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Química Analítica Quantitativa


DETERMINAÇÃO DE SULFATO COMO SULFATO DE BÁRIO

I – Objetivo:
Determinar o teor de sulfato a partir de uma amostra de composição conhecida
utilizando técnicas de análise gravimétrica por precipitação.

II – Introdução teórica:
O método baseia-se na precipitação BaSO4 mediante adição lenta de uma
solução diluída de cloreto de bário à solução contendo o sulfato. A determinação está
baseada na reação:
SO42- + Ba2+ BaSO4(s)
A precipitação é efetuada em solução levemente acidificada com HCl e a
quente. O precipitado é filtrado, lavado com água, calcinado ao rubro e pesado como
BaSO4.
O sulfato de bário apresenta tendência acentuada para formar pequenos cristais,
que , na filtração, passam através dos poros dos filtros. Por isso, é necessário procurar
condições favoráveis à formação de precipitados de cristais bastante grandes para
poderem ser filtrados facilmente. Os cristais são muito maiores que um precipitado
amorfo como AgCl. O BaSO4 é solúvel em água a temperatura ambiente numa
concentração (remanescente) cerca de 0,3 mg /100 mL de H2O. Na prática a
solubilidade diminui muito pela presença do íon Ba2+ em excesso na solução. O BaSO4
é um pouco mais solúvel a temperaturas elevadas. Este fato é importante porque
permite usar água quente para a sua lavagem, com a qual se elimina melhor as
impurezas do precipitado. Sua solubilidade é devido a formação de íons HSO 4-,
porque o H2SO4 não é por completo um ácido forte.
SO42- + H+ HSO4-
A precipitação do BaSO4 costuma ser efetuado em solução levemente acidificada
com HCl , para impedir que precipitem igualmente como sais de bário, ânions tais
como: carbonato, fosfato, arseniato etc. O único íons que perturbam nestas condições
são os íons fluoreto. O BaF2 é insolúvel em soluções ácidas diluídas, sendo necessário
a separação de fluoretos antes da precipitação do BaSO4. Dos cátions comuns além do
bário, só chumbo, cálcio e estrôncio formam sulfatos praticamente insolúveis, sendo
necessário a separação prévia destes cátions.

O BaSO4 é um precipitado largamente sujeito a contaminação por efeito de


coprecipitação de substâncias estranhas durante o processo do crescimento do cristal a
partir das partículas iniciais e nisto está o principal obstáculo para a determinação dos
íons sulfato. A coprecipitação é a contaminação do precipitado por substâncias que
são, normalmente, solúveis na água-mãe podendo ser por adsorção - impureza na
superfície do precipitado - ou oclusão – impureza no interior das partículas. A influência
das diversas coprecipitações sobre a direção positiva ou negativa do erro nos
resultados é importante porque indica que os erros individuais podem compensar-se
mutuamente até quando não se pode reprimir a coprecipitação. Examinemos primeiro,
a coprecipitação de ânions como Cl- e NO3- em uma determinação de sulfatos. As
cargas negativas dos ânions coprecipitados devem ser compensadas eletricamente por
íons positivos, e os íons Ba2+ são mais abundantes no meio no qual se forma, o
precipitado. Assim esta coprecipitação é na realidade uma coprecipitação de BaCl2 e
Ba(NO3)2 juntamente com o BaSO4. Como as substâncias coprecipitadas são por si
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mesmas solúveis ,este é um caso de coprecipitação. Com respeito a determinação de
sulfatos , estas substâncias coprecipitadas são simplesmente precipitadas que formam
ao precipitado de BaSO4. Portanto, quando coprecipitam ânions estranhos com o
BaSO4 em uma determinação gravimétrica de sulfatos, os resultados serão altos .
Examinemos agora a coprecipitação de um cátion como o Fe 3+ em uma
determinação de sulfatos. A carga positiva do cátion deve ser compensada por ânions
para manter a neutralidade elétrica e, tal como se efetua normalmente, este ânion é
invariavelmente o próprio íon sulfato. Assim o precipitado é parcialmente Fe2(SO4)3 que
por calcinação se decompõe a Fe2O3. Cada íon sulfato corresponderia a uma molécula
de BaSO4 no precipitado final, porém, como cada íon sulfato que intervém na
coprecipitação do ferro correspondente só a 1/3 da molécula de Fe 2O3, o precipitado é
demasiado leve e o resultado para o sulfato é assim baixo. A coprecipitação de outros
cátions conduz a conclusões semelhantes sempre e quando o cátion que substitui o
íon Ba2+ no precipitado, pese menos que o bário, se este for o caso. Em geral, a
coprecipitação de cátions estranhos conduz a resultados demasiados baixos na
determinação de sulfatos.
O BaSO4 deve ser calcinado a uma temperatura de 500ºC ou mais alta
para liberar água. A sua decomposição só ocorre em temperatura superior a 1400ºC:
BaSO4 BaO + SO3
Durante a calcinação do precipitado BaSO 4, este é parcialmente reduzido
pelo carvão do papel de filtro, transformando-se em BaS:
BaSO4 + 2 C BaS + 2 CO2
Entretanto, o BaS é oxidado pelo oxigênio do ar:
BaS + 2 O2 BaSO4
A obtenção de um peso constante (no processo de calcinação), prova que
a oxidação terminou e que o precipitado já não contém nenhum BaS.
Se não há livre acesso de ar durante a calcinação pode ocorrer então erro na análise.
Porém, pode-se evitar esta possível fonte de erro, utilizando-se um cadinho filtrante de
porcelana porosa para a filtração. Sendo este, juntamente com o precipitado BaSO 4,
conduzido a calcinação.

