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Pistas visuais de acesso:

um estudo sobre armazenamento e recuperação de informações

Susan Nate, Ph.D.

Em meados de 1970, dois professores da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, foram


solicitados a completar o último livro de Fritz Perls, The Gestalt Approach: Eyewitness to
Therapy, (1973) (Dilts, conversas pessoais, Junho de 1990). Perls morreu quando estava
escrevendo esse livro. Richard Bandler, psicólogo, e John Grinder, lingüista, revisaram os
tapes de Perls, trabalhos anteriores e notas recentes. A partir destas fontes, foram
capazes de completar o livro de Perls. Durante esse projeto, Bandler e Grinder
começaram a perceber diversos fenômenos sobre o comportamento humano e a
comunicação (Dilts, conversas pessoais, junho 1990). Bandler e Grinder perceberam e
identificaram o poder da linguagem e os padrões de linguagem e desenvolveram o que
hoje é conhecido como Programação Neurolingüística (PNL) (Bandler & Grinder, 1985).
Neuro se refere ao cérebro, lingüística se refere à linguagem, e programação se refere ao
comportamento que é gerado pela linguagem na mente e para a mente (Dilts, conversas
pessoais, junho 1990).

Bandler e Grinder foram capazes de modelar efetivamente terapeutas como Fritz Perls,
Milton Erickson e Virginia Satir, e foram capazes de conseguir os mesmos resultados
notáveis utilizando padrões de linguagem e outras técnicas. R. Dilts (conversas pessoais,
junho 1990) que estudava com Bandler, identificou e catalogou o movimento dos olhos
durante a comunicação e na recuperação de informações. A utilização do movimento dos
olhos foi incorporada em muitos dos processos de PNL (Andreas & Andreas, 1987;
Bandler, 1985; Bandler & Grinder, 1975, 1979; Bandler & Grinder, 1982; Dilts, 1990;
Grinder, 1991). Shapiro (1995) usou o movimento dos olhos como base do
desenvolvimento do EMDR para trabalhar com clientes que sofriam de desordem de
stress pós-traumático. O movimento dos olhos também tem sido usado nos processos
que trabalham com crianças e adultos com DDA (distúrbio do déficit de atenção), dislexia
e outras dificuldades de aprendizagem (Blackerby, 1994, 1995; Dennison, 1981; Dennison
& Dennison, 1987, 1994; Grinder, 1991). Embora o movimento dos olhos e as pistas de
acesso visual foram e continuam a serem usadas nestes campos, não existiram
pesquisas concretas nem dados pesquisados anteriores a esse estudo. O fenômeno que
aqui será pesquisado tem a ver com o movimento dos olhos e a sua relação com a
recuperação de informações armazenadas.

A principal questão levantada neste projeto de pesquisa era se o movimento dos olhos era
significante quando uma pessoa está recuperando informação armazenada ou não. Se o
movimento dos olhos era previsível, por exemplo, para a recuperação e o processamento
visual, os olhos estariam para cima ou olhando direto para frente; para a recuperação e
processamento auditivo, os olhos estariam horizontalmente; e para a recuperação e
processamento auditivo digital ou cinestésico, os olhos estariam para baixo. Ou se o
movimento dos olhos poderia prever como uma criança recuperava as informações. Esse
projeto de pesquisa tomou um componente da PNL, as pistas de acesso visual, e
produziu dados empíricos com relação à previsibilidade e a confiabilidade das pistas de
acesso visual ou do movimento dos olhos e como eles se relacionam para a identificação
de onde a criança está recuperando no cérebro a informação previamente guardada ou
criada.

O propósito desse estudo foi investigar com o uso de métodos de pesquisa quase
experimentais se o movimento dos olhos estava ou não associado com o tipo de
perguntas feitas durante uma entrevista e se estes movimentos dos olhos tinham
significância. Quando as pessoas se comunicam, aprendem, representam ou recuperam
informações, seus olhos se movem de diversas maneiras. Por isso, nesse estudo, foi
observado o movimento dos olhos das crianças enquanto lhes eram feitas tipos
específicos de perguntas. O resultado desse estudo indica que, de fato, o movimento dos
olhos tem importância quando uma criança está recuperando informações e não são ao
acaso. O movimento dos olhos é indicativo do processamento e da recuperação da
informação pelas crianças. Esse estudo foi focado nas estratégias de processamento e
recuperação de informação e não no ensino ou na introdução de processos de
comunicação e aprendizagem. Entretanto, merece ser observado aqui que, quando uma
criança está prestando atenção nas instruções, seus olhos estão se movendo.

Na década de 70, quando a Programação Neurolingüística começou a ser descoberta e


desenvolvida, alguns acreditavam que se a pessoa olhava para cima e para a direita
quando recuperava informações de recordação visual, esta pessoa estava mentindo.
Mesmo alguns trainers de PNL ensinavam as pistas de acesso visual como uma maneira
de determinar se a pessoa estava dizendo a verdade. Acesso visual não é, e nem nunca
foi, planejado para ser usado para determinar a verdade ou a fraude com relação a
recuperação ou a estrutura da informação. Esse estudo quantitativo foi planejado para
validar a existência das pistas de acesso visual e oferecer uma aplicação para essa
informação. Pistas de acesso visual não foram feitas para serem usadas para indicar se
uma pessoa está dizendo a verdade.

