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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO

BIB01177 - ORGANIZAÇÃO DA BIBLIOTECA I

Estes textos foram elaborados para a disciplina Organização da


Biblioteca I, no segundo semestre letivo de 1999, com a finalidade
de expandir os conhecimentos dos alunos no que diz respeito à
administração do espaço físico de uma biblioteca. Os estudos foram
coordenados pela professora Jussara Pereira Santos.

Acústica
por André Costa, Andréia Zigler e Fernanda Rollo

Cores Para Bibliotecas


por Gabriela Souto, Rosimere Marx e Zilmar Pedreira

Mobiliário e Equipamentos de Uma Biblioteca


por Grazieli Pozo, Márcia Milani e Sabrina Araujo

Padrões de Espaço
por Elizabeth Wehrplotz, Helena Candido e Leonardo Bono

Pisos e Revestimentos
por Alexandre Trindade, Cleber Alba Comandulli e Luciana Zottis

Planejamento de Bibliotecas em Relação ao Peso


por Andréa Lemos e Rosilei Paixão

Preservação do Acervo
por Eliane Scheffer e Jovita Garcia

Segurança da Biblioteca
por Marcos Paulo Anselmo e Luciano Chiarello

Sinalização
por Deisi Hauenstein, Luciane Santini e Mara Kuse

Sistemas de Comunicação Externo e Interno


por Gabriela Sánchez Núñez e Patrícia Wallau

Ventilação, Umidade e Temperatura


por Ana Guimarães Pereira, Luciane Berto e Rosinaura Barros
SITE ELABORADO EM 07 DE NOVEMBRO DE 1999 (Designer: mjsterjo)

ACÚSTICA

André Costa (0318/93-9)


Andréia Ziegler (0348/93-0)
Fernanda Rollo (1268/97-2)

A acústica ocupa lugar de destaque no planejamento de uma biblioteca.

A maioria das bibliotecas não são planejadas, sendo colocadas em locais


inadequados. Geralmente, ocupam o lugar que "sobra" na instituição as
quais pertencem. Não são construídas com materiais apropriados para
neutralizar os efeitos acústicos.

Dentro de uma biblioteca o nível de ruído aceitável, segundo a norma


brasileira NB - 95 é de 42 dB (decibels).Esta norma tem por objetivo
estabelecer os níveis de ruídos aceitáveis em ambientes internos onde se
realizem atividades de comércio, indústria, arte, ensino, esporte e outros.
Para os efeitos desta norma, o nível de ruído aceitável é o valor máximo do
nível de som, sendo este medido em decibels, que permite o mínimo de
conforto à maioria dos ocupantes de um determinado ambiente.

Devemos considerar que existem dois tipos de usuários: os sensíveis ao ruído


e os dependentes do mesmo.

Mediante estas informações, o bibliotecário deve tomar medidas práticas


para corrigir as falhas existentes, tais como:

 adaptar cabines de estudo individual;


 criar áreas de silêncio com devido isolamento acústico;
 uso de carpete e/ou pisos sintéticos para abafar o barulho dos passos;
 colocação de telefones e máquinas de escrever em cabines;
 posicionamento das mesas/balcões de trabalho distantes das áreas de
silêncio;
 evitar a interferência de barulhos, como casas de máquinas,
subestações elétricas, elevadores, ar condicionado, etc;
 colocar cartazes convidando ao silêncio.

A seguir temos algumas definições:

Tratamento acústico: compreende o isolamento acústico e o


condicionamento acústico.
Isolamento acústico: compreende a proteção contra ruídos ou sons aéreos
e ruídos ou sons de impacto.

Condicionamento acústico: procura garantir boa distribuição de som em


um recinto.

Ruído: mistura de sons cuja freqüência não segue nenhuma lei precisa.

Ruído aéreo: ruído ou som produzido e transmitido através do ar. Ex.: voz.

Ruído de impacto: ruído ou som produzido por percussão sobre um corpo


sólido transmitido através do ar. Ex. : ruído de passos.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 CARVALHO, Benjamin de. Acústica Aplicada à Arquitetura. Rio de


Janeiro, Freitas Bastos, 1967. 100 p.

2 DE MARCO, Conrado Silva. Elementos de Acústica Arquitetônica. 2 ed.


São Paulo, Nobel, 1986. 129 p.

3 INSTITUTO BRASIELIRO DE ACÚSTICA. Acústica Arquitetônica. São Paulo,


IBA, 1962. 66 p.

4 INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Tecnologia de Edificações.


São Paulo, Pini, 1988. 708 p.

5 VIANNA, Nelson Solano. Normas Estabelecendo Requisitos Mínimos de


Habitabilidade nas Habitações de Interesse Social. [s.l., s.n., 1993?]
Disponível na Biblioteca da Escola de Arquitetura UFRGS.

CORES PARA BIBLIOTECAS

Gabriela Souto (1233/95-0)


Rosimere Marx (3121/96-6)
Zilmar Pedreira (2974/96-2)
A cor é o resultado do reflexo da luz que não é absorvida por um pigmento.
Reagimos às cores segundo nossa sensibilidade, e as percebemos somente
na presença de luz.

As células responsáveis pela visão das cores são os cones: uns são sensíveis
ao azul, outros ao vermelho e outros ao verde. A estimulação combinada
desses três grupos de cones é a capaz de produzir toda a extensa gama de
cores que o ser humano pode visualizar. A ausência de qualquer um desses
tipos resulta no daltonismo, que é a cegueira de determinada cor.

Classificação das cores:

Cores Primárias: são as cores puras. É a partir delas que as outras cores são
formadas;

Cores Secundárias: são as cores obtidas a partir da combinação de duas


primárias, duas a duas, em proporções iguais;

Cores Terciárias: são as cores obtidas a partir da mistura de duas primárias


em proporções diferentes, ou quando são misturadas três primárias;

Cores Complementares: são as cores que, quando misturadas, criam o


branco;

Cores Quentes: tendem para o amarelo e os tons avermelhados. Estimulam a


circulação do observador por causarem um ligeiro aumento na temperatura
corporal;

Cores Frias: tendem para o azul e o verde. Diminuem a circulação do


observador por causarem uma ligeira queda na temperatura corporal;

Cores Análogas: são as cores parecidas com as cores que as originaram.

Deve-se utilizar em bibliotecas cores que transmitam a sensação de


amplitude, além de bem-estar, calma, tranqüilidade e conforto aos seus
usuários. As cores mais claras, como o branco, são melhores apropriadas a
este tipo de ambiente por refletirem melhor a luz. Além disso, devem ser
agradáveis à retina. As bibliotecas, em especial que tem grande movimento,
devem ser pintadas periodicamente a fim de rejuvenescer o ambiente. As
cores quentes não são recomendáveis por excitarem o sistema nervoso,
dificultando, dessa forma, a concentração para a leitura e execução de
tarefas e de pesquisas. Tons verdes e azulados e as cores amarelo pálido e
creme podem ser utilizados nas paredes de toda a biblioteca e nas salas de
leitura; essas jamais devem ser pintadas tanto em cores escuras ou quentes
para não cansarem os olhos. O balcão de atendimento pode ser bege, rosa-
claro e laranja. Os móveis são melhor visualizados em cores claras. Ao teto
cai bem as cores claras e brancas para favorecer a iluminação do ambiente,
assim como na entrada principal da biblioteca. O piso deve ter tons escuros.

As cores têm maiores índices de visibilidade nas seguintes combinações:

Preto sobre amarelo;

Amarelo sobre preto;

Preto sobre branco;

Branco sobre vermelho;

Branco sobre preto;

Branco sobre azul cromático;

Azul sobre branco;

Vermelho sobre branco;

Verde sobre branco;

Vermelho sobre amarelo.

As cores influem diretamente na nossa vida. No entanto, algumas pessoas


devem evitar o uso de determinadas cores:

Vermelho: hipertensos, pessoas de tez avermelhada, ruivas, temperamento


colérico;

Rosa: pessoas com temperamento infantil;

Laranja: pessoas com excesso de auto-confiança;

Amarelo: febre, inflamação aguda;

Azul: pessoas depressivas e sonolentas;

Índigo: pessoas introspectivas, sonhadoras;

Violeta: pessoas com dificuldade de raciocínio.

Bibliografia Recomendada:
1 CHOSTAKOVIS, Eduardo. Teoria da Cor. [on line] disponível na Internet
via WWW. URL: http://sites.uol.com.br/chost. Capturado em 20 de nov. de
1999.

