GESTÃO DE CONFLITOS
Aluno Nº 21120297
Aluno Nº 21120078
1. O QUE É O CONFLITO___________________________________________________________ 2
2. CATEGORIAS DO CONFLITO ____________________________________________________ 2
2.1 CONFLITOS INTRAPESSOAIS _______________________________________________________ 2
2.1.1 Conflito Atracção - Atracção__________________________________________________ 3
2.1.2 Conflito Repulsão – Repulsão _________________________________________________ 3
2.1.3 Conflito Atracção – Repulsão _________________________________________________ 3
2.1.4 Dupla Atracção – Repulsão ___________________________________________________ 3
2.2 CONFLITOS INTERPESSOAIS _______________________________________________________ 3
2.2.1 Diferenças individuais_______________________________________________________ 3
2.2.2 Limitação dos recursos ______________________________________________________ 4
2.2.3 Diferenciação de papéis______________________________________________________ 4
2.3 CONFLITOS ORGANIZACIONAIS ____________________________________________________ 4
3. O CONFLITO COMO UM PROCESSO _____________________________________________ 5
3.1 MODELO DE WALTON E DUTTON ___________________________________________________ 5
3.2 MODELO PONDY _______________________________________________________________ 6
3.3 MODELO DE DE DREU ADAPTADO __________________________________________________ 7
FIG.3 – PENTA MODELO CLÁSSICO DE GESTÃO DE CONFLITOS _______________________________ 8
3.3 PROCESSO DE CONFLITO SEGUNDO ROBBINS (1979) ____________________________________ 8
3.3.1 Fase I – Incompatibilidade ou Oposição Inicial ___________________________________ 8
3.3.1.1 Comunicação ___________________________________________________________________ 8
3.3.1.2 Estrutura _______________________________________________________________________ 9
3.3.1.3 Valores pessoais ________________________________________________________________ 10
3.3.2 Fase II – Conhecimento ou Personalização______________________________________ 10
3.3.3 Fase III – Intenções de Resposta ______________________________________________ 10
3.3.4 Fase IV – Comportamento __________________________________________________ 11
3.3.5 Fase V – Resultados _______________________________________________________ 12
4. ESCALADA DO CONFLITO _____________________________________________________ 12
5. CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO _______________________________________________ 12
5.1 RESULTADOS DAS SITUAÇÕES CONFLITUAIS _________________________________________ 12
5.2 ASPECTOS NEGATIVOS E POSITIVOS ________________________________________________ 13
6. ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE CONFLITO ______________________________________ 14
6.1 HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA GESTÃO EFICAZ DOS CONFLITOS ________________________ 14
6.1.1 Diagnosticar a natureza do conflito ____________________________________________ 14
6.1.2 Envolver-se no conflito _____________________________________________________ 14
6.1.3 Escutar__________________________________________________________________ 15
6.1.4 Resolver o Problema _______________________________________________________ 15
6.2 ESTILOS DE GESTÃO DE CONFLITOS ________________________________________________ 15
7. CONCLUSÃO __________________________________________________________________ 16
8. CONCEITOS-CHAVE ___________________________________________________________ 17
9. BIBLIOGRAFIA ________________________________________________________________ 17
10. LINKS ÚTEIS _________________________________________________________________ 17
1
1. O QUE É O CONFLITO
A evolução do modelo marcadamente materialista da sociedade contemporânea, para
um outro pós-materialista, devido às motivações económicas terem dado origem a
outras motivações relacionadas com a possibilidade do desenvolvimento individual
através do trabalho, revela uma quotidiana experiência de conflitos íntimos e sociais nas
famílias, grupos ou comunidades mais amplas. [1]
As organizações são compostas por grupos de pessoas que interagem entre si, seja de
um modo mais ténue ou mais vigoroso. Estes discutem devido a discordância de ideias,
diferentes interpretações das ocorrências ou valores opostos. “(...) o conflito não é
apenas inevitável, ele representa a natureza das organizações complexas, (...) [Não]
significa a ruptura de um sistema intencionalmente cooperativo antes é central ao que
uma organização é” (Putnam, 1997 p.148). Este constitui uma evidência tão fincada das