Isso foi um estudo exploratório examinando o movimento dos olhos das crianças
enquanto eram feitas perguntas que exigiam recordar ou imaginar uma experiência.
Cinqüenta crianças participaram desse projeto. Elas foram selecionadas através de um
processo de amostras randômicas estratificadas. Todas as crianças estavam matriculadas
em escolas públicas ou particulares. Suas idades variavam de 8 a 12 anos. Foram
estudados cinco diferentes grupos étnicos: brancos, negros, hispânicos, americanos
nativos e asiáticos. Participaram tanto crianças do sexo masculino como do feminino. As
crianças foram testadas para determinar se eram destras ou canhotas.

Crianças de diferentes demografias foram selecionadas por diversas razões. Cinco


diferentes faixas de idade e cinco grupos étnicos diferentes foram selecionados,
principalmente, com o propósito de generalização dos resultados. O uso nesse estudo de
diversos grupos de idade e várias experiências étnicas forneceu uma maior confiabilidade
e oferece um valor maior para a aplicação, visto que as descobertas são verdadeiras para
todos os grupos étnicos e de idade estudados. Se tivéssemos usado apenas um grupo de
idade, a validade dos resultados poderia ser questionada por causa da estreita faixa e da
limitação do grupo testado por ignorar os diferentes estágios de desenvolvimento das
crianças. Alguns projetos de pesquisas são considerados válidos somente para a
população dos maiores e dos menores grupos étnicos no qual a pesquisa foi conduzida.
Visto que algumas culturas, especificamente os americanos nativos e os asiáticos,
tendem a ter muito pouco contato olho a olho quando se comunicam, essa pesquisadora
pensou que era importante testar crianças de diferentes background étnicos a fim de
generalizar que as pistas de acesso visual são um fenômeno humano e não étnico
específico. Entretanto, a etnia, que é o background étnico, pode não significar o mesmo
que cultura, a qual é atitude, normas e valores (Lauer, 1998).

A inclusão de crianças de ambos os sexos adiciona credibilidade às descobertas. Não


houve diferença significativa entre movimento dos olhos e sexo. Sexo não era uma
previsão de inversão nas pistas de acesso visual. Tanto crianças do sexo masculino e
feminino olhavam para a direita ou para a esquerda, ou para frente para perguntas do tipo
visual, horizontalmente para perguntas do tipo auditivo, e para baixo a direita ou para
esquerda para perguntas do tipo cinestésica ou auditivo digital (diálogo interno).

Crianças destras ou canhotas foram incluídas no estudo principalmente para testar alguns
practitioners e criadores da PNL que assumiram que a destreza era uma previsão para a
inversão das pistas de acesso visual (Bandler & Grinder, 1985; Dilts, conversas pessoais,
junho 1990; Jacobson, 1983, 1986). As descobertas com relação as pistas de acesso
visual não foram influenciadas nem afetadas pela criança ser destra ou canhota.

Dois examinadores treinados em PNL estavam presentes para testar cada criança. Foi
feita uma série de 23 perguntas para as crianças. Durante o processo de recuperação,
ambos os examinadores anotaram os movimentos dos olhos de cada criança. O teste foi
inclusive gravado em tape com a finalidade de poder ser revisto e verificado mais tarde. O
método estatístico qui-quadrado foi usado para a análise dos dados desse projeto de
pesquisa.

Baseado na pesquisa, os olhos são um caminho direto para o cérebro. Existe um


correlação entre a neuropsicologia no cérebro e como o disparador do movimento dos
olhos processa a informação numa área específica do cérebro. Ao examinar e entender o
movimento dos olhos, pode-se então entender como uma pessoa está pensando e
processando a informação.

Existe uma relação ente o movimento dos olhos e a recuperação de informação. O


movimento dos olhos está correlacionado com o local onde a informação está
armazenada no cérebro. Existe uma relação significativa entre o tipo de pergunta, visual,
auditiva, auditiva digital e cinestésica, e as posições do movimento dos olhos quando a
criança está recuperando informações. Todas as crianças olhavam para cima e para a
direita ou para a esquerda e para frente quando recuperavam e processavam perguntas
do tipo visual. Todas as crianças olhavam horizontalmente quando recuperavam e
processavam perguntas do tipo auditivo. Todas as crianças olhavam para baixo e para a
direita ou esquerda quando recuperavam e processavam perguntas do tipo auditivo digital
e cinestésicas.

Não existiu nenhuma relação significativa entre meninos e meninas e o movimento dos
olhos em resposta a questões do tipo visual, auditivo, auditivo digital e cinestésica. Os
resultados foram os mesmos estatisticamente para crianças de ambos os sexos.