2 DON, F. Conheça a Cor do seu Futuro. Rio de Janeiro, Record, 1977.

3 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. São


Paulo, Edgar Blücher, 1982.

4 GOLDMAN, S. Psicodinâmica das Cores. São Paulo, Pensamento, 1964.


V.2.

5 MUNARI, B. Design e Comunicação Social. São Paulo, Martins Fontes,


1986.

6 ROUSSEAU, René-Lucien. A Linguagem das Cores. São Paulo,


Pensamento, [19--].

7 SOUZA, Ruth Villela Alves de. Biblioteca Escolar: instruções para


organização e funcionamento de bibliotecas em estabelecimentos de
ensino secundário. Rio de janeiro, Ministério da Educação e Cultura, 1960.
79p.

8 Teoria da Cor. [on line] disponível na Internet via www. URL:


http://www.eletronica.com/arte/cor. Arquivo capturado em 20 de nov. de
1999.

MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS DE UMA BIBLIOTECA

Grazieli Pozo (1472/97-3)


Márcia Milani (3493/97-7)
Sabrina Araujo (3529/97-1)

O mobiliário deve ser sólido e de manutenção fácil. Existem alguns aspectos


a serem considerados no layout de uma biblioteca:

Mobiliário:

• balcões de atendimento
O tamanho dos balcões depende do porte da biblioteca e sua forma pode ser
em "L" ou "U", para que se tenha uma melhor visão do ambiente e dos
usuários.

• cadeiras

Como as pessoas diferem em tamanho, a biblioteca deve adquirir vários


tamanhos de cadeiras para atingir diferentes propósitos. Pelo menos, três
tipos de cadeiras devem constar no mobiliário, tais como: a) cadeiras de
leitura para uso em mesa, algumas com e algumas sem braços laterais; b)
cadeiras para períodos curtos de leituras, onde o leitor não precisa fazer
anotações; c) cadeiras de descanso para longos períodos de tempo em
leituras mais concentradas. De preferência as cadeiras devem ser leves,
fáceis de deslocar, de fácil conservação e confortáveis.

• estantes

As estantes de livros devem ser móveis e mutáveis, com altura máxima para
adultos de 2,05m e para crianças e adolescentes, de 1,70m. Além dos livros,
os periódicos e os documentos de grande formato também têm estantes
específicas. As estantes de aço são as mais recomendadas, pois as de
madeira atraem insetos como os cupins.

As estantes para periódicos devem ter intercaladas prateleiras oblíquas mais


ou menos inclinadas, que mostre a capa do periódico. Obras de grande
formato, como atla,s devem estar localizadas em estantes apropriadas com 5
bandejas (80 lar. x 72 prof. x 115 cm altura), que possam ficar colocadas na
posição horizontal e serem consultadas no plano superior, que é inclinado e
tem retentor na parte frontal..

• fichários

Devido a adoção de fichas normalizadas de 7,5 cm x 12,5 cm, é importante


que tenham essas características dimensionais.

Comprimento das gavetas: 35 cm a 42 cm; largura das gavetas: 12,8 cm a


13 cm; altura das gavetas: 9 cm; altura das bordas laterais: 4 cm, altura das
bases: 60 cm.

• mesas

As mesas circulares (120cm x 73,5cm, em madeira ou laminado) são usadas,


geralmente por grupos de usuários (geralmente 4 pessoas).

As mesas retangulares (de diversas dimensões, em madeira ou laminado)


podem ser usadas individualmente, acrescentando-se divisórias e
iluminação, e podem, também, formar mesas maiores, juntando 4, 6 ou 8
mesas.

É interessante que as mesas retangulares tenham algum suporte mais alto


do que o chão para que as crianças ou adolescentes possam descansar os
pés e ficar em uma posição mais confortável.

• móveis para apresentação e exposição de documentos

Móveis com compartimentos verticais; grades ou varetas para jornais;


mesas-vitrines; armários-vitrines.

• murais

De cortiça para divulgar os eventos e serviços da biblioteca.

• carrinhos

Embora não seja um móvel, é um acessório importante para a comodidade e


agilidade dos funcionários que guardam os documentos. Construído
inteiramente em aço.

Equipamentos:

• ar condicionado

Equipamento dotado de compressor térmico contra sobrecarga e


superaquecimento, compressor lateral com saídas lateral (diminui o nível de
ruído), timer programável, três velocidades de refrigeração e uma de
ventilação, termostato, dupla saída de ar, controle multidirecional, filtro
deslizante de ar composto de fibras de nylon, chassi deslizante e
funcionamento silencioso.

• bebedouro

Recomenda-se a instalação de bebedouro nas proximidades ou dentro da


biblioteca. Para sua instalação deve ser observado o número de pessoas,
assim como a temperatura do ambiente e a temperatura da água de entrada.

• copiadora

Recomenda-se um estudo prévio para a escolha do modelo adequado para


atender as necessidades da biblioteca.
• máquina de escrever GETI LATER 900 OLIVETTI.

Possui programas com planilha e editor de texto, imprime a jato de tinta, tem
entrada para disquete, é pequena e portátil. Valor: R$ 800,00.

• microcomputador e impressora

Equipamento de winchester com capacidade compatível com a aplicação na


biblioteca, impressora laser, estabilizador com potência e autonomia de
carga elétrica, modem para acesso a Internet, e linha telefônica.

• persianas

Vertical: em laminas de alumínio, tecido com fibras especiais ou tecido de


fibra de vidro, com trilho de alumínio e giro de 180° ;

Horizontal: em laminas de duralumínio porcelanizados em estufa, de 2,5cm


ou 3,5cm de largura e 0,03cm de espessura, base e cabeçote de alumínio
fosco, cadarços e cordões de nylon, peças internas de nylon e metal.

• telefone/fax

Sistema GTE ou similar (com quatro ou oito ramais) com ligações


simultâneas de acordo com as necessidades da biblioteca.

• televisão

Aparelho de 20" com recepção de canais VHF/UHF, controle remoto e


bivoltagem de 110/220V.

• vídeo cassete

Aparelho comum com 2 ou 4 cabeças e bivoltagem 110/220V.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

1 BLETON, Jean. O Mobiliário das Pequenas Bibliotecas Públicas.


Luanda, Universidade de Luanda, 1971.

2 COMERCIAL JOLLO. Móveis para bibliotecas. Rua dos Andradas, 932 sala
1104. Centro. Porto Alegre.

2 KRZYZANOWSKY, Rosaly Favero, et. al. Equipamentos Básicos para as


Bibliotecas da USP. São Paulo, SIBI / USP, 1989. 73 p.
PADRÕES DE ESPAÇOS EM BIBLIOTECA:
ACERVO, USUÁRIOS, FUNCIONÁRIOS

Elizabeth Wehrplotz (0975/93-6)


Helena Candido (1375/95-2)
Leonardo Bono (1942/97-3)

Os padrões para instalações em bibliotecas geralmente se referem às áreas


de armazenamento da coleção (acervo), local de trabalho (funcionários) e
local para leitura (usuários).

O planejamento da distribuição destes espaços, sempre que possível, deve


ser um trabalho cooperativo entre o bibliotecário da unidade, assessorado
pela sua equipe de trabalho e um arquiteto.

O bibliotecário deve estabelecer para o arquiteto, as funções básicas da


biblioteca, através de organogramas, fluxogramas, gráficos e diagramas,
indicando como as funções são realizadas, a percentagem de usuários
simultâneos, seus respectivos níveis etários, a forma de utilização da
biblioteca e de suas dependências, considerando as relações e integração
dos serviços e setores, demonstrando como a biblioteca organiza seu
expediente, seus serviços e pessoal para desempenhar suas funções e o
número médio de funcionários disponíveis. O conhecimento das rotinas dos
serviços possibilitará ao arquiteto a compreensão, que o orientará na
disposição das áreas, para chegar a previsão de espaços necessários,
sempre considerando os usuários, inclusive os portadores de deficiências
físicas, equipamentos e exigências ambientais.

O arquiteto deve participar de todas as etapas do processo de distribuição


dos espaços, trabalhando de forma integrada com o bibliotecário, para que o
projeto final resulte na elaboração de uma biblioteca adequada às finalidades
propostas.

