Sei sulla pagina 1di 19

UNIVERSIDADE GAMA FILHO

CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU EM METODOLOGIA DO


ENSINO DA BIOLOGIA

A IMPORTANCIA DE AULAS PRÁTICAS E O USO DE RECURSOS


TECNOLÓLGICOS NAS AULAS DE CIENCIAS BIOLÓGICAS

MOACIR TOMAZ DE SANTANA

BRASILIA – DF
2010
MOACIR TOMAZ DE SANTANA

A IMPORTÂNCIA DE AULAS PRÁTICAS E O USO DE RECURSOS


TECNOLÓLGICOS NAS AULAS DE CIENCIAS BIOLÓGICAS

Artigo apresentando à universidade Gama


Filho como registro parcial para obtenção de
título de especialista em metodologia do
ensino da Biologia, sob orientação da
Professora: Ani Cátia Giotto.

BRASILIA – DF
2010
A Aniele Vieira dosa Santos
personagem fundamental para a
realização deste sonho.
AGRADECIMENTO

Agradeço a minha família pela presença e incessante apoio nos momentos


difíceis.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da
busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da
alegria.”

Paulo Freire.
RESUMO

È notória a importância dos conteúdos escolares no desenvolvimento dos alunos,


tanto intelectualmente, como no processo de formação dos cidadãos, tendo em vista
essa perspectiva e o fato de o ensino da biologia, no contexto escolar, ser considerado
desinteressante e ultrapassado, neste trabalho, temos como objetivo, incentivar o uso de
aulas praticas no ensino de biologia, além do uso das novas tecnologias em sala de aula.
Para isto baseamo-nos em artigos retirados da internet que abordam de maneira simples
e eficaz alguns métodos de ensino de ciências biológicas. Ante a essas considerações
concluímos que para um aprendizado eficaz, são necessárias adaptações de acordo com
o meio dos alunos para que a prática escolar da biologia torne-se um instrumento
interessante para a formação dos alunos.

Palavras-chave: biologia, prática, tecnologia.

ABSTRACT

We well-know the importance of school content in the development of


students, both intellectually, as in the process of training of citizens, in view of this
perspective and teaching biology in the school context, be considered lack interested
and outdated, this work, we have to encourage the use of practical lessons in teaching
biology, in addition to the use of new technologies in the classroom. To do this based on
articles from the internet that speak simply and effectively some teaching methods of
biological sciences. Ante these considerations we found that for an effective learning,
are necessary adjustments according to the means of pupils to school biology practice
become a useful tool for the training of students.

Keywords: biology, practice, technology.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................7
1.1 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................................8

1.2 OBJETIVOS...........................................................................................................................................8

1.2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................................9

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................................9

1.3 - METODOLOGIA................................................................................................................................9

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................9
2.1 – A FORMAÇÃO DO PROFESSOR.................................................................................................10

2.2 – FORMAÇÃO ESTUDANTIL..........................................................................................................12

2.3 – RECURSOS TECNOLÓGICOS.....................................................................................................14

3 – CONCLUSÃO......................................................................................................................................17