Não existiu nenhuma relação significativa entre crianças canhotas e destras e o


movimento dos olhos em resposta a perguntas do tipo visual, auditivo, auditivo digital e
cinestésica. Quando a teoria da pista de acesso visual foi identificada pela primeira vez
por Dilts (conversa pessoais, junho 1990), e depois disso por muitos anos, acreditava-se
que a destreza era uma previsão de inversão nas pistas de acesso visual (Jacobson,
1983, 1986). Esse estudo demonstra que a destreza não tem nada a ver se a criança fez
uma inversão com relação a uma recordação visual ou visual construída, uma auditiva
recordada ou auditiva construída, ou auditiva digital ou cinestésica. Uma pequena
porcentagem das crianças testadas teve inversão. Entretanto não houve nenhuma
evidência de qual poderia ser a previsão para a inversão. Embora alguns estudos já foram
feitos relacionando as funções dos diferentes hemisférios do cérebro e a destreza
(Dennison, 1987; Dennison & Dennison, 1994; Grinder, 1991), esse estudo indicou que a
destreza não era uma previsão sobre qual hemisfério do cérebro está armazenando,
recuperando ou processando a informação.

Não existe relação estatística significativa entre as idades das crianças e as posições do
movimento dos olhos em resposta a perguntas do tipo visual, auditivo, auditivo digital e
cinestésico. Isso foi validado ao se usar grupos de cinco diferentes idades, os quais
constituiriam diferentes grupos de desenvolvimento mental em crianças variando de 8 a
12 anos. Essa descoberta é significante para a generalização das descobertas bem como
para entender a aplicação das pistas de acesso visual que podem ser utilizadas para
ajudar crianças de todas as idades no aprendizado de como recuperar informações mais
efetivamente e mais eficientemente.

Não havia relação significativa entre meninos e meninas e o movimento dos olhos em
resposta a perguntas do tipo visual, auditivo, auditivo digital e cinestésico. Muitos estudos
assumem que existem diferenças devido ao sexo, idade e etnia. Esse estudo indica que
não existe nenhuma diferença significativa nos resultados do movimento dos olhos com
relação ao sexo, idade e etnia. O cérebro humano trabalha igual em todas as culturas e
grupos étnicos. O hábito de olhar ou não para a pessoa durante uma comunicação e no
aprendizado pode ser cultural, mas o processamento e a recuperação da informação
dentro do cérebro são fenômenos biológicos e não tem nada a ver com etnia ou cultura.
Contato ocular não é considerado a mesma coisa que pista de acesso visual. Duas das
crianças asiáticas são a primeira geração nascida na América. Seus pais emigraram do
Vietnam para os estados Unidos. Uma criança negra é a primeira geração americana.

Grinder (1991,1993) teorizou que as crianças rotuladas como vagarosas ou com


problemas de aprendizagem podem, realmente, necessitar usar seus olhos para acessar
uma parte diferente do cérebro para serem mais rápidas e melhores no aprendizado,
armazenamento, processamento e recuperação de informações. Uma criança pode ter
problemas em casa ou na escola com pais e professores porque a criança não olha para
o pai ou professor. A criança pode precisa ficar com um olhar ausente a fim de processar
ou recuperar a informação. O pai ou professor podem estar falando auditivamente para a
criança, mas a criança pode precisar fazer uma imagem do que está sendo dito a fim de
entender ou recuperar a informação. O pai/professor pode estar falando em termos
visuais, e a criança pode necessitar processar a informação cinestesicamente a fim de
entender e recuperar o que está sendo dito.

Seres humanos são organismos muito complexos, para dizer pouco. A mesma estratégia
para o aprendizado e a comunicação não é usada por todas as pessoas o tempo todo.
Quanto mais se puder aprender sobre como funciona o cérebro e como processa a
informação, mais efetiva será a comunicação, a educação e o aprendizado.

Uma descoberta significante desse estudo foi que nove crianças, 18% da amostra de 50,
olhavam para frente ao invés de para cima em algumas das perguntas de recordação
visual. Algumas vezes a informação a ser recuperada era muito recente ou uma
informação bem conhecida e não havia necessidade de ser procurada. Outra explicação
para algumas informações visuais de recordação serem recuperadas ao olhar para frente
é que a informação tem um grande significado para a pessoa que está recuperando a
informação e esta pessoa pode não ter que procurar (Dilts, conversa pessoais, junho
1990; Grinder, 1991; Jacobson, 1986). Grinder (1991) ofereceu ainda oura explicação
para algumas pessoas que recuperam informações de recordações visuais olhando direto
para frente. Grinder (1991) relata que algumas crianças eram forçadas a olhar para seus
pais enquanto estivessem lhes dando uma resposta. A criança aprendeu a compensar
sendo capaz de olhar para seu pai e ainda recuperar a informação de recordação visual.
Pessoas que processam informações principalmente através da visualização podem ser
capazes de recuperar algumas informações de rotina e mundanas tão rapidamente que
são capazes de recuperá-las olhando direto para frente (Dilts, conversas pessoais, junho
1990).

Existem algumas diferenças com relação às perguntas de recordação visual. Nem todas
as crianças olharam para cima e para sua esquerda para a recordação visual. Três
crianças, 6%, fizeram a inversão quando acessaram a informação visual. Essas três
crianças olharam para cima e para sua direita para acessar a informação de recordação
visual. Essas mesmas três crianças olharam para cima e para sua esquerda para acessar
a construção visual ou informação imaginada. Essas três crianças não fizeram inversão
quando acessaram informações de recordação auditiva, construção auditiva, auditiva
digital ou cinestésica.

