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CAPÍTULO II
AS ESFERAS PÚBLICAS E PRIVADA
5. A Polis e a Família
O equívoco de interpretação do político e do social das expressões gregas e
latinas agravou-se a partir do uso moderno e na moderna concepção da sociedade.
Na modernidade, distinta da privada e da pública nos sentidos restritos do termo,
surge a esfera social que encontra uma forma política no Estado nacional.
Na tradição grega, a esfera familiar era caracterizada pela convivência de
homens compelidos pelas necessidades e carências; a esfera da polis, por outro
lado, pela liberdade. A superação das necessidades e carências da vida relacionava
as duas esferas, já que essa superação tornava-se a condição para a liberdade na
polis. A filosofia grega entendia que a liberdade situava-se exclusivamente na esfera
política; a necessidade, numa esfera pré-política.
Destaca a autora que a polis se distingui da família, pois é um espaço de
igualdade; enquanto a família, de desigualdade. No mundo moderno, as esferas
sociais e política não se diferenciam; essas duas esferas recaem uma sobre a outra,
não se verificando uma separação entre o público e o privado.
6. A Promoção do Social
O deslocamento da sociedade pela passagem da administração familiar dos
problemas e recursos para a resolução pública. O deslocamento do privado para o
público não só reduziu o espaço que separava essas esferas, mas também
concedeu um novo significado a elas e uma nova importância para a vida do
indivíduo e do cidadão.
Na modernidade, a esfera privada diferencia-se da esfera social; enquanto,
na antiguidade, a esfera social pertencia à vida privada. O texto descreve a
exploração da intimidade desde Rousseau para afirmar que intimidade foi construída
contra as exigências niveladora do social o que, atualmente, denomina-se a
exigência conformismo de toda a sociedade. O conformismo, por sua vez, identifica-
se como característica do último estágio de evolução da sociedade moderna. A
sociedade exclui a ação, impondo comportamento aos membros com o objetivo de
normalizar, e abolir a ação espontânea ou reação inusitada. A sociedade de massa
alcançou o controle de todos os membros de determinada comunidade.
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9. O Social e o Privado
A sociedade ao alcançar a esfera pública assumiu o papel de proteção da
organização de proprietários, para garantir a estes maior possibilidade de acúmulo
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de riqueza. Esta, por sua vez, transforma-se em capital cuja função é gerar mais
capital.
O texto apresenta que, no início da era moderna, a contradição entre o
público e o privada mostrou-se um fenômeno temporário na medida em que a esfera
pública e privada foram absorvidas pela esfera social.
Segundo o texto, encontramos em posição correta para visualizar as
conseqüências para a existência humana do desaparecimento das esferas da vida
em que a esfera pública tornou-se função da esfera privada e esta porque se
transformou na única preocupação comum.
Na modernidade, a intimidade apresenta-se como o substituto da esfera
privada, contudo para o texto essa substituição não se mostra segura. Para
demonstrar essa afirmação, pontua aspectos de não-privação da privacidade.
Primeiro, sustenta que as posses particulares são necessárias, sem elas não há
sentido no coletivo. As necessidades são importantes para a existência humana já
que a eliminação desta ameaça a própria vida. Segundo, afirma que a privatividade
oferece um refúgio ao mundo político e a publicidade deste mundo.
A autora destaca que os aspectos de não-privação da privatividade são
expostos com mais visibilidade quando recaem sobre eles as ameaças de perda.
Contudo a autora destaca que as atividades realizadas na esfera pública não foram
objeto de proteção em que a preocupação voltou-se para a posse privada e a
necessidade de proteção do acúmulo de riqueza. O texto encerra o tópico
abordando que a distinção entre a esfera pública e privada é encarada do ponto de
vista da privatividade, conectando o que deve ser revelado e o que precisa ser
ocultado. Na verdade, para o texto a privatividade sempre ocultou as atividades
relacionadas com o próprio processo vital, razão pela qual o trabalho (escravo e a
servidão) e a mulher eram considerados categorias semelhantes e colocados no
oculto do lar. Para o texto, a emancipação da modernidade da classe operária e da
mulher deve estar relacionada a perda da importância das funções corporais.