Como nem sempre o bibliotecário pode contar com a presença de um


arquiteto, a primeira providencia a tomar é a localização da planta baixa da
biblioteca ou, se não conseguir a planta, providenciar, pelo menos, um
simples esboço da área, registrando, em folha de desenho, a lápis, os limites
do espaço físico ocupado pela biblioteca e a determinação, em metro
quadrado, da área que ocupa. Utilizando, de preferência, a escala 1:100 cm,
em que um centímetro no papel corresponde a um metro na área. Se houver
necessidade de mais detalhes, utilizando a escala 1:50 cm, em que um
centímetro no papel irá corresponder a 50 centímetros na área.
A seguir, desenhando dentro dos contornos da área a localização dos
serviços técnicos, do acervo e da sala de leitura já estará com um esboço de
um despretensioso layout.

De posse do desenho, o bibliotecário, observando o comportamento dos


fluxos de usuários, pessoal e material na área, poderá registrar, com lápis
vermelho, os pontos de congestionamento para posterior análise e proposta
de reformulação.

LOCALIZAÇÃO:

A localização da biblioteca é muito importante em relação aos demais


setores ou prédios da Instituição a qual pertence. As exigências a serem
tomadas se referem a:

a) centralização em relação à comunidade, a fim de facilitar o acesso


daqueles que utilizam a biblioteca, considerando também os portadores de
deficiências físicas;
b) fluxo e interrelacionamento de acesso com os demais prédios;
c) possibilidade de futuras ampliações considerando-se também o
crescimento da instituição;
d) facilidades de acesso à atividades sociais e alimentares;
e) locais longe de ruídos externos;
f) segurança para usuários, funcionários e acervo.

Fisicamente, uma biblioteca precisa de espaços para três grandes áreas de


atividades que são as seguintes:

a) espaço para funcionários;


b) espaço para acervo;
c) espaço para usuário.

ESPAÇO PARA FUNCIONÁRIOS:

Levando em consideração que a maior parte do trabalho desenvolvido em


bibliotecas é executada em mesas de escritório, o cálculo da área necessária
para o trabalho pode ser efetuado utilizando-se as dimensões de uma mesa,
uma cadeira e áreas de circulação ao redor. Supondo que a mesa meça 1,20
cm x 0,75 cm, uma cadeira sendo utilizada ocupe um espaço de 0,45 cm X
0,45 cm e a área de circulação ao redor da mesa tenha 0,60 cm X 0,45 cm.
Seria preciso 6,48 m² para acomodar um funcionário. Este cálculo básico
pode ser ajustado a condições e necessidades específicas.

A área mínima para uma pessoa em sala individual não deve ser inferior a
9,30 m² , muito embora duas pessoas possam ser acomodadas em em uma
área de 13 m² .

Salas de Processos Técnicos de Livros: neste local serão realizados os


serviços de aquisição, registro e preparo para empréstimo, bem como o
preparo para encadernação. Mobiliário e equipamento necessário: mesas
para os funcionários, estantes, fichários, microcomputador com impressora e
depósito para material de consumo.

Neste local deve ser considerado o espaço físico mínimo para funcionário,
que deve ser calculado levando-se em conta as dimensões dos móveis e a
área de circulação ao redor da seguinte forma:

- mesa 1,20 X 0,75m


- cadeira 0,45 X 0,45 m
- área de circulação 0,60 X 0,45 m
- total de espaço para acomodar um funcionário = 6,48m²

Salas de Processos Técnicos de Periódicos: deve ser localizado junto á


coleção de periódicos, com espaço para as mesas de trabalho dos
funcionários, fichários e equipamentos necessários.

Sala para Administração: deve ter escrivaninha, máquina de escrever,


estante ou balcão, mesa para reuniões. A área prevista é de 13 m².

Local para Duplicação, Recuperação e Restauração de Material


Bibliográfico: neste local é necessário uma mesa grande porque é utilizado
a guilhotina encadernadora e também é realizado o serviço de desinfecção.

Secretaria: deve ser localizada próximo à sala de da administração. Deve


ser previsto espaço para Agente Administrativo e um datilógrafo. Neste local
serão desenvolvidos os serviços de datilografia, recepção e expedição de
correspondência e material bibliográfico.

Mobiliário básico: mesas, arquivo de pastas suspensas, mesas para


datilografia, máquina de escrever, instalação telefônica.
Sanitários: a biblioteca deve possuir sanitários exclusivos para o seu
pessoal, dentro da própria área, evitando assim deslocamentos demorados.
O atendimento ao público é um serviço que requer a presença constante dos
funcionários.

ESPAÇO PARA ACERVO

Uma biblioteca é projetada tendo em vista uma projeção de crescimento de


acervo e serviços num prazo de 10 anos. A média de crescimento da coleção
em 10 anos é de 50% e o detalhe da maior importância, no planejamento das
instalações do acervo é a previsão desse crescimento.

Estantes para livros : devem ter as seguintes medidas: calcular pelo


número de livros a serem colocados, as estantes necessárias, de modo a
deixar um terço delas, mais ou menos, livres, para o desenvolvimento de
novas coleções. Os livros não devem ficar apertados nas estantes, deve
haver sempre um pequeno espaço para arejamento.

As dimensões das estantes devem ser as seguintes:

a) altura máxima: 1,80cm;


b) largura das secções: 1m;
c) profundidade: 0,20 a 0,25cm;
d) número de prateleiras: de 5 a 6 (reguláveis e removíveis);
e) espaço entre uma estante e outra: 0,76 a 1 m para facilitar a circulação
dos usuários;
f) quando necessário, os livros são mantidos na vertical, por meio de
suportes de aço: bibliocantos de aço em forma de "L" com 0,8 cm de altura e
0,10 cm de largura por 0,14 cm de comprimento.

Estantes para periódicos: aq coleção de periódicos deve ser medida em


metros lineares, considerando que uma estante de face dupla, com 10
prateleiras, armazenará nove metros lineares da coleção (armazenamento
compacto). Deve ser acrescentado ao cálculo mais 25% para alojar
comodamente a coleção atual. O cálculo de crescimento da coleção é feito
através da medição, por títulos, ao ano.

Estantes para as obras de Referência: podem ter de 1 a 1,10 cm de


altura. Como o material de referência é mais volumoso, média pode ser
colocado 18 volumes por prateleira.
Estantes de exposição de publicações: devem ter a mesma altura da
estante de referência, com vitrine apropriada para exposição.

Fichários: existe uma variedade de modelos, sendo mais recomendáveis os


que possuem seguintes características:

Largura e altura para fichas: 7,5 X 12,5 cm. Com 8 ou mais gavetas, cujas
gavetas inferiores ficam a uma altura de 50 cm do chão. Em cada gaveta
cabem aproximadamente 1000 fichas. Como o material do fichário cresce
muito, é recomendável um grande fichário do que muitos pequenos que
ocupam mais espaço na biblioteca. Calcula-se o número de fichas numa
média de 5 para cada livro. A profundidade deve ser de 45 cm.

Catálogos: para calcular a área física necessária aos catálogos considera-se


de 4 a 7 vezes a superfície ocupada pelos mesmos.

ESPACO PARA USUÁRIOS

Espaço físico mínimo necessário por leitor:


a) aluno de graduação – 2,3 m²;
b) aluno de pós-graduação – 3,2 m²;
c) professores – 3,7 m².

Mesas: o tamanho mínimo de mesa individual é de 90 cm X 60 cm. Mesas


muito compridas devem ser evitadas. O espaço que um adulto ocupa é de 80
cm, no mínimo. As mesas redondas para 6 ou 8 leitores, são caras, e ocupam
muito espaço. Entre uma mesa e outra deve haver um espaço de 1½ m mais
ou menos. As mesas mais recomendáveis são as simples, sem
ornamentação, e de cantos arredondados. A altura regulará de 80 a 85 cm.

Cadeiras: devem ser resistentes, com pés protegidos por borrachas para
evitar o barulho. O tamanho deve ser de 0,45 m X 0,45 m.

Rampas de Acesso: especial atenção deve ser dada aos usuários


deficientes físicos, prevendo rampas de acesso dentro e fora da biblioteca.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 CARVALHO, Maria Carmen Romcy de. Estabelecimento de Padrões
para Bibliotecas Universitárias. Fortaleza, Brasília, Associação dos
Bibliotcários do Distrito Federal, 1981, 72 p.

2 DOUGLAS, Mary Peacock. A Biblioteca da Escola Primária e suas


Funções. Rio de janeiro, INL, 1971, 128 p.

3 FONSECA, Edson da. Roteiro Para Organização de Bibliotecas


Universitárias. Brasília, MEC, 1967, 38 p.