Duas crianças, 4% fizeram inversão quando acessaram informação visual, auditiva,


auditiva digital e cinestésica. Essas duas crianças eram destras. Portanto, pode-se
concluir que a destreza não faz diferença quando prevê qual criança pode inverter quando
acessar informação visual, auditiva, auditiva digital e cinestésica.

Durante os anos 70, quando a Programação Neurolingüística foi desenvolvida, pensava-


se que pessoas canhotas tinham uma grande chance de fazerem inversão em uma ou
mais das categorias das pistas de acesso visual. Esse estudo indicou que a destreza não
é uma previsão para uma criança fazer a inversão em qualquer uma das categorias das
pistas de acesso visual. Todas as crianças, tanto destras como canhotas, olhavam para
cima e para frente para duas das categorias das perguntas visuais. Todas as crianças,
tanto destras como canhotas, olhavam horizontalmente para todas as perguntas auditivas.
Todas as 50 crianças, 100%, tanto destras como canhotas, olhavam para baixo para
perguntas auditivas digitais e cinestésicas.

Esse estudo forneceu informações a respeito de como as pistas de acesso visual se


relacionam com a comunicação, o aprendizado e a recuperação de informação. Existe um
significado entre o movimento dos olhos e a recuperação de informação. Essa informação
pode ser muito benéfica para o trabalho com crianças, bem como com adultos, para
intensificar a comunicação, o aprendizado, o armazenamento e a recuperação de
informação.

Esse estudo utilizou cinco grupos de idades, de ambos os sexos e cinco grupos étnicos
diferentes, que sugere que a generalização é extremamente alta. Não importa o sexo da
pessoa, destreza ou etnia, as pistas de acesso visual permanecem as mesmas. Se os
olhos estão para cima ou direto para frente, a pessoa está visualizando. Se os olhos estão
ao nível dos olhos e horizontalmente, a pessoa está processando ou recuperando
auditivamente. Se os olhos estão para baixo e tanto para a direita como para a esquerda,
a pessoa está processando usando as emoções e os sentimentos cinestésicos ou o
diálogo interno. Essa pesquisadora fez treinamento em PNL na Dinamarca após esse
estudo. Pistas de acesso visual, na cultura dinamarquesa, foram observadas tanto em
crianças como em adultos. As observações eram consistentes com as obtidas nesse
projeto. Existiram alguns desafios com relação a esse estudo e generalizando ele para a
população basca.

As descobertas desse estudo impactaram o aprendizado, a comunicação, o ensino, o


desempenho, as questões e os interesses da saúde física e mental. Existem similaridades
em como as pessoas processam informações e as similaridades podem ser detectadas ao
observar o movimento dos olhos. Visto que o movimento dos olhos está conectado ao
processamento do cérebro, uma criança que está tendo dificuldades no aprendizado de
um conceito pode ser ensinada a olhar para uma posição diferente na órbita do olho para
acessar uma parte diferente do cérebro. Processos já foram desenvolvidos para auxiliar
no aprendizado de soletração e de matemática usando as estratégias do movimento dos
olhos. (Blackerby, 1998; Dilts, 1990; Grinder, 1991) Música e alguma informação verbal
pode ser mais efetivamente armazenada e recuperada através de estratégias auditivas. O
aprendizado manipulatório e manual podem ser processados melhor através de
estratégias cinestésicas.

Ainda que a maleabilidade de parte do córtex visual seja limitada, as pistas de acesso
visual podem ser as mesmas. Capacidade visual pode não afetar as pistas de acesso
visual. Mais pesquisas precisam ser feitas em outros estudos para avaliar o componente
capacidade visual. Entretanto, visto que crianças com deficiências não foram excluídas
desse estudo, uma criança que fosse visualmente debilitada poderia ter estado nesse
estudo. Diversas crianças incluídas no projeto tinham problemas visuais, incluindo visão
fraca, miopia e estrabismo. É concebível que mesmo que uma criança tivesse grave
problema visual ou mesmo ser cega, os olhos da criança ainda se movem na cavidade
ocular, e este movimento pode ser significante com respeito a confiabilidade das pistas de
acesso visual ou o movimento dos olhos como elas relatam quando recuperam
informações armazenadas. Uma criança com grave deficiência auditiva pode ter sido
excluída desse estudo porque os examinadores não fizeram nenhuma referência.
Entretanto, um estudo pode ser conduzido no qual somente crianças com deficiências
visual e auditiva seriam usadas para conseguir estes resultados.

Alguns movimentos dos olhos das crianças foram exagerados em todos setores conforme
elas procuravam e consideravam a informação sendo recuperada ou construída. Já em
outras crianças o movimento dos olhos era muito rápido e não tão exagerado. Seus olhos
mal e mal se moviam do ponto central e isto era tão rápido que, para um observador não
treinado, poderia dar a impressão de um pequeno movimento, sem movimento ou de que
o movimento fosse avaliado como insignificante. Quanto mais firme o movimento, mais
rápido era o tempo de recuperação. O menino Alex (pseudônimo) é um exemplo claro de
como o seu processamento para recuperar informação através do digital auditivo diminuía
a velocidade no processo de recuperação. Ele tinha que repetir todas as instruções no
seu diálogo interno antes que pudesse processar.