III- Material necessário:


Aparelhagem Reagentes
- Cadinho de porcelana - Solução de BaCl2 . 2H2O 0,04mol/L
- Tr iângulo de quartzo - K2SO4 P.A
- Bico de gás - HCl 12 mol/L
- Béquer de 400 mL (2)
- Béquer de 250 mL (2)
- Vidro de relógio grande
- Vidro de relógio pequeno
- Bastão de vidro
- Tubo de ensaio
- Funil de haste longa
- Proveta 100mL
- Papel de filtro para filtração lenta.
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IV- Procedimento experimental:


Procedimento 01- Preparo do cadinho de porcelana
O cadinho é aquecido nas mesmas condições em que posteriormente se
calcinará o precipitado. (Bico de Bunsen, mufla, estufa etc.)
1- Colocar o cadinho limpo e seco sobre um triângulo de porcelana num
suporte. Aquecê-lo á chama do bico de Bunsen, de modo a que o cone azul
da chama fique alguns milímetros abaixo do fundo cadinho, por 15 ou 20
minutos.
2- Retirar da chama e, resfriar o cadinho incandescente durante 1 ou 2 minutos.
3- Levar a um dessecador (a fim de evitar que o cadinho absorva os vapores de
água do ar). O conjunto dessecador cadinho, deverá ficar na sala de
balanças em repouso durante 20 ou 25 minutos.
4- Após esta preparação, pesar o cadinho:
Peso do cadinho - __________ g
5- Aquecer novamente o cadinho, repetindo os procedimentos anteriores.
Peso do cadinho - __________ g
6- Se a 2ª pesagem não diferir da 1ª mais de 0,0002 g, pode-se admitir que se
atingiu o peso constante do cadinho. Caso contrário, repetir esta operação.
Peso do cadinho (constante) - P1 = __________ g
Procedimento 02 - Preparo da solução da amostra
1- Pesar cerca de 0,5 g da amostra - K2SO4 (previamente seca a 110ºC para
eliminar a umidade ). Anotar o peso exato da amostra.
Peso da amostra - Pa = _________ g
2- Transferir quantitativamente a amostra para um béquer de 400mL provido de
vidro de relógio.
3- Dissolver em água, diluir para aproximadamente 150mL.
4- Adicionar à solução 2 mL de HCl 12 mol/L.
Procedimento 03 – Precipitação
1- Calcular o volume de cloreto de bário 0,04 mol/L necessário para precipitar o
íon sulfato presente na solução amostra (com um excesso de 10% para
assegurar uma precipitação quantitativa do sulfato).
2- Transferir este volume para um béquer de 250mL.
3- Aquecer a solução amostra e do precipitante a 80-90ºC.
4- Transferir a solução de cloreto de bário (com ajuda do bastão de vidro) para a
solução amostra. Agitar bem a mistura por 2-3 minutos, com a solução ainda
quente.
Procedimento 04 – Digestão
1- Deixar o precipitado BaSO4 sedimentar por alguns minutos, e comprovar se a
precipitação foi completa, pela adição de algumas gotas de solução de BaCl2.
2- Colocar o béquer (coberto com um vidro de relógio) com o seu conteúdo em
banho-maria durante 1 hora (para efetuar a digestão do precipitado). A
solução sobrenadante deve ser completamente clara.
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Procedimento 05 – Filtração
1- Transferir a solução sobrenadante para o filtro (retendo o precipitado no
béquer) com ajuda do bastão de vidro. Não deixar que o líquido ultrapasse a
2/3 da capacidade do filtro.

