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UNESP/FCL/DEPTO DE ECONOMIA

ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE


Profa. Luciana Togeiro de Almeida

VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL


(Seroa da Motta, 2006 e Mota et al., 2010)
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Valor econômico ou custo de oportunidade dos recursos ambientais. Em


que consiste?
Estimar valor monetário para os recursos ambientais.

A que serve?
Necessidade de análise custo-benefício. Questão central: como medir esses
custos e benefícios quando se trata de recursos ambientais? Daí a
importância de se estimar valor monetário para os recursos ambientais de
modo que se possa comparar com outros valores de mercado e, assim,
orientar a gestão dos recursos ambientais, especialmente a formulação e a
avaliação das políticas públicas para promover o desenvolvimento
sustentável.
Diante de restrição orçamentária, como alocar recursos de forma ótima?
Como ordenar as opções de gasto com orçamento limitado?
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

VALORAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS AMBIENTAIS (VERA)

VERA = VUD + VUI + VO + VE


VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

VUD = VALOR DE USO DIRETO

Derivado da utilização ou consumo direto do recurso.


Refere-se a bens e serviços ambientais apropriados diretamente pela
exploração do recurso e consumidos no presente.
Uso do recurso, p. ex., na forma de extração, visitação ou outra atividade de
produção ou consumo direto.
Exemplo: recursos florestais. VUD: extração de madeira, colheita de frutos,
visitação a um parque florestal.
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

VUI = VALOR DE USO INDIRETO

Derivado das funções ecossistêmicas do recurso ambiental.

Refere-se a bens e serviços ambientais que são gerados de funções


ecossistêmicas e apropriados indiretamente no presente.

Exemplo: recursos florestais. VUI: a proteção do solo e a estabilidade


climática decorrente da preservação de florestas.
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

VO = VALOR DE OPÇÃO

Derivado da necessidade de preservar para desfrutar no futuro.


Refere-se a bens e serviços ambientais para usos diretos e indiretos a serem
apropriados no futuro.
O indivíduo atribui valor ao recurso ambiental não porque a ele atribui VUD ou
VUI no presente, mas sim possivelmente no futuro próximo e por isso deseja
preservá-lo.
Exemplo: recursos florestais. O benefício advindo de fármacos desenvolvidos
com base em propriedades medicinais, ainda não descobertas, de plantas em
florestas tropicais.
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

VE = VALOR DE EXISTÊNCIA OU VALOR DE NÃO-USO

Independentemente do fluxo atual e futuro de bens e serviços propiciados


pelo recurso ambiental, este tem valor derivado da sua própria existência.
Associa-se a uma posição moral, cultural, ética ou altruística em relação aos
direitos de existência de espécies não-humanas ou preservação de riquezas
naturais, mesmo que estas não representem uso (direto ou indireto) atual ou
futuro para o indivíduo.

Controvérsia: se a idéia for preservar para os herdeiros, o VE converte-se


possivelmente em VO.
VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Conflitos de escolhas entre usos e não-usos diversos de um


mesmo recurso ambiental; i.e., "quando um tipo de uso ou de
não-uso de um recurso exclui, necessariamente, outro tipo de
uso ou não-uso. Ex.: uso da Baía de Guanabara para diluição de
esgoto exclui (ou pelo menos limita) seu uso para recreação."

Grau de dificuldade para a valoração econômica aumenta à


medida que passamos de valores de uso para valores de não-
uso; nos valores de uso, usos indiretos e de opção apresentam
dificuldades maiores.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

(1) Métodos da função de produção: medida da


produção sacrificada relacionada com uma variação da
disponibilidade do recurso ambiental.
(2) Métodos da função de demanda: métodos de
mercado de bens complementares (preços hedônicos e
do custo viagem) e valoração contingente. Medem a
disposição a pagar ou aceitar dos agentes econômicos
em relação ao recurso ambiental.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

(1) Métodos da função de produção

(1a) Método da produtividade marginal: estima a


função de dano ambiental. Ex.: erosão do solo na
agricultura e respectiva perda de safra.
(1b) Métodos de mercados de bens substitutos:
custo de reposição, custos evitados, custos de
controle.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

Custos de Reposição

Estimar o custo de repor ou restaurar o recurso ambiental danificado, de maneira


a restabelecer a qualidade ambiental inicial.
Exemplos:
custos de reflorestamento em áreas desmatadas para garantir as funções
ecossistêmicas (VUI) ou o nível de produção madeireira (VUD);
custos de reposição de fertilizantes em solos degradados para garantir o nível de
produtividade agrícola;
custos de construção de piscinas públicas para garantir as atividades de
recreação balneária quando as praias estão poluídas.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

