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Introdução à Química Orgânica Teórica

(3a edição)

Nome do Aluno:

Professor: Huita do Couto Matozo


Escola Municipal Governador Israel Pinheiro

2010 - 2012

1MATOZO; H. C.
ESCOLA MUNICIPAL GOVERNADOR ISRAEL PINHEIRO DE 1º E 2º GRAUS
Rua 37, nº 115, Loanda - João Monlevade - Minas Gerais - CEP: 35.931-026
Professor: Huita do Couto Matozo
Disciplina: Química Orgânica Teórica 2008-2010

SUMÁRIO

Páginas
1- História da Química............................................................................................................................ 07
2- Tabela Periódica dos Elementos........................................................................................................ 07
2-1- Classificação Periódica Moderna.............................................................................................. 07
3- Ligações................................................................................................................................................ 08
3-1- Ligação Covalente Normal........................................................................................................ 08
3-2- Ligação Covalente Dativa.......................................................................................................... 08
4- Eletronegatividade, Polaridade e Energia de Ligação..................................................................... 09
5- História da Química Orgânica............................................................................................................ 10
5-1- Primórdios da Química Orgânica.............................................................................................. 10
5-2- A Química Orgânica no início do século XIX........................................................................... 10
6- Elemento Carbono.............................................................................................................................. 11
7- Ligações entre Carbonos..................................................................................................................... 12
8- Nomenclatura de Compostos Orgânicos Segundo a International Union of Pure and Aplied
Chemystry- IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada)........................................... 13
8-1- Introdução.................................................................................................................................... 13
8-2- Função Hidrocarboneto (CxHy)................................................................................................ 13
8-3- Fundamentos da Nomenclatura Orgânica................................................................................ 13
8-4- Principais Funções Orgânicas.................................................................................................... 14
9- Séries dos Compostos Orgânicas ....................................................................................................... 17
10- Cálculo para Insaturações................................................................................................................. 18
11- Principais Diferenças entre Compostos Orgânicos em relação aos Inorgânicos......................... 18
12- Polaridade........................................................................................................................................... 19
13- Principais Propriedades Químicas e Físicas dos Compostos Orgânicos....................................... 19
13-1- Propriedades Gerais dos Hidrocarbonetos............................................................................ 19
13-1-1- Força de Interação Molecular..................................................................................... 19
13-1-2- Pontos de Fusão e Ebulição......................................................................................... 20
13-1-3- Fase de Agregação........................................................................................................ 20
13-1-4- Densidade...................................................................................................................... 20
13-1-5- Solubilidade.................................................................................................................. 20
13-1-6- Reatividade................................................................................................................... 20
13-1-7- Propriedades Organolépticas...................................................................................... 20
13-1-8- Aplicações Práticas...................................................................................................... 20
13-2- Propriedades Gerais dos álcoois (-OH “Cadeia Saturada”)................................................ 21
13-2-1- Força de Interação Molecular................................................................................... 21
13-2-2- Pontos de Fusão e Ebulição....................................................................................... 21
13-2-3- Fase de Agregação...................................................................................................... 21
13-2-4- Densidade.................................................................................................................... 21
13-2-5- Solubilidade................................................................................................................. 21
13-2-6- Reatividade.................................................................................................................. 21
13-2-7- Propriedades Organolépticas.................................................................................... 21
13-2-8- Aplicações Práticas..................................................................................................... 22

2MATOZO; H. C.
13-3- Propriedades Gerais dos Haletos Orgânicos (-F; -Cl; -Br; -I)............................................ 22
13-3-1- Força de Interação Molecular................................................................................... 22
13-3-2- Pontos de Fusão e Ebulição....................................................................................... 22
13-3-3- Fase de Agregação...................................................................................................... 22
13-3-4- Densidade.................................................................................................................... 22
13-3-5- Solubilidade................................................................................................................ 23
13-3-6- Reatividade................................................................................................................. 23
13-3-7- Propriedades Organolépticas.................................................................................... 23
13-3-8- Aplicações Práticas.................................................................................................... 23
13-4- Propriedades Gerais dos Fenóis (Ar-OH)............................................................................. 23
13-4-1- Força de Interação Molecular................................................................................... 23
13-4-2- Pontos de Fusão e Ebulição....................................................................................... 23
13-4-3- Fase de Agregação...................................................................................................... 23
13-4-4- Densidade.................................................................................................................... 23
13-4-5- Solubilidade................................................................................................................ 23
13-4-6- Reatividade................................................................................................................. 24
13-4-7- Propriedades Organolépticas.................................................................................... 24
13-4-8- Aplicações Práticas.................................................................................................... 24
13-5- Propriedades Gerais dos Éteres (C-O-C)............................................................................. 24
13-5-1- Força de Interação Molecular.................................................................................. 24
13-5-2- Pontos de Fusão e Ebulição...................................................................................... 24
13-5-3- Fase de Agregação..................................................................................................... 24
13-5-4- Densidade................................................................................................................... 24
13-5-5- Solubilidade............................................................................................................... 24
13-5-6- Reatividade................................................................................................................ 24
13-5-7- Propriedades Organolépticas................................................................................... 25
13-5-8- Aplicações Práticas................................................................................................... 25
13-6- Propriedades Gerais dos Éteres (H-C=O)............................................................................ 25
13-6-1- Força de Interação Molecular.................................................................................. 25
13-6-2- Pontos de Fusão e Ebulição...................................................................................... 25
13-6-3- Fase de Agregação..................................................................................................... 25
13-6-4- Densidade................................................................................................................... 25
13-6-5- Solubilidade............................................................................................................... 25
13-6-6- Reatividade................................................................................................................ 25
13-6-7- Propriedades Organolépticas................................................................................... 25
13-6-8- Aplicações Práticas................................................................................................... 26
13-7- Propriedades Gerais das Cetonas (C=O)............................................................................ 26
13-7-1- Força de Interação Molecular.................................................................................. 26
13-7-2- Pontos de Fusão e Ebulição...................................................................................... 26
13-7-3- Fase de Agregação..................................................................................................... 26
13-7-4- Densidade................................................................................................................... 26
13-7-5- Solubilidade............................................................................................................... 26
13-7-6- Reatividade................................................................................................................ 26
13-7-7- Propriedades Organolépticas................................................................................... 26
13-7-8- Aplicações Práticas................................................................................................... 26
13-8- Propriedades Gerais dos Ácidos Carboxílicos (HO-C=O)................................................ 27
13-8-1- Força de Interação Molecular.................................................................................. 27
13-8-2- Pontos de Fusão e Ebulição...................................................................................... 27
13-8-3- Fase de Agregação..................................................................................................... 27
13-8-4- Densidade................................................................................................................... 27
13-8-5- Solubilidade............................................................................................................... 27

3MATOZO; H. C.
13-8-6- Reatividade................................................................................................................ 27
13-8-7- Propriedades Organolépticas................................................................................... 27
13-8-8- Aplicações Práticas................................................................................................... 27
13-9- Propriedades Gerais dos Ésteres (C-O-C=O).................................................................... 28
13-9-1- Força de Interação Molecular.................................................................................. 28
13-9-2- Pontos de Fusão e Ebulição...................................................................................... 28
13-9-3- Fase de Agregação..................................................................................................... 28
13-9-4- Densidade................................................................................................................... 28
13-9-5- Solubilidade............................................................................................................... 28
13-9-6- Reatividade................................................................................................................ 28
13-9-7- Propriedades Organolépticas................................................................................... 28
13-9-8- Aplicações Práticas................................................................................................... 28
13-10- Propriedades Gerais dos Sais de Ácidos Carboxílicos (M-O-C=O).............................. 28
13-10-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 28
13-10-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 29
13-10-3- Fase de Agregação................................................................................................... 29
13-10-4- Densidade................................................................................................................. 29
13-10-5- Solubilidade............................................................................................................. 29
13-10-6- Reatividade.............................................................................................................. 29
13-10-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 29
13-10-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 29
13-11- Propriedades Gerais das Aminas (R-N-R2)..................................................................... 29
13-11-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 29
13-11-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 29
13-11-3- Fase de Agregação................................................................................................... 29
13-11-4- Densidade................................................................................................................. 30
13-11-5- Solubilidade............................................................................................................. 30
13-11-6- Reatividade.............................................................................................................. 30
13-11-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 30
13-11-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 30
13-12- Propriedades Gerais das Amidas (O=C-N-R2)................................................................ 30
13-12-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 30
13-12-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 30
13-12-3- Fase de Agregação................................................................................................... 30
13-12-4- Densidade................................................................................................................. 30
13-12-5- Solubilidade............................................................................................................. 31
13-12-6- Reatividade.............................................................................................................. 31
13-12-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 31
13-12-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 31
13-13- Propriedades Gerais dos Nitrocompostos (-NO2)........................................................... 31
13-13-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 31
13-13-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 31
13-13-3- Fase de Agregação................................................................................................... 31
13-13-4- Densidade................................................................................................................. 31
13-13-5- Solubilidade............................................................................................................. 31
13-13-6- Reatividade.............................................................................................................. 31
13-13-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 31
13-13-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 31
13-14- Propriedades Gerais dos Nitrilos (RN)........................................................................... 32
13-14-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 32
13-14-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 32

