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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

NILÓPOLIS
OUTUBRO, 2009.
Por
Jaqueline
Renata da Silva Santana
Zilda Mara Peixoto dos Santos Azevedo
Turma: L316

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Trabalho de graduação apresentado


à disciplina História da Educação
ministrada pelo professor
Ronald Apolinário
do curso de Letras.

NILÓPOLIS,
OUTUBRO, 2009.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
2 EDUCAÇÃO JESUÍTICA NO BRASIL
3 O SEMINÁRIO DE OLINDA
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS
1- INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo analisar as diferenças entre a educação implementada
pelos jesuítas e pelo Seminário de Olinda (período pós-jesuítico). Desta forma,
observaremos questões referentes à ação catequética na colônia. Sendo esta, determinante
para aculturação dos povos aqui já existentes.
A análise presente destacará quais foram as reais intenções dos jesuítas em alfabetizar os
indígenas, já que nem todos os portugueses eram alfabetizados. Sendo relevante a intenção
de propagação da língua e da cultura européia.
Após a um longo período de em relação ao poder que obtinha sob a colônia, o ensino
jesuítico será findo a partir da Reforma Pombalina. Cabendo ressaltar quais mudanças
seriam significativas e relevantes a respeito da educação implementada pelos jesuítas.
Logo, tomaremos por base a estrutura educacional presente em ambos períodos.
A Reforma Pombalina irá se contrapor ao ensino jesuítico, caracterizado como
conservador. Haja vista, que o Seminário de Olinda. não romperá de forma categórica e
incisiva com o conservadorismo. Ele será modernizado, de tal forma, que o Seminário de
Olinda, pensará em organizar o sistema educacional para os interesses do Estado, e não
para servir aos interesses da Igreja.
2- EDUCAÇÃO JESUÍTICA NO BRASIL

Desde que os jesuítas chegaram ao Brasil, eles fundaram escolas e começaram a ensinar aos
nativos a ler, escrever, contar e cantar. Visto que era suficiente este método aplicado aos
indígenas, com o intuito de transmitir a religião, como doutrina cristã, e como forma de
perpetuação da linguagem européia.
O colégio, contudo, era o grande objetivo, pois eles preparariam novos missionários.
Inicialmente este colégio teria sido pensado para os índios, já que imaginara abrigar os
filhos destes. Mas, em contrapartida, em 1551, este mesmo colégio seria pensado como
local para lecionar aos filhos dos indígenas e cristãos que os ensinariam.
A Companhia dos Jesuítas foi um movimento criado pela Igreja Católica, para se opor à
reforma protestante. Seu intuito era aniquilar a presença protestante presente na época,
desta forma, utilizou-se através da educação dos indígenas, procurando converter os nativos
ao Cristianismo.
O papel dos jesuítas fora primordial em determinada época, pois lhes cabia aculturar e
converter os nativos. Desta forma, os jesuítas tinham como objetivo formar um modelo de
cidadão aos moldes escolásticos, para assim ter como modelo que correspondesse a sua
necessidade, e, com isso, formar uma sociedade em plena formação no período colonial.
A alfabetização dos índios fora pensada de forma estratégica, pois nem mesmo os
portugueses no geral, eram alfabetizados. As letras, para os nativos, deveriam representar
uma adesão à cultura portuguesa. Letras, que fora pertencente à corte, caracterizada como
eixo social.
Tratava –se de uma atitude cultural para aprofundamento de suas raízes, pois desta forma,
através das letras, eles poderiam organizar uma sociedade. Mas, esta organização vai
determinar o grau de acesso às letras, uns mais, a outros menos.
Chegará um certo momento, que os jesuítas julgarão a catequese desnecessária para o índio,
e os colégios, se voltarão seus para os filhos da elite. Sendo assim, se formará uma cultura
Hegemônica.
