Sei sulla pagina 1di 19

As funções do licopeno do tomate e seu

papel na saúde humana


Autores: Joseph Levy, PhD e Yoav Sharoni, PhD

Fonte: HerbalGram. 2004;62:49-56

© American Botanical Council

Introdução

Carotenóides, compostos encontrados em frutas e vegetais,


beneficiam a saúde humana por desempenhar um importante papel
no funcionamento celular. A importância do carotenóide beta-
caroteno na dieta, o precursor da vitamina A, tem sido reconhecida
por muitas décadas. Mais recentemente, o licopeno, carotenóide
vermelho encontrado predominantemente em tomates e em alguns
frutos e vegetais, tem despertado substancial interesse entre
pesquisadores da área médica. Acredita-se que o licopeno pode ser
benéfico em patologias como câncer e doença coronariana, bem
como em outras condições crônicas. Essas alegações têm sido
estudadas extensivamente, em estudos epidemiológicos,
investigações bioquímicas das propriedades do licopeno e através
da avaliação da biodisponibilidade do licopeno em dietas baseadas
em tomates. Este artigo resume o estado atual do conhecimento
das propriedades do licopeno, seu potencial papel na saúde
humana e áreas para futuras pesquisas com esta substância.
Funções do licopeno no organismo humano
Apesar de não ser considerado um nutriente essencial, pesquisas
têm demonstrado que o licopeno pode trazer diversos benefícios
para a saúde humana. Sendo o principal carotenóide no sangue
humano, o licopeno protege os lipídeos, proteínas e DNA do dano
oxidativo. Por ser um potente seqüestrador do oxigênio "singlet"
(uma forma reativa de oxigênio), tudo indica que tem propriedades
antioxidantes comparativamente mais potentes que a maior parte
dos outros carotenóides plasmáticos1.

O licopeno tem sido considerado um eficaz e específico inibidor da


proliferação de células cancerígenas,2, 3 que é regulada por um
elaborado processo chamado "ciclo celular". A divisão celular rápida
e descontrolada é característica do metabolismo de células
cancerígenas; a capacidade do licopeno de retardar a progressão
do ciclo celular pode explicar sua competência em retardar a
evolução de certos tipos de câncer. licopeno pode prevenir a
transformação maligna (o processo celular envolvido com a
transformação de uma célula normal em cancerígena). A inibição de
contato é um dos mecanismos que controlam a divisão celular
excessiva. Por este mecanismo, uma célula, num ambiente
populoso, interromperá sua multiplicação. Estruturas especiais na
membrana celular, denominadas "gap-junction", funcionam como
canais de comunicação entre as células. Células normais são
também inibidas por contato e possuem "gap-junctions" funcionais,
enquanto que a maioria das células tumorais exibe poucas dessas
estruturas. Esta espécie de carotenóide ainda induz a formação da
proteína conexina 43, um dos principais componentes desses
canais, e, portanto, restaura as "gap junctions" 4. Também atua
sobre enzimas da Fase II, que auxiliam na eliminação de
carcinógenos e toxinas do organismo. A modificação nos níveis de
tantas proteínas regulatórias está relacionada com a capacidade do
licopeno de modular vários fatores de transcrição que são atores
chave no processo de síntese de novas proteínas celulares.5, 6

Estrutura, absorção e transporte


Licopeno é definido quimicamente como um caroteno acíclico com
11 duplas ligações conjugadas, normalmente, todas na
configuração "trans" (Fig. 1). As ligações duplas estão sujeitas a
isomerização e vários isômeros na configuração "cis"
(principalmente 5, 9, 13, ou 15) são encontrados em plantas e
também no plasma. Desde que o organismo humano é incapaz de
sintetizar carotenóides a partir de precursores produzidos
endogenamente, acaba sendo totalmente dependente das fontes
dietéticas (exógenas) de carotenóides. De forma geral, tomate e
seus produtos alimentícios derivados contribuem com pelo menos
85% do licopeno proveniente da dieta em humanos. Os restantes
15% são normalmente obtidos do melão, "grapefruit", goiaba e
mamão – todos estes frutos são fontes dietéticas de licopeno,
porém em níveis muito inferiores ao tomate. (Tabela 1).

Tabela 1: Conteúdo de licopeno de alimentos comuns


Quant. em mg
Tipo de alimento Referências
por 100 gr.

Goiaba Fresca, vermelha 5.4 7

Tomate Fresco, vermelho 3.1-7.7 8

Suco de Tomate 7.83 8

Pasta de Tomate 30.07 8 8

Grapefruit Fresco, vermelho 3.36 8

Melão Fresco, vermelho 4.1 7

Ketchup 16.6 7

Molho de Pizza 32.9 8

Molho de Espaguete 17.5 9

Papaia Fresco, vermelho 2.0-5.3 10


Suco de tomate, sopa de tomate, ketchup, molho de pizza e de
espaguete são a maioria dos produtos responsáveis pela inclusão
do licopeno na dieta. O aporte dos carotenórides na mesma tem
sido estudado por muitos anos. A biodisponibilidade na dieta do
licopeno parece depender de diversos fatores. É mais bem
absorvido de alimentos cozidos e ricos em lipídeos. 11 Uma vez
ingerido, o licopeno aparece no plasma. Inicialmente nos
quilomicrons (microscópicas partículas gordurosas emulsificadas
encontradas no soro e na linfa e resultado da digestão das
gorduras) e nas frações VLDL (very low-density lipoprotein) e,
tardiamente, nas LDL (low-density lipoproteins, também chamadas
"mau" colesterol) e nas HDL (high-density lipoproteins, normalmente
chamadas "bom" colesterol). Os mais altos níveis são encontrados
nas LDL. As concentrações séricas variam significativamente entre
cerca de 20 e 500 mcg/litro de soro com grandes variações
interpessoais.