4MATOZO; H. C.
13-14-3- Fase de Agregação................................................................................................... 32
13-14-4- Densidade................................................................................................................. 32
13-14-5- Solubilidade............................................................................................................. 32
13-14-6- Reatividade.............................................................................................................. 32
13-14-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 32
13-14-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 32
13-15- Propriedades Gerais dos Tioálcoois (-SH)...................................................................... 32
13-15-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 32
13-15-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 32
13-15-3- Fase de Agregação................................................................................................... 33
13-15-4- Densidade................................................................................................................. 33
13-15-5- Solubilidade............................................................................................................. 33
13-15-6- Reatividade.............................................................................................................. 33
13-15-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 33
13-15-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 33
13-16- Propriedades Gerais dos Tioéteres (-S-)......................................................................... 33
13-16-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 33
13-16-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 33
13-16-3- Fase de Agregação................................................................................................... 33
13-16-4- Densidade................................................................................................................. 33
13-16-5- Solubilidade............................................................................................................. 33
13-16-6- Reatividade.............................................................................................................. 33
13-16-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 34
13-16-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 34
13-17- Propriedades Gerais dos Compostos de Gringnard (R-MgCl).................................... 34
13-17-1- Força de Interação Molecular................................................................................ 34
13-17-2- Pontos de Fusão e Ebulição.................................................................................... 34
13-17-3- Fase de Agregação................................................................................................... 34
13-17-4- Densidade................................................................................................................. 34
13-17-5- Solubilidade............................................................................................................. 34
13-17-6- Reatividade.............................................................................................................. 34
13-17-7- Propriedades Organolépticas................................................................................. 34
13-17-8- Aplicações Práticas................................................................................................. 34
14- Isomeria............................................................................................................................................... 34
14-1- Hibridização dos Orbitais do Átomo de Carbono.................................................................. 35
14-2- Isomeria Plana: Mesma Fórmula Molecular, Compostos Diferentes.................................. 36
14-2-1- Isomeria de Cadeia....................................................................................................... 36
14-2-2- Isomeria de Compensação ou Metameria................................................................... 36
14-2-3- Isomeria de Função....................................................................................................... 36
14-2-4- Isomeria de Posição....................................................................................................... 36
14-2-5- Dinâmica ou Tautometria............................................................................................ 37
14-2-6- Isomeria Espacial.......................................................................................................... 37
14-2-6-1- Isomeria Geométrica Cis-Trans................................................................... 37
14-2-6-2- Isomeria Óptica............................................................................................. 38
14-2-6-2-1- Estereoquímica: representações de Newman.......................... 40
15- Classificações das Reações Orgânicas.............................................................................................. 41
15-1- Reações de Combustão............................................................................................................ 42
15-1-1- Combustão Completa................................................................................................... 42
15-1-2- Combustão Incompleta, com Formação de Monóxido de Carbono........................ 42
15-1-3- Combustão Incompleta, com Formação de Carbono (fuligem)............................... 42
15-2- Reações de substituição........................................................................................................... 42

5MATOZO; H. C.
15-2-1- Dirigência de Substituição em Aromáticos............................................................... 43
15-3- Reações de Adição.................................................................................................................... 44
15-4- Reações de Eliminação............................................................................................................ 45
15-5- Reações de Transferência de Prótons.................................................................................... 45
15-6- Reações de Rearranjo............................................................................................................. 45
15-7- Reações de Oxirredução......................................................................................................... 45
16- Classificação dos Reagentes.............................................................................................................. 46
16-1- Reagente Nucleófilo................................................................................................................... 46
16-2- Reagente Eletrófilo................................................................................................................... 46
16-3- Radical Livre............................................................................................................................. 46
17- Mecanismos de Reações..................................................................................................................... 47
17-1- Adição Eletrofílica..................................................................................................................... 47
17-2- Adição Nucleofílica.................................................................................................................... 47
17-3- Substituição por Radicais Livres............................................................................................. 48
17-4- Substituição Nucleofílica........................................................................................................... 48
17-5- Substituição Eletrofílica............................................................................................................ 49
17-6- Reação de Eliminação............................................................................................................... 49
17-7- Reação de Desidratação............................................................................................................ 50
18- Resumo de Reações Orgânicas Básicas............................................................................................ 53
19- Regra de Markowinikoff................................................................................................................... 54
20- Regra de Karash................................................................................................................................ 54
21- Determinação de Fórmula Percentual............................................................................................. 54
22- Determinação da Energia de Ligação.............................................................................................. 55
23- Atividades........................................................................................................................................... 56
24- Referências Bibliográficas................................................................................................................. 69

6MATOZO; H. C.
1- HISTÓRIA DA QUÍMICA
Se compararmos os milhões de anos que sabemos existir vida humana na Terra com a curiosidade de
saber do que é constituída a matéria, chegaremos à conclusão de que esta preocupação é muito recente.
Provavelmente os primeiros a se preocuparem em especular sobre a constituição da matéria foram os
gregos, há pouco mais de 2.400 anos.

O homem pré-histórico, por tentativas e erros, descobriu como lascar a pedra como construir armas e algo
muito importante na história da matéria - o fogo - através do atrito entre pedaços de madeira.

Na história da química, foram também importantes, as descobertas de alguns metais, milhares de anos
antes de Cristo. O ouro, que deve ter sido encontrado na forma de pepitas, o cobre, talvez livre ou
chamando a atenção por sua cor quando alguma fogueira foi produzida em local onde havia o seu
minério. De qualquer forma, aproximadamente 3000 a.C. o ser humano conhecia o chumbo, o cobre, o
bronze (obtido da fusão do estanho com o cobre). O ferro, talvez conhecido através da queda de
meteoritos, já era utilizado pelo hititas, 1500 a.C. Enfim, as civilizações antigas desenvolveram a
metalurgia e obtiveram o vinho, a cerveja, o vidro e uma série de outros materiais, sem se preocupar por
que tais fenômenos ocorriam.

Uma reflexão sobre a História da Química, ou mesmo sobre a História Geral, deveria nos levar a
conclusão de que nossos antecessores não erraram. Apenas construíram, passo a passo, os fundamentos
do conhecimento atual. Por outro lado, se tivermos a pretensão de sermos proprietários da verdade, em
absolutamente nada estaremos contribuindo com o conhecimento futuro. Pense nisto e ouse questionar o
que aprendemos e ensinamos. A Ciência Química poderá ser eternamente grata a você por isto!!!

Apresento um pouco sobre a tabela periódica, ligações, eletronegatividade, polaridade, energia de ligação
(entalpia de ligação) e em seguida a Química Orgânica.

2- TABELA DOS ELEMENTOS


Tabela 2-1 Elementos químicos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
1A 2A 3B 4B 5B 6B 7B 8B 8B 8B 1B 2B 3A 4A 5A 6A 7A 8A
H@ H @ He
Li Be B C N O F Ne
Na Mg Al Si P S Cl Ar
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
#
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
Fr Ra *Ac Rf Db Jl Rf Bh Hn Mt Uun Uuu Unb Unt Unq Unh Uns Uno

#
La Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
*Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Ce Fm Md No Lr
H@ : Pode localizar-se nos dois grupos 1A (1) e 7A (17), no grupo 1, porque apresenta um elétron no nível mais externo. No
grupo 17, porque necessita de um elétron para atingir uma configuração eletrônica estável de gás raro.

2-1- CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA MODERNA


A tabela periódica atual é constituída por:

– Sete Períodos (Horizontais): onde o período indica quantos níveis de energia o átomo do elemento

7MATOZO; H. C.
apresenta em sua configuração eletrônica.

– Dezoito colunas, Grupos ou Famílias (Verticais): onde o grupo indica o elétron de diferenciação do
átomo do elemento, ou seja, o elétron de maior energia.

Elementos representativos: são os elementos dos grupos lA (1) a 8A (18).


Grupo lA ( 1) = família dos metais alcalinos
Grupo 2A ( 2) = família dos metais alcalinos-terrosos
Grupo 3A (13) = família do boro
Grupo 4A (14) = família do carbono
Grupo 5A (15) = família do nitrogênio
Grupo 6A (16) = família dos cacogenios
Grupo 7A (17) = família dos halogênios
Grupo 8A (18) = família dos gases raros

Nos elementos representativos, o elétron de diferenciação localiza-se num subnível s (1A e 2A) ou p (3A
a 8A) e o número de elétrons da camada de valência indica o grupo do elemento.

Elementos de Transição: são os elementos dos grupos 3B (3) a 2B (12). Nos elementos de transição, o
elétron de diferenciação localiza-se no subnível d. A soma dos elétrons do subnível d aos elétrons da
camada de valência indica o grupo desses elementos. Os elementos dos grupos lB e 2B apresentam o
subnível d totalmente preenchido e 1 e 2 elétrons na camada de valência, respectivamente.

Elementos de Transição Interna: elementos pertencentes à série dos lantanídeos (6º período) e
actinídeos (7º período). Nos elementos de transição interna, o elétron de diferenciação localiza-se no
subnível f. São considerados pertencentes ao grupo 3B (3).

3-LIGAÇÕES

3-1- LIGAÇÃO COVALENTE NORMAL

Há um compartilhamento de elétrons entre os átomos, que possuem tendência de ganhar elétrons. Cada
ligação covalente normal é constituída por um par de elétrons, um de cada átomo. Fórmula estrutural:
representa as ligações covalentes através de um traço. Fórmula molecular: indica o número de átomos de
um elemento em um composto através de um índice.

