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Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA BENEDITA

(170082)

2010/2011
AVALIAÇÃO NO 1º CICLO

“A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo


uma recolha sistemática de informações que, uma vez analisadas, apoiam a tomada de
decisões adequadas à promoção da qualidade das aprendizagens.”

In, Despacho Normativo nº 1/2005, ponto 2

1. INTRODUÇÃO

A avaliação é um elemento integrante e regulador de todo o processo de


ensino/aprendizagem e visa:

• Apoiar o processo educativo promovendo o sucesso escolar de cada aluno;

• Certificar as diversas competências adquiridas pelo aluno;

• Contribuir para melhorar a qualidade do sistema educativo.

A avaliação envolve interpretação, reflexão, informação e decisão sobre os


processos de ensino e aprendizagem.

É relevante na orientação e aconselhamento dos alunos, estimulando o seu


desenvolvimento no processo de aprendizagem, e na selecção e modificação de
metodologias, conduzindo à diferenciação pedagógica e ajustando-se às características
pessoais e culturais.

A avaliação deve permitir o repensar sistemático do papel de todos os elementos nela


intervenientes e a permanente adequação das práticas, com vista ao desenvolvimento
das capacidades dos diferentes alunos.

Tendo em conta o seu carácter globalizante, não pode ser, meramente, entendida como
catalogadora do aluno numa determinada escala quantitativa ou qualitativa, mas,
principalmente, como meio de regulação da actividade pedagógica.

Os seus princípios deverão orientar-se sempre no sentido da aquisição progressiva


de conhecimentos, enquadrada pelo desenvolvimento de capacidades e de
atitudes favoráveis à aprendizagem.

2. PAPEL DOS INTERVENIENTES

Avaliar deverá ser um processo partilhado entre professores, alunos, pais e encarregados
de educação.

• Aos professores compete proceder, de forma sistemática, à recolha de


informação relevante sobre as aprendizagens dos alunos, recorrendo a técnicas e
instrumentos de avaliação diversificados e adequados às actividades desenvolvidas. A
recolha e monitorização dessa informação permitirá ao docente não só emitir
apreciações e classificações sobre o desempenho dos alunos, mas também, efectuar
ajustamentos no processo de ensino/aprendizagem que permitam motivar os alunos e
potenciar as suas capacidades individuais.
• Aos alunos cabe envolverem-se num processo de auto-avaliação que vai muito
além do seu parecer acerca da classificação final de período. Orientado pelo
professor, o aluno deverá auto-regular o seu processo de aprendizagem identificando
as dificuldades e preferências nas diferentes áreas. Os alunos participam na sua
avaliação através de uma avaliação mensal. Todos os alunos do Agrupamento
procedem, no final de cada período lectivo, a uma auto-avaliação global, para a qual
contribui a auto-avaliação parcelar, devendo a mesma ter em consideração os
seguintes domínios:

Domínio A - Domínio do conhecimento/ competências (saber/ saber fazer)

Domínio B - Domínio das atitudes e valores (saber ser/ saber estar)

• Aos pais e encarregados de educação cabe um importante papel de


acompanhamento do processo de avaliação dos seus filhos ou educandos, o qual não
poderá limitar-se à simples tomada de conhecimento das apreciações emanadas
pelos professores, mas exige uma participação activa na reflexão e procura de
estratégias conducentes ao sucesso educativo do aluno. Esta participação poderá
concretizar-se através da presença nas reuniões promovidas pela escola e no
atendimento individual prestado pelo professor titular de turma ou, ainda, recorrendo
a outros meios disponíveis (caderneta, e-mail…).

3. ENQUADRAMENTO DA AVALIAÇÃO

A avaliação incide sobre as aprendizagens e competências definidas no currículo


nacional. É um processo contínuo e, a favor das diferenças de estilos de aprendizagem e
características de cada turma/ criança, privilegia a diversidade de estratégias de
ensino/aprendizagem (para que os alunos realizem experiências de aprendizagem
activas, significativas, diversificadas, integradoras e socializadoras).

A avaliação é contínua e processa-se através de instrumentos de avaliação desde o


início do ano lectivo até ao final. Por isso, a avaliação deve ter em conta e reflectir a
evolução do aluno.

