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Direito do Comércio Internacional – Resumo; Danillo Alarcon

Teorias do Comércio Internacional

Os economistas clássicos acreditavam nos princípios do livre-comércio, situação


padrão entendida como favorável ao comércio internacional, em contrapartida à formação
de autarquias que enfraquecia o comércio entre nações. A Inglaterra, onde ocorreu a
primeira revolução industrial, foi o palco do início destas teorias, com Adam Smith e David
Ricardo, e adotou por um bom tempo os preceitos do livre-mercado (de 1840 a 1920),
sendo que a maioria dos outros países mais ricos à época nunca adotaram verdadeiramente
uma postura de liberdade total para o comércio internacional.
As teorias clássicas surgem em contraposição ao mercantilismo, e passaram a
enxergar o CI como um jogo de soma positiva. Estas teorias ainda levam em consideração a
idéia do ‘valor trabalho’, ou seja, toda mercadoria é fruto do trabalho humano, o que focava
a criação de riquezas no trabalho, e não em guerras, pilhagem, etc.
Para Adam Smith há uma divisão internacional do trabalho que deve ser respeitada.
O autor leva em consideração o pressuposto das vantagens absolutas, pois se dentro de um
país há maior produtividade em um produto, abandona-se a produção de outros onde a
produtividade é menor, conseguindo esse produto através do CI. Assim, cada país produz
aquilo no que é mais competitivo e através do CI consegue o que não produz de forma
rentável.
David Ricardo traz a idéia de vantagens comparativas. Mesmo não havendo
vantagens aparentes na troca entre dois países, estes podem comercializar, na situação de
livre-mercado, e saírem ganhando, caso cada um se especialize no produto em que é mais
competitivo. “Todos ganham com o livre comércio, mesmo os países que são, do ponto de
vista dos custos absolutos, menos eficientes em tudo. Estes podem se especializar naqueles
bens em que apresentam custos relativamente menores. Em contrapartida, os países que têm
vantagens absolutas de custo em todos os bens também poderão se especializar no que
‘sabem fazer melhor’” (p. 286).
A teria neoclássica do CI é a Teoria da Dotação Relativa dos Fatores, ou o Modelo
Hecksher-Ohlin. Procura explicar porque há diferenças de eficiência em diversos setores
entre os países. Leva em consideração não somente o fator trabalho, mas também o capital.
Esta teoria não somente advoga a favor da existência de mais comércio internacional, como
também procura a causa que coloca um país a usar mais ou menos um fator de produção.
Assim, cada país se especializa e exporta o bem que requer utilização mais intensiva de seu
fator de produção (trabalho ou capital) que seja mais abundante.
Wassily Leontief, na década de 1950, desarticulou as teorias acima expostas ao
demonstrar que os EUA, a economia mais capital-intensiva do mundo, exportava mais bens
intensivos em trabalho e importava bens intensivos em capital. “A partir dos anos 1970 os
modelos de comércio foram incorporando avanços da teoria da organização industrial e das
novas teorias de crescimento econômico. Nos dois casos trabalha-se com estruturas de
mercado em concorrência imperfeita (“concorrência monopolística” ou “oligopólio”) onde
há retornos crescentes de escala, externalidades, diferenciação de produtos, tecnologia
como um bem proprietário, efeitos dinâmicos de aprendizagem” (p. 289). É neste contexto
inclusive que se aprofundam as idéias de substituição de importação nos países em
desenvolvimento, em especial na América Latina, apoiados pelos teóricos da Cepal.
Em 1971, Samuelsen e Jones propõe o Modelo de Fatores de Produção específicos,
para o qual não existe uma mobilidade entre os fatores de produção, e os que não podem ser
deslocados são os fatores específicos. Essa especificidade, por exemplo, pode estar
relacionado aos fatores humanos da produção, como a especialização da mão de obra.
Assim, os fatores específicos dos setores de exportação em cada país ganham com o
comércio, enquanto fatores específicos dos setores concorrentes com importações perdem.

PAIVA, Carlos Águedo Nagel; CUNHA, André Moreira. Noções de Economia. Brasília: Fundação
Alexandre de Gusmão, 2008.

