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Col ég i o P ol i técn i co

H u m ber to R i bei r o R ei s
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABLHO
Parecer CEE n° 192/05 Resolução CEE nº 61/05 D.O 24/8/05
ENTIDADE MANTENEDORA: Colégio Politécnico Filhos e Netos Ltda.
CNPJ- 06.131.396/0001-10
PSICOLOGIA APLICADA E ÉTICA PROFISSIONAL
DOCENTE: Carine Pólvora

O QUE É PERSONALIDADE?

Encontrar uma exata definição para termo personalidade não é uma


tarefa simples. O termo é usado na linguagem comum - isto é, como parte da
psicologia do senso comum - com diferentes significados, e esses significados
costumam influenciar as definições científicas do termo.
Personalidade é o conjunto de características psicológicas que
determinam a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da
personalidade é um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo.
A personalidade existe em função de um meio no qual procura adaptar-
se e, pertencendo a um ser vivo, tem que sofrer um processo de
desenvolvimento. Neste sentido, cada indivíduo tem sua história pessoal e esta
é a unidade básica a ser levada em conta no estudo da personalidade.
Na história pessoal devemos considerar: os dados biopsicológicos
herdados; o meio isto é, as condições ambientais, sociais e culturais nas quais
os indivíduos se desenvolvem; os dados adquiridos na interação
hereditariedade – meio; as características e condições de funcionamento do
indivíduo nessa interação, possibilitando previsões a respeito do seu
comportamento em situações futuras.
Considerando-se a personalidade como a unidade individual que se
desenvolve em um determinado meio, toda manifestação daquela, sob a forma
de diferentes tipos de comportamento, resulta de experiências passadas e de
estímulos atuais do meio.

TEORIAS SOBRE A PERSONALIDADE

Numerosas teorias têm sido elaboradas buscando linhas diretivas para o


estudo da personalidade. Quando alguém deseja compreender o
comportamento de outrem, em determinada circunstância, esforça-se por
descobrir a motivação de suas atitudes e opiniões, sentimentos e crenças.

PSICANÁLISE

FREUD
Foi um médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise.
Interessou-se inicialmente pela histeria e, atendia na maior parte, jovens
senhoras judias que sofriam de um conjunto de sintomas aparentemente
neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira parcial, alucinações, perda
de controle motor e que não podiam ser diagnosticados com exames. O
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tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na época, massagem, terapia
de repouso e hipnose.
Mais tarde, com interesses pelo inconsciente e pulsões, entre outros, foi
influenciado por Charcot e Leibniz, abandonando a hipnose em favor da
associação livre e da interpretação dos sonhos. Estes elementos tornaram-se
as bases da psicanálise. Freud além de ter sido um grande cientista e escritor
(Prémio Goethe, 1930), possui o título, assim como Darwin e Copérnico, de ter
realizado uma revolução no âmbito humano: a idéia de que somos movidos
pelo inconsciente. Suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram
controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje.
Suas idéias são freqüentemente discutidas e analisadas como obras de
literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso
como tratamento científico e médico.
O primeiro caso clínico relatado deve-se a Breuer e descreve o
tratamento dado a uma paciente (Bertha Pappenheim, chamada de "Anna O."
no livro), que demonstrava vários sintomas clássicos de histeria. O método de
tratamento consistia na chamada "cura pela fala" ou "cura catártica", na qual o
ou a paciente discute sobre as suas associações com cada sintoma e, com
isso, os faz desaparecer. Esta técnica tornou-se o centro das técnicas de Freud
que também acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas quais
baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual. Breuer
não concordava com Freud neste último ponto, o que levou à separação entre
eles logo após a publicação dos casos clínicos.

