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Comportamento O QUE AINDA A CARREIRA DA MULHER Depois de conquistar 0 seu espaco e provar que é competente, pesquisas indicam o que a mulher deve fazer para ser competitiva no ambiente de trabalho Claudia Jordao e Débora Rubin uurante quatro meses, a assistente administrativa Maristela aiou seu discurso de pedido de olicitou, “Os hi demissao e virou autono quias Monica Vit6ria, 42 4s. Durante décadas viveu a angustia ~ até dois an de nao conseguir ne jumento salarial e cres -cidiu criar uma poderosa rede de contatos. Adificuldade em pedir aumento e fazer network é apenas uma das muitas barreiras que as mulheres ainda enfrentam no mercado de trabalho para as- cender profissionalmente. As mulheres conquistam cada ve espago no mercado de trabalho ~ repre: CONFIANGA — sentam 42,6% do contingente profissional aneennlra Cristina no Brasil ~ ¢ ocupam fangbes até entio ‘direitos do ompresario dominadas pelos homens. Mas ainda ga Juan Quirés (a0 lado) —nham menos que eles e raramente alcancam postos do topo da piramide corporativa. Essa realidade é mundial. Nos Estados Unidos, ape- nas 1% das cadeiras de CEO é ocupado por mulheres. Desde os anos 70, quando a revolugéo feminista inflamou o mundo, a mulher convive coma sensacio claustrofébica gerada pelo fené- meno “teto de vidro”, em que até enxerga 0 topo, mas nao consegue atingi-lo. A expressio surgiu ha 40 anos para explicar a dificuldade das americanas em ascender profissionalmente, Décadas depois, continua uma realidade. “A sensacio que temos é de que as mulheres ¢s- tacionaram”, diz a historiadora Mary Del Priore. “Como se jé tivéssemos conquistado tudo 0 que podiamos.” A dificuldade feminina de pedir aumento foi constatada recentemente por uma pesquisa da revista britanica “Grazia”. De acordo com © levantamento, 80% das inglesas se conside- ram mal pagas, mas dois tercos delas nunca pediram aumento. Quem pediu confessa ter sido um dos momentos mais estressantes de sua vida, “Mulheres sio educadas desde cedo para prestar atencao no outro, nunca falar alto nem pedir algo para si proprias”, justifica a americana Sara Laschever, autora do livro “Women Don't Ask” (Mulheres Nao Pedem) e “Ask For It” (Pega!). Resultado: a profissional que pede aumento € vista por suas companhei- ras como agressiva, “As mulheres confundem agressividade com assertividade, esta sim uma caracteristica tipicamente masculina e supe- rimportante no trabalho”, ressalta a psicdloga Ménica Portela. Outra grande dificuldade feminina é promo- ver o network, aquela poderosa rede de conta~ tos que far a diferenca numa promosao ou recolocagio profissional. Enquanto os homens tém um dom quase natural para a pritica ~ atire a primeira pedra aquele que nao participa de uma partida de futebol ou golfe com os ccolegas -, as mulheres costumam tachar esse tipo de relagao de “interesseira”. “Elas sao ‘timas para fazer amigos no trabalho, mas _-- nao para construir uma rede de contatos profissionais”, concluiu Gail McGuire, <= _pesquisadora da Universidade de Illi- o nois (BUA), que conduziu um estudo com seis mil profissionais de uma AGENDA PODEROSA Monica Vitoria aprendeu a valorizar contatos profissionais ® sO agora. Sua renda subiu de R$ 1,6 mil para R$ 25 mil mensais em dois anos de niveis mais elevados que poderiam ajudé-la. A consultora Monica Vit6ria conhece bem o poder de uma agenda. Gragas aos contatos que estabeleceu, ela deixou para tras um emprego que lhe rendia R$ 1,6 mil ‘mensais para abrir a sua propria empresa e faturar R$ 25 mil por mi Tudo isso em apenas dois anos. “Fiz um cartdo de visita e