Gastos Defensivos ou Custos de Controle e Custos Evitados

Estimar os gastos que seriam incorridos em bens substitutos para não alterar a
quantidade consumida ou a qualidade do recurso ambiental analisado; ou
para mitigar os efeitos da degradação ambiental.
Exemplos:
Gastos com tratamento de água (ou compra de água tratada) que são
necessários no caso de poluição de mananciais;
Gastos com medicamentos para remediar efeitos na saúde causados pela
poluição.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

Custo Viagem

Estima a demanda por atividades recreacionais com base nos custos de


viagem ou custos de visitação a um parque ou reserva ecológica, p. ex.
Como se aplica o método?
Pesquisa com questionários no local de visitação para levantar informações
junto a uma amostra de visitantes, tais como: número de visitas ao local,
custo da viagem, zona residencial onde mora, informações sócio-econômicas.
Infere-se, então, a disposição a pagar do indivíduo pela visitação. Cobre
apenas o VUD e o VUI, uma vez que somente os que visitam respondem os
questionários.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

Preços Hedônicos

Estimar um preço implícito por atributos ambientais característicos de bens


comercializados no mercado. Principal mercado de referência: imobiliário.

Exemplo: inferir o valor ambiental a partir dos preços de imóveis situados em


bairros com distintas qualidades ambientais (proximidade de parques,
qualidade do ar etc.).
Obs.: hedônico vem de hedonismo: a busca do prazer, felicidade como essência
da vida humana; o consumo gera prazer a depender dos atributos particulares
que um produto oferece.
MÉTODOS PARA VALORAÇÃO AMBIENTAL

Custo de Oportunidade ou Produção Sacrificada

Não valora diretamente o recurso ambiental e sim o custo de oportunidade de


mantê-lo.
Exemplos:
Não inundar uma área de floresta para geração de energia elétrica significa
sacrificar a produção dessa energia;
Criar uma reserva biológica significa sacrificar a renda gerada pelo uso agrícola
dessa área.
MÉTODO DIRETO: Valoração Contingente

Todos os métodos indiretos se baseiam em preços de mercado de bens privados


cuja produção é afetada pela disponibilidade de bens e serviços ambientais
ou que são substitutos ou complementares a estes bens ou serviços. São
mercados de recorrência que transacionam bens e serviços privados para
revelar preferências associadas ao uso de recursos ambientais.
Esses métodos não captam o VE: este só com valoração contingente que simula
mercados hipotéticos com base nas preferências individuais, isto é, a
disposição a pagar para evitar a alteração na qualidade ou quantidade do
recurso ambiental.
ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO (ACB)

Técnica mais utilizada para a determinação de prioridade na


avaliação de políticas, porém:
Limitada capacidade desses métodos de valoração para captar
os valores das funções ecossistêmicas.
O conhecimento e a percepção das pessoas sobre as funções
ecossistêmicas são bastantes limitados e, assim, as
preferências individuais podem subvalorizar os serviços
biológicos.
ANÁLISE CUSTO-UTILIDADE (ACU)

Esforços de pesquisa para calcular um indicador de benefícios


capaz de integrar critérios econômicos e ecológico.
Valor monetário de um determinado benefício: indicadores
calculados para valores econômicos + indicadores para o critério
ecológico (insubstitutibilidade, vulnerabilidade, grau de ameaça,
representatividade e criticabilidade).
Cada indicador tem um peso absoluto e os benefícios das
opções de política são avaliados com ponderações para cada
indicador.
ANÁLISE CUSTO-UTILIDADE (ACU)

Problema metodológico: determinar as escalas coerentes e


aceitáveis para definir a importância relativa de cada critério.

ACU: abordagem muito custosa; requer muita capacidade


institucional
ANÁLISE CUSTO-EFETIVIDADE (ACE)

Caso a ACB ou ACU se mostrarem muito difíceis ou acima da


capacidade institucional: as prioridades das políticas devem ser
ordenadas com base apenas em critérios ecológicos.

Dada a restrição ecológica, deve-se decidir pela medida de


política que alcance o resultado desejado aos menores custos,
isto é, a opção política de custo mínimo para o mesmo resultado
desejado.

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