Exemplo: as ligações da água


1
1 H –1s : precisa ganhar 1 elétron
2 2 4
8 O –1s 2s 2p : precisa ganhar 2 elétrons

3-2- LIGAÇÃO COVALENTE DATIVA

Há um compartilhamento de elétrons entre os átomos, que possuem tendência de ganhar elétrons. Cada
ligação covalente dativa é constituída por um par de elétrons, ambos de um único átomo.

8MATOZO; H. C.
Exemplo: as ligações do dióxido de enxofre
2 2 6 2 4
16 S – 1s 2s 2p 3s 3p : precisa ganhar 2 elétrons
2 2 4
8 O –1s 2s 2p : precisa ganhar 2 elétrons

4- ELETRONEGATIVIDADE, POLARIDADE E ENERGIA DE LIGAÇÃO

Numa ligação covalente, o par eletrônico é compartilhado entre dois átomos. Isto significa que o par é
atraído simultaneamente para o núcleo de ambos os átomos, resultando numa competição pelos elétrons.

A atração exercida por um átomo sobre o par de elétrons na sua camada de valência depende da carga
nuclear efetiva (a carga nuclear menos o efeito de blindagem das camadas internas) e da distância entre
os núcleos e a camada de valência. Esta atração é medida por uma quantidade chamada
eletronegatividade, que é definida como a tendência relativa de um átomo em atrair o par de elétrons da
ligação. Quando os átomos ligados por covalência são idênticos não há diferença de eletronegatividade,
portanto, ambos os átomos atraem o par eletrônico com a mesma intensidade. Nesse caso, dizemos que a
ligação é covalente não-polar. Se houver diferença de eletronegatividade entre dois átomos, a ligação
será covalente polar, pois o par eletrônico estará distribuído assimetricamente, mais próximo do átomo
mais eletronegativo.

O conceito de polaridade também é útil para descrevermos moléculas que exibem uma separação parcial
de cargas. Uma molécula não-polar é aquela em que a posição média de todas as cargas positivas
coincide com a posição média de todas as cargas negativas. Numa molécula polar existe uma separação
de cargas, ou seja, os dois centros de carga não coincidem. Tomemos como primeiro exemplo, a
molécula de hidrogênio (H - H): os centros de carga positiva são os dois núcleos. O par eletrônico
compartilhado está igualmente distante de ambos, ou seja, se traçarmos um plano que divida a molécula
exatamente ao meio, teremos duas metades com um núcleo e um elétron. Isso significa que entre os dois
átomos de hidrogênio não existe diferença de eletronegatividade, portanto, o par eletrônico é igualmente
atraído pelos dois átomos. A molécula é apolar.

A situação é diferente na molécula de cloreto de hidrogênio (H - Cl): agora os centros de carga não
coincidem. O centro de cargas negativas se encontra mais próximo do átomo de cloro, que é mais
eletronegativo. Se traçarmos um plano que divida a molécula exatamente ao meio, teremos duas metades
diferentes. Uma com o núcleo do hidrogênio e outra com o núcleo do cloro e com o par eletrônico
compartilhado. Isso significa que, apesar da molécula ser eletricamente neutra, existe um pólo positivo e
um pólo negativo. Dizemos que a molécula é polar, ou um dipolo.

A polaridade de uma molécula diatômica depende exclusivamente da polaridade de sua ligação. No


entanto, em moléculas poliatômicas é preciso levar em conta não só a polaridade de suas ligações, mas
também a sua geometria. Consideremos, por exemplo, a molécula de dióxido de carbono (O=C=O): pelo
método VSPER podemos predizer que a molécula é linear. (O número estérico do carbono é 2 e não há
pares isolados). Entretanto, apesar de todas as ligações carbono-oxigênio serem polares, o CO2 é uma
molécula apolar. Isto se deve ao fato do deslocamento da carga eletrônica (em direção ao átomo mais
eletronegativo) em uma ligação ser exatamente compensada pelo correspondente deslocamento na outra
ligação. Trata-se de uma simples observação da resultante entre vetores. Nestes casos, dizemos que o
momento dipolar da molécula é zero. Nas moléculas polares o momento dipolar é diferente de zero.Para
identificar se uma molécula é polar ou apolar, pode-se utilizar de uma regra prática: Se o número de pares
eletrônicos ao redor do átomo central (incluindo os ligantes) for igual ao número de átomos iguais ligados
a ele, a molécula será apolar. Caso estes números não coincidam, a molécula será polar. (As ligações
dativas, duplas e triplas devem ser contadas como apenas um par eletrônico). Veja alguns exemplos:

9MATOZO; H. C.
]Quadro 4-1 Polaridade de alguns compostos
CCl4 4 pares eletrônicos e 4 átomos iguais apolar
CHCl3 4 pares eletrônicos e 3 átomos iguais polar
SO3 3 pares eletrônicos e 3 átomos iguais apolar
HCN 2 pares eletrônicos e 0 átomos iguais polar
BF3 3 pares eletrônicos e 3 átomos iguais apolar
H2O 4 pares eletrônicos e 2 átomos iguais polar
NH3 4 pares eletrônicos e 3 átomos iguais polar
OBS: Toda substância simples é apolar.

A força de uma ligação química é medida pela energia necessária para rompê-la. Uma ligação forte
apresenta uma energia de ligação alta. Essa energia é geralmente positiva e é expressa em kJ/mol, ou
seja, a energia necessária para a dissociação de um mol de ligações. Apesar dos esforços, é muito difícil
medir a energia de ligação de moléculas com mais de dois átomos. Além da dificuldade de se obter dados
exatos, a força de ligação entre dois átomos é influenciada pelos outros átomos que estão ligados a eles.
Assim, uma energia de ligação média é obtida tirando-se a média das energias de ligação feitas com
compostos diferentes que contêm a ligação em questão.

5- HISTÓRIA DA QUÍMICA ORGÂNICA

5-1-Primórdios da Química Orgânica

A primeira separação da Química inorgânica e orgânica ocorreu por volta de 1777 e foi proposta pelo
químico alemão Torben Olof Bergman (1735-1784) .

No início do século XIX químicos concordavam que as propriedades de substâncias dependiam da


composição dos "átomos compostos" (moléculas), mas nada se sabia ainda sobre moléculas; este
conhecimento foi adquirido ao longo de meio século de confusões, amarguras e até tragédias para se
provar que:

a) moléculas consistem de arranjos de átomos num modo definido;

b) propriedades de uma substância dependem não somente do tipo e número de átomos presentes, mas
também do modo que os átomos estão arranjados na molécula.

5-2- A Química Orgânica no início do século XIX

Estado relativamente primitivo: não se sabia definir claramente como as substâncias orgânicas diferiam
das inorgânicas; era bem menos desenvolvida que a química dos metais e dos elementos mais comuns
(enxofre, fósforo e nitrogênio).

Basicamente química de produtos naturais, dividida em Química Vegetal e Química Animal.

Compostos orgânicos vegetais: açúcar, ácidos, goma, índigo, princípio azedo, princípio extrativo, tanino,
cânfora, borracha de apagar etc.

Compostos orgânicos animais*: gelatina, albumina, fibrina, uréia, sangue, bílis, saliva, urina etc.

10MATOZO; H. C.
Sabia-se que compostos orgânicos continham carbono e hidrogênio. As vezes oxigênio, nitrogênio e
enxofre, como componentes essenciais; mas a capacidade de purificá-los, cristalizá-los e analisá-los ainda
era muito primitiva (por encontrar dificuldades analíticas, Berzelius afirma, erroneamente, em 1811, que
as substâncias orgânicas não obedecem à lei das proporções definidas!)

Wöhler, já em 1835: "para mim, a Química Orgânica parece uma floresta dos trópicos, repleta das coisas
mais notáveis"; a exploração desta floresta e a limpeza da vegetação rasteira foram tarefa iniciada na
primeira metade do século XIX. As descobertas alterariam todo o aspecto da Química.

VITALISMO: crença de que compostos orgânicos eram produzidos com a intermediação de uma força
vital, presente somente em plantas e animais. Assim, não podiam, portanto, ser sintetizados no
laboratório (só podiam ser convertidos em outros compostos, como nas cervejarias, vinícolas etc.).

O VITALISMO é seriamente questionado pela obtenção de uréia, por Wöhler, em 1828, a partir de
cianato de prata e cloreto de amônio ou cianato de chumbo e hidróxido de amônio; mas só passa a ser
abandonado à medida que o conhecimento sobre substâncias orgânicas e suas sínteses foi se acumulando
(síntese do ácido acético, Kolbe, 1844; sínteses de Berthelot, anos 1850).

Então, com a síntese da uréia, Wöhler deu ínicio a um grande campo de pesquisa, o das sínteses
orgânicas.

6- ELEMENTO CARBONO

Defini-se, tradicionalmente a Química Orgânica como sendo o ramo da Química que se ocupa dos
compostos de carbono, de maneira geral.

Há tantos compostos orgânicos naturais e sintéticos, que estes foram classificados em funções; a
classificação em funções orgânicas é feita de acordo com a estrutura molecular e o comportamento
químico dos compostos.

