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Unifadra-Faculdade De Dracena

GRASIÉLLE SANTANA
GRAZIELI CARRAFA
NAARA BERLANDI
JEFERSON RIBEIRO

SISTEMA SENSORIAL: PALADAR OU GUSTAÇÃO

Este trabalho é referente á disciplina de


Neurofisiologia,do 2º Termo do curso de
Psicologia da Unifadra,a pedido do Professor
Luiz Gustavo Peron Martins,realizado pelos
alunos Grasiélle Santana,Grazieli Carrafa,Naara
Berlandi e Jéferson Ribeiro

Dracena- São Paulo


Setembro de 2010
SISTEMA SENSORIAL

Introdução

O corpo humano é dotado de cinco sentidos (capacidades) que lhe possibilita


interagir com o mundo exterior (pessoas, objetos, luzes, fenômenos
climáticos, cheiros, sabores, etc). Através de determinados órgãos do corpo
humano, são enviadas ao cérebro as sensações, utilizando uma rede de
neurônios que fazem parte do sistema nervoso.

Classificação dos Receptores Sensoriais

De acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, os receptores sensoriais
podem ser classificados em:

Quimiorreceptores - Detectam substâncias químicas. Exemplo: na língua e no nariz,


responsáveis pelos sentidos do paladar e olfato;

Termorreceptores - Capta estímulos de natureza térmica, distribuídos por toda pele e mais
concentrado em regiões da face, pés e das mãos;

Mecanorreceptores - Capta estímulos mecânicos. Nos ouvidos, por exemplo, capazes de


captar ondas sonoras, e como órgãos de equilíbrio;

Fotorreceptores - Capta estímulos luminosos, como nos olhos.

De acordo com o local onde captam estímulos, os receptores sensoriais podem ser
classificados em:

Exterorreceptores - Localizadas na superfície do corpo, especializadas em captar estímulos


provenientes do ambiente, como a luz, calor, sons e pressão. Exemplo: os órgãos de tato,
visão, audição, olfato e paladar;

Propriorreceptores - Localizadas nos músculos, tendões, juntas e órgãos internos. Captam


estímulos do interior do corpo;

Interorreceptores - Percebem as condições internas do corpo (pH, pressão osmótica,


temperatura e composição química do sangue).
PALADAR OU DEGUSTAÇÃO

As terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos
sentidos:

• Pele;
• Ouvidos;
• Olhos;
• Língua;
• Fossas nasais.

Esses órgãos tem a capacidade de transformar os diversos estímulos do ambiente em impulsos


nervosos.Estes são transmitidos ao sistema nervosos central, de onde partem as ordens que
determinam as diferentes reações do nosso organismo.

A gustação (paladar)

Os sentidos gustativo e olfativo são chamados sentidos químicos, porque seus receptores são
excitados por estimulantes químicos. Os receptores gustativos são excitados por substâncias
químicas existentes nos alimentos, enquanto que os receptores olfativos são excitados por
substâncias químicas do ar. Esses sentidos trabalham conjuntamente na percepção dos
sabores. O centro do olfato e do gosto no cérebro combina a informação sensorial da língua e
do nariz.

Transmissão de estímulos ao sistema nervoso central

As vias de transmissão dos estímulos gustativos ao tronco cerebral e daí ao córtex cerebral.
Os estímulos passam das papilas gustativas na boca ao trata solitário, localizado na medula
oblonga (bulbo). Em seguida, os estímulos são transmitidos ao tálamo; do tálamo passam ao
córtex gustativo primário e, subseqüentemente, às áreas associativas gustativas circundantes e
à região integrativa comum que é responsável pela integração de todas as sensações gustativas
na boca ao trata solitário, localizado na medula oblonga (bulbo). Em seguida, os estímulos são
transmitidos ao tálamo; do tálamo passam ao córtex gustativo primário e, subseqüentemente,
às áreas associativas gustativas circundantes e à região integrativa comum que é responsável
pela integração de todas as sensações.
O sistema nervoso periférico compreende os nervos cranianos, que estão ligados na base do
encéfalo e saem da cavidade craniana através das varias aberturas do crânio. Há 12 pares de
nervos cranianos cada qual com suas devidas funções. Os relacionados ao paladar e a língua
são:

7º nervo: O FACIAL (misto) gustação (2/3 anteriores da língua); inervação da


musculatura mímica;

9º nervo: O GLOSSOFARÍNGEO (misto) gustação (1/3 posterior da língua);


inervação da glândula parótida e da musculatura faríngea;

12º nervo: HIPOGLOSSO (motor) movimentação da língua.