Procedimento 06 – Lavagem
1- Lavar o precipitado no béquer por decantação com várias porções de água
destilada quente.
2- Transferir o precipitado para o papel de filtro, lavando-o várias vezes com
água destilada quente para eliminação dos íons Cl-.
3- Testar com solução de AgNO3 , até reação negativa para cloretos.
Procedimento 07 – Secagem ou Calcinação do precipitado
1- Dobrar o papel de filtro (pedir orientação ao professor). Transferi-lo para o
cadinho de porcelana.
2- Montar o equipamento necessário para a calcinação. Colocar o cadinho
verticalmente no triângulo de quartzo e dispor a tampa de tal maneira que
fique um pouco deslocada para permitir acesso limitado de ar.
3- Aquecer lentamente o cadinho no princípio, para evaporar a água do
precipitado e do papel de filtro.
4- Depois de alguns minutos, aumentar o aquecimento para carbonizar o papel
de filtro (o papel de filtro não deve se inflamar). Uma vez carbonizado o papel
de filtro, deslocar mais a tampa do cadinho para permitir livre acesso de ar.
5- Aumentar a temperatura de modo que o cadinho adquira um brilho vermelho
escuro até que todo o resíduo de carbono seja eliminado.
6- Aquecer fortemente (aumentando a chama) durante uns 15 minutos mais.
Retirar o cadinho.
7- Resfriar ao ar por 3-5 minutos e então transferir para o dessecador e deixar
por 30 minutos.
Procedimento 08 – Pesagem
1- Efetuar a pesagem. ________ g
2- Repetir calcinação (por 15 minutos), resfriamento e pesagem até obtenção de
peso constante. P2 = __________ g
Procedimento 09 – Cálculos
Para determinar o teor de S, SO32- e SO42- na amostra, os seguintes dados
são necessários:
Pa = Peso da amostra;
P1 = Peso do cadinho;
P2 = Peso do cadinho + precipitado;
P3 = Peso do precipitado.
Depois de calculado o peso do precipitado, calcular o teor deste em sulfato, por
exemplo, estabelecendo a proporção:
Massa molar de BaSO4 MM SO42-
P3 X

X = P3 x MM SO42- = P3 x f f = fator gravimétrico


MM BaSO4 X = massa de SO42-
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na amostra
f = 96,06 = 0,411568
233,40
SO42- % = P3 x f x 100
Pa

V – Questões para discussão:


1- Por que a precipitação de BaSO4 deve ser feita em soluções diluídas e quentes?

2- Qual a função do HCl na precipitação de BaSO4? E por que o excesso de ácido


deve ser evitado?

3- Justifique a adição lenta do precipitante BaCl2 e o fato de ser necessário excesso


deste reagente ?

4- Por que é recomendável a digestão do precipitado? E por que deve ser feita à
quente antes da filtração?

