magnetismo foi o sábio do século XVI William
Gilbert, cuja perícia no tratamento de doenças e erudição filosófica valeram-lhe a
designação para médico da Rainha Elizabeth I. Proclamando que o próprio planeta era um
magneto globular, Gilbert atribuiu uma "alma" à pedra-ímã, posto que ela era "parte e
descendente dileta de sua mãe animada, a Terra". O sábio descobriu ainda que outros
materiais, além do âmbar amarelo, eram capazes de atrair objetos, quando friccionados,
qualificando-os de "elétricos" e cunhando a expressão "força elétrica" .
Durante séculos, as forças atrativas do âmbar e da pedra-ímã foram tomadas - fossem o que
fossem - por "fluídos etéreos penetrantes" emitidos pelas substâncias. Cinquenta anos após
as experiências de Mairan, Joseph Priestley, conhecido sobretudo como o descobridor do
oxigênio , escrevia em seu popular compêndio de eletricidade:
A Terra e todos os corpos que nos são familiares, sem exceção, parecem conter certa
quantidade de um fluído supremamente elástico e sutil que os filósofos concordam em chamar
de elétrico. Fenômenos notáveis se originam em qualquer corpo desde que se altere, para mais
ou para menos , seu conteúdo natural desse fluído. Diz-se então que o corpo está eletrificado e
ele é capaz de apresentar aspectos que são atribuídos à força da
eletricidade. O verdadeiro conhecimento do magnetismo evoluiu muito pouco até o século
XX. Como, pouco antes da Primeira
Guerra Mundial, o Prof. Silvanus Thompson declarou numa conferência em homenagem a
Robert Boyle, "as propriedades ocultas do magnetismo, depois de terem
excitado a admiração da humanidade por séculos, continuam ocultas, e não apenas por
requererem ainda investigações experimentais, mas também por permanecer inexplicada sua
causa última". Um texto publicado logo após a Segunda Guerra
Mundial pelo Museu da Ciência e Indústria de Chicago declara que os seres humanos ainda
não sabem por que a Terra é um ímã, como os materiais magnéticos são afetados por ímãs
distantes deles, por que as correntes elétricas têm à sua volta
campos magnéticos, nem mesmo por que os átomos de matéria, minúsculos como são, dão
forma a prodigiosos volumes de espaço, aparentemente vazios, onde a energia se condensa.
Nos três séculos e meio decorridos desde a publicação da famosa obra de Gilbert De magnete,
muitas teorias foram propostas para explicar a origem do geomagnetismo, mas nenhuma delas
é satisfatória. O mesmo pode ser dito a respeito da física contemporânea, que substituiu a
idéia de um "fluído etéreo" por um espectro de radiações ondulatórias chamadas "radiações
eletromagnéticas",estendendo-se de enormes macropulsações, cada qual com a duração de
várias centenas de milhares de anos e com ondas de milhões de quilômetros de comprimento,
até super-rápidas pulsações energéticas que se alternam 10 sextilhões de vezes por segundo,
com comprimentos de onda infinitesimais que medem a décima bilionésima parte de um
centímetro. As do primeiro tipo são associadas a fenômenos como a inversão do campo
magnético terrestre; as do segundo, à colisão de átomos, em geral de hidrogênio e hélio, que
se movem a velocidades incrivelmente altas e se convertem na forma de energia radiante
chamada de "raios cósmicos". Entre elas, estão incontáveis faixas de ondas energéticas,
inclusive os raios gama, que se originam nos núcleos dos átomos; os raios x, que se originam
em suas camadas exteriores; uma série de freqüências que, por serem visualmente
perceptíveis, são chamadas de luz; e as freqüências usadas em rádio, tevê, radar e um número
cada vez maior de setores, da pesquisa espacial à cozinha eletrônica. As ondas
eletromagnéticas diferem das ondas sonoras por se transmitirem não só através da matéria,
mas também através do "nada", precipitando-se a uma velocidade de 300 milhões de
quilômetros por segundo através de vastas regiões do cosmo que já se supôs contivessem um
meio chamado "éter", mas que agora são tidas por um vácuo quase perfeito. Mas ninguém
explicou a inda como, exatamente, se transmitem. Como nos disse um físico eminente, "nem
conseguimos entender o danado do mecanismo".
Em 1947, Jean Antoine Nollet , um abade e físico francês, tutor do delfim, foi informado por
um físico alemão de Wittenberg de que a água que caía gota a gota de um tubo capilar poderia
correr num fluxo constante, caso o tubo fosse eletrificado.
Após repetir a experiência do alemão e acrescentar-lhe outras de sua própria concepção,
Nollet passou, como disse mais tarde, "a acreditar que essa virtude elétrica, empregada de
certa maneira, poderia ter algum efeito sobre os corpos organizados, licitamente vistos como
máquinas hidráulicas fabricadas pela própria natureza" . Nollet pôs várias plantas, em vasos
metálicos, perto de um condutor e ficou intrigado ao verificar que seu ritmo respiratório
aumentava. Numa longa série de experiências, testou não só narcisos, mas também
andorinhas, gatos e pombos, notando que todos eles perdiam peso mais depressa quando
eletrificados.
Decidido a averiguar a eventual influência dos fenômenos elétricos sobre e germinação,
Nollet plantou dezenas de sementes de mostarda em dois pequenos recipientes, eletrificando
um deles, durante uma semana, das 7 às 10 da manhã e das 3 da tarde às 8 da noite . Findo o
prazo, todas as sementes do recipiente eletrificado tinham germinado e chegado a uma altura
média de 15 a 16 lignes - a linha, velha medida francesa, correspondente à duodécima parte
da polegada, ou cerca de 2,25 milímetros. Das sementes não eletrificadas, só três tinham
brotado, medindo apenas de 2 a 3 lignes de altura. Sem nem sequer imaginar por quê, Nollet
apenas pôde sugerir, em seu longo comunicado à Academia Francesa, que a eletricidade
parecia ter efeitos profundos sobre o crescimento das formas vivas. A conclusão de Nollet foi
formulada poucos anos antes de uma notícia alvoroçar a Europa: a de que Benjamin Franklin,
em Filadélfia, captara a descarga elétrica de um raio soltando um papagaio em meio a uma
tempestade. Atingindo uma ponta de metal na armação do papagaio, o raio descera pela linha
molhada até uma garrafa de Leyden, aparelho inventado em 1746, na Universidade de
Leyden, que permitia condensar a eletricidade em água e descarregá-la numa única explosão
súbita. Até então, só a eletricidade estát ica, produzida por um gerador eletrostático, podia ser
condensada numa garrafa de Leyden.