O estudo anatômico do sistema sensorial digestivo compreende três
partes:

a) Os órgãos receptores que são as papilas linguais que contém os botões gustativos; estes
botões também existem na mucosa do véu do paladar, nos capilares do véu, no epiglóte e nos
lábios contidos na capa epitelial das papilas calissiformes e fungiformes. Estes botões têm
forma oval ,com a base apoiada sobre o colón e uma extremidade afilada; esta apresenta um
orifício que é o foro gustativo, de onde escapam as silias gustativas captoras das impressões
gustativas.

b) As vias gustativas compreendem três neurônios: a periférica ou protoneurona, a entral e a


terminal. A protoneurona é a que capta as sensações das papilas da língua.

c) Centros gustativos do sistema nervoso central: ainda existe certa imprecisão na sua
definição. O centro principal se assenta no uncus* do hipocampo, vem na frente dessa
circunvolução. A área gustativa estaria aqui muito próxima aos centros de olfação: descreve-
se igualmente outro centro gustativo na circunvolução parietal ascendente. O outro descrito no
hipocampo seria uma formação de arquipaleo, o que corresponde ao caráter primitivo deste
meio de comunicação com o mundo exterior. Pelo contrário, o centro da parietal ascendente
(niopálio) corresponde a uma região mais evolucionada do cérebro e seu valor sensorial é
discutido.

A língua, sentido do gosto.

O receptor sensorial do paladar é a papila gustativa. É constituída por células epiteliais


localizadas em torno de um poro central na membrana mucosa basal da língua. Na superfície
de cada uma das células gustativas observam-se prolongamentos finos como pêlos,
projetando-se em direção da cavidade bucal; são chamados micro vilosidades. Essas
estruturas fornecem a superfície receptora para o paladar.

As quatro sensações gustativo-primário.

A maioria dos cientistas acredita que há quatro qualidades palatais


primárias: azedo,doce, salgado e amargo. As outras sensações do paladar humano são
freqüentemente misturas dos quatros fundamentais. Há cerca de 100 anos, o
pesquisador Kikunae Ikeda, da Universidade de Tóquio, descreveu o que, segundo ele, seria
um quinto sabor: OUmami. Na década de 1980, as pesquisas científicas comprovaram o
papel do Umami como um quinto sbaor. O Umami seria o sabor que identifica o gosto
próprio dos alimentos ricos em proteínas. Um tempero muito usado na cozinha japonesa para
acentuar o umami é o aminoácido chamado glutamato monossódico. O glutamato
monossódico é o principal aminoácido que provoca no paladar o gosto umami. Há temperos
que têm adicionado em sua formulação o aminoácido mas, naturalmente, ele se encontra em
alimentos como tomates, queijos fortes, carnes e peixes, além do leite materno.
As sensações palatais são influenciadas também pelos dados recebidos por outros sistemas
sensoriais. Uma dessas influências sensoriais é a temperatura. A sensibilidade ao sal, por
exemplo, parece aumentar com a baixa da temperatura. Também a textura contribui para o
paladar. A melancia super madura, que adquire uma textura mole, pode ter gosto de estragada.
A cor e a dor também contribuem para o paladar. É difícil identificar o sabor de uma gelatina
com colorante natural marrom. A contribuição ao sabor dada pela pimenta vermelha é
proveniente da estimulação dos receptores de dor.

Com exposição repetida o paladar diminui. Saboreamos relativamente pouco se continuamos


a comer o mesmo alimento por alguns minutos. Isso faz sentido em termos de evolução.
Gostos adocicados são freqüentemente associados com alimentos naturalmente nutritivos,
como frutas maduras, por exemplo. Gostos amargos tendem a acompanhar substâncias tóxicas
ou não-nutritivas como vegetais venenosos ou frutas verdes. Em termos evolutivos, portanto,
seria fundamental detectar o doce e o amargo no início da degustação do alimento, pois isso
nos informaria se o que provamos é prejudicial ou não a nossa saúde e sobrevivência. Assim
que se obtém essa compreensão, não seria biologicamente importante saber que mais
quantidade da mesma substância é igualmente doce ou amarga. Portanto, o sistema gustativo,
à semelhança dos outros sistemas, parece concentrar-se em mudanças na estimulação.

