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METODOLOGIA PARA A QUANTIFICAÇÃO DO N.

º DE MINHOCAS EM
SUBSTRATOS PARA TRANSPORTE EM VERMICOMPOSTAGEM

Nelson Miguel Guerreiro Lourenço1

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BSc em Engenharia do Ambiente (ULHT), MSc em Gestão Sustentável dos Espaços
Rurais (UALG/FCT), Formador (n.º 523366/2010).
Futuramb – Gestão Sustentável de Recursos – DCEA / CPIV, Messines de Cima, caixa-
postal 5-S, 8375-047 S. B. Messines, Portugal.

Palavras-chave: Eisenia foetida, Substrato, resíduos orgânicos, vermicompostagem.

RESUMO

De forma a estabelecer-se a quantidade de minhocas num determinado substrato para


vermicompostagem (borras de café previamente estabilizadas + palha) quantificou-se o
seu volume recorrendo-se a caixas plásticas de volume fixo. Para a recolha de 20 L de
minhocas da espécie Eisenia foetida foram necessárias 10 caixas de volume constante
(10,7 L) preenchidas com o referido substrato. A quantificação do volume de minhocas
foi realizada através da estimativa em percentagem da sua quantidade em relação ao
substrato (% m/m). O volume final de minhocas obtido foi de 20,12 L através da
estimativa de 45 % em peso de minhocas adultas, juvenis e recém-nascidas.

ABSTRACT

In order to settle the amount of worms in a given substrate for vermicomposting


(coffee grounds previously stabilized + straw) was quantified using plastic boxes of
fixed volume. To collect 20 L of earthworms Eisenia foetida were needed 10 boxes of
constant volume (10,7 L) filled with that substratum. Volume quantifying of worms was
performed by estimating a percentage of its quantity relative to the substratum (% w/w).
The final volume of earthworms obtained was 20,12 L through the estimate of 45% by
weight of adult worms, juvenile and newborn.

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INTRODUÇÃO

Os micro e macrorganismos são importantes organismos biológicos ajudar a natureza


a manter os fluxos de nutrientes de um sistema para outro e também minimizar a
degradação ambiental (Wani, 2002).
Durante a sua alimentação, as minhocas promovem largamente a actividade
microbiana, acelerando o processo de decomposição de matéria orgânica e estabilização
dos agregados do solo (Dindal, 1985).
Entende-se a vermicompostagem como a transformação de matéria orgânica,
utilizando espécies adequadas de minhocas (Bouché, 1977) sendo a espécie comumente
utilizada a Eisenia foetida (Savigny, 1826). Apresenta elevada taxa de fecundação e
crescimento sob condições ideais (Edwards e Neuhauser, 1988; Sims e Gerard, 1999).
A Eisenia foetida é a espécie mais adequada para a vermicompostagem devido a
possuir ciclo de vida curto, com elevada reprodução e regeneração podendo tolerar com
intervalos de humidade e temperatura mais elevados (Hertentien et al., 1979; Ismail,
1995). O crescimento e desenvolvimento das populações de Eisenia foetida apresenta-se
como necessário visto elevadas quantidades de resíduos necessitarem de maiores
densidades de minhocas para produção de vermicomposto (Garg e Kaushik, 2005). O
crescimento e desenvolvimento da população de minhocas Eisenia foetida são muito
mais necessários para a conversão de resíduos, pois enorme quantidade de resíduos gerir
através de uma maior população de minhocas para adubo rico em nutrientes (Garg e
Kaushik, 2005).