Diversas linhas de evidência sugerem que as LDL oxidadas são


danosas à parede arterial, e que a aterosclerose pode ser atenuada
por antioxidantes naturais. Como reportado por Fuhrman et al., o
licopeno do tomate, isolado ou combinado com outros antioxidantes
naturais, inibe a oxidação das LDL12. Adicionalmente, o mesmo
grupo reportou que a suplementação dietética com licopeno do
tomate (60 mg/dia), quando administrada em seis homens por um
período de três meses, resultou numa significante redução nos seus
níveis plasmáticos de colesterol LDL. Esses dados estão em acordo
com os resultados in vitro que demonstram que o licopeno suprime
a síntese do colesterol e aumenta a atividade dos receptores de
LDL nos macrófagos.13

O licopeno é encontrado na maioria dos tecidos humanos, mas não


se acumula uniformemente.14 Há uma concentração preferencial de
licopeno especialmente nas adrenais e testículos. A comprovada
capacidade de elevar os níveis de licopeno nos tecidos constitui um
pré-requisito para utilizá-lo como suplemento dietético para
melhorar a saúde. Entretanto, foi recentemente reportado que a
suplementação de licopeno da óleo-resina do tomate em voluntários
submetidos a cirurgias eletivas produziu um significativo aumento
nos carotenóides no plasma, pele e tecido adiposo.15 Pouco se
conhece a cerca do metabolismo e degradação do licopeno em
mamíferos. Diversos metabólitos oxigenados têm sido encontrados
no plasma e tecidos, mas outros estudos são necessários no
sentido de avaliar suas atividades fisiológicas, se é que estas
existem.

Pesquisas clínicas demonstraram que o licopeno é absorvido mais


rapidamente a partir de produtos de tomates processados a quente
do que dos não cozidos e que a absorção é aumentada pela
presença de óleo.16

Benefícios do licopeno relacionados ao sinergismo


com outros micronutrientes

Revisando os dados relacionados a quimioprevenção de várias


patologias, fica evidente que a utilização de um único carotenóide,
ou qualquer outro micronutriente que tem se mostrado eficaz em
modelos in vitro e animais, não têm sido comprovados em estudos
em humanos. Isto é, não há "bala" mágica. De fato, evidências
acumuladas sugerem que uma orquestrada e sinérgica ação de
vários micronutrientes parece ser a base para a atividade preventiva
de uma dieta rica em vegetais e frutas. Entretanto, as fontes de
licopeno utilizadas na maioria dos estudos em humanos aqui
revisados foram de produtos de tomate processados ou extratos de
tomate contendo licopeno e outros micronutrientes do tomate e
carotenóides em diversas proporções. O licopeno puro não foi
testado como agente isolado em estudos de prevenção em
humanos. Por outro lado, muitos estudos que demonstram o efeito
benéfico do licopeno em aliviar condições crônicas foram
conduzidos em indivíduos que receberam alimentos derivados do
tomate, ou extratos de tomate, mas não com a substância isolada.
Por exemplo, a preparação de óleo-resina utilizada em muitos
estudos também continha outros carotenóides do tomate como o
fitoeno, fitoflueno e beta-caroteno (Figura 1). Uma crítica revisão
destes estudos pode questionar se outros compostos além do
licopeno no tomate podem ser responsáveis pelo efeito benéfico;
entretanto, estudos in vitro suportam a ação sinérgica dos
carotenóides e outros antioxidantes presentes no tomate.17-19
Este conhecimento foi testado em estudo recente 20 que comparou
a eficácia de tomates secos e congelados (pó de tomate ou
licopeno puro em modelos de câncer de próstata em ratos). Os
ratos foram tratados com o carcinogênico NMU (N-metil-N-
nitrosouréia) combinado com androgênios para estimular a
carcinogênese prostática. A capacidade destas duas preparações,
que contém licopeno, de aumentar a sobrevida foram comparadas.
A mortalidade por câncer de próstata foi inferior em 25% (P = 0.09)
para ratos alimentados com o pó de tomate, comparativamente aos
ratos alimentados com dieta controle. A mortalidade por câncer de
próstata de ratos alimentados com licopeno puro foi similar ao grupo
controle. Os autores concluíram que o consumo de pó de tomate,
mas não o licopeno puro, inibiu a carcinogênese prostática,
sugerindo que produtos de tomate contendo outros compostos,
associados ao licopeno, a modificaram. Num editorial paralelo,
Gann et al.21, assinalou-se que este estudo contribui para o debate
acerca da prevenção do câncer. Mais especificamente, se ela é
mais bem sucedida com alimentos integrais ou com compostos
isolados. Eles mostram que carotenóides e outros compostos
secundários de plantas estão envolvidos em ações de compostos
interativos, uma complexidade que limita a utilização de abordagens
reducionistas que, por sua vez, procuram identificar compostos
protetores isolados. Infelizmente, a divulgação pela mídia dos
resultados deste estudo incluiu manchetes declarando que o
licopeno foi considerado ineficaz no tratamento do câncer de
próstata, ignorando os resultados positivos do pó de tomate.