O sistema educacional criado pelos jesuítas fora o Ratio studiorum, era este o currículo que
organizava os estudos da Companhia.Era constituído pela Gramática média, a Gramática
superior, as Humanidades; a Retórica. Para os que se preparavam para o sacerdócio havia a
Teologia e a Filosofia. A presença greco-romana era incontestável.
Logo, os jesuítas deveriam estar convencidos que isto era importante para os nativos.
Assim como, os que pertenciam à classe superior, também se preocupavam, senão não
mandariam seus filhos. Isso era determinado. Pois estes filhos deveriam ser sacerdotes ou
advogados, logo, ocupariam cargos públicos, sendo assim, possibilitariam a sociedade de
reproduzir-se.
Os colonizadores só tinham uma única visão de sociedade, visão esta que era tida como
modelo. Essa visão era imposta perante as outras. Pois, a sociedade portuguesa tinha uma
estrutura rígida, hierarquizada e fundamentalmente religiosa. Hierarquia e religião que eram
inadiáveis em qualquer situação.
Os parâmetros para se viver nesta sociedade eram servir a Deus e servir ao Rei.
Sendo assim, os colégios sempre tinham seu baluarte erguido, como forma de preservar a
cultura portuguesa.
Apesar do cenário, não condizer com esta visão que os portugueses tinham sobre esta terra,
eles estavam muito longe da sua. Era tudo contrário a sua realidade, Eles viviam em estado
de guerra. Mas, eles precisariam da mão-de-obra indígena e de suas terras, desta forma,
deveria aliar-se a eles.
Os nativos sujeitados ou não, estavam ali para trabalhar como escravos.
Mesmo a população nativa sendo em número maior. Eles encontrariam alguma forma de
superar isto.
O cotidiano deles se fazia de atacar e defender. Tinham de sair para duelar com os índios,
mesmo prevendo que isso poderia acabar pondo sua vida em risco.
Haveria de encontrar uma maneira de sobreviver, pois a ameaça era permanente, do seu
ponto de vista cultural, ou do ponto de vista da sua própria segurança.
O cenário de guerra, em atacar e defender, caracterizavam um estado de violência em que
se vivia. A vida era algo banal, da forma como era imposta. Para os portugueses, ir à guerra
significava por a sua vida em risco, e, desvalorizar a sua própria vida. Matar não mais
importava, independente de quantos fossem.
O que realmente importava era ter sossego para construir suas fazendas. Para os índios, a
guerra já fazia parte da sua cultura e do seu cotidiano.
Foi assim que os portugueses aprenderam o pouco caso pela sua vida e dos outros. Fosse
ele inimigo ou subalterno, pois quem se opusesse a seu projeto de colonização, os tomaria
qualquer atitude contrária.
No litoral eles ainda guerreavam contra holandeses, franceses e ingleses.
Contudo, a guerra não fazia parte do cotidiano dos portugueses em Portugal, mas passou a
ser ingrediente fundamental para se viver no Brasil.
Os jesuítas acompanhavam os portugueses nas expedições para tentar, de forma amistosa,
trazer com boas palavras, os índios para servir os colonizadores. Pelos portugueses e pelos
próprios jesuítas, a guerra penetraria o colégio jesuítico.
Mesmo assim não abalaria o currículo nem a disciplina.
O cotidiano do colégio não parecia viver em um ambiente de guerra. Pois sua vida
continuava impávida, diante do ambiente escolar.
Todos falavam latim, recitavam poesias e textos clássicos, devotando-se com empenho à
virtude e a prática dos atos piedosos. A realidade ali não condizia com o que eles realmente
viviam, o mundo lá dentro era perfeito, não havia falhas na distribuição de funções. Era o
modelo de sociedade perfeita.
A educação e o ensino se pautavam por princípios. Eles viviam a naturalidade dos
comportamentos e das justificações.Intra ou extra muros, a linguagem e a interpretação
eram as mesmas, não havia incoerência entre o discurso e a prática. Era muito natural que
os interesses de vida determinassem a prática e a explicação lhe fosse apropriada.