organizações que é impensável supor, a sua supressão ou que este seja sempre negativo
ou desnecessário. [2]
Convém esclarecer que Conflito é diferente de problema. Num Conflito existem partes
em confronto e desenvolve-se uma atitude de hostilidade, enquanto num problema há
um grupo de pessoas que trabalham em conjunto, desenvolvendo-se uma atitude de
aproximação (Almeida, 1995). [3]
A visão tradicional do conflito sustenta que o conflito deve ser evitado, por induzir
disfunção na organização. Outro ponto de vista é a da escola de pensamento das
Relações Humanas, que sustenta que o conflito é natural, sendo inevitável num qualquer
grupo ou organização, e não tem de ser visto negativamente, mas pode ser mesmo uma
força positiva para o desenvolvimento da produtividade da organização. A visão
interaccionista tem como argumento, que o conflito não pode ser apenas positivo mas
que algum tipo de conflito é absolutamente necessário para a eficácia do grupo ou
organização. [4]
2. CATEGORIAS DO CONFLITO
2.1 Conflitos Intrapessoais
Este conflito ocorre dentro do indivíduo. Pode estar associado a conflito de ideias,
pensamentos, emoções, valores, predisposições. [2]
2
2.1.1 Conflito Atracção - Atracção
Perante uma situação de escolha de situações atraentes, para escolher uma delas terá que
rejeitar a outra, já que ambas não podem ser realizadas simultaneamente. [5] É o
conflito mais simples, em que teoricamente o indivíduo se aproximará daquele que
julgar estar mais perto, ou mais fácil de atingir.[6]
Este conflito corresponde às situações em que a pessoa está perante duas alternativas
desagradáveis, e tem vontade de as rejeitar, mas tem dificuldade em o fazer
simultaneamente. Se não optar, implica automaticamente que qualquer das opções se
imponha. Teoricamente este tipo de conflito é menos fácil de resolver do que o anterior.
Se propusermos a alguém que decida entre ficar sem a sua casa ou sem os seus
rendimentos sensivelmente iguais, a escolha pode levar muito tempo e, ou mesmo,
prolongar-se indefinidamente. Este conflito tem uma ligação estreita com a ideologia
dos valores pessoais, assim como do tipo de comportamento exigido e temido pelo
próprio indivíduo. Outro caso bem ilucidativo é caso da denúncia do melhor amigo de
trabalho ao patrão por razões de incumprimento profissional deste outro. [5]
2.1.3 Conflito Atracção – Repulsão
Tipo de conflito em que a pessoa perante situações de decisão pela parte do indivíduo,
está perante vantagens e desvantagens, em que o indivíduo tem de decidir se deve
aproximar-se ou afastar-se de um alvo que, ao mesmo tempo, lhe causa atracção e
receio. Este tipo de conflito pode ser considerado como o mais usual, pois refere-se a
situações constituídas por características positivas e por outras negativas. O caso dos
vícios, como o tabaco ou outro tipo de drogas origina situações em que o indivíduo tem
como positivo a satisfação do momento pelo consumo, mas ao mesmo tempo, a parte
prejudicial para a sua saúde. [5]
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2.2.2 Limitação dos recursos
Por os recursos serem limitados, estes são alvo de competição. É difícil a unanimidade
quando se distribui equitativamente, pois existe sempre quem ache que fique
prejudicado.
Da dificuldade de definição de quem pode dar ordem ao outro poderá dar origem a
conflitos interpessoais. Se esta ordem não é acatada pelo outro, dá-se o conflito.
4
6. Quando as perspectivas de pessoas em níveis diferentes, assim como os seu valores e
e interesses não são comuns, é uma fonte potencial de conflito.
7. A autonomia demonstrada pelas pessoas que trabalham numa empresa, assim como o
aumento do espírito crítico e a maior aspiração profissional pode ser uma fonte
potencial de conflito
Isto implica que os conflitos não podem deixar de ser considerados, estes podem ser de
grande utilidade, na importância de não cair na estagnação, assim como estimula a
inovação e novas ideias e novas metodologias. Este pode ser um factor importante,
embora possa ser bastante perigoso, se os indivíduos envolvidos evoluam no sentido de
se ajustarem.
Primeiro, estes autores afirmam que o conflito resulta de uma grande parte de factores
que exteriormente originaram a relação ou a antecederam. Muitos destes factores ou
condições são trazidos para a relação por aqueles que conceberam a estrutura e a
tecnologia da organização. Por exemplo, fontes do conflito como a interdependência,
desequilíbrio autoridade-prestígio, recompensas, ambiguidades e partilha de recursos.
