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I . INTRODUÇÃO
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Farmacêutico sanitarista
Gerente Técnico da Assistência Farmacêutica, da Secretaria de Políticas da Saúde, do Ministério da Saúde.
Esplanada dos Ministérios, Ministério da Saúde, Brasília - DF.
E-mail: assfarm@saude.gov.br
Com a institucionalização do Sistema Único de Saúde - SUS por meio da Lei n.º
8080/90, necessário se fazia formular uma política de medicamentos, consoante à nova estrutura
do sistema de saúde do País.
Com a desativação da CEME por meio do Decreto nº. 2283 de 24/07/97, os anos de 1997
e 1998 foram marcados por um processo de transição dentro do Ministério da Saúde – MS, onde
coube à Secretaria Executiva-SE a responsabilidade da manutenção das atividades de aquisição e
distribuição dos medicamentos dos Programas Estratégicos para as Secretarias Estaduais de
Saúde. Ao mesmo tempo, houve a criação de uma nova Farmácia Básica nos moldes daquela de
1997, que consistia em um elenco de medicamentos destinados ao atendimento ambulatorial dos
municípios com população igual ou inferior a 21.000 habitantes, entregues diretamente aos
municípios, com exceção dos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, que já haviam
iniciado um processo de organização da assistência farmacêutica.
Essas diretrizes objetivam nortear as ações nas três esferas de governo que, atuando em
estreita parceria, devem promover o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de
qualidade, ao menor custo possível.
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atividades relacionadas à promoção do acesso da população aos medicamentos e seu uso
racional”.
¾ na descentralização da gestão;
¾ na promoção do acesso e uso racional de medicamentos;
¾ na otimização e eficácia das atividades envolvidas na assistência farmacêutica;
¾ na busca de iniciativas que possibilitem a redução de preços dos produtos,
promovendo, inclusive, o acesso da população aos mesmos no âmbito do setor
privado.
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publicada a Portaria GM nº 176, que instituiu o Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica,
considerando como responsabilidade do Ministério da Saúde o financiamento dos Programas
Estratégicos. A lógica de financiamento adotada por esta Portaria, com repasse do Incentivo à
Assistência Farmacêutica Básica do fundo federal diretamente aos fundos estaduais e municipais
de saúde, conforme pactuação nas respectivas Comissões Intergestores Bipartites - CIB, assim
como a definição da responsabilidade compartilhada entre os três níveis de gestão, de forma
coerente com os propósitos do SUS, pode ser entendida como sendo o primeiro passo efetivo na
descentralização da gestão, permitindo a progressiva autonomia dos estados e municípios.
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Especificamente, suas atribuições são as seguintes:
Considerando que a atuação da GTAF encontra-se no âmbito das ações da atenção básica
à saúde, a avaliação foi concernente ao gerenciamento dos recursos financeiros relativos ao
Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica e aos Programas Estratégicos, no que diz respeito à
programação e controle dos medicamentos destinados à Hanseníase, Tuberculose e Diabetes.
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Entretanto, todos os aspectos técnicos e gerenciais relativos às atividades constitutivas do Ciclo
da Assistência Farmacêutica foram também considerados no processo de avaliação.
Assim, conhecendo parte do seu universo de trabalho e dos desafios aí implícitos, após
ampla discussão, a equipe técnica da GTAF, com a participação de colaboradores, elaborou um
Plano de Ação, o qual contemplava ações estruturantes do Ciclo da Assistência Farmacêutica,
buscando o desenvolvimento de ferramentas para a melhoria da gestão e gerenciamento,
voltados ao processo de descentralização.
A construção desse Plano de Ação teve como fundamento o acesso aos medicamentos
essenciais e a promoção do seu uso racional, e o desenvolvimento de atividades voltadas ao
processo de Reorientação da Assistência Farmacêutica, focado na atenção básica, que consolida
a sintonia do Plano de Ação com a PNM.
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¾ Priorizar a atividade de programação, buscando otimizar os recursos financeiros nos
Programas da Assistência Farmacêutica Básica e nos Programas Estratégicos;
¾ Desenvolver estratégias para inclusão de medicamentos fitoterápicos na assistência
farmacêutica básica;
¾ Desenvolver capacitação de Recursos Humanos e educação em saúde;
¾ Elaborar e disponibilizar recursos instrucionais;
¾ Disponibilizar e agilizar o acesso de informações sobre medicamentos essenciais;
¾ Realizar pesquisas voltadas às necessidades da assistência farmacêutica básica;
¾ Contribuir na resolutividade das ações de saúde por meio da inserção da assistência
farmacêutica básica no Programa Saúde da Família.
Buscando conduzir suas ações de forma articulada, a GTAF submeteu o Plano de Ação a
aprovação pelo DAB/SPS/MS, pela Comissão Intergestores Tripartite – CIT, à Câmara Técnica
de Assistência Farmacêutica do Conass, o que lhe conferiu maior legitimidade política.