O papel protetor do licopeno na prevenção de


patologias degenerativas
Uma revisão sistemática da literatura epidemiológica relacionando o
consumo de tomate e câncer foi publicada por Giovannucci22. Este
constatou que, entre 72 estudos, 57 reportaram associações
inversas entre a ingestão de tomate e o nível de licopeno no sangue
e o risco de câncer num local definido anatomicamente. Dos 57, em
35, as associações inversas foram estatisticamente significativas.
Nenhum dos estudos citados indicou que o alto consumo ou alto
nível de licopeno no sangue aumentaram consideravelmente o risco
de câncer em qualquer das localizações investigadas. A evidência
benéfica foi maior para tumores de próstata, pulmão e estômago.
Os dados também sugeriram benefícios para tumores de pâncreas,
colo e reto, esôfago, cavidade oral, mama e colo do útero.
Giovannucci sugere que o licopeno pode contribuir para estes
efeitos benéficos dos alimentos contendo tomate, mas isso não foi
conclusivo. Ademais, como foi discutido acima, as propriedades
anticâncer podem ser explicadas pela interação entre os diversos
componentes encontrados nos tomates. Câncer de próstata
continua a ser o foco da pesquisa com licopeno e, a partir da
revisão de Giovannucci, diversas novas pesquisas têm surgido na
literatura.

Numa meta-análise publicada recentemente, Etminan et al.23,


avaliou-se a afirmação de que a ingesta de produtos do tomate
reduz o risco de câncer de próstata. Os pesquisadores revisaram 21
estudos envolvendo a ingesta diária de uma porção ou mais do
legume, de seus produtos derivados ou suplementos de licopeno.
Os resultados confirmam a eficiência dos mesmos na prevenção à
doença. Entretanto, este efeito é modesto, limitando-se a 11% de
redução no risco de câncer, e condicionado a ingestão do tomate
em grande quantidade. Ademais, o efeito preventivo foi um pouco
mais elevado para alta ingesta de produtos de tomate cozidos que
para a de tomates crus. Provavelmente devido a biodisponibilidade
do licopeno, que é aumentada com o processamento, o calor e a
presença de gorduras16, 24. Foi previamente reportado que há baixa
correlação entre consumo de licopeno na dieta e nível sérico, 25
possivelmente devido à saturação da absorção com altos níveis do
carotenóide ingerido. Porém, um intenso efeito preventivo foi
observado em estudos que mediram diretamente o licopeno
plasmático, comparativamente àqueles que estimaram a ingesta de
licopeno. Os autores concluíram que pesquisas adicionais são
necessárias para determinar o tipo e a quantidade de produtos do
tomate e seus papéis na prevenção do câncer de próstata.
Uma investigação ecológica (estatística de vários países) tem
encontrado uma redução nos riscos de câncer de próstata
relacionado ao tomate, principalmente devido à ação do licopeno26.
Altas ingestas de licopeno foram associadas com reduzido risco de
câncer gástrico27. Em série integrada de estudos na Itália28, o
consumo de tomate mostrou uma consistente relação inversa com o
risco de neoplasia do trato digestivo (crescimento tecidual anormal,
tumor). Dois de pequena escala, ambos estudos de intervenção
preliminar em pacientes com câncer de próstata foram conduzidos
com preparações naturais de tomate. Em um deles, Chen et al.29
demonstrou-se que, após a intervenção dietética, as concentrações
séricas e prostáticas de licopeno foram aumentadas e o dano
oxidativo ao DNA de leucócitos e tecido prostático foram
significativamente reduzidos. Além do mais, níveis séricos de
antígeno prostático específico (PSA) diminuíram. No outro estudo,
Kucuk et al.30, foi reportado que a suplementação com extrato de
tomate em homens com câncer de próstata modula a intensidade e
o volume da neoplasia intra-epitelial prostática e do tumor, o nível
sérico de PSA e o nível de biomarcadores do crescimento e
diferenciação celular. A alta ingesta de licopeno foi também
associada ao baixo risco de câncer de mama em mulheres. 31, 32

Doença cardíaca coronariana

Doença cardíaca coronariana (DCC) é uma das causas primárias


de morte no mundo ocidental. A ênfase da pesquisa há muito tem
sido na relação entre níveis séricos de colesterol e risco de DCC.
Mais recentemente, o estresse oxidativo induzido por espécies
reativas de oxigênio (EROS) foi também considerado um importante
fator na etiologia desta doença. O licopeno da dieta tem mostrado
em estudos in vitro que previne a formação de LDL oxidada,
componente chave na patogênese da aterosclerose e DCC.12 A
fonte de licopeno utilizada na maioria desses estudos foi tanto de
produtos alimentícios derivados do tomate quanto extratos de
licopeno derivados do legume. Ambas as fontes contêm outros
carotenóides em diversas proporções além do licopeno. Não é
possível, portanto, atribuir somente ao licopeno os efeitos
observados.

A evidência que suporta o papel do licopeno na prevenção de DCC


baseia-se primariamente nas observações epidemiológicas de
populações normais e de risco. A mais expressiva evidência
baseada em populações vem de um estudo multicêntrico de casos-
controle – o estudo EURAMIC, que avaliou a relação entre o estado
antioxidante e infarto agudo do miocárdio em indivíduos de dez
países europeus. Após o ajuste de uma gama de variáveis
dietéticas, somente os níveis de licopeno, não os de beta-caroteno,
apresentaram caráter preventivo.33 Este resultados foram também
confirmados pelo estudo Rotterdam.34

Concentrações séricas de licopeno podem interferir nos estágios


iniciais da aterosclerose. Aumentando a espessura da intima-media
(a mais interna camada de um vaso sanguíneo, incluindo a media,
faixa muscular na parede do vaso sanguíneo) tem demonstrado
prevenir eventos coronários. Uma baixa concentração sérica de
licopeno, prevalente no leste da Finlândia, foi associada com um
aumento na espessura da intima-media.35, 36 As populações da
Lituânia e Suécia apresentam taxas de mortalidade por DCC
divergentes. Níveis baixos de licopeno sanguíneo têm sido
associados com aumento no risco de DCC37. Recentemente um
estudo prospectivo, de casos-controle, foi conduzido por
pesquisadores da Universidade de Harvard em 39.876 mulheres. A
pesquisa mostrou que concentrações altas de licopeno plasmático
foram associadas com baixo risco de doenças cardiovasculares em
mulheres de meia e terceira idades.38 Ademais, como observado
previamente pelo mesmo grupo,39 as possíveis associações
inversas com doença cardiovascular e altos níveis de produtos
derivados de tomate (particularmente molho de tomate e pizza),
sugere que o licopeno da dieta ou outros fitoquímicos consumidos
como produtos de tomate oleosos ou contendo óleo conferem
benefícios cardiovasculares.