Outros factores como a falta de comunicação, insatisfação e diferenças entre as
unidades no que se refere a valores e percepções, estão geralmente, pelo menos em
parte, sob o controle dos próprios membros do grupo.
5
Terceiro, Walton e Dutton dizem que embora o conflito potencial de uma situação seja
em grande parte determinado pelos antecedentes e natureza da relação intergrupo,
algumas organizações têm mais sucesso no controlo das estratégias de gestão de
conflitos que adoptam; estas estratégias são o que se designam por “gestão interface”.
Estádio 4: Resultado do conflito. Assumir que o conflito existe, a forma como é gerido e
solucionado têm importantes implicações, pois daí em diante pode resultar uma relação
de cooperação ou um conflito contínuo. Na opinião de Pondy, se o conflito é enfrentado
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e resolvido à medida do desejo dos envolvidos, cria-se a base para uma relação de
cooperação. Pelo contrário, se o conflito é apenas adiado e não resolvido, as condições
latentes de conflito podem agravar-se e resultar de formas mais sérias até que sejam
rectificadas ou até que a relação se dissolva.
• Os conflitos podem ter antecedentes de várias naturezas (ver Fig. 2), incluindo
aspectos individuais (valores e traço de personalidade), da relação (desconfiança
mútua, conflitos não resolvidos), da situação (crise económica, instabilidade
sectorial).
• Os antecedentes podem explicar a emergência de três tipos básicos de conflitos:
recursos, intelectivos e avaliativos
• Como consequência, os contendedores, experimentam cognições, sentimentos e
motivações. Daí advêm intenções estratégicas e acções.
• As partes no conflito podem adoptar vários comportamentos de gestão de
conflitos, podendo estes serem tipificados pelo penta modelo clássico exposto na
Fig. 3.
• Os resultados, podem ser benéficos para ambas as partes, apenas para uma ou
mesmo para nenhuma. Podendo originar impasses, vitórias, derrotas, agressões,
ansiedades, retaliações, frustrações, satisfações.
• Estes resultados podem originar outros conflitos, suscitar novas experiências,
novas estratégias comportamentais.
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(construído através de Rego (1995); Rego e Jesuino (2002))
Fig.3 – Penta Modelo Clássico de Gestão de conflitos
3.3.1.1 Comunicação
8
2. Incompreensão: uma das partes pode desconhecer aquilo que a outra quer dizer e
surgir daí a falta de compreensão da outra parte.
3. Ruídos: é importante que no canal de comunicação que liga as duas partes, não exista
“ruído”, que possa distorcer a emissão. Caso contrário a mensagem será recebida com
um significado muito diferente daquela que foi originalmente pretendida.
5. Percepção selectiva: a educação que cada um teve, de acordo com a cultura ou sub -
cultura específica de que a sua família está imbuída, pode ocasionar em ambas as partes
uma percepção diferente da desejada conduzindo a um conflito.
Conformismo
(adaptado a partir de Noronha, M. e Noronha, Z. 2002)
3.3.1.2 Estrutura
A estrutura que existe nos grupos de que são compostas as organizações pode ter uma
influência decisiva na existência do conflito, como vamos ver a seguir.
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4. Estilo de liderança: a evidência das investigações tem demonstrado que uma
supervisão apertada e constante dos membros do grupo, pode reduzir a sua
produtividade, tal como acontece quando existe situações de tolerância excessiva em
relação à falta de cumprimento das obrigações dos elementos do grupo.
6. Dependência entre grupos: quando para o seu bom desempenho um grupo depende
de outro, pode entrar em conflito com o segundo, à mais pequena falha que possa existir
nesse grupo, que terá a tendência de se sobrepor ao primeiro.
Na segunda fase do processo conflitual, embora o conflito seja percebido por qualquer
das partes, não quer dizer que seja assumido como tal. Se uma das partes se sente
ansiosa ou irritada por se ter apercebido de um conflito, não quer dizer que a outra parte
perceba ou sinta o mesmo. É nesta fase que o conflito é definido como tal, e é
importante verificar se existem sentimentos positivos ou negativos em relação à outra
parte, o que vai condicionar de algum modo o resultado do conflito. Quando quaisquer
das condições mencionadas na fase I afectarem uma das partes, a possibilidade de
incompatibilidade ou oposição sedimenta-se na fase II em que existem dois momentos:
Por isso, as intenções vão influenciar as decisões das partes para agir de uma
determinada maneira. A atitude intencional de uma das partes baseia-se na inferência
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que ela faz da outra, atribuindo-lhe determinadas intenções, bem como na imaginação
de que poderá agir de um modo específico.