O APARELHO PSÍQUICO

Como a atividade motora está ligada à existência de um aparelho


osteomuscular. Freud concebeu também para a atividade psíquica uma
estrutura a que chamou de aparelho psíquico. Este é composto de três partes:
Id, ego e superego.
O id é a parte original desse aparelho a partir da qual, posteriormente
desenvolvem-se as outras duas. Constitui a porção herdada e que está ligada a
constituição. É a totalidade do aparelho psíquico do indivíduo ao nascer e
está voltado para a satisfação das necessidades básicas da criança no começo
de sua vida. A atividade do id consiste de impulsos que obedecem ao princípio
do prazer, isto é, que buscam o prazer e evitam a dor, na medida em que estas
sensações são definidas pela própria natureza do organismo. Neste sentido, a
atividade humana, no início da existência, é basicamente animal. Nesta época,
a criança ao buscar satisfazer seus impulsos básicos, naturalmente não
procura avaliar sua racionalidade nem as fontes de satisfação disponíveis. Ela
deseja gratificação imediata e não tolera a frustração. Entretanto à medida que
cresce terá que adaptar-se às exigências e condições impostas pelo meio.
Para esta adaptação, diferencia-se do Id uma nova parte do aparelho psíquico,
o Ego, que terá como principal função agir como intermediário entre o id e o
mundo externo.
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O Ego ao defrontar-se com as demandas do meio a criança precisa
gradualmente redirigir os impulsos do id, de modo que estes sejam satisfeitos
dentro de outro princípio que não o do prazer: o princípio da realidade. Isso
significa que o indivíduo deve suportar um sofrimento para depois alcançar o
prazer e renunciar a um prazer que poderá fazê-lo sofrer mais tarde. No
entanto, ambos os princípios visam o mesmo fim, alcançar a satisfação e evitar
a dor. Portanto, pode-se considerar o princípio da realidade como o princípio do
prazer modificado pelo desenvolvimento da razão. Assim, o ego tem uma
função de autopreservação, pois se houvesse apenas a busca da gratificação
imediata sem levar em conta as conseqüências da total evitação do sofrimento,
o indivíduo sucumbiria. Como intermediário entre o mundo interno (id) e o
mundo externo, o ego exerce uma série de funções. Em relação ao primeiro,
aprende a controlar as demandas dos impulsos, decidindo se estes devem ser
satisfeitos imediatamente, mais tarde ou nunca. Em relação ao segundo,
percebe os estímulos, avaliando sua qualidade e intensidade a partir de
lembranças de experiências passadas, protege-se dos estímulos percebidos
como perigosos, aproveita os estímulos favoráveis e realiza modificações no
meio, que possam resultar em benefício da própria pessoa. Em outras
palavras, são funções do ego: perceber, lembrar, planejar e decidir.
O Superego - À proporção que se desenvolve, a criança descobre que certas
demandas do meio persistem sob a forma de normas e regras estabelecidas.
Desta forma o ego tem que lidar repetidamente com os mesmos tipos de
problemas e aprender a encontrar para estes soluções socialmente aceitáveis.
O indivíduo, entretanto, não precisará indefinidamente, parar para pensar cada
vez que isso ocorrer. A decisão far-se-á automaticamente, pois as regras e
normas impostas pelo mundo externo vão se incorporar na estrutura psíquica,
constituindo o superego. Este que popularmente é chamado de “consciência”
representa a resposta automática, “certo” ou “errado”, que surge na pessoa
diante das várias situações que exigem uma tomada de posição.
Assim o superego representa a herança sócio-cultural do indivíduo, enquanto o
id representa a herança biológica.
As três partes da estrutura não podem ser consideradas isoladamente no seu
desenvolvimento e funcionamento. Elas são interdependentes. O ego
desempenha papel de integrador lidando simultaneamente com as demandas
do id, do superego e do mundo externo.
Nem o id,nem o superego são realistas, pois agem imediata e irrefletidamente,
o primeiro buscando de forma indiscriminada o prazer e o segundo censurando
automaticamente. O ego é a parte racional que realiza uma transação realista
considerando os aspectos próprios da natureza do indivíduo e o tipo de meio
onde vive. Decide o que fazer, quando e de que forma, visando sempre o bem
estar do organismo integral. O desenvolvimento do homem como ser social,
baseia-se no equilíbrio entre as forças dos impulsos primitivos irracionais do id
e as forças das exigências do superego e do meio a partir do qual este se
formou. O bom resultado deste equilíbrio dependerá da existência de um ego
fortalecido, de um superego moderado e do conhecimento da natureza dos
impulsos do id. Caso contrário, o equilíbrio da personalidade obedecerá
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padrões desviados da normalidade, entendendo-se aqui, por normalidade a
tendência um completo bem-estar biopsico-social.

