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CBINC – D-001
8a Edição – 2000
MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE ADESTRAMENTO ALMIRANTE M ARQUES DE LEÃO
8a Edição – 2000
Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão.
C387m Manual de Combate a Incêndio / Centro de Adestramento Almirante
Marques de Leão. - 8. ed. - Rio de Janeiro : O Centro, 2000.
[ 102 ]p. :il.
CBINC-D-001
SUMÁRIO
PÁGINAS
8 a edição Sumário - 1
Manual de Combate a Incêndio
8 a edição Sumário - 2
Manual de Combate a Incêndio
8 a edição Sumário - 3
Manual de Combate a Incêndio
8 a edição Sumário - 4
Manual de Combate a Incêndio
PREFÁCIO
8 a edição
Capítulo 1
A COMBUSTÃO, FENÔMENOS SECUNDÁRIOS E MÉTODOS
DE TRANSMISSÃO DE CALOR
1.2 - O COMBUSTÍVEL
Dentre as diversas classificações que podemos atribuir aos combustíveis, interessam ao
nosso estudo as seguintes:
- Quanto ao estado físico.
Sólidos (carvão, madeira, pólvora, etc.);
Líquidos (gasolina, álcool, éter, óleo de linhaça, etc.) e
Gasosos (metano, etano, etileno, butano, etc.).
- Quanto à volatividade.
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Voláteis - são os combustíveis que, nas condições normais de temperatura e pressão,
desprendem vapores capazes de se inflamarem (álcool, éter, benzina, etc.) e
Não-voláteis - são os combustíveis que desprendem vapores inflamáveis após
aquecimento acima da temperatura ambiente (óleo combustível, óleos lubrificantes, óleo
de linhaça, etc.), considerando as condições normais de pressão.
- Quanto à presença do comburente.
Com comburente (pólvoras, cloratos, nitratos, celulóide e metais combustíveis, tais
como: lítio, zircônio, titânio, etc.) e
Sem comburente (madeira, papel, tecidos, etc.).
1.3 - O COMBURENTE
Comburente é o elemento químico que se combina com o combustível, possibilitando a
combustão. Na grande maioria dos casos, o comburente é o oxigênio. O oxigênio existe
no ar atmosférico em uma quantidade aproximada de 21%.
Normalmente, não ocorre chama quando a concentração de oxigênio no ar é inferior a
16%. Por isso, o primeiro método básico de extinção de incêndios é o abafamento, que
consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do limite de 16% (Fig 1.2).
1.4 - A TEMPERATURA
Os vapores emanados de um combustível inflamam-se na presença do comburente, a partir
de determinada temperatura.
Ponto de Fulgor: é a temperatura mínima na qual um combustível desprende gases
suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade
suficiente para manter a combustão. A chama aparece, porém logo se extingue, não
mantendo a combustão (Fig. 1.3).
Ponto de Combustão: é a temperatura do combustível, acima da qual, ele desprende gases
em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor e
continuarem queimando, mesmo quando retirada esta fonte.
Ponto de Ignição: é a temperatura necessária para inflamar os gases que estejam se
desprendendo de um combustível, só com a presença do comburente.
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Fig.1.3 - Determinação do ponto de fulgor
Cabe ressaltar que somente por resfriamento podem ser extintos os incêndios de
combustíveis que tenham comburente em sua estrutura íntima (pólvora, celulóide, metais
combustíveis, etc.). Esses incêndios não podem ser extintos por abafamento.
1.5 - EXTINÇÃO POR QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA
Atualmente vem sendo considerado um novo processo de extinção de incêndios, em que
determinadas substâncias são introduzidas na reação química da combustão com o
propósito de inibi-la. Neste caso não há abafamento ou resfriamento. Apenas é criada uma
condição especial (por um agente que atua em nível molecular) em que o combustível e o
comburente perdem, ou têm em muito reduzida, a capacidade de manter a cadeia da
reação. A reação só permanece interrompida enquanto houver a efetiva presença do agente
extintor. Assim, requer que ele seja ali mantido até o natural resfriamento da área, ou que
se proceda o resfriamento por um dos meios conhecidos.
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Considerada a afinidade química entre o combustível e o comburente como mais uma
condição para a existência do fenômeno da combustão, o triângulo do fogo evolui para o
quadrilátero do fogo (Figs. 1.5 e 1.6).
Fig.1.5 - O quadrilátero do fogo Fig.1.6 - Triângulo do fogo e a interação entre seus lados
Para os efeitos práticos deste manual, vamos considerar que o quarto lado (“Reação em
Cadeia”) do quadrilátero do fogo seja a interação entre os três lados do nosso triângulo.
1.6 - MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR
Há três métodos de transmissão de calor: Irradiação, Condução e Convecção. O estudo
desses métodos permite a visualização de vários fenômenos peculiares aos incêndios,
principalmente no que diz respeito a sua propagação.
Irradiação - é a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade
molecular entre a fonte calorífica e o corpo que recebe calor. É a transmissão de calor que
acompanha geralmente a emissão de luz (Fig. 1.7). O caso típico de calor radiante é o
calor do Sol.
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Fig.1.8 - Transmissão de calor por condução através da
antepara comum entre dois compartimentos
Porções mais frias ocupam o lugar próximo à fonte calorífica, antes ocupado pelas porções
que subiram, formando-se assim o regime contínuo das correntes de convecção. Quanto ao
aspecto da propagação de incêndios, a convecção pode ser responsável pelo alastramento
de incêndios a compartimentos bastante distantes do local de origem do fogo. Em
edifícios, este fenômeno se dá através dos poços dos elevadores ou vãos de escadas,
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atingindo muitos andares acima de onde está ocorrendo o incêndio, especialmente onde
houver portas ou janelas abertas que permitam a passagem da coluna ascendente de gases
aquecidos. A legislação que rege a construção civil determina que as escadas internas, de
acesso aos pavimentos de um prédio, sejam isoladas por portas à prova de fogo, de forma a
evitar tais efeitos.
Nos navios, essas correntes de convecção ocorrem através dos dutos de ventilação que,
por esse motivo, devem ter suas válvulas de interceptação fechadas nas seções que
atravessam a área incendiada. Muitas vezes, devido a falta dessa providência, incêndios
aparentemente inexplicáveis, longe do foco principal, poderão se formar e inutilizar todo
o trabalho de extinção realizado no compartimento no qual o fogo se originou.
1.7 - INTENSIDADE DA COMBUSTÃO
É conhecido por intensidade da combustão o volume de chamas que se desprende de um
incêndio. Naturalmente, um palito de fósforo apresentará uma intensidade de combustão
muito menor do que uma pilha de lenha, devido à menor quantidade de combustível. Além
da quantidade de combustível, devemos, também, considerar a área superficial do
combustível, porque a concentração da mistura combustível e ar (oxigênio) produzirá uma
intensidade de combustão maior ou menor em função dessa mistura. Assim, quanto maior
a área superficial, maior será a concentração da mistura ar/combustível e, em
conseqüência, maior será a intensidade da combustão.
A concentração do comburente é outro fator que devemos considerar. É o que se observa
quando um incêndio está ocorrendo com pequena intensidade num ambiente confinado
(onde a concentração de oxigênio já atingiu níveis reduzidos) e uma porta é bruscamente
aberta. Subitamente, sob o impacto do aumento da concentração de oxigênio ambiente, o
fogo se reanima e aumenta de intensidade.
1.8 - EXPLOSÃO
Há combustíveis que, por sua altíssima velocidade de queima e enorme produção de gases,
quando inflamados dentro de um espaço confinado, produzem o fenômeno da explosão. Os
explosivos, tais como o TNT, a nitroglicerina e outros mais, apresentam enorme perigo
quando ameaçados por um incêndio. A providência imediata a tomar será sempre afastá-
los das proximidades do fogo ou alagar com água os paióis onde se encontram
armazenados.
1.9 - COMBUSTÃO ESPONTÂNEA
Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem, por si só, entrar em
combustão. Entre as substâncias mais suscetíveis de combustão espontânea destacam-se a
alfafa, o carvão, o óleo de peixe, o óleo de linhaça, os tecidos impregnados de óleo, os
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vernizes, o óleo de milho, o óleo de semente de algodão, certos fertilizantes orgânicos e
inorgânicos, as misturas contendo nitratos e material orgânico, o feno, os pós metálicos, o
óleo de pinho, a juta, o sisal, o cânhamo, a madeira e a serragem. Os materiais fibrosos
tornam-se particularmente perigosos quando impregnados com óleos animais ou vegetais.
Embora seja um fenômeno pouco falado, a combustão espontânea é mais comum do que se
poderia pensar. Ela ocorre freqüentemente durante o verão, quando há longos períodos sem
chuva, nos terrenos cobertos pelo capim nos morros do Rio de Janeiro.
1.10 - ELETRICIDADE ESTÁTICA
Eletricidade estática é o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em relação a outro,
geralmente em relação à terra. Forma-se, na grande maioria dos casos, por atrito, sendo
praticamente impossível de ser eliminada. A providência que pode ser tomada é impedir o
seu acúmulo antes que atinja potenciais perigosos (capazes de fazer produzir uma faísca),
aterrando-se o equipamento a ela sujeito; isto é, ligando-se a carcaça do equipamento à
terra, por meio de um condutor. Quase todos os equipamentos estão sujeitos a atrito e,
portanto, a formação de eletricidade estática.
A faísca da descarga elétrica, em si, nada de mau apresenta. Apenas, havendo
combustíveis ou misturas explosivas nas proximidades, é que se pode temer um sinistro.
Por isso mesmo, no transporte e manuseio de líquidos voláteis é que deverão ser tomados
maiores cuidados. Antigamente, os caminhões-tanque transportadores desses líquidos
levavam correntes na parte traseira que, ao se arrastarem pelo chão, descarregavam a
eletricidade estática formada. Modernamente, não se usam mais tais correntes. Antes de
ser iniciada a faina de carga ou descarga do líquido, o chassis do caminhão é ligado à terra
por um fio metálico.
As mangueiras, que descarregam líquidos e gases combustíveis, devem ser dotadas de
bocal metálico que, por sua vez, deve ser conectado eletricamente ao tanque receptor antes
de ser iniciada a descarga. Evita-se, assim, que a eletricidade estática gerada pelo atrito do
fluido com a mangueira possa originar uma centelha entre o bocal e o tanque.
1.11- A DINÂMICA DO INCÊNDIO A BORDO
Os incêndios a bordo podem ser separados em quatro diferentes estágios: Fase inicial;
Fase de desenvolvimento; Incêndio desenvolvido e Fase de queda de intensidade.
- Fase Inicial
A temperatura média do compartimento ainda não está muito elevada, e o fogo
está localizado próximo ao foco do incêndio. As altas temperaturas concentram-se
próximas ao foco do incêndio, e a fumaça proveniente da combustão forma uma
camada quente apenas na parte superior do compartimento. Caso não ocorra a
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extinção do incêndio poderá ocorrer o “ROOLOVER”, que é o fenômeno no qual
os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-se ao ar e se
inflamam na parte superior do compartimento devido à alta temperatura naquela
área.
