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HIPERTENSIVAS
INTRODUÇÃO
Hipertensão arterial se caracteriza como importante problema de saúde
pública no Brasil e no mundo por sua elevada incidência e prevalência. A
elevação da pressão arterial (PA) é um fator de risco independente para
doença cardiovascular. Esta, por sua vez, é a principal causa de óbitos no
Brasil (27,4% dos óbitos, em 2003).
OBJETIVO
Definir protocolos de conduta nas diversas esferas de atendimento do
SUS diante das CRISES HIPERTENSIVAS.
Orientar condutas diagnósticas e uso de recursos terapêuticos nas
diversas situações clínicas envolvendo elevação da pressão arterial. A
abordagem completa destas enfermidades será feita em capítulos específicos.
DEFINIÇÃO
A CRISE HIPERTENSIVA consiste na condição clínica em que
elevações bruscas de pressão arterial causam ou podem causar complicações
orgânicas agudas, necessitando de rápida intervenção terapêutica. O paciente
apresentará, associadamente à elevação dos níveis pressóricos, sinais e
sintomas como cefaléia, vômitos, dispnéia, tontura, alterações visuais,
vasoespasmo ao exame do fundo de olho, dentre outros.
A crise hipertensiva pode ser dividida em URGÊNCIA HIPERTENSIVA e
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA.
URGÊNCIA HIPERTENSIVA
Na urgência hipertensiva ocorre elevação da pressão arterial com
valores de pressão arterial diastólica (PAD) geralmente superiores a 120
mmHg, sem associação com os sintomas anteriormente descritos, não
havendo, portanto, risco imediato de lesão de órgão alvo. Os objetivos
terapêuticos devem ser alcançados dentro de 24h, com uso de drogas por via
oral (Tabela 1).
Tabela 1 – Tratamento da urgência hipertensiva
Hipotensão,
6,25-25mg hiperpotassemia,
VO (repetir 15- insuficiência renal.
CAPTOPRIL 6-8h
em 1h, se 30min CONTRA-INDICADO em
necessário) estenose bilateral de
artéria renal ou rim único
com estenose de artéria
renal.
0,1-0,2mg,
VO (repetir 30- Hipotensão postural,
CLONIDINA 6-85h
em 1h, se 60min sonolência, boca seca.
necessário)
CONDUTA:
7. ECLÂMPSIA
CONDUTA:
Hidralazina – 10-20mg I.V. ou 10-40mg I.M. de 6/6h (evitar nitroprussiato
de sódio pelo risco de intoxicação fetal);
Sulfato de Magnésio – 4g IV (infundir em 10min), seguido de 1g/h (diluir
24g de MgSO4 em 1.000ml de SG5%) por 12-24h. Interromper infusão
caso a paciente apresente bradipnéia, oligúria ou arreflexia (intoxicação
pelo magnésio; o antídoto é o gluconato de cálcio);
Interrupção da gestação com cesárea de urgência após estabilização
clínica.
Náuseas, vômitos,
intoxicação por
0,25- cianeto. Cuidado na Maioria das
Nitroprussiato
10mg/Kg/ Imediato 1-2min insuficiência renal e emergências
de sódio
min EV hepática e na pressão hipertensivas.
intracraniana alta.
Hipotensão grave.
Insuficiência
5- Cefaléia, taquicardia, coronariana.
Nitroglicerina 100mg/mi 2-5min 3-5min taquifilaxia, flushing,
n EV metahemoglobinemia. Edema agudo
de pulmão.
Taquicardia, cefaléia
10-20mg
e vômitos. Não usar
EV ou 10- 10-
Hidralazina 3-12h se angina ou IAM. Eclâmpsia
40mg IM, 30min
Cuidado com pressão
6/6h
intracraniana alta.
Insuficiência
ventricular
20-60mg, esquerda.
repetir 30-
Furosemida 2-5min Hipopotassemia Edema agudo
após 60min
de pulmão.
30min
Situações de
hipervolemia.
ALGORITMO DE TRATAMENTO DA URGÊNCIA HIPERTENSIVA
Captopril*
PA > 160x100mmHg
PA ≤ 160x100mmHg
NÃO OBTÉM
CONTROLE *Efeitos adversos e precauções
ADEQUADO para uso de captopril
Hipotensão, hiperpotassemia,
insuficiência renal.
Medidas Gerais:
Encefalopatia Pré-eclâmpsia
hipertensiva IAM ou Dissecção AVC Edema
Angina aguda de agudo de ou Eclâmpsia
instável aorta pulmão
INTERNAÇÃO
HOSPITALAR – UTI OU
SEMI-INTENSIVA