Lex mercatoria e inovações normativas multilaterais

Na antiguidade, o comércio foi um meio de contato entre vários povos, desde os


egípcios até os romanos. Com as invasões bárbaras, a atividade econômica decaiu, e por
boa parte da Idade Média, o comércio era incipiente. Contudo, pela descentralização
política marcante durante o período surgiram corporações de mercadores, que em seu
ínterim decidiam acerca de aspectos referentes não só à transação comercial em si, mas
relativas à própria atividade do comércio e seus empecilhos – a guerra, por exemplo – bem
como ditava regras para que seus membros seguissem. Deste costume, surge então o que se
chama de lex mercatoria, entendida como um conjunto de leis e modos de solução de
controvérsias criadas entre os mercadores, num momento em que não havia instituição
superior para fazê-lo. “Irineu Strenger define lex mercatoria como ‘um conjunto de
procedimentos que possibilita adequadas soluções para as expectativas do comércio
internacional, sem conexões necessárias com os sistemas nacionais e de forma
juridicamente eficaz’”.
Com a criação do Estado, a lex mercatoria vai perdendo lentamente seu poder, e os
preceitos do direito dos comerciantes vai sendo incorporado nas leis nacionais. “A
codificação do direito comercial trouxe, como conseqüência, o enfraquecimento do poder
dos comerciantes de livremente estipularem suas regras de conduta, uma vez que os
procedimentos estavam previstos nos Códigos nacionais”. Contudo, apesar deste novo
papel dado ao Estado, as atividades de CI continuaram sob os auspícios da vontade dos
mercadores, mesmo com certas limitações.
É somente após a II Guerra Mundial, que uma gama de mecanismos para
liberalização do comércio surge novamente, agora agarrado aos mecanismos institucionais
dos Estados, já consolidados.

AMARAL, Ana Paula Martins. Lex mercatoria e autonomia da vontade. Disponível em:
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6262. Acesso em: Novembro 2009.

No período medieval, a lex mercatoria se desenvolve seguindo o crescimento do


comércio na Europa entre diferentes povos. Apresentava aspectos individuais que se
distinguiam das práticas locais, reais, feudais e eclesiásticas da época. Essas cinco
características são: eram regras transnacionais; tinham uma origem comum, baseada nas
práticas mercantis; eram aplicadas pelos próprios mercadores ou suas associações, não
havendo juízes profissionais; eram de processo informal; havia liberdade contratual e
decisão de casos ex aequo et bono (segundo a equidade e o bem).
Após a Segunda Guerra Mundial, na década de 60, com o aumento do volume de
comércio internacional, era necessário melhorar os instrumentos legais da atividade.
Diversos autores tentam esboçar os limites da lex mercatoria. Berthold Goldmann a
considera um conjunto de regras e princípios sem referência a um sistema particular de lei
nacional. Para Schmitthoff, a lei dos mercadores são regras uniformes aceitas por todos os
países, enquanto Goldstajn identifica-a como normas que regem as relações internacionais
de natureza de direito privado.
São fontes formais da nova lex mercatoria: os contratos-tipo, as condições de
compra e venda, os Incoterms e as leis uniformes. Assomam-se ainda os tratados
internacionais multilaterais (GATT), regras de blocos regionais e as sentenças arbitrais.

Barreiras Comerciais e Protecionismo

As razões mais comuns para o protecionismo são: proteção de indústria nascente,


proteção da indústria local diante de concorrência desleal, questões sociais e sanitárias,
proteção da cultura local ou identidade nacional, questões políticas e questões éticas. São
formas de protecionismo: tarifas, restrições quantitativas (cotas), embargos, subsídios à
exportação, controle cambial, e outros tipos de barreiras não tarifárias.
Barreiras tarifárias: que tratam de tarifas de importações, taxas diversas e valoração
aduaneira. Barreiras não-tarifárias: que tratam de restrições quantitativas, licenciamento de
importação, procedimentos alfandegários, medidas Antidumping, medidas compensatórias,
subsídios, medidas de salvaguarda e medidas sanitárias e fitossanitárias. Dentre estas
últimas encontram-se as barreiras técnicas, que são mecanismos utilizados com fins
protecionistas.