As modalidades de avaliação em uso são aquelas que encontram expressão nos diplomas
legais para o ensino básico:

a) Avaliação Diagnóstica – Tem particular importância no despiste de situações


problemáticas e é necessária para se organizarem mecanismos de recuperação e
acompanhamento.

b) Avaliação Formativa – É a modalidade que permite regular as aprendizagens.


Tem carácter contínuo e interactivo, recorrendo a uma variedade de instrumentos
de recolha e análise de informação, de acordo com a natureza das aprendizagens
e dos contextos em que ocorrem.

c) Avaliação Sumativa – Consiste na formulação de um juízo globalizante sobre o


desenvolvimento das aprendizagens do aluno, de acordo com as competências
definidas para cada área curricular. Realiza-se no final de cada período lectivo.

d) Auto-Avaliação – A realizar trimestralmente pelos alunos.


Os alunos com Necessidades Educativas Especiais serão avaliados segundo os
critérios, modalidades e condições especiais de avaliação, de acordo com as dificuldades
diagnosticadas e respectivo programa educativo individual.

A avaliação focar-se-á, ao longo do 1º ciclo, na evolução escolar do aluno nas diferentes


áreas que o currículo integra.

Para além das competências gerais superiormente definidas, são valorizadas as


seguintes:

• Usar correctamente a Língua Portuguesa para comunicar de forma adequada e


para estruturar pensamento próprio.

• Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em


conhecimento mobilizável.

• Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões.

• Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa.

• Cooperar com os outros em tarefas e projectos comuns.

• Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e


interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida.

Importa ainda valorizar o progresso das aprendizagens realizadas, sendo, por isso, de
privilegiar:

• A função positiva e formativa da avaliação.

• A aplicação de instrumentos de avaliação claros e diversificados que permitam a


obtenção de dados nos seguintes domínios: Conhecimento; Raciocínio; Comunicação;
Atitudes.

4. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA AVALIAÇÃO

A avaliação como processo regulador das aprendizagens orientador do percurso escolar


dos alunos é sustentada nos seguintes princípios:

• Promoção do sucesso educativo de todos os alunos.


• Atenção aos vários ritmos de desenvolvimento e progressão.
• Reforço da função positiva da avaliação.
• Privilégio do carácter pedagógico das decisões. Partilha de responsabilidades,
envolvendo também os encarregados de educação.

• Assunção da qualidade do ensino.


A avaliação como parte integrante do processo de ensino aprendizagem deverá ter em
conta:

• As competências gerais do 1º Ciclo;


• As competências essenciais em cada disciplina/ área disciplinar/AECs;
• As competências adaptadas para os alunos com necessidades educativas
especiais.
5. CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é o resultado do trabalho realizado nas Áreas Curriculares Disciplinares e nas


Áreas Curriculares não Disciplinares.

Tendo por base os pressupostos supra referidos, o Departamento Curricular do 1.º Ciclo,
definiu os princípios orientadores da avaliação para o primeiro ciclo do ensino básico,
estabelecendo que 30% da classificação final incidirá sobre as Atitudes/Valores (Nível do
Saber Ser/Saber Estar) e 70% sobre os Saberes / Competências Essenciais (Nível do
Saber/ Saber Fazer).

5. 1. Atitudes/Valores (Nível do Saber Ser/Saber Estar) 30%


DOMÍNIOS INDICADORES

Autonomia • Realiza trabalhos voluntariamente.


• Tenta ultrapassar, sozinho, as dificuldades.
• Trabalha sozinho espontaneamente.
• Emite opinião sobre o que vê e ouve.
• Expõe dúvidas e solicita ajuda.
Responsabilidad • É assíduo e pontual
e • Assume as suas atitudes
• Aceita as regras de funcionamento da sala de aula
• Leva o material necessário para a aula
• É cuidadoso com os materiais.
• Manifesta empenho e persistência
Participação • Está atento
• Questiona sobre os temas desenvolvidos.
• Responde correctamente.
• Pondera as respostas.
• Presta atenção às respostas dos outros.
• Realiza os trabalhos propostos.
• Participa nas visitas de estudo
• Participa nas actividades promovidas pela escola
Sociabilidade • Aceita as observações / sugestões que lhe são feitas.
• Coopera na realização de trabalhos em equipa.
• Mostra respeito pelos outros.
• Respeita a opinião dos outros.
Espírito crítico e • Emite opiniões sobre o seu trabalho ou dos outros
criatividade • Intervém oportunamente em situação de aula.
• Manifesta curiosidade intelectual.
• Imprime cunho pessoal à sua representação do real.
• Realiza trabalhos originais.
• Revela expressividade.
• Revela espontaneidade.
• Manifesta capacidade de auto-avaliação.