- Fase de Desenvolvimento
É a fase de transição entre a fase inicial e a do incêndio totalmente desenvolvido.
Ocorre em um período relativamente curto de tempo e pode ser considerado um
evento do incêndio. Trata-se do momento no qual a temperatura da camada
superior de fumaça atinge 600ºC .
A característica principal desta fase é o repentino espalhamento das chamas a
todo o material combustível existente no compartimento. Este fenômeno é
conhecido pelo nome de "flashover". A sobrevivência do pessoal que esteja no
local é improvável.
- Incêndio Desenvolvido
Todo o material do compartimento está em combustão, sendo a taxa de queima
limitada pela quantidade de oxigênio remanescente. Chamas podem sair por
qualquer abertura, e os gases combustíveis na fumaça se queimam assim que
encontram ar fresco. O acesso a esse incêndio é praticamente impossível, sendo
necessário um ataque indireto ao mesmo. Incêndios em praças de máquinas ou
provocados pelo impacto de armamento inimigo atingem este estágio
rapidamente.
- Fase de Queda de Intensidade
Quase todo o material combustível já foi consumido e o incêndio começa a se
extinguir.
Após a extinção do incêndio, em casos específicos, pode ocorrer o fenômeno do
reaparecimento. Em um incêndio que tenha se extinguido por ausência de
oxigênio, como por exemplo, em um compartimento estanque que tenha sido
complemente isolado, vapores combustíveis podem estar presentes. Quando ar
fresco é admitido nessa atmosfera rica em vapores combustíveis / gases
explosivos e com temperatura próxima à de ignição, os três elementos do
triângulo do fogo estarão novamente presentes e pode ocorrer uma explosão.
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Manual de Combate a Incêndio
Capítulo 2
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS E DOS AGENTES EXTINTORES
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Manual de Combate a Incêndio
Fig. 2.2 – Neblina de alta velocidade Fig. 2.3 – Neblina de baixa velocidade
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Manual de Combate a Incêndio
CO2 –
Por ser o CO2 um gás inerte, isto é, um gás que não alimenta a combustão, ele é
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Manual de Combate a Incêndio
• PÓ QUÍMICO SECO –
Na MB os três tipos mais utilizados são : Pó Químico Seco (PQS), Bicarbonato de
Potássio (PKP) e Pó Seco (MET – L – X).
Pó Químico Seco (PQS) – É empregado para combate a incêndios em líquidos
inflamáveis, (classe “B”) podendo ser utilizado também em incêndios de
equipamentos elétricos energizados (classe “C”).
(PKP) – É um agente extintor à base de bicarbonato de potássio, muito eficiente
na extinção de incêndios em líquidos inflamáveis em forma pulverizada e em
gases inflamáveis, atacando a reação em cadeia necessária para sustentar a
combustão. Pode ser utilizado para combater incêndios classe “C”. Em incêndios
classe “C”, deixará resíduos de difícil remoção. O PKP pode ser empregado para
o combate a incêndio em copas, cozinhas, dutos, fritadeiras e chapas quentes.
Pó Seco – (MET-L-X) – É empregado exclusivamente no combate a incêndios
em metais combustíveis (classe “D”).
• HALON –
O halon pode ser encontrado em extintores portáteis e sistemas fixos. Quando
liberado, o halon forma uma nuvem de gás, com aspecto incolor, inodoro e com
densidade cinco vezes maior que a do ar.
Ele extingue o fogo através do método da quebra da reação em cadeia. Existem
dois tipos: o halon 1211 e o 1301.
O BCF (Halon 1211) é o agente ideal para a extinção de incêndios em módulos de
motores e turbinas. O BCF é mais tóxico que o Halon 1301, não podendo ser usado
em um compartimento ainda guarnecido.
• SOLUÇÃO AQUOSA DE CARBONATO DE POTÁSSIO –
O Aqueous Potassium Carbonate (APC) é usado a bordo de alguns navios para
extinguir incêndios em óleos comestíveis e gorduras em geral, nas fritadeiras,
ventilações da cozinha e dutos de extração.
A técnica freqüentemente usada no combate a fogo de gorduras líquidas,
envolvendo óleos e banhas não-saturadas de origem animal ou vegetal, é a
aplicação de solução alcalina como o APC, que em contato com a superfície em
chamas, gera uma espuma parecida com a do sabão, impedindo o contato do ar
com a superfície em chamas. A espuma leve de sabão contém vapor e causa bolhas
de CO2 e glicerina que flutuam na superfície do óleo em chamas.
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Manual de Combate a Incêndio
• Pode causar acidentes por asfixia quando utilizado em ambientes fechados e sem
ventilação.
• Pode causar queimaduras na pele e principalmente nos olhos, em face de sua baixa
temperatura, se dirigido à curta distância sobre o pessoal.
• A descarga das ampolas de CO2 pode dar origem a formação de cargas de
eletricidade estática. Não é indicada, portanto, a utilização das ampolas de CO2 para
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Manual de Combate a Incêndio
saturação de ambientes onde existam misturas inflamáveis, mas apenas para combate
a incêndios já em evolução.
– AGENTES EM PÓ
• Os produtos empregados na sua composição são não-tóxicos. Entretanto a descarga
de grandes quantidades pode causar uma dificuldade temporária de respiração,
durante e imediatamente após a descarga, podendo também interferir seriamente com
a visibilidade.
• Podem dar origem a maus contatos e baixas de isolamento em equipamentos elétricos
e eletrônicos.
– VAPOR
• Requer a retirada de todo o pessoal do compartimento.
• Submete todos os equipamentos contidos no compartimento a uma temperatura
elevada.
– HALON
• Os agentes halogenados apresentam baixa toxidez quando armazenados em
condições normais, ditadas pelos fabricantes.
• O Halon 1301, numa concentração entre 5 e 7%, não causará efeito danoso caso a
exposição seja de até cinco minutos. Em uma concentração entre 7 e 10 % por um
período de um minuto, alguns sintomas se fazem notar, como perda da coordenação
motora e redução da acuidade mental sem, contudo, incapacitar a pessoa. Para
concentração acima de 10%, durante um minuto de exposição, a pessoa ficará
totalmente incapacitada. Se o período for maior que um minuto, ocorrerá o desmaio
e possivelmente a morte.
• Para o Halon 1211, em uma concentração de até 4%, é aceitável a permanência no
ambiente por cinco minutos, no máximo. Em concentração de 4 a 5%, o máximo
aceitável é um minuto de permanência. Acima de 5%, é recomendável evitar
qualquer contacto ou exposição ao agente. Se alguma pessoa sofre os efeitos de ter
respirado o Halon, deve ser removida para um local de ar fresco até que uma pessoa
qualificada dê o devido socorro médico.
• Quando um incêndio é extinto por um agente qualquer derivado de hidrocarbonetos
halogenados, alguns cuidados devem ser tomados, pois, além dos subprodutos
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Manual de Combate a Incêndio
bromídrico. Esses subprodutos são altamente nocivos à vida humana, podendo causar
a morte quase instantaneamente. Portanto, sabendo-se que o halon foi utilizado para
extinguir incêndio em um compartimento, para se efetuar a reentrada, será
obrigatoriamente necessário o uso de um equipamento autônomo de respiração,
observando-se um tempo mínimo de quinze minutos após ter sido comprovada a
extinção do incêndio pela redução da temperatura no compartimento.
2.4 - MEDIDAS PREVENTIVAS
Considerando-se que, na prática, a eclosão de um incêndio a bordo não pode ser
definitivamente impedida, especialmente em situações de guerra, é necessário que se
adotem providências não só de prevenção de incêndios, mas também aquelas que
venham a atenuá-lo, quando ele for inevitável.
Algumas dessas providências fazem parte das próprias normas de construção naval,
enquanto outras se fazem intimamente ligadas à doutrina do Controle de Avarias – CAV,
cabendo ao pessoal de bordo zelar pelo seu cumprimento. É de responsabilidade do
Encarregado do CAV, dos Encarregados de Divisão, dos Fiéis de CAV de Divisão e do
pessoal de serviço – fiéis de CAV e patrulhas – a detecção e correção de irregularidades
observadas que venham a apresentar risco de incêndio a bordo.
Uma adequada prevenção de incêndio deve incluir, conforme já visto, a limitação da
presença de materiais combustíveis a bordo, bem como o controle daqueles que podem
ser introduzidos para o atendimento de determinadas conveniências ou exigências do
serviço, observadas ainda as situações de guerra e de paz.
As providências de prevenção e limitação de incêndios a bordo, no que diz respeito ao
material inflamável, abordadas nas diversas publicações de Controle de Avarias, podem,
então, ser resumidas em cinco aspectos básicos:
– Eliminação do material desnecessário à operação do navio
O navio deve ter conhecimento dos riscos decorrentes da existência desse material e
de material estranho a bordo, sua localização e das medidas especiais a serem tomadas
caso ocorra alguma avaria, confeccionando, para tal, uma lista de inflamáveis. Todo
material introduzido a bordo deve ser relacionado e a sua localização informada ao
Encarregado do Controle de Avarias – ENCCAV.
A faina de preparar o navio para o combate deve prever a utilização dessa lista de
inflamáveis, para que estes sejam removidos de bordo, ou sejam reduzidas as suas
quantidades.
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Capítulo 3
EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM ÁGUA COMO AGENTE EXTINTOR
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3.3 - VÁLVULAS
As válvulas normalmente instaladas na rede de incêndio são as de interceptação,
redutora e de segurança.
As válvulas de interceptação são encontradas na própria rede e nas suas derivações
verticais ou horizontais. Têm por finalidade permitir a segregação da rede em partes
independentes e, o isolamento de seções avariadas, visando o reparo e o contorno.
Algumas dessas válvulas podem ser manobradas à distância.
Em qualquer ocasião, a rede deve estar na condição de fechamento estabelecida, e isto
deverá ser do perfeito conhecimento do pessoal do CAV. Esse pessoal deve também ter
exato conhecimento das manobras a executar para prontamente isolar ou restabelecer a
alimentação de qualquer parte da rede. Quando necessário, as bombas portáteis são
utilizadas para alimentar partes segregadas da rede de incêndio.
As válvulas redutoras são instaladas nas derivações da rede de incêndio que alimentam
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Manual de Combate a Incêndio
O revestimento interno de borracha é liso, para reduzir ao mínimo as perdas por atrito.
As figuras 3.2 e 3.3 mostram uma tomada de 2½" situada no convés principal e em uma
das cobertas do navio. No segundo caso, torna-se sempre necessário o emprego da
redução especial Y, onde ficarão permanentemente ligadas uma ou duas seções de 1½".
Mesmo em convés aberto, a manipulação das mangueiras de 2½" sob pressão é bastante
difícil. Elas são mais utilizadas para dar maior extensão a linhas de mangueiras,
alimentando duas outras de 1½" com emprego de uma redução em Y.