Proteção dérmica

Protetores solares orais são provavelmente mais eficientes que os


tópicos, desde que a maior parte da exposição solar é incidental e
relacionada à vida diária e não durante as férias quando protetores
solares tópicos são comumente usados40 (Esta hipótese não está
adequadamente investigada e confirmada). Estudos são escassos.
Entretanto, há efeito protetor de suplementos orais de carotenóides
contra respostas cutâneas à exposição solar. Estes efeitos
protetores podem estar relacionados às propriedades antioxidantes
dos carotenóides. Durante a irradiação ultravioleta (UV), a pele é
exposta ao dano oxidativo induzido pela formação de EROS. O
dano fotooxidativo afeta os lipídeos celulares, proteínas, e DNA e
está envolvido na formação do eritema – envelhecimento prematuro
da pele, fotodermatoses e câncer de pele.

Carotenóides, especialmente licopeno, são eficientes


seqüestradores de EROS40. Diversos estudos em animais e
experimentos in vitro comprovaram que carotenóides e tocoferóis
previnem lesões de pele induzidas por radiação UV e protegem
contra o câncer. Concentrações plasmáticas e na pele diminuem
com a irradiação UV. Entretanto, curiosamente, o licopeno é
escolhido preferencialmente aos outros carotenóides. 41 A exposição
de uma pequena área de pele do antebraço à radiação resultou em
redução do licopeno dérmico. A mesma dose de UV, porém, não
resultou em mudanças significativas no beta-caroteno dérmico. Os
autores concluíram que quando a pele é submetida a um estresse
UV, mais licopeno é destruído que beta-caroteno, sugerindo que o
licopeno desempenha um papel importante na redução do estresse
oxidativo nos tecidos. No entanto, outras interpretações desses
resultados são possíveis.

Em pesquisa recente40, a eficácia de uma mistura de carotenóides


contendo beta-caroteno, luteína e licopeno foi comparado ao beta-
caroteno isolado na proteção contra eritema cutâneo induzido por
UV. Voluntários caucasianos foram testados num estudo paralelo e
placebo-controlado. A ingesta de beta-caroteno ou da mistura de
carotenóides aumentou igualmente os carotenóides totais na pele
da semana 0 para a 12. Nenhuma mudança ocorreu no total de
carotenóides dérmicos do grupo controle. A intensidade do eritema,
24 horas após a irradiação, foi reduzida em ambos os grupos que
receberam carotenóides e foi significativamente inferior que a linha
basal após 12 semanas de suplementação. A suplementação
prolongada por 12 semanas com 24 mg/dia de uma mistura de
carotenóides aportando quantidades similares de beta-caroteno,
luteína e licopeno melhora o eritema induzido por UV em humanos.
A maior eficácia da mistura pode ser conseqüência das diferentes
absorções de comprimentos de onda das vários substâncias,
resultando num maior potencial para uma ampla gama de
comprimentos de onda. Em outro estudo, o mesmo grupo de
pesquisa demonstrou que a suplementação com tomate, uma fonte
natural de licopeno, e outros carotenóides (Figura 1) também
protegem contra eritema dérmico induzido por UV em humanos.42

Mecanismo de ação
a. Atividade antioxidante

O estresse oxidativo é reconhecido como um dos maiores


responsáveis para o aumento do risco de doenças cardiovasculares
e câncer. Dentre os carotenóides mais comuns, o licopeno
apresenta a mais potente atividade antioxidante demonstrada em
estudos experimentais in vitro1. De acordo com esse estudo, a
potência antioxidante dos carotenóides pode ser classificada em:
licopeno tem potência maior que a de alfa-tocoferol que, por sua
vez, é maior do que a de alfa-caroteno, sendo essa maior do que a
de beta-criptoxantina, que supera a de zeaxantina, maior do que a
do beta-caroteno, que supera a da luteína. Misturas de carotenóides
foram mais efetivas que compostos isolados.19 Este efeito foi mais
pronunciado quando licopeno ou luteína estavam presentes. O
potencial preventivo superior de misturas pode estar relacionada
com o posicionamento específico dos diferentes carotenóides nas
membranas celulares.

Diversos estudos sobre o consumo do tomate demonstraram


propriedades antioxidantes em humanos. Por exemplo,
recentemente foi constatado que o consumo diário de produtos do
tomate, contendo 15 mg de licopeno, aliado a outros fitonutrientes
do mesmo, aumentaram significativamente a proteção às
lipoproteínas do estresse oxidativo ex vivo43. Estes resultados
indicam que o licopeno absorvido de produtos de tomate atua como
antioxidante in vivo.

b. Inibição da proliferação celular neoplásica (ciclo


celular)