4 Lisboa. MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO. Bibliotecas Escolares. [online] Lisboa,


1999. Disponível em http://desup.min-edu.pt/dapp/pubrbe/espacos.html#n3.
[Capturado em] (24 nov. de 1999.)

5 MACIEL, Alba Costa. Planejamento de Bibliotecas: o diagnóstico. 2.ed.


Niteroi, EDUFF, 1997, 81 p. il.

6 SILVA, Divina Aparecida da; ARAUJO, Iza Antunes. Auxiliar de Biblioteca:


noções fundamentais para formação profissional. 3.ed., rev. atual. Brasília,
Thesaurus, 1997, 89 p. il.

7 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Biblioteca Central.


Padrões Para Serviços Bibliotecários na UFRGS: distribuição do Espaço
Físico Para o Sistema de Biblioteca da UFRGS, Porto Alegre, 1987, 58 p.

PISOS E REVESTIMENTOS

Alexandre Trindade (0094/97-3)


Cleber Comandulli (0670/94-0)
Luciana Zottis (2930/91-8)

Quando da construção de uma biblioteca, uma consideração estrutural que


deve ser levada em consideração é a sobrecarga . É importante considerar a
probabilidade de armazenamento compacto, de alta densidades, a ser
utilizado em sua instalação, pois estes sistemas requerem uma capacidade
de suporte de carga estrutural significativamente maior. Deve-se levar em
conta que estantes e livros tem um peso muito superior a uma pessoa, e
permanece constante.
Ao escolher um piso ou revestimentos, existem seis fatores que devem ser
levados em consideração:

1. Design: levando-se em conta que alguns tipos de pisos oferecem maior


oportunidades de design do que outros, o próprio gosto do bibliotecário
afetará a escolha do material básico. Além disto, o revestimento deve ser
capaz de absorver ruídos, e não deve refletir a luz.

2. Durabilidade: uma prédio ou área que passe a ter maior demanda do que
outros, deve ter variações entre os diferentes tipos de materiais devem ser
levados em consideração.

3. Manutenção: tabelas e técnicas variadas, e o piso selecionado deve ser


capaz de manter sua boa aparência mesmo sob os níveis particulares de
manutenção que ele receberá. Quanto à higiene: Aqui você deve levar em
conta que você usará a sala e a quantidade de lixo e sujeiras que o piso
reterá. Os pisos vinílicos pertencem ao grupo que não retém sujeira, e suas
exigências de limpeza devem ser levados em consideração.

4. Segurança: Uma vez que este tipo de piso deve possuir certas
características, como ser duradouro, silencioso, limpo, seco, atóxicos e
antiderrapantes, isto tudo deve ser levado em consideração.

5. Custo: As variadas combinações de performance e aparência devem ser


levadas em consideração em relação a quantidade de dinheiro que você
possui.

• Uma boa escolha de piso é o vinílico. Este material é melhor aplicado


em forma de rolo, em vez de unidades menores, pois haverá menos
rachaduras para o acúmulo e poeira e sujeiras.

• A atmosfera de calma e quietude produzida pelo carpete parece ter um


efeito benéfico tanto em adultos quanto em crianças. Dependendo do
tipo de biblioteca, o carpete pode ser uma boa escolha. Vejamos por
exemplo uma biblioteca infantil. Podem ocorrer visitas de grupos de
crianças, e o bibliotecário ou auxiliar pode querer contar histórias, e as
crianças podem sentar no chão. Além disto, o uso de carpete transmite
uma idéia de seriedade ao lugar.

O carpete é, por vários motivos, uma escolha a ser considerada. É um dos


mais usados pelo conforto e custo. Sob alguns aspectos, é inadequado (em
termos de preservação). A durabilidade varia de acordo com o material de
que é feito, caso ele deva ser colocado, um produto sintético é preferível a
um produto de lã e servirá melhor ao controle de pragas. O carpete é
oferecido no mercado em rolos ou em placas (o que facilita sua colocação e
substituição). Devido a sua natureza, não é possível lavá-lo freqüentemente,
porém deve-se aspirá-lo seguidamente. Uma de suas vantagens é a ótima
absorção de som, luz e ruídos. Hoje se encontram carpetes anti-alérgicos,
anti-micróbios, anti-estáticos, auto-extinguíveis, e apresentam tipos
diferentes para serem aplicados em áreas de alto e médio tráfego.

Os pisos vinílicos tem a seu favor a maleabilidade, durabilidade, custo,


colorido resistente e a facilidade de manutenção. Sua limpeza é fácil. E ao
considerarmos que uma biblioteca é um local que necessita de o mínimo
ruído possível, mas com intensa atividade (pessoas caminhando de um lado
para outro, carrinhos de livros, etc...), percebe-se a necessidade de um
material resistente. Existem vários tipos destacando-se:

• piso Paviflex: o mais conhecido e utilizado, com muitas cores,


duradouro e resistente ao fogo. Porém, mancha com facilidade e tem
média absorção acústica;
• piso Decorflex: mais macio que o Paviflex e com conforto térmico,
porém mais caro e não resistente ao fogo;
• piso Vulcapiso: semelhante ao Paviflex mas resiste menos ao cigarro
(no entanto, em bibliotecas é proibido fumar).

Os pisos de madeira (parquet, taboão, laminado de madeira ou fórmica),


tem a inconveniência de necessitarem um constante tratamento (cera,
aspirador, vassoura), além de não absorverem bem os ruídos e serem,
algumas vezes, os próprios produtores destes ruídos. Outro grande problema
dos pisos de madeira é a sua sensibilidade à umidade e a deterioração fácil,
por fungos, bactérias ou insetos (cupins, formigas e carunchos). É necessário
que o local tenha boa ventilação, pouca umidade e o piso deve ficar longe do
contato com o solo. A água deve ser evitada na limpeza, sendo necessário o
uso de um impermeabilizante. O parquet, quando utilizado constantemente,
tende a soltar-se, exigindo gastos e tempo com a manutenção. Tem como
vantagens a permanência de suas qualidades (não deforma), facilitando
quando necessária uma reorganização na biblioteca, além de bom
isolamento térmico e baixa sensibilidade às variações de temperatura.

Os elastômeros mais recomendados para interiores são os de borracha


Plurigoma e Gomaplac. O primeiro apresenta superfície pastilhada, estriada
ou lisa e é indicado para áreas de tráfego intenso. Tem bom custo, boa
absorção acústica e fácil manutenção. É de fácil reposição por vir em placas
mas dificulta a circulação dos carrinhos de livros e deixa o ambiente pouco
aconchegante. O piso de borracha Gomaplac é indicado para áreas com
tráfego normal. Quando lavado com água sua fixação fica comprometida
nem pode ser usado em áreas úmidas e em rampas.

Por último, os pisos frios (cerâmica, pedra e metal). A pedra e a cerâmica


têm boa resistência e apresentam versões anti-derrapantes e são
esteticamente agradáveis. São, porém de alto custo, baixa absorção acústica
e reposição difícil ? as cerâmicas não resistem a grandes variações de
temperatura e tendem a rachar. Além disso, tornam o ambiente frio e úmido,
não sendo indicados para locais onde o inverno é rigoroso. Os pisos metálicos
são novidade e têm como principal vantagem a grande resistência, mas
possuem baixa absorção acústica e são muito impessoais e frios.

Uma consideração principal voltada a preservação e referente a todos os


pisos é a emissão de gás dos adesivos. Consequentemente , deve-se
selecionar adesivos que sejam atóxicos.

Outro ponto a considerar quando escolhe-se o tipo de piso são as cores que
serão usadas. Pois dependendo da luz usada na bibliotecas, o piso poderá
apresentar uma variação de nuances, nem sempre agradáveis. Na ilustração
abaixo ? Biblioteca Pública de Chula Vista ? Califórina, EUA ? vemos um
exemplo de um interessante piso, que apesar de possuir cor forte,
harmoniza-se perfeitamente com o ambiente.

E, caso não se usar cores, deve-se ter cuidado com a relação claro-escuro.
Para se ter uma idéia disto, observe o desenho abaixo:
Qualquer cor pode ser usada de forma atraente, mas para economizar
energia e ajudar na disseminação de luz, muitas bibliotecas usam um piso de
cor média, paredes e teto claros, e mobília colorida.