Implantava-se desta forma, o formalismo pedagógico.
Formalismo este, que não fora implementado pelos jesuítas, mas que fora validado pela
própria sociedade.Era correspondente á interpretação que a sociedade fazia a respeito de
seu comportamento. Pois a sociedade portuguesa aqui assentada, assim pensava, assim
agia.
Além do formalismo em seu sentido pedagógico, ele era cultural Exemplo disto, que
quando os colonizados passavam por alguma pressão social, eles buscavam apoio aos
letrados e canonistas. A presença dos jesuítas e dos bispos era constante no conselho, e em
sua ausência, prevalecia à opinião dos capitães.
A cultura portuguesa baseava-se em um mundo teocêntrico, e por isso se colocava à
correção individual mesmo que a maioria se desviasse. Não havia lugar pra uma
transformação cultural da sociedade. Desta maneira, os princípios e as práticas divergentes
poderiam conviver juntas, sem o menor problema. A cultura que reinava, o Cristianismo,
fazia que os membros dessa sociedade se dividissem em ações que atendessem aos seus
interesses, e a explicação do funcionamento do mundo em que viviam, em busca de um
ideal. Explicação esta, que se bastava para garantir uma validade social, e, portanto a
manutenção desta sociedade.Por isso, a importância dos letrados e canonistas, eram eles
que jogavam tais argumentos e validavam os princípios pregados. Daí, a importância do
colégio. Este colégio formava um estudante para no futuro, para ser um vigilante cultural..
O colégio era adequado à cultura portuguesa, era lendo a Gramática do colégio que
entenderíamos a sua cultura.A destinação do homem e de todos os seus atos para Deus
funda a visão pedagógica. É a través desta religiosidade que dariam formas a esses atos.O
princípio estrutural é a autoridade hierarquizada; Deus como princípio e fim.Era preciso
doutrinar as pessoas e agir de acordo com o plano divino. A pedagogia jesuítica propusera a
prática das virtudes, e o caminho para se chegar a ela, era através da penitência e da fuga.
Fuga do pecado, este transgride a ordem e a vigilância da disciplina.O pecado se torna um
princípio negativo da pedagogia, avaliador dos costumes, em contraposição a qualquer
princípio normativo. O formalismo tornar-se-ia também negativo, pois se educaria para
“fazer isto ou aquilo”. Mais do que apenas corrigir, o formalismo pedagógico implicava
ambigüidade, já que há necessidade de preservar a forma, mas do que a aparência.
O colégio ditava um modelo de como se comportar internamente e externamente. Deste
colégio sairiam os letrados, que se incubiriam de ser vigilantes da cultura. Tratava-se de
uma função nobre. Os jesuítas representavam os valores e a cultura, e muitas vezes eram
perseguidos pelos fazendeiros, quando seus interesses eram perturbados. A utilização do
trabalho indígena era ponto de discórdia entre jesuítas e fazendeiros, mas ao mesmo tempo,
lugar onde estes pretendiam novas formas culturais.
As relações sociais estavam novamente sendo modeladas, e uma nova prática de valores e
comportamentos, vai se formando no processo de colonização exploradora. O modelo
colonial vai invadindo e aumentando, e as letras e a vida vivida, vão se distanciando. O
eixo social vai deixando de ser a Corte, e passa a ser dos senhores de
engenhos.responsáveis pela exportação. As letras tornam-se mercantis, mesmo com a
roupagem antiga, não se tratando de apenas um interesse mercantil, e sim a substituição de
uma ideologia cristã, para uma ideologia mercantil. Esse período vai perdurar por dois
séculos, até formar-se um tipo brasileiro.
Permaneciam como ingrediente cultural à centralização do poder, o uso da força e do
castigo, a escravidão, a distinção entre os homens e a inferioridade em relação a eles.