Azedo
- O gosto azedo é causado pela ação dos ácidos, e a intensidade da sensação gustativa depende
da concentração do íon hidrogênio. Isto é, quanto mais azedo o ácido, mais forte é a sensação.
Salgado
- O salgado é provocado por sais ionizados. Sua qualidade varia um pouco de um sal para
outro, porque os sais provocam outras sensações gustativas além do salgado. Os cátions dos
sais são os principais responsáveis pelo gosto salgado, mas os ânions também participam
dessa sensação.

Doce
- O doce não é causado por alguma categoria única de substância química. Alguns tipos de
substâncias que causam o gosto incluem açúcares, álcoois, aldeídos, glicídios, cetonas,
amidas, ésteres, aminoácidos e outros.

Amargo

- O sabor amargo, a exemplo do doce, não é causado por uma única substância química. As
substâncias que dão um gosto amargo são quase que inteiramente orgânicas, como as
substâncias orgânicas de cadeia longa que contêm nitrogênio e os alcalóides.

A gustação é primariamente uma função da língua, embora regiões da faringe, palato e


epiglote tenham alguma sensibilidade. Os aromas da comida passam pela faringe, onde
podem ser detectados pelos receptores olfativos.Na língua cada botão gustativo é sensível a
um determinado gosto e situa-se numa das 4 áreas de sabor existentes ao redor da língua.

O sabor diferente dos alimentos

Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores básicos, ajudando a torná-la única.
Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro,
percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades sensoriais também contribuem
com a experiência gustativa, como a textura e a temperatura dos alimentos. A sensação de dor
também é essencial para sentirmos o sabor picante e estimulante das comidas apimentadas.
As sensações gustativas obviamente auxiliam na regulação da dieta. Por exemplo, o sabor
doce é normalmente agradável, o que faz com que um animal procure preferentemente
alimentos doces. Por outro lado, o gosto amargo é geralmente desagradável, fazendo com que
os alimentos amargos, que geralmente são venenosos, sejam rejeitados. O gosto ácido é
muitas vezes desagradável, o mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O prazer sentido com os
diferentes tipos de gosto é determinado normalmente pelo estado de nutrição momentâneo do
organismo. Se uma pessoa está há muito sem ingerir sal, por motivos ainda não conhecidos, a
sensação salgada torna-se extremamente agradável. Caso a pessoa tenha ingerido sal em
excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo acontece com o gosto
ácido e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a qualidade da dieta é
automaticamente modificada de acordo com as necessidades do organismo. Isto é, a carência
de um determinado tipo de nutriente geralmente intensifica uma ou mais sensações gustativas
e faz com que a pessoa procure alimentos que possuam o gosto característico do alimento de
que carece.
Reflexos gustativos

Uma das funções do aparelho gustativo é fornecer reflexos às glândulas salivares da boca.
Para tanto, estímulos são transmitidos do trata solitário, no cérebro, aos núcleos vizinhos que
controlam a secreção das glândulas salivares. Quando o alimento é ingerido, o tipo de
sensação gustativa, atuando através desses reflexos, ajuda a determinar se a secreção salivar
deverá ser grande ou pequena.

1- Papilas cincuvagadas
2- Papilas fungiformes
3- Papilas filiformes

Até os últimos anos acreditava-se que existiam quatro tipos inteiramente diferentes de papila
gustativa, cada qual detectando uma das sensações gustativas primárias particular. Sabe-se
agora que todas as papilas gustativas possuem alguns graus de sensibilidade para cada uma
das sensações gustativas primárias. Entretanto, cada papila normalmente tem maior grau de
sensibilidade para uma ou duas das sensações gustativas. O cérebro detecta o tipo de gosto
pela relação (razão) de estimulação entre as diferentes papilas gustativas. Isto é, se uma papila
que detecta principalmente salinidade é estimulada com maior intensidade que as papilas que
respondem mais a outros gostos, o cérebro interpreta a sensação como de salinidade, embora
outras papilas tenham sido estimuladas, em menor extensão, ao mesmo tempo
REGULAÇÃO DA DIETA PELAS SENSAÇÕES GUSTATIVAS

