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15
2009
ISSN 1676-9090
Editoria
Nu-Sol – Núcleo de Sociabilidade Libertária.
Nu-Sol
Acácio Augusto S. Jr., Aline Passos, Anamaria Salles, Andre Degenszajn,
Beatriz Scigliano Carneiro, Bruno Andreotti, Edson Passetti (coordenador),
Eliane Knorr de Carvalho, Guilherme C. Corrêa, Gustavo Ferreira Simões,
Gustavo Ramus, Klaus Peter Warkentin, Lúcia Soares da Silva, Luíza
Uehara, Mauricio Freitas, Natalia M. Montebello, Rogério H. Z. Nascimento,
Salete Oliveira, Thiago M. S. Rodrigues, Thiago Souza Santos.
Conselho Editorial
Cecilia Coimbra (UFF e grupo Tortura Nunca Mais/RJ), Christina
Lopreato (UFU), Clovis N. Kassick (UFSC), Guilherme C. Corrêa (UFSM),
Guilherme Castelo Branco (UFRJ), Margareth Rago (Unicamp), Rogério H.
Z. Nascimento (UFPB), Silvana Tótora (PUC-SP).
Conselho Consultivo
Christian Ferrer (Universidade de Buenos Aires), Dorothea V. Passetti
(PUC-SP), Francisco Estigarribia de Freitas (UFSM), Heleusa F. Câmara
(UESB), José Carlos Morel (Centro de Cultura Social – CSS/SP), José
Eduardo Azevedo (Unip), José Maria Carvalho Ferreira (Universidade
Técnica de Lisboa), Maria Lúcia Karam, Paulo-Edgar Almeida Resende
(PUC-SP), Robson Achiamé (Editor), Silvio Gallo (Unicamp, Unimep), Vera
Malaguti Batista (Instituto Carioca de Criminologia).
ISSN 1676-9090
Pira
Thiago Rodrigues 109
Os arquivistas
C.I.R.A. Brasil [1ª parte]
Pietro Ferrua 129
A ameaça do canibalismo
Eliane Knorr 273
nu-sol
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17
louk hulsman
(...) Pré-seleção
18
Deixar pra lá
Distâncias siderais
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20
21
22
A reinterpretação
23
Os filtros
24
O foco
25
À margem do assunto
26
Estereótipos
Ficções
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A pena legítima
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Notas
1
Trecho extraído da segunda parte do livro Penas Perdidas: o sistema penal em
questão. Tradução de Maria Lúcia Karam. Niterói, LUAM, 1993. Seleção
de Salete Oliveira. A primeira parte, composta de duas entrevista de Louk
Hulsman à Jacqueline Bernat de Celis foram publicadas, respectivamente, na
Verve 1 e na Verve 2, em 2002.
2
Christian Hennion, Chronique dês flagrants délits, Paris, Stock, 1976. (N. A.)
3
O instituto da probation muitas vezes é igualado ao sursis (quando o acusado
responde o processo em liberdade), ou ainda à suspensão do processo.
Contudo, a probation procedendente da common law, ainda que se aproxime
de uma suspensão condicional do processo, tem as seguintes características
particulares: a prova é produzida, o julgamento é suspenso e a sentença não
chega a ser decretada, aproximando-se, assim, da advertência combinada a um
espaço e tempo de vigilância comunitária que pode estar associado à reparação
ou prestação de serviço à comunidade, colocando o acusado em “período
probatório” que deve responder a um “plano de conduta em liberdade”,
supervisionado pelos officers probation. (N.E.)
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vera malaguti*
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Notas
1
Texto apresentado na sessão pública Louk Hulsman, um instaurador. Conversação
sobre abolicionismo penal e a vida de um pensador libertário. Com Edson Passetti, Nilo
Batista e Salete Oliveira realizado pelo Nu-Sol no Pátio do Museu da Cultura da
PUC-SP, em 05 de março de 2009. (N. E)
2
Nilo Batista (N. E.)
3
Raul Zaffaroni (N. E.)
4
Alessandro Baratta (N. E.)
3
Maria Lúcia Karam (N. E.)
4
Lola Del Zulia (N. E.)
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louk hulsman
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Notas
1
Penas Perdidas: o sistema penal em questão. Tradução de Maria Lúcia Karam.
Niterói, Ed. Luam, 1993.
2
Idem, p. 100.
3
Ibidem, p. 63.
4
Ibidem, p. 64.
5
Ibidem, pp. 95-96.
6
Ibidem, pp. 71-72.
46
0 batista*
nilo
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Notas
1
Texto apresentado na sessão pública Louk Hulsman, um instaurador.
Conversação sobre abolicionismo penal e a vida de um pensador libertário. Com
Edson Passetti, Vera Malaguti e Salete Oliveira, realizado pelo Nu-Sol no
Pátio do Museu da Cultura da PUC-SP, em 05 de março de 2009. (N. E)
2
Antonio Candido. Formação da Literatura Brasileira. Belo Horizonte, ed.
Itatiaia, 1997, v. 1, p. 109.
3
Sobre ela, AA.VV., “Mélanges en l’honneur de Louk Hulsman” in Cahiers
de Defense Sociale, Milão, ed. SIDS, 2003; para a bibliografia do homenageado,
pp. 273 ss. A interlocução “marginalizante” que com ele manteve Raúl
Zaffaroni (En Busca de las Penas Perdidas. Buenos Aires, ed. Ediar, 1989; Em
Busca das Penas Perdidas, Tradução de V.R. Pedrosa e A. L. Conceição.
Rio de Janeiro, ed. Revan, 1991) é imperdível.
4
No prólogo a Louk Hulsman, e Jacqueline Bernat de Celis, Sistema Penal
y Seguridad Ciudadana, Barcelona, ed. Ariel, 1984. A tradução brasileira, de
Maria Lúcia Karam, observa o título original (Penas Perdidas, Niterói, ed.
Luam, 1983). Citaremos da tradução brasileira.
5
Idem, p. 61.
6
Ibidem, p. 62.
7
Ibidem, p. 114.
8
“Não existem crimes, mas apenas situações problemáticas” (Ibidem, p.
101).
9
Ibidem, p. 64.
10
Ibidem, p. 99.
11
Ibidem, pp. 42 e 126.
12
Louk Hulsman, entrevista, em DS-CDS nº 5-6, Rio de Janeiro, ed. F.
Bastos, 1998, p. 10.
13
Louk Hulsman, e Jacqueline Bernat de Celis, 1983, op. cit., p. 46.
14
Idem, p. 49.
15
“Coloquemos na prisão — dizem eles — os que enganam o fisco ou os
consumidores, remetem seu capital para o exterior, poluem o ambiente,
recusam-se a instalar em suas empresas dispositivos de segurança que
reduziriam os acidentes de trabalho. Esse não é meu modo de ver. (...)
Nos campos ainda não criminalizados, dever-se-ia evitar a qualquer preço
a criminalização”.
52
16
É a expressão do notável Alessandro Baratta. Criminologia Crítica e Crítica
do Direito Penal. Tradução de J. C. Santos. Rio de Janeiro, ed. Revan, 1999,
p. 208.
17
Louk Hulsman. Pensar en Clave Abolicionista. Tradução de A. Vallespir.
Buenos Aires, ed. Cinap, 1997, p. 22.
18
Cf. Jacques Le Goff. La Naissance du Purgatoire. ed. Gallimard col. Folio-
Histoire, 1981, p. 14.
19
Jacques Le Goff, 1981, op. cit., pp. 200 ss.
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salete oliveira*
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Hulsman e o abolicionismo
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Deslocamentos
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Notas
1
Texto extraído de minha tese de Doutorado Política e Peste: crueldade, Plano Beveridge
e abolicionismo penal. São Paulo, PEPG/PUC-SP, 2002, com pequenas alterações
pontuais; apresentado na sessão pública Louk Hulsman, um instaurador. Conversação
sobre abolicionismo penal e a vida de um pensador libertário, na companhia de Edson
Passetti, Vera Malaguti e Nilo Batista, realizada no pelo Nu-Sol no Pátio do Museu
da Cultura da PUC/SP, em 5 de março de 2009.
2
Michel Foucault. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976).
Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo, Martins Fontes, 1999, p. 13.
3
Edson Passetti. “Sociedade de controle e abolição da punição” in São Paulo em
perspectiva. São Paulo, Revista da Fundação Seade, 1999, v. 13/ nº 3, p. 61.
4
Louk Hulsman. Penas perdidas: o sistema penal em questão. Tradução de Maria Lúcia
Karam. Niterói, Luam, 1993, p. 186.
5
“Após visita a uma favela no Rio de Janeiro, (...) saiu carregado de presentes
que incluíam especial cachaça e fumo de mascar. Em compensação, excepcional
fotógrafo que é, fotografou o povo que tão carinhosamente o recebia e enviou
ampliações das fotos a cada um dos fotografados com palavras de amizade e
agradecimentos que os sensibilizaram.” Ester Kosovski, apud Louk Hulsman,
Idem, p. 9.
6
Louk Hulsman. “Discursos Sediciosos entrevista Louk Hulsman” in Discursos
Sediciosos – crime direito e sociedade, nº 5 e 6, ano 3. Rio de Janeiro, Freitas Bastos
Editora/ Instituto Carioca de Criminologia, 1998, pp. 10-11.
7
Louk Hulsman, 1993, op. cit., pp. 31-32.
8
Idem, pp. 22-23.
9
Louk Hulsman e Jacqueline Bernart De Celis. “La apuesta por uma teoria
de abolición del sistema penal”, tradução de Julia Varela, in Christian Ferrer
(Org.) El lenguage libertário. Montevideo, Norman Comunidad, 1993. Publicado
posteriormente em português em Verve 8, São Paulo, Nu-Sol, 2005, pp. 246-275.