a. Critérios de classificação
A informação resultante da avaliação, nestes domínios, expressa-se numa menção
qualitativa de:
Sim S
Não N
Às vezes AV
5. 2. Saberes / Competências Essenciais (Nível do Saber/ Saber Fazer) 70%

Domínio das Capacidades e Aptidões

• Adaptação da criança ao meio escolar;

• Aquisição e aplicação dos conhecimentos;

• Compreensão dos diferentes enunciados comunicativos;

• Interacção com os outros fazendo uso de diferentes formas de expressão;

• Organização;

• Iniciativa e criatividade;

• A integração e sociabilidade (interacção de forma correcta com colegas e adultos).

Domínio dos Conhecimentos

• Compreensão, interpretação e aquisição de conhecimentos (testes, trabalhos


individuais e de grupo, relatórios de actividades práticas, organização de dossiers
temáticos, …;

• Aplicação dos conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas (utilizar os saberes


científicos e tecnológicos, para compreender a realidade natural, sócio-cultural e
abordar situações do quotidiano;

• Progressão na aprendizagem;

• Competência na Língua Materna (expressão e compreensão oral e escrita,


comunicação, interpretação, …);

• Competência Matemática (Interpretação de enunciados, imagens, gráficos,


resolução de problemas…).

a. Critérios de Classificação

As competências específicas ao nível dos saberes e capacidades traduz-se numa menção


qualitativa:

Muito Bom De 90% a 100%

Bom De 75%a 89%

Suficiente De 50% a 74%

Insuficiente De 0% a 49%

Os critérios de avaliação serão expressos através de uma menção qualitativa de


apreciação, de forma a possibilitar uma leitura global, clara e compreensiva dos vários
níveis de desempenho. A menção deverá ser complementada por uma apreciação
qualitativa.
Distribuição percentual por Conhecimentos/Competências/Capacidades e
Atitudes e Valores
CONHECIMENTOS/COMPETÊNCIAS/CAPACID ATITUDES/VALORE
ADES S

Língua Portuguesa 20%


Matemática 20%
30%
Estudo do Meio 20%
Expressões 10%

Conhecimentos Capacidades e Atitudes e Valores


Aptidões
30% 30%
40%
Compreende e aplica
com facilidade e
Adquiriu e originalidade os Revela muito interesse e
desenvolveu com conhecimentos a empenho demonstrando,
Muito facilidade os novas situações. sempre, uma correcta
Bom conhecimentos.
Não revela socialização, espírito crítico e
dificuldades a nível de iniciativa.
de análise, síntese e
autonomia.

Adquiriu com
Não revela
facilidade as Manifesta grande
dificuldades a nível
aprendizagens interesse/empenhamento na
Bom de compreensão,
elementares a nível vida escolar assim como uma
aplicação, síntese e
de conceitos e socialização adequada.
autonomia.
factos.

Revela ainda falhas Revela algumas Manifesta sentido de


na aquisição das falhas e/ou responsabilidade, interesse e
aprendizagens incorrecções na empenhamento.
Suficiente
elementares a nível compreensão,
de conceitos e aplicação, análise e Apresenta um
factos. autonomia. comportamento regular.

Manifesta desinteresse e falta


Não adquiriu as Revela grandes de empenho na
aprendizagens falhas ao nível da aprendizagem.
Insuficien
definidas. compreensão,
te Não interiorizou atitudes e
aplicação, análise e
autonomia. valores fundamentais a uma
correcta socialização.
Para os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente (NEEcp),
serão elaborados programas educativos individuais com a colaboração dos docentes do
ensino especial. Neles serão definidas as formas e os momentos de avaliação.

