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SUMÁRIO
1. Noções Preliminares . . . . . . . . 4
1.1. Introdução . . . . . . . . . 4
1.2. Os Objetivos da Contabilidade . . . . . . 5
1.2.1. Conceito e Usuário da Contabilidade . . . . . . 5
1.2.2. Os Objetivos da Contabilidade . . . . . . 5
1.2.3. Os Atributos da Informação Contábil . . . . . . 5
1.2.4. Técnicas Contábeis . . . . . . . . 6
1.3. A Evolução do Conhecimento Contábil . . . . . 7
1.4. Áreas de Atuação do Contador e Perspectivas. . . . 8
1.4.1. Áreas Emergentes e Perspectivas . . . . . . 9
2. A Estática Patrimonial: o Balanço . . . . . 10
2.1. O Ativo . . . . . . . . . . 10
2.2. O Passivo . . . . . . . . . 11
2.3. O Patrimônio Líquido . . . . . . . 11
2.4. Fontes de Patrimônio Líquido . . . . . . 12
2.5. Equação Fundamental do Patrimônio . . . . . 12
2.5. Configurações do Estado Patrimonial. . . . . . 12
2.7. Representações Gráficas do Estado Patrimonial. . . . 17
2.8. Situação Líquida (Outra Classificação) .. . . . . 18
2.9. Conceituação: As Várias Configurações do Capital .. . . 19
5. O Plano de Contas . . . . . . . . 77
5.1. Critério de Classificação . . . . . . . 78
5.2. Modelo de Plano de Contas (Comentado) . . . . 79
6. Bibliografia . . . . . . . . . 101
1. Noções Preliminares
1.1. Introdução
Com o advento da globalização e da desregulamentação da economia na maioria dos países
do primeiro mundo, a inovação tecnológica, e, principalmente da tecnologia da informação, houve
um conseqüente desenvolvimento e expansão do mercado de capitais em termos globais,
principalmente a partir da última década do século passado.
A informação contábil tornou-se ainda mais importante no processo decisório das empresas,
tanto para os usuários internos – sócios e administradores –, quanto para os demais usuários
externos – investidores, financiadores, fornecedores, governos e o público em geral.
A contabilidade é, atualmente, um instrumento fundamental para auxiliar a administração
moderna, e tem como principal objetivo a geração de informações para embasar as decisões a serem
tomadas, bem como o de reduzir o seu grau de incerteza. Para isso, identifica, registra, mensura, e
possibilita a análise e predição dos eventos econômicos que alterem o patrimônio de uma empresa.
Uma organização que não disponha de um sistema contábil ágil e eficaz para evidenciar as
oscilações e mutações relevantes em seu patrimônio e no resultado de suas operações e transações,
em resposta às ameaças e oportunidades impostas pelo atual ambiente dos negócios, não estará apta
a garantir a continuidade do empreendimento no tempo.
Assim, as informações, geradas pela contabilidade e relatadas através das Demonstrações
Contábeis e demais relatórios financeiros, são ferramentas imprescindíveis para o entendimento da
posição passada, da situação atual e, principalmente, das expectativas futuras, garantindo dessa
forma, aos usuários e gestores responsáveis pelos destinos da organização, informações para instruir
o processo decisório com um grau de confiabilidade compatível com o atual ambiente econômico e
mercadológico.
Nesse sentido, percebe-se que o grau de confiabilidade nas informações de natureza contábil
e financeira permite uma visão da estratégia dos planos da empresa bem próximos da realidade
atual e também estimar posições e situações futuras. A confiabilidade nas informações de natureza
contábil é, portanto, de primordial importância, para todos os que pretendam relacionar-se com a
organização, quer como acionistas, financiadores, gestores, fornecedores, empregados e demais
entidades.
Diante disso, nota-se que a responsabilidade dos contadores que preparam as informações
contábeis nesse processo é imensa, tanto em termos da responsabilidade quanto da competência
técnica. A credibilidade nas informações apresentadas está diretamente ligada à pessoa do
preparador de tais informações, à capacidade e à ética profissional. Existe uma fronteira muito tênue
e nebulosa que separa o que é legal do que é moral. Nem sempre as duas coisas, em se tratando de
informações contábeis e financeiras, andam, necessariamente juntas.
Uma das principais características do contador é o grau de liberdade para escolher, em sua
opinião, a melhor alternativa para resolver um problema contábil; e é por isso que podemos afirmar
que três contadores fazendo a contabilidade da mesma empresa chegarão, fatalmente, a três
resultados diferentes, a não ser que um copie do outro.
Nesse contexto, a imposição do valor social da contabilidade abriga preceitos éticos nas
diversas relações pessoais, interpessoais e institucionais, as quais tendem a influenciar as mudanças
no âmbito conceitual e da ação do educador. Ao educador cabe a tarefa de alertar para a urgente
necessidade de um reforço nas normas e no código de ética da conduta do profissional de
Contabilidade.
1.2. Os Objetivos da Contabilidade
• Confiabilidade
• Tempestividade
• Compreensibilidade, e
• Comparabilidade.
O atributo da Confiabilidade é o que faz com que o usuário, interno ou externo, aceite a
informação contábil e a utilize como base de decisões, configurando um elemento essencial na
relação entre o usuário e a própria informação.
A confiabilidade e a relevância da informação contábil, de acordo com o FASB – Financial
Accounting Standards Board, apud Hendriksen & Breda (1999, p.97) são as principais qualidades
especificas às decisões, é a “capacidade que a informação tem de fazer a diferença numa decisão”.
A confiabilidade é fundamental nas decisões. A informação contábil, quanto mais relevante,
mais confiável deve ser.
Diante disso, conclui-se que o objetivo da Contabilidade é fornecer informações que sejam
úteis aos diversos segmentos de usuários, objetivando auxilia-los no processo decisório Para que a
informação seja considerada útil, deve ser confiável. A confiabilidade, segundo Iudícibus (1999,
p.100), o CFC, o FASB e o IASC – organismos de normatização e emissão de pronunciamentos
sobre Princípios e Normas Contábeis no Brasil, nos EUA e no resto do mundo - o atributo mais
importante é o da Confiabilidade.
O atributo da Tempestividade refere-se ao fato de a informação contábil dever chegar ao
conhecimento do usuário em tempo hábil para sua utilização.
A Compreensibilidade se refere a que a informação deve ser exposta de forma mais
compreensível aos diferentes usuários, ou seja, deve ser entendida por todos os usuários da
informação contábil.
A Comparabilidade da informação contábil é um atributo que deve possibilitar ao usuário o
conhecimento da evolução do patrimônio da entidade ao longo do tempo.
Segundo o citado trabalho do International Accounting Standards Committee (IASC)
intitulado Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements, a relevância
também é uma das características ou qualidades mais importantes da informação contábil.
Relevância quer dizer evidenciar valores relevantes. A informação, para ser útil, precisa ser
relevante. Deve ter a qualidade da relevância para influenciar nas decisões econômicas dos
usuários, ajudando-os a avaliar eventos passados, presentes ou futuros, ou confirmando ou
corrigindo avaliações passadas (deve evidenciar os custos, preços, obrigações e outras operações
planejadas).
Para atingir os seus objetivos a contabilidade se utiliza técnicas próprias, como por exemplo:
•ESCRITURAÇÃO;
• DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS;
• ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS;
• AUDITORIA.
Escrituração - técnica que consiste no registro de todos os fatos que influem na composição do
patrimônio. A escrituração envolve metodologia apropriada, a planificação dos elementos
patrimoniais, a utilização de livros e registros apropriados em obediência à legislação civil e
societária, tributária, trabalhista e previdenciária, e aos princípios e normas contábeis.
Elaboração de demonstrações contábeis – Para que se tenha uma visão abrangente e consolidada
da situação patrimonial – econômica e financeira - da entidade.
Auditoria Contábil – A técnica de verificação e avaliação da qualidade e confiabilidade dos
registros e dos demonstrativos contábeis.
Análise das Demonstrações Contábeis - é a técnica pela qual verifica-se a capacidade de
pagamento da empresa, o grau de solvência, a evolução da empresa, a estrutura patrimonial e outras
análises econômicas e financeiras. Pela análise de balanços á possível comparar a situação da
empresa com outras dentro de sua área de atuação. Estuda e pesquisa índices úteis para os usuários
da informação contábil, auxiliando na comparação periódica da evolução da entidade no tempo.
1.3. A evolução do conhecimento Contábil
SOCIEDADE PRIMITIVA
CENÁRIO MUNDIAL: Economia baseada na agricultura e pecuária, individual ou restrita a
pequenos grupos.
SOCIEDADE AGRÍCOLA
CENÁRIO MUNDIAL: Economia baseada na agricultura; método de produção artesanal; início
das relações comerciais com o advento das descobertas marítimas; formação de sociedades
comerciais denominadas Comandita.
SOCIEDADE INDUSTRIAL
CENÁRIO MUNDIAL: Economia baseada no capital e no trabalho; mecanização do trabalho e
produção em série; formação de grandes empresas na área industrial e de prestação de serviços;
obrigatoriedade de pagamento de impostos para pessoas físicas e para pessoas jurídicas;
Administração científica; as duas grandes guerras mundiais.
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
CENÁRIO MUNDIAL: Economia globalizada; recurso do conhecimento; informatização da
produção e do trabalho; difusão da tecnologia da informação e das telecomunicações.
Além das áreas citadas anteriormente é importante destacar algumas áreas emergentes onde
existe uma grande perspectiva de crescimento profissional. Estas áreas poderão vir a ser um grande
campo de trabalho para o contador do ano 2000:
2.1. Ativo
O Ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda: Caixa, Bancos
(ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imóveis, Veículos, Máquinas e
Equipamentos, Estoques de Mercadorias, Títulos a receber e Clientes – devedores da entidade em
virtude de transações de crédito ou vendas a prazo –. Esses são alguns bens e direitos que a maioria
das empresas normalmente possuem.
Os elementos do Ativo são discriminados do lado esquerdo do BP.
• Bens: São coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas. Podem ser: (a) Bens de
uso, são aqueles utilizados equipar a empresa para que possa realizar o seu objetivo
empresarial, são os móveis, imóveis, utensílios, máquinas, equipamentos, ferramentas,
computadores, veículos, balcão, prateleiras e demais instalações comerciais, industriais,
agrícolas, etc. (b) Bens de consumo, são os bens adquiridos para serem consumidos nas
atividades da empresa de forma imediata e integral na manutenção de sua atividade e do seu
funcionamento, são os materiais de consumo no escritório, na manutenção e na limpeza
geral; os combustíveis e lubrificantes, impressos e formulários, etc. E por último (c) os Bens
de Troca (ou de Venda), são os bens adquiridos ou produzidos com o objetivo de serem
vendidos, isto é, trocados por dinheiro, como por exemplo: as mercadorias para revenda e os
produtos fabricados para serem vendidos.
Os Bens podem ser classificados também em móveis e imóveis, materiais (tangíveis) e
imateriais (intangíveis). Nesse último são classificadas as Marcas, Patentes de Invenção, o
Goodwill (fundo de comércio), etc.
• Direitos: Constituem direitos para a entidade ou empresa, todos os valores que ela tem a
receber de terceiros – principalmente dos clientes. Os direitos, geralmente, vêm seguidos da
expressão a Receber, por exemplo: Duplicatas a Receber, Títulos a Receber, Aluguéis a
Receber, Comissões a Receber. Os valores aplicados em instituições financeiras –
aplicações em bancos - também são direitos que as empresas tem a receber.
2.2. Passivo
“Quando somos o legítimo proprietário de um bem, dizemos que temos DOMÍNIO sobre
esse bem; e, estando ele em nosso poder, dizemos ter-lhe a POSSE. Podemos ter a posse
de um bem sem exercer sobre ele domínio; ou, inversamente, exercer domínio sobre um
bem sem que lhe tenhamos a posse. Nessa hipótese, temos o DIREITO de reivindicar a
posse; no caso anterior, temos a OBRIGAÇÃO de transmitir a posse”.
Lado Lado
2.4. Fontes de Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido de uma empresa pode ser proveniente (formado) das seguintes fontes:
a) Investimentos – efetuados pelos proprietários em troca de ações ou cotas – participação.
b) Lucros – acumulados na empresa como fonte (adicional) de financiamento das atividades da
entidade.
Obs: inicialmente trataremos apenas dos Investimentos realizados pelos sócios. Os Lucros
Acumulados serão estudados posteriormente no Capítulo 4.
Já que na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigações), a
representação mais comum de seu patrimônio (BP) assume a forma:
Ativo Passivo e PL
(Lado Direito)
(Lado Esquerdo) P
A Obrigações
Ativo = Passivo
Patrimônio Líquido = 0
(Lado Direito)
(Lado Esquerdo) P + PL
A
(lado Esquerdo)
A (Lado Direito)
Bens e Direitos
PL
Após essas considerações passaremos a realizar algumas operações de uma empresa e preparar um
BP após cada operação e observaremos também a contínua igualdade entre os dois lados do
Balanço.
1ª Operação – Subscrição do Capital Social
Algumas pessoas resolvem constituir uma empresa. Essa empresa será denominada
Eletrônica ET Ltda., com o capital subscrito e integralizado em dinheiro de R$4.000 (dividido em
40 cotas $100 cada uma). A empresa iniciou suas atividades em 15.jan.20x1, dedicando ao ramo de
prestação de serviços de consertos e reparos de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos.
Após a subscrição e integralização do capital social, o BP ficou:
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 15.01.20x1
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 4.000 Patrimônio Líquido
Capital Subscrito 4.000
Total 4.000 Total 4.000
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 15.01.20x1
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 2.800 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Imóveis 1.200 Capital 4.000
Total 4.000 Total 4.000
3ª Operação – Compra de materiais
Para realizar suas atividades a empresa necessitará adquirir materiais, que serão estocados,
para posterior utilização, quando for prestar serviços aos seus clientes.
Os materiais foram adquiridos em 05.02.20x1, de uma empresa, do mesmo ramo, em
processo de liquidação (baixa). Essa empresa, por estar encerrando suas atividades, os materiais
foram arrematados pelo valor de R$2.000, embora o valor de mercado desses materiais seja de
aproximadamente R$2.800.
Na contabilidade os valores do ativo devem ser registrados pelo valor do seu custo de
aquisição não importando o valor de mercado do bem, se este for maior. Conseqüentemente esses
materiais, quando forem consumidos na prestação de serviços, serão considerados pelo valor de
aquisição constante na Nota Fiscal de compra.
Assim, o material adquirido figurará no BP pelo preço de custo (compra) de R$2.000.
Nenhum pagamento foi feito ao fornecedor, a compra foi realizada a prazo, o pagamento
deverá ser feito da seguinte forma: R$1.300 com 30 dias (a vencer em 05.03.20x1) e o restante dos
R$700 com 60 dias (a vencer em 05.05.20x1).
