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Exemplos de figuras de linguagem

Hipérbole

http://www.iltec.pt/divling/exercicios_dialogo_21.html

http://www.fisicafacil.pro.br/enem/enem20.htm

Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem
para

a) condenar a prática de exercícios físicos.


b) valorizar aspectos da vida moderna.

c) desestimular o uso das bicicletas.

d) caracterizar o diálogo entre gerações.

e) criticar a falta de perspectiva do pai.

http://portugues1cedlan.blogspot.com/2009/09/figuras-de-linguagem.html
Transcrição do texto inferior:

Bohemia Oaken. A 1ª cerveja maturada com carvalho chegou. Atendendo a paladares


sofisticados, a Bohemia produziu mais uma edição limitada de Oakencom sabor e aroma
diferenciados de tudo que você já degustou.
Fonte: http://veja.abril.com.br/acervodigital/, acessado em 12 set. 2009. (Revista VEJA,
Edição 2129, 9 de setembro de 2009)
 Em seguida, os alunos devem responder as questões de “a” a “d”.
a) Qual é o objetivo desse texto?
b) A que fazem referência as frases “modelado em jacarandá” e “maturada com
carvalho”? Explique a sua resposta.
c) Que relação a propaganda estabelece entre o violino e a cerveja? A que figura de
linguagem essa relação remete?
d) O texto principal declara a excelência da madeira. No âmbito dessa propaganda, a que
se deseja, de fato, atribuir o caráter de excelência? Ou seja, que elemento da
propaganda a madeira pode representar? Justifique sua resposta.
Chave de resposta:
a) Em linhas gerais, promover a edição limitada da cerveja Bohemia Oaken.
b) Fazem referência ao violino e à cerveja, respectivamente. Essa relação é construída
fazendo referência ao material que é utilizado na confecção tanto do instrumento como
da bebida.
c) Ambos são feitos de madeira, por isso a propaganda estabelece um paralelo entre
essas imagens. O que representaria, em termos de figura de linguagem, uma
comparação.
d) À cerveja Bohemia Oaken, que foi maturada no carvalho, ou à Bohemia, que produziu
mais uma vez uma cerveja maturada no carvalho.
Observação: O professor deve conduzir os alunos de forma a levantarem as duas
hipóteses de resposta em “d” e chamar a sua atenção para a diferença entre essas duas
hipóteses, já que a primeira remete a um sentido metonímico – o continente pelo
conteúdo –, enquanto a segunda (interpretação menos evidente) remete a um sentido
metafórico.

 Após ter realizado a correção desse exercício com os alunos, o professor deve apresentar
aos alunos a definição de metonímia.
Metonínia = Consiste em substituir uma palavra por outra, ambas capazes de designar
realidades ligadas por uma relação lógica:

- efeito pela causa = ex. Bebeu a morte por Bebeu cianureto.:


- continente pelo conteúdo = ex: A madeira foi sempre sinôni mo de excelência por A
Bohemia Oaken sempre f oi sinônimo de excelência.
- lugar pelo produto = ex: O bronze soou, por O sino de bro nze soou.
- abstrato pelo concreto = Respeitar a velhice por Respeit ar os velhos.
- autor pela obra = ex: Escutar Marcelo D2 por Escutar as músicas de Marcelo D2.
- parte pelo todo: Quantas velas no mar! por Quantos navios no mar!

In: MAIA, João Domingues. Português: volume único: livro do professor. 2 ed. São Paulo:
Ática, 2005. (Texto adaptado)
 Em seguida, deve ser apresentada aos alunos uma receita culinária e um cartaz, seguidos
de suas respectivas demandas.
Receita culinária: (Recomenda-se que o professor utilize material impresso ou faça
projeção com auxílio de retroprojetor ou de ap arelho de datashow.)

BOLO DE CHOCOLATE
Cobertura
1 lata de Moça Fiesta Chocolate
1 pacote de Biscoito Passatempo ao Leite
Massa
meia xícara (chá) de manteiga
1 xícara e meia (chá) de açúcar
6 ovos
meia xícara (chá) de leite
1 xícara e meia (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de chocolate em pó
meia colher (sopa) de fermento em pó
manteiga, para untar
farinha de trigo, para polvilhar
Recheio
1 lata de Moça Fiesta Chocolate
Fonte: http://www.nestle.com.br/Cozinha/receitas/bolo_de_chocolate.aspx, acessado em
12 set. 2009.
a) Sublinhe as expressões no texto que se constroem por metonímia.
b) Transcreva a receita culinária substituindo as expressões metonímicas por expressões
equivalentes.
c) Sob qual é o tipo de relação lógica se estabelece a metonímia encontrada no texto?
Chave de resposta:
a) Todos os itens da receita, exceto “6 ovos”, “manteiga” e “farinha de trigo”.
b) Os alunos devem substituir a unidade de medida de cada ingrediente, por exemplo,”1
lata de leite condensado” por “200 ml de leite condensado”
c) O continente pelo conteúdo.