fui a uma feira em que 05 expositores tinham potencial para virar clientes”, diz, “Hoje, tenho uma agenda com 200 contatos.” Além da maternidade, apontada como a principal razao para a desa- celerago ou retirada da mulher do mercado de trabalho, hé também 4questdes culturais, como o sexismo e 0 machismo, barreiras muito mais dificeis de serem derrubadas, uma vez que estio arraigadas em homens ¢ mulheres. Mestre em hist6ria pela Universidade de Brasilia, Betina Stefanelli entrevistou fisicas para investigar 0 que emperrava a ascensio profissional nesta que é uma das carreiras mais fechadas para o sexo feminino. Na fisica, carac- teristicas “masculinas” como a objetividade e o MINORIA raciocinio linear s4o consideradas fundamentais NO TOPO para se produzir conhecimento cientifico. Em | Nos Estados sua pesquisa, Betina constatou que, além do = | Unidos “teto de vidro”, hé um “labirinto de cristal” que apenas 1% também dificulta a ascensio profissional da mu- dos CEOs her. Ou seja, as barreiras nao estao s6 no topo, ‘mas em toda a trajetéria da carreira feminina. ie Tey Comportamento © 0 preconceito sto uma realidade no ambien te profissional. Alguns, no e: que as mulheres perdem a guerra por néo saber jogar. E nao se trata de tornar-se um fanto, acreditam Maristela Boaventura sofreu por quatro meses até ter coragem de pedir aumento, algo comum entre as mulheres, segundo pesquisa ‘homem de saias”, como se pregava no inicio do feminismo ~ ¢ que definitivamente nao dev +0, Hoje os estudiosos de génera concordam ‘que as mulheres devem crescer apoiadas em suas ualidades essencialmente femininas. Ser emo. ional, por exemplo, nao € necessariamente um problema, “Os lideres emocionais, que se abrem e ouvem os seus seguidores, costumam. ter trajetérias de sucesso”, diz Vilella da Mat ta, presidente da Sociedade Brasileira de Co. aching. “Mas, na hora de uma reuniao, a mulher que softe press ode Vilella da Matta, falta a mulher | corda. A frente de mais de dez mil funcionarios, ele elege como prin- aprender a competir. E 0 primeiro passo para _ cipal defeito feminino a incapacidade de definir prioridades. “E pos- el ter filhos e uma carreira de sucesso, mas é preciso saber privilegiar 1 is importante em cada fase”, diz Qu enharia, con- continua, as mulheres esbanjam qualidades, como comprometimento, lealdade, dedicacao e suavidade no trato, Tanto que esté nos nao pode chorar. Na opin isso é ter foco, “Ela deve saber qual é a sua prioridad Por outro lado, diz. O empresario Juan Quirds, dono do Grupo Advento, de et jo o aumento da presenga feminina planos do empri nas duas extremidades de sua empresa, a diretoria e ELASEO As mulheres estéo ‘os canteiros de obras. cada vezmaisbem engenheira Cristina Quillis, um de TRABALHO preparadas.e presentes oo seus bracos direitos no Grupo Adven no mercado. No entanto, seguem to, seguin a cartilha dos especialistas ocupando cargos em carreira ¢ foi dedicada, seletiva e menores e ganhando focada. Diretora de administracdo © menos que os homens finangas, ela faz parte da minoria que conseguiu romper o teto de vidro & esté no topo, Aos 42 anos, reconhece que abriu mao da maternidade até ago- ra porque priorizou a carreira, “Foi ama escolha meio inconsciente. Con: fesso que durante algum tempo eu oN ~ ay ec) sentia que, se engravidasse, me pre ey) Eee ene judicaria”, diz. “Mas, hoje, acho que da forcade Pen re Teer heed é possivel fazer tudo, ¢ s6 uma ques- tabalho no: empresas do Brasil eram to de me organizar.” A boa noticia & Pets Cee ie paaslieracnaicoeers a tannorak erty Siar amet EMRE

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