Uma aplicação muito significativa dessa pesquisa seria ensinar ao Alex como recuperar
informação visual, por exemplo, soletração, matemática, letras, números e qualquer coisa
a ser memorizada pelo olhar ao invés de repetir tudo antes de procurar pela informação.
Ao Alex poderia ser ensinado como utilizar o seu movimento dos olhos para reduzir o
tempo de recuperação e assim aumentar suas demonstrações de aprendizagem e sua
habilidade para armazenar e recuperar informação mais rapidamente.

Desde seu teste, Alex recebeu consultoria e foi treinado pelo seu pesquisador. Como
resultado do aprendizado de como recuperar informações de outros setores do seu
cérebro e deixando para mais tarde a recuperação do auditivo digital, seu desempenho
melhorou muito na escola. Foi-lhe ensinado as estratégias de soletração e de matemática
usando as pistas de acesso visual. Seus pais e professores fizeram um relato para essa
pesquisadora. Existirão vezes que o Alex vai se sair bem ao iniciar o processo de
recuperação de informação com uma pista auditiva digital. A chave aqui é saber quando e
qual informação pode ser recuperada mais eficientemente usando a visualização e
quando e qual informação pode ser recuperada mais rapidamente e mais eficientemente
usando o auditivo ou os outros sistemas representacionais. Em qualquer caso, se o Alex,
ou qualquer outra criança, tem que repetir internamente cada solicitação em sua própria
voz antes de processar, isso parece que reduz a velocidade no seu processo de
aprendizagem e de recuperação.

Nove semanas depois da realização do teste com Alex, o seu progresso aumentava a
cada dia, e ele deveria estar em condições de, até o final do ano escolar, sair das aulas
de recuperação e voltar para a sua classe e conseguir acompanhar os trabalhos que esse
nível exigia. Os pais e professores estavam surpresos e encantados com essas
descobertas e com os resultados que Alex estava obtendo. Porém ninguém estava mais
encantado do que ele com o seu progresso. Ele também estava muito mais orgulhoso de
si mesmo pela percepção do aumento da sua capacidade. Não se achava mais um
estúpido. A importância desse estudo pode ser muito maior do que apenas ensinar
crianças como aprender melhor e mais ligeiro. Embora com certeza isto é importante, os
efeitos na auto-estima e no autoconceito podem ser mais significativos.

Como se percebe diferentes categorias no movimento dos olhos e nas pistas de acesso
visual, parece que pesquisas adicionais seriam justificadas com relação ao ensino de
certas matérias de uma maneira visual, auditiva, auditiva digital ou cinestésica para que
as crianças conseguissem aprender com mais segurança. Também se poderia ensinar as
crianças como recuperar as informações mais rapidamente acessando certas áreas do
cérebro através do movimento dos olhos. Dilts (1990), em suas pesquisas sobre
estratégias de soletração, já tinha validado essa hipótese na área de soletração. Grinder
(1991) também desenvolveu estratégias de ensino e de aprendizagem para auxiliar os
professores a ensinarem e auxiliarem as crianças para que elas aprendam mais
efetivamente.

Grinder (1991) tratou dos estilos de aprendizagem e ensino. O aprendizado tem sido
tipicamente categorizado em três estilos primários: visual, auditivo e cinestésico. Grinder
(1991) tratou do conceito das combinações desses estilos de aprendizagem. Saber e
entender os estilos de aprendizagem é somente metade da equação educacional. Estilos
de ensino devem também ser estudados e aperfeiçoados. A informação do movimento
dos olhos permitirá que os professores aprendam maneiras mais efetivas para ensinar os
conhecimentos e para auxiliar as crianças no armazenamento e na recuperação da
informação. Gardner (1983) tratou da inteligência múltipla e das diferentes maneiras de
aprender. Na faculdade, muitas vezes, é ensinado aos professores o que ensinar. Com a
pesquisa obtida nesse projeto, as pistas de acesso visual podem ser uma outra
ferramenta para os professores aprenderem para aumentar a sua habilidade no ensino.

M. Grinder, durante um curso intensivo de duas semanas sobre treinamento em estilos de


aprendizagem em Battleground, Washington, em junho de 1995, examinou o input, o
armazenamento e o output da informação. Crianças bem como os adultos podem
aprender de várias maneiras. Esta é a fase do input. A informação é depois armazenada,
talvez de uma maneira randômica e em qualquer dos sistemas representacionais,
auditivo, visual, auditivo digital, cinestésico ou em combinação.

A fase de recuperação pode ser uma das mais críticas e mais frustrantes para as crianças
se elas não sabem como acessar a informação armazenada. Uma criança pode entender
e mesmo aprender a matéria, mas se a criança não puder recuperar a informação quando
necessário, a informação não irá ajudá-la em nada.