As sensações gustativas obviamente auxiliam na regulação da dieta. Por exemplo, o sabor


doce é normalmente agradável, o que faz com que um animal procure preferentemente
alimentos doces. Por outro lado, o gosto amargo é geralmente desagradável, fazendo com
que os alimentos amargos, que geralmente são venenosos, sejam rejeitados. O gosto ácido
é muitas vezes desagradável, o mesmo ocorrendo com o sabor salgado. O prazer sentido
com os diferentes tipos de gosto é determinado normalmente pelo estado de nutrição
momentâneo do organismo. Se uma pessoa está há muito sem ingerir sal, por motivos
ainda não conhecidos, a sensação salgada torna-se extremamente agradável. Caso a pessoa
tenha ingerido sal em excesso, o sabor salgado ser-lhe-á bastante desagradável. O mesmo
acontece com o gosto ácido e, em menor extensão, com o sabor doce. Dessa forma, a
qualidade da dieta é automaticamente modificada de acordo com as necessidades do
organismo. Isto é, a carência de um determinado tipo de nutriente geralmente intensifica
uma ou mais sensações gustativas e faz com que a pessoa procure alimentos que possuam
o gosto característico do alimento de que carece.
Paladar e Olfato:Os sentidos que se completam.

Nada é mais marcante do que um cheiro. Um aroma pode ser inesperado, momentâneo e
fugaz e, mesmo assim, marcar para sempre um instante de nossa vida.
Os odores explodem suavemente em nossa memória, como minas escondidas sob a massa de
muitos anos e de diversificadas experiências. Basta percebermos um aroma para as
lembranças aflorarem e as emoções serem despertadas.
O olfato é uma máquina do tempo poderosa que, aguçando a nossa memória, nos transporta
ao passado. Quem já não sentiu um dia um cheiro salutar de pão assando no forno, lembrando
a cozinha da vovó? Quem já não viu despertar, a partir de um perfume, a lembrança do
primeiro namorado? Quem não tem uma recordação, a partir do cheiro de canela?
A respiração é formada por pares, inspiração e expiração. Ao nascer, inspiramos pela primeira
vez; ao morrer, expiramos pela última. No intervalo entre uma e outra, ao longo de toda a
vida, cada respiração faz com que o ar passe pelos órgãos do olfato. Ao respirar, percebemos
os aromas. Os cheiros envolvem-nos, giram ao nosso redor, entram em nossos corpos,
emanam de nós. Vivemos em constante banho de odores. Tudo o que cheira se desmancha no
ar, desprendendo moléculas, já que os aromas são voláteis.
Mais do que as imagens ou os sons os cheiros nos colocam em contato direto com o mundo.
O que o olfato capta são moléculas odoríficas, que flutuam livremente pelo ar e chegam até a
câmara olfativa situada na parte mais alta do nariz, atrás da região entre as duas sobrancelhas;
entram em contato com os receptores do epitélio olfativo, conduzindo as informações ao
cérebro para o sistema límbico, que é a área dos sentimentos, das memórias, das reações
aprendidas arquivadas e das emoções.
Quando as mensagens aromáticas atingem o sistema límbico, são processadas instantânea e
instintivamente. É por isso que os aromas têm grande efeito: agindo nos centros cerebrais,
provocam reações que podem ser emocionais ou físicas. De uma forma sutil, afetam os
sentimentos, relaxando ou revigorando, excitando ou ajudando a afastar o stresse.
O olfato humano é capaz de identificar mais de 4.000 cheiros diferentes. É um índice menor
do que o da maioria dos animais, mas, para o nosso cotidiano, dá e sobra. Alguns animais
sobejam nessa área: não é à toa que se recrutam cachorros para trabalho que requer olfato
apurado. É que o cão tem nada menos do que 70 milhões de células olfativas, enquanto os
seres humanos possuem 5 milhões.
Ao contrário dos bichos, podemos sobreviver sem o olfato. No entanto, não devemos
menosprezá-lo. Ele nos sinaliza perigos. Pelo cheiro de queimado, ele dá o sinal de alerta
quando algo está pegando fogo. Ajuda a nos manter longe dos venenos e dos alimentos
estragados. Perfuma a vida e... até define o paladar!
Uma prova de que o paladar depende do olfato surge quando se está resfriado ou gripado. É
comum, durante uma gripe, não se sentir o gosto da comida. Tudo fica sem sabor e até o
apetite vai embora. Todavia, não há nada de errado com a língua. É que, com o nariz
entupido, as moléculas odoríficas simplesmente não conseguem encontrar os receptores do
olfato. A pessoa sente falta, na verdade, é do cheiro da comida.
A vida perderia muito da sua graça se não fosse o paladar. Chupar uma laranja ou um limão
daria tudo na mesma. Repolho ou jiló com chocolate? Por que não, se tudo tem o mesmo
gosto? O que torna a vida saborosa é exatamente a combinação de sensores, dos quais apenas
alguns estão situados na língua.Daí o crescimento da importância do olfato em conjunto com
o paladar.