Por essa transação a empresa adquiriu um novo Ativo (Materiais) e assumiu um Passivo,
uma obrigação de pagar (Fornecedores). Após isso, o BP ficou:
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 05.02.20x1
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 2.800 PASSIVO
Imóveis 1.200 Fornecedores 2.000
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 4.000
Total 6.000 Total 6.000
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 20.02.20x1
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 2.600 PASSIVO
Imóveis 1.200 Fornecedores 2.000
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Veículos 200 Capital 4.000
Total 6.000 Total 6.000
5ª Operação – Venda de parte do Imóvel
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 23.02.20x1
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 2.600 PASSIVO
Imóveis 600 Fornecedores 2.000
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Veículos 200 Capital 4.000
Títulos a receber 600
Total 6.000 Total 6.000
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 05.03.20x1
Em R$ mil
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 1.300 PASSIVO
Imóveis 600 Fornecedores 700
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Veículos 200 Capital 4.000
Títulos a receber 600
Total 4.700 Total 4.700
7ª Operação – Recebimento de Direito
Em 10.03.20x1, foram recebidos $400 do Sr. Silva. Esse fato contribuiu para aumentar o
dinheiro em Caixa (Ativo) e diminuir os Títulos a Receber (Ativo). Depois de realizada a operação
o BP fica:
Eletrônica ET Ltda.
Balanço Patrimonial em 10.03.20x1
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 1.700 PASSIVO
Imóveis 600 Fornecedores 700
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Veículos 200 Capital 4.000
Títulos a receber 200
Total 4.700 Total 4.700
Como já foi visto o Patrimônio Líquido (PL) é a diferença algébrica entre o Ativo (A) e o
Passivo (P).
Não tem sentido se falar em Ativo ou Passivo negativo. Assim, os elementos patrimoniais
poderão assumir os seguintes valores:
A ≥0 P ≥0 PL > ou ≤ 0
Com base na equação do balanço (A – P = PL) pode, então, concluir que, em dado
momento, o patrimônio assume um do cinco estados:
A = PL
A = P
A P Revela inexistência de riqueza própria. O Ativo se iguala ao Passivo.
$100 $100
4º) Quando P > A, teremos PL < 0.
A + PL = P
PL = P
Nesse caso, os bens e direitos - valores positivos - são maiores que as obrigações, valores
negativos, resultando uma SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLa) também denominada POSITIVA,
SUPERAVITÁRIA ou FAVORÁVEL.
Graficamente:
ATIVO PASSIVO SITUAÇÃO
BENS OBRIGAÇÕES LÍQUIDA
E ATIVA,
POSITIVA OU
DIREITOS
ATIVO LÍQUIDO
ATIVO PASSIVO
BENS
E OBRIGAÇÕES
DIREITOS
3a SITUAÇÃO: ATIVO < PASSIVO
Teríamos insuficiência de bens e direitos para o pagamento das obrigações. A diferença entre
o passivo e o ativo é denominada SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA (SLp) também denominada
NEGATIVA, DEFICITÁRIA ou DESFAVORÁVEL.
O excesso de elementos negativos quando relacionados com os positivos, demonstra um
PASSIVO A DESCOBERTO.
Ou graficamente:
ATIVO PASSIVO
BENS
E OBRIGAÇÕES
SITUAÇÃO LÍQUIDA
DIREITOS
PASSIVA, NEGATIVA
OU PASSIVO A
DESCOBERTO
1º Capital nominal – O investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa é registrado
pela contabilidade numa conta denominada Capital. Esse patrimônio Líquido inicial da empresa, e
só é alterado quando os sócios aumentarem ou diminuírem o capital. Estas variações no capital
nominal deverão ser registradas (na Junta Comercial – no caso de sociedades empresárias ou no
cartório - no caso das sociedades simples) por alterações no Contrato Social da empresa.
O Patrimônio Líquido é alterado pelos lucros (ou prejuízos) apurados nos Balanços. Por isso
o Capital Nominal (registrado) raramente coincidirá com o valor do Patrimônio Líquido.
No exemplo a seguir demonstrado, temos uma sociedade constituída por quatro sócios, com
o capital integralizado de R$800.000. Essa situação, como já visto, é representada da seguinte
forma:
2º Capital Próprio – corresponde ao conceito de Patrimônio Líquido, isto é, abrange todo o PL.
Por exemplo: após um determinado período de tempo a empresa obteve um lucro de R$10.000
provenientes de suas operações normais. O capital próprio da empresa aumentou para R$810.000
(Capital + Lucro). Todavia o Capital nominal (registrado) será mantido pela contabilidade:
O Capital de Terceiros, nesse caso, está representado pelo saldo do Contas a Pagar, que por sua vez
representa o Passivo da entidade.
4º Capital Total à Disposição da Empresa – em sentido amplo, pode-se conceituar o capital como
o conjunto de valores disponíveis pela empresa em um determinado momento. No nosso exemplo
seria:
QUADRO - RESUMO
ATIVO PASSIVO e PATR. LÍQUIDO
(Aplicações de Recursos) (Fontes de Recursos)
(1) Passivo = Capitais de Terceiros
• Bens (2) Patr. Líquido = Capital Próprio
• Direitos (2.1) Capital = Capital Nominal
(2.2) Lucros e Reservas = Variações
Capital Total à Disposição
(Recursos Totais) = (1) + (2)
Ou:
$$$$$$$$
Ativo P e PL (origens) $$$
$
De terceiros $$$$$$$$ $
Aplicações $$$$$$$$ e próprio
EXERCÍCIOS
1- Uma empresa comercial realizou, em ordem cronológica, as seguintes transações no
mês de Janeiro de 20x1.
04/jan – compra de um imóvel da Cia A, por R$5.000, com pagamento de R$2.500 à vista e o
restante a prazo.
b)dia 4/jan
c)dia 05/jan
d)dia 15/01
e)dia 18/jan
f) dia 23/jan
g) dia 26/jan
h) dia 30/01
b)____________________________________________________________________________
c) _____________________________________________________________________________
d)____________________________________________________________________________
3.1. Contas
No Capítulo 2 preparava-se um balanço após a ocorrência de cada operação na empresa.
Essa metodologia foi utilizada para demonstrar a contínua igualdade da Equação Patrimonial
(A=P+PL) e explicar os efeitos dos eventos sobre os elementos do patrimônio.
Na prática isso não corre, pois o volume de operações: de compras, vendas, pagamentos,
recebimentos, etc., é muito grande e fica inviável se preparar um balanço após cada operação
realizada. Por outro lado, os usuários interessados nos balanços, como administradores, sócios,
governo, etc., necessitam apenas de balanços periódicos (mensais, trimestrais ou anuais) que são
preparados com base nos dados fornecidos pelos registros das operações – escrituração contábil.
Como já foi visto, as operações provocam variações no patrimônio – aumentos ou
diminuições no Ativo, no Passivo no Patrimônio Líquido. Essas variações – aumentos e
diminuições – são registradas em contas. Cada elemento patrimonial: caixa, mercadorias, veículos,
contas a pagar, capital, etc., é controlado individualmente em uma conta. Vide abaixo um modelo
de conta:
3.2. Razão
Antigamente as contas eram registradas nas páginas de um livro chamado Razão, também
conhecido como contas correntes. Há algum tempo atrás, nos anos 70 e até o final dos anos 80 a
maioria das empresas e escritórios de contabilidade passou a adotar o Razão – registro das contas –
em forma de folhas ou fichas soltas.
Atualmente as variações das contas estão na memória do computador. Os registros são feitos
por meio de softwares contábeis que controlam a situação das contas. No entanto, em seu conjunto,
mantidas em forma de livro, de arquivo de fichas ou arquivo eletrônico, continuam com a mesma
denominação, Razão. O importante é que se mantenha o histórico da movimentação de cada conta
que compõem o patrimônio da empresa (Ativo, Passivo ou PL).
É um livro obrigatório por lei e cada elemento do Ativo, do Passivo ou do PL, é controlado
numa conta em separado e com denominação própria.
Cada conta do patrimônio receberá o nome que melhor caracterize os elementos que
representa (controla), exemplos:
• O conjunto de bens formado por mesas, cadeiras, calculadoras, armários etc. poderiam ser
registrados em uma única conta, denominada Móveis e Utensílios.
• O conjunto de diversos tributos a pagar: IPTU, Alvará, Taxa Sanitária a pagar etc, poderia
ser agrupada em uma única conta: Tributos Municipais a Pagar.
• Diversos valores a receber ou a pagar, sem a necessidade de representação isolada, poderiam
ser registrados nas contas: Valores ou Contas a receber (do Ativo) ou Valores ou Contas a
Pagar (do Passivo).
• Um grupo de pequenas despesas, sem necessidade de discriminação, por apresentarem um
valor muito pequeno em relação ao total das despesas, receberia o nome de Despesas Gerais
ou Despesas Diversas.
A prática atual, nos softwares contábeis existentes, é a codificação ou numeração das contas,
de forma racional e bem planificada, conforme demonstrado abaixo:
CONTAS CÓDIGO
Ativo
Caixa 101
Contas a Receber 102
Estoques 105
Móveis e Utensílios 121
Terrenos 125
Veículos 131
Passivo
Contas a Pagar 201
Impostos a Pagar 221
Fornecedores 231
Patrimônio Líquido
Capital 501
Lucros Acumulados 521
3.2.1. Razonetes
Obs. (a) Uma empresa possui ou não possui Passivo (dívidas, obrigações); não existem,
portanto, dívidas negativas.
(b) O Patrimônio Líquido (Ativo – Passivo), entretanto, pode ser maior, igual ou menor
que zero. Ou seja, pode ser positivo, nulo ou negativo.
Efetua-se um lançamento a
Contas
Débito Crédito
de para para
Ativo Aumentar Diminuir
Passivo Diminuir Aumentar
Patrimônio Líquido Diminuir Aumentar
REGRAS GERAIS:
Todo aumento de Ativo (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se.
Toda diminuição de Ativo (lança-se no lado direito do razonete): credita-se.
Todo aumento de Passivo e PL (lança-se no lado direito do razonete): credita-se.
Toda diminuição de Passivo e PL (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se.
ATIVO PASSIVO e PL
+ (-) (-) +
+ +
+ Aumenta Diminui Diminui Aumenta +
+ +
+ +
+ +
+ DÉBITO CRÉDITO +
O método, utilizado há mais de cinco séculos, nada mais é do que uma equação matemática de
igualdade associada a uma lógica - para todo recurso tem que existir uma fonte. A contabilidade usa
as partidas dobradas, representadas por débitos e créditos de mesmo valor, para indicar a conta onde
foi feita a aplicação do recurso e para creditar a conta que representou a origem. Concluiu-se que,
para todo débito, teremos um ou mais créditos ou vice-versa. Se o "Balanço não bate" é porque uma
das partidas não foi feita, está defeituosa ou a soma não confere. O modelo contábil de partidas
dobradas impõe que deva existir sempre uma precisão matemática nas suas informações.
Partidas Dobradas
ATIVO = PASSIVO
(+PL)
=
=
APLICAÇÃO = ORIGEM
= =
DÉBITO = CRÉDITO
3.9. Exemplos de Registro de Operações no Razão
Objetivando ilustrar a função do débito e do crédito nas contas, realizaremos, a seguir,
algumas operações em uma empresa. O foco será dado na verificação de quais seriam os
lançamentos necessários para o registro das variações – aumentos e diminuições -.
Para simplificar a demonstração serão usados os razonetes, nos quais serão colocados apenas os
valores, a débito ou a crédito. Para auxiliar na identificação dos lançamentos, o débito e o crédito de
cada operação terão a mesma numeração, entre parênteses, conforme figura abaixo:
D XXXX C D YYY C
vvvv vvvv
1. Algumas pessoas resolveram, em 20.07.20x1, constituir uma empresa comercial, com o Capital
de R$17.000, totalmente integralizado em dinheiro, no ato, dividido em 1700 cotas de R$10,00
cada. Com a entrada do dinheiro para a sociedade (empresa), o Ativo CAIXA foi aumentado
(debita-se CAIXA), e o Patrimônio Líquido também foi aumentado (credita-se CAPITAL).
2.
CAIXA CAPITAL
(1) 17.000 17.000 (1)
Se a operação anterior fosse representada em contas reais e não em razonetes simplificados, essa
operação seria registrada da seguinte forma:
Obs: Ativo, se existe, tem saldo devedor. Logo, ao surgir dinheiro onde não havia nada, há que se
debitar o Caixa. Em contrapartida, o PL, que está do lado direito do Balanço tem saldo Credor, ao
passar de zero para o valor positivo de R$17.000, provoca um Crédito na Conta Capital.
TERRENOS CAIXA
(1) 17.000
(2) 6.200 6.200 (2)
Saldo=10.800
3.Venda de Terrenos – Os administradores da empresa resolvem vender um dos lotes ao Sr. Silva,
em 27.07, por R$3.100, ou seja, pelo preço de custo. Não houve recebimento nessa data, a venda foi
a prazo, porém a empresa adquiriu o direito de cobrar R$3.100 do Sr. Silva, quando vencer o prazo
do contrato de compra e venda. Conseqüentemente:
• O Ativo Terrenos foi diminuído – credita-se Terrenos
• O ativo ficou aumentado pelo surgimento de um direito – debita-se Títulos a Receber.
4. Compra de Materiais – em 28.07, foram adquiridas, a prazo, diversos materiais no valor total de
R$7.800. Como resultado, teremos:
• Um novo Ativo – Materiais – foi adquirido – debita-se Estoques
• Foi assumida uma obrigação a pagar – credita-se Contas a Pagar
7. Foi pago, em 31.07, parte da dívida referente à compra do dia 28.07, o valor pago foi de R$7.000.
Esse fato provocou uma nova alteração:
• O Passivo Contas a Pagar foi diminuído – debita-se Contas a Pagar.
• O Ativo Caixa foi diminuído – credita-se Caixa.
Obs. As contas Títulos a Receber (do Ativo) e Contas a Pagar (do Passivo) e outras do mesmo tipo
podem abrigar diversos devedores ou credores. Os saldos dessas contas representação, dessa forma,
o total de débitos e créditos que a empresa mantêm com outros patrimônios (terceiros). Essas contas
(coletivas) podem ser desdobradas em diversas subcontas, quando for necessário o controle
individualizado de cada devedor ou credor da empresa. Atualmente, os softwares contábeis podem
controlar centenas de milhares de clientes, fornecedores e até dos itens existentes nos estoques de
forma individualizada – como no caso dos bancos e das empresas comerciais atacadistas com os
seus milhares de clientes e dos hipermercados com seus milhares de itens em estoque.
Esquema ilustrativo de débito e crédito:
DÉBITO
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
LÍQUIDO
CRÉDITO
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
LÍQUIDO
Obs. Muitos autores mencionam os requisitos acima como: Os cinco elementos do lançamento.
Exemplo de uma partida de Diário (lançamento manual):
Esse mesmo lançamento, se realizado por CPD (computador), poderia ser planilhado – para
digitação - da seguinte forma:
Obs: Quando a escrituração é manual, a conta debitada é colocada em primeiro lugar e a conta
creditada logo abaixo e precedida da preposição a.
No século XV, início da fase científica da contabilidade, o Frei Luca Paciolo expôs em seu
Tratado sobre Contabilidade e Escrituração – “Tratactus de Computis et Scripturis”, publicado em
1494, a terminologia adotada no método das partidas dobradas era a seguinte:
• “Per”, mediante o qual se reconhece o devedor;
• “A”, pelo qual se reconhece o credor.
