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A importância econômica do café

Mini-aula – CEFET/2010 - Angélica Barros

• A origem do café

A produção e o consumo do café tiveram origem entre os árabes, e esse produto


era conhecido pelos europeus desde o século XVI. Seu consumo no Ocidente
começou em Veneza, em meados do século XVII, difundindo-se rapidamente.

Século XVII - café já era consumido em larga escala na Europa, mas só


os árabes vendiam o produto. Italianos, alemães e franceses tentavam
sem sucesso, desenvolver o cultivo do café.
1º Holandeses - Jardim Botânico de Amsterdã.

O café passava então, do cultivo ao consumo.

• Como o café chegou ao Brasil

Por volta de 1727 o governo do Pará, enviou então, o jovem oficial Palheta à
Guiana Francesa, com uma missão simples: pedir ao governador M. d’Orvilliers
algumas mudas.

Do Pará, a cultura passou para o Maranhão e, por volta de 1760, foi trazida para
o Rio de Janeiro por João Alberto Castelo Branco, espalhando-se pela Baixada
Fluminense e depois pelo Vale do Paraíba.

• Fatores de favorecimento do café

 A cultura do algodão estava em decadência, batida no mercado


internacional pela produção dos EUA;

 O Açúcar apesar de manter sua produção, não conseguiu superar


o rápido crescimento do café.

 Em nível internacional - colapso dos cafezais de Java (devido a


uma praga) e do Haiti (devido aos levantes de escravos e á
revolução que tornou o pais independente).

 Estabilização do comércio internacional depois das guerras


napoleônicas (Tratado de Versalhes, 1815) e a expansão da
demanda européia e americana por uma bebida barata.

A exportação brasileira do café começou a crescer a partir de


1816. Na década de 1830-1840, o produto assumiu a liderança das
exportações do pais, com mais de 40% do total

• Ciclo do café

Brasil tornou-se então, o maior produtor mundial de café. Na década 1870-1880,


o café passou a representar até 56% do valor das exportações. Começou então o
período áureo do chamado Ciclo do Café, que durou até 1930.
• A expansão cafeeira

Na primeira década do século XIX, a cultura cafeeira já havia


atingido o Rio de Janeiro, começando pelo litoral - Angra dos Reis e
Parati -, em direção a São Paulo: Caraguatatuba. Porém, foi no Vale do
Paraíba que o café prosperou.

• O Vale do Paraíba

A fixação do café no Vale do Paraíba deveu-se às condições


geográficas excepcionais:

 Clima adequado

 Regularidade das chuvas

 Terra fértil

De 1830 a 1880, aproximadamente, toda a energia econômica voltou-se


para o cultivo do café, que então era:

 Vendido sem concorrência;

 Estabilizador da economia do Império;

“O Brasil é o vale".

• O Oeste Paulista

A estagnação e decadência do Vale do Paraíba não significou,


contudo, a decadência da cafeicultura, que encontrou no Oeste Paulista
um novo alento.

• Diferenças entre o vale do Paraíba e o Oeste paulista

Devido ao terreno acidentado, o plantio do café no Vale do Paraíba


era descontínuo, realizado nas encostas dos montes. Já no Oeste
Paulista, o plantio ocupava ininterruptamente vários quilômetros
quadrados de solo excepcionalmente fértil: a terra roxa, oriunda da
decomposição das rochas vulcânicas.

• Escoamento do café

 De início, utilizou-se o transporte animal.

 Em São Paulo, o escoamento do produto era beneficiado por um


custo menor, graças às redes viárias disponíveis.

Porém, à medida que as distâncias aumentaram e o volume da


safra se multiplicou, por iniciativa dos próprios cafeicultores as
estradas de ferro foram sendo construídas.

• As estradas de ferro
 São Paulo Railway, ligando Santos a Jundiaí (1868);

 Ituana, ligando Itu a Campinas (1873);

 Mogiana e a Sorocabana, que começaram a ser construídas em


1875.

• A dinamização da Economia

Com o desenvolvimento da cafeicultura um novo equilíbrio foi


estabelecido. Desde 1860, os superávits tornaram-se constantes nas
relações comerciais com o exterior, ajustando novamente a economia
brasileira ao mercado internacional.

A reunião de fatores favoráveis - tarifa Alves Branco, abolição do tráfico e


ascensão do café - estimulou uma onda de empreendimentos urbanos:
“fundaram-se”, afirma o historiador Nelson Werneck Sodré, “62 empresas
industriais, 14 bancos, 3 Caixas Econômicas, 20 companhias de navegação a
vapor, 23 de seguros, 4 de colonização, 8 de mineração, 3 de transportes
urbanos, 2 de gás, 8 estradas de ferro”.

• Repercussões econômicas e sociais

 Os sinais de prosperidade da riqueza do café ficou evidente nas


melhorias de infra-estrutura no Rio de Janeiro e São Paulo, sobretudo
pela introdução sistemática das ferrovias, um meio de transporte mais
rápido e barato para os negócios dos cafeicultores.

 O sucesso do café foi decisivo para melhorar as condições


econômicas do país e solidificar o núcleo do poder do Império,
formado pelas oligarquias agrárias do Sudeste. O café gerou
recursos e atraiu novos capitais para outros investimentos em
atividades não-agrícolas de mercado interno, tanto de infra-
estrutura como de consumo. Em São Paulo, o café promoveu o
período da Belle Epoque.

A cafeicultura também gerou uma grande diversidade nos negócios e


atividades econômicas: surgiram fabricas de tecidos, ferramentas e
bebidas; fundições, bancos, companhias de navegação, empresas de
serviços de água, gás, iluminação e transporte urbano.

Esses negócios resultavam da aplicação pelos cafeicultores de parte dos


lucros obtidos com suas atividades. Mas foi também resultado da
presença cada vez maior do capital estrangeiro, sobretudo
de investidores ingleses.

 Os portos do Rio de Janeiro e de Santos foram modernizados para


a exportação do café;

 A necessidade de mão-de-obra trouxe imigrantes europeus,


principalmente depois da Abolição dos escravos;
Na região cafeeira, os imigrantes foram aproveitados para trabalhar na
lavoura do café, como mão-de-obra assalariada ou sob alguma forma de
parceria.

A imigração européia para o Brasil teve seu ápice o período de 1880 e


1930. Nos cafezais, todos trabalhavam: homens, mulheres e até
crianças.

 O café foi o primeiro produto de exportação controlado principalmente


por brasileiros, possibilitando o acúmulo de capitais no pais.

 Em consequência, criou-se um mercado interno importante em torno do


café, principalmente no Centro-Sul, que foi o suporte para um
desenvolvimento sem precedentes das atividades industriais, comerciais e
financeiras.

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