Enquanto Franklin colhi a eletricidade das nuvens, o brilhante astrônomo Pierre Charles
Lemonnier, admitido na Academia Francesa aos 21 anos e mais tarde aclamado por sua
descoberta da obliquidade da eclíptica, determinava que, mesmo em dias ensolarados, existe
na atmosfera terrestre um estado permanente de atividade elétrica. Continuava a ser
porém um mistério a ação das cargas onipresentes sobre as plantas. A tentativa seguinte de
adaptar a eletricidade atmosférica à frutificação das plantas ocorreu na Itália. Em
1770, um certo Prof. Gardini esticou vários fios de arame sobre uma produtiva plantação
monástica em Turim. Em pouco tempo, muitas das plantas murchavam e morriam. Mas a
plantação reviveu tão logo os monges retiraram os fios.
Gardini deduziu que ou bem as plantas tinham sido privadas de um fornecimento natural de
eletricidade necessário a seu crescimento, ou bem tinham recebido uma dose excessiva. Ao
saber que , na França, os irmãos Joseph-Michel e Jacques-Étienne Montgolfier tinham feito
subir um imenso balão cheio de ar aquecido, permitindo a dois passageiros viajar 10
quilômetros sobre Paris em 25 minutos, Gardini recomendou que esse novo invento fosse
aplicado à horticultura, ligandose a ele um longo fio através do qual a eletricidade pudesse ser
conduzida de grandes alturas até as plantações. Essas propostas francesas e
italianas pouco interessaram aos figurões científicos de então, que já começavam a dar mais
atenção aos efeitos da eletricidade sobre os corpos inertes, em detrimento
dos vivos. Também não se comoveram muito quando outro homem da Igreja, o Abade
Bertholon, publicou em 1783 seu abrangente tratado DE l'électrici té des végétaux.
Professor de física experiment al em universidades francesas e espanholas, Bertholon deu um
sólido apoio à idéia, já exposta por Nollet, de que, alterando-se a viscosidade, ou resistência
dos fluídos, nos organismos vivos, a eletricidade podia provocar mudanças em seu
crescimento. Citava a informação de um físico italiano, Giuseppe Toaldo, segundo o qual dois
jasmineiros perto de um pára-raios haviam chegado à incrível altura de 9 metros, enquanto os
demais do mesmo grupo permaneciam com 1,20 metro. Bertholon, que era considerado meio
feiticeiro, punha um jardineiro de pé numa prancha de material isolante para molhar sua horta
com um regador eletrificado. Garantia que as verduras cresciam extraordinariamente. De sua
invenção é também o que ele mesmo chamou de "eletrovegetômetro", um aparelho para
captar a eletricidade atmosférica através de uma antena e transmiti-la às plantas. Escrevendo
sobre o invento, disse que ele "se aplica à produção vegetal de todo tipo, em toda parte, seja
qual for o tempo; sua utilidade e eficácia não podem ser ignoradas nem postas em dúvida,
salvo pelas almas tímidas que não se entusiasmam com as descobertas e que nunca hão de
deitar abaixo as barreiras da ciência, mas sim permanecer covarde à qual, por paliativo,
costumam dar o nome de prudência". Em sua conclusão, o abade ousava sugerir que o melhor
fertilizante para plantas, algum dia, haveria de vir "livre dos céus" em forma elétrica.
A perturbadora idéia de uma interação das coisas vivas - de que todas elas, de fato, estavam
imbuídas de eletricidade - tomou impulso gigantesco em novembro de 1780, quando a mulher
de um cientista bolonhês, Luigi Galvani, descobriu casualmente que uma máquina usada para
gerar eletricidade estática fazia uma perna de sapo amputada pular espasmodicamente.
Chamado a ver o fato, Galvani surpreendeu-se, mas logo se perguntou se a eletricidade
não ser ia realmente uma manifestação de vida.
Achando que sim, no dia de Natal, escreveu em suas anotações: "O fluído elétrico deve ser
considerado um meio de excitar a força neuromuscular". Nos seis anos seguintes, Galvani
estudou os efeitos da eletricidade sobre a coordenação muscular, até descobrir acidentalmente
que as pernas de sapo também se mexiam sem a aplicação de uma corrente elétrica, desde que
os fios de cobre dos quais pendiam fossem impulsionados pela vento contra uma grade de
ferro.
Compreendendo que a eletricidade, nesse circuito tríplice, só podia provir dos metais ou das
pernas, Galvani, firmemente inclinado a tomá-la por uma força viva, acabou associando-a aos
tecidos animais e atribuindo a reação a um fluído ou energia vital, inerente ao corpo dos
sapos, ao qual chamou de "eletricidade animal".
As descobertas de Galvani, a princípio, receberam o caloroso apoio de seu compatriota
Alessandro Volta, um físico da Universidade de Paiva, no ducado de Milão. Mas quando,
repetindo a experiência de Galvani , Volta notou que só obtinha o efeito elétrico ao usar dois
metais diferentes, escreveu ao Abade Tommaselli, dizendo-lhe ser óbvio que a eletricidade
não provinha das pernas de sapo, mas sim "da simples aplicação de dois metais de diferente
qualidade".
Concentrando-se nas propriedades elétricas dos metais, Volta chegou em 1800 à invenção de
uma pilha composta por discos de zinco e cobre alternados e um pedaço de papel úmido
separando as camadas. Instantaneamente carregável , a pilha de Volta enfim libertava os
pesquisadores de sua dependência da eletricidade natural ou estática, pois servia para produzir
corrente elétrica uma infinidade de vezes - e não apenas uma, como a garrafa de Leyden.
Precursora de nossos diferentes tipos de acumulador, ela revelava uma eletricidade artificial,
cinética ou dinâmica, que por pouco não obliterava a noção de uma energia vital especial nos
tecidos vivos formulada por Galvani. Apesar de ter aceito de início as descobertas de Galvani,
Volta escreveu mais tarde: "Se excluirmos dos órgãos animais toda atividade elétrica própria,
abandonando assim a atraente idéia sugerida pelas belas experiências de Galvani , poderemos
considerar tais órgãos como simples eletrômetros de um tipo novo e precisão extraordinária".