10
Idem, pp. 189-190.
11
Ibidem, pp. 187.
12
Louk Hulsman. “Temas e conceitos numa abordagem abolicionista da justiça
criminal” in Edson Passetti e Roberto Baptista (Orgs.). Conversações abolicionistas:
uma crítica do sistema penal e da sociedade punitiva. Tradução de Maria Brant. São Paulo,
PEPG em Ciências Sociais da PUC-SP/IBCCrim, 1997, pp. 197-198.
13
A elaboração da noção de resposta-percurso proveio de seminários internos do
Nu-Sol (Núcleo de Sociabilidade Libertária do PEPGCS/PUC-SP), em discussões
71
72
Personagens:
Corifeu Anarquista
Novato Alexander Berkman,
Jovem Mulher (por Anarquista)
Homem Emma Goldman
Homem 1 Judith Malina
Homem 2 Julian Beck,
Homem 3 (por Novato)
Mendigo, X (Atriz)
(por Anarquista) Y (Atriz)
Assistente Social Z (por Anarquista)
Terrorista Cantora
Terrorista Louca
Revoltado, Cobrador
(por Anarquista) Operária 1
Banqueiro Operária 2,
Garoto (por jovem mulher)
Senhora 1, 2, 3, 4 (Atores)
Policial
Black-out
Abertura
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Black-out
Black-out
Cena 1. Na Cela
77
78
Black-out
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Elenco e Mendigo
Elenco deitado como corpos abatidos. Assistente Social, agacha e inicia
conversa sussurrada com um deles, da qual só ouvimos murmúrios.
Black-out
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Cena 4. Terrorismo 1 e 2
Terrorista 1 e Terrorista 2
83
Intermezzo 1
O Revoltado
Black-out
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Cena 6. Existimos: X, Y e Z
X,Y e Z.
87
Black-out
O Elenco.
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89
Black-out
Intermezzo 225
Cena 9. A cantora
Black-out
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91
Novato: Não tem nada aí. Você acha que eles iam
colocar uma câmera em cada ônibus... e fiscal
anda com crachá.
Cobrador: E daí. Cada vez que você pega tem que pagar,
esse é meu trabalho... Senão vira festa. Não te
conheço nada.
92
Garoto: Mãe...
Operária 2: O quê?
Garoto: Mãeee...
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Garoto: Mãe!
Operária 1: É?
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Luzes piscam
97
Luz pisca.
Luz pisca.
Luz pisca.
98
Luz pisca.
Operária 2: E aí?
99
Luz pisca.
Luz pisca.
100
Luz pisca.
Luz pisca.
Luz pisca.
101
A mãe olha.
102
Anarquista: Resistem.
Novato: Resistem.
Black-out.
FIM
103
Notas
1
Aula teatro 4 do Nu-Sol. Pesquisa de texto por: Acácio Augusto, Anamaria Salles,
Beatriz Carneiro, Edson Passetti, Gustavo Ramus, Gustavo Simões, Edson Lopes,
Juliana Meduri, Eliane Knorr, Lúcia Soares, Mauricio Freitas, Natalia Montebello,
Nildo Avelino, Salete Oliveira, Thiago Rodrigues. Preparação de textos: Bruno
Andreotti, Gustavo Simões, Thiago Rodrigues. Escritos de: Albert Camus;
Alexandre Berkman; Alphonsus de Guimaraens; Cláudio Lavazzo; Campos de
Carvalho; D.H. Lawrence; Edson Passetti; Eliane Knorr; Emma Goldman;
Folha de S. Paulo; Gilles Deleuze; Jean Maitron; Jean-Pierre Vernant; Josmar
Jozino; Judith Malina; Julian Beck; Michel Foucault; Oscar Wilde; Pierre-Joseph
Proudhon; Renaud Thomazo; Rogério Duarte; William da Silva de Lima. Com:
Acácio Augusto, Beatriz Scigliano Carneiro, Eliane Knorr, Gustavo Ramus,
Gustavo Simões, Juliana Meduri (nas duas primeiras apresentações), Lúcia Soares,
Mauricio Freitas, Salete Oliveira, Thiago Rodrigues. Produção Gráfica: Andre
Degenszajn. Operadoras de luz: Anamaria Salles e Natalia Montebello. Operador
de som: Bruno Andreotti. Coordenação e direção de Edson Passetti. Apresentada
em: 10 e 11 de novembro de 2008 e 16 e 17 de fevereiro de 2009. A versão deste
texto confere com a última apresentação de fevereiro de 2009.
2
Julio Cortazar. a volta ao dia em 80 mundos. Tradução de Ari Roitman e Paulina
Wacht. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, pp. 174-176.
3
Oscar Wilde. “A Balada do Cárcere de Reading”. Tradução de Paulo Viziolli.
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/o/oscar01.htm
4
Alphonsus de Guimaraens. Ismália. São Paulo, Cosac Naify, 2006.
5
Julian Back. “Transformar o ânimo” (1983). Tradução do italiano de Nildo
Avelino. In Revista Verve. São Paulo, Nu-Sol, v. 11, 2007, p. 10.
6
William da Silva Lima. Quatrocentos contra um: uma história do Comando Vermelho.
Petrópolis/Rio de Janeiro, Vozes/ISER, 1991, pp. 12-13.
7
“Estatuto do Primeiro Comando da Capital”, artigos 16 e 7 in Josmar Jozino.
Cobras e lagartos. Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 2004, pp. 36-38.
8
Folha de S. Paulo, 14 de setembro de 2008, p. I-2.
9
Michel Foucault e Gilles Deleuze. ‘‘Os intelectuais e o poder” in David Lapoujad
(org). A ilha deserta e outros textos. São Paulo, Iluminuras, 2007, p. 268.
10
Renaud Thomazo. “Mort aux bourgeois!” Sur les traces de la bande à Bonnot. Tradução
de Nildo Avelino. Paris, Larousse, 2007, p. 104.
11
Cláudio Lavazzo.http://flag.blackened.net/pdg/presos/paginapresos/claudio/
contribuci%F3n.htm, Tradução de Acácio Augusto, 10/06/2004.
104
12
Jean Maitron. “Émile Henry, o benjamim da anarquia” in Revista Verve. São
Paulo, Nu-Sol, 2005, vol. 7, p. 20.
13
Albert Camus. O homem revoltado. Tradução de Valerie Rumjanek. Rio de Janeiro,
Record, 2003, p. 351.
14
Alexander Berkman. Prison Memoirs of an Anarchism. (originally published in 1912
by Mother Earth Publishing Association). Tradução de Beatriz Carneiro. New
York, Shocken, 1970. Parte I Capitulo VI. A cadeia, p. 45-46.
15
Idem.
16
Ibidem. Parte II, Capítulo III, O Silêncio espectral, pp. 120-121.
17
Emma Goldman. Viviendo mi Vida. Tradução de Juliana Meduri. Madrid,
Fundación Anselmo Lorenzo, 1996, pp. 153-156.
18
Judith Malina. Diário de Judith Malina: O Living Theatre em Minas Gerais. Secretaria
de Estado da Cultura de Minas Gerais e Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte,
2008.
19
Judith Malina e Julian Beck. Paradise now (1968). Criação coletiva do The Living
Theatre. Tradução de André Degenszajn. New York, Vintage Books Edition,
1971, pp. 96-97.
20
D.H. Lawrence. “Não-existência” in William Blake & D.H. Lawrence. Tudo o que
vive é sagrado. Seleção, tradução e ensaios de Mário Alves Coutinho. Belo Horizonte,
Crisálida, 2001, p. 153.
21
Rogério Duarte. Tropicaos. Rio de Janeiro, Azougue Tropical, 2003, p. 36.
22
Gilles Deleuze. “Para dar um fim ao juízo” in Crítica e clínica. Tradução de Peter
Pál Pelbart. São Paulo, Ed. 34, 1997, p. 153.
23
Cena criada para a apresentação de 11 de novembro de 2008 e que permaneceu
na versão final de 2009. Samuel Beckett. O despovoador. Tradução de Eloísa Araújo
Ribeiro. Martins Fontes, São Paulo, 2008, p. 12.
24
Uma invenção de Eliane Knorr de Carvalho.
25
Intermezzo 2, criado para a versão de fevereiro de 2009.
26
Walter Campos de Carvalho. A chuva imóvel. Rio de Janeiro, José Olympio, 2008,
p. 127.
27
Edson Passetti. Anarquismo urgente. Rio de Janeiro, Ed. Achiamé, 2007, p. 120.
105
124
Saudações fraternais,
G. Courbet
Notas
1
Carta do pintor Gustave Coubert, durante a Comuna de Paris, alertando para
a liberdade na vida e na arte distante dos governos e para a espionagem alemã
anti-comuna. Courbet pintou Proudhon, em 1853, de quem admirava as pro-
postas e idéias. Foi preso, julgado e sentenciado por incentivar a revolta. Dei-
xou a França em direção à Suíça em 1873, boicotado pelo governo, mecenas e
artistas da ordem. Morreu em 31 de dezembro de 1877. Elaborou 47 esboços da
Comuna de Paris, uma crônica daqueles dias de invenção libertária arruinada
pelo Estado e forças reacionárias européias unidas. Carta originalmente publi-
cada em “Le Rappel”, em 19 de março de 1871. (N. E.)
125
pietro ferrua*
131
raneio de minha sogra, Blanca Lobo Filho (que, por causa disso,
teve que passar umas horas no quartel militar de Caxambu).