Navios dotados com estações de alta capacidade para geração de espuma utilizam
também mangueiras de 3½".
As mangueiras devem ser colhidas como mostram as figuras 3.2 e 3.3. Quando ao lado
da tomada há dois suportes para mangueiras, cada uma com duas seções, em geral,
somente uma das mangueiras fica ligada, como na figura 3.3.
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As mangueiras deverão ser conservadas limpas, não sendo, porém, indicado lavá-las, a
não ser no caso de ficarem sujas de óleo ou graxa (estes produtos atacam a borracha).
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Manual de Combate a Incêndio
Nesses casos, deverão ser lavadas com água doce, escova macia e sabão ou detergente
neutro. Não utilizar escova de arame ou qualquer produto abrasivo.
Após a lavagem, as mangueiras deverão ser bem enxaguadas e postas a secar
estendidas, preferencialmente ao sol. Todas as mangueiras deverão ser inspecionadas
semanalmente, a fim de se verificar a presença de umidade. Devem ser retiradas dos
seus suportes, pelo menos uma vez por mês e novamente colhidas, de modo que as
dobras não fiquem no mesmo ponto em que se encontravam. A parte inferior da
mangueira, quando no cabide, deve ficar pelo menos a 15 cm do piso.
A união dupla fêmea é utilizada especialmente para unir duas mangueiras ligadas à
tomada de incêndio (que têm rosca macho), para efeito de contorno da rede.
A redução em “Y” é empregada para o desdobramento de uma mangueira de 2½" em
duas de 1½"; ou para permitir que duas mangueiras de 1½" sejam conectadas a uma
tomada de 2½" (Fig. 3.7).
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As uniões fêmeas possuem em seu interior um anel de borracha que é responsável pela
perfeita vedação. É importante que essa junta seja mantida no alojamento e que esteja
sempre em bom estado, sem sinais de ressecamento. Ao ser efetuada a limpeza e a
lubrificação dos fios de rosca, retire a junta para exame e recoloque-a no lugar antes de
aplicar o novo lubrificante. A graxa não deve atingir a junta de borracha.
3.5 - ESGUICHO UNIVERSAL E APLICADORES
Um dos tipos de esguicho adotado na Marinha é o universal. O esguicho universal,
fornecido nas dimensões de 1½" e 2½", possui uma válvula de três posições,
comandada por uma alavanca, e dois orifícios de descarga. Mediante manobra da
alavanca, o esguicho poderá produzir um jato sólido pelo orifício superior, ou uma
cortina de neblina pelo orifício inferior, onde se adapta um bico pulverizador (Fig. 3.8).
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descarga será pelo orifício inferior, em forma de neblina de alta ou baixa velocidade,
conforme o pulverizador adotado.
Para a produção de neblina de alta velocidade é utilizado um pulverizador de alta
velocidade, que fica normalmente preso ao esguicho por um pequeno fiel de corrente.
Para obtenção de neblina de baixa velocidade, retira-se o pulverizador de alta
velocidade, colocando-se em seu lugar um aplicador, onde existe um pulverizador de
baixa velocidade (Fig.3.9). Qualquer desses acessórios se adapta rapidamente ao
esguicho por acoplamento tipo baioneta.
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Manual de Combate a Incêndio
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Manual de Combate a Incêndio
Fig. 3.11 - Esguicho AFFF com punho e gatilho Fig. 3.12- Esguicho Variável com Neblina e
Jato Sólido
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da necessidade de ser fechada a água, visto que o incêndio propriamente dito já deve ter
sido debelado.
As Fragatas Classe “NITERÓI”, por exemplo, empregam esse sistema em paióis de
munição, praças de carregamento e outros paióis de armamento. A rede de borrifo é
mantida carregada com água doce através de uma mangueira flexível, procedente da
rede de aguada, no propósito de reduzir os problemas de corrosão. As Fragatas
possuem, ainda, sistemas manuais de borrifo no paiol de tintas e de outros inflamáveis.
Os chuveiros automáticos são conhecidos como "SPRINKLERS". Basicamente,
consiste em uma válvula que é mantida na posição de fechada através de um elemento
sensível ao calor. O rompimento desse elemento permite a abertura da válvula, cuja
descarga se faz sob forma de borrifo. O tipo mais conhecido possui como elemento
sensível uma ampola de vidro. A ampola contém um líquido cuja expansão faz com que ela
se rompa ao ser atingida a temperatura nominal de funcionamento (Fig. 3.14).
Fig. 3.14 - Chuveiro automático com elemento sensível tipo ampola de vidro
Outros tipos de chuveiros podem utilizar ligas metálicas de baixo ponto de fusão como
elemento sensível (fusível). O rompimento dessa peça por ocasião do aumento de
temperatura faz operar o sistema (Fig. 3.15).
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Manual de Combate a Incêndio
Capítulo 4
EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM ESPUMA COMO AGENTE EXTINTOR.
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Manual de Combate a Incêndio
A espuma pode ser obtida de várias formas, dependendo do material existente nas
diversas classes de navios. Borrifo de porões, borrifo de teto ou lançamento de espuma
usando FB 5X/NPU, como adequado, também são outras formas de utilizar a espuma,
fazendo a selagem dos vapores combustíveis e prevenindo o ressurgimento do incêndio.
Pelo menos uma das linhas de mangueira para combate a incêndio classe “B” deve ser
com espuma, a menos que a mesma tenha se esgotado, quando então deve ser utilizada
água em neblina de alta velocidade, tomando o devido cuidado para não romper a
película de espuma produzida anteriormente.
Os esguichos FB 5X e NPU não conferem proteção ao homem, devendo ser utilizada,
conforme a situação, outra linha de mangueira com neblina de alta ou baixa velocidade.
Os esguichos do tipo variável produzem espuma e dão proteção ao mesmo tempo.
A espuma mecânica, de uso mais comum na MB, é obtida pela simples mistura do
agente espumante (líquido gerador) com água, a qual é agitada em presença do ar.
Para produção de espuma mecânica, na MB, são empregados basicamente dois tipos de
líquido gerador: o mais antigo e difundido é aquele tradicionalmente conhecido como
“Aerofoam”, o outro, de uso mais recente, e que apresenta algumas vantagens quanto ao
desempenho, é o AFFF, também conhecido como água leve.
A espuma, de um modo geral, é constituída, em peso, de cerca de 85% de água e cerca
de 90% em volume de ar ou CO2. Há dois tipos básicos de líquido gerador para espuma
mecânica de acordo com a percentagem em que os mesmos devem ser utilizados: os a
3% e os a 6%. Na MB, de um modo geral, é utilizado o segundo tipo.
4.2 - EQUIPAMENTOS PARA PRODUÇÃO DE ESPUMA
8º edição 4-2
Manual de Combate a Incêndio
Locais de grande risco de incêndios classe “B”, tais como os existentes a bordo de
navios aeródromos, exigem recursos de maior vulto para geração de espuma. Estações
centrais, de alta capacidade, produzem a mistura água-líquido gerador, que é canalizada
para os canhões e as tomadas de incêndio especiais localizadas em diversos pontos de
bordo, especialmente no hangar, convôo e praças de máquinas (Fig. 4.1).
As características básicas de uma das estações existentes na MB são as seguintes:
• um tanque com capacidade para armazenagem e pronta utilização do líquido
gerador de espuma;.
• um filtro instalado entre a rede de incêndio e a estação;.
• uma válvula de tipo especial, instalada entre o filtro e o misturador. Ela pode ser
aberta por uma válvula piloto acionada por solenóide;
• um misturador e
• uma bomba de recalque de água que eleva a pressão da rede de incêndio.
Uma pressão mínima de 70 lb/pol.2 é necessária nos esguichos de espuma para que
se produza espuma com a consistência desejada para o combate a incêndios. As
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estações de espuma são projetadas para suprir quatro esguichos de 2½" ou dois de
3½", operando simultaneamente. Os esguichos são do tipo variável ou NPU. Podem
existir recursos para acionamento remoto do sistema junto das tomadas de espuma.
As mangueiras devem estar conectadas às válvulas, para pronta utilização.
As estações fixas produtoras de espuma devem ser sempre guarnecidas em postos de
combate e de vôo, por no mínimo três homens.
Tão logo a estação entre em funcionamento será iniciada a alimentação do tanque com
líquido gerador e isto deverá ser mantido de forma contínua. Caso o seu
funcionamento se prolongue por muito tempo deverá der providenciado reforço de
pessoal. É necessário que se mantenha constante vigilância sobre o indicador de nível do
tanque, para mantê-lo convenientemente abastecido.
Se for considerado que todas as bombonas de reserva de líquido gerador possam vir a ser
consumidas antes da extinção do incêndio, o encarregado do CAV deverá ser avisado,
para que ordene um novo suprimento.
A utilização das mangueiras de espuma é, de modo geral, idêntica à das mangueiras de
incêndio. Para maior facilidade de manuseio, as mangueiras deverão ser primeiramente -
estendidas no convés e só depois disso é que deverão ser submetidas à pressão.
4.4 - MISTURADOR ENTRELINHAS
Este tipo de misturador apresenta grande vantagem de poder ser instalado fora do limite
primário de fumaça, o que facilita o abastecimento contínuo de líquido gerador, sem
que os homens tenham a necessidade de usar equipamento de proteção (Fig. 4.2).
Se o conjunto for de 1½", podem ser utilizadas no máximo três seções de mangueira
nessa linha, podendo ser empregada com a elevação máxima de um convés. Se a linha
estiver em convés inferior ao do misturador, podem ser utilizadas até cinco seções de
mangueira.
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O misturador entrelinhas foi projetado para ser utilizado com esguicho de mesmo
débito e perde eficiência caso a mangueira a qual estiver conectado possua reduções
ou cocas. Devem trabalhar com pressão de 100 psi na sua entrada .
O conjunto americano, utilizado com mangueiras de 1½", possui seu misturador entreli-
nhas (Inline AFFF Eductor – 95 gpm) e esguicho variável (Vary-Nozzles – 95 gpm)
compatíveis. Sua operação contínua requer cerca de cinco galões de AFFF concentrado
por minuto.
O conjunto inglês, utilizado com mangueiras de 2½", nas Fragatas Classe
“GREENHALGH”, usa misturador (Portable Inline Inductor - FBU 5X - 50 gpm) –
Fig. 4.3 – e o esguicho FB 5X (50 gpm) também compatíveis entre si.
O misturador deve ainda trabalhar em linhas de mangueira de mesma dimensão, ou
seja, um misturador de 2½", não podendo ser utilizado em uma linha de mangueira de
1½", pois as pressões envolvidas na redução não permitem o funcionamento
(arrastamento do líquido gerador) do mesmo.
cerca de 3.000 litros de espuma (pressão da água 100 lb/pol.2) (Fig. 4.4).