Malgrado a profética afirmação de Galvani, pouco antes de sua morte, de que um dia a análise
de todos os aspectos fisiológicos de suas experiências permitiria "um melhor conhecimento da
natureza das forças vitais e de sua duração específica,segundo as variações de sexo, idade,
temperamento, saúde e da própria constituição da atmosfera", os cientistas negligenciaram
suas teorias e as negaram na prática. Poucos anos antes, sem que Galvani o soubesse, o jesuíta
húngaro Maximilian Hell revivera a idéia, expressa por Gilbert , de que a pedra-ímã
transmitia aos metais ferrosos características da mesma índole da alma; com essa idéia na
cabeça, ele inventara uma singular disposição de lâminas de aço magnetizado para curar a si
mesmo de um reumatismo persistente. Um amigo seu, o físico vienense Franz Anton Mesmer,
que se interessara pelo magnetismo ao ler Paracelso, impressionou-se com as curas de várias
doenças em outras pessoas, logo empreendidas por Hell, e deu início a uma série de
experiências para comprová-las. Sem demora, Mesmer se convenceu de que a matéria viva t
inha uma propriedade suscetível à ação de "forças magnéticas terrestres e celestiais",
propriedade a que chamou de "magnetismo animal", em 1779, e à qual dedicou uma tese de
doutoramento intitulada A inf luência dos planetas sobre o corpo humano. Ao saber que havia
um padre suíço, J. J. Gassner, curando doentes pelo tato, Mesmer adotou com sucesso sua
técnica e proclamou que algumas pessoas, entre as quais se incluía , possuíam mais força
magnética que outras. Malgrado a aparência de que essas surpreendentes descobertas da
energia bioelétrica e biomagnética levariam a uma nova era de pesquisas capaz de unir numa
só coisa a física, a medicina e a fisiologia, a porta novamente foi fechada, dessa vez por mais
de um século. Onde outros tinham falhado, Mesmer era bem sucedido, tratando de casos
graves, e isso aguçou a inveja dos demais médicos vienenses. Atribuindo suas curas à
feitiçaria e ao Diabo, eles se organizaram em comissão para investigá-las. Declarando-se a
comissão contra seus feitos, Mesmer foi expulso da classe médica e intimado a abandonar sua
prática.
Mudando-se em 1778 para Paris, onde as pessoas lhe pareciam "mais esclarecidas e menos
indiferentes às novas descobertas", conseguiu converter a seus métodos o poderoso Charles
d'Eslon, principal médico da corte do irmão de Luís XVI, que o introduziu em círculos
influentes. Mas em breve os médicos franceses se mostraram tão enfurecidos e invejosos
quanto seus confrades austríacos. A grita forçou o rei a designar uma comissão para investigar
o assunto, embora D'Eslon, numa reunião da classe médica na Universidade de
Paris, tivesse saudado a contribuição científica de Mesmer como "uma das mais importantes
da época".
Quando a comissão, que incluía o diretor da Academi a Francesa de Ciências - que em 1772
decretara solenemente que os meteoritos não existiam - e cujo presidente era o embaixador
norteamericano Benjamin Franklin, deu o veredicto de que "nem existe nem pode ter efeito
salubre o magnetismo animal", a grande popularidade de Mesmer, assim exposto ao ridículo,
começou a declinar. Ret irando-se para a Suíça, ele a í completou, um ano antes de morrer ,
em 1815, sua obra mais importante: O mesmerismo ou O sistema das influências recíprocas -
teoria e prática do magnetismo animal. Em 1820, Hans Christian Oersted, um cientista
dinamarquês, descobriu que, colocada perto de um fio eletrificado, uma agulha de bússola
sempre se movia de modo a ficar perpendicular ao fio. Quando a corrente era invertida, a
agulha apontava na direção oposta. O fato de uma força agir sobre ela indicava que no espaço
ao redor do fio deveria existir um campo magnético. A hipótese levou a uma das mais
proveitosas descobertas na história da ciência, quando Michael Faraday, na Inglaterra, e
Joseph Henry, nos Estados Unidos, compreenderam independentemente que o fenômeno
oposto era igualmente válido, ou seja, que um campo magnét ico poderia induzir uma corrente
elétrica se o fio fosse movido através dele. Assim foi inventado o "gerador" e, com ele, um
mundo totalmente novo de engenhos elétricos.
Hoje, os livros sobre o que o homem pode fazer com a eletricidade enchem dezessete
prateleiras de 30 metros nas estantes da Biblioteca do Congresso em Washington, mas o
que é e por que funciona a eletricidade continuam a ser mistérios tão grandes quanto na época
de Priestley. Os cientistas modernos, não fazendo ainda idéia da composição das ondas
eletromagnéticas, limitam-se simplesmente a empregá-las em rádio, radar, televisão e
torradeiras.
Em virtude de uma concentração tão mal equilibrada sobre as propriedades mecânicas do
eletromagnetismo, só um reduzido grupo de indivíduos, no transcurso dos anos, deu
atenção a saber como e por que o eletromagnetismo pode afetar os seres vivos. Entre eles
figura com destaque o Barão Karl von Reichenbach, um cientista alemão de Tubingen que em
1845 descobriu produtos extraídos do alcatrão vegetal, entre os quais o creosoto, usados para
a preservação de mourões de cercas e estacas imersas. Certo de que pessoas especialmente
dotadas - ou, no seu próprio fizer, "sensitivas" - podiam ver uma energia estranha emanando
de todas as coisas vivas, e mesmo das extremidades de um ímã, cunhou para t a l energia o
tempo de odyle ou od. Embora suas obras fosse traduzidas em inglês por um eminente
médico, Willian Gregory, designado professor de química na Universidade de Edimburgo em
1844, como Pesquisas sobre as forças do magnetismo, eletricidade, calor e luz em relação à
força da vida, suas tentativas para provar a existência delas aos físicos contemporâneos da
Inglaterra e do continente foram sumariamente rejeitadas.