Essa correspondência deve ser considerada duplamente im-
portante pois:
• os remetentes eram militantes, escritores ou pesquisado-
res conhecidos (hoje em dia quase todos falecidos);
• ilustram o conteúdo, muito mais impessoal, de circula-
res e de relatórios mimeografados.
Se o C.I.R.A.-Brasil tem uma data oficial de nascimento muito
exata, um certo trabalho de preparação tinha sido realizado com
o envio da carta circular mencionada no primeiro parágrafo, que
se torna então o primeiro dos documentos emitidos.
O papel utilizado na correspondência é o do C.I.R.A.-Inter-
nacional, isto é, da sede suíça, enquanto a data não é especifica-
da e o cabeçalho indica vagamente “data do carimbo postal”.
Pode-se presumir que o texto tenha sido concebido de maneira
a poder ser utilizado ainda muito depois da data de sua reda-
ção e deveria servir como introdução ao C.I.R.A., em geral, e
também como projeto de fundação de uma seção brasileira. A
datação deveria ser estabelecida como janeiro de 1967, época de
férias no Brasil durante a qual um professor teria mais tempo
livre para dedicar a esse tipo de atividade. Na apresentação di-
zíamos logo que a militância no anarquismo não era uma pré-
condição essencial para a adesão. Esta distinção, escrupulosa-
mente respeitada, ditada por uma dupla preocupação de evitar
perseguições policiais e a de tomar ao pé da letra os estatutos do
C.I.R.A.-Internacional (à redação dos quais eu tinha participado)
garantia a objetividade científica. Examinando a lista dos inscritos
ao C.I.R.A.-Suíça, perceber-se-á que entre os primeiros cinquen-
ta nomes a metade corresponde a não militantes; tratava-se de
amigos pessoais, de pesquisadores, de simpatizantes, que não
compartilhavam a causa do anarquismo (alguns tornaram-se
anarquistas por “contágio” enquanto outros desinteressaram-se
pelo C.I.R.A. desde o momento em que eu não estive mais pre-
sente para estimulá-los).
132
Membros
133
Correspondência
134
Edição
135
Traduções
Entrevistas
136
Biblioteca-arquivo
137
138
Palestras
139
Visitas
140
141
Pesquisas bibliográficas
Prisões e processo
142
143
144
145
Pietro Ferrua
146
147
Lista de documentos
148
DOCUMENTO 1
149
Circular nº 1 de 1967
Prezados Senhores,
150
151
152
Correspondência:
Caixa Postal 119
Copacabana ZC — 07 Guanabara
DOCUMENTO 2
Convocatória para uma palestra
CONVITE
153
DOCUMENTO 3
Carta do membro Roberto das Neves de Lausanne na data
de 7/04/1968
154
Além das numerosas e fortes emoções que por toda a parte me foi
dado receber, tive a oportunidade de encontrar aqui no C.I.R.A., os meus
livros.
Maria Christine escrever-te-a por estes dias.
Até breve! Saudações a todos os nossos e para ti e os teus o meu
fraternal abraço
Teu
Roberto das Neves
O envelope leva o carimbo postal de dia 8 de abril de 1968.
155
DOCUMENTO 4
Prefácio ao livro: O Anarquismo da Doutrina à Ação, de
Daniel Guérin
156
157
158
159
libertária das ocupações das fábricas, como, entre outros, salienta Edgard
Morin, tenham sido as constantes maiores da recente Comuna estudantil
de Paris. Escreve-me, a propósito, Daniel Guérin, a 5 de julho de 1968: “O
que houve de verdadeiramente novo neste movimento não foram, a meu
ver, nem as barricadas nem mesmo a ocupação das fábricas, mas a con-
testação radical de todos os valores estabelecidos e a democracia direta,
as assembléias populares discutindo tudo sem cansar e repondo tudo em
questão. Nessa contestação, o anarquismo, ou socialismo libertário, saiu
vencedor. É absolutamente inacreditável o número de exemplares vendido
de meu livrinho. Animei debates sobre a autogestão num certo número de
faculdades, de escolas superiores, de colégios e até numa fábrica ocupa-
da. A questão apaixona literalmente o público. Trata-se da aquisição mais
duradoura, parece-me, da revolução de maio.”
Quer se acredite no valor de experiências revolucionárias deste tipo,
como Guérin, ou o neguemos, como o fez outro anarquista, não violento,
o famoso compositor americano John Cage, que há pouco esteve pre-
lecionando no curso de anarquismo, que estamos realizando no Teatro
Carioca, do Rio de Janeiro, os fatos não mudam. Resta intepretá-los devi-
damente: numa ótica marxista, Daniel Guérin terá sido simplesmente um
analista de leis dialéticas, que previu e talvez tenha ajudado o inevitável
deflagrar de algumas contradições da sociedade estatal-capitalista; numa
ótica idealista, teria ele contribuído, com seu trabalho incansável de anos,
com suas sínteses lúcidas, para o esclarecimento e a conscientização das
forças revolucionárias estudantis.
Cada um poderá escolher a versão que mais convier a seus postula-
dos filosóficos básicos.
DOCUMENTO Nº 5
Estatutos do C.I.R.A.
160
161
II - Membros
a) O C.I.R.A. está aberto a todos aqueles, pessoas ou agrupamentos
que se interessem por sua finalidade, aceitem os presentes estatutos e subs-
crevam uma quota anual mínima de 10 francos suíços;
b) ele admite como membros ativos todos aqueles que ajudarem pratica-
mente a realizar o programa geral previsto pelos presentes estatutos;
c) aceita como membros correspondentes as organizações científicas
ou anarquistas, ou pessoas da Suíça ou do exterior que subscrevam os pre-
sentes estatutos;
d) considera como membros vitalícios todos aqueles que fizerem doa-
ções de fundos ou que, na qualidade de membros, versarem uma quota
única de 100 francos suíços;
e) considera como membros fundadores (que se tornam membros vita-
lícios) os participantes do comitê provisório do C.I.R.A. que funcionou entre
a primeira reunião de abril de 1957 e a primeira assembléia de novembro de
1958 em Genebra.
f) considera como membros honorários, com a sua aquiescência, as
personalidades conhecidas por seus trabalhos de pesquisa e por sua com-
162
III - Organização
1) Os órgãos do C.I.R.A. são:
A Assembléia Geral;
O Comitê de Gestão, composto com pelo menos cinco membros e su-
plentes por escolha da mesa;
A Comissão Geral dos três fiscalizadores das contas.
2) A Assembléia Geral
Elege os membros do Comitê de Gestão e os fiscalizadores das contas
pela duração de três anos cíveis. Nomeia também os membros de honra
(Comitê Internacional);
Examina a situação moral, material e financeira e adota as decisões
úteis para o C.I.R.A.;
Discute e decide sobre as questões levadas à ordem do dia pelo Comitê
de Gestão.
Cada assembléia geral nomeia uma mesa de três membros. Os relató-
rios moral e financeiro e os projetos de resolução estabelecidos pelo Comitê
de Gestão serão comunicados aos membros um mês antes da Assembléia
Geral.
As propostas individuais ou oriundas de grupos deverão ser comunica-
das com duas semanas de antecedência do Comitê de Gestão se não forem
objeto de um novo item da agenda. Em caso de urgência, abre-se mão do
parágrafo acima.
3) O Comitê de Gestão
O Comitê de Gestão tem:
163
IV - Dissolução
A dissolução do C.I.R.A. só pode ser pronunciada por uma assembléia
geral especialmente convocada com esta finalidade. A decisão deve ser
adotada por dois terços dos membros presentes (incluídos os membros cor-
respondentes. Em caso de dissolução os documentos da biblioteca (veja-se
capítulo l, parágrafo 4, item a) dos estatutos) serão devolvidos aos membros
e organizações depositários ou donatários que o terão especificado no con-
trato de cessão. Os documentos serão entregues à organização que substi-
tuir o C.I.R.A. e cujas finalidades se aproximem mais das suas. O comitê de
gestão decidirá qual o destino da correspondência recebida e enviada pelo
C.I.R.A.
164
DOCUMENTO 6
Estatutos do C.I.R.A. em esperanto
165
II. Anoj
• La C.I.R.A. estas malfermita al ĉiuj personoj au grupo kiuj sin interesas
pri ĝis celo kaj konsentas pri la ĉeestantaj statutoj kaj subskribos
minimuman kuoton de 10 svisaj frankoj jare.
• ĝi akceptas kiel aktivaj anoj ĉiujn kiujn helpos pratike la realigadon de
la ĝenerala programo anta zorgata en la ĉeestantaj statutoj;
166
III. Organizaĵo
1. La organoj de la C.I.R.A. estas:
• la ĝenerala asembleo:
• la direktora komitato konsistanta almenaŭ el kvin anoj kaj anstataŭantoj
de la estraro.
• la komitato de tri kontrolistoj pri kontoj.
2. La ĝenerala asembleo:
• elektas la anojn de la direktora komitato kaj la kontrolistojn pri kontoj
per la da ro de tri civilaj jaroj. Ĝi nomas ankaŭ la honorajn anojn
(internacia komitato),
• ehzamenas la moralan, materialan kaj financan situacion kaj prenas
la decidojn utilajn al C.I.R.A.,
• diskutas kaj decidas pri la temoj kiujn la direktora komitato porta al
tagordo. Ĉiu ĝenerala asembleo nomas estraron por tri jarojj. La
moralaj kaj financaj reportoj kaj la projektoj de resolucio elektiloj de
la direktora komitato estas komunikataj al la anoj unu nonato antaŭe
167
IV. Solvo
La solvo de la C.I.R.A. povas esti nut deklarata de la ĝenerala asembleo
speciale kunvokita per tiu celo. La decida devas esti prenata por du trionoj
de la ĉeestantoj anoj (inkluzivaj la korespondantaj anoj). En okazo de solvo
la dokumentoj de la biblioteko (ĉapitro 1, paragrafo 4, litero a) de la statutoj)
estas redonataj al la donantaj anoj kaj organizoj kiuj havos la rajton pri
tio laŭ speciala mencio en la kontrato. La dokumentoj estas liverataj al la
organizo kiu la C.I.R.A. kaj kuij celoj alproximiğos pli al ğiaj. La direktora
komitato decidos pri la destino de la korespondo ricevita kaj sendita de la
C.I.R.A.