REFERÊNCIAS:.................................................................................................18
08

1. INTRODUÇÃO

É de se perceber a falta de interesse dos alunos nas aulas de ciências e biologia, não pelo
fato da dificuldade de aprendizagem, mas principalmente pela falta de motivação da turma o que
acarreta em aulas estressantes para os alunos e para os professores.
O ensino de ciências biológicas nas escolas muitas vezes acontece de forma
fragmentada, ou seja, não segue uma seqüência. Por vezes os professores selecionam os conteúdos
que serão trabalhados, mas não fazem a conexão necessária entre um conteúdo e outro tornando o
conceito de aprendizagem vago, deixando o aluno confuso em relação às idéias do senso comum, e
sem nenhum saber científico, relacionando assim os conteúdos aprendidos na sala de aula apenas a
mais uma etapa a ser cumprida para conseguir passar em um determinado exame.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), de 1996 recomenda a
reorganização da Educação Básica, para poder acompanhar os desafios impostos pelos processos
globais e pelas transformações sociais e culturais por eles geradas na sociedade contemporânea,
entretanto na área das ciências biológicas, o ensino de Biologia privilegia o estudo de conceitos e
linguagens o que torna a aprendizagem pouco eficiente e distante da atual realidade.
Vivemos em um mundo onde as descobertas científicas acontecem a cada momento,
muitas destas descobertas abrangem o campo da biologia e de suas áreas correlatas. Porém com a
deficiência estrutural das escolas, os alunos ficam afastados desses novos conhecimentos, o que
acaba por desestimular o interesse por áreas biológicas. No entanto, os professores interessados em
mudar essa realidade se deparam com os seguintes questionamentos:
Como incentivar futuros pesquisadores? A questão é como despertar nos alunos da era
digital a importância do estudo da biologia e suas áreas?
Partindo deste pressuposto a presente trabalho de revisão de literatura tem como
objetivo ressaltar a importância de aulas práticas e o uso de recursos tecnológicos para as séries
finais do ensino fundamental e do ensino médio como base para uma boa aprendizagem,
despertando principalmente o interesse de se saber o porquê e porque ocorrem determinadas
reações químicas, físicas e biológicas, lembrando que essas fazem parte do nosso dia-a-dia e, ainda,
como a biotecnologia pode contribuir para o melhor desenvolvimento do mundo em que vivemos.

1.1 JUSTIFICATIVA

Vivemos em um mundo globalizado, onde a tecnologia e as descobertas acontecem a


cada instante. O saber científico, por exemplo, e a visão crítica dos alunos dos anos finais do ensino
fundamental e médio, se faz de total importância, porém muitas vezes o raciocínio crítico dos
09
alunos limita-se ao senso comum aliado ao conjunto de informações impostas pela mídia, cabendo
então ao professor despertar o interesse do aluno em se perguntar o porquê de tantas
transformações. Diante dessas observações podemos entender que o desinteresse dos alunos pela
área de ciências biológicas poderia ser revertido com o uso de aulas práticas, que poderiam ser
realizadas em laboratórios, ao ar livre ou até mesmo na própria sala de aula.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Despertar interesse pelo uso de aulas práticas nas áreas da biologia e disciplinas
correlatas.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Relacionar o desempenho dos alunos quando usado uma metodologia de aulas práticas
aliadas a aulas teóricas;
Analisar como a biologia e suas áreas podem ser trabalhadas aliadas às novas
tecnologias, bem como a elaboração de pequenas aulas práticas.

1.3 - METODOLOGIA

Este trabalho de cunho monográfico busca, por meio de artigos encontrados na internet,
verificar as estratégias de ensino encontradas por professores das redes estaduais e privadas de
ensino, especificamente do ensino de ciências biológicas, assim como entender as principais causas
da falta de interesse dos alunos pela disciplina. Para isso encontramos em Borges e Lima:
Tendências Contemporâneas do Ensino de Biologia, além de, Repensando o Ensino de Ciências e
de Biologia na Educação Básica(2007), O Caminho Para a Construção do Conhecimento de
Barbosa, Silva Junior (2009), Diferenciando a Aprendizagem da Biologia no Ensino Médio,
Através de Recursos Tecnológicos de Maia, Monteiro, Menezes(2009), Reformas e Realidade: O
Caso do Ensino das Ciências, de Myriam Krasilchik (2000) e Ana Lúcia Vasconcelos, com o artigo:
Importância da Abordagem Prática no Ensino de Biologia Para a Formação de Professores(2007).
10

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Muito se fala hoje em dia sobre a situação do ensino nacional. Discute-se a respeito do papel
do professor da família e do próprio jovem diante da educação. Diante da quantidade de
informações que somos submetidos e das inúmeras novidades que nos bombardeiam as várias
mídias é difícil propor aos alunos que atentem para um ensino ultrapassado que leva em
consideração apenas livros, giz, quadro negro e a voz do professor. É fato que aprendemos melhor
quando ficamos frente a frente com objeto estudado. Para os adolescentes não é diferente, temos
que, enquanto professores mudar esse panorama educacional retrogrado, tornando as aulas, das
áreas biológicas, que nos competem, mais interessantes, diante dessa tentativa, neste capitulo
mostraremos algumas idéias, para tentar ajudar e melhorar o ensino de ciências biológicas nas
escolas brasileiras.