Reichenbach indicou o motivo da repulsa à sua "força ódica" ao escrever: "Sempre que eu
tocava no assunto, sentia-me como se dedilhasse numa corda uma nota desagradável. Em seus
espíritos, as pessoas associavam od sensitividade ao chamado magnetismo animal e ao
mesmerismo, e com isso toda a simpatia acabava". A associação, com efeito, não se
justificava, pois Reichenbach fora bastante claro ao declarar que, embora a misteriosa força
ódica pudesse parecer com o magnetismo animal e a ele fosse conjugada, também
podia existir separadamente. Anos depois, Wilhelm Reich afirmaria que "a energia da qual
tratavam os antigos gregos e os modernos desde Gilbert era basicamente diferente da energia
de que tratam os físicos desde Volta e Faraday, obtida pela movimentação de fios em campos
magnéticos; diferente não apenas quanto ao princípio de sua produção, mas diferente em
fundamento". Reich acreditava que os antigos gregos, com o princípio de fricção, tinham
descoberto a misteriosa energia à qual deu o nome de "orgônio", tão semelhante ao od de
Reichenbach e ao éter dos antigos. Reich garantia que o orgônio é o meio no qual a luz se
move, bem como o meio da atividade gravitacional e eletromagnética, e que ele preenche todo
o espaço, em diferentes graus e concentração, e está presente até mesmo no vácuo.
Considerava-o o vínculo básico entre a matéria orgânica e a inorgânica. Na década de 60,
pouco após a morte de Reich, tornavam-se esmagadoras as evidências de uma base elétrica
nos organismos. Um autor que escreve sobre a ciência ortodoxa, D. S. Halacy, reconheceu
isso em termos simples: "O fluxo dos elétrons é básico para praticamente todos os processos
vitais". As dificuldades surgidas no período entre Reichenbach e Reich derivaram
parcialmente da voga científica de considerar as coisas à parte, em detrimento de seu estudo
como todos funcionais. Ao mesmo tempo, um abismo cada vez maior separou os
pesquisadores envolvidos com as chamadas "ciências naturais" dos físicos inclinados, numa
progressão constante, a só dar crédito ao que podiam ver ou medir instrumentalmente. Nesse
meio tempo, a química se concentrou em entidades separadas cada vez menores e mais
variadas que em sua recombinação artificial propunham uma fascinante
cornucópia de novos produtos. A primeira síntese artificial de uma substância orgânica, a
uréia, feita em laboratório em 1828, pareceu destruir a idéia de que havia um aspecto
"vital" especial nos seres vivos. A descoberta das células, as significativas contrapartes
biológicas dos átomos da filosofia grega clássica, sugeriu que as plantas, os bichos e o próprio
homem eram apenas diferentes combinações desses blocos de construção ou agregados
químicos. Nesse clima novo, poucos tomaram a iniciativa de estudar a fundo os efeitos do
eletromagnetismo sobre a vida. Não obstante, alguns individualistas excêntricos formulavam
volta e meia uma idéia de que as plantas poderiam responder a forças cósmicas,
livrando assim do esquecimento as descobertas de Nollet e Bertholon. Na América do Norte,
William Ross, ponto à prova afirmações feitas pelo Marquês de Anglesey de que as sementes
germinavam mais rápido quando eletrificadas, plantou pepinos, numa mistura de óxido preto
de manganês, sal de cozinha e areia lavada, regando-os com ácido sulfúrico diluído. Ligou
então uma corrente elétrica à mistura, levando as sementes a germinarem muito mais depressa
que outras postas numa mistura idêntica, mas não eletrificadas. Um ano mais tarde, em 1845,
o primeiro número do Journal Of the Horticultural Society, de Londres, publicava um longo
relato sobre a "Influência da eletricidade na vegetação", escrito por um agrônomo, Edward
Sol ly, o qual, como Gardini , tinha estendido fios sobre canteiros e, como Ross,
experimentado enterrá-los. Mas, das setenta experiências de Solly com vários cereais,
legumes e flores, sódezenove tiveram resultados benéficos, enquanto outras tantas foram
prejudiciais.
Os resultados conflitantes conseguidos por tais pesquisadores deixavam claro que a
quantidade, a qualidade e a duração da estimulação elétrica eram de fundamental
importância para cada tipo de forma vegetal. Mas, como os físicos não dispunham de
instrumental para medir seus efeitos específicos e ainda não sabiam exatamente como
a eletricidade, artificial ou atmosférica, agia sobre as plantas, o campo experimental ficou
entregue a horticultores empenhados e a simples curiosos. Mesmo assim, continuaram a ser
registradas várias observações que demonstravam que a vegetação tinha uma característica
elétrica. Em 1859, um número do Gardener's Chronicle londrino publicou a informação de
que um brilho súbito passava de uma verbena vermelha para outra, acrescentando que a
melhor ocasião para observar o fenômeno eram os momentos crepusculares quando uma
tempestade se armava depois de muitos dias secos. Isso validava a observação, feita por
Goethe, de que as papoulas orientais emitiam um brilho estranho ao crepúsculo. Só na última
parte do século, na Alemanha, abriram-se novas perspectivas sobre a exata natureza da
eletricidade no ar, que Lemonnier tinha descoberto. Julius Elster e Hans Gaitel,
especializando-se na emissão espontânea de radiação por substâncias inorgânicas, que já se
começava a chamar de "radioatividade", deram início a um vasto estudo da eletricidade
atmosférica. Tal estudo iria revelar que o solo terrestre libera continuamente no ar partículas
eletricamente carregadas. Chamadas de íons - palavra formada do particípio presente do verbo
grego ienai, que significa ir , andar -, essas partículas foram consideradas como átomos,
grupos de átomos ou moléculas que, ganhando ou perdendo elétrons, passavam a ter uma
carga positiva ou negativa. A observação de que a atmosfera estava permanentemente cheia
de eletricidade, feita por Lemonnier , encontrava enfim um tipo de explicação material. Em
dias claros e firmes, a terra tem uma carga elétrica negativa, ao passo que a da atmosfera é
positiva: os elétrons, em consequência, fluem do solo e das plantas em direção ao céu.