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Capítulo 5
OUTROS EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
Os sistemas fixos de CO2 são instalados a bordo com a finalidade de saturar, com
• Descarga direta
O tipo de descarga direta (Fig. 5.2) consiste em duas ou mais ampolas que
descarregam para uma canalização que leva o CO2 aos compartimentos
protegidos pelo equipamento. Um cabo de arame vai do mecanismo de disparo
das válvulas das ampolas até uma caixa para partida à distância, com tampa de
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Esses agentes extinguem o fogo pela inibição química da combustão, pois esses gases
têm a propriedade de suprir ou isolar os elementos químicos envolvidos nas reações,
rompendo assim a cadeia do fogo.
- Emprego do Halon
Na Marinha do Brasil, o agente normalmente utilizado é o Halon 1301.
O Halon 1211, conhecido como BCF, é usado apenas em extintores portáteis ou, em
casos especiais, como dispositivos simples para proteção de invólucros de
equipamentos e cabines com equipamentos eletrônicos.
Por sua vez, o Halon 1301 tem aplicação bem mais abrangente, podendo ser
empregado de duas maneiras: inundação total e aplicação local.
Inundação total é o sistema instalado para proteção de grandes áreas como, por
exemplo, praças de máquinas, compartimentos de líquidos inflamáveis, hangares e
paióis de tinta. O sistema de extinção por inundação total pode ser disposto a bordo de
duas maneiras:
• estação central de halon
• bancada local
A instalação de um ou de outro sistema depende do espaço disponível, quantidade e
volume dos compartimentos a serem protegidos e da distância entre estes
compartimentos. A estação central de halon é composta de um compartimento onde
estão instaladas todas as ampolas com redes que se encaminham para os diversos
compartimentos a serem protegidos (Fig. 5.3).
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- Vantagens do Halon
• para instalações em estação central, requer menor espaço ocupado pelas ampolas, em
comparação com o CO2
• apresenta baixo nível de toxidez. É classificado como o menos tóxico dos agentes
halogenados. Em caso de um disparo acidental num compartimento onde não exista
fogo, o pessoal pode ser exposto a uma concentração de 5 a 7%, por até dez minutos,
contudo o compartimento deverá ser, obrigatoriamente, evacuado.
• descarrega normalmente entre dez e vinte segundos, resultando na rápida extinção do
incêndio se comparado com os dois minutos de descarga do CO2;
• baixa percentagem por volume necessário do agente extintor quando comparado com o
CO2;
• quando aplicado em inundação total é extremamente dispersivo e é capaz de penetrar
eficazmente em locais onde outros agentes não atuam satisfatoriamente;
• por ser um agente “limpo”, não requer limpeza após seu uso.
• não é condutor elétrico;
• não é corrosivo; e
• não afeta a estabilidade de navios quando aplicado, em comparação com a utilização de
água.
- Desvantagens do Halon
• não apresenta efeito de resfriamento;
• alto custo;
• as facilidades para recarga ainda são limitadas, comparativamente com o CO2;
• ineficaz em incêndios de classe “D”;
• não é utilizado em incêndios classe “A”, pois, apesar de extinguir as chamas, não
resfria o material, mantendo o potencial para reativação do incêndio e
• é necessária a parada, antes da descarga, de todos os motores de combustão interna
que aspiram diretamente do compartimento protegido. Essa aspiração pelos motores
pode reduzir significativamente a quantidade do agente descarregado no ambiente,
reduzindo ou anulando o efeito extintor. Por outro lado, foi constatado que o Halon
“excita” os motores de combustão interna, ao contrário do CO2, que provoca a
parada dos motores por falta de oxigênio.
- O emprego do Halon
• encontra-se em desuso, porém ainda é utilizado em algumas Organizações da Marinha.
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Capítulo 6
EXTINTORES PORTÁTEIS
6.1 - GENERALIDADES
Extintores portáteis são equipamentos destinados a combater princípios de incêndios. O
grau de proteção que oferecem não equivale ao das instalações fixas e automáticas, mas,
se empregados adequadamente, são eficientes em extinguir o fogo em seus momentos
iniciais.
O emprego de extintores portáteis para debelar princípios de incêndios nunca deve protelar
o guarnecimento de recursos de maior vulto, uma vez que, caso o combate com
equipamento portátil fracasse, já estarão em andamento providências para fazer chegar ao
local recursos de maior porte, permitindo o combate ao incêndio antes que ele atinja
grandes proporções.
São muitos os tipos de extintores portáteis. As variações que apresentam entre si prendem-
se, principalmente, às diferenças entre os agentes extintores e ao propelente utilizado. Os
agentes extintores, logicamente, são determinados em função da classe de incêndio a que
se destina o equipamento. O propelente diz mais respeito ao aspecto prático de sua
utilização.
Em navios, os extintores portáteis de uso mais geral são os que empregam o CO2 como
• bicarbonato de sódio e
• halon.
6.2 - EXTINTORES A ÁGUA
- Tipo “Pressão no Próprio Cilindro"
O propelente (ar comprimido) e o agente extintor são armazenados no cilindro e a
descarga é controlada por meio da válvula de fechamento.
Emprego - exclusivamente em incêndios da classe "A".
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Uso - remover o extintor do suporte, suspendendo-o pela alça inferior. Retirar a seguir o
pino de segurança e pressionar o gatilho, dirigindo o jato para a base das chamas. Após
extinto o fogo, dirigir o jato sobre o material ainda incandescente até encharcá-lo.
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O CO2 gerado atua como propelente, e a espuma formada tem efeito de abafamento e
resfriamento.
Emprego - estes extintores podem ser usados em incêndios das classes “A” e “B”. O
agente extintor extingue por abafamento.
Uso - nos incêndios da classe “A”, o jato deve ser dirigido para a base das chamas.
Num incêndio da classe “B”, em líquidos derramados, o operador deverá fazer com
que o jato de espuma seja curvo, de maneira que a espuma lançada não espalhe o
fogo. Em incêndios da classe “B”, em recipientes abertos, o jato deve ser lançado de
encontro às paredes do recipiente, permitindo que a espuma escorra e cubra a
superfície inflamada.
- Espuma Mecânica
Trata-se de um cilindro com uma mistura de AFFF e água, que usa ar comprimido
como propelente.
Emprego - esses extintores podem ser usados em incêndios das classes “A” e “B”.
São encontrados nas Fragatas Classe “GREENHALGH”.
Uso - são operados à semelhança dos extintores de água pressurizada. Podem ser
recarregados a bordo. Por exemplo:
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O extintor de nove litros deve receber 8,6 litros de água e 0,4 litros de AFFF, devendo
ser pressurizado até que seu manômetro indique a pressão de 10 Bar.
O extintor consiste de um cilindro de aço sem costura, no qual é comprimido o CO2 a uma
pressão de 850 lb/pol. 2 . O uso da alavanca de disparo permite uma operação intermitente
do extintor.
Emprego - são recomendados para incêndios das classes “B” e “C”, não podendo ser
usados em incêndios da classe “D”. São eficientes contra pequenos incêndios da classe
“A”, controlando-os até a chegada de agente indicado para esse tipo de incêndio.
Os extintores de bióxido de carbono, com difusor de metal, não devem ser empregados em
incêndios da classe “C”, por apresentarem o risco de choque elétrico. Quando empregados
em ambientes confinados, o operador deverá fazê-lo com cuidado, a fim de não sofrer os
efeitos decorrentes da baixa percentagem de oxigênio que restará para a respiração.
Uso - retirar o pino de segurança. Em seguida, pressionar a alavanca que comandará a
válvula de descarga. Em quase todos os tipos de incêndio, a descarga deve ser dirigida
para a base das chamas e, após sua extinção, deve ser mantido o jato para permitir um
maior resfriamento e prevenir o possível reavivamento do fogo.
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Fig. 6.8 – Extintor a pó químico, com pressão no Fig.6.9 - Carreta a pó químico, com ampola de CO2
próprio cilindro
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• Os extintores que utilizam substâncias químicas sob pressão devem ser testados
hidrostaticamente em intervalos regulares e quando o extintor apresentar ação da corrosão
ou avarias mecânicas. Extintores que apresentam sinais de corrosão, deformações no
cilindro, ou que tenham sido reforçados por meio de solda ou outro processo mecânico,
devem ser substituídos por novos extintores já testados hidrostaticamente.
• Os extintores portáteis, que utilizam agentes em estado gasoso ou em pó, podem ser
ineficazes se empregados ao ar livre sob condições de vento forte.
6.9 - IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal, indicando a
classe de incêndio para o qual aquele extintor é adequado.
Extintores utilizados em incêndios classe “A” são identificados por meio de um triângulo
verde contendo a letra A.
Extintores utilizados em incêndios classe “B” são identificados por meio de um quadrado
vermelho contendo a letra B.
Extintores utilizados em incêndios classe “C” são identificados por meio de um círculo
azul contendo a letra C.
Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma estrela
amarela de cinco pontas contendo a letra D.
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Capítulo 7
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA
7.1 - GENERALIDADES
Todo o material que tem como propósito básico proteger o homem que combate um
incêndio, contra quaisquer fatores que coloquem em risco sua integridade física, é
conhecido como equipamento de proteção. Assim, dentro desse conceito, incluem-se
desde o simples capacete de fibra até complexas máscaras e roupas de penetração
(aluminizadas) ou roupas de aproximação.
No presente capítulo, serão comentados apenas os aspectos referentes às roupas e às
máscaras, principalmente estas últimas, pelo maior cuidado que requerem para sua
utilização adequada.
7.2 - ROUPAS DE PROTEÇÃO
Quem engaja em fainas de combate a incêndio necessita de proteção contra o calor.
Certas formas de aplicação da água (neblina de alta e baixa velocidades) e mesmo de
espuma (neblina de espuma) oferecem boa proteção contra o calor radiante, porém a
proteção básica individual está diretamente ligada à vestimenta.
- Proteção Básica
Na ausência de roupas especiais, o uso de vestimentas à base de algodão oferece
proteção significativa contra o calor irradiante de um incêndio. Por esse motivo,
adotou-se o macacão como vestimenta padrão a bordo dos navios em viagem. O
uso de roupas de baixo (cuecas, meias e camisetas) de algodão também é
recomendável, na medida em que tecidos sintéticos poderão queimar e grudar na
pele quando submetidos ao calor.
Como complemento, para proteção das mãos e cabeça, utilizam-se as luvas e
capuzes antiexposição (anti-flash), confeccionados em algodão cru.
- Roupas de Aproximação
Os componentes dos reparos devem estar vestidos com uniforme de combate
completo, inclusive capacetes com lanterna, capuz e luva antiexposição ou luvas
para trabalhos pesados, com exceção dos homens da turma de incêndio, que
devem estar vestidos com roupas de aproximação (Fig. 7.1).
As altas temperaturas existentes nos incêndios e a grande quantidade de vapor
produzida quando a água entra em contato com o material em combustão, ou
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anteparas e pisos quentes, são uma ameaça aos homens na faina de combate a
incêndio. O vapor penetra nas luvas e capuz, provocando queimaduras.
O uso da roupa de aproximação protege os homens, permitindo um ataque
eficaz, por um tempo maior. As botas de borracha com proteção de aço e cano
alto são de elevada necessidade.