Da mesma forma que se faz hoje, a metodologia daquela época era a de se debitar a
aplicação e se creditar a origem do recurso, ou seja, no exemplo acima, o Ativo Estoque deve ao
Ativo Caixa, ou seja: Estoque deve “a” Caixa, o estoque é o devedor e o caixa é o credor do
recurso. Nesse sentido, o Estoque (onde foi aplicado o recurso) deve ao Caixa (que forneceu o
recurso).
Pouco tempo depois, De Granges, francês, criou o célebre axioma: “Debita-se aquilo que se
recebe e credita-se aquilo que se dá” (Debiter celui qui reçoit et crediter celui qui donne).
Goethe (1949, p. 39) deixou escrito no seu livro “Wilbelm Meisters Lebrjabre”, que a
partida dobrada era uma das mais belas invenções do espírito humano.(“eine der schonsten
Erfindugen des menschlichen geistes”)1.
No Brasil, apenas com a chegada do Príncipe Regente D.João VI, com vistas à necessidade
de assegurar à administração maior rigor e segurança, oficializou-se a adoção da escrituração pelo
método das partidas dobradas:
“Para que o método de escrituração de minha real Fazenda não fique arbitrário e
sujeito à maneira de pensar de cada um dos Contadores-Gerais, que sou servido criar
para o Erário: Ordeno que a escrituração seja mercantil por partidas dobradas, por ser
a única seguida pelas nações mais civilizadas. Assim pela sua brevidade para maneio
das grandes somas, como por ser a mais clara e a que menos lugar dá a erros e
subterfúgios, onde se esconda a malícia e a fraude de prevaricadores”.
Atualmente, no mundo financeiro globalizado, apenas a indicação das letras “D” e “C”
determinam os lançamentos a débito e a crédito nas contas. Outra convenção internacionalmente
aceita, há mais de 500 anos é a de que o Débito sempre vem à esqueda ou acima do Crédito
1
GOETHE, W. (1949). Wilbelm Meisters Lebrjafre. Ed. Zurique. Apud. CASSANDRO, Paolo Emilio.
Betriebswirtschaftslehre e Economia Aziendal. In Revista Paulista de Contabilidade nº 448/1976.
3.11.1. Fórmulas de Lançamento
DÉBITO CRÉDITO
Local, data
Conta debitada
a Conta creditada
Histórico Valor
Ou:
Local, data
D - Conta debitada
C - Conta creditada
Histórico Valor
Ou, ainda:
Local, data
Histórico
Os modelos apresentados são bastante usuais. Deve-se observar que a partícula "a" é um
identificador da(s) conta(s) que é (são) creditada(s).
No terceiro modelo as colunas representam: à esquerda a coluna de débitos e à direita, a de
créditos. O posicionamento das contas também é convencionado.
No quadro abaixo é dado um exemplo de depósito bancário e uma compra a prazo:
DÉBITO
DÉBITO
Modelo do lançamento contábil de 2a fórmula:
Local, data
Conta debitada
a Diversos
a Conta creditada − 1
Histórico − 1 Valor crédito − 1
a Conta creditada − 2
Histórico − 2 Valor crédito − 2 Total de débito
Ou:
Local, data
D – Conta debitada
Histórico débito valor débito
C – Diversos
C – Contas creditada – 1
Histórico crédito – 1 valor crédito – 1
C – Conta creditada – 2
Histórico crédito – 2 valor crédito – 2
Existem, como visto acima, variantes no modelo de 2a fórmula. No primeiro caso, o valor à
direita seria o totalizador da conta única (debitada); no segundo caso, obedece ao posicionamento
das colunas do Diário. Temos a destacar a utilização da palavra "Diversos" que é usada quando
mais de uma conta é creditada e/ou, veremos adiante, debitada.
Para exemplificar consideremos o seguinte fato: Compra de materiais por R$ 4.000, sendo
que as metades foram pagas à vista e o restante – R$2.000 – a prazo.
CRÉDITO
DÉBITO
DÉBITO
Local, data
Diversos
a Conta creditada
Conta debitada – 1
Histórico – 1 valor débito – 1
Contas creditada – 2
Histórico – 2 valor crédito – 2 Total crédito
Exemplo: aquisição de um imóvel, composto de terreno e prédio, com pagamento à vista,
em cheque:
de TERRENOS (ativo)
Vlr.Terreno, Rua tal, ch.0934 cf.Reg.Imóveis........ 15.000.00
de EDIFICAÇÕES (ativo)
Vr.Imóvel, Rua tal ch.934 cf.Reg.Imóveis................. 20.000.00 35.000,00
Débito Crédito
Débito Crédito
Local, data
DIVERSOS
a DIVERSOS
Conta debitada − 1
Histórico – 1 vr. débito – 1
Conta debitada – 2
Histórico – 2 vr. débito – 2 Total débitos
a Conta creditada – 1
Histórico – 3 vr. crédito – 1
a Conta creditada – 2
Histórico – 4 vr. crédito – 2 Total créditos
O CFC através das Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 2, que trata da escrituração
contábil, considerando que a escrituração contábil não deve conter rasuras, emendas, raspaduras ou
escritos nas entrelinhas, estabelece a forma de correção dos eventuais erros nos lançamentos
contábeis, e define o seguinte:
Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de um registro realizado com erro
na escrituração contábil das Entidades.
São formas de retificação :
a) o estorno;
b) a transferência;
c) a complementação.
Em qualquer das modalidades acima, o histórico do lançamento deverá precisar o motivo da
retificação, a data e a localização do lançamento de origem.
O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente.
Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente
debitada ou creditada, através da transposição do valor para a conta adequada.
Lançamento de complementação é aquele que vem, posteriormente, complementar,
aumentando ou reduzindo, o valor anteriormente registrado.
Os lançamentos realizados fora da época devida deverão consignar, nos seus históricos, as
datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso.
3.12. Livros (Controles) Auxiliares do Razão
Como foi visto, existem algumas contas coletivas, como Contas a Receber, Contas a Receber,
Fornecedores, Bancos Conta Movimento, etc. A empresa precisa manter controles adicionais para
o controle individualizado de cada devedor ou credor. Quando o sistema de contabilidade –
software contábil – não oferecer condições para que esse controle seja feito de forma integrada, a
empresa deverá adotar livros auxiliares (ou sistemas separados – descentralizados -) do razão que
funcionam como desdobramento das contas coletivas. Exemplos de controles (livros) auxiliares
são: livro caixa, conta corrente de bancos, de clientes e de fornecedores, movimentação de
estoques, Imobilizado de uso, etc.
Como já foi estudado no item 3.8, quando se tratou do método das partidas dobradas, foi
visto que, em decorrência do seu uso, o valor total dos saldos devedores deve ser igual ao valor
total dos saldos devedores das contas.
É costume procurar verificar essa igualdade periodicamente, relacionando todas as contas
em um demonstrativo chamado Balancete de Verificação do Razão, Balancete de Verificação ou
simplesmente Balancete como pode ser visto no exemplo abaixo:
Comercial ET Ltda.
Balancete de Verificação em 31/07/20x1.
SALDOS
CONTAS Devedores Credores
Caixa 6.000 -
Contas a Receber 63.000 -
Estoques 78.000 -
Terrenos 31.000 -
Móveis e Utensílios 50.000 -
Fornecedores - 58.000
Capital - 170.000
SOMA 228.000 228.000
Este é um exemplo de balancete que evidencia apenas a posição do saldo existente de cada, ao final
do período. Existem outros tipos de balancetes que demonstram, além do saldo final, o saldo inicial
e a movimentação precedente – de seis e de oito colunas:
Conforme determina o artigo 178 da Lei nº 6.404-76, “No balanço, as contas serão
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei nº 6.404-76 e
segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.
RES. CFC nº 686-90 NBC T 3 LEI nº 6.404-76
ATIVO CIRCULANTE CIRCULANTE
a) Disponível - disponibilidades;
b) Créditos - direitos realizáveis no curso do exercício social
c) Estoques subseqüente;
d) Despesas Antecipadas - aplicações de recursos em despesas do exercício
e) Outros Valores e Bens seguinte.
REALIZÁVEL A LONGO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PRAZO
São os ativos referidos nos itens São assim classificados os direitos realizáveis após
b, c, d e e anteriores, cujos prazos
o término do exercício seguinte, assim como os
esperados de realização se situem derivados de vendas, adiantamentos ou
após o término do exercício empréstimos a sociedades coligadas ou
subseqüente à data do balanço controladas, diretores, acionistas ou participantes
patrimonial. no lucro da cia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia.
PERMANENTE PERMANENTE
a) Investimentos – São as Investimentos – São as participações permanentes
participações em sociedades além em outras sociedades e os direitos de qualquer
dos bens e direitos que não se natureza, não-
destinem à manutenção das -classificáveis no ativo circulante, e que não se
atividades-fins da entidade. destinem à manutenção da atividade da companhia
b) Imobilizado – São os bens e ou da empresa.
direitos, tangíveis e intangíveis, Imobilizado – São os direitos que tenham por
utilizados na consecução das objeto bens destinados à manutenção das
atividades-fins da entidade. atividades da companhia e da empresa, ou
c) Diferido – São as aplicações de exercidos com essa finalidade, inclusive os de
recursos em despesas que propriedade industrial ou comercial.
contribuirão para a formação do Diferido – São as aplicações de recursos em
resultado de mais de um exercício despesas que contribuirão para a formação do
social. resultado de mais de um exercício social, inclusive
os juros pagos ou creditados aos acionistas durante
o período que anteceder o início das operações
sociais.
A Lei das SAs estabelece, em seu artigo 178, §1º, que, no ativo, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de disponibilidades são as
primeiras a serem apresentadas no balanço, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos
realizáveis no curso do exercício social subseqüente e aplicações de recursos em despesa do
exercício seguinte.
I – CIRCULANTE
III – PERMANENTE
São bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do
seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Não estão destinados à
transformação direta em meios de pagamento e sua perspectiva de permanência na entidade
ultrapassa um exercício.
É constituído pelos seguintes subgrupos:
a) Investimentos – São as participações permanentes em outras sociedades e os bens e direitos que
não se destinem à manutenção das atividades da companhia ou empresa.
b) Imobilizado – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das
atividades-fins da entidade.
Bens Tangíveis: aqueles que têm corpo físico, tais como terrenos, máquinas, veículos,
benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais, etc.
Bens Intangíveis: aqueles cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos
direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes, direitos
autorais, marcas, etc.
Observação: Também integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da
natureza citada, mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tal
como construção em andamento.
c) Diferido – Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke, na obra Manual de Contabilidade das
Sociedades por Ações, serão classificadas no Ativo Diferido:
“as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do
resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos
acionistas durante o período que anteceder ao início das operações sociais”.
Consignam, ainda, esses autores que “os Ativos Diferidos caracterizam-se por serem ativos
intangíveis, que serão amortizados por apropriação às despesas operacionais, no período de tempo
em que estiverem contribuindo para a formação do resultado da empresa. Compreendem despesas
incorridas durante o período de desenvolvimento, construção e implantação de projetos, anteriores
ao seu início de operação, aos quais tais despesas estão associadas, bem como as incorridas com
pesquisas e desenvolvimento de produtos, com implantação de projetos mais amplos de sistemas e
métodos, com reorganização da empresa e outras. Não incluem bens corpóreos, já que estes devem
ser classificados no Imobilizado. Representam, muitas vezes, gastos que seriam lançados como
despesas operacionais caso a atividade a que se referem estivesse já produzindo receitas. É o caso
dos gastos incorridos com pessoal administrativo, despesas gerais e administrativas e demais gastos
específicos (desde que não sejam parte do Imobilizado), que são necessários ao desenvolvimento
de um projeto ““.
Observação: Não se deve confundir a natureza das operações classificáveis nesse subgrupo, ou
seja, Ativo Permanente Diferido, com a natureza das operações classificáveis no subgrupo despesas
antecipadas, no Ativo Circulante.
a) Ativo Circulante
- Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa – provisão para cobrir as perdas estimadas na
cobrança das contas a receber.
- Duplicatas Descontadas – esta operação demonstra a responsabilidade da empresa que efetuou o
desconto pelo pagamento das duplicatas ao banco, caso seu cliente falte ao pagamento no
vencimento. Essas duplicatas descontadas não devem figurar no passivo, pois não existe ainda a
dívida por parte da empresa. Esta só existe à medida que ocorre o vencimento dos títulos, e o
devedor não os paga.
- Provisão para redução ao valor do mercado – destina-se a registrar o valor dos itens de estoques
que estiverem a um custo superior ao valor de mercado.
- Provisão para perdas em estoques – destina-se a registrar as perdas conhecidas em estoques e
calculadas por estimativa, relacionadas a estoques obsoletos e, também, para dar cobertura a
diferenças físicas.
c) Ativo Permanente
Investimentos
- Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos
Imobilizado
- Depreciação Acumulada – perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
- Exaustão – perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujos objetos sejam recursos
minerais e florestais.
- Amortização – perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade
industrial ou comercial.
Diferido
- Amortização – Segundo o § 3º da Lei nº 6.404-76, a amortização destes ativos deverá ser feita
“em prazo não superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital
aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou
comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los”.
3.14.2. Os Grupos e Subgrupos das contas do Passivo
I – CIRCULANTE
São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidação se espera
que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa,
se este for superior a esse prazo.
Patrimônio Líquido
- Capital a Realizar – valor deduzido do capital social.
- Prejuízos Acumulados – valor deduzido dos elementos do Patrimônio Líquido.
- Ações em Tesouraria – ações da companhia que forem adquiridas pela própria sociedade. Devem
ser destacadas no Balanço Patrimonial como dedução da conta do Patrimônio Líquido que registre
a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
DISPONÍVEL Fornecedores
Caixa Obrigações Trabalhistas
Bancos Conta Movimento Obrigações Fiscais e Sociais a Receber
Bancos Cta. Aplicações de Liquidez Imediata Adiantamento de Clientes
CRÉDITOS Empréstimos e Financiamentos
Duplicatas a Receber Arrendamento Mercantil a Pagar
(-) Duplicatas Descontadas Aluguéis a Pagar
(-) Provisão p/ Crédito de Liquid. Duvidosa Lucros e Dividendos a Pagar
Bancos c/ aplicações Debêntures
Adiantamentos ProvisõesTrabalhistas
Tributos a Recuperar
ESTOQUES
DESPESAS ANTECIPADAS
Prêmios de Seguros a Vencer
Encargos Financeiros a Vencer
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Clientes Empréstimos e Financiamentos
(-) Prov. p/ Crédito de Liquidação Duvidosa Títulos a Pagar
Títulos a Receber Debêntures
Créditos de Sócios e Diretores Provisões para Riscos Fiscais
Créditos de Coligadas e Controladas RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Adiantamentos a Terceiros Receitas de Exercícios Futuros
Particip. Societárias Não-Permanentes (-) Custos e Despesas de Exercícios Futuros
PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS Capital Social
Participações Societárias Capital Social
Obras de Arte (-) Capital a Integralizar
Imóvel Não de Uso
(-) Depreciações Acumuladas Reservas de Capital
(-) Provisões para Perdas Reserva de Ágio
IMOBILIZADO Doações e Subvenções p/ Investimentos
Terrenos
Construções Reservas de Reavaliações
Instalações Reavaliação do Ativo Próprio
Máquinas e Equipamentos Reavaliação de Ativos de Coligadas e Controladas
Móveis e Utensílios
Veículos Reservas de Lucros
Ferramentas Reserva Legal
(-) Depreciações Acumuladas Reserva Estatutária
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros Outras Reservas de Lucros
(-) Amortizações Acumuladas
Marcas e Patentes (-) Ações em Tesouraria
Construções em Andamento
DIFERIDO Lucros ou Prejuízos Acumulados
Gastos Pré-Operacionais
Gastos de Implantação de Sistemas
Gastos de Desenvolvimento de Produtos
(-) Amortizações Acumuladas
A conta “Banco Conta Movimento” com saldo credor, representa obrigação para a empresa;
portanto, deve ser classificada no Passivo Circulante.