Durante as tempestades, a polaridade se inverte, tornando-se positiva a terra, e negativa a
base da camada de nuvens. Como, ao que se estima, há de 3000 a 4000 tempestades
"elétricas", em qualquer momento dado, agitando a superfície do globo, as cargas perdidas
pela terra nas zonas favorecidas por tempo ameno são assim substituídas,
estabelecendo-se um perfeito equilíbrio dos elementoselétricos . Em decorrência desse fluxo
de eletricidade em manifestação constante, a voltagem, ou tensão elétrica,
aumenta nas altitudes maiores. Entre a cabeça de um homem de 1,80 metro e o chão que pisa,
é de 200 volts; entre o topo do Empire State e as calçadas que o rodeiam,de 40000; no
intervalo entre as camadas mais baixas da ionosfera e a superfície da Terra, de 360.000. Ainda
que isso pareça uma ameaça, o perigo de choque é reduzido, pois há pouca passagem de
corrente. A maior dificuldade, para o aproveitamento desse vasto reservatório de energia, é
não dispormos ainda de um conhecimento exato de seu funcionamento e das leis que
governam suas operações. Uma nova investida quanto à aplicação da eletricidade atmosférica
ao crescimento das plantas teve início quando um cientista finlandês de interesse ecléticos,
Selin Lemstrom, realizou quatro expedições às regiões subpolares dos Spitsbergen, ao norte
da Noruega, e da Lapônia, de 1868 a 1884. Especialista em luz polar e magnetismo terrestre,
Lemstrom sugeriu que a vegetação luxuriante dessas latitudes, atribuída pela opinião popular
aos dias longos de seus verões, estava de fato relacionada ao que ele chamou de "violenta
manifestação elétrica", a aurora boreal. Sabendo-se, já desde o tempo de Franklin, que as
pontas afiladas exerciam uma atração especial sobre a eletricidade atmosférica - observação
que conduziu ao desenvolvimento de pára-raios -, Lemstrom afirmou que "as pontas afiladas
das plantas funcionam como pára-raios para captar a eletricidade atmosférica e faci l itar a
troca de cargas entre o ar e osolo". Estudando os anéis em cortes transversais de caules de
abetos, concluiu que seu crescimento anual correspondia integralmente a períodos de aurora
alta e atividade das manchas solares, tornando-se os efeitos mais pronunciados à medida que
se avançava para o norte. Ao voltar para casa, disposto a confrontar suas observações e
experiências, Lemstrom conectou uma série de flores em vasos de metal a um gerador
estático, usando para tanto, à guisa de condutor aéreo, uma rede de fios posta cerca de 40
centímetros acima delas e, à guisa de ligação de terra, uma haste fincada no chão. Outros
vasos foram "abandonados à natureza". Depois de oito semanas, as plantas eletrificadas
revelavam um ganho em altura quase 50% superior ao das demais. Transferindo a
aparelhagem para a horta, não só dobrou sua colheita de morangos como também notou que
eles
ficavam mais doces; sua colheita de cevada, por outro lado, aumentou em um terço.
Numa longa série de experiências, e fetuadas agora em regiões mais ao sul , até a Borgonha,
os resultados de Lemstrom variaram de acordo com as frutas, legumes, cereais específicos,
bem como com a temperatura, umidade, fertilidade natural e adubação do solo. Os êxitos que
obteve foram relatados num livro publicado em 1902 em Berlim, Eletrocultura, e o termo por
ele cunhado para o título incluído na Enciclopédia padrão de horticultura, de Liberty Hyde
Bailey. A tradução inglesa do l ivro de Lemstrom, intitulada A eletricidade na agricultura e na
horticultura, que apareceu em Londres dois anos depois do original alemão, advertia em sua
introdução, áspera mas verdadeiramente, como depois de verificou, que o controvertido tem
poderia não ser "muito do agrado" dos cientistas, uma vez que estava vinculado a nada menos
de três disciplinas distintas, a física, a botânica e agronomia. Um de seus lei tores, Sir Oliver
Lodge, prescindia porém dessa advertência. Após distinguirse singularmente no campo da
física, ele demonstrara sua abertura de espírito passando a integrar a Sociedade de Pesquisas
Psíquicas, sediada em Londres, e publicando uma dezena de livros nos quais afirmava sua
crença de que outros mundos jazem além do físico. Lodge resolveu eliminar o problema
encontrado por Lemstrom para suspender a rede de fios à medida que as plantas cresciam; a
sua foi montada com isoladores em postos altos, permitindo assim a livre circulação de
pessoas, animais e implementos agrícolas pelos campos eletrificados . Tendo sido capaz de
aumentar em 40% o rendimento por acre do trigo canadense Red Fife, Lodge se encheu de
alegria ao saber que a farinha dele extraído, segundo o testemunho de padeiros, dava um pão
mui to superior ao produzido com farinha comum. Após trabalhar com Lodge, seu
colaborador John Newman adaptou o sistema para obter aumentos de mais de 20% em
lavouras de trigo, em Evesham, na Inglaterra, e de batata, em Dunfries, na Escócia. Além de
muito mais produtivos queos não el etrificados, os morangueiros de Newman, como os de
Lemstrom, davam frutos mais suculentos e mais doces, enquanto suas beterrabas pareciam ter
uma maior percentagem de açúcar que o normal. O resultado das experiências de Newman,
que não deixa de ser i n teressante, não foi publicado numa revista botânica, mas s im na
quinta edição do Manual básico para engenheiros elet ri cistas, lançado pela McGraw- Hill em
Nova York. Desde então, f o i a classe dos engenheiros - mais que a dos especialistas em
plantas – que se dedicou a dar assídua cont inuidade aos esforços eletroculturais.
Fonte: A vida secreta das plantas, Peter Tompkins e Chris topher Bird,
Círculo do Livro, pp. 175-189.
Como Se Aduba o Bonsai
POR QUE SE TEM DE ADUBAR. Todos nós comemos diariamente; os alimentos são
imprescindíveis para viver. As plantas alimentam-se dos sais nutritivos que extraem do solo.
Os Bonsai, como vivem em vasos pequenos, podem chegar a consumir todos nutrimentos que
há na terra. Temos de ir repondo, por meio dos adubos, os elementos que a planta consome.
C) COMO SE DEVE ADUBAR. Deve-se adubar a planta sem sobressaltos: Ê muito melhor
adubar em pequenas quantidades mas com freqüência do que fazê-lo em excesso de longe em
longe. Não se deve esperar, portanto, que a arvore chegue a ficar fraca e amarelenta para
voltar a adubar.