Dentro da boca, nada tem muito gosto – os alimentos são apenas doces, salgados, azedos ou
amargos, de acordo com a análise da língua. Mas o cérebro reúne essas informações
gustativas com as impressões do nariz e cria uma imensa gama de sabores. Eis o paladar.
O sabor de tudo o que se come é o resultado de uma parceria entre nariz e língua. Quando se
mastiga uma maçã, parte das moléculas da fruta cai direto nas papilas especializadas em
reconhecer o sabor doce. A outra parte – moléculas odoríficas voláteis, viaja por trás do nariz
até os receptores do olfato. O cérebro junta todas essas informações e tem como resultado: o
paladar.
As moléculas do alimento precisam ser diluídas em algum líquido. Com a boca seca, nada tem
gosto. Para garantir o sabor, a saliva entra em ação assim que se sente o cheiro agradável do
alimento. É a chamada água na boca. No fundo, o organismo pede, via olfato e paladar, para a
pessoa comer.
São os movimentos da língua - para cima e para baixo, e de um lado a outro- que esparramam
por toda a sua superfície o alimento diluído em saliva, a fim de decifrar os ingredientes. O
segredo desse trabalho de análise é entrar em contato íntimo com o alimento, para isso, a
língua conta com ligeiras elevações batizadas de papilas, há dois séculos atrás, por dois
cientistas alemães, Georg Meissner e Rudolf Wagner.
No fundo da língua, encontra-se um tipo de papila que reconhece o gosto amargo. E funciona,
mesmo, como um mecanismo de defesa, pois o sabor amargo está associado aos venenos e
essas papilas avisam para o reflexo de cuspir o alimento antes que ele seja deglutido.
Nos bordos laterais da língua estão as papilas que captam o sabor azedo. Os sabores doce e
salgado são percebidos pelas papilas que ficam na ponta e na borda da língua, as chamadas
papilas fungiformes, que dão à língua o toque aveludado.
Interessante é que, na parte superior da língua, as papilas são as únicas que não captam gosto
nenhum. Elas são responsáveis apenas pela sensação de tato e de temperatura. São elas que
dizem que um sorvete é frio e úmido ou que um bolo é fofo. Essas papilas formam um tapete
sensorial que forra a língua inteira.
Um fato curioso é a esterognosia, propriedade que tem a língua, de nos fornecer um dado
interessante: se a pessoa estiver de olhos fechados e alguém colocar em sua boca uma bala, a
pessoa é capaz de identificar se a bala é quadrada, redonda, furada, estreita ou larga.
Como conseguiu identificar o tipo da forma? Claro, através da esterognosia, que é a
capacidade que tem a língua de envolver o objeto. Em seguida, só é necessária a função do
informante: a deformação sofrida pela língua para envolver a bala é informada ao cérebro, que
interpreta a forma do objeto.

O sabor diferente das comidas

Cada comida ativa uma diferente combinação de sabores básicos, ajudando a torná-la única.
Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro,
percebidos simultaneamente.
Além disso, outras modalidades sensoriais também contribuem com a experiência gustativa,
como a textura e a temperatura dos alimentos. A sensação de dor também é essencial para
sentirmos o sabor picante e estimulante das comidas apimentadas. A velocidade da percepção
é também variável para cada um dos sabores. O tempo de percepção de cada solução gustativa
muda sempre da mesma forma sempre que alguma variável se altera, mantendo-se constantes
as demais. O tempo de percepção é inversamente proporcional a qualquer uma das seguintes
condições: pressão; concentração; temperatura; e área estimulada. Cada animal tem sua
sensibilidade gustativa própria.