6. Critérios e Avaliação das Áreas Curriculares Não Disciplinares de Estudo


Acompanhado, Formação Cívica e Área de Projecto

Na avaliação destas áreas, devem ser considerados o interesse e participação dos alunos,
o seu empenhamento nas tarefas executadas e as aprendizagens realizadas,
tendo em vista a consecução das competências definidas no projecto curricular de
turma, e bem assim, os seus reflexos nas diferentes disciplinas e áreas
curriculares.

a. Estudo acompanhado

Na avaliação desta área, devem ser considerados: iniciativa, atenção/concentração;


interesse; persistência; participação; cooperação; solidariedade; organização e
planeamento do trabalho; procura e selecção de informação; utilização dos
materiais de estudo e outros; apresentação dos trabalhos.

b. Formação Cívica

Na avaliação desta área, devem ser considerados: cooperação com os outros; respeito
pelas normas, regras; respeito pela diversidade de ideias; sentido de justiça, espírito de
solidariedade e de partilha.

c. Área de Projecto
Na avaliação desta área, devem ser considerados, entre outros, o interesse, a
participação e o empenho dos alunos nas tarefas executadas; capacidade de
empreender; identificação de necessidades e/ou problemas; planificação e concretização
de projectos; capacidade de avaliar a sua participação e a do grupo e, do mesmo modo, a
medida e grau de consecução das competências definidas no projecto curricular de
turma, quer para esta área em si, quer para as restantes áreas.

6.1.Critérios de Classificação
Nestas áreas, a informação resultante da avaliação expressa-se numa menção qualitativa
de:
Satisfaz Bem SB
Satisfaz S
Não Satisfaz NS

7. Instrumentos de avaliação

Durante o processo de ensino/aprendizagem o professor deve recolher elementos através


de técnicas e instrumentos específicos para o efeito. As várias dimensões que estruturam
a aprendizagem, o facto de que os alunos não aprendem todos da mesma forma e a
natureza das diferentes áreas do conhecimento, conduzem à necessidade da utilização
de diferentes instrumentos de avaliação:
• Prova Interna de Avaliação Diagnóstico;

• Registos de cumprimento de tarefas;

• Grelhas de avaliação;

• Fichas de avaliação;

• Intervenções orais e escritas dos alunos durante as aulas;

• Trabalhos individuais/pares/grupo;
• Trabalhos de casa;

• Fichas de trabalho/formativas;
• Porta-fólios;

• Observação informal;

• Registos de observação;
• Relatórios;
• Projectos;
• Testes de compreensão oral;
• Intervenções contextualizadas;
• Grelhas de observação;
• Fichas de auto-avaliação;

• Outros definidos em Departamento.

8. Constituem parâmetros de avaliação:


• Auto-avaliação (3.º e 4.º anos obrigatória)
• Resultados das fichas de avaliação
• Solicitações orais
• Trabalhos práticos
• Trabalhos de grupo
• Trabalhos de casa
• Organização do caderno diário
• Assiduidade

• Pontualidade

• Relacionamento interpessoal
• Iniciativa e autonomia
• Cumprimento de normas
• Respeito pelos valores da comunidade escolar
Deverão ainda ser tidos em conta os seguintes aspectos na avaliação das aprendizagens
dos alunos:

• Privilegiar a avaliação formativa, que deve ser sistemática e contínua, recorrendo


a instrumentos diversificados de recolha de dados nos vários domínios da
aprendizagem;

• Disponibilizar aos alunos meios que lhes permitam a autoavaliação nos vários
domínios da aprendizagem;

• Cada aluno será único num certo contexto. Serão avaliados os seus progressos ao
longo do ano, tendo em conta a sua situação inicial;

• O carácter globalizante da avaliação sumativa implica a utilização de toda a


informação recolhida no âmbito da avaliação formativa.

9. Terminologia de classificação das fichas/ provas de avaliação

De acordo com o Despacho Normativo nº1/2005, ponto 32, no 1º ciclo, a informação


resultante da avaliação sumativa, assim como qualquer outra avaliação intermédia,
expressa-se de forma descritiva em todas as áreas curriculares disciplinares e não
disciplinares.

Para tal, o professor informará oralmente e por escrito, o aluno e o encarregado de


educação sobre os aspectos positivos e negativos do trabalho realizado, do
comportamento evidenciado e de quaisquer estratégias para superação de dificuldades.