D) QUAIS SÃO OS MELHORES ADUBOS. Há dois tipos diferentes de adubos para Bonsai:
os adubos líquidos e os adubos sólidos. Adubo líquido : 0 adubo líquido dissolvesse na água
da rega ou aplica-se com a água da vaporização por cima das folhas. Vantagens do adubo
líquido : É rápido e limpo, não produz cheiros desagradáveis e é fácil de aplicar. Precauções
no uso do adubo líquido : NÃO ULTRAPASSAR NUNCA AS DOSES INDICADAS. Adubo
sólido: 0 adubo sólido colocasse em cima da terra do vaso de uma maneira uniforme, evitando
pô-lo ao lado do tronco das árvores. Vantagens do adubo sólido: É de larga duração, não
queima as plantas, melhora muito a terra dos Bonsaí.
E) QUANDO NÃO SE DEVE ADUBAR. Não devemos adubar no Inverno nem durante os
períodos de calor extremo do verão. Como acontece conosco, que quando adoecemos vamos
ao médico e não pretendemos curar-nos comendo mais, não se deve querer tratar os Bonsai
doentes com adubos. Em primeiro lugar é preciso ver qual é a causa da doença e fazer o
tratamento adequado. Só quando a planta começar a recompor-se a devemos adubar. Pelo
mesmo motivo, também não devemos adubar os Bonsai acabados de transplantar que ficaram
secos devido a um descuido.
Galeria De Imagens - Fotos de
Bonsai
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Tudo Sobre Bonsai
Ferramentas
As atividades manuais específicas do cultivo de bonsai, poderão ser divididas em três grandes
grupos, isto é:
•Atividade de "Poda de Raiz"
•Atividade de "Poda de Galhos e Folhas"
•Atividade de "Aramação" ou "Amarração"
Desta forma teremos conjuntos de ferramentas específicas para cada atividade.
Poda de Raiz
É necessário que se faça poda de raiz no bonsai periodicamente, para mantê-la reduzida.
Dependendo do tamanho (espessura) das raízes da planta em que se está trabalhando,
necessitaremos de tesoura para a poda de tamanho diferente. Para cortar as raízes mais finas
(delicadas) é interessante uma tesoura pequena, mas para cortar raízes mais grossas
precisaremos de uma tesoura maior.
Poda de Galhos e Folhas
A poda de galhos e folhas também deverá ser realizada de uma maneira periódica, sendo sua
freqüência normalmente maior do que a poda de raiz. Nesta atividade temos ferramentas
desenvolvidas especialmente para alguns tipos de plantas que necessitam que suas folhas
sejam desbastadas e este procedimento se faz através de tesoura com ponta fina e pinças de
diferentes tamanhos e formatos.
Aramação ou Amarração
Para dar forma a planta, definindo um estilo para o bonsai. Necessitamos ter controle sobre a
tortuosidade de cada galho. Para elucidar este ponto, vamos imaginar que dispomos de um
tubo plástico flexível do qual gostaríamos de moldar a forma da letra "S". Se simplesmente
entortamos o tubo, o "S" permanecerá formado enquanto estivermos segurando. Para resolver
este problema usaremos de um artifício, enrolando ao longo do tubo um arame. Certamente
agora conseguiremos manter a forma da letra "S", o arame enrolado garantirá a rigidez
necessária. Em bonsai, utilizamos o mesmo artifício. Os galhos que queremos dar forma serão
envoltos com arame, de preferência arame de cobre. Este arame deverá ser trocado/retirado
para não "enforcar" o tronco com o desenvolvimento da planta (galho engrossando).
Poderemos também amarrar os galhos puxando-os para um lado determinado, dando forma ao
estilo escolhido para o bonsai. Existem várias maneiras de se imprimir uma tortuosidade
desejada aos galhos do bonsai, lembrar que as torções deverão ser sempre suportáveis pela
planta evitando a quebra do galho. Normalmente para atingir uma envergadura acentuada
levamos meses, faz-se a primeira torção, aguarda-se uns 2 meses e depois aumentamos a
torção e assim por diante.
KENGAI ( CASCATA )
No estilo Kengai a maior parte da árvore cresce para baixo, atingindo um nível inferior ao da
borda do vaso. A diferença entre este estilo e o estilo Han-Kengai (semi cascata) é que no
bonsai Kengai a parte da árvore em queda realmente cai enquanto que no estilo Han-Kengai
ocorre uma insinuação de queda, uma queda parcial. Para este estilo são utilizados vasos mais
profundos que os comumente utilizados para os outros estilos de bonsai.
Este estilo é baseado na situação que ocorre na natureza com as árvores que nascem nas
encostas dos penhascos.
HOKIDACHI ( VASSOURA )
O bonsai hokidashi tem o tronco vertical, com os galhos muito ramificados formando uma
copa única. De certo modo, parece uma vassoura invertida.
SHARIMIKI ( MADEIRA-EXPOSTA )
Não é difícil encontrarmos na natureza uma árvore com troncos inicialmente vivos, mas com
uma terminação seca e morta, muitas vezes por ter sido atingido por um raio. São essas
árvores que o estilo Sharimiki representa. Este estilo é obtido através da coleta de árvores na
natureza (yamadori) ou artificialmente (Jin, Shari e Madeira - Arrastada).
BANKAN (SERPENTINA )
Este talvez seja o mais excêntrico de todos os estilos, pois o bonsai Bankan tem um tronco
formando círculos e arcos consecutivos.
BUNJINGI (MINIMALISTA)
O estilo Bunjingi é a presença de um minimalismo no cultivo do bonsai, provavelmente por
influência do Zen. O bonsai bunjingi não tem aspecto de profundidade e possui uma razoável
tortuosidade, passando na maioria das vezes uma idéia de simplicidade e leveza.
YOSE - UÊ (FLORESTA )
Neste estilo representa uma floresta que deve Ter mais de nove árvores na mesma bandeija.
Quando o número de árvores é abaixo deste, o estilo não considerado Floresta, é considerado
árvores em grupo.
Esta é a forma pela qual podemos limitar o comprimento do tronco e dos galhos , regulamos o
número de galhos e folhas, e podemos também diminuir o tamanho das folhas.
As podas de galhos secundários, de ramificações ainda menores e de folhas são chamadas de
podas de refinamento, e as podas de tronco ou até mesmo de galhos primários são chamadas
podas drásticas.