O Paladar Infantil

Assim como as digitais, o paladar de cada bebê é único. Apesar de todas as crianças saudáveis
nascerem com a capacidade de distinguir os quatro sabores inatos (doce, salgado, amargo e
ácido), nenhuma sente gosto e cheiro igual a outra. Nem irmãos gêmeos. Cada uma tem suas
preferências, que podem estar associadas ao grau de sensibilidade que cada bebê tem dos
sabores. Uns podem gostar mais do sabor salgado. Outros, mais do ácido. Mas todos, em
geral, nascem sensibilizados para o doce. Isso não acontece por acaso. É para a própria
sobrevivência do bebê. O sabor do leite materno e dos leites de fórmulas é o doce.

Mesmo sendo tão particular, o paladar é um sentido a ser estimulado. Ao nascer, o bebê sente
apenas os quatro sabores inatos, mas não as nuances dos alimentos. A única maneira de
estimular o paladar é oferecendo uma alimentação variada e colorida, algo que ocorre a partir
dos seis meses. A jornada de sensibilização do paladar é longa e passa por fases estranhas.
Quando a criança está com dois ou três anos de idade, por exemplo, começam a surgir as
preferências e as rejeições alimentares. Esse comportamento infantil, porém, não indica a
maturidade do paladar. É a dura fase da seletividade alimentar, que costuma desaparecer por
volta dos sete ou oito anos. Pesquisas indicam que as papilas gustativas infantis estão
sensibilizadas lá pelos dez anos de idade. Mas novas mudanças ocorrem. Estudos mostram
que, na infância, sabores como o do chocolate e do morango são mais aceitos. Na
adolescência, começa-se a gostar daqueles antes execrados, como brócolis ou aspargo, ou
seja, os amargos.Na velhice, o sabor da baunilha é mais aceito.

“os fatores psicossociais influenciam as experiências alimentares desde o momento do


nascimento da criança, proporcionando a aprendizagem inicial para a sensação da fome e da
saciedade e para a percepção dos sabores. A adequada introdução dos novos alimentos no
primeiro ano de vida, com uma correta socialização alimentar, a partir deste período, bem
como a disponibilização de variados alimentos saudáveis em ambiente alimentar agradável,
permite à criança iniciar a aquisição das preferências alimentares responsáveis pela
determinação do seu padrão de consumo”

Paladar dos Idosos.

Para os idosos, o limiar para praticamente todos os sabores é elevado. Desse modo, para essas
pessoas, muitos alimentos têm um sabor considerado inaceitavelmente suave, isso é o que
relata um texto da Dr Dra. Shirley de Campos, em um site de medicina nutricional.
Justificando suas idéias sobre o tema, ela relata uma experiência em que se estudou a
intensidade do sabor, o trabalho é de Schiffman & Warwick. Os pesquisadores forneceram a
39 residentes de uma casa geriátrica uma dieta normal e posteriormente a mesma dieta com
grande intensificação do sabor. Isso ocorreu ao longo de períodos de 3 semanas. Descobriram
então que os pacientes comiam mais quando a alimentação tinha o sabor intensificado. Com
isso, a pesquisa conclui que idosos tem uma menor percepção do sabor.

Mas o que leva o idoso a ter um paladar diferente?

Sobre os fatores que levam a alteração de paladar do idoso, para essa autora, o principal deles
seria a xerostomia , ou sensação de boca seca característica da idade tendo como fator
responsável também o efeito colateral de muitos dos remédios de uso contínuo, comumente
utilizados por idosos, como remédios para a pressão por exemplo, há uma ampla discussão
sobre o tema no artigo Rosemary Shinkai e Altair Antoninha Cury para os Cadernos de
Saúde Pública. Assim a perda do paladar na velhice seria mais em decorrencia da desidratação
caracteristica da faixa etária e devido ao efeitos colaterais de medicações.
Portanto, sabe-se que com a idade, há uma alteração nas papilas gustativas, o que pode levar a
diminuição das sensações gustativas.
Paladar Masculino x Feminino