Cartaz: (Recomenda-se que o professor faça projeção com auxílio de aparelho de


datashow, a fim de que o cartaz possa ser apresentado em cores.)

Disponível
em: http://www.franciscanos.org.br/noticias/noticias_especiais/cf_181206/imagens/Cart
azCF2007oficial.jpg, acessado em 12 set. 2009.
a) Qual é o objetivo deste texto?
b) O que representa o solo rachado em contrate com as águas?
c) O que representa a vitória-régia?
d) O que representa a imagem da criança?
e) O que podem representar as três flores brancas?
f) A que tipo de metonímia remete a maneira como são construídos os sentidos desse
texto?
 Depois que os alunos tenham respondido às questões de “a” a “f”, sugere-se que o
professor lhes apresente o texto a seguir, que é uma explicação do cartaz e contém as
respostas a essas questões (exceto à “f”). (Recomenda-se que o professor utilize material
impresso ou faça projeção com auxílio de aparelho de datashow.)

Explicação do cartaz

Fraternidade e Amazônia “Vida e missão neste chão”

Na parte superior do Cartaz, a terra seca e rachada representa a realidade de algumas partes
Amazônia durante a estiagem e adverte que, sem o devido cuidado, toda a região pode ser
destruída.
A abundante presença da água lembra que a Amazônia é uma importante reserva de água do
no planeta, além de transmitir uma sensação de transparência, força e vitalidade.
O elemento princi pal do Cartaz é a vitória-régia, conhecida pelos índios como “panela de
espíritos”. Considerada um dos símbolos da Amazônia, essa planta é forte e tem raízes
profundas que tocam o leito do rio; ao mesmo temp o, é sensível, assim como o povo nativo d
região, que sobrevive com muita garra, mas precisa do apoio fraterno de toda a sociedade
brasileira.
As três flores brancas e amarelas têm extrema relevância no Cartaz, uma vez que representam
a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Essas flores lembram que a Amazônia é obr
de Deus Criador e Providente entregue aos nossos cuidados.
A criança representa os índios e toda a comunidade da região, suas crenças, sonhos e
esperanças. Seu olhar inocente e o sorriso sutil são um convite à superação das dificuldades e
construção de um futuro melhor para a Amazônia.
Ao mostrar o contraste entre a terra seca e a exuberância da água, o Cartaz chama a atenção
para a devastação da Amazônia e o descaso com a vida. Representa a esperança de encontrar
uma solução para os conflitos da região com base na solidariedade e no respeito às diferenças

Disponível em:http://images.google.com.br/imgres?
imgurl=http://br.geocities.com/pastoralcalabria/CartazCF2007oficial.jpg&imgrefurl=http://br.
ocities.com/pastoralcalabria/cf2007.html, acessado em 12 set. 2009.
 No segundo momento da aula, serão abordadas as seguintes figuras de linguagem:
ironia, eufemismo e hipérbole.
 Inicialmente, o professor deve apresentar a charge “Aborto clandestino” aos alunos e
solicitar que eles resolvam as questões seguintes. (Recomen da-se que o professor faça
projeçã o com auxí lio de aparelho de da tashow, afim de que a charge possa ser
apresentada em cores.)
http://blog1c.files.wordpress.com/2007/05/charges_09.jpg

Metonímia

http://www.benett-o-matic.blogger.com.br/2005_01_01_archive.html

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http://francisprofessora.blogspot.com/2010_05_01_archive.html
DE QUEM SÃO OS MENINOS DE RUA?

Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui
logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a
hora.
Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a
gente divide. Me-nino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que
usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele
que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete,
trombadinha, ladrão.
Ouvindo essas expressões tem-se a impressão de que as coisas se passam muito naturalmente, uns
nascendo De Fa-mília, outros nascendo De Rua. Como se a rua, e não uma família, não um pai e
uma mãe, ou mesmo apenas uma mãe os tivesse gerado, sendo eles filhos diretos dos
paralelepípedos e das calçadas, diferentes, portanto, das outras crianças, e excluídos das
preocupações que temos com elas. É por isso, talvez, que, se vemos uma criança bem-vestida
chorando so-zinha num shopping center ou num supermercado, logo nos acercamos protetores,
perguntando se está perdida, ou precisando de alguma coisa. Mas se vemos uma criança maltrapilha
chorando num sinal com uma caixa de chicletes na mão, engrenamos a primeira no carro e nos
afastamos pensando vagamente no seu abandono.
Na verdade, não existem meninos De Rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está
NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são
postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem
os põe na rua. E por quê.
No Brasil temos 36 milhões de crianças carentes. Na China existem 35 milhões de crianças
superprotegidas. São fi-lhos únicos resultantes da campanha Cada Casal um Filho, criada pelo
governo em 1979 para evitar o crescimento po-pulacional. O filho único, por receber afeto "em
demasia", torna-se egoísta, preguiçoso, dependente, e seu rendimento é in-ferior ao de uma criança
com irmãos. Para contornar o problema, já existem na China 30 mil escolas especiais. Mas os
educadores admitem que "ainda não foram desenvolvidos métodos eficazes para eliminar as
deficiências dos filhos únicos".
O Brasil está mais adiantado. Nossos educadores sabem perfeitamente o que seria necessário para
eliminar as deficiências das crianças carentes. Mas aqui também os "métodos ainda não foram
desenvolvidos".
Quando eu era criança, ouvi contar muitas vezes a história de João e Maria, dois irmãos filhos de
pobres lenhadores, em cuja casa a fome chegou a um ponto em que, não havendo mais comida
nenhuma, foram levados pelo pai ao bosque, e ali abandonados. Não creio que os 7 milhões de
crianças brasileiras abandonadas conheçam a história de João e Maria. Se conhecessem talvez nem
vissem a semelhança. Pois João e Maria tinham uma casa de verdade, um casal de pais, roupas e
sapatos. João e Maria tinham começado a vida como Meninos De Família, e pelas mãos do pai foram
levados ao abandono.
Quem leva nossas crianças ao abandono? Quando dizemos "crianças abandonadas" subentendemos
que foram abandonadas pela família, pelos pais. E, embora penalizados, circunscrevemos o problema
ao âmbito familiar, de uma fa-mília gigantesca e generalizada, à qual não pertencemos e com a qual
não queremos nos meter. Apaziguamos assim nossa consciência, enquanto tratamos, isso sim, de
cuidar amorosamente de nossos próprios filhos, aqueles que "nos pertencem".
Mas, embora uma criança possa ser abandonada pelos pais, ou duas ou dez crianças possam ser
abandonadas pela família, 7 milhões de crianças só podem ser abandonadas pela coletividade. Até
recentemente, tínhamos o direito de atribuir esse abandono ao governo, e responsabilizá-Io. Mas, em
tempos de Nova República*, quando queremos que os cidadãos sejam o governo, já não podemos
apenas passar adiante a responsabilidade. A hora chegou, portanto, de irmos ao bosque, buscar as
crianças brasileiras que ali foram deixadas.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002.)

http://francisprofessora.blogspot.com/2010_05_01_archive.html
http://crv.educacao.mg.gov.br
Cazuza - Exagerado

Amor da minha vida


Daqui até a eternidade
Nossos destinos foram traçados
Na maternidade

Paixão cruel, desenfreada


Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar


Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

Por você eu largo tudo


Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Que por você eu largo tudo


Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080213100412AAjg8Xb
Mulheres

Certo dia, parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São
espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto sentido. Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja
aquela que dá em cima de você? E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que
alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai
pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque ‘vai
fazer frio’. Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas
horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto
frio que faz lá dentro!
“Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça...”
Se você não levar o ‘sapato extra’, meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu
estará, sem dúvida, molhado...
O sexto sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil...
As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria
tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em gerar a vida, elas insistem em
ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em ‘praga de mãe’, ‘amor de mãe’, ‘coração de mãe’... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele
tenha instalado o dispositivo ‘coração de mãe’ nos ‘anjos da guarda’ de Seus filhos (que, aliás, foram
criados à Sua imagem e semelhança).
As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro
diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de
fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador
sobre os homens... É choro feminino. É choro de mulher...
Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma a outra para mudar
de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam
uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos...
Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens! E é com um desses
milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
En-fei-ti-çam! E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o
comportamento humano, disse que a mulher era ‘um continente obscuro’.
Quer evidência maior do que essa? Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres
também é assim. O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor.
Por isso dizem ‘estar nas nuvens’, quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os
homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida. Pena que eles nunca verão as
mulheres – anjos que têm ao lado. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são
mulheres a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo – amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas
até voam. Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora...