No Brasil dos engenhos, a cultura se transformava, mas a estrutura permanecia rígida e
hierárquica. E neste caminho, os colégios continuavam formando letrados.
2- O SEMINÁRIO DE OLINDA

Em meados do século XVIII, vem à tona a Reforma Pombalina, que atingira Portugal e
suas colônias, influenciando em seu aspecto econômico e administrativo, e principalmente
educacional. Marquês de Pombal expulsa os jesuítas, por caracterizar o ensino jesuíta um
empecilho aos interesses do Estado. Denominava-o atrasado. De fato, a Reforma Pombalina
expressava uma reação da Coroa Portuguesa à lenta agonia por que passava a sociedade
lusitana, em processo de decadência, empobrecimento e perda da própria soberania.
Nenhuma reforma cultural ou educacional, fora proposta. Derrubaram uma obra constituída
pelos jesuítas que perdurou por dois séculos. Com isso, as medidas pombalinas acirraram
monopólios, multiplicaram impostos e esvaziaram o aparelho administrativo local dos
nativos da Colônia. Considerando heróicos compatriotas a serviço do Império Português.
Como medida paliativa, fora instituída as Aulas Régias, dadas esporadicamente, essas aulas
deveriam suprir as disciplinas antes oferecidas pelos colégios.
No final do século XVIII, uma nova proposta é criada fundamentando o Seminário de
Olinda, elaborado pelo bispo Azeredo Coutinho.Tornara-se o colégio-seminário mais
avançado do Brasil-colônia. Com uma nova proposta educacional, contrária a das escolas
jesuítas, o Seminário propunha formar pessoas voltadas às demandas do país – não mais
com o olhar voltado para Portugal. Essa obsessão se revela como uma visão prática, que
focalizava qualquer coisa, que pudesse ser utilizada para seu domínio. Isso não só interessa
os negócios burgueses como a própria ciência moderna, que nascera para servi-los e
desenvolvê-los. Ao herdar terra de engenho de seu pai, o Bispo de Olinda raciocinava como
tal. Assumia posições desassombradas e ostensivas, daí a existência de inúmeras polêmicas
e disputas. Era obcecado pela restauração da antiga grandeza material de Portugal, defendia
a escravidão, o tráfico de negros e o absolutismo.Para o Bispo de Olinda, a necessidade de
sobrevivência é a lei básica que pesa sobre o homem e sobre a sociedade. Torna-se, assim,
um ideólogo burguês que expõe as misérias da própria classe que representava. A
justificativa eminente para a criação do Seminário de Olinda fora de cunho econômico. Sua
proposta pedagógica emerge no momento em que já não bastava à riqueza material do
reino, através das navegações e do comércio marítimo, como ocorria nos séculos XV e
XVII. Os novos recursos divisados pelo Bispo Coutinho são o desenvolvimento da
agricultura, a expansão das manufaturas e o pleno conhecimento das riquezas naturais do
reino, visando desta forma, explorar economicamente tais recursos.
Contudo, uma dificuldade prática poderia lhe abater. Dos recursos naturais presentes no
domínio de Portugal, deveria se conhecer os recursos naturais do Brasil, sua colônia mais
extensa e rica. Desta forma, deveria formar filósofos naturais, que se propusessem a estudar
os recursos brasileiros em sua fauna e flora, e demais recursos minerais.Foi a partir deste
raciocínio, que o Bispo de Olinda, resolvera criar um outro tipo de homem para realizar tal
tarefa: o cura. Este deveria ter vastos conhecimentos a respeito de plantas medicinais e
alimentícias e sobre os mais variados animais. Pois fora com essa visão estritamente
burguesa, marcada pela preocupação com o domínio material, que se fundamentara o
Seminário de Olinda.A escolha dos que lecionariam era meticulosa e acompanhada pelo
próprio Bispo. Entre esses professores, quem se destacara fora Padre Miguelinho.