ATIVO:
Ativo Circulante: bens e direitos que se realizarão no exercício social seguinte (caixa, bancos,
aplicações financeiras, contas a receber, estoques, despesas antecipadas).
• avaliação: custo de aquisição, custo ou mercado - dos dois o menor.
Ativo Realizável a Longo Prazo: direitos que irão realizar-se após o exercício social seguinte
(prestamistas, contas a receber a longo prazo).
• avaliação: idem
Os valores a receber com cláusula de paridade cambial ou de correção pós-fixada, deverão
ser atualizadas na data do balanço.
Ativo Permanente:
Investimentos: participações permanentes no capital social de outras sociedades e outros direitos
permanentes que não se destinem à manutenção das atividades da empresa (investimentos em
ações ou quotas, obras de arte, imóveis para aluguel, acervos, etc.).
• avaliação: custo de aquisição menos provisão para perda, quando a perda estiver comprovada
como permanente. Os investimento relevantes são avaliados por equivalência patrimonial.
Imobilizado: bens e direitos destinados à manutenção das atividades da empresas ou exercidos com
essa finalidade (terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, instalações,
marcas e patentes, obras em andamento, etc.).
• avaliação: custo de aquisição mais reavaliação, e menos depreciação ou exaustão.
Diferido: despesas que contribuirão para a formação de mais de um exercício social (pré-
operacionais, despesas com reorganização, benfeitorias em propriedade alheia, etc.).
• avaliação: custo de aquisição menos amortização (o prazo não pode ser superior a dez anos).
Os gastos em pesquisa e desenvolvimento podem ser registrados como despesa do ano no caso
de abandonado ou fracassado (nos EUA são tratados como despesa do período,
obrigatoriamente).
PASSIVO:
Passivo Circulante: obrigações vencíveis no exercício social seguinte (fornecedores, empréstimos,
impostos, salários e encargos sociais a pagar, contas a pagar etc.).
• Avaliação: o valor efetivo devido. As obrigações em moeda estrangeira com cláusula de
paridade cambial e as obrigações com cláusulas de correção pós-fixadas deverão ser
atualizadas para a data do balanço.
Exigível a Longo Prazo: vencíveis após o final do exercício social seguinte (fornecedores,
empréstimos e financiamentos a longo prazo).
• avaliação: idem
Resultados de Exercícios Futuros: receitas de exercícios futuros deduzidas dos custos e despesas a
elas correspondentes (loteamentos, obras de longo prazo).
• avaliação: as receitas e menos os custos efetivamente incorridos deverão ser reconhecidos de
acordo com os princípios contábeis, que são dois: primeiro: de acordo com o andamento do
contrato, o lucro é reconhecido anualmente, com base no andamento físico do projeto ou nos
custos incorridos. Segundo: o reconhecimento do resultado é feito apenas do fim do projeto, na
entrega final do bem.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: recursos pertencentes aos acionistas da companhia (capital social, ágio
na colocação de ações, doações e subvenções para investimentos, lucros e/ou prejuízos acumulados
e reservas).
• avaliação: pela contrapartida da apuração do resultado do exercício social ou de valores
registrados no ativo.
4. As Variações do Patrimônio Líquido (da Situação Líquida)
Obs. Neste capítulo será tratado o que concerne às Receitas, Despesas e Resultado.
4.1.1. Receita
4.1.2. Despesa
4.1.3. Resultado
Receitas Despesas
de Vendas de Mercadoria de Aluguéis
de Venda de Produtos Fabricados de Salários e Encargos
de prestação de Serviços de Juros
de Comissões de Tributos (impostos, taxas e contribuições).
de Contribuições de Associados de Comissões
de Doações de Propaganda
de Juros de Consumo de materiais de escritório
de Aluguéis de Manutenção e Limpeza
de Mensalidades de Água, Luz, Telefone, Correio.
de Ganhos diversos, etc. de Perdas diversas, etc.
Resultado (A.R.E.)
16.000 45.000
7.000
Desp.Mat.Escritório
7.000 7.000
4.1.7. Distribuição do Resultado
Diante do exposto no tópico anterior, a conta Resultado (ARE) recebe, por transferência, a
débito, o valor dos saldos das contas de despesa e a crédito os saldos das contas de receita.
Se o total dos créditos da conta Resultado (ARE) for superior ao total dos débitos, teremos
lucro líquido; se, ao contrário, o total dos débitos superar o total dos créditos será apurado um
prejuízo.
Ocorrendo Lucro ou prejuízo, o resultado apurado (na A.R.E.) será transferido para a conta
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Após a transferência do resultado apurado para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, o
Resultado do Exercício poderá ser distribuído (destinado) para outras contas do PL e do Passivo.
(Este assunto será tratado posteriormente)
Mesmo que apresente saldo devedor (quando as despesas superarem as receitas), esse prejuízo
deverá figurar no PL:
Patrimônio Líquido
Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . .50.000
(-) Prejuízos Acumulados . . ( 1.000) . . . . . . . 49.000
Obs. As contas em negrito são as contas analíticas – sendo as únicas que receberão
lançamentos a débito e a crédito.
Em seguida, será feito o seguinte:
a. Lançamentos das operações realizadas em out/x1, no diário (planilha) e no razão (razonetes).
b.Levantamento do 1º balancete de verificação do razão (antes de encerrar as contas de resultado).
c. Lançamento de encerramento das contas de resultado (todas do grupo 3 – receitas e despesas)
d.Levantamento do 2º balancete de verificação do razão (após o encerramento das contas de
resultado).
e. Lançamento de transferência do resultado apurado na conta 4.1.1. are. A contrapartida é a conta
2.3.2. L/P Acumulados do Patrimônio Líquido.
f. Preparação do BP e da DRE em 31.out.20x1.
Lançamentos Contábeis (em planilha para entrada de dados no CPD)
da conta de transferência:
411 – a.r.e.
(10) 250 10.250 (9)
(11) 1.100
(12) 4.500
(13) 400
4.000 =Saldo
(14) 4.000 0 =Saldo
b. Levantamento do 1º balancete de verificação do razão (antes de encerrar as contas de
resultado).
2. Despesas
Consumo de Materiais de Escritório. . . 250
Consumo de Peças para Reparos . . . . . 1.100
Despesa de Salários . . . . . . . . . . . . . . . 4.500
Despesa de Aluguel . . . . . . . . . . . . . . . 400 (6.250)
A Lei nº 6.404-76, em seu art. 187, determina que a demonstração do resultado do exercício
deverá discriminar a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e
os impostos, bem como a receita líquida das vendas e serviços.
As vendas deverão ser contabilizadas pelo valor bruto, incluindo o valor dos impostos. Estes
impostos, bem como as devoluções e os abatimentos, deverão ser contabilizados em contas
individualizadas, que serão tratadas como contas redutoras das vendas.
No Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000-99, art. 280 –, consta que a receita
líquida é a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos
incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre as vendas, excluindo-se os impostos não-
cumulativos, pois, conforme orientação contida na Instrução Normativa da SRF nº 051-78, os
impostos não-cumulativos não são incluídos na receita bruta.
Portanto, considerando o disposto no Regulamento do Imposto de Renda, os impostos não-
cumulativos não integram a receita bruta de vendas e serviços. Todavia, de acordo com as
especificações dispostas na Lei nº 6.404-76, eles são parte integrante dela.
Para conciliar as posições e atender às legislações acima mencionadas, poder-se-ia adotar a
seguinte estrutura:
São representadas pelas contas de vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes sobre
vendas.
a) Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.
Correspondem à anulação de valores registrados como receitas brutas de vendas e serviços.
b) Abatimentos e descontos sobre vendas e serviços são aqueles concedidos incondicionalmente.
c) Impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas. A receita
bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes.
DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS
Iudícibus et al. consignam que:
“as Despesas Operacionais constituem-se das despesas pagas ou incorridas para
vender produtos e administrar a empresa; e dentro do conceito da Lei nº 6.404-76,
abrangem também as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultados
líquidos das atividades acessórias da empresa são também considerados operacionais”.
O art. 187 da Lei nº 6.404-76 estabelece que, para se chegar ao lucro operacional, serão
deduzidas as “despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais”.
PARTICIPAÇÕES EM RESULTADO
O artigo 189 da Lei nº 6.404-76 estabelece que do resultado do exercício serão deduzidos,
antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto de Renda.
O artigo 190 da Lei nº 6.404-76 dispõe que as participações estatutárias de empregados,
administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com
base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.
Nesse artigo, as debêntures não são mencionadas, mas, pela seqüência do artigo 187, conclui-se
que elas seriam incluídas antes da participação dos empregados.
PERDIGÃO S.A.
COMPANHIA ABERTA - CNPJ 01.838.723/0001-27
DEMONSTAÇÕES CONTÁBEIS
em 30 de junho de 2002 e 2001
BALANÇO PATRIMONIAL
2002 2001
ATIVO 2.670.295 2.254.767
CIRCULANTE 1.285.387 1.136.789
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 379.143 163.647
PERMANENTE 1.005.765 954.331
Investimentos 440 497
Imobilizado 930.202 889.834
Diferido 75.123 64.000
PASSIVO 2.670.295 2.254.767
CIRCULANTE 1.154.217 995.878
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 845.871 664.240
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 670.207 594.649
Capital social realizado 490.000 415.433
Reservas 182.808 139.602
Lucros (prejuízos) acumulados (2.601) 39.614
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
2002 2001
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.442.604 1.207.318
Vendas no mercado interno 941.885 785.848
Vendas no mercado externo 500.719 421.470
Deduções de vendas (185.496) (162.858)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 1.257.108 1.044.460
Custo das vendas (908.421) (724.771)
LUCRO BRUTO 348.687 319.689
Despesas operacionais (260.011) (185.828)
LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS FINANCEIRAS 88.676 133.861
Financeiras líquidas (92.719) (62.066)
Outros resultados operacionais (925) 1.949
RESULTADO OPERACIONAL (4.968) 73.744
Resultado não operacional 550 (3.220)
RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS (4.418) 70.524
Imposto de renda e contribuição social 7.217 (17.410)
LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE 2.799 53.114
EBITDA 126.538 163.557
EBITDA = Resultado Operacional antes Despesas Financeiras + Depreciação
4.3. Registro de Operações Decorrentes do Regime de Competência dos Exercícios
Para a correta apuração do resultado dentro de um exercício social, é necessário que, além
dos lançamentos das operações normais, ocorridas no período – pagamentos, recebimentos,
compras, vendas, consumo, etc., - sejam feitos lançamentos de ajustes, ao final do período, para a
apropriação das despesas a pagar e receitas a receber – que, embora não tenham sido pagas ou
recebidas no período, foram geradas, ou seja, são de competência desse período.
Uma despesa a pagar é a que incorreu (ocorreu o fato gerador) dentro do período contábil,
mas ainda não foi paga. Uma receita a receber é a que foi ganha (o fato gerador ocorreu) dentro do
período contábil, mas ainda não foi recebida.
Essas despesas e receitas provocam alterações no PL do período a que se referem (de sua
competência), e, às vezes, deixam de ser registradas pela contabilidade pela falta de documentação
de origem ou dessa documentação não estar disponível em tempo hábil, ou ainda, pela falta do
recebimento ou do pagamento, etc. Por isso, ao final de cada período contábil, é necessário que
esses fatos sejam registrados, portanto, serão necessários lançamentos de ajustes, que deverão
seguir as seguintes regras gerais:
a. Se uma empresa obteve uma receita (ganhou), mas ainda não recebeu em dinheiro e
tampouco foi feito qualquer registro contábil, debita-se uma conta do Ativo e credita-se
uma conta de Receita.
b. Se uma empresa incorreu numa despesa ainda não paga em dinheiro, e se nenhum registro
contábil foi realizado, debita-se uma conta de Despesa e credita-se uma conta de Passivo.
Uma receita a receber é, por exemplo, uma prestação de serviço de representação comercial
já efetivado, porém não faturado ao cliente, e, conseqüentemente não recebido, mas que deverá ser
lançada como ajuste:
Varginha, 31/01/x1.
Comissões a Faturar (ativo)
a Receita de Comissões (resultado)
Valor serviços de comissões no mês, ñ faturadas . . . $2.000,00
Varginha, 10/02/x1.
Clientes (ativo)
Comissões a Faturar (ativo)
Valor. fatura prestação de serviço nº xxxx . . . . $2.000,00
No caso das despesas a pagar, temos o caso das despesas de salários. Nas empresas e
demais entidades, a folha de pagamento de salários é paga no início do mês seguinte; apesar disso,
a despesa deve ser atribuída ao mês vencido, porque a despesa é de competência do exercício em
que o serviço foi efetivamente prestado pelos empregados. Naquele mês o lançamento de ajuste
deverá ser feito:
Varginha, 31/01/x1.
Despesa de Salários (resultado)
a Salários a Pagar (Passivo)
Valor folha de pagtº. jan/x1, a pagar em fev/x1 . . . $10.000
O Saldo devedor de Despesa de Salários aparecerá na DRE de janeiro e em contrapartida o
valor dos Salários a Pagar figurará também no BP do mesmo mês.
Quando os salários da folha forem pagos, em fevereiro, o lançamento será o seguinte:
Outras despesas incorridas e não pagas poderão ser objeto de ajuste, tais como: de energia
elétrica, de telefone, de juros por empréstimos a pagar, de impostos e taxas, de aluguéis, etc.
A conta debitada (Prêmios de Seguro a Vencer) é conta do Ativo Circulante que registra a
despesa paga antecipadamente.
No final de cada mês, a empresa deverá apropriar o valor da despesa de seguro do referido
mês, debitando uma conta que represente a despesa de seguro e creditando a conta do Ativo
Circulante que registrou a despesa paga antecipadamente.
Para se conhecer o valor da Despesa de seguro de cada mês, é feito o seguinte cálculo: divide-
se o valor da despesa paga por 365 dias, obtendo-se, assim, o valor da Despesa de seguro
correspondente a um dia. A partir daí, basta multiplicar o número de dias do mês pelo valor da
despesa diária para se conhecer o valor a ser apropriado naquele mês.