Resumos :
Desejo saber tudo sobre Bonsai
Esta é uma pergunta freqüente e também impossível responder num e-mail, pois as técnicas
de cultivo de bonsai são muito amplas, seria preciso escrever um livro.
Se a pessoa estiver realmente interessada é necessário ter acesso a alguma literatura básica e
com a familiarização dos procedimentos de cada técnica poderá tirar suas dúvidas com
perguntas mais específicas. Lembrando que o objetivo deste site é dar uma breve introdução
as técnicas envolvidas no cultivo de bonsai e disseminar a arte. Como é explicado no site
(página "Bonsai ?") cada espécie de planta requer cuidados específicos e que o descrito nos
"Cuidados Básicos" (na mesma página), poderá ser dito como "regra geral".
Época das podas (galhos, folhas e raízes) dependerá da espécie de planta. Quando se deve
mudar de vaso também dependerá de como a planta está se desenvolvendo.
É interessante que o iniciante tenha acesso a literatura básica sobre Bonsai, ter noções de
jardinagem (manejo de plantas), iniciar com espécies de plantas de fácil manejo
(ex: Serissa). A tarefa mais perigosa para a planta é a poda de raízes, peça auxílio para alguém
que já tenha realizado esta tarefa com sucesso, ou com mais experiência.
A manutenção de um Bonsai sem realizar poda de raízes é bem simples, além disso as podas
de raízes são realizadas num período médio de 1 a 2 anos.
Cuidados Básicos.
Considerando as espécies mais utilizadas para bonsai podemos dividi-las nas classes Exterior
e Interior.
Para EXTERIOR deveremos ter uma exposição a luz solar direta de pelo menos 4 horas
diárias. Nesta classe podemos citar como exemplo as coníferas ou popularmente chamados
"Pinheiros"
Para INTERIOR é necessário que o bonsai receba luz direta e/ou indireta durante 4 horas
diárias, é aconselhável que uma vez por semana o bonsai seja exposto a luz solar direta, se
possível no período da manhã, durante 3 a 4 horas.
•Regar diariamente, mantendo a terra úmida ao toque, porém deve-se tomar o cuidado de não
deixar encharcado, água empoçada. Lembre-se que o nível de umidade determinará a
periodicidade da rega.
•Bonsai para Interior - Dispor o vaso onde a luz solar seja abundante. Para um melhor
desenvolvimento do Bonsai, é aconselhável que seja exposto a luz solar direta pelo menos
uma vez por semana, sendo o período da manhã o melhor.
•Bonsai para Exterior - O vaso deve ser disposto em local onde possa receber luz solar direta
de no mínimo 4 (quatro) horas diárias.
•Recomenda-se adubar 1 (uma) vez por mês. Pode ser usado Torta de Mamona com Farinha
de Osso em proporções iguais, 2 colheres de chá para vaso pequeno (aproximadamente 6x9
cm.), e 3 colheres para vaso grande (20x30 cm.), ou Adubo Líquido NPK (5,5,6) sendo 3cc.
para 1 litro de água.
Devem ser consideradas as características peculiares ao cultivo de cada espécie de planta e
muito carinho e dedicação.
Tipo de Vaso
Existe uma variedade de vasos para bonsai, considerando que o vaso é parte integrante do
bonsai, este deverá ser escolhido de acordo com o estilo de bonsai desejado. Quando se
cultiva um bonsai no estilo cascata o vaso é alto pois deverá garantir a sustentação do bonsai
de maneira estável.
O vaso deverá ter furos de drenagem evitando que a água fique empoçada.
A cor do vaso deve estar em harmonia com colorido da planta.
Terra
A composição da terra poderá ser dividida em dois tipos básicos, sendo um para coníferas e
outra para não coníferas. Dentre esses dois tipos básicos temos pequenas variações na
composição da terra, essas variações são devidas a necessidades diferentes de cada espécie.
Os componentes mais utilizados nas misturas são:
- terra preta
- terra vermelha
- areia grossa
- esterco curtido
- fibra de xaxim
- pedriscos
Na figura (vaso) o número 1 representa o pedrisco e o 2 a composição da terra para cada tipo
(espécie) de planta.
Adubação
Adubação, poderá ser mensal, diminuindo nos meses de inverno. Pode ser usado :
Torta de Mamona + Farinha de Osso misturados em quantidades iguais, deve ser colocado na
superfície do vaso, longe do tronco, em montinhos pequenos , após a rega. Farelo de peixe ou
adubo químico também poderão ser utilizados bom adubo é o ouro verde e nao os N-P-K que
sao perigo para seu bonsai. Siga a dosagem indicada pelo fabricante
É importante fornecer Nitrogênio, Fósforo e Potássio para a planta.
Pragas e Doenças
Tanto árvores na natureza, como as cultivadas em vaso, são susceptíveis a pragas e doenças.
Podemos usar preventivos em alguns casos, mas, o que dará mais resultado é com certeza a
atenção dispensada, por exemplo na hora da rega, examinando suas folhas e caules para
constatar presença de alguma praga e detê-las quando ainda estiverem em sua fase inicial.
A planta está definhando e não há sinal de doenças ou pragas. Apenas algumas casquinhas
aderidas e imóveis há muito tempo, tentando disfarçar sua presença. Estes seres vivos, nada
suspeitos, são, na verdade, os responsáveis pelo problema da planta. Eles pertencem à classe
dos insetos e são chamados cochonilhas.
Dentro da classe, as cochonilhas são classificadas como Homópteras, sendo parentes
próximas das cigarrinhas, cigarras e dos pulgões. Sugadoras implacáveis, elas roubam seiva
da planta o tempo todo e são bastante diversificadas, pois há mais de 32.000 espécies de
Homopteras já descritas.
Espero que tenham apreciado um pouco sobre essabelíssima arte que é o bonsai e tenhamos
consciência que um dia Não apenas o bonsai desapareça e sim a natureza à qual
inspiramos para fazer nossas plantas em miniaturas sucessos a todos!!!
Dicas
- DICAS GERAIS -
ADUBO
-Torta de mamona
Farinha de osso
É preparado com partes iguais - 1 de torta e 1 de Farinha osso
USO - 1 colheres de café para vaso pequeno ( 6x9 cm )
2 colheres de café para vaso grande ( 20x30 cm )
-Calda de estêrco de vaca
Necessariamente um estêrco bem curtido. Deixar uma semana fermentando em
uma lata ou tambor com água, sendo de 1/3 até metade do recepiente com estêrco
Ouví dizer que temos Bonsaístas que usam somente este preparado.
