s. Ee a.
MINISTERIO DA ADMINISTRAGAO INTERNA
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
COMANDO-GERAL v
DESPACHO N.2 25/10
ASSUNTO: INACUMULABILIDADE DO SUPLEMENTO DE RONDA E PATRULHA, E DO
SUPLEMENTO ESPECIAL DE SERVIGO - INVESTIGAGAO CRIMINAL.
1, Considerando que:
a. Nos termos do n¥ 1 do artigo 22.2 do Decreto-Lei n.2 298/209, de 14 de
Outubro, “O militar que efectue missées de ronda ou de patrulhamento tem
direito a um suplemento que visa compensar as limitagdes, restrigdes e
responsabilidades resultantes das condigdes especiais do servigo de vigilancia
em prol da seguranca das pessoas e do patriménio, da manutencao da ordem e
tranquilidade publicas e da observancia das leis, bem como da atenuacao dos
efeitos de calamidades e desastres.”
b, Nos termos don. 1 do artigo 21.2 do mesmo diploma, “O suplemento especial
de servigo é um acréscimo remuneratério mensal atribufdo aos militares
habilitados com os cursos de especializagao adequados ao exercicio de fungées
‘em condigées mais exigentes de penosidade, insalubridade e desgaste fisico
agravado, correspondentes a fungdes operacionais em missdes de combate
criminalidade organizada ou altamente violenta, de seguranca pessoal, de
detecgdo e imactivacdo de engenhos explosivos, de manutengao da ordem
piiblica e de investigagao criminal”
c. Atento 0 disposto no n. 2 do artigo 6.° do Regulamento Geral do Servigo da
Guarda Nacional Republicana (RGSGNR), aprovado pelo despacho, de
05.05.2010, do Excelentfssimo General Comandante-Geral, no que as areas de
actuagao da Guarda diz respeito, importa ter atengao que:
As misses de caracter policial cumprem-se através do patrulhamento intensive
de toda a zona de accao da Guarda, sendo exercidas, prioritaria e quotidiana-
mente, de forma preventiva, pela vigilancia, fiscalizacdo e presenga, bem como,
eventualmente, pela actuago correctiva como exigéncia do cumprimento da lei.
Eque,
As missdes de investigagao criminal so exercidas pelas unidades territoriais ¢
especializadas nas respectivas areas de intervengao, sob a coordenagao técnica
da Direcgiio de Investigacao Criminal do Comando Operacional, visando averi-
guar a existéncia de crimes, determinar os seus agentes e descobrir e recolher
provas,ae
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GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
COMANDO-GERAL
4, Importa ainda ter em consideragao 0 artigo 161.2 do RGSGNR, onde se refere
que 0 servigo policial € fundamentalmente desempenhado através de
“Patrulhas, feitas pelos militares dos postos ou de outros escaldes, que
constituem a principal modalidade do exercfcio da actividade do servigo policial
da Guarda.”
Eque,
De acordo com o artigo 191.° do mesmo Regulamento, “A valéncia de
investigagao criminal da Guarda tem como missio desenvolver a actividade de
investigaco criminal, compreendendo esta 0 conjunto de diligéncias que, nos
termos da lei processual penal, se destinam a averiguar a existéncia de crime,
determinar os seus agentes e a sua responsabilidade e descobrir e recolher as
provas, no ambito do process
2. Verifica-se, assim, uma evidente diferenciagao entre a actividade de patrulhamento
e de investigacao criminal, e a consequente impossibilidade do militar da Guarda
exercer as duas actividades, sendo legalmente inadmissivel a acumulagao dos dois
suplementos.
3. Nestes termos, o presente despacho deve ser difundido ao dispositivo através do
Comandado da Administraggo dos Recursos Internos, acompanhado das
orientagdes que se entendam pertinentes tendo em vista o seu cumprimento,
devendo ainda serem desencadeadas as diligéncias necessdrias conducentes &
reposicao na Fazenda Nacional dos montantes que se vier a verificar terem sido
indevidamente processados.
4, Proceda-se em conformidade.
Quartel em Lisboa, Carmo, 11 de Agosto de 2010
0 Comandante-Geral
em substithy
‘Tenente-General