Princípios do GATT e da OMC

Para estabelecer um comércio internacional livre e transparente, o GATT 1994 traz


alguns princípios básicos que restringem as políticas de comércio exterior dos países. São
eles: 1) Não-discriminação: É o princípio básico da OMC. Está contido no Art. I e no Art.
III do GATT 1994 no que diz respeito a bens e no Art. II e Art. XVII do Acordo de
Serviços. Estes Artigos estabelecem os princípios da nação mais favorecida (Art. I) e o
princípio do tratamento nacional (Art.III). Pelo princípio da nação mais favorecida, um país
é obrigado é estender aos demais Membros qualquer vantagem ou privilégio concedido a
um dos Membros; já o princípio do tratamento nacional impede o tratamento diferenciado
de produtos nacionais e importados, quando o objetivo for discriminar o produto importado
desfavorecendo a competição com o produto nacionais. 2) Previsibilidade: Os operadores
do comércio exterior precisam de previsibilidade de normas e do acesso aos mercados tanto
na exportação quanto na importação para poderem desenvolver suas atividades. Para
garantir essa previsibilidade, o pilar básico é a consolidação dos compromissos tarifários
para bens e das listas de ofertas em serviços, além das disciplinas em outras áreas da OMC,
como TRIPS, TRIMS, Barreiras Técnicas e SPS que visam impedir o uso abusivo dos
países para restringir o comércio. 3) Concorrência Leal: A OMC tenta garantir não só um
comércio mais aberto, mas também um comércio justo, coibindo práticas comerciais
desleais como o dumping e os subsídios, que distorcem as condições de comércio entre os
países. O GATT já tratava destes princípios nos Art. VI e XVI, porém estes mecanismos só
puderam ser realmente implementados após os Acordos de Antidumping e Acordo de
Subsídios terem definido as práticas de dumping e de subsídios e previsto as medidas
cabíveis para combater o dano advindo destas práticas. 4) Proibição de Restrições
Quantitativas: O Art. XI do GATT 1994 impede o uso de restrições quantitativas
(proibições e quotas) como meio de proteção. O único meio de proteção admitido é a tarifa,
por ser o mais transparente. As quotas tarifárias são uma situação especial e podem ser
utilizadas desde que estejam previstas nas listas de compromissos dos países. 5) Tratamento
Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento: Este princípio está contido no
Art. XXVIII bis e na Parte IV do GATT 1994. Pelo Art. XXVIII bis do GATT 1994, os
países desenvolvidos abrem mão da reciprocidade nas negociações tarifárias (reciprocidade
menos que total). Já a Parte IV do GATT 1994 lista uma série de medidas mais favoráveis
aos países em desenvolvimento que os países desenvolvidos deveriam implementar. Além
disso, os Acordos da OMC em geral listam medidas de tratamento mais favorável para
países em desenvolvimento.

Princípios do GATT, 1994:


Disponível em: http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=368

Práticas desleais no Comércio Internacional e mecanismos de defesa comercial

Medidas “antidumping”: evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados por


importações realizadas a preços de “dumping”. Dumping – ocorre quando bens são exportados por
preços inferiores ao valor normal, o que em geral significa que são exportados por preço inferior
àquele porque são vendidos no mercado doméstico ou no mercado de outras terceiras partes ou por
menos do que o custo de produção.
Medidas de Salvaguarda: São ações de emergência que restringem as importações de
determinados produtos independente de sua origem, cujo aumento causa ou ameaça causar danos à
indústria nacional. Durante tal período esta deve se recuperar, fazendo um compromisso de ajuste.
As medidas de salvaguarda podem ser provisórias (em situações críticas, duram no máximo 200
dias) ou definitivas (até 4 anos, podendo ser estendível para até no máximo 10).
Medidas Compensatórias: têm como objetivo a compensação de subsídios que causem
danos à indústria doméstica brasileira. Os subsídios são acionáveis (sujeitos a medidas
compensatórias) quando são específicos, ou seja, restritos a um grupo ou ramo de empresas ou
indústrias; ou quando são proibidos – vinculados exclusivamente ao desempenho exportador. Deve-
se estabelecer uma investigação, segundo as normas da OMC – Acordo sobre Subsídios e Medidas
Compensatórias, - para comprovar a existência de uma relação causal entre as importações de
determinado produto subsidiado e os danos na indústria doméstica. Subsídio – para que seja
considerado subsídio, deverá haver contribuição financeira por um governo e benefício concedido
em sua decorrência.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)


