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Introdução

O Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na


metade do século XIX e se desenvolveu na literatura européia,
chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao
romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo.

O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso",


que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da
poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram
foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José
Maria de Heredia.

Parnasianismo brasileiro

Na segunda metade do século XIX, o contexto sociopolítico europeu mudou


profundamente. Lutas sociais, tentativas e revolução, novas idéias políticas,
científicas... O mundo agitava-se e a literatura não podia mais, como no tempo
do Romantismo, viver de idealizações, do culto do eu e da fuga à realidade.
Era necessária uma arte mais objetiva, que atendesse ao desejo do momento:
o de analisar, compreender, criticar e transformar a realidade. Como resposta a
essa necessidade, nascem quase ao mesmo tempo três tendências anti-
românticas na literatura, que se entrelaçam e se influenciam mutuamente: o
Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo.

Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se voltavam para o


exame da realidade, o Parnasianismo representou na poesia o retorno à
orientação clássica, ao princípio do belo na arte, à busca do equilíbrio e da
perfeição formal.

Os parnasianos acreditavam que o sentido maior da arte reside nela


mesma, em sua perfeição, e não no mundo exterior.

Se examinarmos a seqüência histórica da arte e da literatura, veremos que


elas se constroem a partir de ciclos. O homem está sempre rompendo com
aquilo que considera ultrapassado e propondo algo novo Contudo, esse novo,
muitas vezes, não passa de algo ainda mais velho, revestido de uma
linguagem diferente.

Assim foi o Parnasianismo no Brasil, na década de 80 do século XIX.


Depois da revolução romântica, que impôs novos parâmetros e valores
artísticos, surgiu em nosso país um grupo de poetas parnasianos que desejava
restaurar a poesia clássica, desprezada pelos românticos.

Os parnasianos achavam que certos princípios românticos, como a busca


de uma poesia mais acessível, da paisagem nacional, de uma língua brasileira,
dos sentimentos, tudo isso teria feito perder as verdadeiras qualidades da
poesia. Em seu lugar propõem, então, uma poesia objetiva, de elevado nível

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vocabular, racionalista, perfeita do ponto de vista formal e voltada a temas
universais.

A “arte pela arte”

Apesar de contemporâneos, o Parnasianismo difere profundamente do


Realismo e do Naturalismo. Enquanto esses movimentos se propunham a
analisar e compreender a realidade social e humana, o Parnasianismo se
distancia da realidade e se volta para si mesmo. Defendendo o princípio da
“arte pela arte”, os parnasianos achavam que o objetivo maior da arte não é
tratar dos problemas humanos e sociais, mas alcançar a “perfeição” em sua
construção: rimas, métrica, imagens, vocabulário seleto, equilíbrio, controle das
emoções, etc.

Observação: “Arte sobre a Arte”

Distanciados dos problemas sociais, alguns parnasianos dedicam-se a


tematizar em seus poemas a própria arte. Por exemplo, descrevem com
precisão obras de arte, como vasos, peças de escultura, lápides tumulares,
bordados, etc. Nesse caso, trata-se de uma restrição ainda maior do princípio
da “arte pela arte”, que se transforma em “arte sobre a arte”.

A influência clássica

A origem da palavra Parnasianismo associa-se ao Parnaso grego, segundo


a lenda, um monte da Fócida, na Grécia central, consagrado a Apolo e às
musas. A escolha do nome já comprova o interesse dos parnasianos pela
tradição clássica. Acreditavam que, assim, estariam combatendo os exageros
de emoção e fantasia do Romantismo e, ao mesmo tempo, garantindo o
equilíbrio desejado, por se apoiarem nos modelos clássicos.

Contudo a presença de elementos clássicos na poesia parnasiana não ia


além de algumas referências a personagens da mitologia e de um enorme
esforço de equilíbrio formal. Pode-se afirmar que não passava de um verniz
que revestiu artificialmente essa arte, como forma de garantir-lhe prestígio
entre as camadas letradas do público consumidor brasileiro.