Se a apropriação for feita somente no final do ano, basta multiplicar o número de dias
contados a partir do dia do pagamento da despesa (4 de agosto) até o último dia do ano (31 de
dezembro) pelo valor diário do seguro. Veja:
Varginha, 31.12.20x1.
Despesa de Seguro
a Prêmios de Seguro a Vencer
Vlr.apropriação despesa de seguro, ref. período: 04/08 a 31/12/x1 . $15.000
____________________ __________________________
Observações:
• A conta debitada (Despesa de Seguro) é conta de Despesa Operacional deste exercício, cujo saldo
será transferido para a conta Resultado do Exercício, figurando na DRE de 20x1.
• A conta creditada (Prêmios de Seguro a Vencer) é conta que registra o valor da despesa paga
antecipadamente, cujo saldo corresponderá exatamente à despesa diferida (antecipada) que
passará para o exercício seguinte, referente aos 215 dias que restam para o vencimento do seguro
(de lº de janeiro a 3 de agosto/x2). O saldo dessa conta no Balanço de 31/12/x1 deverá ser de
$21.500.
4.3.3.2. Estoques de Produtos e Outros Materiais.
Varginha,............
Estoque de material de Escritório (ativo)
a Caixa
Pg. NF.xxx, Cia ABC Ltda . . . . . . $1.000
No último dia do período, os materiais que foram efetivamente consumidos – cujo valor
será considerado despesa do exercício – deverão ser identificados através das baixas em controle
permanente de estoque ou através de inventário periódico. Na segunda hipótese, o esquema de
identificação da despesa do período será o seguinte - considerando o exercício de junh/x1:
Varginha, 30/06/x1.
Despesas com Materiais de Escritório
a Estoque de Material de Escritório
Valor Custo dos materiais consumidos jun/x1 . . . $900
• Desgaste pelo uso: os Bens adquiridos para uso da empresa vão perdendo a sua capacidade de
produção e se desgastam. Por exemplo, um automóvel utilizado diariamente, durante cinco
anos, no final deste período não terá o mesmo rendimento que um automóvel com poucos
quilômetros rodados.
• Ação do tempo: os Bens de uso da empresa, quando expostos ao sol ou à chuva, também
sofrem desgaste pela ação do tempo. Vão ficando velhos.
• Obsolescência: As máquinas, equipamentos e instalações mecânicas, elétricas e eletrônicas vão
se tornando obsoletas em função da evolução tecnológica. Esses bens, embora, muitas vezes,
fisicamente em perfeito estado de conservação e em plena capacidade de produção e de uso,
suas especificações, sua produtividade, sua eficiência e eficácia foram ultrapassadas por novas
tecnologias. Muitas vezes já saíram da linha de produção de seus fabricantes. No caso de
computadores e de equipamentos de comunicação isso se torna ainda mais evidente.
Obs:
• O prazo de vida útil admissível para fins de depreciação de Bem adquirido usado é o maior
dentre os seguintes:
a. metade do prazo de vida útil admissível para o Bem adquirido novo;
b. restante da vida útil do Bem, considerada em relação à primeira instalação ou
utilização desse Bem.
• Um Bem só poderá ser depreciado após ser instalado, posto em serviço ou em condição de
produção.
• Se um bem for instalado numa empresa, por exemplo, no mês de abril, a depreciação será
proporcional, levando-se em conta o número de meses restantes até o final do exercício.
Depois de estabelecido o tempo de vida útil, bem como a respectiva taxa anual de
depreciação, vamos verificar qual o método de depreciação que deveremos adotar.
Métodos de depreciação
Existem vários métodos de depreciação:
• Método linear ou em linha reta;
• Método da soma dos algarismos dos anos;
• Método das horas de trabalho;
• Método das unidades produzidas.
Método linear
O método linear consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida útil
estimado para um Bem e é o mais freqüentemente utilizado.
Exemplo:
Suponhamos que o tempo de vida útil de um determinado Bem tenha sido estimado em
10 anos. Neste caso, a taxa anual de depreciação será de 10%.
Veja a fórmula:
100%
Taxa de depreciação =
Tempo de vida útil
Cálculos da depreciação
A depreciação poderá ser calculada por:
• Quotas anuais;
• Quotas mensais.
É anual quando calculada e contabilizada uma única vez ao ano. O valor da quota anual
é obtido aplicando-se a taxa norma de depreciação sobre o valor do Bem.
É mensal quando calculada e contabilizada mensalmente. O valor da quota mensal é
obtido dividindo-se o valor da quota anual por 12.
A depreciação pode ser, ainda, normal ou acelerada, diferenciando-se tão-somente pela
variação na taxa de depreciação aplicável, que poderá variar conforme o número de turnos de
utilização do Bem a ser depreciado. Cada turno corresponde a um período de oito horas.
Assim, para a depreciação acelerada será aplicado um dos seguintes coeficientes sobre
a taxa normal utilizável:
• Coeficiente 1,5 para dois turnos de oito horas de operação;
• Coeficiente 2,0 para três turnos de oito horas de operação.
Exemplo:
1. Depreciação de Bens constantes do Balanço do exercício anterior:
Depreciar a conta Veículos, sabendo-se que:
• saldo do Balanço anterior = R$ 20.000
• taxa de depreciação a ser aplicada = 20% a.a.
Procedimentos:
a. Aplicar a taxa anual de depreciação sobre o valor do Bem a ser depreciado:
20.000 x 20
= R$ 4.000
100
O valor encontrado corresponde à quota anual de depreciação em reais.
Uma empresa recebe $1.000 de adiantamento por conta de futuras prestações de serviços a
se realizarem nos próximos meses.
Varginha, 02/12/x1.
Caixa
a Adiantamento de Clientes (passivo)
Recbtº. Adiantamento da Cia. ABC Ltda, cf recibo nº xxxx . $1.000
Ao final do período, supondo que os serviços prestados foram cobertos pela Nota Fiscal nº 001, no
valor de R$ 600.
Varginha, 31/12/x1.
Adiantamento de Clientes
a Receita de Serviços
Valor n/ N. Fiscal 0001, Cia. ABC Ltda. . . . . $ 600
No Balanço de 31/12/x1, a conta Adiantamento de Clientes apresentará um saldo credor de $400,
que corresponde à parcela da obrigação de prestar os serviços contratados pela Cia. ABC. Na DRE,
a Receita de Serviços conterá o valor de $600 melhorando o resultado líquido do mês 12/x1.
Em resumo, podemos afirmar que as Despesas podem ser classificadas de duas formas:
1. Quanto ao pagamento: à Vista e a Prazo
2. Quanto ao período: Atual e Futura
5. O Plano de Contas
Basicamente, o Plano de Contas é um guia que norteia os trabalhos contábeis de registro de
fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das
demonstrações contábeis.
Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da
organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta 3 objetivos fundamentais:
X. X. X. XX. XXX
5º grau (3 dígitos que indicam a
> conta objeto de lançamento)
1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 Disponível
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.1.01.001 Caixa Matriz
1.1.1.01.002 Caixa Filial 1
Função: são lançadas todas es entradas e saídas físicas de dinheiro. Os pequenos
pagamentos não deverão ser feitos por ela, mas sim pelo fundo fixo, tratado abaixo.
Debita-se na entrada e credita-se na saída de dinheiro.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.1.01.100 Fundo Fixo de Caixa - Matriz
Função: Criada para controlar os pequenos pagamentos. Não deve ultrapassar um
determinado valor. A prestação de contas deve ser feita dentro de um período
contábil.
Debita-se na entrada e credita-se na saída de dinheiro.
Natureza: Devedora, sempre. Aparece nos balancetes com um valor sempre fixo, no
valor do fundo, porque existe sempre um responsável pelo valor do fundo fixo.
1.1.1.02 Bancos Conta Movimento
1.1.1.02.001 Banco Tal S.A.
Função: Registra toda a movimentação na conta corrente que a empresa mantêm no
banco. Cada Banco deverá ter uma conta analítica como esta.
Debita-se pelos depósitos e demais entradas por lançamentos em conta corrente e
credita-se na saída de dinheiro da conta por emissão de cheques e débitos
automáticos.
Natureza: Devedora.. Se aparecer credora é porque a empresa efetuou retiradas além
dos fundos depositados, nesse caso, dever ser transferida para o Passivo.
1.1.1.03 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
1.1.1.03.001 Banco Tal S.A.
Função: são lançadas as aplicações feitas as aplicações feitas no fundo por meio do
Banco Tal S.A., como também os resgates (baixas das aplicações).
Debita-se quando a aplicação é feita e credita-se no resgate (retorno do dinheiro).
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2 Créditos (Valores a Receber)
1.1.2.01 Duplicatas a Receber
1.1.2.01.001 Cia ABC Ltda.
Função: Registrar as Notas Fiscais faturadas contra esse cliente. Registra também as
eventuais devoluções e as baixas das duplicatas, quando recebidas dos clientes.
Debita-se pela emissão da Nota Fiscal de Venda e credita-se no recebimento do título
ou pela devolução dos bens faturados.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas
1.1.2.02.001 (-) Cia ABC Ltda.
Função: Registrar as duplicatas que foram descontadas e/ou negociadas junto aos
bancos ou instituições financeiras.
Debita-se pelo valor dos títulos que foram recebidos dos clientes – informados pelo
banco – e credita-se pelo valor dos títulos descontados, aceitos pelo banco.
Natureza: Credora, sempre. É uma conta redutora do Ativo.
1.1.2.03 (-) Créditos Vencidos e não Liquidados *
1.1.2.03.001 (-) Cia ABC Ltda.
* A Conta "Créditos Vencidos e não Liquidados" está em conformidade com o que
dispõe a Lei nº 9.430/96, art. 10, II. Este diploma legal tornou indedutível, a partir de
01/01/97, a antiga "Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa", tanto para fins
de Imposto de Renda quanto da Contribuição Social sobre o Lucro. Se a empresa
optar por constituir a Provisão indedutível, importa observar que esta será, também,
conta redutora de "Clientes".
1.1.2.04.001 (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
1.1.2.03.001 (-) P.D.D.
Função: Registrar a provisão para créditos de liquidação duvidosa, a cada fechamento
de balancete ou balanço. Lembrete: como comentado acima, na conta11203001, essa
provisão é indedutível.
Debita-se pelo valor considerado incobrável depois de esgotados os meios de
cobrança e/ou reversão de provisão ao final do período, quando da não utilização do
saldo, em conta de receita. E credita-se pelo % calculado sobre o provável risco de
inadimplência – calculado sobre a média dos “calotes” anteriores.
Natureza: Credora, sempre. É uma conta redutora do Ativo.
1.1.2.10 Outros Créditos
1.1.2.10 Títulos a Receber
1.1.2.10.001 Notas Promissórias a Receber
Função: Registrar as Notas Promissórias a serem recebidas pela empresa. A NP é um
título emitido pelo devedor (PF ou PJ) em que se compromete a pagar o credor valor
acertado e no prazo fixado. Quase sempre representa empréstimos feitos em dinheiro.
Debita-se pela emissão da NP do devedor em favor da empresa e credita-se no
recebimento do título.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.20 Cheques em Cobrança
1.1.2.20.001 ...
Função: Registrar os cheques pré-datados recebidos de clientes.
Debita-se pela venda garantida através de cheques pré-datados. E credita-se pela
compensação do cheque (em contrapartida de Bancos)
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.30 Adiantamentos a Fornecedores
1.1.2.30.001 Cia XYZ S.A.
Função: Registrar os adiantamentos feitos por conta de entregas futuras de bens ou
serviços pelos fornecedores da empresa. Representa o direito de receber os bens e/ou
serviços dos fornecedores.
Debita-se pelo pagamento do adiantamento. E credita-se pelo recebimento dos bens e
serviços (Nota Fiscal do fornecedor) ou na devolução do adiantamento.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.40 Adiantamentos a Empregados
1.1.2.40.001 Salários
1.1.2.40.002 13º Salário
Função: Registrar os adiantamentos aos empregados da empresa para futuro acerto
(desconto) na folha de pagamento.
Debita-se pelo pagamento do adiantamento. E credita-se pelo desconto realizado
quando do fechamento da folha, no final do período contábil.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.50 Empréstimos a Empregados
1.1.2.50.001 ...
Função: Registrar os empréstimos feitos, não a título de adiantamento, mas
empréstimo mesmo, em valores até superiores ao salário. Poderá até ser descontado
no salário, mas não é adiantamento.
Debita-se pela entrega do dinheiro ao empregado. E credita-se pelo recebimento das
parcelas ou do valor total do empréstimo.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.60 Tributos a Recuperar/Compensar
1.1.2.60.001 IPI a Recuperar
1.1.2.60.002 ICMS a Recuperar
Função: As empresas comerciais têm o direito de se recuperar dos impostos
agregados às mercadorias adquiridas. As empresas industriais têm o direito de se
recuperar do IPI nas mesmas condições, além do ICMS. A função dessas contas é a de
registrar essas recuperações, desde que a Legislação Fiscal as contemple.
Debita-se pelo valor dos impostos destacados nas Notas Fiscais dos Fornecedores de
Bens.. E credita-se pela transferência desses valores para o passivo – impostos a
pagar – quando da apuração periódica desses impostos.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.60.003 Imposto de Renda Retido na Fonte
Função: Registrar as retenções descontadas da empresa, porém com direito de
compensa-las posteriormente. Podem ocorrer sobre os rendimentos de aplicações
financeiras (FAF e CDB) e pelos clientes, quando existir previsão legal, no caso de
prestação de serviços pela empresa. NOTA: quando for o caso de tributação exclusiva
na fonte, essa conta não deverá ser usada, devendo ser debitada diretamente como
despesa indedutível.
Debita-se pelo valor retido pela fonte pagadora. E credita-se pela compensação –
quando da apuração do imposto a pagar.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2.70 Aplicações Financeiras
1.1.2.70.001 Banco Tal S.A.
Função: Registrar as aplicações financeiras realizadas pela empresa nas insituições
financeiras.
Debita-se pela aplicação e Credita-se pelo resgate.
Natureza: Devedora.
1.1.2.80 Ações
1.1.2.80.001 Aplicações em Ações
Função: Registrar as aplicações temporárias, realizadas pela empresa, em ações de
outras empresas.
Debita-se pela aplicação em ações e Credita-se pela venda das ações.
Natureza: Devedora
1.1.3 Estoques
1.1.3.01 Mercadorias, Produtos e Insumos.
1.1.3.01.001 Mercadorias para Revenda
Função: Registrar a movimentação das compras e vendas das mercadorias adquiridas
para revenda.
Debita-se pelas entradas que ocorrem pelas compras e Credita-se pela saída (baixa)
das mercadorias vendidas.
Natureza: Devedora
1.1.3.01.002 Matérias-Primas
1.1.3.01.003 Material de Embalagem.
1.1.3.01.004 Materiais auxiliares de Produção.
Função: Registrar a movimentação de entradas (compras) e baixas desses materiais
aplicados na fabricação dos bens produzidos para serem vendidos pela empresa.