O MDIC trata das políticas de desenvolvimento da indústria, bem como institui e
incentiva a adoção de políticas voltadas para o comércio exterior. Direciona, ainda, atenção
especial às micro e pequenas empresas.
O Ministério trabalha, ainda, com questões específicas inerentes ao comércio
exterior, como a regulamentação de questões relativas à propriedade intelectual e
transferência de tecnologia, a criação e a aplicação de mecanismos de defesa comercial e a
participação em negociações internacionais relativas ao comércio exterior.
Por esse motivo, a sua estrutura é dividida em diversas secretarias especializadas.
As mais relevantes para o nosso estudo são duas, a Câmara de Comércio Exterior
(CAMEX) e a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).
No que tange à CAMEX, o objetivo principal é a inserção competitiva do Brasil na
economia internacional. Cabe a ela formular, implementar e coordenar políticas e
atividades que visem o comércio exterior de bens e serviço, incluindo o turismo. A Câmara
estabelece, ainda, diretrizes para as negociações de acordos, as ações dos órgãos
competentes e as políticas de financiamento das exportações e tarifária. Para tal, conta com
um Conselho de Ministros, formado pelos chefes do MDIC e dos Ministérios da Fazenda,
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das Relações Exteriores e da Casa Civil. Além
disso, é constituído ainda pelo CONEX, um conselho de caráter consultivo do qual
participam representantes do setor privado.
Já a SECEX, contribui para a instrumentalização das políticas de desenvolvimento
do comércio exterior formulados pelo MDIC, em especial pela CAMEX. Para tal, é
subdividida em quatro departamentos específicos: Depla, Decex, Deint e Decom.
A cargo do Depla fica o
planejamento e o desenvolvimento do comércio exterior. Além da execução de programas
de desenvolvimento da cultura exportadora. Já o Decex, é voltado para as
operações de comércio exterior. Ele regulamenta e operacionaliza as ações estatais de
importação e exportação, fazendo uso de controles administrativos e incentivos fiscais à
exportação. Ademais, é um dos responsáveis pela administração do SISCOMEX. Enquanto
o Deint cuida das negociações comerciais internacionais, que diz respeito ao preparo e à
participação. Presta, ainda, apoio técnico às empresas nacionais e atua junto aos organismos
internacionais a fim de incentivar o progresso do comércio exterior. Ao final, o Decom zela
pelos interesses brasileiros nos processos movidos contra as exportações junto à OMC e
elabora normas contra práticas desleais, como o dumping.
Ainda fazem parte, no âmbito governamental, da estrutura de apoio ao Comércio
Exterior no Brasil os seguintes órgãos: Ministério da Fazenda, Banco Central do Brasil,
Banco do Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Agência de Promoção de Exportações
(APEX).
O SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), criado em 1992, controla
a informatização governamental do comércio exterior, unificando e padronizando a
linguagem e conecta órgãos públicos a agentes da iniciativa privada que operam no
comércio exterior, constituindo-se numa ferramenta de análise e inteligência, objetivando a
redução de custos. Foi o responsável pela padronização das operações de comércio exterior,
como Declaração de exportação, Verificação da carga, Registro de embarque e
Comprovante de exportação, Contrato de câmbio. Age da mesma forma quanto á
importação. E trabalha com parametrização e amostragem, criando canais de exportação.

AMARAL, — Antônio C. R. (coord). Direito do Comércio Internacional:aspectos fundamentais. Cap 4 e 5.


São Paulo: Aduaneiras, 2004.

Estratégias empresariais no processo de internacionalização das economias e modelos