168
DOCUMENTO 7
Circular nº 2
169
DOCUMENTO 8
Artigo em O Globo em 05/07/1968, p. 2
O Caso Francês
O que ocorreu recentemente na França — acrescentou — é um exem-
plo da situação do anarquismo. Embora a participação anarquista nos últimos
acontecimentos não tenha sido oficial, pois a Federação Anarquista Francesa
não foi a promotora das manifestações e do movimento, seria um erro mons-
truoso negar a participação de um grande número de anarquistas. Todos os
grandes lemas dos manifestantes são tipicamente anarquistas, inclusive a au-
togestão, isto é as fábricas para os técnicos e os operários e as universidades
para os professores e estudantes. Isso é anarquismo puro. Se o movimento
fosse comunista ou socialista, os manifestantes quereriam que as fábricas e
as universidades fossem geridas pelo Estado; se fossem da direita, deseja-
riam que o Estado se afastasse das fábricas e das universidades e que essas
fossem do âmbito exclusivo da iniciativa privada. Mas o que desejavam os
170
Ampliação
Esclareceu o professor que o movimento anarquista vem ganhando corpo
em vários países: na Suécia o sindicalismo e o cooperativismo se desenvol-
vem em torno da necessidade de autonomia total. E até mesmo no mundo
comunista, como na Tcheco-Eslováquia, já se nota, no chamado “movimento
renovador”, tendências claramente anarquistas, como uma evolução para a
autogestão nas fábricas. Na Iugoslávia os operários e técnicos também que-
rem que o Estado perca sua influência sobre a indústria.
— O que o anarquismo deseja — explicou, é a gradual supressão da autori-
dade do Estado, mas sem violência, através, portanto, de processos normativos.
Todo anarquista é um evolucionista, e acredita que a sociedade marcha para a
autogestão. A interferência do Estado na vida econômica e cultural já não pode
ser defendida com objetividade: basta que olhemos para as lamentáveis ditadu-
ras do proletariado. Uma vez abolidas, acredito que todos os países comunistas
poderão evoluir dinamicamente para o anarquismo. Sem iniciativa privada, sem
interferência do Estado. A própria sociedade saberá reger-se, quando atingir a
maturidade, que esperamos venha a ser alcançada em breve.
Atuação
Acrescentou que, no curso a ser ministrado, delineará as linhas gerais
da atuação anarquista no mundo moderno. Tal atuação é feita basicamente
através da propaganda, por meio de livros e revistas editados por empresas a
serviço da causa anarquista, também por ação política, com pressão direta ou
indireta sobre as instituições, mas não através do voto e das lutas eleitorais.
171
DOCUMENTO 9
Recorte do diário carioca Última Hora de 06/07/1968
Anarquismo
A partir de hoje vamos ter no Teatro Carioca um curso intitulado “As-
pectos históricos do anarquismo”, a cargo do Professor italiano Pietro
Ferrua. O anarquismo, que tinha sido relegado à condição de artigo de
museu, vivendo de lembranças dos velhos militantes, principalmente na
Península Ibérica e na Itália, acaba de ressurgir impetuosamente na crista
da rebelião dos jovens e virou novamente moda.
DOCUMENTO 10
Cartaz do curso: Aspectos históricos do Anarquismo
DOCUMENTO 11
Série de bibliografias distribuídas aos discentes
1. A Comuna de Paris
2. As Revoluções Russas de 1905/1917
3. A Revolução Mexicana de 1910
4. A Revolução Espanhola de 1936-39
172
1. A Comuna de Paris.
Bibliografia mínima :
ALLEMANE, Jean. Mémoires d’un communard. Paris, Librairie
Socialiste.
ANONYME. Le Livre noir de la Commune de Paris — Dossier complet.
Bruxelles, Office de Publicité, 1871, 596 pp.
ARNOULD, A. Histoire de la Commune de Paris (3 tomes). Bruxelles,
1878.
BOYER, Irma. La vierge rouge, Louise Michel. Paris, Delpeuch, l927,
247 pp. CLEMENT, J. B. La revanche dês communeux. Paris, Ed.
Jean-Marie, 1886-87.
DA COSTA, Gaston. La Commune vécue. 18 Mars 28 Mai l871. Paris,
l905, DOMINIQUE, Pierre. La Commune. Paris, Flammarion, 1956,
126 pp.
GALLET, Louis. Guerre et Commune. Impressions d’un hospitalier.
Paris, Calmann-Lévy, 1898, in-8, 332 pp.
GIRAULT, Ernest. La bonne Louise: Psychologie de Louise Michel.
Paris, Bibliothéque des Auteurs Modernes, 1906, 225 pp.
«Joumal des Journaux de La Commune» T. I et II, Garnier, Paris,
1872.
KOECHLIN, Heinrich. Die Pariser Commune von 1871 in Bewusstsein
Ihrer Anhäger. Basel, Don Quichotte, 1950, 248 pp.
LEFRANÇAIS, G. Etudes sur le Mouvement Communaliste à Paris en
1871. Neuchâtel, Guillaume, 1871, p. 596 + appendice p. 71
LEFRANÇAIS ,G. Souvenirs d’un Révolutionnaire. Bibliothéque des
Temps Nouveaux.
LISSAGARAY. Histoire de la Commune de 1871. Paris, Dentu, 1896,
576 pp. MAILLARD, F. Les Publications de la Rue Pendant le Siège
et la Commune. Paris, Aubry Ed., 1874
MARGUERITTE , Paul et Victor. La Commune. Paris, Pion, 1904, 659 pp.
MICHEL, Louise. Buch von Bagne, Erinnerung einer Kommunardin.
Berlin, Ruetter und Loening, 1962, in-8, 339 pp.
MICHEL, Louise. La Commune. Paris, Stock, 1921, 427 pp.
173
Bibliografia sumária:
ARCHINOFF, Pierre. Histoire du Mouvement Makhnoviste (1918-
1921). Paris, Librairie Internationale, s.d.
ARNAUDO, J.-B. Le nihilisme et les nihilistes. Paris, Dreyfus.
174
175
176
SOUCHY, Augustin. Wie lebt der arbeiter und bauer in Russland und in
Ukranine? Berlin, der Syndikalist, s.d., in-8ü, 144 pp.
STEPNIAK. La Russie Souterraine. Paris, Levy, 1885, 426 pp.
VOLINE. Le Fascisme Rouge. Bruxelles, Pensée et Action, s.d., 16 pp.
VOLINE. La revolución desconocida. Paris/Buenos Aires, Solidaridad
Obrera, 441 pp.
VOLINE. La révolution inconnue - 1917-1921. Paris, Les Amis de
Voline, 1947, 687 pp.
VOLINE. La Révolution Russe. Paris, Ed. de L’Encyclopedie
Anarchiste.
VOLINE. La Rivoluzione sconosciuta. Napoli, RL, 1950, 574 pp.
ZAVARINE, P. (General). Souvenirs d’un chef de l’Okhrana — 1900-
1917. Paris, Payot, 1930, 297 pp.
Bibliografia Sumária:
ALBA, Victor. El militarismo en el México. México, Universidade,
1960.
AZUELA, Mariano. Andrés Pérez, Maderista. México, 1911.
AZUELA, Mariano. Los de abajo. El Paso, 1916.
177
C.I.R.A.
Teatro Carioca
Curso: Alguns Aspectos Históricos do Aanarquismo.
Professor Pietro Ferrua
178
Bibliografia Sumária:
ANDERSON, John. Blodsvâldet i Spanien. Stockholm, Federativa
Fórlag, 1955, 78 pp.
AZARETTO, Manuel. Las pendientes resbalizadas (Los Anarquistas
em España). Montevideo, Germinal, 1939, 250 pp.
BAUER, Eddys. Rouge et Or. Chroniques de la Reconquête espagnole
1937-1938. Neuchâtel-Paris, Attinger, 1939, 238 pp.
BERNARD, R. La CNT et la puériculture. Flémalle-Haute, L’
emancipateur, 1959, 93 pp.
BERNERI, Camillo. Entre la Revolucion y las Trincheras (1936-37).
Barcelona, Páginas de Espana, 1946, 32 pp.
BERNERI, Camillo. Guerre de Classes en Espagne. s. l., Terre Libre,
48 pp.
BOLLOTEN, Burnett. La Revolución Espanola, la Izquierda y la lucha
por el Poder. México, Jus, 1962, 335 pp.
BRENAN, Gérald. Le Labyrinthe espagnol. Origines sociales et
politiques de la Guerre Civile. Paris, Ruedo Ibérico, 1963, 280 pp.
BRENAN, Gerald. The Spanish Labyrinth, an Account of the social and
political background of the Spanish Civil War. Cambridge University
Press, 1960, 384 pp.
BROUÊ, Pierre et TÉMINE, Emile. La Révolution et la Guerre d’
Espagne. Paris, Minuit, 1961, 542 pp.
BUREAU D’INFORMATIOM ET DE PRESSE. Dans la tourmente: un
an de guerre en Espagne. Paris, BIP, 1938, in-8 , 332 pp.