Bibliografia Consultada

1. BARACUÍ, Joane L. Em Sete Dias Assoalho Novo. Arquitetura e


Construção. São Paulo, p.72-75, fev.1999.
2. COHEN, Aaron; COHEN, Elaine. Designing and Space Planning for
Libraries: a behavioral guide. New York, R. R. Bowker, 1979.
3. ESCRIBA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA. Manual Para
Planejamento de Bibliotecas. Taboão da Serra, Escriba, 1984.
4. FAILLACE, Raul Rego. Pavimentação. Porto Alegre, Departamento de
Engenharia Civil da Escola de Engenharia da UFRGS, 1990.
5. GARRET, Joe B. The Carpeted Library. In: THE LIBRARY
ENVIRONMENT: aspects of interior planning. Chicago, American
Library Association, 1965. p. 57-59.
6. JOHNSTON, George F. Resilient Flooring Materials in Libraries. In: THE
LIBRARY ENVIRONMENT: aspects of interior planning. Chicago,
American Library Association, 1965. p. 60-63.
7. LASSO DE LA VEJA, Javier. La Biblioteca como Edifício Funcional:
su construccion y equipo. Madri, Instituto Nicolas Antonio de
Bibliografia, 1948.
8. LIBRARY EQUIPAMENT PLANNING. The Library Environment: aspects
of interior planning. Chicago, ALA, 1965.
9. SILVA, Beatriz Pivetta da; Müller, Olenka. Revestimento do Piso.
Porto Alegre, Trabalho apresentado para a disciplina Organização da
Biblioteca I do Curso de Biblioteconomia da UFRGS, 1999.
10. WHEELER, Joseph L.; GITHENS, Alfred Morton. The American Public
Library Building: its planning and design with special reference
to its administration and service. Chicago, American Library
Association, 1941.

PLANEJAMENTO DE BIBLIOTECAS EM RELAÇÃO AO PESO

Andréa Lemos (0353/94-1)


Rosilei Paixão (3633/97-3)
Muitos são os casos em que a implantação de uma unidade de informação
ocorre em locais inadequados pois são adaptadas as salas existentes na
instituição sem observar alguns critérios de segurança como o peso, por
exemplo.

Para elaborarmos um projeto de edifício deverá ser levado em conta o "peso


vivo" e o "peso morto".

O "peso vivo" é calculado prevendo-se o crescimento da coleção, a


quantidade de mobiliário e os equipamentos que serão utilizados no
armazenamento e na climatização . É importante que o bibliotecário possa
fornecer ao arquiteto o número provável de usuários em relação a uma
população ou instituição para estimar o número de pessoas que circularão
pelo local. Deve-se calcular uma média de 75 Kg/m2 por pessoa.

É importante observarmos que livros armazenados juntos são muito pesados.


Livros comuns colocados em uma prateleira de 90 cm pesam cerca de
11,4kg a 13,60kg. Coleções de referência pesam cerca de 23 kg a 25 Kg em
cada prateleira.

Também deve ser computado o "peso morto" que se constitui do telhado,


das paredes, janelas, piso, etc.

Para que uma biblioteca possa ter toda a sua extensão preparada para
suportar o peso da coleção é preciso observar os seguinte critérios: colunas
de sustentação maiores e fundações mais profundas o que representa um
custo maior na construção mas que permitirá instalar a bibloteca em
qualquer andar do edifício, apesar da recomendação de instalá-la
preferencialmente no andar térreo.

A capacidade de resistência ao peso indicada como segura é o de


aproximadamente 732 kg/m2 (150 lb/ ft2) o que permitirá arranjar livremente
a coleção e a área de armazenamento que torna-se mais pesada a medida
que é condensada.

OBRAS CONSULTADAS

1 ALLEN, Edward. Construcción: cómo funciona um edificio: principios


elementares. Barcelona, Gustavo Gili, 1982.

2 CARBONARA, Pasquale. Edifici per la Cultura: biblioteche. Milão,


Antonio Vallardi, 1947.
130 p.
3 LASSO de la VEGA, Javier. Manual de Biblioteconomia. Madrid, Mayfe,
1952. 718 p.

4 METCALF, Keyes D. Planning Academic and Researc Library


Buildings. New York,
Mc \Graw- Hill, 1965. 431p.

5 THOMPSON, Godfrey. Planning and Design of Library Buildings.


London, Architectural Press, 1973.183 p.

PRESERVAÇÃO DO ACERVO

Eliane Scheffer (4014/93-9)


Jovita Garcia (1785/97-4)

Inicialmente, cabe fazer a distinção entre preservação e conservação do


acervo.

Preservação é toda a ação que se direciona a salvaguardar as condições


físicas dos materiais.

Conservação/restauração, por sua vez, é a intervenção na estrutura dos


materiais, visando conter as deteriorações em seu início, melhorando seu
estado físico.

Já a conservação preventiva engloba as melhorias do meio ambiente e dos


meios de armazenagem e proteção, visando retardar a degradação dos
materiais.

O acervo das bibliotecas está exposto a vários agentes agressores, de difícil


controle e que causam sua deterioração. Entre eles podem ser citados: a
acidez do papel, da tinta e da poeira; a poluição atmosférica; a umidade; a
ação do tempo; os agentes biológicos (insetos, fungos e roedores); as
variações de temperatura ambiental; as radiações ultravioletas (UV); a
ferrugem; o risco de incêndio e inundações; o próprio ser humano.

Mesmo sabendo que o cuidado com as condições ambientais (luz, umidade,


ventilação e temperatura) deve ser uma estratégia comum a todos os
suportes, há cuidados específicos para cada um deles.
Papel: as estantes e arquivos devem ser de metal pintado (para evitar
ferrugem); deve-se manter as mãos limpas ao manusear os documentos;
evitar qualquer tipo de comida junto aos documentos; não usar fitas
adesivas; não escrever nos documentos; não dobrar as páginas; não apoiar
os cotovelos ou braços ao ler ou consultar; não umedecer os dedos com
saliva ou qualquer outro líquido.

Para a remoção do pó das lombadas e partes externas dos livros, pode-se


usar o aspirador com a escova circular especial para livros, adaptada com
tecido de filó ou gaze, para maior proteção do documento. Para a limpeza
das folhas, utilizam-se trinchas, escovas macias e flanelas de algodão.
Durante a limpeza, removem-se grampos metálicos, etiquetas, fitas adesivas,
papéis e cartões ácidos.

Faz-se, também, o expurgo de pragas, através dos seguintes métodos de


controle: gás carbônico, congelamento, microondas (não recomendado),
pastilhas de Fosfeto de Alumínio e reencadernação.

Fotografias: devem receber proteção individual de boa qualidade; devem


ser manuseadas com as luvas de algodão e arquivadas em mobiliário de aço;
não forçar a separação de uma fotografia da outra; escrever o necessário
somente no verso, com lápis macio.

Diapositivos: utilizar materiais de acondicionamento adequados (cartelas


flexíveis de polietileno ou polipropileno); utilizar mobiliário metálico; produzir
duplicatas para projeções freqüentes.

Microfilmes: devem ser armazenados em cofres, arquivos ou armários à


prova de fogo e colocados em latas vedadas à umidade; devem ser feitas
duplicatas; a sujeira deve ser removida com um pano limpo que não solte
fiapos, umedecido com Kodak Film Cleaner.

Disquetes e CD-ROM: usar os disquetes de boa qualidade; manter os


disquetes em local fresco, seco e longe do computador; usar programas
antivírus; proteger o CD contra arranhões e poeira.

Observar sempre a necessidade de usar máscaras para poeira e luvas como


proteção contra os microorganismos, muitas vezes nocivos à saúde humana,
reservando uma sala independente para a limpeza.

Finalmente, cabe enfatizar que vistorias no acervo devem ser feitas


periodicamente para revisá-lo e manter a limpeza, pois limpeza é um dos
fatores prioritários de preservação.
Receitas práticas contra pragas:

- Óleo Essência de Bergamota;

- Sachês de ervas aromáticas (manjerona, louro, sálvia e arruda) para colocar


nas estantes.

Para pequenos consertos em livros:

- Papel japonês (neutro ou alcalino);

- Cola de Metilan: Misturar 40g de Metilan com água a uma temperatura de


60ºC. Não aspirar. Deixar em repouso por 24h. Após, pode ser usada diluída
em água.

Tanto o papel japonês como o Metilan podem ser encontrados na JM Couros ?


Av. João Pessoa, 141, Porto Alegre/RS.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 BECK, Ingrid. Manual de Conservação de Documentos. Rio de Janeiro,


ACAN, 1985.

2 BURGI, Sérgio. Introdução à Preservação e Conservação de Acervos


Fotográficos: técnicas, métodos e materiais. Rio de Janeiro, FUNARTE,
1988.