Licopeno tem demonstrado inibição da proliferação de diversos


tipos de células cancerosas, incluindo as de mama, próstata,
pulmão, e endométrio. O efeito inibitório do licopeno no crescimento
celular de câncer de mama e próstata não foi acompanhado de
morte celular apoptótica (programada) ou necrótica (resultante de
injúria ou doença), mecanismo relacionado à ação de certas drogas,
mas não a micronutrientes freqüentemente consumidos na dieta
humana. Este efeito foi acompanhado de inibição na progressão do
ciclo celular da fase GO/G1 a fase S, medida por citometria de
fluxo3. A inibição da proliferação celular está relacionada com a
redução nos níveis de proteína ciclina D1, que é um regulador
chave neste processo. Está bem documentado que fatores de
crescimento afetam o aparato do ciclo celular (primariamente
durante a fase G1) e as ciclinas tipo-D 44 são os principais
componentes que atuam como sensores dos fatores de
crescimento. Ademais, a ciclina D1 é conhecida por agir como um
oncogene (um gene que desregulado transforma células normais
em cancerosas) e tem sido encontrada excessivamente expressada
em muitas linhagens de células de câncer de mama bem como em
tumores primários45. Portanto, a redução no nível de ciclina D1 na
célula pelo licopeno fornece uma explicação para o mecanismo da
atividade anticâncer do carotenóide.

c. Interferência com a estimulação de fatores de


crescimento da proliferação de células cancerosas

A estimulação do crescimento de células mamárias cancerosas pelo


fator de crescimento 1 (IGF-1), semelhante à insulina, foi
marcadamente reduzida por concentrações fisiológicas de licopeno
em estudos experimentais in vitro.2, 46 A importância deste achado
para a prevenção do câncer está relacionada a achados
epidemiológicos independentes que relacionam a elevação de
níveis de IGF-1 ao aumento do risco de câncer de mama e próstata
durante a vida.47, 48 Considerando a afirmação de que o licopeno
interfere com a IGF-1 e a estimulação do crescimento celular
tumoral, confirmada em estudos clínicos, tem-se um motivo racional
para recomendar o aumento da ingesta de licopeno, especialmente
via produtos alimentícios derivados do tomate, para prevenção do
câncer.

d. Prevenção do câncer por indução de enzimas da


fase II

A indução de enzimas da fase II, que conjugam eletrófilos reativos


(substâncias químicas que têm afinidade por elétrons ou tendem a
aceitar elétrons de outras) e agem como antioxidantes indiretos,
parece ser uma forma efetiva de obter proteção contra diversos
carcinogênicos em animais e humanos. Em Bhuvaneswari et al.49,
associou-se o efeito quimio-preventivo (preventivo do câncer) do
licopeno na incidência de tumores na cavidade oral induzidos por
DMBA (bochecha, boca) com um simultâneo aumento no nível de
glutation reduzido, enzimas do ciclo redutor do glutation e glutation
S-transferase (GST) na mucosa bucal. (Nota: DMBA é um 9,10-
dimetilbenz-a-antraceno, um potente composto carcinogênico).
Estes resultados sugerem que o aumento nos níveis de GSH e da
enzima GST da fase II induzido pelo licopeno inativa carcinogênicos
por formar conjugados (substâncias químicas formadas por dois ou
mais componentes), produtos que são menos tóxicos e rapidamente
excretados.

e. Regulação da transcrição

Transcrição é o processo pelo qual a informação genética é


carreada da molécula do DNA por meio do RNA que atua como
mensageiro. Essa via bioquímica leva a formação de novas
proteínas pelo processo chamado de translação. Como discutido
acima, o licopeno modula os mecanismos básicos de proliferação
celular, de sinalização de fatores de crescimento e da comunicação
intercelular juncional50. Adicionalmente, o licopeno produz
modificações na expressão de muitas proteínas que participam
desses processos, por exemplo, conexinas, ciclinas e enzimas da
fase II. Entretanto, aparece a seguinte interrogação: "Por quais
mecanismos o licopeno interfere com tantas e diversas vias
bioquímicas celulares?" As modificações na expressão de múltiplas
proteínas sugerem que o efeito inicial do licopeno envolve a
modulação da transcrição. Este processo é revisado por Sharoni et
al. em recente publicação51. Provavelmente, devido à interação das
moléculas de carotenóides ou de seus derivados com os fatores de
transcrição (e.g., com receptores nucleares ativadores de ligação52)
ou modificação indireta da atividade transcricional (e.g., via
modificações no padrão celular redox, que afeta os sistemas redox-
sensíveis de transcrição53).

Segurança do licopeno

O perfil de segurança tem atraído muita atenção após a publicação


de ensaios com suplementação de beta-caroteno, que mostraram
resultados negativos. É interessante que o aumento no risco de
câncer de pulmão nesses estudos foi relacionado a um aumento de
12 a 16 vezes nos níveis plasmáticos de beta-caroteno devido à
suplementação (estudos de CARET e ATBC, respectivamente54).
Nestes estudos, os níveis de beta-caroteno plasmáticos
aumentaram de 0.32 µM, antes da suplementação, para 3.9 e 5.9
µM, respectivamente. (Nota: Um microMolar [µM] denota uma
concentração de 1 x 10-6 peso do grama de soluto por litro de
solução.) Num terceiro estudo, que não mostrou efeito da
suplementação com beta-caroteno (Physicians Health Study),54 foi
encontrado somente um aumento de cinco vezes no nível sérico de
carotenóide. Curiosamente, um único estudo com resultados
positivos após a suplementação com beta-caroteno foi realizado em
Linxian, uma comunidade chinesa com níveis de carotenóides muito
baixos (0.11 µM) antes da intervenção54. Apesar da suplementação
ter causado um aumento de 11 vezes no nível de beta-caroteno, a
concentração final encontrada foi relativamente baixa: 1.5 mM.
Todos esses estudos utilizaram beta-caroteno sintético. Portanto,
manter os níveis plasmáticos de carotenóides na faixa superior dos
níveis fisiológicos, mas não acima, pode ser um indicador seguro. É
interessante que, ao rever vários estudos que mediram níveis
séricos de beta-caroteno e licopeno após suplementação, os níveis
séricos de beta-caroteno aparecem significativamente mais
elevados que os encontrados para o licopeno. Os níveis séricos
encontrados para beta-caroteno estão em torno de 3 mM e podem
exceder 5 mM após suplementação. Por outro lado, níveis de
licopeno acima de 1.2 mM são raramente vistos, mesmo após
utilização por longo prazo. Além do mais, o nível sérico de licopeno
encontrado não foi diretamente relacionado ao aumento de
carotenóide suplementado. Por exemplo, suplementação tão alta
como 75 mg/dia não elevou os níveis séricos de licopeno mais que
1 mM.55, 56 Concluindo, por algum mecanismo desconhecido, os
níveis plasmáticos de licopeno após a suplementação permanecem
relativamente baixos, o que pode constituir uma válvula de
segurança.