BUREAU D’INFORMATION ET DE PRESSE. Durrut: Sa Vie, sa mort.
Paris, BIP, s.d.; in-8 , 152 pp.
CUADERNOS BIBLIOGRÁFICOS DE LA GUERRA DE ESPAÑA 1936-
39. Memorias y Reportajes de Testigos. Madrid, Universidad, 1967,
222 pp.
CUADERNOS BIBLIOGRÁFICOS DE LA GUERRA DE ESPAÑA
1936-1939. Periódicos publicados en tiempo de guerra. Madrid,
Universidad, 1967, 302 pp.
179
180
181
DOCUMENTO 12
Anúncio da palestra suplementar do Prof. Carlos M. Rama
Teatro Carioca
DOCUMENTO 13
Entrevista do diário carioca O Paiz, 15/07/1968, p. 3
182
DOCUMENTO 14
Anúncio do Jornal do Brasil de 20/07/1968
183
DOCUMENTO 15
Palestra de John Cage
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DOCUMENTO 16
Palestra de John Cage
189
190
191
192
193
americana. Basta ler o prefácio para apreender como ele seguiu pistas, pes-
quisou, escutou, leu.
A originalidade reside mais na elaboração, na construção, no jogo (o as-
pecto lúdico dele já estava presente em todas as obras anteriores, poéticas
bem como musicais). Este livro é complexo mais do que complicado, pois
a chave ele mesmo dá quando se lê a introdução, que contém instruções
pormenorizadas para a correta interpretação. Porém, esmiuçar os detalhes
não acrescenta muito à fruição dos poemas. Mallarmé já nos ensinara que a
banalização literal rouba metade do prazer. O livro parece até um bocadinho
requintado para os concretistas brasileiros que saberão transcriá-lo, como
fizeram com Pound, Joyce e outros grandes.
Eu, por mim, estou satisfeito assim: obrigado, John Cage, promessa e
missão cumprida.
Notas
1
Numa carta do Rio de Janeiro ao C.I.R.A.-Lausanne, em 16/12/1965, na p. 2,
eu mesmo formulo a hipótese da fundação de uma seção brasileira (ou latino-
americana) certamente já precedida por alguma sondagem sobre o projeto.
Apesar de algumas hesitações, prevejo a possibilidade de poder concretizar a
iniciativa dentro de algum tempo, o que de fato acontece.
2
Na publicação desta primeira parte são reproduzidos na íntegra os documen-
tos da lista referentes aos nºs 1 a 16. Os seguintes serão publicados posterior-
mente em Verve 16. (N. E.)
3
Centro de Estudos Professor José Oiticica. (N. E.)
4
Comission de Relations de l’Internationale de Fédérations Anarchistes. (N. E.)
5
John H.F. Dulles. Anarchists and Communists in Brazil. Austin-Dallas, University
of Texas Press, 1973, pp. XIX-603.
6
Edgar Rodrigues (conforme o original do autor. N. E).
7
Edgar Rodrigues me informou que faleceu também o companheiro espanhol
Martínez, vigia da Biblioteca-Arquivo.
8
Outros 500 - Pensamento Libertário Internacional, co-organizado pelo Prof. Edson
Passetti quando Diretor da Faculdade de Ciências Sociais com o Centro de
Cultura Social e outros anarquistas. Encontro que reuniu anarquistas de várias
partes do planeta, realizado no TUCA, Teatro da PUC/SP em 1992.
194
9
Section Française de l’Internationale Ouvrière. (N. E.)
10
Fac-símile presente nos arquivos do C.I.R.A. Informações contidas no cartaz:
“Curso: Aspectos Históricos do Anarquismo. Oito aulas com o Professor
Pietro Ferrua, do Centre International de Recherches sur l’Anarchisme de Lausanne.
No Teatro Carioca. Aos sábados, às 16h. Informações também disponíveis no
documento 14 (N. E.)
11
Traduzido por Carolina Besse e Thiago Rodrigues.
12
Este camarada foi o único a não ser preso, entre os oficialmente indiciados
no momento da acareação sobre o estatuto do Centro de Estudos Professor
José Oiticica. Ele figurava como bibliotecário da instituição, mas ninguém
conhecia — ou fingia não conhecer — o verdadeiro nome que se escondia
por trás deste pseudônimo.
13
Carlos M. Rama vinha periodicamente ao Brasil visitar uma de suas filhas
que veio morar no país depois de se casar com um brasileiro. Uma de suas
viagens coincidiu com nosso curso e ele teve a bondade de me substituir para
falar sobre os anarquistas na Revolução Espanhola de 1936-39, assim como
havia feito Ideal Peres na semana anterior para nos mostrar a Revolução Russa.
Carlos Rama, no dia de sua conferência, foi até entrevistado pela imprensa local.
Mais tarde eu mesmo o avisei, estando em Montevidéu, das prisões ocorridas.
Ele evitou as tempestades da ditadura brasileira, mas entrou em conflito com
o governo uruguaio, refugiou-se no Chile de Allende e em seguida teve que se
exilar na Espanha, onde morreu muito jovem.
14
O processo dos anarquistas, assim como os acontecimentos que se
desencadearam foram relatados por Edgar Rodrigues em seu livro O anarquismo
no banco dos réus (1969-1972) (Rio de Janeiro, VJR, 1993). Eu mesmo forneci
ao autor uma parte da documentação, mas ele também utilizou documentos
oficiais. Na época das prisões o camarada Rodrigues foi preservado das
perseguições durante algum tempo, o que lhe permitiu manter contato com os
camaradas que estavam livres, ajudar as famílias daqueles que estavam presos,
encontrar advogados para a defesa e se tornar útil sob diversos planos.
15
Diego Abad de Santillán, que eu encontrava de vez em quando em Buenos
Aires, com quem me correspondia regularmente e que me havia fornecido
material para o curso, se espantou ao receber uma cópia do anúncio de nossas
conferências, assim como a possibilidade de distribuir este tipo de material
durante uma ditadura militar. Eu lhe respondi que não era mais permitido no
Brasil do que na Argentina, mas que o fazíamos assim mesmo.
16
A taxa a pagar era modesta. Nenhum pro labore era destinado aos palestrantes
e o dinheiro recebido contribuía para pagar o aluguel da sala e a impressão
dos cartazes.
195
17
John Cage. M: Wntings ‘67-72. Middletown, Wesleyan University Press, 1974,
p. 59.
18
Eu tinha me inscrito para a compra de um telefone, para o qual pagava
mensalidades regularmente, mas após seis anos ele ainda não tinha sido
instalado. Eu me tornei proprietário de um apenas quando estava no exílio.
19
Em seu apartamento no bairro do Leblon, onde na ocasião ela morava com
seu marido, o diretor de orquestra Eleazar de Carvalho.
20
O First International Symposium on Anarchism deu-se em Portland entre os dias
17 e 24 de fevereiro de 1980. Foram oito dias de conversas, conferências,
discussões, transmissões, projeções, espetáculos, recitais, concertos, etc. A
parte mais bem sucedida foi aquela consagrada às expressões artísticas: dança,
música, cinema. Nesta ocasião nos deleitamos escutando Jocy de Oliveira, tanto
quanto pianista e animadora ao interpretar “Descrições automáticas. Embriões
desidratados. Velhos sequins e velhas armaduras” de Erik Satie, como quando
ela nos ofereceu a apresentação de um extraordinário e inesquecível espetáculo
“Probabilistic Theater n. l” sua composição para músicos, atores e dançarinos,
que foi muitíssimo aplaudida.
21
John Cage. M: Writings ‘67-72, op. cit., p. 60.
22
John Cage. Composition in retrospect, p. 43.
23
Idem, p. 126.
24
Ibidem, p. 93.
25
Ibidem, p. 34.
26
John Cage. M: Writings ‘67-72, op. cit., p. 101.
27
Ele tinha tanta confiança em Kostelanetz que permitiu que ele palpitasse
sobre seus escritos e que fizesse uma montagem, para um artigo que apareceu
na revista Social Anarchism (n° 14 de 1989, pp. 13-29) com suas idéias sobre
educação. John Cage se limitou a adicionar algumas palavras, aqui e ali, entre
parênteses.
28
Citação: “Last Words on Anarchy. An Interview with John Cage by Max
Bletchman” in Drunken Boat, n° 2, pp. 221-225. A revista apareceu em setembro
de 1994 mas a entrevista aconteceu em 24 de julho de 1992, menos de um mês
antes da morte do compositor.
29
John Cage. A Year from Monday, p. 53.
30
John Cage. Composition in retrospect, op. cit., p. 32.
31
John Cage. “Interview with Jeff Goldberg” in The transatlantic Review, nº 55-
56 de maio de 1976.
196
32
Citado por Piero Santi em “Método e caso in Cage” in Spirali nº 42 de junho
de 1982, pp. 43-45.
33
Idem, p. 33.
34
Ibidem, p. 33.
35
Pietro Ferrua. “John Cage, anarquista fichado no Brasil” in Verve. São Paulo,
Nu-Sol/PEPG-Ciências Sociais PUC-SP, nº 4, 2003, pp. 20-31.
36
“Although he often brought into his poetry and other writings his deep,
lifelong concern with the world’s societies and with ways to change them
for the better, the ways in which he did this while composing Anarchy ...are
especially brilliant and aesthetically compelling.” Quarta página da capa do
livro Anarchy de John Cage (Middleton, Connecticut: Wesleyan University
Press, 2001) assinada por Jackson Mac Low.
37
“um lance de dados jamais abolirá o acaso”, na tradução de Haroldo de
Campos (Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos. Mallarmé.