3 CELENTANO, Marco Antonio. CD-ROM: o futuro no presente. São Paulo,


Érica, 1991.

4 CORUJEIRA, Lindaura Alban. Conserve e Restaure seus Documentos.


Salvador, Itapuã, 1971.

5 FONSECA, Edson Nery. Conservação de Bibliotecas e Arquivos em


Regiões Tropicais. Brasília, ABDF, 1975.

6 LUCCAS, Lucy; SERIPIERRI, Dione. Conservar Para não Restaurar: uma


proposta para preservação de documentos em bibliotecas. Brasília,
Thesaurus, 1995.

7 SANTOS, Marília de Oliveira. Conservação de Suportes Informacionais:


do papel ao meio magnético. Porto Alegre, ABEBD, 1997.
SEGURANÇA DA BIBLIOTECA

Marcos Paulo Anselmo (3161/96-5)


Luciano Chiarello (1840/94-7)

A Segurança da Biblioteca visa zelar pela saúde de seus funcionários e


freqüentadores, assim como preservar o acervo de possíveis furtos e danos
causados por incêndios e inundações.

Segurança das Instalações Elétricas

Todos os cuidados com a Instalação Elétrica devem-se ao fato de 50% de


todos os incêndios serem ocasionados por falhas na instalação elétrica.

Toda instalação elétrica deve seguir as recomendações dos códigos locais,


que no Brasil devem seguir as instruções da NB-R 5410, Normas Brasileiras
para Instalações Elétricas de Baixa Tensões.

A chave do serviço elétrico central deve ser localizada de forma a permitir


acesso fácil e imediato por parte dos funcionários e deve ser claramente
identificada. Instruções para o desligamento da chave mestra e dos circuitos
individuais devem ser fornecidas. Todos os interruptores de circuito devem
ser claramente rotulados.

A biblioteca deve explorar a necessidade de um suprimento de energia


ininterrupto para seus computadores. Isto permitirá que eles sejam
apropriadamente desligados no caso de um corte de energia. Além de
"filtrar" continuamente a corrente elétrica bruta para prevenir quedas, picos
de energia, e sobrecargas danosas.

A instituição deve investigar a necessidade da proteção contra relâmpagos e


sobre cargas elétricas.
Segurança contra Inundações

Para prevenir inundações as Bibliotecas devem evitar a construção abaixo do


nível do solo. Se tal tipo de construção for inevitável, a Biblioteca deve
requerer a impermeabilização e drenagem das partes localizadas abaixo do
nível do solo.

As tubulações de água não devem passar sobre áreas de coleções e


armazenamento de livros. Se inevitável, o projetista deve incorporar técnicas
paliativas apropriadas.

Todas as válvulas para fechamento de água devem ser claramente indicadas


e os funcionários devem saber como desligar a água no caso de uma
emergência.

Todas as torneiras e sanitários nas áreas públicas da Biblioteca devem ser à


prova de vandalismo.

Tanto um telhado inclinado ou um telhado plano podem ser seguramente


utilizados em uma Biblioteca. O que muda significativamente de um pro
outro é que, no telhado plano o projetista deve dedicar atenção particular
aos seguintes aspectos: drenagem, transmissão de vapor de água e
condensação e resistência ao desgaste previsto.

Segurança contra Incêndios:

Embora não se possa criar nenhuma instituição completamente segura


contra incêndios, a melhor proteção envolve a integração de alguns
elementos no planejamento:

• Compartimentalização da biblioteca e instalação de paredes e portas


corta-fogo; a compartimentalização possui o objetivo de através das
portas e paredes corta-fogo confinar um incêndio à sala ou conjunto de
salas onde se originou, ou mesmo retardar seu progresso de um
espaço para outro.
• Eliminação de condições para correntes de ar verticais; com esse tipo
de corrente de ar fica facilitada a propagação do incêndio por entre os
andares.
• Utilização mínima de materiais combustíveis em acabamentos e
equipamentos internos; mobílias tais como escrivaninhas, mesas e
cadeiras devem ser incombustíveis ou de madeira tratada com
retardadores de fogo. Tecidos e cortinas devem ser à prova de chamas.
• Instalação de um bom sistema de detecção de incêndio e sinalização.
• Presença de saídas de emergência e/ou escadas de emergência;
devem conter as seguintes exigências: ser construída de material
resistente a fogo, o piso deve ser revestido com materiais
incombustíveis e anti-derrapante, deve atender a todos os pavimentos,
inclusive sub-solo, deve ser sinalizada e bem iluminada.
• Presença obrigatória de extintores de incêndio. A distância máxima de
deslocamento até ele e de 15,2 metros.

Segurança contra Furtos

O furto em bibliotecas pode ser reduzido pela proibição de objetos pessoais


como livros de bolso, pastas, guarda-chuvas e casacos volumosos. Para que
esta abordagem seja bem sucedida, a biblioteca deve planejar a colocação
de escaninhos antes da entrada da área principal da biblioteca. Deve haver
sinalização adequada para reforçar as regras e os funcionários devem
assegurar que todos os usuários sigam as regras estabelecidas.

Algumas instituições e consultores têm recomendado o uso de circuitos


fechados de televisão (CFTV) para monitorar bibliotecas e áreas de
armazenamento de livros de grande porte. Com muitas câmeras, deve haver
múltiplos monitores ou um sistema automático de canais. O conceito do
CFTV, a não ser que tenha a finalidade de funcionar como um dispositivo
caro de intimidação psicológica, exige que o tempo do pessoal seja dedicado
ao acompanhamento dos vários monitores. Sistemas de CFTV ultimamente
têm falhado, não devido ao equipamento propriamente dito, mas por falhas
humanas.

Outro sistema muito utilizado, é o sistema eletrônico anti-furto, semelhante


ao utilizado em lojas comerciais. Os sensores são compostos por etiquetas,
ativador, desativador e detector. As etiquetas podem ser flexíveis e
autocolantes, contendo código de barras ou fitas metálicas (mais eficientes).
O Ativador e deastivador permitem a magnetização e desmagnetização de
etiquetas, por contato, proximidade ou de forma portátil. Os detectores são
aparelhos de controle, sob forma de painéis ou pedestais, que emitem um
alarme sonoro, caso seja detectado a saída não autorizada de material.

Iluminação

A luz é utilizada em bibliotecas de duas maneiras, como iluminação


ambiental e como iluminação de serviço. A iluminação ambiental define a
expectativa geral do visitante, transmitindo uma atmosfera psicológica no
espaço interno. A iluminação de serviço é aquela utilizada por funcionários e
usuários da biblioteca nos espaços de estudo e serviço fixo, por isso deve ser
melhor avaliado seu processo de escolha para não prejudicar essas pessoas.
A luz também causa deterioração de todos os documentos orgânicos da
biblioteca. Comparando os quatro tipos básicos de iluminação através da
radiação Ultra Violeta UV constatou-se a grande diferença entre as luzes
artificiais e a luz natural. A quantidade máxima de radiação UV recomendada
tanto para acervos quanto para a vista das pessoas é de 75 UV (m w/lumem),
a luz natural solar direta deve ser enfaticamente evitada.

TIPO DE LUZ RADIAÇÃO UV


Incandescente 60/80 UV (m w/lumem)
HID (luz de Mercúrio) 400 UV (m w/lumem)
Fluorescentes 650 UV (m w/lumem)
Natural com sol 1600 UV (m w/lumem)
Natural nublado 800 UV (m w/lumem)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 TRINKLEY, Michael. Considerações Sobre Preservação na Construção


e Reforma de Bibliotecas: planejamento para preservação. [On Line]
Disponível na URL: http://cecor.eba.ufmg.br/cpba/recursos/cad38.htm em
18/11/99

2 OGDEN, Sherelyn. Caderno Técnico: administração de emergências.


[On Line] Disponível na URL:
http://cecor.eba.ufmg.br/cpba/recursos/cad20a25.htm em 18/11/99

3 LIMA, Gercina Ângela Barem de Oliveira. Sistemas de Segurança para


Bibliotecas. In: REVISTA DA ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA DA UFMG, Belo
Horizonte, v.24, n.1, p. 112-128, Jan/Jun. 1995

4 RUTHERFORD, Christine. Disaster: planning, preparation, prevention.


In: PUBLIC LIBRARIES, v.29, n.5, 271-276, sept./oct. 1990.