Diversos estudos de segurança com preparações sintéticas de


licopeno foram realizados em ratos e coelhos. Os resultados destes
estudos demonstraram a ausência de qualquer efeito tóxico
significativo dos materiais testados nos animais57-59. Entretanto, o
Comitê Científico de Alimentos da Comissão Européia julgou essas
preparações sintéticas inaceitáveis para uso alimentar devido a sua
alta sensibilidade ao oxigênio e a luz, que formam produtos de
degradação com atividade mutagênica60. Uma ampla revisão da
segurança por um grupo independente de toxicologistas resultou
numa GRAS (generally recognized as safe), auto-afirmação para
Lyc-O-Mato® (LycoRed, Beer-Sheva, Israel), uma mistura de extrato
de tomate que tem sido objeto de vários dos estudos que têm
avaliado os efeitos dos produtos deste fruto em forma de
suplemento dietético numa variedade de parâmetros patológicos.61

Conclusões
A pesquisa científica atual tem demonstrado uma gama de
benefícios à saúde claramente associados aos produtos do tomate
na dieta. A avaliação da sinergia entre carotenóides tem
demonstrado que nem licopeno sintético nem isolado do tomate
atuam como uma "bala mágica". Eficácia e segurança estão
intimamente relacionadas ao tomate inteiro. Os benefícios à saúde
são derivados da adição de produtos do tomate à dieta,
particularmente produtos do tomate cozidos e contendo óleo, ou de
suplementos de extratos de tomate em suspensão oleosa. O óleo
natural do tomate aumenta a biodisponibilidade dos seus
fitonutrientes. Para um benefício máximo, usuários de suplementos
dietéticos que optaram por uma nova abordagem nutricional devem
considerar produtos contendo um extrato de tomate padronizado
que forneça os diversos fitonutrientes ativos do tomate.

Joseph Levy, PhD e Yoav Sharoni, PhD são professores do


Departmento de Bioquímica Clínica, Faculdade de Ciências da
Saúde, Universidade Ben-Gurion do Centro Médico Negev e
Soroka de Kupat Holim, Beer-Sheva, Israel.

