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ENC-01
O mundo em que vivemos é um mundo marcado pelo relativismo, onde o certo e o errado nunca
foram tão banalizados. Para a maioria das pessoas, os padrões morais e valores sociais ficam a
critério de cada um. Por isso, vivemos num mundo altamente individualista que prevalece nas
relações sociais, educacionais, econômicas, na religião e no trabalho.
1-DEFINIÇÃO
Segundo o Dicionário Aurélio, “ética é o estudo dos juízos de apreciação que se refere à conduta
humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal”.
Etimologicamente, ética vem do grego ETHOS, e tem seu correlato no latim MORALE com o
mesmo significado; conduta relativa aos costumes. Podemos concluir que, etimologicamente,
ética e moral são palavras sinônimas.
2-CONCEITOS
Éticas é princípio, moral são aspectos de condutas específicas.
Ética é permanente, moral é temporal.
Ética é universal, moral é cultural.
Ética é regra, moral é conduta de regra.
Ética é teoria, moral é a prática.
3-ALTERNATIVAS ÉTICAS
Os estudiosos desse assunto geralmente agrupam as alternativas éticas de acordo com o seu
princípio orientador fundamental. As principais são: humanística, natural e religiosa.
Éticas humanísticas: hedonismo, utilitarismo, existencialismo.
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Utilitarismo – tem como princípio orientar o que for útil para o maior número de pessoas
(nazismo).
Existencialismo – defende que o certo e o errado são relativos a cada indivíduo e que não existem
valores morais e espirituais absolutos. que o certo é aquilo que é agradável
Ética naturalística: esse nome é geralmente dado ao sistema ético que toma como base o
processo e as leis da natureza. O certo é o natural – a natureza dá o padrão a ser seguido.
Ética religiosa: é o sistema de valores que procura na divindade (Deus ou deuses) o motivo maior
de suas ações e decisões. Como cristãos entendemos que éticas baseadas no homem e na
natureza são inadequadas por que:
• Não oferecem base bíblica para justificar a misericórdia, o perdão e o amor; • • Estão em
constante mudança e não tem como oferecer paradigma duradouro.
4-ÉTICA NO TRABALHO
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5-VIRTUDES PROFISSIONAIS
6-ÉTICA NO TRABALHO
Ter a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa, ao mesmo tempo, demonstrar
lealdade pela organização. Ter iniciativa não quer dizer apenas iniciar um projeto no interesse da
organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por sua complementação e
implementação. Existem outras qualidades que são importantes no exercício de uma profissão.
São elas:
Honestidade – está relacionada à confiança que nos é depositada, com a responsabilidade
perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. A honestidade é a primeira virtude
no campo profissional. É um princípio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações
circunstanciais.
Sigilo – o respeito aos segredos das pessoas, dos negócios e das empresas deve ser
desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. Uma
informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.
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Prudência – faz com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade
e de forma mais profunda e minuciosa; contribui para a maior segurança, principalmente das
decisões a serem tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves,
pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.
Coragem – todo profissional precisa ter coragem, pois ela nos ajuda a reagir às críticas injustas, e
a nos defender dignamente quando estamos cônscios de nosso dever. Temos que ter coragem
para tomar decisões, indispensáveis e importantes para a eficiência do trabalho, sem levar em
conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes ou colegas.
Perseverança – qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está
sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem se entregar a decepções ou mágoas. É louvável a
perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.
Compreensão – qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional.
Humildade – o profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não seja o dono da
verdade, e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.
Imparcialidade – é uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se
destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro,
técnica...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma
posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial; logo, a
justiça depende muita da imparcialidade.
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Otimismo – o profissional precisa e deve ser otimista para acreditar na capacidade de realização
da pessoa humana e no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom
humor.
Ética na Engenharia
Os engenheiros encontram problemas éticos na sua ação, por exemplo, situações de conflito de
interesses, responsabilidade pela saúde e segurança do público, segredos industriais e
propriedade intelectual, prendas de fornecedores, honestidade na apresentação de resultados de
ensaios e de investigação, etc...