2.1 – A FORMAÇÃO DO PROFESSOR

Para Myriam Krasilchik (2000) da Faculdade de Educação da USP o que falta para um
ensino adequado é dentre outras coisas comprometimento advindo de varias partes. Entre elas, a da
própria universidade que durante a formação dos professores não os direciona para as possíveis
mudanças do mundo moderno:

O ensino prático é componente essencial na formação de professores de ciências


que devem aprender a lidar com equipamento mais elaborado e também
improvisar quando as escolas não dispuserem de materiais.
Essa capacidade de improvisação não pode significar resignação com uma
situação desfavorável, mas ao contrário deve servir de estímulo para exigir as
melhores condições de trabalho e assim interessar os alunos no estudo das
ciências.
Mudança que produza ensino significativo implica em transformação de relações e
de posturas de professores e alunos nas quais a Universidade tem papel
fundamental tanto na elaboração de currículos e programas para o ensino
fundamental e médio como na formação e aperfeiçoamento de docentes.

Ou seja, durante a formação dos professores o processo é falho, por isso torna-se difícil
cobrar deles uma metodologia que também não lhes é comum. Ficando os alunos a mercê de
ideologias, da criatividade e tempo que poucos docentes dispõem.
Há ainda, as repentinas mudanças pedagógicas que acompanham o processo de ensino,
varias esferas governamentais trabalham para melhorar as pedagogias escolares, no entanto as
11
mudanças das regras durante o jogo atrapalham o trabalho do professor que é obrigado a seguir as
novas regras impostas e que na verdade não surtem efeito, visto a falta de preparo dos próprios

articuladores das regras, que se baseiam muitas vezes em modelos internacionais que diferem da
realidade brasileira, para tanto, ainda que reformas se façam necessárias, maior ainda é a
necessidade de experimentar utilizando-se te tempo hábil para a real impressão sobre projetos
pedagógicos a serem implantados.
Não estamos aqui, confrontando a importância de novos modelos, mas sim repensando formas de
nos adequarmos a elas, como aponta Myriam Krasilchik (2000):

Os fatores apontados e muitos outros atingem a esfera institucional em que as


congregações, departamentos e comissões elaboram as grades curriculares.
Processo que passa por discussões sobre prioridades, necessidades de
acomodações de tempo, disponibilidade de recursos humanos e financeiros e
estruturais.
Nas Faculdades e Institutos mudanças propostas e necessárias enfrentam
resistência para defesa da tradição por comodismo, e disputas de poder e território.
É presente na literatura a expressão “ensino científico” como procedimento da
ciência que se vale de resultados obtidos empiricamente. Essa postura baseia-se no
acervo de dados obtidos sistematicamente sobre processos ativos de ensino muito
mais eficiente do que a mera transmissão de informações.
No entanto, os próprios cientistas resistem às mudanças e ignoram as evidências
que demonstram que baseando-se em solução de problemas, integrando as
disciplinas resultam diferentes relações dos estudantes com estudo e retenção de
informações.(Krasilchik, 2000. pg.02)

Para alguns autores existe ainda, problemas referentes ao ego dos professores, pois ocorre
dentro das escolas uma supervalorização do conteúdo que cada um leciona, em detrimento de outras
matérias tão relevantes quanto.
Na pesquisa realizada por Arildo Nerys da Silva Junior e Jane Rangel Alves Barbosa (2009), mostra
entre outras coisas que:

Não raro, os conteúdos mais básicos das disciplinas acabam sendo


sufocados pelos conteúdos mais avançados e detalhados ministrados em
sala de aula. Isso se deve, em grande parte ao professor que, consciente ou
inconscientemente, julga que seus alunos já possuem domínio sobre o
assunto, que não é interessante ensinar esses conteúdos tão básicos, ou que
aprenderão futuramente em outras disciplinas mais avançadas ou por conta
própria, o que acaba não ocorrendo.
Atualmente é de extrema importância que o professor de Biologia esteja
atento e atualizado com todos os novos acontecimentos científicos que seus
alunos tomam conhecimento através da mídia, porém sem se desvincular
dos conceitos mais básicos inerentes a sua disciplina, e a formação de um
cidadão consciente. Esta conclusão é um dos pontos centrais das mudanças
12
didáticas necessárias ao ensino da Biologia.( BARBOSA, SILVA
JÚNIOR,2009, pg. 04)

Para tanto, voltamos a mesma posição de que a preparação dos profissionais é a melhor
forma de contribuir para o desenvolvimento da educação em âmbito nacional, tanto no que diz
respeito aos domínios tecnológicos e que fazem parte do cotidiano do jovem , quanto para a
formação pedagógica do professor que quando sai da faculdade tem muito conhecimento teórico,
porém não tem didática para lidar com jovens, dificultando o trato para com estes, uma vez que é
necessário mais do que conhecimento teórico para ensinar, é preciso além de tudo saber como usar
e transmitir o conhecimento adquirido, adequando-se a realidade dos alunos.