- Roupas de Penetração
As roupas de penetração são usadas nas fainas de combate a incêndio, onde o
homem poderá ficar em contato direto com as chamas ou altas temperaturas.
As roupas aluminizadas devem ser vestidas sobre o macacão. Constam de
calças, paletó, botas, luvas e capuz com visor. São confeccionadas de modo a
permitir a utilização nas fainas de incêndio.
Modernamente, roupas de lã de vidro e aluminizadas estão substituindo as
roupas de amianto. A superfície aluminizada reduz a absorção do calor radiante
(Fig. 7.2).
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• as roupas devem ser sempre usadas sobre o macacão, provendo assim maior
proteção ao homem;
• as roupas devem ter sua parte superior fechada apenas na hora em que o homem
for empregado na faina, de modo a mantê-lo o maior tempo possível
“refrescado”;
• as roupas devem ter as golas viradas para cima, os velcros passados e zíperes
fechados;
• as luvas a serem utilizadas devem ser apropriadas para CBINC. As luvas de
raspa de couro, por exemplo, podem dificultar o manuseio de esguichos quando
molhadas;
• as luvas devem ser colocadas por cima das mangas das roupas, se possível, e
serem de tamanho ligeiramente maior, a fim de permitir ao homem movimentar
os dedos dentro da luva, evitando queimaduras por vapor;
• o capuz anti-flash deve ser colocado sobre a peça facial da máscara, cobrindo
todas as partes expostas da pele do homem e a parte superior da máscara, e por
dentro da roupa de proteção;
• as máscaras de combate a incêndio devem ter todas as cintas passadas e
corretamente ajustadas ao corpo do homem e
• a utilização de capacete é obrigatória (deve ser colocado bem preso à cabeça
através da jugular).
7.3 - MÁSCARAS CONTRA GASES IRRITANTES E TÓXICOS
Em todo incêndio é normal a formação de gases irritantes ao olhos e às vias
respiratórias. Dependendo do material em combustão, é possível também a formação
de gases tóxicos. Determinados tipos de máscaras dotadas de filtros (normalmente
de carvão) permitem a respiração em atmosferas assim contaminadas, desde que essa
atmosfera disponha ainda de um percentual adequado de oxigênio.
Quando o incêndio ocorre em ambientes confinados, é praticamente certo o acúmulo
desses gases, enquanto que paralelamente se verifica a redução do percentual de
oxigênio. Nesses casos, é necessário que sejam utilizadas máscaras que possam
prover uma atmosfera restrita respirável em seu interior. Diz-se restrita por não ser
dependente do ar exterior, comunicando-se com o ambiente externo, quando o
fazem, apenas para a exalação.
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As máscaras que dispõem apenas de filtros são impróprias para as fainas de combate
a incêndio a bordo e não serão consideradas neste manual.
As máscaras que podem prover atmosfera restrita são:
• máscaras com tambor-gerador de oxigênio;
• máscaras com ampola de ar comprimido;
7.4 - MÁSCARAS COM TAMBOR-GERADOR DE OXIGÊNIO
Atualmente está em desuso na Marinha, pela dependência logística em se manter o
suprimento de tambores-geradores. As máscaras com tambor-gerador de oxigênio
operam em circuito fechado, sem qualquer comunicação com o ambiente exterior. O
tambor-gerador é o elemento responsável pela revitalização da atmosfera no interior
do equipamento. Funciona por ação química, produzindo oxigênio e retendo o CO2
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Capítulo 8
ORGANIZAÇÃO E FAINA DE COMBATE A INCÊNDIO
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- Turma de Máscaras
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É constituída por pelo menos três homens, o controlador de máscaras e mais dois
ajudantes. O primeiro controla o tempo de uso das máscaras de seu reparo, com a
limitação de controlar no máximo oito homens, para a segurança dos utilizadores. Ele não
pode ter nenhuma outra função.
Os outros dois homens trazem para um local de concentração as máscaras do reparo que
não esta sendo utilizadas, as ampolas e os tambores-geradores adicionais, providenciam
máscaras adicionais de outros reparos e verificam junto com o controlador o uso correto
das máscaras pelos utilizadores.
No caso de um incêndio em Condição III, o controlador lança a hora do início da faina
(hora do alarme de incêndio), como a hora do início da utilização das máscaras pelos
homens da turma de suporte “A”. Caso sejam utilizadas as máscaras de ar comprimido,
para essa turma, considerar como pressão inicial 90% da normalmente utilizada
(precaução de segurança). Para os demais homens, lançar a hora de início de uso da
mesma e a pressão real da máscara de ar comprimido.
As máscaras dispõem de um alarme que indicam que o ar está no final e que o homem
deve iniciar o abandono da área. Para evitar a perda da continuidade da faina, os homens
devem ser rendidos até o momento do alarme.
No caso de necessidade de apoio de outro reparo, enviando homens com máscaras, o
respectivo controlador acompanha esses homens, apresenta-os ao encarregado do reparo
e, logo que determinado, os envia ao líder da cena de ação.
- Turma de Bombas
A turma de bombas deve estar pronta para instalar e empregar a(s) bomba(s)
portátil(teis), os equipamentos de esgoto, ou os sistemas de esgoto, quando determinado.
- Turma de Contenção
A turma de contenção deverá:
• controlar a situação dos compartimentos adjacentes ao avariado, sob as ordens do
investigador, estabelecendo os limites de incêndio conforme ordenado;
• resfriar os limites primários do incêndio;
• proteger equipamentos elétricos e eletrônicos (desalimentando, retirando cartões,
cobrindo com plástico para proteger da água da contenção, etc.) e
• remover/reposicionar os inflamáveis como requerido.
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sistemas, quando fora dos limites primários de fumaça, são procedimentos de controle de
fumaça referentes à faina de limitar a fumaça.
A remoção de fumaça é feita por eletricistas escalados, que deverão manobrar com os
sistemas de ventilação conforme já previsto no navio, dependendo da área tomada pela
fumaça.
- Turma de Primeiros Socorros
Todo o pessoal designado para os reparos deverá ser qualificado para aplicar os primeiros
socorros no local do sinistro, de modo a prover um tratamento de emergência até que os
feridos possam ser transportados para a enfermaria.
- Turma de Serviços Gerais
É conveniente que cada reparo possua um determinado número de homens de reserva na
turma de serviços gerais, para que possa atuar com flexibilidade no reforço de qualquer
outra turma ou tarefa. Além disso a organização do reparo, seja ela qual for, não deverá
ser considerada como uma limitação às atribuições de seus componentes. A idéia
principal que norteia a sua preparação é justamente a de que todos os homens devem ser,
na medida do possível, treinados para executar quaisquer das tarefas básicas atribuídas ao
grupo de reparo, sendo a organização flexível. O encarregado do reparo distribuirá o
pessoal, de acordo com as necessidades constatadas no local.
Quando o reparo é composto por um pequeno número de homens, alguns membros
dessas turmas podem ser englobados em uma outra, normalmente a de serviços gerais.
Isso não quer dizer que aquelas turmas não existam, mas que são criadas somente quando
se fizerem necessárias, podendo ter como componentes, por vezes, os mesmos homens.
As seguintes combinações são as mais comumente encontradas:
• a turma de bombas compreende a de sondagem; e
• a turma de prevenção de remoção de escombros compreende a de primeiros
socorros.
8.4 - ALARME DE INCÊNDIO
A informação de qualquer suspeita de avaria ou de avaria conhecida é responsabilidade de
toda a tripulação de um navio. Qualquer pessoa a bordo, ao defrontar-se com uma avaria
(incêndio, fumaça, explosão) deverá informar imediatamente o fato ao passadiço (portaló, se o
navio estiver em regime de porto), pelo meio mais rápido ao seu alcance, citando:
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para o reparo da área incendiada, se necessário, por pessoal de outros reparos ou controles
(de armamento, máquinas, etc.).
Estando apenas parte da tripulação a bordo, o grupo de controle de avarias de serviço
guarnecerá, a princípio, o reparo de CAV responsável pela área incendiada. O restante da
tripulação formará em local preestabelecido, ficando disponível para quaisquer necessidades.
Em ambos os casos, a fim de ser assegurada uma imediata ação de combate ao incêndio, em
cada reparo de CAV e no grupo de CAV de serviço, existirão sempre quatro homens
experientes escalados para, ao ser tocado o alarme, dirigirem-se de pronto ao local indicado,
iniciando o combate às chamas com os meios existentes no local, até que os demais recursos
sejam mobilizados. Esses quatro homens constituem a turma de ataque.
Navios que estejam a contrabordo de um outro onde seja detectado um incêndio devem
também guarnecer Postos de Combate. Com parte da guarnição licenciada, os navios deverão
formar toda a guarnição no bordo oposto ao do navio incendiado. Em ambos os casos,
correrão, independentemente, as providências afetas ao socorro externo.
Essa mobilização das unidades a contrabordo visa:
• prestar apoio direto à faina, se necessário e
• mobilizar meios de proteção ao próprio navio, quanto a uma eventual propagação do
fogo. Como precaução, deverão ser estendidas mangueiras no convés e, se houver grande
radiação térmica, estabeler uma cortina d’água entre os navios, inclusive com o emprego do
sistema de borrifo de descontaminação.
8.5 – TURMA DE ATAQUE RÁPIDO NO MAR (TAR)
Na fase inicial de uma avaria, estando o navio em regime de viagem, o combate inicial deverá
ser dado com uma “Turma de Ataque Rápido no Mar”, enquanto não for julgado necessário,
de acordo com a evolução da situação, o guarnecimento de Postos de Combate. Os
Comandantes de Força/Esquadrão deverão determinar nas suas classes de navio, a existência
dessa TAR como organização permanente, detalhada em quartos de serviço ou como parte de
um detalhe organizado para manobras especiais, tais como fainas de transferência de carga
leve ou pesada, fainas de transferência de óleo no mar, operações aéreas , manobras restritas
ou fainas de reboque.
Possuir turmas fixas para o ataque inicial a qualquer avaria, compostas por homens em
serviço permanente ou em serviço por quartos, oferece as seguintes vantagens:
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No DE FUNÇÃO MATERIAL
HOMENS
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Capítulo 9
TÉCNICAS DE COMBATE A INCÊNDIO
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CONTENÇÃO SUPERIOR
NEBLINA DE ALTA
CONTENÇÃO LATERAL
CONTENÇÃO
INFERIOR
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Manual de Combate a Incêndio
Figura 9.4 - Ataque direto a um incêndio classe “A” com descompressão para a atmosfera
deve-se (Fig. 9.4):
• abrir um acessório ou fazer uma abertura na parte superior do compartimento;
• descomprimir para a atmosfera, a fim de reduzir a temperatura;
• aplicar diretamente a água sobre a base do fogo, após a redução da temperatura;
• não direcionar a água da contenção superior para a abertura;
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Figura 9.5 - Ataque indireto a um incêndio classe “A” com descompressão para a atmosfera
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e iniciado o ataque. Nos navios, que possuem sistema de APC, deve-se empregar
a mesma técnica.
