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Universidade Católica de Brasília

Pró-reitoria de graduação
Centro de ciências sociais aplicadas
Curso de Comunicação Social
Técnicas de Produção Jornalística III
Orientação do Professor Sérgio Sá
Aluno: Leonardo Salomão Damião

Charles Tatum é um jornalista que, após perder diversos empregos em grandes jornais
consegue se empregar no humilde jornal da pequena Albuquerque, lugar que não pretende
ficar por muito tempo. Ele espera ansiosamente por um grande furo de reportagem, no qual
chame a atenção dos grandes jornais. Pois bem, ao ser mandado para uma cidade vizinha, com
o objetivo de fazer a cobertura de uma caça às cascavéis, ele se depara com a grande chance
de produzir algo que realmente chame a atenção do público. Um homem, chamado Leo
Minosa está preso no interior de uma montanha.
Para cobrir este acontecimento Tatum passa por cima de tudos e de todos, até mesmo
do homem soterrado, que acaba não resistindo à demora proposital idealizada por Tatum. O
desenrolar do caso mexe com o país inteiro, mobilizando várias famílias a comparecer no
local do acidente. Quanto mais tempo o homem ficasse soterrado mais impacto teria o
desenrolar da história e mais dinheiro e realizações o péssimo jornalista teria.
A montanha dos Sete Abutres, apesar de ser dos anos 50, pode ser considerado um
filme atual, pelo fato de que nos dias de hoje nos deparamos com profissionais
sensacionalistas, que não estão preocupados com a notícia, mas sim com a sua autopromoção.
Eles transformam a informação em mercadoria pronta para ser consumida. Tatum, que pode
ser considerado modelo ideal deste tipo de profissional, aliou os seus interesses com os
interesses de outros ambiciosos do local, como o xerife, a esposa do Senhor Minosa, o editor-
chefe de um jornal de Nova York e até mesmo o jovem fotógrafo que o acompanhava, que
acabou ignorando os seus princípios perante a idéia de sucesso do experiente repórter.
No filme Tatum prega que a “morte de centenas ou milhares de pessoas não tem o
mesmo interesse que a morte de uma única de pessoa”. Ele transformou o sofrimento de um
ser humano em um verdadeiro circo e, acima de tudo, aproveitou para fazer seu nome além de
ganhar dinheiro. Ao se deslumbrar com o sucesso instantâneo, ele se esqueceu que Leo
Minosa também é feito de carne e osso e poderia não resistir a tanto tempo soterrado em uma
escura caverna.
Este filme merece com certeza espaço nas salas de aula do curso de comunicação em
virtude dos ensinamentos por ele pregados. È uma verdadeira aula de como não se deve
aplicar o Jornalismo.

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