O elemento químico carbono (C) tem número atômico igual a 6; raio atômico 0,77A; eletronegatividade
2,5; estados de oxidação -4 a +4. Em geral, o primeiro elemento de um grupo difere dos demais, por
causa de sue menor tamanho, maior eletronegatividade e a inexistência de orbital d. O Carbono difere
dos demais elementos deste grupo por limitar-se um número de coordenação quatro (por causa da
inexistência de orbitais d no segundo nível) na capacidade única de formar ligações múltiplas, tais como
e na acentuada tendência de formar cadeias. A capacidade de formar cadeias está relacionada com a
energia de ligação.

C Z=6 1s2 2s2 2p2 estado fundamental

Figura 6-1- Diagrama de Energia (s2 p6d10 f14 )

11MATOZO; H. C.
Suas ligações com outros átomos são covalentes. Utiliza-se em Química Orgânica as fórmulas estruturais
de preferência as fórmulas moleculares. As fórmulas estruturais planas baseiam-se nos postulados
estabelecidos por August Kekulé em 1858:

Primeiro: Os átomos de carbono são tetravalentes.

Segundo: As quatro valências se equivalem.

Terceiro: Os átomos de carbono podem ligar-se entre si formando as cadeias carbônicas

Chamamos de cadeia a uma sucessão de átomos ligados entre-si.


Examinemos as seguintes fórmulas estruturais planas,observando as valências e a formação das cadeias:

Metano Etano Eteno Etino


H H H H H C C H

H C H H C C H H C C H
H H H

7- LIGAÇÕES ENTRE CARBONOS

As ligações entre átomos de carbono podem ser:

a)Simples (hibridação sp3) quando dois átomos se ligam por apenas uma unidade de valência;
exemplo:

Etano ou simplificada Etano H3C - CH3


H H

H C C H

H H

b)Dupla (hibridaçãosp2 )quando dois átomos se ligam por duas unidades de valência; exemplo:

Eteno ou simplificada Eteno


H H2 C CH 2

H C C H

c)Tripla (hibridação sp)quando dois átomos se ligam por três unidades de valência; exemplo:

Etino ou simplificada Etino


H C C H HC CH

12MATOZO; H. C.
8- NOMENCLATURA DE COMPOSTOS ORGÂNICOS SEGUNDO A INTERNATIONAL
UNION OF PURE AND APLIED CHEMYSTRY (UNIÃO INTERNACIONAL DE QUÍMICA
PURA E APLICADA)

8-1- INTRODUÇÃO

Função Orgânica: é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes (propriedades


funcionais)

Grupo funcional: é o átomo ou grupo de átomos responsável(eis) pelas propriedades químicas dos
compostos pertencentes a uma determinada função química.

A nomenclatura orgânica oficial começou a ser criada em 1892 em um congresso internacional em


Genebra, após várias reuniões surgiu a nomenclatura IUPAC (União Internacional de Química Pura e
Aplicada).

A nomenclatura IUPAC obedece aos seguintes princípios:

1) Cada composto tenha um único nome que o distinga dos demais;

2) Dada a fórmula estrutural de um composto, seja possível elaborar seu nome, e vice-versa.

Obs.: Apesar de a nomenclatura IUPAC ser a oficial, existem outros tipos de nomenclatura como por
exemplo a nomenclatura usual.

8-2- FUNÇÃO HIDROCARBONETO (CxHy)

Os compostos pertencentes a esta função são constituídos exclusivamente por carbono e hidrogênio,
portanto possuem fórmula geral: CxHy.

Os hidrocarbonetos são muito importantes porque formam o "esqueleto" das demais funções orgânicas.

Os Hidrocarbonetos estão divididos em várias classes, dentre as quais merecem destaque os alcanos,
alcenos (alquenos), alcinos (alquinos), alcadienos, cicloalcanos, cicloalcenos e os hidrocarbonetos
aromáticos.

8-3- FUNDAMENTOS DA NOMENCLATURA ORGÂNICA

PREFIXO + AFIXO + SUFIXO

Prefixo: indica o número de átomos de carbono pertencentes a cadeia principal.


1C = met 6C = hex 11C = undec
2C = et 7C = hept 12C = dodec
3C = prop 8C = oct 13C = tridec
4C = but 9C = non 15C = pentadec
5C = pent 10C = dec 20C = eicos

Afixo ou infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos:

13MATOZO; H. C.
todas simples = an duas duplas = dien
uma dupla = en três duplas = trien
uma tripla = in duas triplas = diin
Sufixo: indica a função
Hidrocarboneto terminação o

Tabela 8-3-1: Classes dos Hidrocarbonetos

CLASSE TIPO DE CADEIA CARBONICA Exemplo


ALCANO ou PARAFINA alifática saturada CH3-CH2-CH2-CH3
butano
ALCENO ou ALQUENO alifática insaturada CH3-CH=CH-CH3
but-2-eno
ALCENO ou ALQUENO ou com uma ligação dupla H2C=CH-CH2-CH3
OLEFINA but-1-eno
ALCADIENO alifática insaturada H2C=C=CH-CH3
but-1,2-dieno
DIOLEFINA com duas ligações duplas H2C=CHCH=CH2
but-1,3-dieno

ALCINO alifática insaturada H3C-C≡ C-CH3


but-2-ino
ALCENINO ou ALQUENINO alifática insaturada etenínica com H3C=CH-C≡ C-H
uma dupla e uma tripla lagação but-1-en-3-ino

CICLOALCANO ou CICLANO ou alicíclica saturada H2 C CH 2


CICLOPARAFINA
H2 C CH 2
ciclobutano

ARENO ou HIDROCARBONETO cadeia aromática Benzeno


AROMÁTICO

8-4- FUNÇÕES ORGÂNICAS

Tabela 8-4-1: Principais Funções Orgânicas e Nomenclatura utilizada pela IUPAC


Função Orgânica Fórmula Geral Nomenclatura Exemplos
IUPAC 2001
Química Nova
ÁLCOOL
HO R (Nome do grupo orgânico) HO CH2CH2CH3
onde localiza a hidroxila
ou oxidrila + ol
(OH ligado a C propan-1-ol
saturado) álcool propílico ( Usual)

14MATOZO; H. C.
Função Orgânica Fórmula Geral Nomenclatura Exemplos
IUPAC 2001
Química Nova
H2C
ENOL Nome do grupo orgânico)
R onde localiza a ligação OH
dupla + infixo + Etenol
OH localização da hidroxila ou
oxidrila + ol
FENOL Nome e do grupo
HO Ar
orgânico + fenol ou OH

Nome do grupo -OH +


hidróxi + nome do benzenol
Fenol ou hidróxibenzeno(Aceito
aromático pela IUPAC)
ÉTER (Nome da cadeia mais H3 C O CH 2 CH3
R1 O R2 simples) + oxi + (Nome da
cadeia mais complexa)
metóxietano
éter etílico e metílico (ordem
alfabética) ou éter metiletílico
( Usual)

(Prefixo + infixo - a letra o) O


ALDEÍDO
O + al
H3CH2C C H
R1 C H .....
propanal

CETONA (Prefixo + infixo - a letra o) O


O
onde localiza a carbonila
. + ona CH3CCH3
R1 C R2
.
propanona
cetona dimetílica ou
dimetilcetona ( Usual)

O
ácido + (Nome do grupo ..
orgânico) + óico O
ÁCIDO
CARBOXÍLICO R C OH H3 CH2 C C OH
.
ácido propanóico
ácido propiônico (usual)
ONa
SAIS DE ÁCIDOS O M
(Nome do grupo
CARBOXÍLICO orgânico) + oato + de + H3 C
R (nome do cátion) O
O etanoato de sódio
M=Cátion

15MATOZO; H. C.
Função Orgânica Fórmula Geral Nomenclatura Exemplos
IUPAC 2001
Química Nova
ÉSTER . (Nome do grupo orgânico1 O
menos ácido e óico) +
... O ato + (Nome do grupo
orgânico 2) H3 CH2 C C O CH 3
R1 C O R2
propanoato de metila
acetato de metila (usual)

AMINA (Nome do grupo orgânico) H


H
(primária) + amina
R1 N H ............ H3 CH2CH 2C N H
......propilamina
(primária)
(Nome do grupo orgânico CH 3
AMINA R2
(secundária) mais simples, em seguida
o grupo orgânico mais H3CH2 C N H
R1 N H complexo) + amina
..............
(secundária) metiletilamina

AMINA (Nome do grupo orgânico


(terciária) R2 mais simples em seguida .........
o 2 o grupo orgânico e CH3
R1 N R3 por último o grupo
orgânico mais complexo) H3 CH2 CH2 C N CH2 CH3
(terciária) + amina
metiletilpropilamina

Amida O (Nome do grupo orgânico) O


+ amida
H3CH2C C NH2
R C NH2
propanamida

O O
Amida N + nome do grupo
H3 C
orgânico ou N,N +
R C N R
nome dos grupos
orgânicos + prefixo + H3CH2CHCHCH2C C N CH2 CH3
R
infixo + amida
H3 CH2 C CH3

N,N-etil-metil-3-etil-4-metil-
hexanamida
H3 C NO 2
NITROCOMPOSTO R NO2 Nitro + (nome do grupo
orgânico) nitrometano

R-C≡ N (Nome do grupo orgânico) H2


H3 C C C N
NITRILO + nitrilo(a)
propanonitrilo(a)