Politicamente, esse republicano era mais avançado do que Padre Coutinho, e estava
convicto de que a difusão do conhecimento representaria, a médio e longo prazo, a
regeneração de todos os males sociais.
Para levar à prática as aspirações renovadoras de Azeredo Coutinho, o plano de estudos
desse colégio-seminário pernambucano compreendia cinco matérias, entre elas: Gramática
Latina, Retórica, Filosofia, Geometria e Teologia.
No ensino da Gramática Latina, deveria ser criado um Manual de Gramática Moderna,
diferentemente da escrita pelos jesuítas, totalmente escrita em latim. Finalmente, o maior
domínio da língua nacional se viabilizaria, também, sobre o aprofundamento da língua
latina, sua matriz original.Pois só a partir da língua nacional o ensino de gramática torna-se-
ia prático e útil. Superando a aspiração jesuítica de formação de orador sacro, a Retórica
deveria formar um homem cuja atuação política funcionasse ao mesmo tempo, como
reforço e incremento dos negócios burgueses. No ensino da Filosofia, o plano de estudos do
estabelecimento de ensino procurava realizar as aspirações pedagógicas de Azeredo
Coutinho, que era formar padres, que visando o levantamento das riquezas naturais do
Brasil, à sua exploração econômica pelo reino português. Antes mesmo de assumir o cargo,
o Bispo Coutinho encaminhara ao Reino um pedido, que fosse criado um imposto para
contribuir com o sustento dos estudantes e seminaristas pobres, e de pessoas da Regência e
Serviço do mesmo Seminário.Ele mostrou-se criterioso na cobrança do Subsídio Literário,
pois o mesmo já havia sendo muito mal arrecadado. Logo, a partir dos doze anos, todos os
habitantes da capitania contavam-se entre os contribuintes. Contudo, não podiam usufruir
os serviços do colégio-seminário jovens nascidos de ligações matrimoniais ilícitas, judeus,
negros e mulatos. Jovens pobres e órfãos pouco usufruíam seus benefícios. Dessa forma,
para não discriminar os jovens ricos, Azeredo Coutinho fixou nos estatutos a possibilidade
de atendê-los, desde que pagassem pelos seus estudos. Essa abertura, de fato, estabeleceu a
predominância do atendimento dos jovens ricos.
Concluímos, que o caráter duplo do Seminário de Olinda, por formar tantos quadros da
Igreja Católica como jovens de famílias abastadas que se preparavam para concluir seus
estudos na metrópole, desta maneira preservava a mesma conduta dos colégios jesuíticos. O
colégio-seminário foi o estabelecimento escolar dominante ao longo de todo o período
colonial. Mas o plano de estudo da escola pernambucana se distancia e muito, dos
conteúdos ensinados pela escolástica na Companhia dos Jesuítas. A maneira de como se
direcionaram em relação aos estudos humanísticos clássico e a supremacia sensível das
ciências modernas no seu interior dos estudos filosóficos, o colocaria sob uma visão de
mundo totalmente burguesa. Tal distanciamento, entre o sistema educacional implantado
pelos jesuítas.Logo, o destaque deve ser dado ao fato de que o colégio-seminário,
exemplificado pelo Seminário de Olinda, foi o estabelecimento escolar típico da fase
histórica instaurada pelas reformas pombalinas da instrução pública no Brasil.Esse colégio-
seminário pombalino, que, apenas na superfície, guardava alguma semelhança com o
colégio-seminário jesuítico, vingou na segunda metade do século XVIII e entrou em
decadência no início do século XIX, em especial após a Independência. O que representou
o golpe de misericórdia e desarticulação definitiva desses colégios-seminários católicos foi
o surgimento dos liceus e dos colégios públicos, depois da Independência. A retração dos
colégios-seminários católicos também esteve estritamente associada à progressiva
resistência do clero ao regalismo imperial, herdado do reino português. Os colégios-
seminários brasileiros passaram a representar para os defensores da ortodoxia católica uma
submissão incômoda da Igreja aos interesses do trono. Daí a emergência dos seminários
pios, de um lado, integralmente submetidos à orientação da Igreja Católica, autônomos em
relação ao poder temporal e restrito à formação teológica. Essa especialização dos
estabelecimentos de ensino não deixaria mais espaço para os colégios-seminários. Mesmo
os novos colégios secundários, criados por ordens religiosas católicas durante o Império
não poderiam ser confundidos com aqueles. Desta forma, deveria realmente haver uma
distinção, pois os novos colégios cumpriam com uma função apenas preparatória em face
dos cursos superiores, como fora o modelo adotado pelo Colégio Pedro II.