Nesta secção são apresentados diversos exemplos relevantes de códigos éticos de associações
profissionais.
i - using their knowledge and skill for the enhancement of human welfare;
ii - being honest and impartial, and serving with fidelity the public, their employers
and clients;
iii - striving to increase the competence and prestige of the engineering profession.
1- Engineers shall hold paramount the safety, health and welfare of the public in the
performance of their professional duties.
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O ASME Board on Professional Practice and Ethics dá apoio aos membros na procura de
soluções para casos concretos, à luz do código acima.
Art. 87 - Deveres do engenheiro para com a entidade empregadora e para com o cliente
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Este código resulta de um 'Projeto de Código Deontológico' que a Ordem dos Engenheiros
publicou em 1989, do qual se retira a afirmação ' .... no exercício das suas tarefas profissionais, o
engenheiro deve realizar-se a si próprio, contribuir para a valorização dos outros e dignificar o
próprio trabalho. Assim se exprime, na diversidade das tarefas, a dimensão ética do trabalho do
engenheiro'. (Como curiosidade regista-se que a redação adoptada no estatuto resulta quase
integralmente daquele projeto, exceto no ponto 3 do artigo 89: 'O engenheiro deve prestar aos
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colegas, desde que solicitada, toda a colaboração possível', cuja redação no projeto era (art.10,
#1) 'O engenheiro deve prestar aos colegas toda a colaboração possível').
Do livro 'Teaching Engineering' de Wankat e Oreovicz (da Purdue University) retirei um sumário
de declaração da AAUP (American Association of University Professors).
1 - Seek and state truth in subject as he or she sees it. Intellectual honesty must be
practiced.
2 - Encourage students in the pursuit of learning. The professor will respect students,
avoid exploiting students and honestly evaluate students.
3 - Respect colleagues and defend their right of free inquiry. Acknowledge academic
debts and accept faculty responsibility for institutional governance.
4 - Determine amount and character of outside work with due regard to paramount
responsibility within institution to be an effective teacher and scholar. Give due notice
of intent to leave.
5 - As a citizen speak as an individual bound by the rights and obligations of a
citizen.
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Ética na Computação
Nos tempos atuais a questão da ética em computação, tem tomado cada vez mais o foco dos
grandes fóruns da computação. Sobretudo quando se trata de questões que se prendem a
segurança dos sistemas, uma vez que boa parte das medidas de segurança em si ou o
complemento das mesmas depende sobremaneira da postura ética dos usuários do sistema.
Sendo assim podemos começar por frisar temas mais candentes relacionados à ética em
computação:
Acesso não autorizado (Exemplos: vírus, hackers);
Propriedade intelectual (Exemplos: plágio e pirataria de software);
Privacidade;
Confidencialidade;
Competência profissional.
A maior dificuldade em se falar de ética na computação é que, como qualquer pessoa de qualquer área
de estudo pode estudar informática, inclusive pessoas que não fazem qualquer curso superior, fica
difícil de se criar uma regulamentação que todo profissional do setor deve seguir ao se deparar com
situações em que é preciso julgar o que é correto e o que é incorreto. Não existe um código de ética
oficial, como na Medicina ou no Direito, mesmo porque se houvesse, não abrangeria a todos os
praticantes da área, atingindo apenas àqueles que tomassem conhecimento através de disciplinas da
graduação, talvez eletivas.
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Vale desde já ressaltar que uma vez que a computação tem hoje invadido quase todas as áreas
da sociedade. Nem todas as questões éticas que envolvam o uso de Sistemas de Informação
devem ser ligadas a ética na computação. Para ilustrar vejamos os dois seguintes casos:
A quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo de Brasília. Nesse caso houve crime contra
o sistema financeiro nacional e suas leis. O acesso ao sistema bancário foi feito de dentro da
instituição, por um funcionário legalmente contratado e autorizado a usar o sistema. O extrato
bancário foi então passado pelo funcionário ao seu superior e foi depois tornado público. Não
houve, portanto, a participação de funcionários da área de TI da instituição – um ponto
fundamental nos casos de ética em computação – e nem também qualquer falha do sistema.
Houve então um crime por computador, que não envolve questões éticas em computação.
Outro caso, do mesmo setor, mas de natureza bastante diferente, ocorreu há poucos meses.