Luis Fernando veríssimo

1

Não é que fôssemos amigos de longa data. Conhecemo-nos apenas no último ano da
escola. Desde esse momento estávamos juntos a qualquer hora. Há tanto tempo
precisávamos de uma amigo que nada havia que não confiássemos um ao outro.
Chegamos a umponto de amizade que não podíamos mais guardar um pensamento: um
telefonava logo ao outro,marcando encontro imediato. Depois da conversa, sentíamo-nos
tão contentes como se nos ti-véssemos presenteado a nós mesmos. Esse estado de
comunicação contínua chegou a tal exal-tação que, no dia em que nada tínhamos a nos
confiar, procurávamos com alguma aflição umassunto. Só que o assunto havia de ser
grave, pois em qualquer um não caberia a veemência deuma sinceridade pela primeira
vez experimentada.
Já nesse tempo apareceram os primeiros sinais de perturbação entre nós. Às vezes
umtelefonava, encontrávamo-nos, e nada tínhamos a nos dizer. Éramos muito jovens e
não sabía-mos ficar calados. De início, quando começou a faltar assunto, tentamos
comentar as pessoas.Mas bem sabíamos que já estávamos adulterando o núcleo da
amizade. Tentar falar sobre nossasmútuas namoradas também estava fora de cogitação,
pois um homem não falava de seu amores.Experimentávamos ficar calados — mas
tornávamo-nos inquietos logo depois de nos separar- mos.
Minha solidão, na volta de tais encontros, era grande e árida. Cheguei a ler livros
apenaspara poder falar deles. Mas uma amizade sincera queria a sinceridade mais pura.
À procuradesta, eu começava a me sentir vazio. Nossos encontros eram cada vez mais
decepcionantes.Minha sincera pobreza revelava-se aos poucos. Também ele, eu sabia,
chegara ao impasse de si mesmo.
Foi quando, tendo minha família se mudado para São Paulo, e ele morando
sozinho,pois sua família era do Piauí, foi quando o convidei a morar em nosso
apartamento, que ficarasob a minha guarda. Que rebuliço de alma. Radiantes,
arrumávamos nossos livros e discos, pre-parávamos um ambiente perfeito para a
amizade. Depois de tudo pronto — eis-nos dentro decasa, de braços abanando, mudos,
cheios apenas de amizade.
Queríamos tanto salvar o outro. Amizade é matéria de salvação.
Mas todos os problemas já tinham sido tocados, todas as possibilidades
estudadas.Tínhamos apenas essa coisa que havíamos procurado sedentos até então e
enfim encontrado:uma amizade sincera. Único modo, sabíamos, e com que amargor
sabíamos, de sair da solidãoque um espírito tem no corpo.
Mas como se nos revelava sintética a amizade. Como se quiséssemos espalhar em
longodiscurso um truísmo que uma palavra esgotaria. Nossa amizade era tão insolúvel
como a somade dois números: inútil querer desenvolver para mais de um momento a
certeza de que dois etrês são cinco.
Tentamos organizar algumas farras no apartamento, mas não só os vizinhos reclamaram
como não adiantou.
Se ao menos pudéssemos prestar favores um ao outro. Mas nem havia
oportunidade,nem acreditávamos em provas de uma amizade que delas não precisava. O
mais que podíamosfazer era o que fazíamos: saber que éramos amigos. O que não
bastava para encher os dias,sobretudo as longas férias.
Data dessas férias o começo da verdadeira aflição.
Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sinceridade, ele passou a ser uma
acusaçãode minha pobreza. Além do mais, a solidão de um ao lado do outro, ouvindo
música ou lendo,era muito maior do que quando estávamos sozinhos. E, mais que maior,
incômoda. Não haviapaz. Indo depois cada um para seu quarto, com alívio nem nos
olhávamos.
É verdade que houve uma pausa no curso das coisas, uma trégua que nos deu
maisesperanças do que em realidade caberia. Foi quando meu amigo teve uma pequena
questão coma Prefeitura. Não é que fosse grave, mas nós a tornamos para melhor usá-la.
Porque então já
N

COLÉGIO INTEGRADO- ANÁPOLIS


ALUNO (A): ___________________________________________SÉRIE; _____ DATA: ____/____/____
REDAÇÃO
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