Existe um determinado momento para muitas pessoas, em que mesmo sabendo uma
determinada coisa, elas "não conseguem por a mão nela," ou dizem "Está na ponta da
minha língua." Chavões, normalmente, podem nos dar mais informações sobre os
sistemas de recuperação de uma pessoa e a sua necessidade para estratégias mais
aperfeiçoadas para a recuperação. Quando algum conhecimento é ensinado para as
crianças de uma certa maneira, e depois é ensinado como recuperar este conhecimento,
o aprendizado pode ser mais produtivo e mais agradável. Uma analogia para essa
situação poderia ser a de uma ferramenta específica que é comprada e guardada, para
que saibamos onde procurá-la quando precisarmos dela. Então a procura começa, e
depois de muitas horas improdutivas e exaustivas, a gente simplesmente compra uma
nova ferramenta, faz o serviço com qualquer coisa ou descarta o projeto e vai fazer
qualquer outra coisa. Muitas crianças freqüentam a escola desta maneira. Não é surpresa
que a taxa de abandono nas escolas aumenta apesar da tecnologia e da disponibilidade
de educação serem maiores.

Grinder (1991, 1995) tratou do conceito da aprendizagem e da reaprendizagem. Crianças


que têm dificuldade no aprendizado raramente têm um dia de reaprendizagem. Elas estão
constantemente num modo de aprendizado ou num modo em que estão tentando se
igualar com os demais. Crianças que aprendem muito ligeiro podem ter dias de
reaprendizagem como quando é feita uma revisão ou quando elas têm tempo livre já que
elas têm controle sobre o conceito e podem facilmente recuperar a informação. A
frustração vem rapidamente para as crianças que estão constantemente num modo de
aprendizado ou tentando se igualar e percebem que elas estão constantemente ficando
para atrás. Grinder (1995) sugeriu que os professores ensinassem o movimento dos olhos
como um sistema de aprendizagem e recuperação, o qual permitiria as crianças de terem
mais dias de reaprender e para reduzir a frustração de todos os dias serem dias de
aprender.

Compreensão na leitura é uma outra área onde os resultados desse estudo podem ser
aplicados. Quando é feito uma leitura para as crianças, elas devem ser encorajadas a
levantar os olhos e fazer uma imagem do que está sendo dito. Quando elas próprias estão
lendo, elas podem ser encorajadas a fazer uma pausa, levantar os olhos e fazer uma
imagem do que elas acabaram de ler para aumentar a compreensão (Dilts, 1990; Grinder,
1995). Depois, quando for preciso recuperar esta informação, a imagem na mente pode
ser vista novamente e a informação recuperada. Ouvir as palavras que uma pessoa utiliza
e considerar as palavras da pessoa como uma pista de como a pessoa processa, é uma
técnica muito utilizada na PNL. As palavras informam como o cérebro da pessoa está
trabalhando e o processo que a pessoa está usando.

Acesso visual é uma importante estratégia em questões de saúde física e mental. Já que
a visualização tem sido utilizada nestas áreas, poderiam pesquisar a adição das pistas de
acesso visual para o diagnóstico e o tratamento. Uma pessoa que trabalha com saúde
mental e que sabe e entende o significado das pistas de acesso visual pode utilizar a
habilidade na comunicação durante a terapia e, mais importante, observar onde os olhos
do cliente estão enquanto se discute certas questões. Shapiro (1995) utilizou somente o
setor auditivo do movimento dos olhos em seu tratamento EMDR para a desordem do
stress pós-traumático. Baseado nos resultados dessa dissertação, o movimento dos olhos
e as pistas de acesso visual puderam ser utilizadas em outras técnicas e processos das
questões de saúde física e mental. Os criadores da PNL desenvolveram alguns processos
que já estão sendo utilizados em todo mundo nas áreas de saúde física e mental com
referência ao trauma, fobias, depressão e outros (Andreas & Andreas, 1987, 1989;
Bandler, 1985; Bandler & Grinder, 1975, 1979, 1982; Blackerby, 1994, 1995; Dennison,
1981; Dennison & Dennison, 1987, 1994; Dilts, 1990; Dilts et al., 1990; Grinder & Bandler,
1981; Grinder, 1991, 1993; Halborn & Smith, 1992; Jacobson, 1983, 1986).

Uma outra aplicação dos resultados deste projeto de pesquisa é na comunicação. Se uma
pessoa está se comunicando principalmente em termos visuais e a outra pessoa está se
comunicando principalmente em termos auditivos, a comunicação pode ser confusa, e,
provavelmente, mal interpretada. Quando uma pessoa se comunica com outra, ela pode
notar como a outra pessoa está processando a informação, e então pode ajustar o estilo
de comunicação para tornar melhor e mais preciso o entendimento (Hallbom & Smith,
1992). Comunicadores efetivos sabem como elaborar uma combinação de estilos de
comunicação a fim de serem entendidos por um número maior de receptores.
Comunicadores efetivos também sabem como observar se a sua audiência está
entendendo a informação ou se eles estão confusos. Comunicadores efetivos sabem
como pausar com eficiência para permitir que os receptores armazenem e processem a
informação sendo difundida (Hallbom & Smith, 1991). Saber, entender e usar as pistas de
acesso visual pode aumentar em muito a efetividade da comunicação.

