MIGUEL ÂNGELO
Educação,
Publicação mensal editada pela
Unidade de Comunicação Social (Unicom)
do Sistema Indústria
Presidente do Conselho Nacional do SENAI
Armando Monteiro Neto
Diretor-geral do SENAI Nacional
José Manuel de Aguiar Martins
Diretora de Operações do SENAI Nacional
Regina Torres
Unicom
Gerente-executivo: Douglas De Felice
Gerente de Jornalismo: James Allen
Editor: Roberto de Almeida Silva
Editoração: textodesign
Capa: No sentido horário – Isnaldo dos Santos,
ouro em Mecânica de Manutenção; Lucas Terra
e Marcus Santos, ouro e prata em Ferramentaria;
Wagner Amorim, ouro em Panificação;
Vencedores de Revestimento Cerâmico;
e Paolo Haji, ouro em Tecnologia da
Informação e 1º geral da Olimpíada 2010
Impressão: Gráfica Positiva
Tiragem: 22 mil exemplares
SENAI – Unicom
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Redação: jornal@dn.senai.br
2 - Março 2010
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valor estratégico
or meio dos centros do
SENAI e do SESI, a Indús-
tria proporciona ensino
de qualidade comparável ao que
há nos países mais desenvolvidos.
Mas para garantirmos nosso lugar na
Sociedade do Conhecimento, a Edu-
cação precisa se tornar um valor es-
tratégico de todos os brasileiros.
O SENAI teve no ano passado
2.398.841 matrículas em seus cursos
de Educação Profissional e Tecnológi-
ca, o maior número desde que foi cria-
do pelos empresários industriais em
1942. O resultado é 10,4% superior
ao registrado em 2007, ano em que
o programa Educação para a Nova
Indústria foi lançado pelo Sistema In-
dústria, do qual fazem parte a Confe-
deração Nacional da Indústria (CNI),
o SENAI, o Serviço Social da Indústria
(SESI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e
as Federações de Indústrias. Com a
meta de expandir em 30% a oferta no
número de vagas até 2015, o progra-
ma contará com recursos de R$ 10,45
bilhões no período, a serem aplicados
pelas redes do SENAI e do SESI, esta
com foco na Educação Básica.
Ampliar o número de vagas é
uma de nossas preocupações, mas
certamente não a única. O programa
Educação para a Nova Indústria está
alicerçado em inovações nos conteú-
dos e nas tecnologias da informação
e da comunicação, de modo sintoni-
zado com os novos paradigmas edu-
cacionais. Integra um conjunto de
ações guiadas por uma ideia funda-
mental: a Educação é um valor estra-
tégico da Indústria. Tem efeito direto
sobre a melhoria da produtividade do
trabalho, promovendo o aumento da
geração de novas tecnologias.
A Olimpíada do Conhecimento
2010, realizada há poucas sema-
nas no Rio de Janeiro, é exemplo
dos resultados que se podem obter
com Educação focada em inovação
e empreendedorismo. A competi-
ção em si demonstra que o SENAI
proporciona formação de qualida-
de equivalente à oferecida nos paí-
ses desenvolvidos.
Mais que isso, porém, o evento
reuniu alguns dos empresários mais
dinâmicos do país, muitos dos quais
são ex-alunos do SENAI. Alguns
participaram da Olimpíada como pa-
trocinadores, outros estiveram nos
seminários paralelos sobre os de-
safios da Indústria. Há também os
que foram simplesmente observar
os competidores com o objetivo de
contratar para suas empresas os me-
lhores profissionais.
A qualidade da Educação propor-
cionada pelo Sistema Indústria é infe-
lizmente dissonante do que se vê no
país. Segundo o Ministério da Educa-
ção, 41% dos brasileiros não conse-
guem terminar o Ensino Fundamental.
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Dos que completam, 40% chegam
ao final do Ensino Médio e apenas
7% concluem a universidade. Nos
países avançados, todos os alunos
concluem o Ensino Fundamental e
o Médio e 50% terminam a uni-
versidade. Essa diferença colossal
determina o posicionamento das
diferentes nações na Sociedade
do Conhecimento.
Além do trabalho para apri-
morar seu sistema de ensino,
que é de alta qualidade, a In-
dústria preocupa-se com a ele-
vação do patamar educacional
de todos os brasileiros, objetivo
inscrito no Mapa Estratégico da
Indústria 2007-2015. Uma das
ações para chegar a isso foi a
criação em 2008 do Conselho
Temático de Educação da CNI,
composto por alguns dos maio-
res especialistas na área. Temos
a certeza de que o único modo
de levar o país a um novo pa-
tamar educacional é promover
um amplo esforço coordenado
que inclua empresas, Estado e
sociedade. Nossa educação só
será melhor quando se tornar
um valor estratégico de todos
os brasileiros.
Armando Monteiro Neto
Presidente da CNI
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Modelo de gestão
m visita à 6ª Olimpíada do Co-
nhecimento e ao WorldSkills
Americas, o vice-presidente da
República, José Alencar (foto), desta-
cou o modelo de gestão do SENAI. “A
Olimpíada é admirável. O que o SENAI
e seus parceiros ligados à educação,
como o SENAC (Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial), estão fa-
zendo aqui é impressionante. Quem
dera se todas as instituições tivessem
uma administração tão segura como
tem sido a do Sistema S.”
Alencar lembrou que o SENAI é
conduzido pela indústria, que realiza
um trabalho eficiente na gestão de
recursos e ativos em educação, tec-
nologia e inovação. “O SENAI é a úni-
ca instituição de ensino que preparou
tão bem um brasileiro de origem sim-
ples, que hoje ele está no cargo públi-
co mais alto do país”, disse, fazendo
referência ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, formado em tornearia
mecânica em 1963. E brincou: “Se eu
tivesse estudado no SENAI também
seria presidente”.
A visita foi guiada pelo diretor-ge-
ral do SENAI, José Manuel de Aguiar
Martins, e pelos presidentes da Fede-
ração das Indústrias do Estado do Rio
de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa
Vieira, anfitrião da Olimpíada, e da
Confederação Nacional da Indústria,
Armando Monteiro Neto.
“O Sistema S deve muito a José
Alencar. Ele mediou com eficácia o
acordo com o Ministério da Educação
que permitiu a elevação da gratuidade
de ensino com autonomia de governan-
ça pelas entidades”, afirmou Monteiro
Neto, que também preside o Conselho
Nacional do SENAI. Gouvêa Vieira disse
que José Alencar é um exemplo de bra-
sileiro, “pelas conquistas profissionais e
éticas na vida pública”.
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