Sabemos que homens e mulheres pensam, agem e sentem de modo distinto. Além disso,
enxergam, sentem cheiros, fazem a digestão,respiram e transpiram de forma diferente. Com
a percepção dos sabores, não é diferente.
Em um especial sobre medicina, da revista Veja, sobre as diferenças entre homens e mulheres,
há um quadro que fala sobre a questão do paladar. O autor traz a informação que o paladar
masculino é mais aguçado para distinguir sabores amargos e salgados, já as mulheres teriam
uma melhor percepção para o doce.
As diferenças mais marcantes entre homens e mulheres, do ponto de vista
biológico, decorrem da interação entre os genes e os hormônios. A testosterona é essencial na
formação e manutenção das características físicas masculinas e o estrógeno responsável
pelos seios protuberantes e a voz mais aguda nas mulheres. Esses hormônios não somente
determinam características exteriores e comportamentos, como regem o funcionamento de
órgãos essenciais. Por exemplo, o olfato, que tende a ser mais aguçado nas mulheres, fica
ainda mais apurado no período da ovulação. Muitas das diferenças entre o comportamento
masculino e feminino são determinadas pela genética e não só por questões culturais.
Desse modo, a visão da ciência sobre homem e mulher mudou nos últimos séculos, na época
de Virchow (século XIX) o que nos determinava eram os órgãos reprodutores e hoje levam
em consideração muitos outros aspectos, não só fisiológicos como sociais.

Paladar e Gripe

O olfato e o paladar estão estreitamente relacionados. As papilas gustativas da língua identificam o


paladar, e o nervo olfativo identifica os odores. Ambas as sensações são transmitidas ao cérebro, que
combina a informação para reconhecer e apreciar os sabores. Como os sentidos do paladar e olfato
auxiliam na identificação e estão relacionados entre si, quando as pessoas estiverem atingidas pelo
vírus da gripe ou por algum resfriado comum, podem ter alguma afecção ou irritação no nariz, nos
nervos que vão ao cérebro ou ao próprio cérebro. Dessa forma, o sentido do olfato pode diminuir,
afetando também a identificação do sabor e assim é possível compreender porque muitas pessoas
afetadas por gripe ou resfriado ficam dias ou semanas sem sentir cheiro e sabor.
Paladar x Álcool e outros algozes

O consumo excessivo do álcool, altera o paladar, pois causa desidratação - a boca fica seca e
o paladar capta o sabor ácido de substâncias despejadas pelo estômago para processar o
álcool. Com base em informações da nutricionista Karina Gallerane, refere que o sabor não
tem somente relação com o gosto, mas também com o aroma do que se tem na boca. Os
refrigerantes diet e light, por exemplo, deixam um gosto amargo na boca, devido aos
edulcorantes, impedindo que se sinta o sabor dos alimentos. Também o tabagismo intenso e
tratamentos como a radioterapia e certos medicamentos podem causar a redução ou perda do
paladar. Da mesma forma a falta de higienização e o uso demasiado da pimenta.
A redução ou a perda do paladar (ageusia) é normalmente causada por condições que afetam a
língua. São exemplos: a boca muito seca, o tabagismo intenso (especialmente fumar
cachimbo), a radioterapia e os efeitos colaterais de drogas como medicamentos para câncer ou
antidepressivos. As queimaduras da língua podem destruir temporariamente as papilas
gustativas.

Distúrbio e Enfraquecimento do Paladar.

Condições caracterizadas pela alteração da função ou percepção gustativa. Os distúrbios do


paladar freqüentemente são associados com transtornos do olfato. Outras potenciais etiologias
incluem doenças metabólicas, toxicidade de drogas e transtornos das vias do paladar (ex.,
doenças de papilas gustativas,doença de nervos faciais, doenças do nervo glossofaríngeo, e
doenças do tronco encefálico). Os distúrbios do paladar podem ser causados por qualquer
coisa que interrompa a transferência dos estímulos de sabor para o cérebro, ou por condições
que afetam a maneira pela qual o cérebro interpreta os estímulos.

Causas comuns:

• resfriado comum
• infecção nasal devido a infecção (como as infecções das glândulas salivares), pólipos,
etc.
• gripe
• faringite viral
• boca seca
• envelhecimento (o número de papilas gustativas diminui com a idade)
• tabagismo excessivo (especialmente o cachimbo) que causa ressecamento da boca
• deficiência de vitaminas (vitamina B12) ou de minerais (zinco na dieta)
• lesões na boca, nariz ou na cabeça
• gengivite
• efeitos colaterais de medicamentos como os antitireóideos, captopril, griseofulvina,
lítio, penicilamina, procarbazina, rifampicina, vinblastina ou vincristina

Bibliografias

http://www.brasilescola.com/oscincosentidos/paladar.htm

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/neuropaladar.br

http://www.discoverykidsbrasil.com/atividades/colorir/los_cinco_sentidos_gusto/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paladar

http://www.universia.com.br/noticia/materia_dentrodocampus.jsp?not=2958

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