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Poderes Administrativos – Roteiro de Estudo

1.Introdução. Os poderes administrativos são inerentes à Administração Pública para que esta possa proteger o
interesse público. Encerram prerrogativas de autoridade, as quais, por isso mesmo, só podem ser exercidas nos
limites da lei. São os poderes normativo, disciplinar, hierárquico e poder de polícia. Poderes discricionário e
vinculado não existem como poderes autônomos. Discricionariedade e vinculação são, no máximo, atributos de
outros poderes ou competências da Administração. Segundo Hely Lopes Meirelles, “poder vinculado ou regrado é
aquele que o Direito Positivo – a lei – confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência,
determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização.” O agente está totalmente preso ao
previsto na lei. “Poder discricionário é o que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito,
para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo.”
(Direito Administrativo Brasileiro, p. 102/103)

2. Poder normativo ou regulamentar. Poder normativo é mais apropriado, pois poder regulamentar não abrange
toda a competência normativa da Administração. Poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder Executivo
da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. Na
doutrina: dois tipos de regulamentos – regulamento executivo e o regulamento independente ou autônomo.
Regulamento executivo complementa a lei. Art. 84, IV da CF – contém normas “para fiel execução da lei”. Não
pode estabelecer normas “contra legem” ou “ultra legem”. Não pode inovar na ordem jurídica, criando direitos,
obrigações, proibições, medidas punitivas, uma vez que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei, conforme art. 5º, II, da CF. Regulamento autônomo ou independente inova na
ordem jurídica. Não completa nem desenvolve nenhuma lei prévia. Além do decreto regulamentar, o poder
normativo da Administração se expressa por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções, editadas por
autoridades que não o Chefe do Executivo. Ex. Art. 87, § único, II, da CF outorga aos Ministros de Estado
competência para “expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.” Há ainda regimentos
pelos quais os órgãos colegiados estabelecem normas sobre o seu funcionamento interno.

3.Poder Disciplinar. Definição: competência da Administração Pública para apurar infrações e aplicar sanções
aos servidores públicos e demais pessoas que possuem um vínculo especial com o Poder Público. Para os
servidores, o poder disciplinar é uma decorrência da hierarquia. Nenhuma penalidade pode ser aplicada sem
prévia apuração por meio de procedimento legal em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV, da CF).

4.Poder Hierárquico. Organização administrativa é baseada em dois pressupostos: distribuição de competências


e hierarquia (relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos que integram a Administração
Pública). Poder hierárquico, segundo Hely Lopes Meirelles, é o de que dispõe o Poder Executivo para distribuir e
escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal (Direito Administrativo Brasileiro, p. 105). Da
organização administrativa decorrem para a Administração Pública diversos poderes como, por exemplo, poder
de dar ordens aos subordinados que implica o dever de obediência para estes últimos, ressalvadas as ordens
manifestamente ilegais; poder de controlar a atividade dos órgãos inferiores, para examinar a legalidade de seus
atos e o cumprimento de suas obrigações, podendo anular os atos ilegais ou revogar os inconvenientes ou
inoportunos, seja ex officio, seja mediante provocação dos interessados, por meios de recursos hierárquicos;
poder de avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência privativa do órgão subordinado; poder
de delegar atribuições que não lhe sejam exclusivas etc.

5. Poder de polícia. Fundamento do poder de polícia: princípio da predominância do interesse público sobre o
particular. Conceito legal de poder de polícia (art. 78 do CTN): considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos. Exercício do poder de polícia constitui um dos fatos geradores da taxa (art. 145, II da CF e art. 77 do
CTN). Características ou Atributos do poder de polícia: discricionariedade, auto-executoriedade e coercibilidade,
além do fato de corresponder a uma atividade negativa.

Referências: BITTENCOURT, Marcus Vinicius Corrêa. Manual de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Fórum,
2005; DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo: Atlas, 2000; MEIRELLES, Hely
Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 23 ed., São Paulo: Malheiros, 1998.

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