Debita-se pelas entradas que ocorrem pelas compras e Credita-se pela saída (baixa)
dos insumos para a produção.
Natureza: Devedora
1.1.3.01.005 Produtos em Elaboração
Função: Registrar o estoque final, na data do encerramento do período base, o valor
dos produtos em elaboração apurados pela Contabilidade de Custos.
Debita-se pelo valor apurado dos produtos no final do período e Credita-se para que o
saldo dessa conta sirva de estoque inicial do período seguinte na apuração do Custo
dos Produtos Vendidos.
Natureza: Devedora.
1.1.3.01.006 Produtos Acabados para venda
Função: Registrar o estoque final, na data do encerramento do período base, o valor
dos produtos acabados existentes (ainda não vendidos).
Debita-se pelo valor apurado dos custos dos produtos no final do período e Credita-
se pela baixa dos produtos vendidos aos clientes.
Natureza: Devedora.
1.1.3.02 Almoxarifado
1.1.3.02.001 Almoxarifado de Manutenção
1.1.3.02.002 Almoxarifado Administrativo
Função: Registrar a movimentação dos diversos materiais consumidos na manutenção
das atividades administrativas e de manutenção da empresa – materiais de escritório,
de limpeza, manutenção, etc..
Debita-se pela compra dos materiais e Credita-se pelo consumo desses materiais na
empresa.
Natureza: Devedora.
1.1.3.03 (-) Provisão para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado
1.1.3.03.001 (-)...
Função: Registrar a provisão na data do encerramento do balanço ou balancete para
ajustar ao valor de mercado, se o valor do estoque estiver avaliado em valor superior
ao de mercado.
Debita-se pela reversão da provisão no período base subseqüente àquele que se
constituiu a provisão. Credita-se pela constituição da provisão.
Natureza: Credora. É conta redutora do Ativo.
1.1.4 Despesas Pagas Antecipadamente
1.1.4.01 Despesas de Exercícios Seguintes
1.1.4.01.001 Prêmios de Seguros a Apropriar
1.1.4.01.002 Assinaturas e Anuidades
1.1.4.01.003 ...
Função: Registrar as despesas pagas que beneficiarão exercícios seguintes. Serão
apropriadas a despesas ou custos à medida que os benefícios forem decorridos, em
obediência ao regime de competência.
Debita-se pelo valor pago ou do gasto assumido e Credita-se pela apropriação
mensal da parcela já decorrida da assinatura, da apólice, etc.
Natureza: Devedora.
1.2 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.1 Clientes
1.2.1.01 Duplicatas a Receber
1.2.1.01.001 ...
1.2.1.02 (-) Duplicatas Descontadas
1.2.1.02.001 (-)...
1.2.1.03 (-) Créditos Vencidos e não Liquidados *
1.2.1.03.001 (-)...
1.2.2 Outros Créditos
1.2.2.01 Títulos a Receber
1.2.2.01.001 ...
1.2.2.02 Aplicações Financeiras
1.2.2.02.001 Banco Tal S.A.
Função: Registrar os Valores a Receber, igual às contas do grupo 1.1. A diferença é
todos esses valores envolverão direitos realizáveis a longo prazo, ou seja, realizáveis
após a data do encerramento do período seguinte.
A natureza e a funcionamento dessas contas são, também, iguais ao grupo 1.1.
1.3 ATIVO PERMANENTE
1.3.1 Investimentos
1.3.1.01 Controladas e Coligadas - Equivalência Patrimonial
1.3.1.01.001 Controlada "A" - Valor Patrimonial
Função: Registrar as movimentações relacionadas a participações em empresas
controladas (+50% do capital), onde a participação é avaliada pela equivalência
patrimonial.
Natureza: Devedora.
1.3.1.01.002 Controlada "A" - Ágio na Aquisição
Função: Registrar os ágios pagos nas aquisições de participações societárias avaliadas
pela equivalência patrimonial, ou seja, as que se encontram registradas na cona
13101. O ágio ocorre quando a empresa (investidora) paga pelas cotas de capital, um
valor acima do seu valor patrimonial.
Debita-se para registrar o ágio (pagamento) e a correção monetária e Credita-se na
alienação da participação que gerou o ágio.
Natureza: Devedora
1.3.1.01.003 (-) Controlada "A" - Amortização Acumulada do Ágio
Função: registrar a amortização do ágio pago na aquisição de quotas do capital da
investida (que estão registrados na conta 13101002).
Debita-se quando da alienação da participação que gerou o ágio, ou seja, para
identificação do ganho ou perda na alienação, a amortização acumulada integra o
custo de aquisição do investimento.
Credita-se pelo valor da amortização do ágio e pela correção monetária.
Natureza: Credora, conta redutora do ativo.
1.3.1.01.004 (-) Controlada "A" - Deságio na Aquisição
Função: Registrar o deságio ocorrido na aquisição das ações. Considera-se deságio
apenas a parcela de valor patrimonial das ações que excederam o valor efetivamente
pago pela empresa investidora.
Natureza: Credora. conta redutora do ativo.
1.3.1.01.005 Controlada "A" - Amortização Acumulada do Deságio
Função: Registrar a amortização do deságio na aquisição da participação.
Natureza: Devedora.
1.3.1.02 Controladas e Coligadas - Custo Corrigido
1.3.1.02.001 ...
Função: Agrupar os lançamentos contábeis que registrarão movimentações
relacionadas a participações irrelevantes em outras empresas (investidas).
Participações que serão avaliadas tão somente pelo custo corrigido. Pela legislação
essa expressão “participação avaliada pelo custo corrigido” significa que no
fechamento do balancete ou balanço, a participação será objeto apenas da correção
monetária, não importando se a investida está apresentando lucro ou prejuízo.
Debita-se pela aquisição das ações (e pela correção monetária – mas isso é outra
história) e Credita-se pela alienação (venda) das ações (baixa).
Natureza: Devedora.
1.3.1.03 Outras Participações Societárias
1.3.1.03.001 ...
1.3.1.04 Participações por Incentivos Fiscais
1.3.1.04.001 Finor
1.3.1.04.002 Finam
1.3.1.04.003 Funres
Função: Registrar as aplicações provenientes da parcela do IRPJ pago a ser informado
na DIPJ anual. Os depósitos são convertidos em cotas desses fundos (Finor, Finam e
Funres) conforme comunicação feira pela Instituição Administradora do Fundo (ex.
Finor – Banco do Nordeste).
Debita-se pelo valor das cotas desses fundos, tendo como contrapartida a conta de
Reserva de Capital, e, além disso, para registrar a correção monetária e Credita-se
pela baixa das cotas quando da sua alienação.
Natureza: Devedora
1.3.1.05 Imóveis não destinados ao Uso
1.3.1.05.001 ...
Função: Registrar os imóveis não destinados ao uso, pois se estivesse em uso seria
classificado no Imobilizado. Os imóveis destinados à venda também não podem ser
aqui classificados, deveriam estar no Ativo Circulante. Esta conta abriga apenas os
imóveis sem uso ou alugados.
Debita-se pela aquisição do imóvel e Credita-se pela sua alienação ou quando for
usado pela empresa.
1.3.1.06 Outros Investimentos Permanentes
1.3.1.06.004 Objetos de Arte
1.3.1.06.006 ...
Função: Registrar os demais direitos adquiridos em caráter permanente, não
classificáveis no imobilizado e não se tratarem de bens e direitos que se destinam à
manutenção da atividade da empresa.
Debitar por ocasião das aquisições e Creditar pela baixa ou alienação.
Natureza: Devedora.
1.3.1.07 Provisão para Perdas Permanentes
1.3.1.07.001 (-) Controladas e Coligadas - Equivalência Patrimonial
1.3.1.07.002 (-) Controladas e Coligadas - Custo Corrigido
1.3.1.07.003 (-) Outras Participações Societárias
1.3.1.07.004 (-) Participações por Incentivos Fiscais
1.3.1.07.005 (-) Imóveis não destinados ao Uso
1.3.1.07.006 (-) Outros Investimentos Permanentes
1.3.1.07.007 (-)...
Função: Registrar os lançamentos contábeis que registrarão a provisão para as
prováveis perdas nesses investimentos. As “perdas prováveis” são aquelas que se têm
como certo que ocorrerão no futuro na realização (exemplo: alienação), pois se trata
de perda irreversível. A provisão só poderá ser feira: (a) depois de 3 anos da aquisição
do investimento e (b) que a perda seja comprovada como permanente, assim
entendida a de impossível ou improvável recuperação, cabendo à empresa o ônus da
prova da perda permanente que justifique a constituição da provisão.
Debita-se pela baixa (alienação) da participação e Credita-se pela constituição da
provisão.
Natureza: Credora, redutora do Ativo.
1.3.2 Imobilizado
1.3.2.01 Imóveis
1.3.2.01.001 Terrenos
Função: registrar as aquisições e as alienações. É necessária a escritura, em separado,
da parte construída, se houver. Não está sujeita à depreciação.
Debita-se para registrar a aquisição e Credita-se pela sua baixa – alienação.
Natureza: Devedora
1.3.2.01.002 Edifícios
Função: Registrar as aquisições a alienações de edifícios. O valor do terreno deve ser
registrado em separado, em conta própria, pois a depreciação abrange somente a parte
edificada, e por isso, o seu valor deve corresponder, apenas, à parte construída. Caso a
escritura não especifique o valor da parte edificada a legislação tributária não autoriza
a sua depreciação. As instalações elétricas e hidráulicas já existentes quando da
aquisição do imóvel, como também as que venham a ser feitas posteriormente, para
manter o imóvel em condição de uso, devem ser entendidas como parte integrante da
parte edificada do imóvel. A taxa de depreciação é de 4% a.a.
Debita-se para registrar a aquisição e Credita-se pela sua baixa – alienação.
Natureza: Devedora
1.3.2.01.003 Construções
1.3.2.01.004 ...
Função: registrar os gastos com a construção de um imobilizado – máquina,
edificação ou software. Como “gastos de construção” deve ser entendido: o valor das
peças e materiais empregados, os salários envolvidos na construção e os honorários
pagos por serviços de terceiros. Terminada a construção o saldo final dessa conta deve
ser transferido para a conta própria do imobilizado.
Debita-se para registrar os gastos incorridos na construção e Credita-se para transferir
os saldo existente para conta própria, quando do término da construção.
Natureza: Devedora
1.3.2.02 Móveis e Utensílios
1.3.2.02.001 ...
Função: Registrara as aquisições e baixas dos móveis e utensílios, não importando a
área que se encontram situados: cadeiras, mesas, estantes, calculadores, ventiladores,
armários, condicionadores de ar, etc. A taxa de depreciação é de 10% a.a.
Debita-se pela aquisição desses bens e Credita-se pela alienação ou baixa.
Natureza: Devedora
1.3.2.03 Máquinas e Equipamentos
1.3.2.03.001 ...
Função: Registrar as aquisições desses bens. Apenas as máquinas e equipamentos a
serem utilizados nas atividades operacionais – de produção - da empresa. Não devem
ser registrados os bens utilizados pela área administrativa ou de vendas (ver conta
Móveis e Utensílios). Esses bens estão sujeitos a depreciação (10% a.a.).
Debita-se pela aquisição desses bens e Credita-se pela alienação ou baixa.
Natureza: Devedora
1.3.2.04 Veículos
1.3.2.04.001 ...
Função: Registrar as aquisições e baixas de veículos. a taxa de depreciação é de 20%
a.a.
Debita-se pela aquisição dos veículos e Credita-se pela sua baixa – alienação.
Natureza: Devedora.
1.3.2.05 Ferramentas
1.3.2.05.001
Função: Registrar as aquisições de ferramentas para serviram como instrumento para
a manutenção, conservação ou instalação dos bens da empresa. Esses bens estão
sujeitoa à depreciação pela taxa de 15% a.a.. Atenção: as ferramentas adquiridas e
valor inferior a R$326, 92, poderão ser registradas diretamente como despesa ou
custo.
Debita-se pela aquisição e Credita-se pela baixa ou alienação.
Natureza: Devedora.
1.3.2.06 Marcas, Direitos e Patentes.
1.3.2.06.001 ...
Função: Registrar as aquisições de direitos de uso de marcas e patentes devidamente
autorizadas pelos órgãos públicos competentes. Marca: distinção de um produto ou
serviço dos demais concorrentes, podendo ser por meio de figuras, desenhos ou letras
trabalhadas, cujo direito de uso fica resguardado após o registro da marca. Patente:
documento que garante o direito exclusivo, ao inventor, de gozar da criação de uma
utilidade industrial. Quando se trata de marca ou patente própria o custo de aquisição
serão os gastos com taxas de registros nos órgão públicos e os honorários pagos a
profissionais especializados no registro; quando se tratar de marca ou patente
pertencente a terceiro, o custo de aquisição. Esses direitos tem prazo fixado para uso
e, por isso, devem sofrer amortização. A taxa é o valor do direito dividido pelo
número de anos autorizados pelo órgão público competente.
Debita-se pela aquisição do direito e Credita-se pela baixa integral do seu saldo,
quando totalmente amortizado.
Natureza: Devedora.
1.3.2.07 Benfeitorias em Propriedades de Terceiros
1.3.2.07.001 ...
Função: Registrar os dispêndios para ampliação ou restauração de imóvel de terceiros
para que atenda às necessidades da empresa. As benfeitorias não deverão conter
cláusula indenizatória o final do contrato. Os gastos para a simples manutenção do
imóvel em condições de uso (pintura, manutenção, jardinagem, etc.) são classificados
diretamente como despesa (não nessa conta). O valor da amortização será o valor total
do gasto dividido pelo prazo de locação. Nos contratos por prazo intederminado a taxa
de amortização é de 4% a.a. Deve ser tomado cuidado especial no caso de imóvel de
pessoa ligada (sócios, acionistas, dirigentes, participantes nos lucros, parentes ou
dependentes) o prazo de amortização será sempre de 25 anos (4% a.a.).
Debita-se pelos dispêndios e Credita-se pela baixa, quando totalmente amortizado.
Natureza: Devedora
1.3.2.09 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
1.3.2.09.001 (-) Depreciações de Edifícios
1.3.2.09.002 (-) Depreciações de Móveis e Utensílios
1.3.2.09.003 (-) Depreciações de Máquinas, Equipamentos.
1.3.2.09.004 (-) Depreciações de Veículos
1.3.2.09.005 (-) Depreciações de Ferramentas
1.3.2.09.006 (-) Amortizações e Depreciações de Marcas, Direitos e Patentes.
1.3.2.09.007 (-) Amortizações e Depreciações de Benfeitorias em Propriedades de Terceiros
1.3.2.09.008 (-)...
Função: A depreciação registra a parcela acumulada correspondente à perda do valor
dos bens físicos – móveis e utensílios, ferramentas, veículos, máquinas e
equipamentos – em decorrência do desgaste pelo uso, ação da natureza ou
obsolescência normal. A Amortização corresponde à perda do valor do capital
aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercícios de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. A exaustão corresponde à
perda do valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.