3- CONCLUSÃO

O ensino jesuítico estava totalmente baseados em regimentos, documento que expressava a


dominação portuguesa sob a colonização, seguindo um modelo católico, através da
instrução e da catequese. Com isso, sendo responsáveis pela formação dos colonizadores e
colonos do Império Português. Uma educação que era estritamente diferenciada para os
nativos. Que para eles, apenas era necessário saber ler, escrever, contar e cantar os cânticos
da Igreja Católica. Fora uma educação totalmente vinculada à elite. Em dado momento este
colégio deveria ser para todos, porém limitava-se à elite colonial.
A educação passa a ser uma de suas principais formas de combater o Protestantismo e
transmite esses valores na tarefa de disseminar a cultura portuguesa.
Através da rígida educação e do controle sob o pensar das pessoas, os jesuítas estavam
encarregados de disciplinar e civilizar uma população vista por eles como desordeira. Sem
cultura ou sob qualquer noção de nacionalidade. Desta forma, promovendo uma cultura
européia erudita sob a cultura do povo presente.
Este projeto educacional perdura por dois séculos, até o momento das Reformas
Pombalinas, iniciadas por Marquês de Pombal. Pois considerava o ensino jesuítico um
empecilho aos interesses do Estado, além de deter um poder econômico representativo.
Tinham também como base, o movimento Iluminista, que tinham como finalidade buscar
um ideal de homem burguês, e não mais o conceito de homem cristão, seguido pela
Companhia dos Jesuítas.Contudo, é preciso destacar que entre a expulsão dos jesuítas e as
reformas pombalinas, são feitas reformas educacionais que terão uma marcante destruição e
substituição da antiga proposta feita pela Companhia dos Jesuítas e por novas propostas
Pombalinas. Já no final do século XVIII, é feita uma nova proposta educacional, criada por
Bispo Azeredo Coutinho, intitulada como Seminário de Olinda.. Sua proposta se
diferenciaria da proposta jesuíta, por se propor à formação de pessoas voltadas às demandas
do país – não mais com o olhar voltado para Portugal. Isso se revelaria como uma visão
prática, que focalizava qualquer coisa, que pudesse ser utilizada para seu domínio. Isso não
só interessa os negócios burgueses como a própria ciência moderna, que nascera para servi-
los e desenvolvê-los. Mas o plano de estudo da escola pernambucana se distancia e muito,
dos conteúdos ensinados pela escolástica na Companhia dos Jesuítas. A maneira de como
se relacionavam aos estudos humanísticos clássico e a supremacia sensível das ciências
modernas no seu interior dos estudos filosóficos, o colocaria sob uma visão burguesa de
mundo. Tal distanciamento, entre o sistema educacional implantado pelos jesuítas.
4- REFERÊNCIAS

• LOPES, Eliana Marta: 500 anos de educação no Brasil. 3 . ed. Belo Horizonte:
Autêntica,2003.
• ARANHA, Maria Lúcia: História da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1996.
• XAVIER, Maria Elizabete: História da educação – a escola no Brasil. 1.ed. São
Paulo: FTD, 1994.

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