SINALIZAÇÃO
Deisi Maria Hauenstein (0824/96-9)
Luciane Santini (3090/96-2)
Mara Kuse (1474/85-7)

A sinalização tem por objetivo a orientação dos usuários quanto aos serviços
que a biblioteca oferece, facilitando seu acesso, seu uso e dinamizando seu
funcionamento. Pode ser feita de várias formas:

a) direcional (informação para pontos principais, materiais e serviços);

b) instrucional (explicações de procedimentos, uso de materiais, coleções,

equipamentos, etc);

c) condicional ou reguladora (regulamenta o comportamento ou especifica os


horários ou outras informações mutáveis);

d) de alerta.

Os sinais utilizados podem ser classificados como:

1 - Exteriores - são instalados fora da das instalações ou do prédio;

2 - Internos - geralmente localizados dentro das instalações da biblioteca ou


na sua vizinhança imediata;

3 - De direção - indicam o caminho a seguir;

4 - De identificação - dão nome a um lugar ou a uma coisa. Identificam a


chegada a um destino;

5 - De instrução - descrevem condições especiais ou regulamentos como


regras de tráfico o precaução, dando informações específicas como horário
de funcionamento ou procedimentos especiais;

6 - Restritivos ou proibitivos - determinam práticas específicas ou enfatizam


proibições como: Entrada Proibida, Não Fume, Silêncio;

7 - Especiais - são para informações adicionais, tais como murais, painéis,


com material promocional ou decorativo.

Portanto, com uma sinalização bem feita, pode-se: identificar e localizar a


biblioteca; orientar os usuários para acesso e uso dos recursos humanos;
melhorar a acessibilidade pelo direcionamento dos usuários para estes
recursos tão eficientemente quanto possível; identificar recursos, áreas de
serviços, acomodações, de tal maneira que sejam imediatamente
reconhecidos; informar regulamentos, horários, fatos especiais; prover
informação instrucional, quando necessária; notificar mudanças ou condições
temporárias.

Para que se faça uma sinalização eficiente deve-se observar o edifício e o


comportamento dos usuários, considerar o tráfego, estabelecer o conteúdo
da informação e localização da sinalização, recomendar o layout, materiais e
cores, desenhar as sinalizações permanentes e temporárias e as
permanentes com aspectos mutáveis, descrever as especificações
necessárias à confecção, recomendar materiais e equipamentos para a
manutenção do sistema, preparar um manual explicando os princípios do
sistema e descrevendo cada categoria de sinal de acordo com o desenho,
localização e uso. Esses aspectos devem ser estudados, sempre que possível,
por um bibliotecário e um arquiteto.

Alguns elementos devem ser levados em conta quando se pretende sinalizar


uma biblioteca: a tipografia, a cor e os pictogramas.

Tipografia: trata-se da coerência formal dos caracteres: proporção, existência


e desenho da serifa, "peso da letra", correções visuais além do índice de
legibilidade e eficiência de reprodução.

Cores: por ser um dos principais elementos do código visual, a cor deve ser
sempre bem destacada para que possa chamar a atenção do usuário e deve
ser tratada em conjunto com todo o espaço físico, mobiliário e equipamentos
da Biblioteca no sentido de buscar um melhor aspecto visual de todo o
ambiente.

Pictograma: é o elemento que deverá caracterizar os setores ou serviços


básicos da biblioteca. São utilizados como informação básica, apenas
reforçando a mensagem visual transmitida por estes símbolos gráficos
definindo a função ou equipamento do setor a que se destinam.

Referências Bibliográficas

1 BARNICOAT, John. Los carteles: su história y lenguaje. Barcelona, Editorial


Gustavo Gili, 1972.

2 BASTOS FILHO, Heliodoro Teixeira. Comunicação Visual em Bibliotecas:


um sistema de sinalização para biblioteca da Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo. São Paulo, Mercado Global, 1977. 99p.
3 COMUNICAÇÃO Visual. Marketing, São Paulo, Editora Referência, v. 12,
n.65, p.20-66, mar. 1979.

4 CORSO, Alexandra Naymayer; GOMES, Adriana Dos Santos. Processo de


Comunicação Usuário e Biblioteca. Porto Alegre, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul; Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, 1992. 4f.

5 DAVIS, Susan E. Resgatando um Legado Através da Identidade Visual.


Abigraf em Revista, São Paulo, v. 16, n. 136 , p.58-65, set./out. 1991.

6 FARINA, Modesto. Psicodinâmica das Cores em Publicidade. São Paulo,


Edgard Blucher; EDUSP, 1975.

7 FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Metodologia para a Promoção do uso


da Informação. São Paulo, Nobel; Associação Paulista de Biblioteconomia,
1990. 144p.

8 FONSECA, Joaquin B. da. Sistemas de Sinais para Bibliotecas. In:


Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias, 5., 1987, Porto
Alegre, SNBU. 30f.

9 FONTOURA, Luciana Oliveira. Avaliação da Necessidade de Reformulação


do Sistema de Sinalização na Biblioteca da Fundação de Economia e
Estatística Sigfried Emanuel Heuser. Praxis Biblioteconômica, Porto
Alegre, v. 3, n. 1, p.55-66, jul.1999.

10 FOSKETT, D. J. In: A Contribuição da Psicologia para o Estudo da


Informação Técnico-Científica. Rio de Janeiro, Calunga, 1980. p.11-30.
Psicologia do Usuário.

11 POLLET, Dorothy; HASKELL, Peter C. Sign Systems for Libraries. New


York, R.R. Bowker, 1979. 271p.

12 REYNOLDS, Linda; BARRETT, Stephen. Signs and Guiding for Libraries.


London, Bingley, 1981. 158p.

SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO EXTERNO E INTERNO

Gabriela Sánchez Núñez (1255/96-6)


Patrícia Wallau (2666/97-7)
É uma facilidade para que pessoas de qualquer tipo de empresa possam se
comunicar com seus colegas, no âmbito dessas empresas, e também com o
exterior, fora das empresas. Isso é possível através de instalações elétricas e
de equipamentos que tem a finalidade de tornar acessível esses dois tipos de
comunicação.

A importância do planejamento físico já é de domínio público, e através dele


podemos planejar e programar melhor as atividades do bibliotecário em seu
local de trabalho. Um melhor aproveitamento das comunicações, internas e
externas, acarreta num melhor uso do tempo que as pessoas possuem no
seu emprego, através de observações diárias pode-se saber certamente
onde devemos instalar, por exemplo o computador.

Este estudo visou demonstrar alguns dos tipos de comunicação interna e


externa, também como informar que elas existem e são muito úteis para o
trabalho em bibliotecas.

* = Comunicação Externa

# = Comunicação Interna

*#Telefone: Aparelho destinado a transmitir e reproduzir o som (sobretudo


da voz humana) entre pontos afastados, por meio da eletricidade. Para seu
funcionamento é necessário um linha telefônica, sua instalação externa e
interna, o aparelho de telefone e uma corrente elétrica de 48 volts.

*#Fax: Aparelho eletrônico de transmissão e recepção de textos e imagens


por via telefônica ou telegráfica. Para seu funcionamento é necessário todo o
processo do telefone mais o aparelho de fax.

#Tomadas elétricas: Dispositivo que serve para ligar qualquer aparelho


elétrico à corrente de energia elétrica. O padrão para colocar tomadas numa
biblioteca é de até 40 m2 , colocam-se 10 tomadas para os primeiros 40 m 2 , e
uma tomada para cada 10 m2 , ou fração de área restante. A potência de
cada tomada deve ser de 200watts.

#Fio-Terra: A ligação de certos corpos a Terra geralmente é feita através de


um fio metálico denominado fio-terra. Sua função é de conduzir para a terra
as cargas elétricas que, do contrário, ficariam acumuladas nestes coprpos.
Um exemplo bem comum de utilização necessária do fio-terra são os
aparelhos elétricos que temos em casa (chuveiro, torneira elétrica, televisão,
geladeira, etc) :eles podem ficar tão carregados que se queimam, caso não
haja um descarregamento da eletricidade pelo fio-terra. Para sua instalação é
necessário um varrão metálico, carvão mineral e sal grosso, tudo isso num
buraco de 80 cm de profundidade, sendo que as tomadas deverão ser de três
polos (igual a dos computadores).
*Internet: É a rede das redes. Uma ampla rede de comunicação constituída
por outras redes que, por sua vez, são formadas a partir de locais de
informação, seja de armazenamento ou de distribuição. Para sua instalação é
necessário um computador com placa de rede, fax modem, e no mínimo 8
mega byts de memória, o ideal é que ele tenha 16 mega byts ou mais de
memória, possua um provedor de acesso e esteja ligado a uma linha
telefônica. Ou também a outros meios de transmissão de dados como: fibras
óticas, cabo coaxial, por traçado, radiodifusão, microondas e satélite.