• No caso de não se possuir esse sistema empregar extintores de espuma AFFF ou
de PKP lançado a partir de uma distância adequada, para evitar queimaduras caso
o óleo respingue.
• A espuma deve ser lançada sobre o óleo escorrido, cobrindo-o e
consequentemente, abafando as chamas.
• Caso o incêndio não seja extinto deve-se providenciar uma linha de mangueira
com esguicho variável e entrelinhas, ou NPU/FB 5X com proteção, e reiniciar o
ataque ao incêndio.
- Incêndio em Praça de Máquinas
As praças de máquinas são ambientes de alta temperatura, onde existem grandes
quantidades de combustiveis, lubrificantes e equipamentos elétricos energizados.
Nos navios, a ocorrência de vazamentos de óleos combustíveis ou lubrificantes
podem ocorrer por fadiga de material, falta de manutenção adequada ou má
condução.
As dificuldades inerentes a um incêndio em uma praça de máquinas são:
• grande quantidade de fumaça negra, dificultando a evacuação da praça afetada e
impossibilitando a localização dos focos do incêndio;
• dificuldades de acesso, pois a descida vertical representa risco para o pessoal, e
o fogo e fumaça se concentram na parte superior da praça de máquinas e
• as altas temperaturas envolvidas num incêndio classe “B”.
Os navios devem possuir uma doutrina de combate a incêndio em praça de
máquinas, visando disseminar procedimentos a serem adotados, na ocorrência de um
grande vazamento de óleo combustível (ou lubrificante) ou de um incêndio classe
“B” em suas praças de máquinas. Além disso, a utilização adequada de cada sistema e
equipamentos de combate a incêndio, empregados nessa situação, deve ser do
conhecimento de todos.
Esta faina envolve ações complexas, com grande quantidade de pessoal e material,
requerendo organização, conhecimento da cena de ação, interação e rigorosa
coordenação do pessoal, sendo essencial o uso de listas de verificação pelas diversas
estações envolvidas.
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através de sistema fixo, serão necessários pelo menos quinze minutos ou três quedas de
temperatura, sendo a última inferior a 100ºC, para essa reentrada (aguardando a reação
química e extinção pelo halon ou a extinção total por abafamento pelo CO2).
A preparação do pessoal e do material para esse novo ataque deve ser a mais rápida
possível.
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As mangueiras devem ser preparadas sob orientação do líder, ou investigador, que verifica
se as linhas não estão se cruzando ou formando cocas.
O ideal é a preparação das linhas estendidas fazendo um “S” na extensão da área de
acesso.
Dependendo da classe do navio, pode ser necessária a preparação de três linhas de
mangueira. Uma delas será a “linha de proteção do navio”, que deve ser posicionada no
ponto de acesso ao compartimento, fazendo a proteção através da selagem, reduzindo a
saída de fogo, gases quentes e fumaça. Essa linha pode correr pelo alto, fixada através de
ganchos tipo “S”, para não interferir com as linhas de mangueira de combate ao incêndio.
Em diversas situações, como em fainas de combate a incêndio em praças de máquinas,
ou em outros locais sensíveis, é recomendável que os navios preparem o esquema do
dispositivo de mangueiras a ser utilizado, incluindo as tomadas de incêndio que serão
empregadas, a função de cada mangueira, inclusive para as contenções, lembrando que é
grande a possibilidade da existência de fumaça nas proximidades da área afetada. Será
necessária a existência de um esquema alternativo, utilizando extensões com mangueiras
de 2½” ou passagens de mangueiras por anteparas.
As condições do compartimento afetado devem ser verificadas antecipadamente,
monitorando-se a temperatura das anteparas próximas ao acesso que será utilizado.
Além disso, é necessário confirmar se esse é o acesso mais seguro. As condições
poderão ser verificadas através do visor existente na porta, se houver.
9.8 - PROCESSO DE ABERTURA DO ACESSO E ENTRADA EM UM
COMPARTIMENTO
- Portas
A abertura de portas pode ser feita de duas maneiras:
• se a porta abrir para dentro, é recomendável passar um cabo de segurança para
garantir uma abertura gradual, sob a proteção de uma linha de mangueira em
neblina de alta velocidade ou padrão semelhante;
• se a abertura for para fora, um dos homens deve garantir uma abertura gradual,
utilizando as mãos (com luvas) ou os pés (com botas), também sob a proteção de
uma linha de mangueira em neblina de alta velocidade ou padrão semelhante.
Na existência de uma linha de proteção do navio, esta já deve estar posicionada para
realizar a proteção quando da abertura do acessório.
O posicionamento dos homens (dos esguichos) vai depender da classe do incêndio e
do tipo de esguicho utilizado. Em um incêndio classe “B”, quando empregados
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esguichos tipo FB 5X ou NPU, essa linha de mangueira sempre precisa de uma linha
de proteção, pois o tipo de jato não provê proteção ao homem. A linha de proteção se
posiciona ligeiramente adiantada, sendo o jato de espuma utilizado através da mesma.
Uma distância suficiente deverá ser mantida entre as linhas de mangueira para
permitir-lhes manobrabilidade.
Quando, por problemas de dificuldade de acesso, somente houver possibilidade de
emprego de uma linha de mangueira com esguicho variável ou universal, antes da
mangueira de ataque penetrar no compartimento, uma segunda mangueira deve estar
pronta e guarnecida de modo a prestar auxílio à primeira, como reserva.
- Escotilhas
O acesso vertical a um compartimento é o mais difícil. Quando da sua abertura
grande quantidade de fumaça, gases quentes e chamas vão se espalhar para a área de
acesso. Os homens devem estar protegidos, e uma linha de proteção deve
imediatamente ser posicionada para reduzir tal efeito.
Serão apresentados aqui métodos já testados a bordo de navios que oferecem boa
proteção, mesmo na presença de chamas.
O processo de descida a ser apresentado considera a existência de um acesso vertical,
como uma escotilha, seguido por uma escada vertical ou quase vertical.
Para o ataque quase vertical, se a escada permitir que o homem desça de frente, a
posição ideal é trazer o esguicho sobre o ombro. Se não for possível a descida de
frente, a mangueira deve ser passada sobre o ombro e o esguicho preso sob sua axila,
de modo que a neblina de alta velocidade proteja suas costas.
- Incêndio Classe “A”
• Se possível, estabelecer uma linha de proteção do navio (neblina de água) no
acesso a ser aberto. Essa linha permanece nessa posição durante toda a faina,
prevenindo ou reduzindo a passagem do calor e fumaça para a área da reentrada.
• Com o dispositivo pronto, equipamento testado e homens posicionados, faz-se o
resfriamento da escotilha de acesso. O líder da turma de incêndio determina a
abertura e o travamento da escotilha, enquanto o número um da linha de proteção
e o homem da linha de proteção do navio mantêm a água aberta, resfriando o
acesso.
• A mangueira de ataque é arriada aberta até cerca da metade da altura do
compartimento e feito um movimento circular na mesma de modo que a água do
esguicho cubra uma grande área próxima ao acesso, resfriando o compartimento.
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• O ataque conjunto, com dois extintores ou duas linhas de mangueira, é sempre mais
eficaz que o ataque singelo, apesar de, às vezes, ser impossível colocar dois homens
na faina, devido à restrição de espaço.
• Na impossibilidade do ataque ser feito com duas linhas de mangueira, pode ser
utilizada apenas uma linha, mantendo-se uma segunda linha pronta para entrar em
ação. A segunda linha deverá estar guarnecida e pressurizada antes da entrada da
primeira linha no compartimento.
• O ataque conjunto não deve partir de direções opostas, pois pode colocar em risco a
segurança do grupo menos agressivo. Se for necessário realizar o ataque indireto
coordenado de diferentes direções, é essencial que exista um meio de comunicação
eficiente entre as duas turmas de incêndio.
• Durante o ataque ao foco do incêndio com esguichos, a água ou espuma, deve ser
dirigida sobre o fogo, de baixo para cima, ou em um movimento do homem até o fogo.
• No momento em que se ataca o fogo com espuma, ou água, deve ser esperado uma
violenta reação da combustão, deslocando os gases quentes e produzindo uma “bola de
fogo,” que poderá se deslocar na direção da turma de incêndio. O líder da turma de
incêndio deve certificar-se de que todos estão protegidos para só então iniciar o ataque.
No ataque inicial ao fogo esses homens devem se manter abaixados, até que diminua esse
tipo de reação.
• Os homens, combatendo o incêndio, devem sempre procurar se proteger do calor
irradiado atrás de obstáculos.
• Deve ser levado em consideração que, na fase inicial, o material que está queimando
provavelmente está concentrado apenas na parte inferior do compartimento. Com um
pouco mais de tempo, o material na parte superior (cabos elétricos, isolamento térmico,
luminárias etc.) começa a se incendiar. Após um período longo, quase todo o material na
parte inferior já queimou, restando algumas brasas, e a concentração de gases quentes e
material incandescente está na parte superior do compartimento. Essas considerações
visam orientar a turma de incêndio para que, na ausência de visibilidade e de Câmara de
Imagem Térmica, seguindo seus sentidos (sensação de calor e audição) e essas
observações, dirija o jato do agente extintor sobre a localização provável dos focos do
incêndio.
• Se possível a água não deve ser aplicada continuamente. Sua utilização intermitente
reduz a formação de vapor, a quantidade de água embarcada e permite uma
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Como regra na Marinha, “se treina como se combate e se combate como se treinou”. Assim,
os exercícios de combate a incêndio devem ser conduzidos com realismo: utilizando
equipamentos de proteção individual, partindo geradores de emergência, colocando em
funcionamento bombas portáteis, segregando redes, etc.
Os exercícios devem ser programados diversificando-se as áreas afetadas, de modo que a
tripulação se condicione às várias situações possíveis, identificando os recursos disponíveis e
os perigos existentes em cada setor do navio. Deste modo, em caso de incêndio, aumentam-
se as chances de se resolver o problema rapidamente.
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Capítulo 10
DOUTRINA DE COMBATE A INCÊNDIO EM PRAÇAS DE MÁQUINAS
10.1 - INTRODUÇÃO
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- Zona de Abafamento
É a zona compreendida entre os limites primários e secundários de fumaça. É criada
para se estabelecer uma atmosfera parada, sem fluxo de ar, para evitar a adição de ar
fresco nessa zona e no incêndio, devido ao perigo que representa a presença de gases
quentes provenientes da queima incompleta de combustíveis. O contato desses gases
quentes com o ar fresco pode formar uma mistura explosiva, por “fecharem” o
triângulo do fogo.
10.3 - GRANDE VAZAMENTO DE ÓLEO
Um grande vazamento de óleo deve ser considerado um risco à segurança do navio tão
grande quanto um incêndio, devendo ser tratado como tal, e cujas ações corretivas devem
ser pré-planejadas e tomadas imediatamente. Serão apresentadas a seguir as principais
providências a serem tomadas, na seqüência em que as mesmas devem preferencialmente
ocorrer.