2.2 – FORMAÇÃO ESTUDANTIL

Num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis


contradições, estar formado para a vida significa mais do que reproduzir dados,
determinar classificações ou identificar símbolos. Significa: saber se informar,
comunicar-se, argumentar, compreender e agir; enfrentar problemas de diferentes
naturezas; participar socialmente, de forma prática e solidária; ser capaz de
elaborar críticas ou propostas; e, especialmente, adquirir uma atitude de
permanente aprendizado. (MEC, 2001, p.9)

Ante a nova perspectiva escolar, há uma preocupação com a organização dos conteúdos
trabalhados, vemos atualmente a necessidade de conteúdos que façam sentido para a vida dos
alunos e não se espera do conhecimento apenas para realização de testes que eventualmente são
forjados por boas memórias e pouco entendimento. De forma que o conteúdo escolar interfira
positivamente na sociedade em que está inserido. Exigindo para isso um rompimento com
metodologia de que apenas a fala do professor ensina, essa forma de ensinar é muitas vezes
maçantes e cansativa, por isso a constatação da necessidade de aulas práticas, com experimentos
ainda que simples são capazes de ensinar melhor do que apenas a palavra, tendo como premissa
maior o fato de que a palavra pode até ensinar , mas o exemplo jamais será esquecido. Dessa forma
as aulas, não apenas da área biológica, formará acima de tudo, sujeitos competentes, aptos a
construir conhecimentos e utilizá-los no cotidiano.
Para uma adequada formação do estudante, relacionada às ciências, aulas praticas são de
suma importância, no entanto, o déficit estrutural das escolas brasileiras faz com que a qualidade do
ensino deixe a desejar, sabendo que o ensino prático pode ajudar o aluno a:
13
As aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além
de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo
e como desenvolver soluções para problemas complexos (Luneta, 1991). Além
disso, as aulas práticas servem de estratégia e podem auxiliar o professor a
retomar um assunto já abordado, construindo com seus alunos uma nova visão
sobre um mesmo tema. Quando compreende um conteúdo trabalhado em sala de
aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e
isso pode gerar, conseqüentemente, discussões durante as aulas fazendo com que
os alunos, além de exporem suas idéias, aprendam a respeitar as opiniões de seus
colegas de sala ( Leite et al., [s.d].

Dessa forma, a formação de uma atitude científica está intimamente vinculada ao


modo como se constrói o conhecimento (Fumagalli, 1993). Na aula prática, o
aluno desenvolve habilidades processuais ligadas ao processo científico, tais como
capacidade de observação (todos os sentidos atuando visando à coleta de
informações), inferência (a partir da posse das informações sobre o objeto ou
evento, passa-se ao campo das suposições), medição (descrição através da
manipulação física ou mental do objeto de estudo), comunicação (uso de palavras
ou símbolos gráficos para descrever uma ação, um objeto, um fato, um fenômeno
ou um evento), classificação (agrupar ou ordenar fatos ou eventos em categorias
com base em propriedades ou critérios), predição (previsão do resultado de um
evento diante de um padrão de evidências. A partir delas, ou concomitantemente,
ocorre o desenvolvimento de habilidades integradas: controle de variáveis
(identificação e controle das variáveis do experimento), definição operacional
(operacionalização do experimento), formulação de hipóteses (soluções ou
explicações provisórias para um fato), interpretação de dados (definir tendências a
partir dos resultados), conclusão (finalizar o experimento, através de conclusões e
generalizações) (Vasconcelos et al., [s.d] ).