Debita-se para registrar a baixa da depreciação acumulada por ocasião da baixa do
bem, para se apurar o valor residual. Credita-se para registrar as cotas mensais,
tendo como contrapartida as despesas ou os custos.
Natureza: Credoras, redutoras do Ativo.
1.3.3 Ativo Diferido
1.3.3.01 Gastos Pré-Operacionais
1.3.3.01.001 Administrativos
1.3.3.01.002 De Organização
1.3.3.01.003 Financeiros
1.3.3.01.004 ...
Função: Registrar os gastos incorridos na empresa, mas cuja apropriação como
despesa será diferida (postergada), porque estes não contribuíram para a obtenção de
receitas, mas contribuirão somente para a formação do resultado nos diversos
períodos futuros. Essas contas estão sujeitas a amortização. A taca anual é 100%
dividido pelo número de anos em que deverão ser usufluídos os benefícios
provocados pelas despesas diferidas
Debita-se para registrar os gastos e Credita-se pelas cotas de amortização, quando o
empreendimento ou projeto entrar em operação.
Natureza: devedora
1.3.3.02 Gastos com Pesquisas e Desenvolvimento
1.3.3.02.001 Gastos Gerais
1.3.3.02.002 Financeiros
1.3.3.02.003 ...
1.3.3.03 Gastos de Implantação de Novos Sistemas e Métodos
1.3.3.03.001 Gastos Gerais com Implantação de Sistemas e Métodos
1.3.3.03.002 Financeiros
1.3.3.03.003 ...
Função: semelhantes ao grupo 13302, compreendem os gastos com a pré-produção os
dispêndios feitos desde a pesquisa – laboratórios e testes – até o nov produto ser
lançado definitivamente no mercado. São salários e encargos do pessoal envolvido, os
treinamentos, os honorários pagos a empresas ou profissionais e os materiais
consumidos.
Debita-se para registrar os gastos e Credita-se pelas cotas de amortização, quando o
empreendimento ou projeto entrar em operação.
Natureza: devedora
1.3.3.05 (-) Amortizações Acumuladas
1.3.3.05.001 (-) Amortizações de Gastos Pré-Operacionais
1.3.3.05.002 (-) Amortizações de Gastos com Pesquisas e Desenvolvimento
1.3.3.05.003 (-) Amortizações de Gastos com Implantação de Novos Sistemas e Métodos
1.3.3.05.004 (-) Amortizações de Benfeitorias em Propriedade de Terceiros
Função: registrar as parcelas de amortização dos gastos registrados nas contas 13301,
13302 e 13303. A taxa anual de amortização é de 20% a.a.
Debita-se pela baixa integral de se saldo quando os gastos já estiverem totalmente
amortizados. Credita-se pelas parcelas mensais de amortização, a contrapartida será
despesa ou custo do período contábil correspondente à cota de amortização.
Natureza: Credora, redutora do Ativo.
2 PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 Fornecedores
2.1.1.01 Fornecedores Nacionais
2.1.1.01.001 ...
Função: Registrar as compras realizadas pela empresa. Deverá ser criada uma conta
analítica para cada fornecedor. O ideal é registrar todas as compras, tanto à vista
quanto a prazo, pois, dessa forma, o valor do saldo na data de enceramento do período
refletirá o valor a pagar a cada credor da empresa.
Debita-se pelo pagamento ou liquidação da obrigação e Credita-se pelo valor da
compra.
Natureza: Credora
2.1.2 Empréstimos e Financiamentos
2.1.2.01 Empréstimos e Financiamentos Bancários
2.1.2.01.001 Banco Tal S.A.
Função: Registrar os financiamentos e empréstimos feitos pela empresa.
Debita-se pelos pagamentos realizados ao banco e Credita-se pelos empréstimos
tomados junto ao banco.
Natureza: Credora
2.1.2.02 Empréstimos de pessoas ligadas
2.1.2.02.001 ...
2.1.3 Obrigações Trabalhistas
2.1.3.01 Folha de Pagamento de Empregados
2.1.3.01.001 Salários a Pagar
Função: registrar a folha de pagamento relativa aos salários mensais dos empregados.
Salários normais + horas extras + adicionais.
Debita-se pelo pagamento dos salários e pelos descontos legais e autorizados, e
Credita-se pela provisão do valor total da folha – devido ao empregado.
Natureza: Credora
2.1.3.01.002 Férias a Pagar
Função: registrar as férias dos empregados pelo regime de competência. Mensalmente
deve ser provisionado 1/12 de férias + 1/3 constitucional, com base na folha de
pagamento dos salários. Devem ser provisionados também os encargos incidentes
sobre as férias provisionadas (INSS e FGTS).
Debita-se pelo pagamento das férias ao empregado e do INSS/FGTS incidentes e
Credita-se pela provisão, em contrapartida das contas de despesa e custo.
Natureza: Credora
2.1.3.01.003 Rescisões de Empregados a Pagar
Função: Registrar a provisão para pagamento de rescisões trabalhistas. São os valores
devidos pelo regime de competência, na data de encerramento do mês, a pagar
posteriormente, a empregados que estão em fase de desligamento da empresa. Este
valor deve ser informado pelo Departamento do Pessoal da empresa.
Debita-se pelo pagamento das rescisões e Credita-se pelo valor da provisão para as
rescisões trabalhistas de empregados que serão pagas posteriormente, em
contrapartida de despesa ou custo.
Natureza: Credora
2.1.3.01.004 13º Salário e Encargos a Pagar
Função: Registrar a provisão para o 13º salário devido aos empregados. Mensalmente
é provisionado 1/12 de 13º salário com base na folha de pagamento dos empregados.
Devem ser provisionados também o INSS e o FGTS incidentes.
Debita-se pelo pagamento do 13º aos empregados e pelo pagamento dos encargos
incidentes e Credita-se pelo registro da provisão, tendo em contrapartida as contas
de despesas ou custos.
Natureza: Credora
2.1.3.02 Folha de Pagamento de Autônomos
2.1.2.02.001 Rendimentos a Pagar
2.1.3.03 Folha de Pagamento de Dirigentes
2.1.3.03.001 Pró-Labore a Pagar
2.1.3.04 Encargos Sociais a Pagar
2.1.3.04.001 INSS - Empregados a Recolher
Função: registrar o INSS descontado dos empregados para ser recolhido.
Debita-se pelo pagamento da GPS e Credita-se na provisão da folha de pagamento.
Natureza: credora
2.1.3.04.002 INSS – Empresa a Pagar
Função: registrar o INSS, pelo regime de competência, relativo à parcela da
conribuição ao INSS devida pela empresa sobre a folha de pagamento. O INSS
incidente sobre o 13º e Férias é provisionado em conta própria.
Debita-se pelo pagamento, pelo valor do salário família, salário maternidade e
auxílio natalidade e Credita-se pela provisão da folha de pagamento.
Natureza: Credora
2.1.3.04.003 FGTS a pagar
Função: Registrar o FGTS, pelo regime de competência, a ser recolhido com base na
folha de pagamento.
Debita-se pelo pagamento do FGTS e Credita-se pela provisão, a contrapartida será
conta de despesa ou custo.
2.1.3.04.004 Contribuição Sindical a Recolher
Função: Registrar as contribuições a sindicatos, descontados na folha de pagamento.
Debita-se no pagamento e credita-se na transferência da conta salários a pagar.
Natureza: Credora.
2.1.4 Obrigações Tributárias
2.1.4.01 Impostos Retidos a Recolher
2.1.4.01.001 IRF a Recolher (retido de PF)
2.1.3.01.002 IRF a Recolher (retido de PJ)
Função: registrar os impostos que foram retidos (descontados) pela empresa no
pagamento de rendimentos a Pessoas Físicas e Jurídicas
Debita-se no recolhimento do imposto e Credita-se quando foi descontado, para
registrar a obrigação da empresa recolher o imposto retido.
Natureza: Credora.
2.1.4.01.003 ISS Retido a Recolher.
Função: registrar o ISS descontado no pagamento dos serviços prestados por terceiros
a empresa.
Debita-se no recolhimento do imposto e Credita-se no desconto realizado na NF do
fornecedor do serviço.
Natureza: Credora
2.1.4.01.004 ICMS Retido a Recolher
Função: Registrar o ICMS retido nas NF de Venda, que foi cobrado do adquirente do
produto pelo sistema de Substituição Tributária.
Debita-se pelo recolhimento do ICMS retido e Credita-se pelo valor cobrado na NF
de Venda em contrapartida da conta 412 (dedução da Receita).
Natureza: Credora
2.1.4.02 Impostos e Contribuições sobre o Lucro
2.1.4.02.001 IRPJ a pagar
Função: Registrar o IRPJ a pagar, apurado em balancete mensal ou balanço anual.
Também registra o IR sobre os ganhos nas aplicações de renda variável.
Debita-se pelo pagamento do Imposto e Credita-se pela provisão do IRPJ.
Natureza: Devedora.
2.1.4.02.002 Contribuição Social a Pagar
Função: Registrar a CSL apurada nos balancetes ou no balanço anual.
Debita-se pelo pagamento da CSL e credita-se na provisão.
Natureza: Credora
2.1.4.03 Impostos e Contribuições sobre as Receitas
2.1.4.03.001 ICMS a Pagar
Função: registrar a Apuração do ICMS a recolher no período.
Debita-se pelo pagamento e pela transferência da conta 11306002 – ICMS a
recuperar, quando da apuração mensal. Credita-se pelo valor do ICMS destacado
nas NF de Vendas durante o mês.
Natureza: Credora
2.1.4.03.002 IPI a Pagar
Função: registrar a Apuração do IPI a recolher no período.
Debita-se pelo pagamento e pela transferência da conta 11306003 – IPI a recuperar,
quando da apuração periódica. Credita-se pelo valor do IPI destacado nas NF de
Vendas durante o mês.
Natureza: Credora
2.1.4.03.003 Cofins a Pagar
Função: registrar o valor da contribuição incidente sobre a receita bruta e seu
respectivo pagamento.
Debita-se pelo pagamento da contribuição e Credita-se pela provisão incidente sobre
as receitas do mês.
Natureza: Credora.
2.1.4.03.003 PIS a Pagar
2.1.5 Contas a Pagar
2.1.5.01 Tarifas a Pagar
2.1.5.01.001 Telemar a Pagar
2.1.5.01.002 Copasa a Pagar
2.1.5.01.003 Cemig a Pagar
2.1.5.01.005 Correios a Pagar
2.1.5.01.006 ...
Função: Registrar as provisões em obediência ao regime de competência
Debita-se pelo pagamento das contas e Credita-se pelas provisões mensais.
Natureza: Credora.
2.1.5.02 Contas Várias a Pagar
2.1.5.02.001 Seguros a Pagar
2.1.5.02.002 Aluguel a Pagar
2.1.5.02.003 Consórcios a Pagar
2.1.5.02.004 Comissões sobre Vendas a Pagar
2.1.5.02.005 ...
2.1.6 Adiantamentos
2.1.6.01 Adiantamentos de Clientes
2.1.6.01.001 ...
Função: Registrar os adiantamentos recebidos de Clientes por conta de futuros
fornecimentos de bens e serviços
Debita-se pela entrega dos bens ou serviços (NF de Venda) e Credita-se pelo
recebimento do dinheiro adiantado pelo cliente.
Natureza: Credora.
2.2 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
2.2.1 Empréstimos e Financiamentos
2.2.1.01 Empréstimos e Financiamentos Bancários
2.2.1.01.001 Banco Tal S.A.
Função: registrar os empréstimos obtidos junto ao banco. Os valores registrados nessa
conta são as parcelas vencíveis após o final do exercício seguinte ao do encerramento
do balanço.
Debita-se pelo pagamento das parcelas dos empréstimos e Credita-se pela
constituição da obrigação (recebimento do empréstimo) e também pela eventual
correção do valor dos juros e demais encargos que venham a corrigir o saldo.
Natureza: Credora.
2.3 RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
2.3.1 Resultados Operacionais
2.3.1.01 Receitas de Exercícios Futuros
2.3.1.01.001 ...
Função: registrar as receitas vinculadas a exercícios futuros.
Debita-se pêra apropriar a receita no exercício competente, a contrapartida será a
receita e Credita-se para registrar a receita a ser apropriada em exercícios futuros
exercícios.
Natureza: credora
2.3.1.02 Custos e Despesas Vinculadas às Receitas
2.3.1.02.001 ...
Função: registrar os custos vinculados às receitas acima.
Debita-se pelos custos e despesas incorridos e vinculados às receitas e Credita-se na
transferência (apropriação) aos custos e despesas do período em que as receitas
foram reconhecidas.
Natureza: Devedora.
2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.4.1 Capital Social
2.4.1.01 Capital Subscrito
2.4.1.01.001 Capital Social
Função: Registrar o capital registrado pelos sócios, na constituição e nas posteriores
alterações contratuais. Não importando se integralizados ou não.
Debita-se pela eventual redução do capital e Credita-se pela subscrição do capital
pelos sócios.
Natureza: Credor
2.4.1.02 (-) Capital a Integralizar
2.4.1.02.001 (-)...
Função: Registrar as cotas de capital subscritas, porém não integralizadas pelos
sócios, no ato de constituição ou nas posteriores alterações. Essa conta não deve ser
utilizada de a integralização ocorrer no mesmo momento da integralização.
Debita-se pela obrigação dos sócios a integralizar as cotas subscritas e Credita-se
pelo recebimento dos valores dos sócios (dinheiro ou bens), previstos na subscrição.
Natureza: Devedor, redutora do PL.
2.4.2 Reservas
2.4.2.01 Reservas de Capital
2.4.2.01.001 Correção Monetária do Capital Integralizado *
* A correção monetária das demonstrações financeiras foi revogada, inclusive para
fins societários, a partir de 01/01/96, por força do art. 4º da Lei nº 9.249/95. Portanto,
a conta "Correção Monetária do Capital Integralizado" somente apresentará saldo se a
empresa não houver incorporado a reserva ao Capital Social.
2.4.2.01.002 Ágio na Emissão de Ações
2.4.2.01.003 Doações e Subvenções para Investimentos
2.4.2.01.004 (-) Ações/Quotas em Tesouraria
2.4.2.01.005 ...
2.4.2.02 Reservas de Reavaliação
2.4.2.03 Reservas de Lucros
2.4.2.03.001 Reserva Legal
2.4.2.03.002 Reserva Estatutária
2.4.2.03.003 Reserva para Contigências
2.4.2.03.004 Reserva de Lucros a Realizar
2.4.2.03.005 Reserva Especial
2.4.2.03.006 (-) Ações/Quotas em Tesouraria
2.4.2.03.007 ...
2.4.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados
2.4.3.01 Lucros ou Prejuízos Acumulados
2.4.3.01.001 Lucros Acumulados
Função: Registrar os lucros acumulados apurados na contabilidade. Absorverá os
prejuízos apurados. Nunca poderá apresentar lucro e prejuízos acumulados ao mesmo
tempo.
Debita-se pela destinação dos lucros acumulados (incorporação ao capital ou
distribuição aos sócios, por exemplo), ou para absorver prejuízo acumulado nos
exercícios posteriores. Credita-se para registrar o lucro líquido no exercício e pela
reversão das reservas (reversíveis).