5- O que se passa com o BaSO4 , ao incinerar-se o filtro e na calcinação posterior do


precipitado?

6- Qual é o fim que se procura atingir, ao efetuar a calcinação até peso constante:
a) de um cadinho vazio b) de um cadinho com precipitado?

VI - Exercícios:
1- Uma amostra de sulfato de sódio impuro que pesou 1,50 g, forneceu um precipitado
de sulfato de bário que depois de lavado, secado e calcinado deu 2,390 g. Calcular
a porcentagem de enxofre na amostra e a pureza do sal analisado.
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( Equação da reação: SO=4 + Ba+2 BaSO4 ↓)
R – 21,87% S ; 97,1%

2- Se 0,55 g de um sulfato solúvel forneceram 0,6460 g de sulfato de bário, qual a


porcentagem de enxofre na amostra.
R – 16,12% S
3- Que volume de solução de cloreto de bário 0,2 mol/L é necessário para precipitar o
sulfato de 0,5 g de sulfato de sódio e que peso se obterá de sulfato de bário?
R - 17,60 mL ; 0,8204 g
4- 0,350 g de sulfato de sódio comercial foram dissolvidos em água e tratados por
cloreto de bário em excesso. Obteve-se um precipitado que pesou 0,540g. Qual a
pureza do sal analisado?
R - 94,02% Na2SO4

5- Uma amostra de pirita (FeS2) é oxidada com bromo e ácido nítrico. O sulfato obtido
é precipitado e pesado sob a forma de sulfato de bário. Se 0,331g de pirita deram
0,813g de sulfato de bário, qual a percentagem de enxofre de FeS 2 na amostra
analisada?
Equação química não balanceada:
FeS2 + HNO3 + Br2 + H2O Fe (NO3)3 + H2SO4 + HBr
R – 33,72% S ; 63,24% FeS2
6- Calcular a concentração em eq/L de uma solução de ácido sulfúrico sabendo-se
que 30mL desta solução tratados por uma solução de cloreto de bário deram um
precipitado que depois de lavado e seco pesou 0,501g.
R – 0,14eq/L
7- Tendo-se 3,125 g de uma amostra de ácido sulfúrico comercial para analisar, dilui-
se com água destilada em balão aferido a 250 ml. Desta solução tomou-se 50 mL e
tratando-se com uma solução de cloreto de bário obteve-se um precipitado que
pesou 0,895g. Calcular o grau de pureza da amostra analisada.
R – 60,16%
8- Que volume de solução de BaCl2.2H2O, a 10%, é necessário para a precipitação do
sulfato, sob a forma de sulfato de bário, de 1,20 g de
K2SO4. Al2(SO4)3 . 24H2O?
R – 12,35 mL
9- Quantos gramas de H2SO4 há num litro de solução de ácido sulfúrico, se por ação de
50 mL duma solução de BaCl2 se obtiveram 0,2126 g de BaSO4?
R – 1,787 g
10-3,0 litros de água potável foram evaporados até reduzi-lo a um volume menor. Logo
após a evaporação a amostra foi tratada com excesso de cloreto de bário, obtendo-
se um precipitado de sulfato de bário que pesou 0,3304g. Calcular o teor de sulfato
de sódio na água potável analisada em gramas por litro e partes por milhão (ppm).
R- 0,067 g/L , 67 ppm.
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11-5,0 L de água potável foram tratados com excesso de solução de cloreto de bário.
Houve a formação de um precipitado branco que depois de lavado e seco pesou
932 mg. Através de cálculos determine a quantidade de sulfato de sódio existente
na amostra analisada e expresse os resultados em: a) g/L b) p.p.m
12-1,0 g de petróleo com excesso de oxigênio, e os gases resultantes da queima são
recolhidos em água de bromo. O ácido sulfúrico, assim formado, é tratado com
excesso de cloreto de bário obtendo-se um precipitado de sulfato de bário que
pesou 0,088 g. Calcular o teor de enxofre no petróleo analisado.
R- 1,20%

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