16MATOZO; H. C.
Função Orgânica Fórmula Geral Nomenclatura Exemplos
IUPAC 2001
Química Nova
Haleto + H2 H2
HALETO R-X (Nome do grupo orgânico) H3C C C Cl
(onde X é: F, Cl, Br, I) 1-cloropropano
ORGÂNICO

R M H3 C MgCl
ORGÂNICOMETÁLI (Nome do halogênio + de
CO + grupo orgânico + il) +
M= Metal metal Cloreto de metilmagnésio

R1 S R2 Nome do grupo orgânico H3 C S CH 2 CH3


SULFETO
mais simples + il + tio Metil-tioetano ou sulfeto de
grupo orgânico mais metila e etila
complexo + o
ÁCIDO SULFÔNICO R SO3 H Ácido + (Nome do grupo H3 CH2 C SO 3 H
orgânico) + sulfônico Ácido etanossulfônico
(Nome do grupo orgânico) H3 CH2 C S H
TIOÁLCOOL R S H
+ o (em alguns casos) + Etanotiol
tiol
SH

CH3CHCH3
propan-2-tiol
SAIS DE AMÔNIO (Nome do ânion + de + Cl
CH3
QUARTENÁRIO C
nome dos substituintes +
amônio) H3C N CH3

C N C
H3C CH2
18

Cloreto de nonadecil-
trimetilamônio
O O
ANIDRIDO Anidrido + (Nome do
R1 grupo orgânico mais H3 CH2 C C

simples + grupo orgânico O


O
mais complexo ) H3 C C
R2
O

O
Anidrido etanóico e propanóico

Observação: Quando o composto apresentar duas ou mais funções diferentes, deve-se escolher uma
função principal de acordo com a preferência: ácido – amida – aldeído – cetona – álcool – amina – éter
– haleto. As demais funções serão consideradas secundárias, ou seja, apenas como ramificações da
cadeia onde está a função principal.

9- SÉRIES DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

Em Química Inorgânica, temos, por exemplo, a função sal a função ácida, etc. E na Química Orgânica,
temos as funções hidrocarboneto, aldeído, álcool, etc.

17MATOZO; H. C.
Denomina-se grupo funcional um agrupamento atômico particular que identifica a função. É o
responsável pelas propriedades Químicas comuns aos diversos compostos pertencentes à função
considerada.

Série Homóloga: É um conjunto de compostos orgânicos (homólogos), pertencente à mesma função


química, e cujas fórmulas moleculares diferem entre si por um número inteiro de grupos CH 2. O grupo
CH2 é chamado de razão de homologia.

Geralmente são dispostas em ordem decrescente de suas massas moleculares. Exemplos:


a) CH4 , C2H6 , C3H8 ... CnH2n + 2 . Hidrocarbonetos acíclicos saturados.
b) C2H4 , C3H6 , C4H8 ... CnH2n . Hidrocarbonetos acíclicos insaturados.
c) C2H2 , C3H4, C4H6 ... CnH2n - 2. Hidrocarbonetos acíclicos insaturados.
d) H3CCOOH , C2H6 , C3H8 ... CnH2n + 2 . Monoácidos acíclicos saturados.

Generalizando, as propriedades físicas dos homólogos variam gradualmente com a massa molecular. O
ponto de fusão, ponto de ebulição e densidade crescem com o aumento da cadeia carbônica.
As propriedades químicas dos homólogos de uma mesma série são semelhantes mas, muitas vezes, o
primeiro termo afasta-se dos demais pelas suas propriedades.

Série Isóloga: é um conjunto de compostos orgânicos (isólogos) pertencentes à mesma função química, e
cujas fórmulas moleculares diferem por um número inteiro de grupos (H2).

As propriedades físicas dos isólogos são parecidas, pois a massa molecular dos termos pouco difere.
Exemplos:

a) Etano; eteno; etino.

Série Heteróloga: é um conjunto de compostos orgânicos (heterólogos) não pertencente à mesma função
química, mas que apresentam a mesma cadeia carbônica. Exemplos:

a) Metano; metanol; metanal; ácido metanóico. Benzeno; fenol comum; anilina (C6H5- NH2).

10- CÁLCULO PARA INSATURAÇÕES OU CICLO


N - I/2 + 1 onde:
N= número de carbono
I= número de monovalentes
Quando o resultado for 2 poderá ser: 2 ligações duplas ou uma ligação tripla ou um anel com uma
ligação dupla.
2 ligações duplas
1 ligação tripla
1 anel com uma ligação dupla

11- PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE COMPOSTOS ORGÂNICOS E INORGÂNICOS

• Composição (C, H, O, N)
• Número de compostos
• Freqüência do fenômeno de isomeria e polimeria

18MATOZO; H. C.
• Natureza dos compostos
• PF e PE
• Condutividade elétrica
• Solubilidade
• Resistência ao aquecimento (sem decomposição)
• Inflamabilidade dos compostos

12- POLARIDADE DAS MOLÉCULAS


Devido à diferença de electronegatividade dos átomos envolvidos numa ligação a nuvem eletrônica estará
deslocada em direção do átomo mais eletronegativo. O centro da carga negativa na ligação não
corresponderá portanto com o centro de carga positiva (que é praticamente igual ao centro de gravidade
da ligação, no caso da maioria das ligações encontradas na química orgânica). Isto dá origem a um dipolo
elétrico na ligação. O dipolo é uma grandeza vetorial, pelo que o dipolo de uma molécula será igual à
soma vetorial de todos os dipolos das ligações presentes. Por exemplo, na molécula da água os elétrons
encontram-se deslocados no sentido do átomo de oxigênio.

Figura 12-1: Sentido da Polaridade e Resultante

O dipolo da molécula vai ser a soma dos dipolos das duas ligações O-H. Os hidrocarbonetos são
moléculas apolares.

A introdução de átomos de elementos mais eletronegativos conduz geralmente a um aumento da


polaridade da molécula, desde que os dipolos não se anulem mutuamente devido à geometria e/ou
simetria da molécula. Generalizando, compostos polares dissolverão outros compostos polares, e
compostos apolares dissolverão compostos apolares.

Molécula Apolar: ocorre quando todas as ligações são apolares ou quando a soma dos momentos de
dipolo for nula.

Molécula Polar: ocorre quando a molécula tiver ligações polares e soma dos momentos de dipolo não for
nula.

13- PRINCIPAIS PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

13-1- PROPRIEDADES GERAIS DOS HIDROCARBONETOS CxHy

13-1-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São substâncias consideradas apolares, cuja moléculas se mantém unidas por forças fracas de Van der
Waals (forças de dipolo)

Na verdade, devido aos diversos ângulos de ligações existentes nas moléculas de hidrocarbonetos (que
em geral acabam gerando um vetor resultante) e à própria força de Van der Waals que estabelece entre as
moléculas, não podemos afirmar que os hidrocarbonetos são compostos 100% apolares. É melhor dizer
que são praticamente apolares ou que a polaridade é tão pequena que pode ser considerada desprezível.

19MATOZO; H. C.
13-1-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Por serem apolares, os hidrocarbonetos possuem baixos pontos de fusão e de ebulição em relação aos
compostos polares

Comparando os hidrocarbonetos de cadeia normal, de uma mesma classe, observamos que os pontos de
fusão e ebulição aumentam com o aumento da massa molar do composto.

Se compararmos hidrocarbonetos de cadeia normal e de cadeia ramificada com a mesma massa molar,
por exemplo, butano e metilpropano, ambos com fórmula molecular C 4H10 e massa molar 58g/mol,
iremos observar que os compostos de cadeia normal apresentam pontos de fusão e ebulição mais
elevados que os compostos de cadeia ramificadas.

Isso ocorre porque as moléculas de cadeia normal apresentam uma maior área superficial e, portanto,
forças de dipolo induzido mais intensas, que necessitam maior quantidade de energia (pontos de fusão e
ebulição mais elevados) para serem rompidas. Já as moléculas de cadeia ramificadas são mais
“compactas”, a área superficial é menor, gerando forças de dipolo induzido mais fracas, que necessitam
de menos energia para serem rompidas ( menores pontos de fusão e ebulição).

13-1-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Em condições de temperatura e pressão ambientes, podemos fazer a seguinte generalização: Os


hidrocarbonetos que possuem de 1 a 4 carbonos são gasosos, de 5 a 17 carbonos são líquido e acima de
17 carbonos são sólidos.

13-1-4- DENSIDADE

Todos os hidrocarbonetos apresentam densidade menor que a água (1g/mL) por dois motivos principais:
os átomos que os formam possuem baixo valores de massa atômica e suas moléculas, sendo praticamente
apolares, tendem a ficar mais distante entre si, o que implica menos moléculas por unidade de volume.

13-1-5- SOLUBILIDADE

De acordo com a regra “semelhante dissolve semelhante”, os hidrocarbonetos dissolvem-se apenas em


substâncias apolares ou de baixa polaridade. São, portanto, insolúveis em água, que é polar.

13-1-6- REATIVIDAE

A reatividade dos hidrocarbonetos é considerada baixa nos compostos saturados de cadeia acíclica, nos
compostos cíclicos com 6 ou mais carbonos e nos aromáticos.
Compostos insaturados de cadeia acíclica apresentam reatividade média, e os compostos cíclicos que
possuem de 3 a 5 carbonos, reatividade alta.