Tradução: Roberto Boorhem

Referências

1. Di Mascio P, Kaiser S, Sies H. Lycopene as the most efficient biological


carotenoid singlet oxygen quencher. Arch Biochem Biophys.
1989;274(2):532-538.
2. Levy J, Bosin E, Feldman B, et al. Lycopene is a more potent inhibitor of
human cancer cell proliferation than either a-carotene or b-carotene.
Nutr Cancer. 1995;24:257-267.
3. Nahum A, Hirsch K, Danilenko M, et al. Lycopene inhibition of cell cycle
progression in breast and endometrial cancer cells is associated with
reduction in cyclin D levels and retention of p27(Kip1) in the cyclin E-
cdk2 complexes. Oncogene. 2001;20(26):3428-3436.
4. Zhang LX, Cooney RV, Bertram JS. Carotenoids up-regulate connexin-
43 gene expression independent of their provitamin-A or antioxidant
properties. Cancer Res. 1992;52(20):5707-5712.
5. Ben-Dor A, Nahum A, Danilenko M, et al. Effects of acyclo-retinoic acid
and lycopene on activation of the retinoic acid receptor and proliferation
of mammary cancer cells. Arch Biochem Biophys. 2001;391(1):295–302.
6. Wang XD, Liu C, Bronson RT, Smith DE, Krinsky NI, Russell M. Retinoid
signaling and activator protein-1 expression in ferrets given beta-
carotene supplements and exposed to tobacco smoke. J Natl Cancer
Inst. 1999;91(1):60-66.
7. USDA. 1998. USDA-NCI Carotenoid Database for U.S. Foods. Nutrient
Data Lab., Agric. Res. Service, U.S. Dept. of Agriculture, Beltsville
Human Nutrition Research Center, Riverdale, MD.
8. Nguyen ML, Schwartz SJ. Lycopene stability during food processing.
Proc Soc Exp Biol Med. Jun 1998;218(2):101-105.
9. Hadley CW, Miller EC, Schwartz SJ, Clinton SK. Tomatoes, lycopene,
and prostate cancer: progress and promise. Exp Biol Med (Maywood).
Nov 2002;227(10):869-880.
10. Mangels AR, Holden JM, Beecher GR, Forman MR, Lanza E. Carotenoid
content of fruits and vegetables: an evaluation of analytic data. J. Am.
Diet Assoc. 1993;93:284-296.
11. Bohm V, Bitsch R. Intestinal absorption of lycopene from different
matrices and interactions to other carotenoids, the lipid status, and the
antioxidant capacity of human plasma. Eur J Nutr. Jun 1999;38(3):118-
125.
12. Fuhrman B, Ben-Yaish L, Attias J, Hayek T, Aviram M. Tomato lycopene
and beta-carotene inhibit low density lipoprotein oxidation and this effect
depends on lipoprotein vitamin E content. Nutr Metab Cardiovasc Dis.
1997;7:433-443.
13. Fuhrman B, Elis A, Aviram M. Hypocholesterolemic effect of lycopene
and beta-carotene is related to suppression of cholesterol synthesis and
augmentation of LDL receptor activity in macrophages. Biochem Biophys
Res Commun. 1997;233(3):658-662.
14. Khachik F, Carvalho L, Bernstein PS, Muir GJ, Zhao DY, Katz NB.
Chemistry, distribution, and metabolism of tomato carotenoids and their
impact on human health. Exp Biol Med (Maywood). Nov
2002;227(10):845-851.
15. Walfisch Y, Walfisch S, Agbaria R, Levy J, Sharoni Y. Lycopene in
serum, skin and adipose tissues after tomato-oleoresin supplementation
in patients undergoing haemorrhoidectomy or peri-anal fistulotomy. Br J
Nutr. Oct 2003;90(4):759-766.
16. Stahl W, Sies H. Uptake of lycopene and its geometrical isomers is
greater from heat-processed than from unprocessed tomato juice in
humans. J Nutr. 1992;122(11):2161-2166.
17. Amir H, Karas M, Giat J, et al. Lycopene and 1,25-dihydroxyvitamin-D3
cooperate in the inhibition of cell cycle progression and induction of
differentiation in HL-60 leukemic cells. Nutr Cancer. 1999;33:105-112.
18. Pastori M, Pfander H, Boscoboinik D, Azzi A. Lycopene in association
with alpha-tocopherol inhibits at physiological concentrations proliferation
of prostate carcinoma cells. Biochem Biophys Res Commun.
1998;250(3):582-585.
19. Stahl W, Junghans A, deBoer B, Driomina ES, Briviba K, Sies H.
Carotenoid mixtures protect multilamellar liposomes against oxidative
damage: synergistic effects of lycopene and lutein. FEBS Lett.
1998;427(2):305-308.
20. Boileau TW, Liao Z, Kim S, Lemeshow S, Erdman JW Jr, Clinton SK.
Prostate carcinogenesis in N-methyl-N-nitrosourea (NMU)-testosterone-
treated rats fed tomato powder, lycopene, or energy-restricted diets. J
Natl Cancer Inst. Nov 5 2003;95(21):1578-1586.
21. Gann PH, Khachik F. Tomatoes or lycopene versus prostate cancer: is
evolution anti-reductionist? J Natl Cancer Inst. Nov 5 2003;95(21):1563-
1565.
22. Giovannucci E. Tomatoes, tomato-based products, lycopene, and
cancer: review of the epidemiologic literature. J Natl Cancer Inst.
1999;91:317-331.
23. Etminan M, Takkouche B, Caamano-Isorna F. The role of tomato
products and lycopene in the prevention of prostate cancer: a meta-
analysis of observational studies. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev.
Mar 2004;13(3):340-345.
24. Giovannucci E, Ascherio A, Rimm EB, Stampfer MJ, Colditz GA, Willett
WC. Intake of carotenoids and retinol in relation to risk of prostate
cancer. J Natl Canc Inst. 1995;87:1767-1776.
25. Freeman VL, Meydani M, Yong S, et al. Prostatic levels of tocopherols,
carotenoids, and retinol in relation to plasma levels and self-reported
usual dietary intake. Am J Epidemiol. Jan 15 2000;151(2):109-118.
26. Grant WB. An ecologic study of dietary links to prostate cancer. Altern
Med Rev. 1999;4(3):162-169.
27. Tsubono Y, Tsugane S, Gey KF. Plasma antioxidant vitamins and
carotenoids in five Japanese populations with varied mortality from
gastric cancer. Nutr Cancer. 1999;34(1):56-61.
28. La Vecchia C. Tomatoes, lycopene intake, and digestive tract and female
hormone-related neoplasms. Exp Biol Med (Maywood). Nov
2002;227(10):860-863.
29. Chen L, Stacewicz-Sapuntzakis M, Duncan C, et al. Oxidative DNA
damage in prostate cancer patients consuming tomato sauce-based
entrees as a whole-food intervention. J Natl Cancer Inst.
2001;93(24):1872-1879.
30. Kucuk O, Sarkar FH, Sakr W, et al. Phase II randomized clinical trial of