PNL e a Cinesiologia Educacional (Ed-U-K), os praticantes da Ginástica Cerebral, levaram


mais longe o conceito do movimento dos olhos através do processo de sinestesia
(Andreas, 1989; Dennison, 1981; Dennison & Dennison, 1987, 1994; Dilts,1990).
Sinestesia é entender que existe um processo de como a pessoa guardou a informação e
o caminho que esta pessoa usa para recuperar a informação. A sinestesia é uma série de
representações visuais, auditivas, auditivas digital e cinestésicas e de como o indivíduo as
combinou para uma estratégia particular de input, armazenamento e recuperação (Dilts,
1990). Esse processo se tornou redundante e previsível para o indivíduo, e por essa
razão, fornece informações sobre como a pessoa está processando e recuperando
informação.

A sinestesia pode ser rompida ao redirecionar o movimento dos olhos. O processo seria
fazer a pessoa pensar sobre um problema e então direcionar os olhos para diferentes
posições na órbita ocular, deste modo acessando diferentes setores do cérebro (Dilts,
conversas pessoais, junho 1990). A PNL e os praticantes da Edu-U-K farão, por essa
razão, a pessoa mover os olhos num movimento igual a um oito bem como em várias
outras combinações utilizando os setores visuais, auditivos, auditivos digital e
cinestésicos. Romper um velho padrão da sinestesia ao utilizar todos os setores parece
ser mais efetivo do que utilizar somente o setor auditivo usado na EMDR. Baseado nas
descobertas dessa dissertação, justifica-se e se recomenda uma pesquisa adicional. Os
criadores da PNL desenvolveram muitas estratégias utilizando o movimento dos olhos não
somente para romper a velha sinestesia mas também para fornecer técnicas para auxiliar
a pessoa a obter e manter um desempenho máximo num grande número de áreas como
atlética, vendas, comunicação, relacionamentos, negociações e questões de saúde física
e mental.

Se um cliente continuamente olha para baixo e para a direita ou esquerda enquanto a


terapia está acontecendo, o clínico entende que o cliente está preso num processo de
emoções negativas e/ou no diálogo interno. Baseado nos resultados desse estudo, um
terapeuta poderia pedir para o cliente mover os olhos para outro setor, permitindo que o
cliente tenha uma perspectiva diferente, uma reação diferente para uma situação, e
possivelmente um meio de resolver um problema de uma maneira diferente. Nas
observações dessa pesquisadora, e de acordo com algumas literaturas da PNL, pessoas
deprimidas irão tipicamente olhar para baixo muito mais vezes do que para cima
(Andreas, 1989; Dilts, 1990; Grinder, 1995). Meramente olhar para cima não vai curar a
depressão, mas poderá ser o ponto inicial para começar a ajudar o cliente a reduzir sua
depressão e a romper o ciclo do diálogo interno negativo, o que aumenta a depressão.
Mudar a posição dos olhos bem poderia ser uma técnica a ser usada junto com
medicamentos e ouras técnicas de aconselhamento.

Em questões de saúde física, tentativas alternativas para tratar o paciente de uma


maneira holística estão sendo pesquisadas. Visualização está se tornando mais e mais
parte do tratamento e dos cuidados na reabilitação. Os resultados desse estudo indicam a
necessidade de mais pesquisas em como uma pessoa armazena a informação que afeta
as condições físicas. Seria muito interessante que mais pesquisas provassem isso e que
fornecessem outras aplicações. A hipnose, que utiliza a visualização bem como outros
sentidos e o movimento dos olhos, tem sido usada no tratamento médico e em questões
de saúde mental.

Aprendizagem também envolve recordar informações aprendidas. Visto que é baseado


nos resultados desse estudo, o movimento dos olhos é importante na recuperação de
informações armazenadas, e talvez alguns processos da PNL utilizando pistas de acesso
visual pudessem auxiliar a manter e intensificar a memória de curto prazo e a de longo
prazo.

Muitas pessoas relatam que gostariam de ter uma melhor habilidade na comunicação.
Talvez uma razão para os muitos problemas na comunicação é que as pessoas
processam as palavras de maneira diferente. Grinder (1991, 1995) relata que 90% da
comunicação é não verbal. Isto significa que as palavras que estão sendo faladas são
apenas 10% da comunicação. Parte da comunicação não verbal envolve onde os olhos
estão olhando durante o processo de comunicação (Grinder, 1991, 1995). Dependendo
em que porção do cérebro as palavras estão sendo processadas, o significado das
palavras bem como a interpretação da comunicação não verbal pode ser diferente para o
receptor do que a mensagem que o emissor enviou. Casais disseram que "Nós apenas
não concordamos no mesmo assunto." Um dos cônjuges pode dizer que "Você nunca
ouve o que eu digo." Essas podem ser muito óbvias e ainda assim são pistas ignoradas
com relação a razão pela qual o casal está experimentando dificuldades de comunicação.
Se um dos cônjuges está fazendo imagens da informação ou da experiência e o outro
cônjuge está processando através de sons e palavras, pode haver má comunicação.
Comunicadores que estão conscientes das pistas de acesso visual podem observar como
uma pessoa está processando ou recuperando mesmo sem palavras e pode fazer ajustes
em seu estilo de comunicação para melhorar o entendimento.