São Paulo, Editora Perspectiva, 1991). (N. E.)
38
Curiosamente o nome atribuido a Malatesta está errado: Mario em vez de
Errico.
39
Há uma tradução disponível em português: De segunda a um ano. Tradução de
José Paulo Paes e revisão técnica de Augusto de Campos. São Paulo, Hucitec,
1988. (N. E.)
40
“Eu tomo meu bem lá onde o encontro”. (N. E.)
197
RESUMO
Primeira parte do ensaio arquivista de Pietro Ferrua sobre a
existência da seção brasileira do C.I.R.A. (Centro Internacional
de Pesquisas sobre o Anarquismo), composta por registros
referentes ao ano de 1968, com exceção da carta convocatória
de 1967. Os documentos reunidos trazem uma breve história
da prática cotidiana de anarquistas, seus deslocamentos
ultrapassando fronteiras territoriais, e suas lutas contra a
ditadura militar no Brasil.
ABSTRACT
First part of Pietro Ferrua’s archivist essay about C.I.R.A.’s
(International Research Center about Anarchism) Brazilian
section. It is composed by 1968 records, except for a convocatory
letter from 1967. These documents shows a brief history of
anarchists daily practice: their dislocation, exceeding territorial
limits, and their struggles against the military dictatorship in
Brazil.
198
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216
217
218
Notas
1
Edgard Leuenroth. Dados autobiográficos. Manuscrito, s/d.
2
Victor Hugo. “A imprensa” in O Boi. São Paulo, 12 de setembro de 1897,
ano I, nº 5, p. 1.
3
Dados extraídos das anotações de Edgard Leuenroth, no manuscrito (s/d)
intitulado Ficha de identidade.
4
Sobre o processo-crime envolvendo Edgard Leuenroth pela sua participa-
ção no movimento grevista de 1917 consultar: Christina da Silva Roquette
Lopreato. “O processo Edgard Leuenroth” in O espírito da revolta. A greve geral
anarquista de 1917. São Paulo, AnnaBlume/FAPESP, 2000, p. 187-197.
5
Edgard Leuenroth. Auto-defesa. Mimeografado, 1935.
6
Idem.
219
7
Obras consultadas: Cecília Almeida Salles. Crítica genética: uma (nova) introdução.
São Paulo, EDUC, 2000; Phillippe Wilemart. Universo da criação literária: crítica
genética, crítica pós-moderna. São Paulo, EDUC, 1993.
8
Edgard Leuenroth. A organização dos jornalistas brasileiros 1908-1951. São Paulo,
Com-Arte, 1987, p. 27.
9
Leão Xisto (pseudônimo de Edgard Leuenroth). “Afinal, quem são os extre-
mistas?” in A Lanterna. São Paulo, 05 de outubro de 1935, nº 401, p. 1.
10
Edgard Leuenroth. Qual a solução para o Brasil? Texto digitalizado, p. 6.
11
Idem, p. 1.
12
Edgard Leuenroth. Qual a solução para o problema do Brasil? Texto digitalizado,
p. 4.
13
Idem, p. 13.
14
Ibidem, p. 22.
15
Ibidem, p. 16.
16
Ibidem, p. 5.
17
Ibidem, p. 18.
18
Ibidem, p. 46.
19
Ibidem, p. 5.
20
Em suas anotações, Leuenroth considera que “naturalmente, estarão isentos
dessa obrigação as pessoas que a isso estejam impedidas em consequência de
enfermidade, invalidez ou outras circunstancias de força maior”. Cf. Qual a
solução para o problema do país? Texto digitalizado, p. 24.
21
Idem, p. 46.
220
RESUMO
Edgard Leuenroth (1881-1968), anarquista brasileiro, no
seu percurso de militância política-intelectual interessou-se
pelos problemas que afligiam a população brasileira de um
modo geral e, em particular, o operariado e refletiu sobre as
suas causas e possíveis soluções. Usou a pena e a voz para
explicar o Brasil, seus contrastes, suas misérias e grandezas e
formulou, já octogenário, uma proposta libertária para resolver
em definitivo os problemas do país. Neste ensaio, a autora
perscruta, nos textos manuscritos de Edgard, em sua grande
maioria ainda inéditos, as reflexões de Leuenroth sobre os
(des)caminhos do país em que ele aponta os problemas que
impedem o Brasil de encontrar a si mesmo e propõe a ruptura
com o sistema capitalista como base do seu projeto de radical
remodelação da sociedade brasileira
ABSTRACT
Edgard Leuenroth (1881-1968), Brazilian anarchist. In his way
thru political-intelectual activities he was in general concerned
about Brazilian population problems, and specifically about
the workers problems, reflecting on these problems causes
and possible solutions. He used his voice and writings to
explain the inequalities, poverties and greatness in Brazil.
About his eighties, Leuenroth developed a libertarian proposal
to definitely solve this country problems. In this essay the
authoress scrutinizes Edgard´s manuscripts (which are most
unpublished) into his considerations about this country (un)
ways. Leuenroth points Brazil’s problems in knowing itself and
sugests a breaking with capitalist system based on his radical
project about Brazilian society remodelling.
221
é preciso escandalizar
223
224
a imprensa anarquista
225
226
227
Notas
1
Textos selecionados por Acácio Augusto, e extraídos respectivamente de Germi-
nal, São Paulo, Editorial, 29/06/1913; Germinal, São Paulo, n° 15, 29/06/1913.
2
“Mas ela se move!” (N. E.)
RESUMO
Dois textos do anarquista Florentino de Carvalho. O primeiro
aborda a relevância do escândalo nas atividades subversivas
e anarquistas, o outro trata da insignificância de se eleger
uma tendência anarquista enquanto verdadeira, na imprensa
revolucionária.
ABSTRACT
Two texts of the anarchist Florentino de Carvalho. The first one
treats the relevance of the scandal in anarchist and subversive
activities. The other points the unimportance of electing an
anarchist tendency as the true one in the revolutinary press.
228
0
gabriela anahí costanzo*
I.
II.
230
231
232
233
III.
234
235
236
IV.
237
238
239
240
241
242
243
244
Notas
1
Gonzalo Zaragoza. Anarquismo argentino. 1876-1902. Madrid, Ediciones de la
Torre, 1996, p. 24.
245
2
http://www.revistapersona.com.ar/11Ramella08-3.htm. Formatado a partir
dos dados de Juan A. Alsina, La inmigración en el primer siglo de la Independência,
1910, p. 22.
3
Segundo Iaacov Oved, em 1901, viviam em Buenos Aires 235.000 assala-
riados entre os operários, empregados, servidores públicos, carroceiros, etc.;
contudo, naquele ano havia 46.500 desempregados, isto é, 25% dos assalaria-
dos. E 5,5% da população total da cidade padecia de escassez e precariedade
material permanente.
4
Juan Suriano. Anarquistas, Cultura y política libertaria en Buenos Aires 1890-1910.
Buenos Aires, Editorial Manantial, 2001, p. 43.
5
Sobre as publicações anarquistas no início do século XX, ver Gonzalo Zara-
goza, 1996, op. cit.; Juan Suriano, 2001, op. cit.
6
No início do pensamento ácrata havia duas tendências: a individualista e a
organizadora, que representavam pequenos grupos movidos para a propagan-
da de idéias. Cada uma tinha concepções próprias sobre a luta revolucionária,
sobre a visão e o papel que devia ter o anarquismo na cena política. A corrente
que prevaleceu foi a organizadora, que além de nutrir-se de diversas personali-
dades, supôs traduzir as necessidades do proletariado argentino.
7
Iaacov Oved. “El trasfondo historico de la Ley N° 4.144 de Residencia” in
Desarrollo Econômico, Buenos Aires, 1976, n° 61, v. 16.
8
A cronologia das greves que precederam a Ley de Residencia foi extraída de
Iaacov Oved, 1976, op. cit., pp. 142-143; Juan Suriano. “El Estado argentino
frente a los trabajadores urbanos: política social y represión, 1880-1916” in 14
Anuario, segunda época, Rosario, UNR Editora, 1990.
9
Iaacov Oved, 1976, op. cit., p. 147.
10
Cámara de Senadores, Congreso Nacional. Diario de sesiones. República Ar-
gentina, 8 de junho de 1899, p. 135.
11
Iaacov Oved. El anarquismo y el movimiento obrero en Argentina. México, Siglo
XXI Editores, 1978, p. 275.
12
O deputado socialista Alfredo Palacios apresentou em 1904 um projeto de
anulação da Ley de Residencia. O debate durou alguns dias no senado, porém
a lei foi mantida.
13
Apenas entre 1902 e 1910 foram promulgados cinco estados de sítio, que
duraram 18 meses no total, sob a alegação de prevenção contra as demons-
trações operárias.
14
O diário de sessões é a transcrição do debate parlamentar, e ao mesmo tem-
po, é uma transposição genérica (da fala ao texto).
246
15
As teorías de Cesare Lombroso — um dos fundadores da Escola Positivista
de Direito Penal, no final dos anos 1800 — sobre as topologias fisiológicas dos
criminosos em sua procura e identificação abriram um caminho para a certeza
nas respostas científicas. A repercussão que estas tiveram na Europa orientou
as primeiras leis de repressão ao movimento anarquista. E nas terras rioplaten-
ses, constituíram-se em razões e justificativas para determinados legisladores
atirarem sobre os sujeitos indesejáveis para o país, as características corporais
que determinavam se uma pessoa poderia converter-se em criminosa.
16
Cámara de Diputados, Congreso Nacional. Diario de Sesiones, República Ar-
gentina, 22 de novembro de 1922, p. 432.