- Ações Imediatas
• Informar o vazamento
Após o descobrimento de um grande vazamento, a disseminação de tal ocorrência
deve ser imediata, de modo que tal informação chegue ao chefe-de-quarto da
máquina, e esse tome as providências necessárias, informando imediatamente ao
oficial de quarto, ou de serviço, e sejam guarnecidos os postos de combate.
• Isolar o vazamento
Após a detecção de um vazamento de óleo, todo o esforço deverá ser feito para
defletir, reduzir o fluxo ou isolar o óleo, de modo a minimizar a possibilidade do
óleo atingir algum “ponto quente” da Praça de Máquinas, o que acarretaria na sua
ignição. O uso de trapos ou baldes podem, muitas vezes, evitar um grande incêndio.
A atuação em local ou remoto, fechando válvulas de interceptação, parando bombas
e equipamentos, permite o controle e o isolamento do vazamento.
• Ativar e aplicar a espuma
O pessoal na cena de ação ativa a espuma do dispositivo de duplo agente, ou
guarnece uma mangueira com esguicho FB 5X/ NPU, usando o AFFF para remover
o óleo acumulado nos estrados, equipamentos e anteparas, espalhando o mesmo e
jogando-o no porão, cobrindo-o posteriormente com a espuma.
Na indisponibilidade de espuma, usar água salgada. Em alguns navios tal ação pode
ocorrer ao mesmo tempo em que é lançada espuma através das tomadas ou do
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O cumprimento das seguintes ações deve ser verificado, pelo ECCAV e o reparo da
área, antes da autorização para o lançamento:
• se o sistema de ventilação da praça foi parado, e os flapes e tampas dos dutos de
extração e ventilação foram fechados;
• se foi realizado o completo isolamento mecânico e elétrico da praça afetada,
inclusive iluminação, fechar as tampas de tubos de lançamento de espuma, etc.;
• se foi verificado o posicionamento das válvulas do sistema fixo e
• se todo o pessoal que estava no compartimento realmente abandonou o local.
Antes do lançamento do CO2 ou halon, deve ser previsto um novo lançamento de
AFFF no porão através das tomadas ou do borrifo de espuma a fim de cobrir o porão.
Deve existir registrado na doutrina dos navios a quantidade de tambores-geradores de
espuma por tomada a ser lançada, ou o tempo de borrifo de espuma, a fim de cobrir
todo o porão. O imediato guarnecimento dos tambores geradores de espuma para
lançamento nas tomadas, ou recompletamento da estação de espuma, será fundamental
para combater o incêndio.
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linha de espuma de proteção com esguicho variável, de outra tomada com misturador
entrelinhas apropriado;
• uma linha de espuma de ataque com esguicho variável ou esguicho NPU/ FB 5X,
proveniente de uma tomada de incêndio com misturador entrelinhas apropriado, e outra
linha de proteção com esguicho variável (ou de cortina d’água) em neblina de água de
90º ou universal em neblina de água de alta velocidade, de outra tomada;
• duas linhas de água, com esguicho universal em neblina de alta velocidade ou variável
de cortina dá água em neblina, provenientes de tomadas de incêndio diferentes e
• uma linha de água com esguicho universal em neblina de alta velocidade, proveniente
de uma tomada de incêndio, e outra de água com neblina de baixa velocidade,
proveniente de outra tomada.
Quando empregando esguichos tipo FB 5X ou NPU, essa linha de mangueira sempre
precisa de uma linha de proteção, pois o tipo de jato não provê proteção ao homem. A
linha de proteção se posiciona ligeiramente adiantada, sendo o jato de espuma utilizado
através da proteção.
O processo de entrada pode ocorrer de forma lenta e gradual. Os homens devem utilizar
a água como proteção. A utilização de espuma AFFF só deve ser iniciada, se possível,
após a localização do foco do incêndio, economizando líquido-gerador. As
comunicações entre os homens das linhas de mangueira são fundamentais para o
sincronismo do avanço. O acionamento do tubo de aspiração pelo pessoal do
misturador, que estará distante, dependerá da chegada do pedido de “espuma” pelos
homens portando a mangueira e não será interrompido até a solicitação de “cortar
espuma”. Qualquer método de sinalização sonora eficiente pode ser usado para a
comunicação entre esses homens.
10.5 - CONTROLE DA FUMAÇA
A utilização das ventilações e extrações visam permitir maior tempo de permanência do
pessoal no combate ao incêndio, enquanto este ainda está sob controle, com melhor
visibilidade, possibilitando atacar o foco do incêndio e, ainda, evitar o espalhamento da
fumaça dentro dos limites já estabelecidos.
A utilização de uma ventilação negativa tem como único propósito permitir a extinção do
incêndio pelo descobridor ou turma de ataque e deve ser imediatamente parada, se esses
homens abandonarem o compartimento antes da chegada da turma de suporte “A”.
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O uso de limites de fumaça para o espaço afetado visa reduzir o espalhamento da fumaça,
confinar de imediato a mesma, estabelecer uma zona de abafamento e permitir estabelecer
o local de organização das equipes de combate ao incêndio.
O objetivo é ser criada uma atmosfera parada, sem fluxo de ar, para evitar a adição de ar ao
incêndio e o espalhamento de gases quentes e fumaça.
Os limites primários de fumaça devem ser definidos rapidamente, usando anteparas,
acessórios estanques à fumaça, portas comuns e cortinas de fumaça imediatamente
próximos ao incêndio.
Os limites secundários de fumaça deverão ser estabelecidos, em torno dos limites
primários, para monitorar o seu espalhamento e permitir uma área sem fumaça para o
pessoal sem máscara.
Somente o pessoal equipado com máscara de combate a incêndio poderá entrar nos limites
primários de fumaça e, também, nos secundários, se a fumaça estiver se espalhando. As
máscaras, porém, só devem ser utilizadas quando realmente houver fumaça, ou quando
ordenado pelo líder da cena de ação.
A experiência em incêndios mostra que, geralmente, a fumaça causa muito mais baixas de
pessoal que o fogo. É portanto, de grande importância o doutrinamento de todo o pessoal
para estabelecer e manter os limites de fumaça.
Todos os navios devem possuir em sua doutrina uma lista dos limites de fumaça e
acessórios a serem fechados para cada praça de máquinas e planos de controle de fumaça,
indicando esses limites, as rotas para a remoção da fumaça e os sistemas e equipamentos
utilizados.
10.6 - ISOLAMENTO DO COMPARTIMENTO
O completo isolamento mecânico e elétrico do compartimento, exceto a iluminação, é
necessário para evitar o aumento do incêndio pela adição de inflamáveis e de oxigênio ou
os perigos para as instalações elétricas.
O isolamento do compartimento também diz respeito ao isolamento do incêndio nos
limites do mesmo e a realização das contenções, evitando a propagação do incêndio para
os compartimentos adjacentes.
Cada navio deve possuir em sua doutrina uma relação de válvulas, flapes e outros
acessórios para isolamento mecânico das praças de máquinas, assim como uma relação
com todas as chaves, disjuntores a serem desalimentados, para o isolamento elétrico. Essas
relações devem possuir a localização, designação, função, equipamento / sistema servido,
etc.
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– Limites do incêndio
Os limites primários e secundários do incêndio devem ser estabelecidos para confinar
o fogo e prevenir a sua propagação, permitir a monitoração da temperatura das
anteparas desses limites primários e a realização das contenções onde necessário.
Esses limites devem ser, se possível, definidos por anteparas e conveses estanques
imediatamente adjacentes ao compartimento afetado, os quais deverão ser, no
mínimo, estanques à fumaça.
Especial atenção deve ser dada aos limites superiores do incêndio, pois experiências
mostram que o fogo se espalha verticalmente muito mais rápido do que
horizontalmente.
Cada navio deve possuir em sua doutrina uma lista com os respectivos limites de
incêndio de cada praça de máquinas.
– Contenções
As contenções devem ser realizadas em todos os limites primários de um incêndio. As
contenções em incêndios em praças de máquinas devem incluir os dutos de aspiração
de ventilações e descarga de extrações, admissão para motores e turbinas e suas
respectivas descargas de gases, em toda a sua extensão, por todos os conveses. Os
dutos de descarga de Praça de Máquinas, muitas vezes indevidamente utilizados como
“paióis”, representam um risco adicional para a propagação do incêndio.
Os limites de um incêndio formados por estruturas de alumínio requerem atenção
especial para a contenção. Esse metal perde sua resistência estrutural a cerca de 250°
C e derrete a cerca de 650° C.
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Deve ser dada especial atenção às contenções nos compartimentos que possuam
ampolas de gases comprimidos, líquidos combustíveis, etc.
Equipamentos elétricos ou eletrônicos nos limites de incêndio, assim como
compartimentos de distribuição de energia, devem ser desalimentados, na medida do
possível, de acordo com as prioridades estabelecidas pelo Comando. A água deve ser
usada para molhar esses limites (com balde, lambaz ou panos). Se necessário, usar
água de uma mangueira com pouca pressão, formando apenas uma camada em
“cortina” pela antepara, evitando molhar e avariar desnecessariamente os
equipamentos com água salgada. Os painéis elétricos podem ser cobertos com
plásticos.
As contenções não devem ser realizadas em anteparas ou pisos cuja temperatura esteja
permitindo que sejam tocadas. O pessoal envolvido na contenção vertical em grandes
incêndios deve estar calçando botas de CBINC. A água proveniente das contenções
deve ser permanentemente esgotada.
10.7 - REENTRADA NO COMPARTIMENTO
Não será aqui considerada a entrada da turma de incêndio para rendição da turma de
ataque/ suporte “A” em um ataque contínuo, ou seja, dando prosseguimento ao combate
na cena de ação com o conhecimento de que o incêndio não está fora de controle.
A situação aqui tratada considera as ações a serem tomadas após a evacuação do
compartimento, em um incêndio fora de controle, avaliado pela turma de incêndio no
local.
Reentrada é o reinício do ataque ao incêndio, após um abandono do compartimento,
seguido ou não do emprego de sistema fixo e lançamento de espuma, tendo sido o fogo
extinto ou não com essas ações.
– Reentrada no caso do fogo não ter sido extinto.
• Uma rápida reentrada no compartimento com a conseqüente extinção do fogo é a
primeira meta a atingir. Quanto mais o fogo queimar fora de controle mais difícil
será sua extinção.
• A reentrada na praça de máquinas afetada deve ser tentada imediatamente após a
turma de ataque ter evacuado, e o isolamento mecânico e elétrico, inclusive a
parada das ventilações e extrações, ter sido feito (se possível).
• A reentrada deve ser feita por uma porta estanque, escotilha ou túnel de escape,
desde que não esteja obstruída pelo fogo. As condições do compartimento afetado
devem ser verificadas antes da reentrada: sentindo a temperatura das anteparas
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através do visor existente na porta (se houver). Considerar a reentrada pelo túnel
de escape.