lycopene supplementation before radical prostatectomy. Cancer
Epidemiol Biomarkers Prev. 2001;10(8):861-868.
31. Ronco A, De Stefani E, Boffetta P, Deneo-Pellegrini H, Mendilaharsu M,
Leborgne F. Vegetables, fruits, and related nutrients and risk of breast
cancer: a case-control study in Uruguay. Nutr Cancer. 1999;35(2):111-
119.
32. Hulten K, Van Kappel AL, Winkvist A, et al. Carotenoids, alpha-
tocopherols, and retinol in plasma and breast cancer risk in northern
Sweden. Cancer Causes Control. Aug 2001;12(6):529-537.
33. Kohlmeier L, Kark JD, GomezGracia E, et al. Lycopene and myocardial
infarction risk in the EURAMIC Study. Am J Epidemiol. 1997;146:618-
626.
34. Klipstein-Grobusch K, Launer LJ, Geleijnse JM, Boeing H, Hofman A,
Witteman JC. Serum carotenoids and atherosclerosis. The Rotterdam
Study. Atherosclerosis. 2000;148(1):49-56.
35. Rissanen TH, Voutilainen S, Nyyssonen K, et al. Low serum lycopene
concentration is associated with an excess incidence of acute coronary
events and stroke: the Kuopio Ischaemic Heart Disease Risk Factor
Study. Br J Nutr. 2001;85(6):749-754.
36. Rissanen TH, Voutilainen S, Nyyssonen K, Salonen R, Kaplan GA,
Salonen JT. Serum lycopene concentrations and carotid atherosclerosis:
the Kuopio Ischaemic Heart Disease Risk Factor Study. Am J Clin Nutr.
Jan 2003;77(1):133-138.
37. Kristenson M, Zieden B, Kucinskiene Z, et al. Antioxidant state and
mortality from coronary heart disease in Lithuanian and Swedish men:
concomitant cross sectional study of men aged 50. BMJ.
1997;314(7081):629-633.
38. Sesso HD, Buring JE, Norkus EP, Gaziano JM. Plasma lycopene, other
carotenoids, and retinol and the risk of cardiovascular disease in women.
Am J Clin Nutr. Jan 2004;79(1):47-53.
39. Sesso HD, Liu S, Gaziano JM, Buring JE. Dietary lycopene, tomato-
based food products and cardiovascular disease in women. J Nutr. Jul
2003;133(7):2336-2341.
40. Heinrich U, Gartner C, Wiebusch M, et al. Supplementation with beta-
carotene or a similar amount of mixed carotenoids protects humans from
UV-induced erythema. J Nutr. Jan 2003;133(1):98-101.
41. Ribaya Mercado JD, Garmyn M, Gilchrest BA, Russell RM. Skin
lycopene is destroyed preferentially over beta-carotene during ultraviolet
irradiation in humans. J Nutr. 1995;125(7):1854-1859.
42. Stahl W, Heinrich U, Wiseman S, Eichler O, Sies H, Tronnier H. Dietary
tomato paste protects against ultraviolet light-induced erythema in
humans. J Nutr. May 2001;131(5):1449-1451.
43. Hadley CW, Clinton SK, Schwartz SJ. The consumption of processed
tomato products enhances plasma lycopene concentrations in
association with a reduced lipoprotein sensitivity to oxidative damage. J
Nutr. Mar 2003;133(3):727-732.
44. Sherr CJ. D-type cyclins. Trends Biochem Sci. 1995;20(5):187-190.
45. Buckley MF, Sweeney KJ, Hamilton JA, et al. Expression and
amplification of cyclin genes in human breast cancer. Oncogene.
1993;8(8):2127-2133.
46. Karas M, Amir H, Fishman D, et al. Lycopene interferes with cell cycle
progression and insulin-like growth factor I signaling in mammary cancer
cells. Nutr Cancer. 2000;36:101-111.
47. Chan JM, Stampfer MJ, Giovannucci E, et al. Plasma insulin-like growth
factor-I and prostate cancer risk: A prospective study. Science.
1998;279:563-566.
48. Hankinson SE, Willett WC, Colditz GA, et al. Circulating concentrations
of insulin-like growth factor I and risk of breast cancer. Lancet.
1998;351:1393-1396.
49. Bhuvaneswari V, Velmurugan B, Balasenthil S, Ramachandran CR,
Nagini S. Chemopreventive efficacy of lycopene on 7,12-
dimethylbenz[a]anthracene-induced hamster buccal pouch
carcinogenesis. Fitoterapia. Dec 2001;72(8):865-874.
50. Aust O, Ale-Agha N, Zhang L, Wollersen H, Sies H, Stahl W. Lycopene
Oxidation Product Enhances Gap Junctional Communication. Food
Chem Toxicol. 2003;41(10):1399-1407.
51. Sharoni Y, Danilenko M, Dubi N, Ben-Dor A, Levy J. Carotenoids and
transcription. Arch. Biochem. Biophys. 2004;In press.
52. Stahl W, von Laar J, Martin HD, Emmerich T, Sies H. Stimulation of gap
junctional communication: comparison of acyclo- retinoic acid and
lycopene. Arch Biochem Biophys. 2000;373(1):271-274.
53. Levy J, Ben-Dor A, Dubi N, Danilenko M, Zick A, Sharoni Y. Carotenoids
activate the antioxidant response element (are) transcription system.
AACR Annual Meeting. 2004:Abstract 4035.
54. IARC Handbook of Cancer prevention. Vol 2 Carotenoids; 1998.
55. Agarwal S, Rao AV. Tomato lycopene and low density lipoprotein
oxidation: a human dietary intervention study. Lipids . 1998;33(10):981-
984.
56. Paetau I, Khachik F, Brown ED, et al. Chronic ingestion of lycopene-rich
tomato juice or lycopene supplements significantly increases plasma
concentrations of lycopene and related tomato carotenoids in humans.
Am J Clin Nutr. Dec 1998;68(6):1187-1195.
57. Mellert W, Deckardt K, Gembardt C, Schulte S, Van Ravenzwaay B,
Slesinski R. Thirteen-week oral toxicity study of synthetic lycopene
products in rats. Food Chem Toxicol. Nov 2002;40(11):1581-1588.
58. Christian MS, Schulte S, Hellwig J. Developmental (embryo-fetal
toxicity/teratogenicity) toxicity studies of synthetic crystalline lycopene in
rats and rabbits. Food Chem Toxicol. Jun 2003;41(6):773-783.
59. Jonker D, Kuper CF, Fraile N, Estrella A, Rodriguez Otero C. Ninety-day
oral toxicity study of lycopene from Blakeslea trispora in rats. Regul
Toxicol Pharmacol. Jun 2003;37(3):396-406.
60. European C. Opinion on synthetic lycopene as a colouring matter for use
in foodstuffs. Annex V to the minutes of the 119th plenary meeting of the
European Scientific committee on food. 1999.
61. Burdock Group. Opinion of an Expert Panel on the Generally
Recognized as Safe (GRAS) status of Lyc-O-Mato ® oleoresin 6% as a
food ingredient. The Burdock Group, May 31, 2003.

Fonte:
http://www.ibpm.org.br/atualizacaoclinica.shtml
Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais

Potrebbero piacerti anche