Temos, portanto, enquanto professores lutar por melhores condições de trabalho e de ensino.
O trabalho de Jesus (2007) menciona que a falta de laboratórios e material adequado para tal
procedimento nem sempre é empecilho para uma aula eficaz. Sobre isto ela pondera:

A partir da realização desse projeto, foi possível detectar que a utilização de aulas
práticas é de fundamental importância para o aprendizado. Ela condiciona um
reforço na assimilação do conteúdo teórico.
Verificou-se também que para que o desenvolvimento de aulas práticas não é
necessário um laboratório, pois é possível trabalhar com outros recursos, mesmo
que a aula seja simples, os alunos se interessam, pois estão enxergando
concretamente aquilo que fora explicado teoricamente.
A utilização destes recursos propicia aos alunos a verificação de diversos
fenômenos e processos naturais que estão no ambiente, também possibilitam
explorar aspectos relacionados com impactos provocados pelo homem nos
ambientes e sua interação com projetos sociais (BRASIL, 1998).
Observou-se que os alunos motivados, participam das aulas, tem muita
curiosidade, levantam questões, tem vontade de aprender e mais chances de se
envolverem profundamente com a situação de aprendizagem.
Nos planos de aulas, poucos são os espaços destinados a elaboração de aulas
práticas, porém indica-se que pelo menos a cada unidade ou assunto do programa
seja desenvolvida pelo menos uma atividade prática, e que esta seja escolhida em
14
função das condições, como o público alvo, instalações e material disponível
(JESUS, et. al. p.3, 2007)

2.3 – RECURSOS TECNOLÓGICOS

Ao longo dos anos ocorreram muitas mudanças tecnológicas, o crescente acesso das pessoas
em diversas áreas tecnológicas fez com que a paixão pelos livros e dedicação a sala de aula, assim
como a consideração à figura do professor , se não desapareceram, diminuíram consideravelmente.
Ante a essa evolução do mundo moderno, faz-se ainda necessária a freqüência dos jovens na escola,
tanto para o desenvolvimento mental, quanto humano e motor.
Para não ficarmos expostos a comparações, devemos nos adaptar as mudanças do mundo
moderno, deixando as aulas interessantes tanto para alunos quanto para professores, que partindo do
pressuposto de que as aulas seriam mais interessantes com a utilização de novos materiais, tornaria
também o trabalho mais prazeroso.
MAIA, et.al., 2009, da Universidade do Estado do Amazonas, em sua pesquisa empírica,
utilizando-se de recursos, tais como:

Animações por computação gráfica ou desenhos animados: produzidos com a


ajuda de alguns estudantes e professores colaboradores; têm a possibilidade de
apresentar detalhes em interface explicativa e interativa, respeitando o tempo de
aprendizagem de cada estudante. As opções avançar e retroceder, permitem a
elucidação de dúvidas por exemplificar detalhadamente o padrão de ação de
moléculas e substâncias no interior das células;
• Vídeos: baixados gratuitamente do Google Vídeo, do You tube ou ainda
produzidos a partir do Movie Maker. Os dois primeiros permitem a visualização
através do assistente de vídeo on-line streaming ou ainda a possibilidade de
conversão para vários formatos diferentes. Este recurso facilita a compreensão e
visualização de conteúdos detalhados como, por exemplo, a síntese protéica,
permitindo a inferência de reações complexas através da percepção visual.
• Documentários e filmes: Existe no mercado uma grande variedade que trabalha
direta ou indiretamente temas transversais recomendados nos PCN’s e dos
próprios conteúdos. Em alguns casos utilizamos gravações caseiras de programas
vinculados no Discovery e Geografic chanel, canais televisivos que se destacam
pela qualidade do tratamento dado ao desenvolvimento científico, ao quais a
maioria dos estudantes de escolas públicas não tem acesso, configurando-se então
numa grande fonte de material utilizável.
• Power Point: Programa disponível nos computadores e bastante conhecido por
todos, porém mal explorado já que, por falta de conhecimento, não se utiliza nem
40% dos recursos inerentes a ele. (MAIA, et.al., 2009. p, 03)
15
Diante dos recursos utilizados e do que foi observado em sala de aula as autoras concluem:

Com o desenvolvimento da metodologia aqui explicitada, verificamos uma


significativa alteração quanto ao aproveitamento bimestral, nas turmas do primeiro
ano do ensino médio, em comparação com turmas dos anos anteriores, e
principalmente o crescimento do interesse dos estudantes pela biologia, o que
potencializou o processo ensino aprendizagem. A dificuldade encontrada resumiu-
se em elaborar o material a ser apresentado e em adaptar o planejamento das aulas
à nova proposta. Foi necessário investir mais tempo no preparo de cada aula,
porém passada a fase de adaptação do professor e tendo em vista a melhora na
qualidade destas, foi comprovada a eficácia da metodologia. (MAIA, et.al., 2009.
p, 04)

As autoras afirmam ainda, que todo o trabalho que o professor tem pesquisando e
preparando aulas acaba por constituir um rico acervo que o acompanhará por algum tempo. Além
disso, outros benefícios são vistos em curto prazo, como a diminuição da indisciplina em sala de
aula, o que acarreta menor desgaste do profissional do magistério, gerando até mesmo um maior
entrosamento entre professores e alunos, pois estes, muitas vezes, possuem maior habilidade com
computadores e outras tecnologias, facilitando a dinâmica da sala de aula. Podemos considerar que
essa metodologia torna o aprendizado mais significativo, e desenvolve não só aspectos intelectuais,
mas abrange, também, o campo da socialização.
Para tanto no que tange aspectos relacionados ao domínio do conhecimento do professor em
relação a essas tecnologias, ALMEIDA, (2000, p. 109) afirma que,

“(...) mesmo o professor preparado para utilizar o computador para a construção


do conhecimento é obrigado a questionar constantemente, pois com freqüência se
vê diante de um equipamento cujos recursos não consegue dominar em sua
totalidade. Além disso, precisa compreender e investigar os temas ou questões que
surgem no contexto e que se transformam em desafios para sua prática – uma vez
que nem sempre sã de seu domínio, tanto no que diz respeito ao conteúdo quanto à
estrutura”. (ALMEIDA, 2000, p. 109)

Sendo assim, concluímos com esse raciocínio que tão importante quanto a inovação na
metodologia didática é a preparação constante do professor que embora, algumas vezes, está
motivado e disposto a ensinar de forma diferente, porém sem a devida e paulatina preparação.

Nesse sentido, Freire apud. Plácido et. al. (2007) “acredita que o educador não
será capaz de ajudar o educando a superar a “ignorância” enquanto não superar a
sua própria. Isto mostra que o professor deve estar sempre em busca do
conhecimento, do saber; precisa estar em constante descoberta. Não se quer dizer
16
que deva saber tudo o que acontece no mundo, mas encontrar-se sempre aberto
para os acontecimentos, aqui para a utilização das novas tecnologias como
mediadora no processo da leitura”. (FINGER, et. al.2008)

Para demonstrar que o ensino de ciências adequado à nova realidade dos jovens o trabalho
de Valdemar da Silva (2003), pode mostrar um novo paradigma sobre o conceito do uso de
Software como Recurso Didático no Ensino de Ciências e Biologia, o que acarreta em benéfico a
este trabalho aclarando algumas idéias e demonstrando que não estamos apenas discutindo critérios
utópicos, mas sim situações cotidianas que podem e devem ser atribuídas a salas de aulas. Onde o
autor diz:

Assumindo a afirmação do professor 10 ... “é necessário pensar em projetos


pedagógicos, no mínimo, para uma determinada área ou curso; primeiro é preciso
pensar o que se deseja e onde se pretende chegar para depois decidir o recurso a
ser utilizado. Atualmente, o que tem sido feito é o contrário, as pessoas estão
ávidas por um novo recurso, delegando a proposta pedagógica a um segundo
plano”. Neste sentido é importante durante a construção do projeto pedagógico,
que insere ou não novas tecnologias, enxergar o seu fazer pedagógico; para no
mínimo compreender ou reduzir o abismo entre as salas de vídeo games dos
shoppings e a sala de aula.