17
Cámara de Senadores, Congreso Nacional. Diario de Sesiones, República Ar-
gentina, 14 de maio de 1910, p. 125.
18
Cámara de Diputados, Congreso Nacional. Diario de Sesiones, República Ar-
gentina, 27 de junho de 1910, p. 326.
19
Patricio Andrés Geli. “Los anarquistas en el gabinete antropométrico. Anar-
quismo y criminología en la sociedad argentina del 900” in Entrepasados. Bue-
nos Aires, 1992, n° 2, p. 10.
20
Cámara de Diputados, Congreso Nacional. Diario de Sesiones, República Ar-
gentina, 27 de junho de 1910, op. cit., p. 295.
21
Cámara de Senadores, Congreso Nacional. Diario de Sesiones, República Ar-
gentina, 23 de novembro de 1902, p. 432.
22
Cámara de Diputados, Congreso Nacional, 27 de junho de 1910, op. cit., p.
325-326.
23
Idem, p. 326.
24
Alberto Ghiraldo. “Sobre la ley de expulsión. Un descubrimiento y una opi-
nión” (Fragmento) in La Protesta Humana, 14 de fevereiro de 1903, p. 1.
25
“Otro deportado: Salvajismo policial inaudito” in La Protesta Humana, 14 de
março de 1903, p. 4.
26
“Semanas” in La Protesta Humana, 17 de julho de 1904, p. 1.
27
“La ley de Residencia” in La Protesta Humana , 14 de julho de 1904, p. 1.
28
“La tragedia en Buenos Aires; ¿Quién tiró la bomba?, Las Leyes terribles” in
La Protesta Humana, 2 de julho de 1910, p. 1.
29
“La Federación Obrera Regional en Uruguay” in La Protesta Humana, 2 de
julho de 1910, p. 1.
30
“La ley de Residencia”, 14 de julho de 1904, op. cit., p. 1.
247
31
“Sigue la razzia: Deportaciones, arrestos, persecuciones” in La Protesta Hu-
mana, 31 de janeiro de 1903, p. 1.
32
“La apertura del Congreso y la Ley de Expulsión” in La Protesta Humana, 1º
de maio de 1903, p. 2.
RESUMO
Antecedentes e efeitos jurídico-repressivos do Estado contra
anarquistas no início do século XX na Argentina.
ABSTRACT
The juridical-repressive antecedents and the effects of the
State against anarchists in the beginning of the 20th century
in Argentina.
248
“Anarquia significa:
Beleza, amor, poesia,
Igualdade, fraternidade, sentimento, liberdade,
Cultura, arte, harmonia,
A razão, suprema guia,
A ciência, sublime verdade,
Vida, nobreza, bondade,
Satisfação, alegria,
Tudo isto é anarquia
E anarquia, humanidade”
250
251
252
Notas
1
Luis Andrés Edo. La CNT en la encrucijada. Aventuras de un heterodoxo.
Barcelona, Flor del Viento, 2006.
253
RESUMO
A autora e companheira de Luis Andrés Edo traz um pouco da
generosidade e poesia da vida dele e das próprias experiências
com esse corajoso anarquista que tomou parte da CNT e lutou
contra a ditadura franquista.
ABSTRACT
The authoress, who was Luis Andrés Edo’s partner, brings
some of the generosity and poetry of his life, and even her own
experiences with this courageous anarchist who had joined
CNT and fought against Franco’s dictatorship.
254
0 goodman
paul
258
259
260
Prefácio
261
Paul Goodman
Nova York
Setembro de 1968
Prólogo
262
263
264
II
265
266
III
267
268
IV
Protagonista: (transportando-se na Máquina) Aconteça o que
acontecer! Coisas contrárias são indiferente-
mente possíveis e necessárias. Eu nunca fui
uma criança, nem cheguei a conhecer e amar o
ambiente através da preciosa mediação do cor-
po de mãe. Não há nem uma estação certa nem
uma errada. E palavras são gritos estridentes.
Dario ow dishtu ormei varuda.16
Temerariamente, eu chego ao ponto exato três
metros acima, e um pouco ao sul pelo oeste do
eixo, de onde são observadas as visões tutelares
da noite. Experimentalmente reproduzindo a
situação precisa, devemos representar confian-
temente as ideias que não têm nenhum peso
corporal.
Agora, então, chegamos ao lugar alto. Lá abai-
xo se espalha a ameaçadora praça pública e a
multidão hostil, lá se encontra minha mulher
com as mãos erguidas, e através da porta do
palácio deve aparecer o próprio herói — (A
porta de repente se abre.) Aíííií.
(Ele cai, e é carregado para dentro.)
Coro: (canção dançante) Gaia é a ciência
da felicidade quando
hostil verdade murchou
com um estado distante.
Ó Pan, renove
sempre na estação
o afrouxamento
dos músculos das flores.
269
270
Exodus18
Notas
1
Tragedy & Comedy: four cubist plays. Los Angeles, Black Sparrow Press, 1970. Dedi-
cado a Julian Beck e Judith Malina.
2
John Fitzgerald. Paul Goodman biography. Disponível em http://dwardmac.pitzer.
edu/ANARCHIST_ARCHIVES/bright/goodman/goodman-bio.html.
3
Paul Goodman. Growing up absurd: problems of youth in the organized society. New
York, Vintage Books, 1960, p. 29.
4
Paul Goodman, Making do, livro de 1967. Apud Theodore Roszak, A contracultura.
Tradução de Donaldson Garschagen. Petrópolis, Vozes, 1972, p. 207.
5
Ver Theodore Roszak, 1972, op. cit., em especial, Capítulo VI “Exploração da
utopia: a sociologia visionária de Paul Goodman”, p. 185-208.
271
6
Taylor Stoehr, Drawing the line: the political essays of Paul Goodman, New York, Dut-
ton, 1979, p. XVII.
7
Queer, palavra inglesa cujo sentido genérico era “estranho”, “não usual”, mas que
a partir do século passado se estendeu a específicos “desvios” sexuais, qualificando
homens efeminados e hoje se refere a uma categoria ampla em que se incluem
homossexuais: gays e lésbicas, bissexuais e trans-gêneros.
8
Paul Goodman. “Being queer” in Taylor Stoehr. Crazy hope and finite experience.
Routledge, 1997, p. 105.
9
Idem, p. 108.
10
Ibidem.
11
Ibidem, p. 105.
12
Scott McLemee. Goodman, Paul. Disponível em: http://www.glbtg.com/literatu-
re/goodman_p.html.
13
Expressão latina: arte é esconder arte. (N.T.)
14
Palavra latina, no teatro assinala a saída de cena de um personagem. (N.T.)
15
Palavra latina, no teatro assinala a saída de cena da maioria dos personagens.
(N.T.)
16
Expressão sem tradução. (N.T.)
17
Expressão latina: Com as devidas modificações. (N.T.)
18
Expressão grega. Saída de várias pessoas, debandada. (N.T.)
272
a ameaça do canibalismo1
0
eliane knorr*
Inimputabilidade da vítima
274
275
276
277
278
O risco do contágio
279
280
281
282
Tribunal midiático
283
A condenação insuficiente
284
285
Notas
1
Texto extraído de Eliane K. de Carvalho. Canibalismo e normalização. São Paulo,
Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais, PEPG/PUC-SP, 2008. Com
algumas modificações.
2
Deutsche Welle. “Canibalismo entre homossexuais choca Alemanha” in DW-
World.de. Disponível em: http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,712831,00.
html, 12 de dezembro de 2002.
3
Anúncios publicados no extinto forum Cannibal Café. Algumas mensagens podem
ser conferidas em Eliane K. de Carvalho, 2008, op. cit., pp. 100, 114 e 115.
286
4
“Eles se conheceram pela internet, e a vítima aceitou ser morta e devorada” in
Veja Online, ed. 1832. Disponível em http://veja.abril.com.br/101203/p_111.html,
10 de dezembro de 2003.
5
Edson Passetti (coord.), et alli. Violentados: crianças adolescentes e justiça. São Paulo,
Ed. Imaginário, 1999, p. 10.
6
Sobre ‘crime sem razão’ ver: M. Foucault. Os Anormais. Tradução de Eduardo
Brandão. São Paulo, Martins fontes, 2002, pp. 06-10.
7
“Loz juzgan en Alemania” in Terra Uruguay. Disponível em http://www.terra.
com.uy, 02 de dezembro de 2003.
8
“Canibal de Rotemburg confessa crimes na TV” in Folha Online. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u337288.shtml, 16 de
outubro de 2007.
9
Mais informações na cobertura sobre o caso, nos sites de notícias: BBC, DW-
World, Folha Online, Estadão.
10
Lorna. A. Rhodes. “A psicopatia e a cara do controle na supermax” in Discursos
Sediciosos. Rio de Janeiro, Instituto Carioca de Criminologia/Ed. Revan, 2004, pp.
57-76.
11
Idem, p. 64.
12
A. Sydney. “Cold-blooded Murder or Death Per Request?” in Ritro.com. Disponível
em: http://www.ritro.com/sections/worldaffairs/story.bv?storyid=2226, 29 de
dezembro de 2003.
13
“German cannibal’s dad unaware of son’s ‘Hansel & Gretel’ obsession” in
Gmax.com.za,. Disponível em: http://www.gmax.co.za/look04/01/19-germany.
html, 19 de janeiro de 2004.
14
“Los juzgan en Alemania”, 02 de dezembro de 2003, op. cit.
15
France Presse. “‘Rezei por nós e o comi’, diz alemão acusado de canibalismo”
in Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/
ult94u66241.shtml, 03 de dezembro de 2003.