O movimento dos olhos pode ser muito rápido se a criança não precisa pensar na
resposta e se a criança tiver uma estratégia de recuperação rápida. Pode parecer que não
ocorreu movimento nos olhos. As crianças têm sido rotuladas e têm experimentado
problemas porque elas não olham para a pessoa enquanto essa pessoa está se dirigindo
à elas. As crianças também têm problemas na escola porque os seus olhos podem vagar
ao invés de se concentrarem no professor. Talvez a criança realmente preste mais
atenção quando está tendo a oportunidade de mover os olhos livremente para processar a
informação, guardá-la e depois recuperá-la (Grinder, 1991, 1995). Algumas crianças
também se complicaram, ou até mesmo foram punidas, por não olharem para uma
pessoa quando essa pessoa estava falando com elas. Esses fatores foram considerados
na pesquisa, e foram tomadas providências para que a criança estivesse confortável e
relaxada tanto quanto possível. Uma criança perguntou ao examinador se ela tinha que
olhá-lo durante o teste. Ele lhe disse que não e que ela poderia olhar para onde quisesse.

Os resultados desse estudo forneceram dados empíricos com relação as pistas de acesso
visual e a correlação com a recuperação de informação. Aplicações mais amplas para as
descobertas dessa pesquisa podem ser feitas tanto com crianças como com adultos. A
partir desse projeto de pesquisa, mais projetos de pesquisa podem ser conduzidos para
estabelecer aplicações e generalizações mais amplas e abrangentes. Essa pode ser a
ponta do iceberg com referência ao significado e a aplicação do movimento dos olhos.
Comunicação é mais do que meras palavras. Comunicação também envolve a não verbal.
A maneira pela qual a informação é acessada no cérebro é pela posição e pelo
movimento dos olhos. Esse estudo forneceu dados quantitativos com relação ao
significado do movimento dos olhos e como o movimento dos olhos atua como uma pista
de como o cérebro está pensando, armazenando, processando e recuperando a
informação. Os olhos das pessoas estão se movendo constantemente durante a
comunicação, o desempenho, o aprendizado e na recuperação da informação. Esses
movimentos podem aparecer randômicos mas eles estão pesquisando e depois
processando ou recuperando a informação. A pesquisa quantitativa foi necessária para
determinar se existia significação na movimentação dos olhos durante a comunicação e
recuperação. Esse projeto de pesquisa verificou a significação do movimento dos olhos
durante o processo de recuperação.

Muitos chavões se relacionam aos olhos e suas funções. Referências aos olhos são tão
velhas como o tempo e a história. No Jardim do Éden, a serpente disse para Eva "Deus
sabe que depois que vocês comerem a maçã, seus olhos se abrirão e vocês serão como
os deuses, conhecendo o bem e o mal" (Gênesis 3:5). Será que pode ser verdade que
quando os olhos de uma pessoa estão abertos ela pode ver mais, pode aprender mais e a
pessoa tem a sabedoria e a habilidade para recuperar esse saber mais facilmente?

Os olhos desempenham uma parte vital na comunicação bem como nos valores culturais
e morais. Baseados no resultado desse estudo, pode-se concluir que esses não são
meramente chavões, mas afirmações sobre o significado do movimento dos olhos e de
como os olhos e o cérebro podem trabalhar juntos. Frases tais como "Eu posso ver com
os olhos da minha mente..." ou "Imagine como seria se você pudesse.." podem ser mais
do que apenas maneiras de se expressar. Essas frases, junto com o acompanhamento do
movimento dos olhos, estão, normalmente, dizendo como alguém está processando a
informação. Por séculos, focar os olhos foi usado na meditação, na hipnose e nas
cerimônias culturais e religiosas. Focar os olhos é importante para o relaxamento da
mente e portanto, para o relaxamento da pessoa. Como um resultado das descobertas
desse projeto, essa pesquisadora está agora propondo que o movimento dos olhos e o
seu significado sejam levados adiante e serem usados para ajudar as pessoas na
comunicação, no aprendizado, no desempenho e na saúde física e mental.

Os olhos foram denominados a "janela da alma." Se essa imagem é realmente


verdadeira, então isto, que pode ser aprendido na observação do movimento dos olhos,
pode informar muito sobre uma pessoa e como essa pessoa está pensando e
processando a informação. Se existir muito movimento dos olhos enquanto estiver
respondendo a uma simples solicitação para recuperação de uma informação, então a
pessoa pode estar tendo dificuldades em recuperar a informação. O que a pessoa está
pensando não será conhecido, mas como a pessoa está pensando pode fornecer muitas
informações para aqueles que trabalham com crianças na educação, na comunicação, no
diagnóstico e no tratamento.

Artigo publicado na revista Anchor Point - volume 18 no. 4

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