Assim, quando as duas fases anteriores tiverem afectado uma das partes, a qual infere
que existe um conflito, com toda a carga emocional que lhe está associada, começa a
delinear-se esta fase das intenções de resposta, de acordo com a situação ou dos modos
de actuação a serem utilizados. É nesta fase que as duas dimensões, uma relacionada
com a atitude de cooperação e a outra com a “assertiveness” ou ideia de manter uma
certa dureza na negociação, se conjugam na adopção das cinco estratégias de resolução
do conflito em causa.
Quando se fala em conflito, a maior parte das pessoas associa-o apenas a esta quarta
fase, ignorando tudo o que se passa nas anteriores, apesar de todas elas serem essenciais
para a acção que se irá desenvolver. As afirmações, acções e reacções de qualquer das
partes em conflito apenas se tornam visíveis nesta fase, as anteriores passam
despercebidas. Além disso, por vezes devido a cálculos errados ou acções pouco
concertadas, os comportamentos visíveis desviam-se das verdadeiras intenções.
Assim, esta fase pode traduzir-se por um conjunto de actuações que vão desde simples
desentendimentos até tentativas de destruição total da outra parte, isto é, vão desde
meras incompreensões até à guerra total, passando por greves, revoltas, etc.
Como as reacções são o resultado das intenções das partes, se por acaso os cálculos
anteriores tiverem sido mal feitos, as respostas ou reacções da outra parte podem não
corresponder às esperadas e não estarem conforme os desejos mais conscientes.
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3.3.5 Fase V – Resultados
Das acções e reacções entre as partes em conflito resultam consequências que, tanto
podem ser funcionais e benéficas para o grupo em questão, como disfuncionais e
prejudiciais para o seu funcionamento ou até para a sua sobrevivência. Neste
“continuum” de possibilidades de acção e reacção, os conflitos disfuncionais situam-se
mais perto da guerra total, ao passo que os funcionais se colocam na esfera dos
desentendimentos.
4. ESCALADA DO CONFLITO
A escalada do conflito, ocorre quando a interacção entre as partes sofrem mudanças ao
nível ou intensidade do conflito (Rubin et al., 1994; Thomas, 1992). A escalada
reflecte-se no aumento de quantidade de temas em disputa, na hostilidade crescente, no
recurso a objectivos e exigências mais ambiciosas, no uso crescente de tácticas
coercivas, no empobrecimento dos níveis de confiança mútua e na rigidificação das
posições. Os níveis de escalada do conflito segundo Thomas 1992 podem ser:
5. CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO
5.1 Resultados das situações conflituais
Toda a situação de conflito termina com resultados que atingem quer a organização por
um todo, quer as pessoas envolvidas no conflito. Para a organização, o conflito pose ser
positivo, e originar criatividade e mudança sendo, por vezes a única forma de atrair as
atenções. Com tudo pode também ter consequências negativas pela utilização de tácticas
desleais, originando um conjunto de aspectos negativos. Os resultados possíveis para os
intervenientes numa situação de conflito são:
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para justificar a derrota, as relações entre os membros do grupo que perde
deterioram-se porque uns culpam os outros ou arranjam um “bode espiatório”, a
derrota pode ser aceite coimo merecida, e o grupo esforça-se para não voltar a
receber derrotas semelhantes e, pode criar-se o rancor, alimentando a
vingança.[3]
• Perda/Perda – esta situação acontece quando as partes cedem uma à outra, sendo
o resultado final incoerente com as posições iniciais; ou quando uma terceira
pessoa, com mais poder, intervêm e põe fim ao conflito de modo que não
interesse a nenhuma das partes. Em qualquer das situações, o resultado final não
é querido por nenhuma das partes, e é provável que os efeitos sejam semelhantes
a quem perde no resultado ganho/perda (Almeida, 1995). Tanto nesta situação
como na anterior, a partes envolvidas frequentemente personalizam os assuntos.
Centram-se uma na outra em vez de o fazerem no problema, prestando mais
atenção às suas diferenças, evitando o assunto mais importante que é resolver o
conflito (Marriner-Tomey, 1996). [3]
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Permite testar os méritos das diferentes
Pode romper relacionamentos.
propostas, ideias e argumentos.