² Equipe de trabalho
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²Metodologia de trabalho
Na execução do Plano de Ação optou-se por uma metodologia que, por meio da
formação de grupos de trabalhos, coordenados por técnicos da equipe permanente, composto por
consultores e colaboradores com habilidades e experiências para cada tipo de projeto ou
programa desenvolvido, propiciasse a tomada de decisões coletivas, garantindo a qualidade das
ações e legitimidade ao processo.
Ao longo de toda a sua execução, o Plano de Ação foi monitorado e, neste sentido, foi
realizado um “Seminário de Avaliação da Execução do Plano de Ação”, com a participação da
equipe técnica da GTAF, representantes da Câmara Técnica – Conass, consultores e
colaboradores, objetivando aferir as ações realizadas e promover as correções necessárias.
²Parcerias
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Neste contexto, a GTAF desenvolveu um conjunto de projetos, programas e atividades
voltados ao fortalecimento de sua própria gestão e das Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde, no que concerne à assistência farmacêutica, buscando assegurar a sua efetiva
reorientação, viabilizando a melhoria do acesso, da qualidade da assistência, assim como a
promoção do uso racional de medicamentos. Dentre eles, pode-se citar:
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visando a ampliar a capacidade gerencial, qualificar e humanizar a assistência e inserir estes
profissionais no processo de construção e formulação de estratégias que viabilizem a
implementação da PNM, com ênfase na Reorientação da Assistência Farmacêutica.
¾ ²Cursos de Pós-Graduação:
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No tocante ao processo contínuo e dinâmico da implementação e operacionalização da
PNM, cabe à GTAF uma atuação efetiva na formulação de estratégias as quais, por meio de
articulações com os gestores do SUS e outras parcerias, venham contribuir na mobilização de
forças capazes de promover intervenções eficazes objetivando a viabilização da PMN.
¾ ²Documentos Técnicos
E. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
O processo de globalização tem exigido dos países um posicionamento cada vez mais
contundente no sentido de assegurar os interesses nacionais. Buscando consolidar a sua posição,
o Brasil tem adotado estratégias de cooperação e organização de blocos de países com interesses
comuns como o Mercosul, G15, países da América do Sul, para o posicionamento e defesa
desses interesses em fóruns e negociações internacionais.
¾ Mercosul
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O trabalho da GTAF teve com referência a diretriz da Reorientação da Assistência
Farmacêutica preconizada na Política Nacional de Medicamentos. Pode-se afirmar que todo o
percurso manteve um objetivo explícito: o de transformar a concepção atualmente predominante
sobre o medicamento, que valoriza principalmente o seu componente comercial e que reduz toda
a ação, pública ou privada, nessa área, às atividades de comprar e distribuir, em outra concepção
que considere a natureza singular e especial do medicamento.
Esta nova concepção exibe uma equação mais complexa do que aquela predominante.
Um dos componentes desta equação deriva da necessidade de que o SUS tenha efetivos serviços
farmacêuticos, comprometidos não só com o acesso, mas, também, com o uso racional dos
medicamentos e com o sucesso da terapêutica indicada, além do imprescindível aspecto
educativo aos pacientes.
O caminho escolhido pela GTAF neste momento da história do SUS, incluiu, além da
nova concepção sobre o medicamento, a ampliação da capacidade de gestão dos três entes
federados e o aperfeiçoamento dos Recursos Humanos. Este trabalho, certamente, contribuiu
para a ampliação da consciência sobre importância da assistência farmacêutica no SUS e para o
agendamento de questões que ainda não haviam sido cogitados, algumas delas de natureza
estrutural, demandando que os esforços continuem.
Se no nível federal observa-se tal fragmentação, nos estados e municípios ainda percebe-
se uma falta generalizada de apoio político às propostas que superem a concepção tradicional da
assistência farmacêutica, qual seja, a de comprar e distribuir medicamentos. É um desafio para
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todo o SUS, a inclusão desse tema nas agendas estaduais e municipais da saúde, sob o risco do
fracasso das políticas na área da saúde nos níveis mais próximos da execução.
Porém, há ainda outros problemas tão prementes quanto estes que, por motivos vários,
não mereceram maior atenção ou não foram objeto de ação nesse período de trabalho. Um
elenco de questionamentos ainda carece de debates e de alternativas de solução, como por
exemplo:
Cabe, também, considerar que a estratégia dos medicamentos genéricos, até o momento,
não tem uma articulação mais concreta com as ações dos gestores do SUS, seja para aumentar o
acesso da população na rede pública como também contemplar o componente de promoção do
uso racional.
Com base nessas questões, são apontados na agenda futura os principais eixos na
condução da Assistência Farmacêutica no contexto da Política Nacional de Medicamentos,
articulados com as demandas sanitárias e sociais do país na área, considerando a necessidade de
se constituir uma instância que coordene o planejamento e as ações de condução da política de
medicamentos no SUS, de forma integral e estratégica.
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A experiência acumulada na área da assistência farmacêutica oferece uma série de
elementos, justificativas e fundamentos que orientam ao planejamento de uma agenda com
estratégias na construção de um modelo de seleção, aquisição e distribuição de medicamentos,
que:
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4. Desenvolvimento dos Talentos Humanos – articulada nos três níveis de gestão,
prioritariamente:
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