16
Marcelo Sávio R. M. Carvalho. A trajetória da internet no Brasil: do surgimento das redes
de computadores à instituição dos mecanismos de governança. Rio de Janeiro, Dissertação —
Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, 2006.
17
Edson Passetti. Anarquismos e sociedade de controle. São Paulo, Cortez Editora,
2003.
18
Gilles Deleuze. “Controle e devir” in Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart.
Rio de Janeiro, Ed. 34, 2004, pp. 209-218.
287
19
Michel Foucault. “Soberania e disciplina” in Microfísica do poder. Tradução de
Roberto Machado. São Paulo, Ed. Graal, 2004, pp. 179-191.
20
Gilles Deleuze. “Post-Scriptum sobre as sociedades de controle” in Conversações.
Tradução de Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro, Ed. 34, 2004, pp. 219-226.
21
Idem, p. 221.
22
Edson Passetti. “Segurança, confiança e tolerância: comandos na sociedade
de controle” in São Paulo em Perspectiva, vol. 18 (1), São Paulo. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-8839200
4000100018&lng=pt&nrm=iso, 2004, p. 154.
23
Edson Passetti, 2003, op. cit.
24
Idem, p. 257.
25
Roger Boyes. “Cannibalism copycat who kept a man in his fridge” in Times
Online. Berlin. Disponível em: http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/
article1079465.ece, 04 de maio de 2005.
26
Idem.
27
Ibidem.
28
Ibidem.
29
“Suécia condena canibal que bebeu sangue e comeu carne das vítimas” in Folha
Online. Disponível em: http://www.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u92020.
shtml, 28 de janeiro de 2006.
30
“Suposto caso de canibalismo choca os EUA” in Folha Online. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94932.shtml, 16 de abril de
2006.
31
Folha Online & France Presse. “Canibal australiano demonstra ‘orgulho’ por
seus atos” in Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/
mundo/ult94u72355.shtml, 06 de maio de 2004.
32
Folha Online & Agências Internacionais. “Polícia russa acusa mulher e seus dois
filhos de canibalismo” in Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.uol.
com.br/folha/mundo/ult94u89632.shtml, 17 de novembro de 2005.
33
BBCBrasil. “Homem mata e come sem-teto na Áustria” in Folha Online.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u323898.shtml,
29 de agosto de 2007.
34
Ansa & France Presse. “Polícia mexicana confirma que homem comia carne
humana” in Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.com.br/folha/
mundo/ult94u336951.shtm, 15 de outubro de 2007.
288
35
BBCBrasil. “Canibal britânico admite ter matado e comido namorada” in Folha
Online. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u344090.
shtml, 09 de novembro de 2007.
36
EFE. “Homem drogado assassina menina e come seus orgãos nas Filipinas”
in Yahoo Notícias. Disponível em: http://br.noticias.yahoo.com/s/05082008/40/
politica-homem-drogado-assassina-menina-come-orgaos-nas-filipinas-.html, 05
de agosto de 2008.
37
France Presse. “Texano é acusado de matar e cozinhar a namorada por pedido
divino” in Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.com.br/folha/mundo/
ult94u361451.shtml, 08 de janeiro de 2008.
38
Michel Foucault, 2002, op. cit., p. 59.
39
Para uma reflexão abolicionista acerca dos chamados crimes hediondos ver
hypomnemata, nº 71. Disponível em: http://www.nu-sol.org.
40
Nilo Batista. “Pena pública em tempo de privatização” in Edson Passetti (org.).
Curso livre de abolicionismo penal. Rio de Janeiro, Revan, 2004.
41
Idem, p. 115.
42
Michel Foucault, 2002, op. cit.
43
Segundo a Redação do site Terra, no dia do primeiro veredicto, “a imprensa pôde
filmar e fotografar a sala quando o réu foi apresentado, mas teve de abandonar
o recinto antes da leitura do veredicto. A sessão começou com meia hora de
atraso por causa do grande número de fotógrafos e câmeras de televisão na sala,
que estava lotada pelo público” em “Canibal alemão é condenado a 8,5 anos de
prisão” in Terra/Mundo. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/mundo/
interna/0,,OI262121-EI294,00.html, 30 de janeiro de 2004.
44
Louk Hulsman & Jacqueline. B. de Celis. Penas perdidas: o sistema penal em questão.
Tradução de Maria Lúcia Karam, Rio de Janeiro, 1993, p. 96.
45
Deutsche Welle. “Canibal condenado a oito anos de prisão” in DW-World.de.
Disponível em http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1100710,00.html, 30
de janeiro de 2004.
46
Deutsche Welle. “Canibal de Rotemburgo terá novo julgamento” in DW-World.
de. Disponível em: http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1561157,00.html,
22 de abril de 2005.
47
“Canibal de Rotemburgo outra vez no banco dos réus” in Sapo/Sociedade.
Disponível em: http://dn.sapo.pt/2006/01/13/sociedade/canibal_rotemburgo_
outra_no_banco_re.html, 13 de janeiro de 2006.
48
Ver Abolicionismo libertário, verbetes. Disponível em: http://www.nu-sol.org.
289
RESUMO
Armin Meiwes e Bernd-Jürgen Brandes trouxeram um novo
problema à economia do poder de punir quando um deles
consentiu em ser morto e devorado pelo outro. A partir daí,
defesa e acusação tiveram que elaborar novas estratégias
jurídicas, redimensionando discursos para que se pudesse
definir uma vítima, um criminoso e aplicar-lhe uma pena que
contivesse uma ameaça inexistente alimentada pela mídia.
ABSTRACT
A few years ago, Armin Meiwes and Bernd-Jürgen Brandes
caused the punishment system a new concern: How to punish
when the potential victim agreed in being killed and eaten?
Since then, new juridical strategies were applied in order to
determine a victim, a criminal and to penalize him based on
a threat hitherto inexistent induced by the mass media.
290
artaud e nise,
a loucura de viés salete oliveira*
293
294
295
296
297
o singular
maurício tragtenberg lúcia soares*
299
300
301
302
303
304
306
307
308
309
310
311
∞. ...
O capitalismo entra em nova-velha fase, própria
de seu pendular funcionamento. Abre-se a era de re-
fundação do capitalismo globalizado e do correlato
altermundialismo. E o que estes, incluindo uma boa
parte dos anarquistas que pressionavam por retoma-
da dos direitos sociais, exigirão? De novo, a revolução
universal? A revolução universal na Via Láctea? Ou
estarão definitivamente capturados pelo governo das
verdades articulado por meio de palavras-chave?
Enquanto isso, um sistema de produção de pro-
dutos e gentes amplia e nanifica o universo em inter-
mináveis especialidades; faz de inovadoras linhas de
fuga a sucessão desenfreada de resistências reativas;
condensam a invenção dos povos a uma população
312
313
Aulas-teatro
Emma Goldman na Revolução Russa, maio e junho de 2007.
Eu, Émile Henry, outubro de 2007.
Foucault, maio 2008.
Estamos todos presos, novembro de 2008 e fevereiro de 2009.
Limiares da liberdade, junho de 2009.
DVD
Ágora, agora, edição de 8 programas da série PUC ao vivo.
Vídeos
Libertárias, 1999.
Foucault-Ficô, 2000.
Um incômodo, 2003.
Foucault, último, 2004.
Manu-Lorca, 2005.
A guerra devorou a revolução. A guerra civil espanhola, 2006.
Cage, poesia, anarquistas, 2006.
Bigode, 2008.
314
CD-ROM
Um incômodo, 2003 (artigos e intervenções artísticas do Simpósio Um
incômodo).
Berkman
Colombo
Enckell
315
Safón
lombo
Livros
Edson Passetti e Acácio Augusto. Anarquismos e educação. São Paulo,
Autêntica, 2008.
Edson Passetti. Anarquismo urgente. Rio de Janeiro, Achiamé, 2008.
Edson Passetti e Salete Oliveira (orgs.). Terrorismos. São Paulo, Educ,
2006.
Edson Passetti e Salete Oliveira (orgs.). A tolerância e o intempestivo. São
Paulo, Ateliê Editorial, 2005.
Edson Passetti (org.). Curso livre de abolicionismo penal. Rio de Janeiro,
Editora Revan/Nu-Sol, 2004.
Edson Passetti (org.). Kafka-Foucault, sem medos. São Paulo, Ateliê Editorial,
2004.
Beatriz Scigliano Carneiro. Relâmpagos com claror: Lígia Clark e Helio Oiticica,
vida como arte. São Paulo, Ed. imaginário/FAPESP, 2004.
Thiago Rodrigues, Política e drogas nas Américas. São Paulo, Educ/FAPESP,
2004.
Thiago Rodrigues, Narcotráfico, uma guerra na guerra. São Paulo, Desatino,
2003.
Mikhail Bakunin. Estatismo e anarquia. São Paulo, Ed. Imaginário/Ícone
Editora/Nu-Sol, 2003.
Pierre-Joseph Proudhon. Do Princípio Federativo. São Paulo, Ed. Imaginário/
Nu-sol, 2001.
316
Identificação:
Resumo:
Notas explicativas:
Citações:
I) Para livros:
317
Ex: Roberto Freire. Sem tesão não há solução. Rio de Janeiro, Ed.
Guanabara, 1987, 193 pp.
Revista Verve
Núcleo de Sociabilidade Libertária (Nu-Sol), Programa de Estudos
Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP. Rua Ministro Godói,
969, 4o andar, sala 4E-20, Perdizes, CEP 05015-001,
São Paulo/SP.
318
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El Libertário
Publicación de la Federación Libertaria Argentina.
www.flying.to/fla
www.anarquia.org.ar (versão digital realizada pelo Colectivo Libertario Mar
del Plata
Argentina
319