Um cliente de um banco na Inglaterra estava insatisfeito com os serviços prestados pelo banco
do qual era cliente e resolveu dar vazão à sua raiva colocando como sua senha no sistema de
acesso a informações bancárias por telefone uma palavra que traduzida livremente seria algo
como “LloydsÉumaPorcaria”. Dias depois ao usar o sistema, percebeu que a senha havia sido
mudada e ao ligar para o banco, descobriu que a nova senha, modificada por um funcionário
do banco, era “NãoÉNão”. O cliente tentou então mudar a senha para outras palavras
provocativas, como “BarclaysÉmelhor”, mas não teve sucesso. O caso ganhou a mídia, correu
o mundo e vários comentários foram publicados em blogs e jornais. Deixando de lado a
excelente demonstração do fino humor inglês, o caso levanta questões éticas interessantes.
Aparentemente, o funcionário que trocou a senha não era da área de TI. Logo depois do caso
tornar-se público o banco emitiu um comunicado informando que o funcionário havia sido
demitido. Se fosse apenas este o problema, não se caracterizaria um problema de ética em
computação. Mas há outras questões a considerar: o que se pode dizer de uma empresa que
permite que seus funcionários tenham acesso às senhas de seus clientes e até possam modificá-
la? Por que os profissionais de computação que fizeram (ou instalaram) o sistema não
armazenaram as senhas de forma criptografada e sem a possibilidade de ser modificada, a não
ser pelo cliente? Deveriam estes profissionais ao menos ter alertado seus superiores de que havia
uma falha de segurança do sistema? Outros sistemas do banco têm o mesmo problema?
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Como resultado, a imagem do banco saiu arranhada no episódio por ter sido revelada uma falha
grave de seu comportamento ético como organização, um funcionário foi demitido e a
competência dos profissionais de TI envolvidos foi posta em xeque e, talvez, suas carreiras
tenham sido irremediavelmente prejudicadas. Este episódio ilustra bem a importância da ética
profissional, em especial o tema da competência profissional e envolve também assuntos técnicos
de engenharia de software (como especificar e implementar requisitos não funcionais) e de
segurança computacional.
Caso Revlon:
Em 1988, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, a Revlon, contratou uma
pequena empresa de software chamada Logisticon Inc, para desenvolver o software de controle
de estoque pela quantia de US$ 600.000. Em outubro de 1990, o vice presidente de
desenvolvimento de software da Revlon, Nathan Amitait tentou romper o contrato alegando que o
sistema tinha ficado "aquém das expectativas” Neste ponto, a Revlon devia a Logisticon US$
180.000, mas não quis pagar até que o trabalho referente à primeira fase do contrato estivesse
completo.
O presidente da Logisticon Donald Gallagher acusou os outros sistemas da Revlon por qualquer
defeito de funcionamento do sistema de estoque e reclamou o pagamento.
A Revlon recusou. As 02h30min da manhã do dia 16 de outubro de 1990, o pessoal de sistemas
da Revlon relatou uma queda genaralizada no sistema de estoque. Um fax da Logisticon, no dia
seguinte, relatou que a empresa tinha desabilitado o software na última noite, mas com todos os
cuidados para não corromper nenhum dado.
O fax dizia ainda que se a Revlon usasse ou tentasse restaurar o software de propriedade da
Logisticon haveria uma possibilidade real de perda dos dados, pela qual a Logisticon não se
responsabilizaria. O fax terminava dizendo que, quando e se um acordo fosse encontrado
referente a pagamentos atrasados, o sistema poderia ser reestabelecido em poucas horas.
Durante os próximos 3 dias, as vendas dos dois centros de 3 distribuição afetados foram
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Importância
Falhas éticas graves, quando ocorrem, podem causar severos prejuízos às organizações e às
pessoas envolvidas.
Portanto, duma maneira muito sucinta com adoção de uma conduta de ética por parte dos
profissionais de Informática (computação) teremos os seguintes benefícios:
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A ética profissional seria mais bem estabelecida e seguida pelos usuários (cada um
procurando honrar contratos e responsabilidades).
Criação de um conselho de classe específico com normas mais cabíveis para área e
consequentes punições a desacatos em tais.
Usar a tecnologia da computação para fins benéficos nas mais diversas áreas de
conhecimento humanos.
Referencias
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