13-1-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Por formarem uma classe bastante intensa, de compostos químicos, não é possível generalizar as
propriedades organolépticas-cor, cheiro, aspecto, textura- dos hidrocarbonetos.

13-1-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

São ótimos combustíveis que formam toda a matéria prima da indústria petroquímica, que produz desde

20MATOZO; H. C.
plásticos, fibras têxteis e borracha sintéticas até tintas, detergentes e fertilizantes agrícolas.

13-2- PROPRIEDADES GERAIS DOS ÁLCOOIS (-OH “CADEIA SATURADA”)

13-2-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

As moléculas de álcoois estabelecem ligações de hidrogênio entre si.

13-2-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Os monoálcoois possuem ponto de fusão e de ebulição bastante altos em comparação com os do


hidrocarbonetos de massa molecular próxima.
Os poliálcoois possuem pontos de fusão bem mais elevados que os monoálcoois com o mesmo número
de cadeias.

13-2-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Em condição de temperatura e pressão ambientes, os monoálcoois com até 12 carbonos na molécula são
líquidos; e demais sólidos. Os poliálcoois com até 5 carbonos na cadeia são líquidos cuja viscosidade
aumenta com o aumento do número de grupos -OH. Poliálcoois com 6 ou mais carbonos tendem a ser
sólidos.

13-2-4- DENSIDADE

A grande maioria dos álcoois possuem densidade menor que a da água. Os poliálcoois são mais densos
que a água.

13-2-5- SOLUBILIDADE

Os álcoois possuem na molécula uma parte polar referente ao grupo -OH e uma parte apolar referente a
cadeia carbônica. Por exemplo
H2
H3C C OH
Apolar Polar

Por isso o etanol pode se dissolver tanto na gasolina (apolar) quanto na água (polar).

Contudo, nos álcoois de cadeia carbônica pequena prevalecem as Propriedades de compostos polares e
em álcoois de cadeia carbônica longa prevalecem as propriedades de compostos apolares.

Monoálcoois com mais de 4 ou 5 carbonos na cadeia são praticamente insolúveis em água. O aumento do
número de grupos -OH tende a tornara substância mais solúvel; assim, o hexanol (sorbitol) é bastante
solúvel em água apesar de ter 6 carbonos na molécula.

13-2-6- REATIVIDADE

Os álcoois são mais reativos que os hidrocarbonetos devido ao fato de serem polares.

13-2-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Os monoálcoois como o metanol (extremamente tóxico por ingestão) e o etanol (moderadamente tóxico)
apresentam sabor picante e odor levemente irritante. Os poliálcoois em geral, como o etilenoglicol

21MATOZO; H. C.
(etanodiol) e a glicerina (propanotriol), apresentam sabor doce; muitos deles (como os isômeros sorbitol
e manitol) são utilizados como adoçantes.

13-2-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

O metanol é usado como combustível, solvente e na síntese de compostos orgânicos. O etanol é utilizado
como combustível, em limpeza doméstica e na fabricação de bebidas.

13-3- PROPRIEDADES GERAIS DOS HALETOS ORGÂNICOS (-F; -Cl; -Br; -I)

13-3-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

O mono-haletos orgânicos são levemente polares e suas moléculas mantem-se unidas por forças de
atração do tipo dipolo permanente ou força de dipolo-dipolo.

Os poli-haletos orgânicos, por sua vez, podem ser levemente polares ou mesmo apolares, dependendo da
geometria molecular.

Quando são apolares, suas moléculas mantem-se unidas por forças fracas de Van der Waals ( forças de
dipolo induzido).

13-3-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO


Os pontos de fusão e ebulição dos haletos orgânicos são próximos ao dos alcanos (comporando
compostos de massa molar semelhante) e vão se tornando gradativamente mais altos à medida que os
seguintes fatores começam a pesar:

1- Aumento da massa molecular devido ao aumento do grupo orgânico;


2- Aumento do número de halogênios substituídos (di, tri, tetra...);
3- Aumento da massa atômica do halogênio substituído ( F < Cl < Br < I).

Assim, por exemplo, os pontos de fusão e ebulição aumentam ao passarmos de um mono-haleto com o
mesmo número de carbonos na cadeia, para um di, um tri, um tetra, um poli-haleto.

Aumentam também ao passarmos de fluoretos para cloretos, brometos e iodetos.

13-3-3- FASE DE AGREGAÇÃO

A grande maioria dos mono-haletos orgânicos são líquidos em condições ambiente (25oC e 1atm).
Com poucas exceções, os que possuem até 3 átomos de carbono na molécula são gases ou líquidos
voláteis.

Os poli-haletos geralmente são líquidos e os de massa molar elevada apresentam-se na fase sólida.

13-3-4- DENSIDADE

Os mono-fluoretos e os mono-cloretos não aromáticos são menos denso que a água. Os mono-brometos e
os mono-iodetos são mais densos. Um caso particular e importante é do diiodometano, CH 2I2 que é o
líquido de maior densidade conhecido na orgânica (3,32g/mL), usado como contraste no estudo de
minerais ao microscópio.

22MATOZO; H. C.
13-3-5- SOLUBILIDADE

Os haletos orgânicos são insolúveis em água, possivelmente por não formarem ligações de hidrogênio
com as moléculas de água.
São solúveis em solventes orgânicos de baixa polaridade, como benzeno, éter, clorofórmio (Haleto
orgânico) ou a nafta (ligroína).

13-3-6- REATIVIDADE

A reatividade não é muito acentuada, possivelmente devido à fraca polaridade que possuem.

13-3-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Em geral possui cheiro forte característico e muito deles apresentam sabor doce (lembre-se, porém, de
que são compostos extremamente tóxico por ingestão ou inalação).

13-3-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Os haletos orgânicos são largamente usados na síntese de diversos compostos orgânicos, dentre eles os
compostos de Gringnard, intermediários na obtenção de álcoois, aldeídos e ácidos.
Muitos haletos orgânicos são também utilizados como solventes para ceras, vernizes e borracha, como é
o caso do tetracloreto de carbono, CCl4(l), e do clorofórmio, CHCl3(l).

13-4- PROPRIEDADES GERAIS DOS FENOIS (Ar-OH)

13-4-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

Todos os monofenóis (que apresentam apenas 1 grupo -OH ligado ao anel aromático) possuem moléculas
polares com o vetor resultante no sentido do átomo de oxigênio (mais eletronegativo). Alguns difenóis
com 2 grupos -OH nas posições 1,4, como a hidroquinona (1,4-hidroxibenzeno), são considerados
apolares. As moléculas dos fenóis estabelecem ligações de hidrogênio entre si.

13-4-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Como as moléculas estabelecem ligações de hidrogênio, os fenóis possuem ponto de fusão e de ebulição
bem mais elevados que os hidrocarbonetos de massa molecular próxima.

13-4-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Os monofenóis mais simples, como o benzenol, são líquidos ou então sólidos de baixo ponto de fusão. Os
demais fenóis são sólidos.

13-4-4- DENSIDADE

São mais densos que a água; o benzenol, por exemplo, possui densidades igual a 1,071 g/mL a 25oC.

13-4-5- SOLUBILIDADE

O benzenol é relativamente solúvel em água (9g de fenol por 100g de água 25 oC) devido à formação de
ligações de hidrogênio entre as moléculas de fenol e as moléculas de água. Os demais monofenóis são
praticamente insolúveis.

23MATOZO; H. C.
13-4-6- REATIVIDADE

Os fenóis são compostos facilmente oxidáveis e também possuem um fraco caráter ácido (são chamados
de ácido fênico), podendo sofrer ionização na água como mostra na equação abaixo:

OH O

+ H2O + H3O (aq.)

fenol ânion fenóxido hidrônio

O caráter ácido dos fenóis pode ser explicado devido a ressonância do anel aromático. Os elétrons
ressonantes dão certa estabilidade ao carbono do ânion fenóxido. Essa propriedade é utilizada para
diferenciar álcoois de fenóis. Os fenóis (devido ao caráter ácido) reagem com bases fortes, como NaOH E
KOH, formando sal orgânico e água. Os álcoois não reagem com bases. Exemplos

13-4-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Possuem cheiro forte característico. São tóxicos e altamente irritantes.

13-4-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

O fenol é usado na produção de desinfetantes e de pomadas contra queimaduras (ácido pícrico) e na


fabricação de baquelite (plástico resistente ao calor), poliuretano (espuma) e explosivos.

13-5- PROPRIEDADES GERAIS DOS ÉTERES (C-O-C)

13-5-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São levemente polares devido à geometria angular. Embora, os éteres não estabeleçam ligações de
hidrogênio entre si, podem fazê-lo com moléculas de outros compostos, como a água e etanol.

13-5-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO


Comparando compostos de massa molar próxima, os pontos de fusão e ebulição dos éteres se aproximam
dos alcanos e são bem mais baixo que os álcoois e dos fenóis.

13-5-3- FASE DE AGREGAÇÃO


O metoximetano e o metoxietano são gases. Os demais são líquidos, normalmente voláteis.

13-5-4- DENSIDADE
Em geral são compostos menos denso que a água.

13-5-5- SOLUBILIDADE
Os éteres de menor massa molar apresentam uma discreta solubilidade em água, provavelmente porque
suas moléculas podem estabelecer ligações de hidrogênio com as moléculas de água.