MATERIAL E MÉTODOS

Caixas de plástico de volume constante (10,7 L) de comprimento 25,0 cm x


largura 12,0 cm x altura 12,0 cm foram cheias com um substrato para
vermicompostagem previamente formulado de densidade média 417,78 kg m-3 (segundo
as densidade da borra de café e da palha em 700 kg m-3 e 154 kg m-3 respectivamente)
consistindo em borras de café previamente estabilizadas e um agente estruturante -
palha, originando uma massa de substrato de 4,47 kg em cada caixa.
Para a quantificação de um volume de 20 L de minhocas da espécie Eisenia
foetida efectuou-se a recolha manual nos canteiros de vermicompostagem existentes no
Centro de Pesquisa e Investigação pertencente à Unidade-Piloto de Vermicompostagem
da Futuramb, e quantificou-se o volume de minhocas a colocar com base na densidade
de cada minhoca em 1 gcm-3 determinada in situ através da colocação de uma minhoca
adulta numa proveta graduada de 15,0 cm3, lendo-se o respectivo volume.
Desprezou-se a metodologia de diferença entre peso final e inicial uma vez que não se
apresentou como possível a quantificação de perda de volume de substrato, não para
biomassa de minhocas, mas para perdas de nutrientes em emissões gasosas. Admitiu-se
deste modo que as quantidades de minhocas foram iguais em todas as caixas (Fig. 1) e
no peso de uma minhoca no estado adulto em 555 mg (Dominguez e Edwards, 2004).

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Fig. 1 – Aspecto de uma das caixas para colocação do substrato com minhocas.

As percentagens de estimativa da massa de minhocas em relação à massa de


substrato foram quantificadas de acordo com a seguinte expressão (1):

Massa total de minhocas em relação à massa total de substrato = x 100 (1)


%

Quadro 1 – Quantificação do volume (L) de minhocas por cada caixa utilizada.

Densidade Massa Biomassa Volume Minhoca


N.º Volume
substrato substrato minhocas minhocas s aprox.
caixas caixa (L)
(kg m-3) (kg) (%) (L) (uni.)
10 10,7 417,78 4,47 45 20,12 25346

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Desprezou-se a quantificação por diferenças de peso em virtude da


impossibilidade em se determinar emissões gasosas provenientes da decomposição do
substrato. Cada caixa possuiu volume de minhocas considerado constante, que
multiplicado pelo n.º total de caixas existentes (10) originou o volume total de minhocas
pretendido (20 L). O volume total de minhocas obtido no substrato (Fig. 2) foi de 20,12
L sendo a sua quantidade estimada em 25346 minhocas (mistura de minhocas recém-
nascidas, juvenis e adultas).

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Fig. 2 – Populações da minhoca dos resíduos orgânicos (Eisenia foetida).

CONCLUSÃO

A quantificação do volume de minhocas apresenta-se determinante em qualquer


unidade de vermicompostagem. Segundo a presente metodologia qualquer volume de
minhocas pode ser extrapolado para as condições de ensaio, colocação em canteiro ou
transporte mediante a colocação num substrato para vermicompostagem formulado
previamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Dindal, D L, Quest Entomol., 1985, 12, 587-594.

- Bouché M. B.: Stratégies lombriciennes. Biological Bulletin (Stockholm) 25. pp.


122-132. 1977.

- Dominguez, J., Edwards, C. Earthworms. Vermicomposting organic wastes – A


review. Soil Zoology for Sustainable Development in the 21st Century. Cairo.
2004.

- Edwards C. A., Neuhauser E. F.: Earthworms in waste and environmental


management. SPB Academic Publishing. The Hague. 1988.

- Sims R.W., Gerard B.M.: Earthworms. Synopses of the British fauna No. 31
(revised) The Linnean Society and the Brackish-Water Sciences Association.
Field Studies Council Shrewsbury. 1999.

4
- Garg, V. K.; Kaushik, P. Vermistabilization of textile mill sludge spiked with
poultry droppings by na epigeic earthworm Eisenia foetida. Bioresource
Technology, Oxon, v. 96, pp. 1063- 1071, 2005.

- Hartenstein, R., E.F. Neuhauser and D. Kaplan, 1979. A progress Report on the
potential use of earthworm in sludge management (In proceeding of 8th National
sludge conference, Florida. 1979).

- Ismail, S.A., 1995. Earthworm in soil fertility management. In Thompson, P.K.


Ed., (organic agriculture. Peekay Tree Crops development Foundation, Cochin,
India), pp: 77-100.

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