Consciente, pré-consciente e inconsciente

Topograficamente, o aparelho psíquico está dividido em três planos ou


sistemas: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente.
O consciente é uma parte relativamente pequena e inconstante da vida mental
de uma pessoa. Corresponde a tudo aquilo que um indivíduo está ciente em
determinado instante e cujo conteúdo provém de duas fontes principais: o
conjunto dos estímulos atuais, percebidos pelo aparelho sensorial e as
lembranças de experiências passadas, evocadas naquele instante. Quanto
mais a atenção do indivíduo estiver voltada para os fatos da realidade
presente, menos haverá lugar para lembranças do passado. Em contraposição,
quanto mais a consciência estiver ocupada pelas recordações, menos atento
estará o indivíduo para as ocorrências atuais. Se o consciente corresponde a
tudo o que ocupa a atenção de um indivíduo em determinado instante, o
reservatório de tudo o que possa ser lembrado no instante seguinte
corresponde ao pré-consciente. Resta uma área da vida psíquica, onde se
encontram os impulsos primitivos que influenciam o comportamento e dos
quais não se tem consciência e um grupo de idéias, carregadas
emocionalmente, que uma vez foram conscientes, mas em vistas de seus
aspectos intoleráveis foram expulsas da consciência para um plano mais
profundo, de onde não poderão vir à tona voluntariamente. Esta área
corresponde ao inconsciente. No que diz respeito às partes da estrutura
psíquica, o id é inteiramente inconsciente. O ego, sendo a porção que se
diferenciou do id para contatuar com o mundo externo e ao mesmo tempo
receber informações do mundo interno, é parte consciente ( e pré-
consciente) e parte inconsciente. O superego sendo a incorporação no
psíquico, dos padrões autoritários e idéias da sociedade é inconsciente na
medida que funciona automaticamente, mas passível de compreensão
consciente, uma vez que originou do ego seu contato com o mundo externo.
Uma analogia é comumente empregada para ilustração da hipótese topográfica
do funcionamento mental. Toma - se como exemplo o iceberg, em que a
porção acima da superfície corresponde ao consciente, a porção que se torna
visível, conforme o movimento das águas, corresponde ao pré-consciente e a
parte sempre submersa, proporcionalmente muito maior, corresponde ao
inconsciente.

Consciente
EGO

SUPEREGO

Pré-consciente

Inconsciente
ID
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CRÍTICAS A FREUD

Atualmente muitas críticas tem sido feitas ao método psicanalítico,


porém, por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos
estruturadores da psique humana e os resultados obtidos pela aplicação do
método continuam melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se
que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que
antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método
clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato
sem igual em toda a história da ciência. Porém é de se constatar certamente
que em muitos escritos de Montaigne e de Pascal a idéia da auto-análise já era
usada para explicar problemas subjetivos usando a lógica vigente,
transformando os problemas do ser e de seu inconsciente em desafios
universais, com os quais todos os homens se deparam.
Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo
filósofo da ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência,
pois uma teoria seria científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos.
Um exemplo é a teoria freudiana do "Complexo de Édipo”. Freud afirmava que
esse complexo era universal, mas com que base de dados chegou a essa
conclusão? Na época da formulação da psicanálise, a sua "amostra" era
bastante limitada; parte dela vinha de sua experiência subjetiva (a sua "auto-
análise" precedendo a publicação de A Interpretação dos Sonhos) e da sua
prática clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma
Áustria vitoriana. Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem específicos
e que não podem fundamentar a universalidade pretendida pelo autor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Asendorpf, Jens B. (2004). Psychologie der Persönlichkeit (3. Aufl.). Berlin:


Springer. ISBN 978-3-540-71684-6

Myers, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer. ISBN 978-3-540-


79032-7 (Original: Myers (2007). Psychology, 8th Ed. New York: Worth
Publishers.)

Zimbardo, Philip G. & Gerrig, Richard J. (2005). A Psicologia e a vida. Artmed.


ISBN 8536303115 (No artigo citado do alemãõ (2004)Psychologie. München:
Pearson. ISBN 3-8273-7056-6; Original: (2002). Psychology and Life. Boston:
Allyn and Bacon.)

Letters of Sigmund Freud selected and edited by Ernst L. Freud, Basic Books,
1960 - pag. 7 - ISBN 0-486-27105-6

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