13-5-6- REATIVIDADE

24MATOZO; H. C.
São compostos pouco reativos, como os alcanos

13-5-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS


A maioria dos éteres possui cheiro agradável, toxidez moderada e é altamente inflamável.

13-5-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

São muito utilizados como solventes inertes em reações orgânicas e na extração de essências, óleos e
gorduras de fontes naturais. O etoxietano conhecido também como éter comum, éter dietílico, éter etílico
ou éter sulfúrico, pois sua obtenção envolve o ácido sulfúrico, H2SO4 (aq.).

13-6- PROPRIEDADES GERAIS DOS ALDEÍDOS (H-C=O)

13-6-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

Possuem moléculas polares, mas elas não fazem ligações de hidrogênio entre si.

13-6-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Os pontos de fusão e ebulição dos aldeídos são mais altos que os compostos apolares e que os éteres e são
mais baixos que os álcoois e dos ácidos carboxílicos de valor de massa molar correspondente.

13-6-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Os aldeídos com 1 ou 2 carbonos na molécula são gases; os demais são líquidos; a exceção se faz apenas
para os que possuem valor de massa molecular elevado, que são sólidos.

13-6-4- DENSIDADE

Os aldeídos mais simples são menos densos que a água.

13-6-5- SOLUBILIDADE

Os aldeídos mais simples são solúveis em meio aquoso, já que podem estabelecer ligações de hidrogênio
com as moléculas da água. Com o aumento da cadeia carbônica, porém, a solubilidade desses compostos
diminui progressivamente até que, devido ao tamanho da cadeia, se tornam insolúveis nesse meio. Os
aldeídos são solúveis na maioria dos solventes orgânicos comuns: álcool, éter, benzeno.

13-6-6- REATIVIDADE

Os aldeídos são compostos bastante reativos, sendo que os aldeídos alifáticos são menos reativos que os
aldeídos aromáticos. Isso ocorre porque, quando a carbonila está ligada ao núcleo aromático, os elétrons
da ligação π do grupo carbonila entram em ressonância com os elétrons π do núcleo aromático
diminuindo a reatividade do composto (ou aumentando sua estabilidade).

13-6-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

O metanal e o etanal possuem cheiro forte e desagradável. Com o aumento da cadeia carbônica, os
aldeídos passam a ter cheiros e aromas agradáveis e suas moléculas maiores são constituintes de diversas
essências, como a de amêndoas amargas (benzaldeído) e a vanilina (3-metóxi-4-hidroxibenzaldeído).

25MATOZO; H. C.
13-6-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Dos aldeídos, os que apresentam maior diversidade de uso são o metanal (aldeído fórmico ou
formaldeído) e o etanal (aldeído acético). O metanal é um gás incolor, de cheiro característico e irritante.
Em água, a cerca de 40%, forma uma solução conhecida como formol, usada como desinfetante e na
conservação de peças anatômicas.
O etanal é usado na síntese de diversos compostos orgânicos, na obtenção de resinas, inseticidas (DDT) e
também como redutor de íons de prata na fabricação de espelhos comuns.

13-7- PROPRIEDADES GERAIS DAS CETONAS (C=O “ENTRE 2 CARBONOS”)

13-7-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

As moléculas de cetona não fazem ligações de hidrogênio entre si, porém mais polares que as moléculas
de aldeído.

13-7-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Em geral possuem ponto de fusão e de ebulição mais baixos que os dos álcoois e mais elevados que os
dos aldeídos de massa molecular próxima.

13-7-3- FASE DE AGREGAÇÃO

As cetonas mais simples, como a propanona e a butanona, são líquidas em condições ambientais. Com o
aumento progressivo da massa molecular torna-se sólidas.

13-7-4- DENSIDADE

As cetonas mais simples são menos densas que a água.

13-7-5- SOLUBILIDADE

Devido à maior polaridade, as cetonas são mais solúveis em água que os aldeídos.
Suas moléculas podem fazer ligações de hidrogênio com moléculas de água e de álcoois, por exemplo, o
que explica a solubilidade nesses solventes. Também são solúveis em éter e benzeno.

13-7-6- REATIVIDADE

São compostos bastante reativos; as alifáticas são mais reativas que as aromáticas devido à ressonância
que se estabelece entre os elétrons do grupo carbonila e os elétrons do núcleo aromático.

13-7-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Possuem cheiro agradável e são parte constituinte de óleos essenciais encontrados em flores e frutas.

13-7-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

A mais utilizada é a propanona, conhecida no comércio como acetona.


Trata-se de um líquido incolor, de cheiro agradável (quando puro), inflamável, usado principalmente
como solvente de esmaltes, tintas, vernizes, e na extração de óleos de sementes vegetais.

26MATOZO; H. C.
13-8- PROPRIEDADES GERAIS DOS ÁCIDOS CARBOXÍLICO (HO-C=O)

13-8-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

Por apresentarem o grupo carboxila, esses compostos são muito polares e podem fazer o dobro de
ligações de hidrogênio que as moléculas de monoálcoois. Exemplo:
H2 H2
O C C CH 3
H2 H2
H3 C C C O H

H
Propan-1-ol

O HO
C CH 3
H3 C C
OH O

Ácido etanóico

13-8-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Podemos generalizar que os ácidos carboxílicos possuem pontos de fusão e ebulição mais alto que os dos
álcoois de valor de massa molar próximo.

13-8-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Considerando-se apenas os monoácidos saturados, aqueles que possuem até 9 carbonos na cadeia são
líquidos. Os com 10 ou mais carbonos são em geral sólidos.

13-8-4- DENSIDADE

Os ácidos mais simples como o metanóico e o etanóico, são mais densos que a água.

13-8-5- SOLUBILIDADE

Os ácidos carboxílicos alifáticos que possuem de 1 a 4 carbonos na molécula são solúveis em água. O
ácido que possui 5 carbonos é apenas parcialmente solúvel. Os demais são praticamente insolúveis. São
também solúveis em éter dietílico, álcool etílico e benzeno.

13-8-6- REATIVIDAE

Os ácidos carboxílicos são compostos bastante reativos, principalmente os mais simples.

13-8-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

O cheiro característico dos ácidos alifáticos passa progressivamente de forte e irritante nos ácidos de 1 a
3 carbonos a extremamente desagradável nos ácidos de 4 a 6 carbonos; os demais são praticamente
inodoros, por serem voláteis.

13-8-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Os compostos que apresentam maior diversidade de uso são os ácidos metanóico e o etanóico.

27MATOZO; H. C.
O ácido metanóico é usado no tingimento de tecidos como mordente e como desinfetante me medicina.

O ácido etanóico é usado na preparação de perfume, corantes, seda artificial e vinagre.

13-9- PROPRIEDADES GERAIS DOS ÉSTERES (C-O-C=O)

13-9-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

Em ésteres com cadeia carbônica pequena, como o metanoato de metila, predominam forças de dipolo
permanente. Conforme a massa molar aumenta, a polaridade vai tornando-se menor e passam a
prevalecer as propriedades de compostos apolares.

13-9-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Como as moléculas dos ésteres não fazem ligações de hidrogênio entre si, seus pontos de fusão e de
ebulição são mais baixos que os de álcoois e dos ácidos carboxílicos de massa molecular próxima.

13-9-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Os que possuem massa molar baixa são líquidos; à medida que a massa molar aumenta, passam de
líquidos oleosos e viscosos a sólidos.

13-9-4- DENSIDADE

Só os ésteres mais simples são menos densos que a água. Os demais são ligeiramente mais densos.

13-9-5- SOLUBILIDADE

Os ésteres de massa molecular baixa são parcialmente solúveis em água. Os demais são insolúveis.

13-9-6- REATIVIDADE

São pouco reativos, mas, conforme as condições, os ésteres sofrem hidrólise com certa facilidade.

13-9-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Possuem aroma agradável de frutas e de flores.

13-9-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Os ésteres são usados como essências de frutas e aromatizantes na indústria alimentícia, farmacêutica e
cosmética (inclusive na fabricação de perfumes). Constituem também os óleos e as gorduras vegetais e
animais, e diversos tipos de cera.

13-10- PROPRIEDADES GERAIS DOS SAIS DE ÁCIDOS CARBOXÍLICOS (M-O-C=O)

13-10-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

Possuem uma extremidade altamente polar, formada pela ligação iônica, e outra praticamente apolar,

28MATOZO; H. C.
referente à cadeia carbônica.

13-10-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Muito elevados. Em geral a temperatura necessária para a fusão de um sal orgânico é tão alto que, antes
de ser atingida, as ligações carbono-carbono se rompem e a molécula se decompõe.

13-10-3- FASE DE AGREGAÇÃO

São sólidos cristalinos e não-voláteis.

13-10-4- DENSIDADE

Em geral são mais densos que a água.

13-10-5- SOLUBILIDADE

Os sais de ácidos carboxílicos de metais alcalinos e de amônio são solúveis em água; os de metais
pesados (Fe, Ag, Cu) são praticamente insolúveis.

13-10-6- REATIVIDAE

Reagem da mesma maneira que os sais inorgânicos, e os sais que possuem cadeia insaturada estão
sujeitos às reações características da ligação dupla.

13-10-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

São inodoros. Apresentam sabor característico ligeiramente adstringente.