ENRAIZADORES
Outra dica é usar como enraizante a erva daninha TIRIRICA batida no liquidicador com água,
a tiririca possui grande quantidade de ácido indol-acético que estimula a formação das raízes.
Após 5 meses de espera, a árvore esta pronta para ser coletada.
OBS.: A “caldo de tiririca” deve ser guardado em recepiente escuro, não transparente, pois o
ácido indol-acético perde a sua propriedade se for exposto a luz.
Rubens Marcelo 6.39 Rua João Marson, 742 Piscina Cajobi-SP 15410-000
(0XX17) 563.1626
-Vita Flor - Raiz - produto encontrado em lojas que trabalham com jardinagem
MODO DE USAR - 1 ou 2 colheres de café por litro de água. -Complexo B1
MODO DE USAR - 1 cc por litro de água
FERTILIZANTES
-Fórmula encontrada na página da Bonsai Rio http://www.bonsai.com.br
-Fórmula 1 - Árvores Frutíferas
Base = 1 litro de água
10% de torta de soja ou de mamona ou de grãos de colza. Prefiro a colza
MÁSTIQUE – Cicatrizante
-Para cortes em raízes, estacas, etc. Protege contra agentes atmosféricos, invasão de insetos
ou fungos. Substância adesiva ou aglutinante que os franceses chamam de "mastic".
200 grs de cera de abelha
60 grs de breu
25 grs de sebo de vaca( ou 20 grs de sebo de carneiro)
MODO DE PREPARO:
Derreter tudo em uma panela, mexer bem para que os ingredientes se misturem. Fazer
pequenas formas ou antes que endureçam faça toretes esfregando uma quantidade entre as
mão. Você terá mástique para muito tempo. Quando for usar aqueça a ponta de um torete e
aplique sobre a parte cortada.
ÓLEO MINERAL
-Usado no combate a coxonilhos
MEDIDA - 4 cc por litro de água.
PASTA CICATRIZANTE
Caro Mário
Finalmente terminei meus testes e acho que cheguei numa fórmula bastante satisfatória. Hoje
fiz muitos testes com a pasta e fiquei satisfeito.
Parti da premissa de que tem que ser bom (eficiente), barato e fácil de fazer (os ingredientes
tem que ser fácil de se obter também).
A fórmula que cheguei é:
1/3 de argila
1/3 de pasta de dente
1/3 de graxa de sapato preta
A argila tem a função de selante para tamponar a área cortada. Também dá consistência e cor
a ajuda a secar rápido. A pasta de dente tem função de ser bactericida devido ao cloro,
precisa ser uma pasta com fluor (acho que hoje todas são). A graxa de sapato é
impermeabilizante e dá consitência moldável e cor.
Observações:
A argila pode ser barro de brejo, úmida, de várias cores ou o barro vermelho de barranco que
também é argila. Ë importante não conter areia ou silte que a torne arenosa ou ásapera
durante a manipulação. Uma boa argila vermelha de barranco dá uma boa cor marron ao ser
misturada com a graxa preta e a pasta de dente branca.
A pasta de dente deve ser branca pois dá um tom mais opaco mais realista, mais próximo da
cor de casca de árvore. Não recomendo cremes tipo gel transparentes e muito coloridos.
A graxa de sapato preta com o creme dental branco dá a mistura de cor acinzentada opaca
desejada.
Recomendo preparar na hora os tres ingredientes e pode-se variar as proporções de modo a
ficar mais próximo da cor do tronco. Lembrar que ao secar a cor sempre clareia e fica mais
neutra. Colocando mais argila que graxa dá-se um tom mais avermelhado. Colocando-se mais
creme dental dá se um tom mais claro, acinzentado, etc...
Devido a argila e ao creme dental com o tempo a mistura tende a ressecar. Se for um trabalho
longo de poda e aramação e a mistura começar a secar é só adicionar um pouco de água e ela
volta a ter a fluidez necessária. Para cicatrizar ponta de galhos finos podados deve-se diluir
bem com água pois facilita a aplicação.
Para o preparo sugiro um pequeno recipiente raso ou uma placa para se manipular a mistura
com uma pequena espátula, que pode ser usada para a aplicação.
Uma bisnaga de creme dental e uma lata de graxa de sapato custam pouco e dá para preparar
muita pasta (a argila é de graça).
Acho que a relação custo/ benefício desta receita caseira é bastante satisfatória.
PULGÕES - Combate
MATERIAL
100 grs de fumo
1 litro de água
1 barra sabão de côco de 200grs ralada.
1/2 litro de querosene OU 1/2 litro de detergente neutro
MODO DE PREPARO –
Deixar o fumo de molho na água por 24 horas, após este período aquecer em fogo (NÃO
DEIXAR FERVER).
Coar. Usar um coador de pano para reter todos os resíduos.
Diluir o sabão na calda em FOGO BAIXO.
Tirar do fogo e acrescentar 500 ml. (1/2 litro) de querosene ou pode ser usado também, no
lugar do querosene, um detergente neutro.
USO
DILUIR 1 PARTE DO PREPARADO PARA 10 PARTES DE ÁGUA E ASPERGIR SOBRE
AS PLANTAS ATACADAS.
Conforme seu texto:" A formula é bem simples e desconheço o seu criador. O fato é que é
usada há muito tempo pela minha familia. Os componentes são os seguintes:
- sulfato de cobre; ( disponivel nas lojas de agropecuária )
- vaselina líquida ( encontra-se em qualquer farmácia )
Coloca-se 50 grs de sulfato de cobre em um vidro de boca larga e adiciona-se a vaselina
liquida aos poucos, mexendo sempre até adquirir a consistencia de tinta grossa. Aplica-se com
pincel nos ramos ou raizes recem-cortadas. O produto preparado dura indefinidamente,
devendo ser mexido para homogenizar antes do uso.
.
6. Com uma 7. Cuidadosamente,
desempenadeira de retiramos o molde de
madeira, faremos o cimento
alisamento da parte
superior do molde.
26/27. Marcando
os locais onde
serão colocados
os pés do vaso.