#Intranet: É uma rede corporativa que integra informações de uma


instituição, para se construir uma é necessário reunir um grupo, formado
pela diretoria, por funciionários que entendam de computação, por pessoas
de fora da instituição na área de informática, e por administradores da
isntituição. Para sua instalação é necessário placa de rede, cabo de rede, um
sistema operacional que pode ser Unix, novell ou Windows NT.

#Memorando: Espécie de correspondência interna de uma instituição.

#Reuniões: Agrupamento de pessoas para tratar de qualquer assunto, mais


especificamente, assuntos relacionados à biblioteca.

Bibliografia Consultada

1 ARAUJO, Vânia M.R. Hermes de; FREIRE, Isa Maria. A Rede Internet como
Canal de Comunicação, na perspectiva da Ciência da Informação.
Transinformação. Campinas, Puccamp, v.8, n.2, p.45-55, Maio/ago. 1996.

2 CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 11. Ed. Rio de Janeiro, LTC, 1991.

3 FRONCKOWUK, John W. Bulding an Intranet for Dummies. São Paulo,


Makrom Books, 1995.

VENTILAÇÃO, UMIDADE E TEMPERATURA

Ana Guimarães Pereira (0198/97-2)


Luciane Berto (1857/96-0)
Rosinaura Barros (4164/91-2)

Temperatura
O ambiente da biblioteca necessita de boas condições térmicas para que o
usuário possa sentir-se disposto a desenvolver suas atividades. Deve ser um
local quente no inverno e fresco no verão, a temperatura e a umidade do ar
precisam ser controladas, pois afetam, principalmente, o acervo e para isso
há soluções naturais e mecânicas.

Segundo padrões internacionais, a temperatura ideal para o conforto das


pessoas que freqüentam a biblioteca é de 22 a 24°C. Para os livros a
temperatura recomendada é de 16 a 19°C e para fotografias e filmes P&B,
que são material muito sensível, é de –18 a 4°C.

Estudos comprovaram que a duração média de um livro está diretamente


ligada ao grau de temperatura do ambiente. Provaram, também, que uma
simples diminuição de 2ºC na temperatura do ambiente, resultou na
longevidade sete vezes maior dos livros.

A instalação de aparelhos de ar condicionado deve ser adequada para


equilibrar a temperatura e não haver oscilações.

Umidade

A umidade é fator importante a ser verificado em bibliotecas. É considerada


inimiga da coleção bibliográfica, quando encontra-se em excesso forma-se o
mofo, que é outro perigo, principalmente, para as encadernações, quando
está com umidade baixa, secura demasiada, produz o ressecamento do
papel.

O controle efetivo da umidade e temperatura pode ser feito com


instrumentos sensores e filtros que preservam a diversidade dos formatos de
materiais informativos.

Usa-se o higrômetro para medir a umidade.

Não se tem no Brasil uma norma técnica de controle para esse tipo de efeito
em ambientes.

Para uma maior durabilidade do acervo de papel a umidade indicada é de


30% e 60% de umidade relativa do ar, sendo a ideal de 50%.

Ventilação

Uma boa ventilação é imprescindível na biblioteca, pois dela depende a


saúde dos funcionários, dos leitores e a conservação dos livros.
O ar deve ser constantemente renovado, as janelas deverão estar
dimensionadas e posicionadas adequadamente, sem corrente direta,
proporcionando a movimentação devida do ar.

Num espaço sem ventilação pode se desenvolver o bolor, favorecer o


crescimento de microorganismos e insetos que são capazes de devastar
documentos.

Visando à conservação dos livros, as estantes devem ser abertas para


propiciarem a constante renovação de ar, pois os livros têm necessidade de
ar, assim como de higiene e limpeza.

Alguns pesquisadores acreditam que para haver ventilação suficiente, por


exemplo, numa sala para 30 leitores é preciso que o espaço tenha 10 metros
de extensão, 5 metros de largura e 3 de altura.

É necessário um bom projeto de biblioteca para controlar temperatura,


umidade do ar e ventilação do ambiente.

Climatização de Materiais (SANTOS, 1998)

Material Temperatura Umidade Oscilação*


Papel Ideal 12ºC 45% a 60% ± 5ºC

Tolerável 16ºC a
22ºC
Diapositivos 16ºC a 21ºC 30% a 50% ± 2ºC
Fotografia 16ºC a 21ºC 30% a 50% ± 2ºC
Microfilme 21ºC a 24ºC 20% a 40% ± 5ºC
Equipamentos de 22ºC 50% ± 10ºC
Informática

* Oscilação de temperatura permitida no período de 24 horas.

Alguns conselhos práticos para amenizar a umidade:

1. Esparramar pelo ambiente 5 tabletes de cânfora;


2. Colocar em locais úmidos: ½ Kg de sal grosso, ou silicagel, ou cal virgem,
ou 5 barras de giz escolar esmagado.

Bibliografia Recomendada:

1 BECK, Ingrid. Manual de Conservação de Documentos. Rio de Janeiro,


Arquivo Nacional, 1985.

2 BRAWNE, Michael. Bibliotecas – Arquitectura, Instalaciones.


Barcelona, Blume, 1970.

3 CARVALHO, Maria Carmen Romcy de. Estabelecimento de Padrões para


Bibliotecas Universitárias. Fortaleza/Brasília, Edições UFC/ABDF, 1981.

4 CORUJEIRA, Lindaura Alban. Conserve e Restaure seus Documentos.


Salvador, Itapuã, 1971.

5 CUNHA, George Martin; CUNHA, Dorothy Grant. Conservation of Library


Materials. N. J., Scarecrow Press, 1971.

6 FERRAZ, Wanda. A Biblioteca. Brasília, Freitas Bastos/INL, 1972.

7 GREENFIELD, Jane. Como Cuidar, Encadernar e Reparar Livros. Lisboa,


CETOP, c 1988.

8 KATHPALIA, Yash Pal. Conservation and Restoration of Archive


Materials. Paris, UNESCO, 1973.

9 LA LLAVE, Juan Vicens de. Como Organizar Bibliotecas. México, Grijalbo,


1962.

10 LA VEJA, Javier Lasso de. La Biblioteca como Edificio Funcional – su


construccion y equipo. Madrid, Cons. Sup. Inv. Cient., 1948.

11 LITTON, Gaston. Serviços Técnicos da Biblioteca. São Paulo, McGraw-


Hill do Brasil, 1975.

12 MACIEL, Alba Costa. Planejamento de Bibliotecas. Niterói, EDUFF,


1993.

13 MAMBRINI, Honores. Aspectos de Conforto Ambiental em


Bibliotecas. Porto Alegre, UFRGS/PROPAR, 1995.
14 ___________. Evolução Histórica das Tipologias e os Aspectos de
Conforto Ambiental. Porto Alegre, UFRGS/PROPAR, 1997.

15 MASCARÓ, Lucia R. de. Luz, Clima e Arquitectura. Lisboa, Editorial


Presença, Martins Fontes, 1979.

16 MEDEIROS, Priscila Fernandes. A Qualidade Ambiental na Biblioteca Edgar


Sperb – Escola de Educação Física/UFRGS. Praxis Biblioteconômica, Porto
Alegre, v.2, n.2, p.221-238, fev. 1999.

17 POOLE, Frazer. Programa para o Edifício da Biblioteca Central –


Universidade de Brasília. Brasília, UnB, 1973.

18 RIVERO, Roberto. Arquitetura e Clima. Porto Alegre, D.C. Luzzatto


Editores Ltda, 1986.

19 RODRIGUES, Clarice da Luz. A Influência do Conforto Ambiental na


Qualidade do Trabalho: uma proposta para o
Centro de Documentação e Informação do Serviço Federal de Processamento
de Dados – Regional Porto Alegre. Praxis Biblioteconômica, Porto Alegre,
v.2, n.1, p.95-103, set. 1998.

20 SANTOS, Marília de Oliveira. Conservação dos Suportes


Informacionais: do papel ao meio magnético. Porto Alegre, ABEBD, 1998.

Referência:

Santos, Jussara Pereira (Coord.) Organização da biblioteca I. Rio Grande do Sul:


Departamento de Biblioteconomia. 1999. Disponível em: <
http://campus.fortunecity.com/mcat/102/index.htm>. Acesso em: 05 ago. 2004.

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