• Por ocasião da abertura do acesso ao compartimento afetado, a área do limite
primário de fumaça deve estar sem fluxo de ar, prevenindo o espalhamento de
fumaça, gases quentes e gases tóxicos.
• Uma vez dentro do compartimento, localizar e extinguir os possíveis focos de
incêndio ainda existentes e prevenir o seu recrudescimento. Certificar-se de que a
fonte do vazamento de óleo está isolada, e que não há outros vazamentos. Isolar e
cobrir todos os inflamáveis com espuma “AFFF”. Para economizar “AFFF”,
deverá ser usada água salgada para o resfriamento do compartimento após o fogo
ser extinto, tendo-se o cuidado de não remover a camada de espuma já aplicada.
– Processo de Descida
• processo de descida a ser apresentado aqui considera a existência de um acesso
vertical, como uma escotilha, seguida por uma escada quase vertical.
• Estabelecer uma linha para proteção do navio (neblina de água) no acesso a ser
aberto. Essa linha permanece nessa posição durante toda a faina, prevenindo ou
reduzindo a passagem do calor e fumaça para a área da reentrada. Essa linha corre
pelo teto, fixada com grampos tipo “S”.
• Com o dispositivo pronto, zona de abafamento estabelecida, equipamento testado
e homens posicionados, os dois últimos homens fazem o lançamento de espuma
nas tomadas ou pelo borrifo de teto.
• A seguir, faz-se o resfriamento da escotilha de acesso. O líder da turma de
incêndio determina a abertura e o travamento da escotilha, enquanto o número um
da linha de proteção e o homem da linha de proteção do navio mantêm a água
aberta, resfriando o acesso.
• homem da linha de ataque faz um breve lançamento de espuma na escada e na
área de acesso.
• O número um da linha de proteção passa a mangueira para o seu número dois, e se
posiciona na parte superior da escada, sob proteção das duas linhas de mangueira.
O número um então recebe o esguicho aberto e o prende com seus braços, de
modo que a neblina seja direcionada para trás de seu corpo, protegendo-se, e
inicia a descida. Ao chegar na parte inferior da escada, dá três chutes na mesma
sinalizando que está em posição, se afasta da escada, posiciona-se à frente do foco
do incêndio e, se visível, aguarda a chegada da linha de ataque.
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está estabelecida, que conhece sua função e que o local está resfriado para se iniciar
essa faina.
Em incêndios classe “B”, a faina de remoção da fumaça deve ser iniciada tão logo os
gases e o compartimento tenham sido resfriados o suficiente para não haver perigo de
reignição.
Fainas de remoção de fumaça de praças de máquinas podem ser feitas usando
ventilação positiva nas praças de máquinas adjacentes, criando uma sobrepressão
nelas, na área de acesso e na praça sinistrada. Esse canal de vento expulsa a fumaça
pelos dutos de extração e ventilação da praça afetada (cujas tampas e flapes já devem
estar abertos).
Fainas de remoção de fumaça em geral podem ser feitas, usando sobrepressão em um
convés, oriunda de ventilações de praças de máquinas, expulsando a fumaça por um
acessório aberto para a atmosfera.
Para incêndios classe “A” ou “C”, pode-se, invertendo a manobra, usar a extração de
uma praça de máquinas para criar uma depressão em determinado convés, usando uma
abertura para a atmosfera, uma ventilação funcionando, e arrastar para essa praça esses
gases. Isso não deve ser feito após um incêndio classe “B”, pois pode arrastar os gases
explosivos para uma praça ainda guarnecida e com equipamentos funcionando, com a
presença de pontos quentes.
No caso de navios com a praça guarnecida, a extração de fumaça, por esse último
método pode colocar em risco a vida do pessoal no local ou mesmo impedir a
operação dos equipamentos devido à perda da visibilidade.
As fainas de remoção de fumaça devem trocar pelo menos 95% do ar contaminado.
Isso vai ser obtido após a realização de quatro trocas desse ar contaminado por ar
fresco, o que pode ser conseguido após cerca de 15 minutos de ventilação forçada
usando ventilação positiva. Os planos dos sistemas de ventilação do navio devem ser
consultados para o planejamento dessas fainas e o cálculo de tempo necessário para as
mesmas.
As fainas de remoção de fumaça (e de remoção ativa de fumaça) devem levar em
conta os seguintes aspectos:
• o primeiro objetivo deve ser sempre a extinção do fogo;
• quando um incêndio classe “B” tiver sido extinto, gases combustíveis podem estar
presentes. A centelha produzida por interruptores, disjuntores e controladores pode
facilmente inflamar esses gases;
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• disjuntores que tiverem desarmado ou que foram desarmados devem ser mantidos
nessa posição até que os sistemas em que atuam, possam ser verificados;
• os sistemas de ventilação deverão ser inteiramente inspecionados para averiguação
de sua integridade mecânica e elétrica e para certificar-se de que estão livres de
fogo, ou material fundido, antes de serem reutilizados;
• a remoção de fumaça deve ser efetuada com grande precaução devido à
possibilidade da presença de gases explosivos;
• no caso do navio ter sofrido avarias por impacto acima da linha d’água, tais
aberturas podem ser utilizadas para a remoção da fumaça;
• os métodos de remoção de fumaça devem ser escolhidos levando-se em
consideração que é importante manter o controle da fumaça, ou seja, conhecer para
onde a mesma estará indo e os riscos impostos;
• quando necessário, o rumo do navio deve ser alterado para melhorar o vento
relativo, a fim de favorecer a faina e
• ninguém deverá adentrar os limites da fumaça sem proteção respiratória até que a
área tenha sido liberada, após teste de atmosfera.
– Teste de Atmosfera
A remoção de fumaça contaminada deve terminar antes do teste de atmosfera.
O explosímetro não é confiável quando exposto à umidade excessiva ou grande
quantidade de partículas em suspensão produzidas no incêndio e requer oxigênio
suficiente para funcionar corretamente. O oxímetro, aparelho de teste de O2, utiliza
sensores que são particularmente sensíveis à sujeira e à umidade. Se alguma tentativa for
feita, para determinar o percentual de oxigênio contido na fumaça de um compartimento,
o sensor se tornará permanentemente inoperante. Portanto, a remoção de fumaça será
feita sem o conhecimento da situação dos gases explosivos no compartimento.
Quando o compartimento estiver ventilado, ou livre de fumaça, deve ser parada a
remoção da fumaça e conduzidos os testes de oxigênio, de gases combustíveis e de gases
tóxicos, nesta seqüência. Os gases explosivos devem ter sua concentração pelo menos 10%
abaixo do seu limite mínimo para a explosão e todos os gases tóxicos devem ter
concentração abaixo dos valores máximos suportáveis, antes do compartimento ser
declarado seguro para a entrada de pessoal sem máscaras de combate a incêndio.
No caso de utilização de lâmpada de segurança, o teste de gases explosivos deve ser
realizado antes do teste de O2.
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A bordo, o pessoal componente dos Reparos de CAV deve ter conhecimento sobre a
condução desses testes, mas o pessoal obrigatoriamente qualificado deve ser o seguinte:
• encarregado do CAV;
• fiel de CAV do navio ou de serviço;
• líderes dos reparos e
• investigadores.
Esse pessoal deve ser adestrado constantemente, assim como o respectivo material
deve ser corretamente mantido, em virtude dos riscos à vida humana envolvidos.
Após um incêndio, devem ser realizados testes com o Detetor de Gases Tóxicos
Drager ou similar para os seguintes gases:
• monóxido de carbono;
• dióxido (ou bióxido) de carbono;
• hidrocarbonetos;
• gás clorídrico (geralmente subproduto da queima de isolamento de cabos
elétricos);
• gás cianídrico (geralmente subproduto da queima de isolamentos térmicos);
• gás fluorídrico (resultante da decomposição do Halon em contato com o calor) e
• gás sulfídrico.
Os testes devem ser conduzidos no centro e nos quatro cantos do compartimento, no alto e
no piso.
TABELA DOS VALORES MÁXIMOS ADMISSÍVEIS PARA GASES
GÁS VALOR MÁXIMO ADMISSÍVEL
MONÓXIDO DE CARBONO 50 ppm
DIÓXIDO DE CARBONO 0,5 % vol.
HIDROCARBONETOS 100 ppm
GÁS CLORÍDRICO 5 ppm
GÁS CIANÍDRICO 8 ppm
GÁS FLUORÍDRICO 25 ppm
GÁS SULFÍDRICO 10 ppm
Na impossibilidade de realização deste teste, ou quando alguns tipos de gases não puderem
ser testados, deve ser mantida a ventilação do compartimento por mais quinze minutos.
O Comando deverá ser informado dessa limitação e dos riscos da existência de gases
tóxicos no compartimento sinistrado.
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Após as etapas de remoção da fumaça e esgoto terem terminado o compartimento deve ter
sua atmosfera testada, ou seja, os testes de oxigênio, gases explosivos e gases tóxicos devem ser
realizados. Se o resultado for positivo quanto ao oxigênio e negativo quanto aos gases, o
compartimento pode ser considerado ventilado.
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Capítulo 11
INSTALAÇÕES DE TERRA
11.1 - INTRODUÇÃO
Uma construção com segurança contra incêndio começa no projeto, onde devem ser
analisadas as alturas dos prédios, áreas sem subdivisões, saídas, tipos de materiais de
construção e das partes estruturais.
Um prédio apresenta sérios riscos para o combate a incêndio, quando a sua altura
excede a máxima atingida pelas escadas mecânicas do Corpo de Bombeiros, ou seja,
acima do 14o ou 15o andares. Também por não se poder prever qualquer uso excessivo
de material combustível no seu interior.
As regras existentes para a construção civil estabelecem normas para cada tipo de
edificação, que deve atender a requisitos em função de sua atividade. Por exemplo,
instalações destinadas à guarda de material explosivo, como um paiol de munição, terão
regras rígidas que reduzam a probabilidade de que ocorram acidentes (iluminação,
material e espessura das paredes, exigência de que a edificação seja total ou
parcialmente enterrada, distância de outras edificações, etc.). Prevêem, até mesmo, que,
na ocorrência de um incêndio ou explosão, os gases e chamas são direcionados para o
alto, preservando as construções vizinhas.
11.2 - O “EFEITO DE CHAMINÉ”
Poços de elevadores, vãos de escadas e dutos de ar condicionado, constituem os maiores
riscos de alastramento ou propagação de incêndio por convecção, formando assim o
chamado “efeito de chaminé”.
No projeto de construção do prédio, o “efeito de chaminé” deve ser evitado das
seguintes formas:
• as escadas devem ser embutidas em verdadeiras caixas de concreto e isoladas das
demais partes do prédio por portas corta-fogo, as quais devem ser mantidas fechadas
por meio de fortes molas;
• os elevadores devem ser situados em vãos próprios de alvenaria ou concreto armado,
cujas portas sejam construídas de material resistente ao fogo e
• os dutos de ar condicionado devem ser providos de comportas metálicas, acionadas
por um fusível, em caso de aumento de temperatura.
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