Para tanto consideramos até então apenas aspectos ligados a recursos tecnológicos como
computadores, microscópios, entre outros materiais, no entanto, recursos didáticos simples e
cotidianos também são fonte motivacionais que podem contribuir para uma aula interessante e
proveitosa. Aulas práticas podem ser ministradas mostrando efetivamente ao aluno como
desenrolam aspectos presentes diariamente, em uma aula de física, por exemplo, podemos
experimentar trabalhos relativos ao calor, em aulas de biologia avaliar o crescimento e
desenvolvimento de plantas, assim como suas funções, identificar ainda o processo referente a
fotossíntese, basta para isso uma vasilha de vidro com tampa, um pouco de terra, água e sementes,
produtos estes facilmente encontrados em qualquer lugar.
Basta na verdade um pouco de boa vontade e paciência, visto a necessidade de esperar a
natureza ajudar no desenvolvimento da experiência. Porém, há uma infinidade de trabalhos que
podem ser desenvolvidos e observados sem que haja a necessidade irreparável do computador e do
uso de softwares. A natureza e a criatividade são, sem nenhuma dúvida, fontes de motivos para um
aprendizado interessante e motivador.
17
Sendo assim ratificamos a importância das aulas práticas não apenas, como instrumento motivador
e para agradar aos alunos, mas também porque desenvolve aspectos de aprendizagem e raciocínio.

3 – CONCLUSÃO

Diante do que foi apresentado neste trabalho, acreditamos que a principal forma de instigar e
promover uma reaproximação dos alunos aos conteúdos ligados a ciências biológicas, possa ser
feito, gradativamente, por meio da implementação de aulas práticas, assim como uma atualização
didática dos materiais escolares, acrescentando a esses as novas tecnologias, como complemento e
suporte auxiliar. Haja vista que, os problemas enfrentados pelas instituições, bem como, indisciplina
e falta de interesse, devem-se na maioria das vezes pelo ensino arcaico e pelo uso materiais que não
mais condizem com a realidade dos alunos.
Planejar novas práticas, e dispor maior tempo para a preparação das aulas, seria, portanto,
fundamental para uma nova perspectiva educacional, que embora questionada e estigmatizada,
ainda é a primordial para o desenvolvimento intelectual e humano.
18

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Maria Elizabeth de; ProInfo: Informática e Formação de Professores – Vol. 1;


Brasília: MEC/ Secretaria de Educação à Distância –, 2000; 192 p.

BORGES, R.M.R., & LIMA, R.M. Tendências contemporâneas do ensino de Biologia no Brasil.
Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências, 2007.

BARBOSA, A.R.J.,SILVA JUNIOR, N.A. Repensando o Ensino de Ciências e de Biologia na


Educação Básica: o Caminho para a Construção do Conhecimento Científico e Biotecnológico.
Democratizar, v.III, n.1, jan./abr. 2009.

JESUS, Marilza de F. Q de. Existe Interesse dos Alunos por Aulas Práticas de Biologia?
Disponível em: http://cacphp.unioeste.br/eventos/OLD_mesmo_antigos/semanadabio2007/resumos/
EE_04.pdf. Acesso em: 18 Dez. 2009.

LEITE, A.C.S.; SILVA, P.A.B.; VAZ, A.C. R. A importância das aulas práticas para alunos
jovens e adultos: uma abordagem investigativa sobre a percepção dos alunos do PROEF II. . [Si]
[Sn][Sd].

KRASILCHIK, MYRIAM. Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo
Perspec, 2000.

MAIA, P.D., MONTEIRO, B.I., MENEZES, S.P.A.Diferenciando a aprendizagem da biologia no


ensino Médio, através de recursos tecnológicos. Disponível em: <http:
http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terca_tema5/TerxaTema5Poster4.pdf
>.Acesso em 18 de nov 2009.

MEC – Ministério da Educação; Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Brasília:


MEC/Secretaria de Educação Básica, 2001; 71 p.

PORTAL DE EDUCAÇÃO, 2001. Disponível em: http://www.obrasill.com/importancia-aulas-


praticas-de-ciencias. Acesso em: 16 Dez. 2009.

SILVA, VALDEMIR da. O Uso do Software como Recurso Didático no Ensino de Ciências e
Biologia. Florianópolis, 2003. Disponível em: http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS3321.pdf. Acesso
em: 16 Dez.2009.

VASCONCELOS, Ana Lúcia. et. al. Importância da Abordagem Prática no Ensino de Biologia
para a Formação de Professores. Disponível em:
Http://Www.Multimeios.Ufc.Br/Arquivos/Pc/Congressos/Congressos-Importancia-Da-Abordagem-
Pratica-No-Ensino-De-Biologia.Pdf. Acesso Em: 16 Dez.2009

Potrebbero piacerti anche