A “Batalha do Parnaso”

As idéias parnasianas já vinham sendo difundidas no Brasil desde os anos


70 do século XIX. Contudo foi no final dessa década que se travou no jornal
Diário do Rio de Janeiro uma polêmica literária que reuniu, de um lado, os
adeptos do Romantismo e, de outro, os adeptos do Realismo e do
Parnasianismo. O saldo da polêmica, que ficou conhecida como Batalha do
Parnaso, foi a ampla divulgação das idéias do Realismo e do Parnasianismo
nos meios artísticos e intelectuais do país.

A primeira publicação considerada parnasiana propriamente dita é a obra


Fanfarras (1882), de Teófilo Dias. Entretanto caberia a Alberto de Oliveira,
Raimundo Correia, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho e Francisca Júlia o papel

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de implantar e solidificar o movimento entre nós, bem como definir melhor os
contornos de seu projeto estético.

Abolicionismo, república e vasos gregos

Vale lembrar que o Parnasianismo se firmou no Brasil na década de 80 do


século XIX. Nesse momento se davam as lutas sociais decisivas pela abolição
da escravatura e pela república. Apesar disso, o parnasiano Alberto de Oliveira
afirmou: “Eu hoje dou a tudo de ombros, pouco me importam paz ou guerra e
não leio jornais”. Distante dos problemas sociais, Alberto de Oliveira descreve
então seu “Vaso grego”.

A linguagem da poesia parnasiana

A poesia parnasiana pretende ser universal. Por isso utiliza uma linguagem
objetiva, que busca a contenção dos sentimentos e a perfeição formal. Seus
temas são, igualmente, universais: a natureza, o tempo, o amor, objetos de arte
e, principalmente, a própria poesia.

A máquina de fazer versos

O poeta modernista Oswald de Andrade, em seu Manifesto da Poesia Pau-


Brasil, desfere várias críticas aos poetas parnasianos, dentre as quais a rigidez
formal excessiva e a falta a liberdade no ato da criação poética. Diz ele,
ironicamente: “Só não me inventou uma máquina de fazer versos – já havia o
poeta parnasiano”.

(In Literatura Brasileira, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar


Magalhães, Editora Atual, 1995)

Cronologia

Início: 1882, publicação do livro Fanfarras, de Teófilo Dias.

Término: 1893, início do Simbolismo no Brasil.

Principais escritores:

Olavo Bilac

Raimundo Correia

Alberto de Oliveira

Vicente de Carvalho

Características do Parnasianismo

• Formas poéticas tradicionais: com esquema métrico rígido, rima, soneto.

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• Purismo e preciosismo vocabular, com predomínios de termos eruditos,
raros, visando à máxima precisão e de construções sintáticas refinadas.
Escolhe as palavras no dicionário para escrever o poema com palavras
difíceis.
• Tendência descritiva, buscando o máximo de objetividade na elaboração
do poema e assim separando o sujeito criador do objeto criado.
• Destaque ao erotismo e à sensualidade feminina.
• Referências à mitologia greco-latina.
• Esteticismo, a depuração formal, o ideal da “arte pela arte”. O assunto
não é importante, o que importa é o jeito de escrever.
• A visão da obra como resultado do trabalho, do esforço do artista, que
se coloca como um ourives que talha e lapida a jóia.
• Transpiração no lugar da inspiração romântica. O escritor precisa
trabalhar muito, suar a camisa, para fazer uma boa obra. Poeta é
comparado ao ourives.
• Objetividade no tratamento dos temas abordados. O escritor parnasiano
trata os temas baseando na realidade, deixando de lado o subjetivismo e
a emoção;
• Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos
fatos;
• Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por
sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista
estético;
• O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em
suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
• Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
• Temas da mitologia grega e da cultura clássica são muito frequentes nas
poesias parnasianas;
• Preferência pelos sonetos;
• Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é
usado em cada verso;
• - Uso e valorização da descrição das cenas e objetos

Bibliografia:

http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/parnasianismo.htm
http://www.brasilescola.com/literatura/parnasianismo.htm
http://www.brasilescola.com/literatura/parnasianismo-no-brasil.htm
Apostila da EsPCEx

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