Natureza: Credora
2.4.3.01.002 (-) Prejuízos Acumulados
Função: Registrar os prejuízos acumulados apurados na contabilidade. Absorverá os
lucros apurados. Nunca poderá apresentar lucro e prejuízos acumulados ao mesmo
tempo.
Debita-se para registrar o prejuízo líquido apurado no exercício. Credita-se para
registrar o lucro líquido no exercício.
Natureza: Devedora, redutora do PL.
2.4.3.01.003 Resultado do Exercício em Curso
3 RESULTADO
3.1 Receitas Operacionais
3.1.1 Receita Bruta de Vendas
3.1.1.01 Receita com Vendas no País
3.1.1.01.001 Vendas de Produtos
Função: Registrar as vendas de produtos de fabricação própria. São registradas todas
as vendas de produtos – à vista e a prazo. O valor registrado é o faturamento bruto,
incluindo os impostos e abatimentos.
Debita-se pela transferência para a ARE no final do período e credita-se pelas Notas
Fiscais de Vendas dos produtos.
Natureza: Credora
3.1.1.01.002 Revenda de Mercadorias
Função: Registrar as vendas de mercadorias. São registradas todas as vendas de
mercadorias – à vista e a prazo. O valor registrado é o faturamento bruto, incluindo os
impostos e abatimentos.
Debita-se pela transferência para a ARE no final do período e credita-se pelas Notas
Fiscais de Vendas de mercadorias.
Natureza: Credora
3.1.1.01.003 Vendas de Serviços
3.1.1.01.004 ICMS retido s/faturamento
Função: registrar o ICMS que foi cobrado por ST do adquirente do produto que consta
na NF de venda.
Credita-se pelo ICMS retido constante das NF de saídas, tendo como contrapartida à
conta ICMS retido a pagar, e Credita-se por eventuais devoluções do cliente e no
encerramento do período base.
Natureza: Devedora
3.1.1.02 Receitas com Vendas para o Exterior
3.1.1.03 Outras Receitas Operacionais
3.1.1.03.001 Recuperação de Despesas
3.1.1.03.002 Reversão de Provisões
3.1.2 (-) Deduções das Receitas de Vendas
3.1.2.01 (-) Devoluções, Descontos e Abatimentos.
3.1.2.01.001 (-) Devoluções de Vendas
Função: Registrar as devoluções de produtos ou mercadorias vendidas pela empresa.
Debita-se pelo recebimento das Notas Fiscais de devolução emitidas pelos clientes e
Credita-se apenas pela transferência para apuração do resultado.
Natureza: Devedora
3.1.2.01.001 (-) Descontos a Abatimentos Concedidos
Função: registrar os descontos concedidos incondicionalmente concedidos na venda
de produtos ou mercadorias. Os abatimentos concedidos ao cliente que, logo após ter
recebido a mercadoria ou produto, queira devolve-lo por estar em desacordo com as
especificações do pedido, ou seja, o abatimento que é concedido apenas para evitar a
devolução da mercadoria, também sra registrado nessa conta.
Debita-se na concessão do desconto na NF e Credita-se pela transferência para ARE.
3.1.2.02 Tributos e Contribuições sobre Vendas
3.1.2.02.001 ICMS s/Vendas
3.2.2.02.002 IPI s/Vendas
3.1.2.02.003 PIS s/Vendas
3.1.2.02.004 COFINS s/Vendas
Função: registrar os impostos incidentes sobre as vendas.
Debita-se, no caso do ICMS e do IPI, pelos valores destacados nas Notas Fiscais de
Vendas emitidas no mês, e no caso do PIS (1,65% ou 0,65%) e do COFINS (3%) o
valor dessas alíquotas aplicadas sobre o faturamento do mês. Credita-se pela
transferência para a conta ARE, quando do encerramento do período.
Natureza: Devedora
3.2 Custo das Vendas
3.2.1 Custo dos Produtos Vendidos
3.2.1.01 CPV
3.2.1.01.001 CPV
Função: Registrar o custo dos produtos vendidos. Os valores debitados nessa conta
devem aqueles apurados pela contabilidade de custos, ou seja, apenas os custos dos
produtos já vendidos deverão ser registrados nessa conta.
Debita-se pelo valor das baixas dos produtos vendidos, a contrapartida é a conta de
estoque de produtos acabados e Credita-se pela transferência do Saldo para a ARE.
Natureza: Devedora
3.2.2 Custo das Mercadorias Vendidas
3.2.2.01 CMV
3.2.2.01.001 CMV
Função: Registra o custo de aquisição das mercadorias que já foram vendidas no
período.
Debita-se pela baixa das mercadorias vendidas em contrapartida de estoque de
mercadorias e Credita-se pela transferência para ARE.
3.2.3 Custo dos Serviços Prestados
3.2.3.01 CSP
3.2.3.01.001 CSP
3.3 Despesas Operacionais
3.3.1 Despesas Administrativas
3.3.1.01 Despesas Trabalhistas
3.3.1.01.001 Pró-Labore
3.3.1.01.002 Salários
3.3.1.01.003 Horas Extras
3.3.1.01.004 Férias
3.3.1.01.005 13º Salário
3.3.1.01.006 Aviso prévio e indenizações trabalhistas
3.3.1.01.007 INSS
3.3.1.01.008 FGTS
3.3.1.01.009 …
3.3.1.02 Despesas Gerais
3.3.1.02.001 Alugueis passivos
3.3.1.02.002 Água e esgoto
3.3.1.02.003 Energia Elétrica
3.3.1.02.004 Telefone, fax, internet.
3.3.1.02.005 Consumo de material de escritório
3.3.1.02.006 Condução
3.3.1.02.007 Correios e Malote
3.3.1.02.008 Material de Limpeza
3.3.1.02.009 Viagens
3.3.1.02.010 Manutenção e conservação
3.3.1.02.011 Depreciações e Amortizações
3.3.1.02.012 Fretes e Carretos
3.3.1.02.013 Assistência Médica
3.3.1.02.014 Combustíveis e Lubrificantes
3.3.1.02.015 Leasing
3.3.1.02.016 Serviços de Terceiros – PF
3.3.1.02.017 Serviços de Terceiros – PJ
3.3.1.02.018 Dispêndios com Alimentação
3.3.1.02.019 Feiras/Congressos/Simpósios/Cursos
3.3.1.02.020 Telefone
3.3.1.02.021 PAT – Programa de Alimentação doTrabalhados
3.3.1.02.022 Vale Transporte
3.3.1.02.023 Bens de Pequeno Valor
3.3.1.02.024 Pedágios
3.3.1.02.025 Jornais, Revistas e Peródicos.
3.3.1.02.025 Estadas
3.3.1.02.025 Confraternizações
3.3.1.02.026 Brindes
3.3.1.02.027 Seguros
3.3.1.02.028 Sindicato Patronal e Associações de Classe
3.3.1.02.029 Despesas Bancárias
3.3.2 Despesas Financeiras Líquidas
3.3.2.01 Despesas Financeiras
3.3.2.01.001 Variação Monetária Passiva
3.3.2.01.002 Variação Cambial Passiva
3.3.2.01.003 Juros Passivos
3.3.2.01.004 Descontos Concedidos
3.3.2.02 Receitas Financeiras
3.3.2.02.001 Variação Monetária Ativa
3.3.2.02.002 Variação Cambial Ativa
3.3.2.02.003 Ganhos com Aplicações Financeiras
3.3.2.02.004 Juros Ativos
3.3.2.01.005 Descontos Obtidos
3.3.3 Despesas Tributárias
3.3.3.01 Impostos Taxas e Contribuições.
3.3.3.01.001 IOF
3.3.3.01.001 PIS Receitas Operacionais Diversas
3.3.3.01.002 IPTU
3.3.3.01.003 IPVA
3.3.3.01.004 IRF – Exclusivo na Fonte
3.3.3.01.005 Alvará
3.3.3.01.006 ...
3.3.4 Despesas com Vendas
3.3.4.01 Despesas Trabalhistas
3.3.4.01.001 Pró-Labore
3.3.4.01.002 Salários
3.3.4.01.003 Horas Extras
3.3.4.01.004 Férias
3.3.4.01.005 13º Salário
3.3.4.01.006 Aviso prévio e indenizações trabalhistas
3.3.4.01.007 INSS
3.3.4.01.008 FGTS
3.3.4.01.009 Comissões Sobre Vendas
3.3.4.02 Despesas Gerais
3.3.4.02.001 Alugueis passivos
3.3.4.02.002 Água e esgoto
3.3.4.02.003 Energia Elétrica
3.3.4.02.004 Telefone, fax, internet.
3.3.4.02.005 Consumo de material de escritório
3.3.4.02.006 Condução
3.3.4.02.007 Correios e Malote
3.3.4.02.008 Material de Limpeza
3.3.4.02.009 Viagens
3.3.4.02.010 Manutenção e conservação
3.3.4.02.011 Depreciações e Amortizações
3.3.4.02.012 Fretes e Carretos
3.3.4.02.013 Assistência Médica
3.3.4.02.014 Combustíveis e Lubrificantes
3.3.4.02.015 Leasing
3.3.4.02.016 Serviços de Terceiros – PF
3.3.4.02.017 Serviços de Terceiros – PJ
3.3.4.02.018 Dispêndios com Alimentação
3.3.4.02.019 Feiras/Congressos/Simpósios/Cursos
3.3.4.02.020 Telefone
3.3.4.02.021 PAT – Programa de Alimentação doTrabalhados
3.3.4.02.022 Vale Transporte
3.3.4.02.023 Bens de Pequeno Valor
3.3.4.02.024 Pedágios
3.3.4.02.025 Jornais, Revistas e Peródicos.
3.3.4.02.025 Estadas
3.3.4.02.025 Confraternizações
3.3.4.02.026 Brindes
3.3.4.02.027 Seguros
3.2.4.02.028 Créditos Vencidos e Não Liquidados *
* A Conta "Créditos Vencidos e não Liquidados" está em conformidade com o que
dispõe a Lei nº 9.430/96, que tornou indedutível, a partir de 01/01/97, a antiga
"Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa", tanto para fins de Imposto de
Renda quanto da Contribuição Social sobre o Lucro. Se a empresa optar por constituir
a Provisão indedutível, importa observar que a contrapartida da provisão (despesa)
será, também, classificada no subgrupo "Despesas com Vendas".
3.3.4.02.028 Propaganda e Publicidades
3.3.4.02.029 Provisão para Devedores Duvidosos
3.3.5 Resultados de Participações Societárias
3.3.5.01 Resultado da Equivalência Patrimonial
3.3.5.01.001 ...
3.3.5.02 Lucros ou Dividendos Recebidos
3.3.6.03 Rendimentos de Outros Investimentos
3.3.6.04 Amortização de Ágio ou Deságio de Investimentos
3.4 Resultado Não Operacional
3.4.1 Receitas Não Operacionais
3.4.1.01 Alienação de Bens Permanentes
3.4.1.01.001 Alienação de Investimentos
3.4.1.01.002 Alienação de Imobilizado
3.4.1.02 (-) Custo na Alienação de Bens Permanentes
3.4.1.02.001 (-) Custo na Alienação de Investimentos
3.4.1.02.002 (-) Custo na Alienação de Imobilizado
4 Custos de Produção
4.1 Custo Direto
4.1.1 Custos Diretos de Produção
Função: Registrar os gastos com material e mão de obra que foram consumidos
diretamente no produto fabricado. Os valores debitados nesse grupo são apenas
aqueles identificáveis com o produto Fabricado.
Debita-se pelo consumo desses fatores de produção e Credita-se pela sua
Transferência para o estoque de produtos acabados – cada produto receberá, a
débito nas contas de estoque – a sua parcela de custo.
Natureza: Devedora.
4.1.1.01 Mão-de-Obra Direta
4.1.1.01.001 Salários e Ordenados
4.1.1.01.002 Pró-Labore
4.1.1.01.003 Prêmios e Gratificações
4.1.1.01.004 13º Salário
4.1.1.01.005 Férias
4.1.1.01.006 INSS
4.1.1.01.007 FGTS
4.1.1.01.008 Indenizações e Aviso Prévio
4.1.1.01.009 Assistência Médica e Social
4.1.1.01.010 ...
4.1.1.02 Material Direto
4.1.1.02.001 Matéria Prima Consumida
4.1.1.02.002 Material de Embalagem Consumido
4.1.1.02.003 Consumo de Material Auxiliar de Produção
Função: Registrar os materiais consumidos diretamente na fabricação dos produtos.
Os materiais diretos são baixados nos estoques pelo sistema de inventário permanente
ou periódico.
Debita-se pelo valor total das saídas de estoque pelas requisições para consumo na
área de produção, em contrapartida das contas de estoques de MP, M. Embalagem e
Mat.Aux. de Produção e Credita-se pela sua transferência para a conta de Estoque
de Produtos Acabados para Venda (após a Contabilização dos custos – no final do
período).
Natureza: Devedoras
4.1.1.03 Outros Custos Diretos
4.1.1.03.001 Energia Elétrica
4.1.1.03.002 Serviços de Terceiros
4.1.1.03.003 ...
Função: Registrar os Custos Diretos (fora MP e MOD) incorridos na Fábrica durante
o período.
Debita-se pela ocorrência desses custos e Credita-se pela sua transferência para o
Estoque de produtos acabados no período em que ocorreram.
Natureza: Devedoras
4.2 Custos Indiretos de Produção
4.1.1 Mão de Obra Indireta
4.2.1.01 Mão-de-Obra Indireta
4.1.1.01.001 ...
4.1.2 Material Indireto
4.1.2.01 Materiais de Consumo Indireto
4.1.2.01.001 ...
4.1.2.02 Materiais de Manutenção e Reparo
4.1.2.02.001 ...
4.1.3 Gastos Gerais de Fabricação
4.1.3.01 Utilidades e Serviços
4.1.3.01.001 ...
4.1.3.02 Aluguéis e Arrendamentos
4.1.3.02.001 ...
4.1.4.01 Depreciações, Amortizações e Exaustões.
4.1.4.01.001 ...
4.1.5.01 Combustíveis e Energia Elétrica
4.1.5.01.001 ...
Função: Registrar os gastos que foram segregados das despesas por terem sido
consumidos na fábrica e não na Administração. Note que são gastos na fábrica e não
no produto. Os gastos diretamente no produto são custos diretos (tratados no grupo
41).
Debita-se pelo consumo desses fatores dentro da fábrica – pelo regime de
competência, sempre - e Credita-se pela sua transferência para os Estoques dos
Produtos em que foram consumidos.()
FAVERO, Hamilton L. et al. Contabilidade Teoria e Prática. 2ª ed. S. Paulo: Atlas, 1997. v. I.
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
HENDRIKSEN, E.; VAN BREDA, M. F. Accounting Theory. 5th ed. Chigaco: Irwin, 1992.
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IUDÍCUBUS, Sérgio de. Contabilidade Comercial. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade introdutória. 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
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PEREZ JR, J.H., BEGALLI, G.A. Elaboração das demonstrações contábeis. 2. ed. São Paulo:
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