contratuais

O planejamento dos negócios internacionais é um processo longo que envolve desde


a investigação detalhada do mercado externo que a empresa quer atingir até mudanças
internas – com adaptação de produtos e recursos humanos – para consolidar o
relacionamento internacional. O processo de internacionalização de empresas segue
algumas fases, tais como: análise da empresa, investigação das oportunidades globais,
avaliação das opções estratégicas, implementação e gestão.
A identificação de negócios internacionais tem início com a visualização dos fatores
que tornam o produto único e diferenciado no mercado interno. Há a necessidade de uma
investigação de mercado, procurando pelas condições de demanda e oferta locais para o
determinado produto, além de outros fatores importantes que influenciam na venda do
produto ou serviço.
Sarfati propõe o modelo de análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities
and Threats) como um instrumento para investigação das forças e fraquezas internas da
empresa, bem como para avaliação das oportunidades e ameaças do mercado externo.
A Avaliação de Benchmarking é uma técnica para avaliar as praticas que levaram
determinadas empresas a se tornarem líderes no mercado, ou exemplos distintivos.
Significa identificar os erros e acertos destas empresas de modo a não repetir seus erros,
mas seguir os seus sucessos. Esse processo apresenta cinco fases: planejamento, coleta de
dados, análise, adaptação e implementação.
O Estado pode afetar os negócios das empresas, podendo agir como regulador
(aprovando leis que delimitem o escopo de atuação das empresas), como árbitro (órgãos do
governo decidem sobre a concessão, ou não, de certificações de segurança do trabalho, de
normas ambientais, etc), e como jogador (legisladores e reguladores perseguem agendas
independentes buscando definir o interesse público e iniciar ou bloquear mudanças). As
empresas, em sua Política Externa Corporativa (PEC), devem lidar com governos
nacionais, estrangeiros, e no nível intergovernamental (OMC, Mercosul, UE), sendo que
estes níveis estão interconectados.
A sociedade organizada também pode afetar a cadeia empresarial. Ações
ambientais, por exemplo, são bem quistas pela sociedade. Além do mais, a dimensão
sociedade não é mera filantropia, mas sim um conjunto de políticas que visam a um
constante diálogo com a sociedade civil, tendendo sempre à geração de valor para a
empresa. Há também clara relação entre empresas e a comunidade epistêmica – rede de
profissionais com reconhecida especialização e competência em uma área de conhecimento
– pois estas são capazes de influenciar na inovação política: delimitando os limites da
controvérsia política em torno de um assunto; definindo os interesses dos Estados;
definindo padrões de julgamento ou regulação.
Uma empresa também deve prestar atenção na dimensão informação, pois é através
desta que cria sua Identidade, Imagem e Reputação. A imagem da empresa como um todo é
também formada por outros fatores como: Qualidade de produtos e serviços; Marcas fortes
e desejadas pelo mercado; Inovação; Qualidade de administração; Qualidade de ambiente
de trabalho e desenvolvimento profissional; Solidez financeira; Responsabilidade
comunitária e ambiental; Compromisso com o desenvolvimento do país.
No caso da diplomacia corporativa brasileira, a maior carência do empresário
brasileiro é a falta de percepção das oportunidades de feitura de negócios internacionais,
explicada tanto por fatores históricos como culturais. Historicamente, constata-se uma falta
de agressividade na procura de clientes, seja nos períodos em que o Brasil era exportador de
matérias-primas, seja nas últimas décadas em que floresceu a exportação de manufaturados.
Aliás, mesmo no tocante às exportações, há uma acomodação do empresariado brasileiro,
preferindo, na maioria das vezes, voltar a sua produção para o mercado interno, o que seria
prejudicial na concepção dos autores, pois “a exportação é estimuladora do aprendizado
para negociar que vem do trato com culturas totalmente diferentes” [SCHWARZ; SACCHI,
2005, p. 140].
Em primeiro lugar, considera-se que o baixo desempenho exportador brasileiro é
explicado por diversos fatores. Markwald e Pulga destacam treze, dos quais se mencionam
cinco: a) elevada concentração das exportações em um número restrito de produtos; b)
escassa diversificação dos mercados de destino; c) ausência de coordenação das ações
governamentais; d) baixo investimento na consolidação de marcas; e e) ausência de uma
cultura empresarial exportador.
Construir e projetar externamente uma imagem positiva do país é uma tarefa árdua
e complexa, ainda assim, algumas instituições brasileiras privadas e governamentais têm se
aventurado a enfrentar esse desafio. São exemplos o Banco do Brasil, a APEX-Brasil
(vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o
Departamento Comercial do Ministério das Relações Exteriores, a Fundação Centro de
Estudos de Comércio Exterior (Funcex) e a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
Aliás, é responsabilidade da empresa exportadora difundir a imagem do país e a sua própria
marca, como concluem os autores: “Cabe a cada setor, por meio de atividades de marketing
ou, mais amplamente, de diplomacia empresarial, promover e tomar partido na conquista de
novos mercados e de credibilidade para seus produtos, o que inevitavelmente trará a
melhoria da imagem do Brasil no mundo” [SCHWARZ; SACCHI, 2005, p. 152].

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