Pode levar a suspeições descabidas sobre
os motivos, atitudes e intenções da outra
Permite reconhecer problemas ignorados.
parte. Gera, em cada lado da barricada
estereótipos negativos acerca do outro.
Motiva as pessoas dos dois lados da
Pode afectar negativamente a cooperação
barricada a compreenderem melhor as
entre pessoas e grupos.
posições da contraparte.
Desafia o status quo, encoraja a
Afasta a atenção e as energias das tarefas
consideração de novas ideias e
maiores e dos objectivos organizacionais-
abordagens, facilitando a inovação e a
chave.
mudança.
Aumenta a coesão, a lealdade, a
Pode levar os lideres a passarem de estilos
motivação e a performance dentro dos
participativos para autoritários.
grupos envolvidos na contenda.
Cria ambientes de trabalho desagradáveis. Permite libertar tensões.
Se algum membro do grupo sugere que a
posição da outra parte tem algum mérito, É o antídoto para o pensamento grupal
pode ser considerado como traidor.
Arruína a carreira de algumas pessoas.
Pode levar á destruição do grupo.
Construído a partir de: Lippitt (1985); Walton (1985); Hampton (1991); Greenberg & Baron (1993);
Mitchell & Larson (1987); Ware & Barnes (1992); Robbins (1992).
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• Diga objectivamente o que a outra lhe fez e em que é que a afectou;
• Diga o que gostaria que a outra fizesse;
A origem do conflito, deve ser abordada de uma forma clara por ambas as partes, para
se obter uma solução satisfatória para ambas.
6.1.3 Escutar
As pessoas envolvidas no conflito têm que se ouvir mutuamente. A escuta implica que
prestemos atenção não só ao conteúdo da mensagem de cada uma das partes mas
também aos sentimentos e emoções nelas implicados, aos índices não verbais e ao
contexto em que essa mensagem é proferida.
A escuta activa é uma das formas mais indicada para negociar um conflito, este tipo de
escuta necessita de uma certa empatia. Escutar implica a deixar de pensar no seu ponto
de vista e compreender o ponto de vista do outro.
A escuta é difícil pois esta a lidar com problemas nos quais intervenientes estão
envolvidos emocionalmente. Normalmente cada pessoa tende a defender o seu ponto de
vista em vez de escutar os argumentos dos outros.
A necessidade de encontrar uma solução ajustada para o conflito leva a que todas os
seus intervenientes tenham de ser ouvidos, expressando aí os seus valores, sentimentos.
Para a resolução do problema que gerou o conflito todas as soluções devem ser
consideradas e ponderadas, como possíveis. Todos os intervenientes do conflito devem
sentir-se livres de poder apresentar as suas soluções, mesmo as mais estranhas e
inaceitáveis.
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(adaptado de Rego, Arménio; Universidade de Aveiro; 1998)
7. CONCLUSÃO
Após um confronto de diferentes interesses a consequência mais imediata é o conflito.
Pelo facto de as pessoas se relacionarem com outras pessoas com valores, crenças,
conhecimentos, experiências e objectivos diferentes, o conflito é um resultado esperado
que não deve ser evitado, mas sim administrado. [3]
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Abordámos diferentes perspectivas do processo de desenvolvimento do conflito sendo
aspectos comuns, a percepção que ambas as partes têm de conceber o conflito como tal,
perceber os pressupostos uma da outra, quererem a resolução do conflito e aproveitarem
o resultado final do processo de negociação de forma construtiva. O diálogo revela-se,
desde o início da preparação da resolução do conflito, um elemento essencial. Existem
conflitos que se arrastam, tornam-se crónicos, com consequências negativas para
todos.[2]
8. CONCEITOS-CHAVE
Conflito, Organizações, Produtividade, Ganho, Perda, Estratégias
9. BIBLIOGRAFIA
[1] Morais, Ana Maria; “Gestão de Conflitos”; Nursing ; 2002; Nº 172
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/9360.pdf
http://www.tgtreinamento.com.br/artigo.asp?artigo=21
http://expressoemprego.clix.pt/scripts/indexpage.asp?headingID=4450
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/11455.pdf
http://www.bocc.ubi.pt/pag/gomes-marcelo-arte-do-conflito.pdf
http://www.administradores.com.br/membros.jsp?pagina=membros_espaco_academico
_corpo&idPublicacao=131&idColunista=15053
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