Sei sulla pagina 1di 3

Reencontros

Como reconstruir relacionamentos e fazer um novo


começo
16/04/2010

*Por Maria Helena Matarazzo

As relações têm bons e maus momentos. E, às vezes, nas horas difíceis, os


parceiros ficam sem saber o que fazer. O desgaste é enorme, pois as
toxinas pairam no ar e tudo é motivo para agressões. Continuar ou acabar?
Não é fácil recuperar um relacionamento, mas é possível. Descobrir as
causas dos problemas é o passo inicial do processo de reconstrução.

Não é difícil perceber quando uma relação começa a destilar toxinas


psicológicas. O cheiro de veneno paira no ar. Qualquer comportamento de
um dos parceiros dá margem a respostas agressivas, que por sua vez
detonam mais provocações. O importante é saber se uma relação imperfeita
é apenas imperfeita ou totalmente irrecuperável.

É preciso ter consciência dos sintomas de um relacionamento venenoso


para poder desintoxicá-lo. Um dos indícios mais comuns é o sentimento de
impotência e de desesperança. Impotência significa falta de poder para
mudar o que precisa ser mudado. Essa sensação se parece com uma queda
emocional em parafuso, na qual você pensa ter perdido o controle de si
mesmo e dos problemas na relação. Essa caída o faz sentir-se submergindo
e incapaz de encontrar uma solução.

Por outro lado, o desespero leva-o a acreditar que seu relacionamento, sua
vida, nunca vai mudar. Essa percepção de que se encontra num beco sem
saída, ou "quase sem saída", cria um círculo vicioso. O começo de um
processo para desintoxicar um relacionamento é eliminar as emoções
negativas e procurar alimentar as positivas. Isso evita que as relações
naufraguem em águas rasas.

É preciso reconhecer que reconstruir uma relação é um processo. Você


deve ver as soluções dos seus problemas como algo contínuo e não
acreditar simplesmente no "tudo ou nada". Isso implica aprender a avaliar o
relacionamento em termos relativos e pensar: "Como era antes e como está
agora?". Toda relação de amor tem seus momentos melhores e piores. Pode
ser comparada à conta corrente no banco, em que o saldo ora está mais
alto, ora está mais baixo, e às vezes assustadoramente no vermelho.

Reencontros
Como reconstruir relacionamentos e fazer um novo
começo
16/04/2010

Uma das grandes pressões que os


relacionamentos tóxicos produzem é essa
dúvida entre ficar a relação, tentando
mudá-la para melhor, ou cair fora e
suportar a dor desconhecida que essa
separação pode trazer. "Vale a pena
continuar tentando mudá-la, ou o melhor é
acabar com tudo?". O ir e vir pode dar a
impressão de que você se encontra
naquela escolha proverbial entre "o diabo
que você conhece ou o diabo que você
desconhece". Isso pode fazer uma pessoa
apavorar-se e ficar paralisada, sem ação.
Na verdade, você não se sente sem
esperança porque não existe solução, mas,
sim, "acredita que não exista solução
precisamente porque sente muito medo". O
que se pode fazer para vencer o medo?

Para aumentar a coragem é preciso


entender que o medo nunca vai
desaparecer enquanto os amantes
estiverem crescendo, enquanto
continuarem a ampliar a capacidade de
amar e a correr riscos. Entretanto, a melhor
maneira de perder o medo de fazer alguma
coisa na vida é fazendo! Por isso, quando
você está na dúvida, a atitude é: "Não
existe volta, vou seguir em frente da
melhor forma possível", "A vida não é justa,
a gente joga com as cartas que recebeu".

Mas por que o medo caminha junto dos


parceiros? Sabe-se que existem coisas que
eles podem controlar, enquanto outras
estão além de seu domínio. Porém, se eles
se julgarem sem condições de influir no
próprio destino, aí todos duvidarão de si
mesmos, de sua força. As forças dos
amantes desenvolvem-se ao aprenderem a
lidar com os desafios reais, com a
experiência de cada dia. Em meu livro
"Encontros, Desencontros e Reencontros",
digo: "Não deixe seu amor morrer de medo
ou de susto. Lute por ele!". A vida é uma
luta difícil. Acontece que fazer dá poder,
portanto, sinta o medo e lute assim mesmo
pela própria sobrevivência e pela
sobrevivência de seu amor.

*Maria Helena Matarazzo é sexóloga e autora de,


entre outros, "Coragem para Amar", da Editora
Record.

Potrebbero piacerti anche