10.Critérios de progressão/retenção dos alunos do 1º Ciclo

Tendo em conta o previsto no Despacho Normativo nº 1/2005, do ponto 52 ao 57 (efeitos


da avaliação), pontos 72, 72a), 73 e 74 (condições especiais de avaliação), são
consideradas as seguintes medidas:

A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou


retenção do aluno, expressa através de menções, respectivamente, de Transitou ou Não
Transitou, no final de cada ano, e de Aprovado ou Não Aprovado no final do ciclo.

A decisão de progressão do aluno ao ano de escolaridade seguinte é uma decisão


pedagógica e deverá ser tomada pelo professor titular de turma, ouvido o Conselho de
Docentes, e considerando que:

• No 1º ano de escolaridade não há lugar a retenção, excepto se o aluno tiver


ultrapassado o limite de faltas injustificadas;

• Nos anos não terminais de ciclo (2º e 3º anos), que as competências


demonstradas pelo aluno permitem o desenvolvimento das competências
essenciais definidas para o final do 1.º ciclo.

• No 4.º ano o aluno desenvolveu as competências necessárias para prosseguir com


sucesso os seus estudos no ciclo subsequente.

Na decisão de progressão/retenção devem ser tidos em conta os seguintes factores de


ponderação:

• História pessoal do aluno;


• Idade cronológica do aluno;

• Retenções repetidas;

• Parecer dos pais/encarregados de educação;

• Parecer de técnicos especializados;

• Ocorrência de episódios traumatizantes.

b. Retenções

A avaliação, enquanto parte integrante do processo de ensino e de aprendizagem,


permite verificar o cumprimento do currículo, diagnosticar insuficiências e dificuldades ao
nível das aprendizagens e (re)orientar o processo educativo.

Atendendo às dimensões formativa e sumativa da avaliação, a retenção deve constituir


uma medida pedagógica de última instância, numa lógica de ciclo, depois de esgotado o
recurso a actividades de recuperação desenvolvidas ao nível da turma e da escola
(Despacho Normativo 50 /2005).

Nos anos intermédios (2º e 3º), os alunos só ficarão retidos depois das medidas /
estratégias tomadas pelo professor titular da turma (planos de recuperação e
reorganização do trabalho escolar), ouvido o conselho de docentes e o encarregado de
educação, esgotado qualquer outro recurso a nível de turma e de escola e não tenham
desenvolvido as competências definidas em:

· Língua Portuguesa e Matemática

· Língua Portuguesa e Estudo do Meio

· Matemática e Estudo do Meio

Nestas condições será elaborado e posteriormente aplicado um Plano de


Acompanhamento articulado com os vários técnicos de educação envolventes e
encarregados de educação, com vista à prevenção de retenção repetida.

Segundo o estipulado na lei em vigor, um aluno retido no 2º ou 3º ano de escolaridade,


que demonstre ter realizado as aprendizagens necessárias para o desenvolvimento das
competências essenciais definidas para o final do ciclo, poderá concluir o 1º ciclo nos
quatro anos previstos para a sua duração através de uma progressão mais rápida nos
anos lectivos subsequentes à retenção.

No final do 1º ciclo, o aluno, caso tenha desenvolvido competências essenciais previstas


para o final de ciclo, transitará ao 2º ciclo. Contudo, se o aluno não desenvolver as
competências necessárias a Língua Portuguesa, e ou a Matemática e a Estudo do Meio,
deverá, sob proposta do professor titular de turma, ser ponderada pelo Conselho de
Docentes que analisará os seguintes aspectos:

- Idade do aluno (idade de frequência/idade cronológica).

- Transferências de escola / retenções anteriores / risco de abandono escolar.

- Comportamentos / atitudes.

- Domínio da Língua Portuguesa.

- Domínio dos conhecimentos matemáticos.


- Desenvolvimento psicológico, afectivo, social e moral de acordo com a sua idade.

- Evolução do aluno ao nível da assiduidade e da interpretação na comunicação escolar.

c. Plano de Recuperação

Sempre que, no final do 1º período um aluno não tenha desenvolvido as competências


necessárias para prosseguir com sucesso os seus estudos no 1º ciclo, deve o professor da
turma elaborar um Plano de Recuperação.

• Na 1ª semana do 2º período, o Plano de Recuperação é dado a conhecer, aos


pais/encarregados de educação, procedendo-se de imediato à sua implementação.

• São, igualmente, submetidos a um Plano de Recuperação os alunos que, no


decurso do 2º período, até à interrupção das aulas no Carnaval, indiciem
dificuldades de aprendizagem que possam comprometer o seu sucesso escolar.

d. Plano de Acompanhamento

O Plano de Acompanhamento é um conjunto de actividades, que incidam nas áreas


disciplinares em que o aluno não adquiriu as competências essenciais, com vista à
prevenção de situações de retenção repetida.

O Plano de Acompanhamento é aplicável aos alunos que tenham sido objecto de


retenção em resultado da avaliação sumativa final do respectivo ano de escolaridade.

e. Plano de Desenvolvimento

Os alunos que revelam capacidades excepcionais de aprendizagem devem ser


submetidos a um conjunto de actividades concebidas no âmbito curricular e de
enriquecimento curricular, desenvolvidas na escola ou sob sua orientação, que lhes
possibilitem uma intervenção educativa bem sucedida, quer na criação de condições para
a expressão e desenvolvimento de capacidades excepcionais quer na resolução de
eventuais situações problema.

Sempre que, no final do 1º período um aluno tenha revelado capacidades excepcionais


de aprendizagem, deve o professor da turma elaborar um Plano de Desenvolvimento
submetendo-o ao Conselho Executivo, que procederá de acordo com o estipulado no
Despacho Normativo 50/2005.

f. Retenção Repetida

Em casos excepcionais, se um aluno continuar a não revelar as competências definidas


para o ano em que está matriculado, depois de ter sido sujeito a uma retenção e aos
respectivos planos de intervenção previstos, deve o professor titular de turma ponderar
nas vantagens de uma segunda retenção, designadamente, se contribuirá para uma
melhoria cognitiva, que lhe permita continuar o seu percurso escolar. Terá de colher
parecer do Serviço de Psicologia, bem como do Encarregado de Educação e,
posteriormente, submeter a decisão à ratificação do Conselho Pedagógico, acompanhado
do respectivo Plano de Acompanhamento.
g. Situações Específicas

• Alunos abrangidos pelas Medidas do Regime Educativo Especial,


contempladas pelo Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro.

Os alunos que tenham, no seu Programa Educativo Individual, devidamente


explícitas e fundamentadas, Condições Especiais de Avaliação, serão avaliados nos
termos definidos no referido Programa, sendo a necessária informação fornecida pelo
docente titular de turma, pelo docente de apoio educativo e/ou de educação especial e
ainda pelo técnico de psicologia (caso exista). Desta avaliação resultará a sua progressão
ou retenção do aluno.

• Alunos com nove anos de idade até 31 de Dezembro do respectivo ano.

Os alunos com nove anos de idade até 31 de Dezembro do respectivo ano, frequentando
assim o 1.º Ciclo em três anos, podem concluir o 1.º Ciclo do Ensino Básico. Para esta
situação particular é de extrema relevância o parecer concordante do respectivo
Encarregado de Educação, do Técnico de Psicologia (caso exista) e do Conselho de
Docentes e do Conselho Pedagógico, sob proposta do Docente da turma do aluno em
deliberação.

11. Alunos do Ensino Básico cuja Língua Materna não é o Português (Despacho
Normativo n.º 7/2006)

A avaliação sumativa interna no âmbito do ensino da Língua Portuguesa como língua não
materna obedece às seguintes regras:

a) Aplicação de um teste diagnóstico de Língua -Portuguesa, no início do ano


lectivo ou no momento em que o aluno iniciar as actividades escolares;

b) Definição de Critérios de Avaliação específicos, após conhecimento dos


resultados do teste diagnóstico, de forma a adaptar o Projecto Curricular de Turma
às necessidades do aluno;

c) Elaboração de testes intermédios para avaliar continuadamente o progresso dos


alunos em Língua Portuguesa, nas competências de compreensão oral, leitura,
produção oral e produção escrita;

d) O Porta-fólio constitui o instrumento fundamental de registo inicial, das várias


fases de desenvolvimento, das estratégias utilizadas, das experiências individuais
e dos sucessos alcançados.

e) O teste diagnóstico é realizado e avaliado na escola, sob a coordenação de um


professor de língua portuguesa, com base em modelo disponibilizado pela
Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular. (Despacho
Normativo nº 30/2007).

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