13-10-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Os sais de ácidos carboxílicos de cadeia longa (ácidos graxos) são denominados sabões.

13-11- PROPRIEDADES GERAIS DAS AMINAS (R-N-R2)

13-11-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São compostos polares; as moléculas de aminas primárias e secundárias podem fazer ligações de
hidrogênio entre si, o que já não ocorre com as moléculas de aminas terciárias, pois nesse caso não existe
ligação nitrogênio-hidrogênio.

13-11-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

São mais elevados que dos compostos apolares e mais baixos que os dos compostosa apolares e mais
baixo que os dos álcoois e ácidos carboxílicos, sempre comparando compostos de valores de massa
molecular próximos.

13-11-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Aminas que possuem 1 a 3 substituintes metil e também a etilamina são gases em condições ambientes.
Da propilamina à dodecilamina, são líquidas; daí em diante, as aminas são sólidas.

29MATOZO; H. C.
13-11-4- DENSIDADE

As alifáticas mais simples são menos densas que a água. As aromáticas são mais densas

13-11-5- SOLUBILIDADE

Todas as aminas fazem ligações de hidrogênio com moléculas de água e de etanol. As aminas com até 5
carbonos na molécula são solúveis em meio aquoso e alcoólico. Aminas de 6 carbonos ou mais são
praticamente insolúveis em água devido ao substituinte (que faz prevalecer a propriedades de compostos
apolares), mas são solúveis em álcool etílico (como a gasolina), em éter e em benzeno.

13-11-6- REATIVIDADE

Aumenta, em geral, na mesma proporção em que aumenta o caráter básico desses compostos.

CARÁTER BÁSICO:

R2NH > R-NH2 > R3N > NH3 > Ar-NH2 > Ar2N > Ar3N

13-11-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

As metilaminas e as etilaminas possuem cheiro ao da amônia; as demais, em geral cheiram peixe. As


aminas aromáticas são muito tóxicas e sua absorção prolongada através da pele pode ser letal, elas são
incolores quando puras, mas também podem ser oxidadas pelo ar dando origem a compostos amarelados.

13-11-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

São usadas na síntese de vários compostos orgânicos, na fabricação de certos tipos de sabões e na
vulcanização da borracha. As aminas aromáticas como a felilamina (anilina), são utilizadas na fabricação
de corantes.

13-12- PROPRIEDADES GERAIS DAS AMIDAS (O=C-N-R2)

13-12-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR


São muito polares; cada duas moléculas podem fazer até 3 ligações de hidrogênio entre si (no caso de
amidas primárias)

13-12-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Possuem ponto de fusão e ebulição muito elevados, até mais que dos ácidos carboxílicos de massas
moleculares correspondentes.

13-12-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Apenas a metanamida se apresenta em condições ambientes na forma de um líquido incolor; as demais


amidas são sólidos cristalinos.

13-12-4- DENSIDADE

São mais densas que a água. A metanamida, por exemplo possuem d=1,146 em relação a água a 4oC.

30MATOZO; H. C.
13-12-5- SOLUBILIDADE

As mais simples são solúveis em água e pouco solúveis em solvente apolares como o hexano. Em geral
todas são solúveis em álcool e éter.

13-12-6- REATIVIDADE

Alta.

13-12-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

A metanamida é um líquido oleoso e incolor de odor característico. As demais amidas em geral são
sólidos cristalinos incolores e deliqüescentes (que se desagregam e se desfazem facilmente).

13-12-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Síntese de outros compostos orgânicos e como intermediárias na preparação de medicamentos.

13-13- PROPRIEDADES GERAIS DOS NITROCOMPOSTOS (-NO2)

13-13-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São polares. Sofrem força de dipolo permanente.

13-13-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Possuem ponto de fusão e ebulição elevados.

13-13-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Os nitroalcanos de massa molar baixa são líquidos fluidos. À medida que a massa molar aumenta, vão se
tornado cada vez mais viscosos.

13-13-4- DENSIDADE

São mais densos que a água.

13-13-5- SOLUBILIDADE

O nitrometano e nitroetano são muito pouco solúveis em água; os demais são insolúveis.

13-13-6- REATIVIDADE

São compostos bastante reativos.

13-13-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Os alifáticos possuem cheiro agradável e são atóxico; os aromáticos possuem odor ruim e são tóxicos.

13-13-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

31MATOZO; H. C.
O nitrobenzeno usado como solvente o dinitrobenzeno e o trinitrobenzeno, como explosivos.

13-14- PROPRIEDADES GERAIS DOS NITRILOS (RN)

13-14-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São compostos polares, unidos por força de dipolo permanente.

13-14-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

São altos, comparados com os demais compostos orgânicos de uma massa molecular aproximada.

13-14-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Em condições ambiente, os nitrilos que possuem de 2 a 14 átomos de carbono na molécula são líquidos;
os que possuem 15 ou mais são sólidos.

13-14-4- DENSIDADE

Em geral, são menos densos que a água, como é o caso do propenonitrilo de d=0,8004g/mL a 25 oC em
relação à água a 4oC.

13-14-5- SOLUBILIDADE

São praticamente insolúveis em água.

13-14-6- REATIVIDADE

São compostos reativos e estáveis. Por isso, são bastante utilizados em sínteses orgânicas.

13-14-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Todos são tóxicos, embora o sejam menos do que o HCN [que é também chamado de metanonitrilo(a) e
considerado o nitrilo mais simples].

13-14-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Dos nitrilos o mais utilizado é o propenonitrilo ou acrilonitrilo, que industrialmente é obtido a partir do
acetileno.

O acrilonitrilo é amplamente usado na industria de produção de borracha sintética de alta qualidade.

13-15- PROPRIEDADES GERAIS DOS TIOÁLCOOIS (-SH)

13-15-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São compostos menos polares que os álcoois.

13-15-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Em geral, possuem pontos de fusão e ebulição menores que os dos álcoois correspondentes.

32MATOZO; H. C.
13-15-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Os mais simples são líquidos incolores e voláteis.

13-15-4- DENSIDADE

Em geral, os monotióis são menos densos que a água; os ditióis e os politióis são mais densos.

13-15-5- SOLUBILIDADE

São pouco solúveis em água, mas solúveis em soluções básicas devido ao seu caráter ácido.

13-15-6- REATIVIDADE

Possuem caráter ácido bem mais forte que os álcoois, pois o átomo de enxofre é maior e menos
eletronegativo que o átomo de oxigênio. O hidrogênio ligado ao enxofre, ioniza mais facilmente.

13-15-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Quando voláteis apresentam cheiro repugnante, perceptível mesmo em quantidades minímas. O cheiro
desagradável que certas espécies de gambá utilizam como mecanismo de defesa em situações de perigo é
uma mistura de vários compostos sulfurados, entre eles, o but-2-eno-1-tiol.

13-15-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

Devido ao cheiro repugnante que têm, alguns compostos dessa classe são adicionados a gases
combustíveis em reservatórios para detectar eventuais vazamentos em tubulações.

13-16- PROPRIEDADES GERAIS DOS TIOÉTERES (-S-)

13-16-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

São pouco polares devido à geometria angular

13-16-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Possuem pontos de ebulição e fusão mais baixos que os éteres de massa molar próxima.

13-16-3- FASE DE AGREGAÇÃO

Os mais simples são líquidos, os demais são sólidos.

13-16-4- DENSIDADE

Em geral, são menos densos que a água.

13-16-5- SOLUBILIDADE
São insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos comuns.

13-16-6- REATIVIDADE

33MATOZO; H. C.
São compostos reativos. Podem ser obtidos pela reação entre haletos orgânicos e sulfeto de sódio.

13-16-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

Os mais simples são incolores e têm cheiro de éter.

13-16-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

O sulfeto de di(cloroetila), gás mostarda ou iperita já foi usado como arma Química.
H2 H2 H2 H2
Cl C C S C C Cl

13-17- PROPRIEDADES GERAIS DOS COMPOSTOS DE GRINGNARD

13-17-1- FORÇAS DE INTERAÇÃO MOLECULAR

A ligação carbono-magnésio é considerada predominantemente covalente, porém é altamente polar. A


ligação magnésio-halogênio é iônica

13-17-2- PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Teoricamente são bastante elevados, mas são difíceis de serem determinados, em razão da reatividade
com composto de Grignard com gás oxigênio do ar.

13-17-3- FASE DE AGREGAÇÃO

São encontrados dissolvidos em éter etílico anidro formando uma solução.

13-17-4- DENSIDADE

Em geral, são mais densos que a água.

13-17-5- SOLUBILIDADE

Não formam soluções aquosas porque reagem violentamente com a água. Como também reagem com o
oxigênio do ar, são mantidos dissolvidos em éter etílico.

13-17-6- REATIVIDADE

São extremamente reativos.

13-17-7- PROPRIEDADES ORGANOLÉPITICAS

São tóxicos e altamente higroscópicos (desidratantes)

13-17-8- APLICAÇÕES PRÁTICAS

São utilizados na síntese de compostos orgânicos, como ácidos carboxílicos, álcoois e hidrocarbonetos.

14- ISOMERIA

34MATOZO; H. C.
Fenômeno pelo qual dois ou mais compostos diferentes apresentam a mesma fórmula Molecular e
fórmulas Estruturais diferentes.

14-1- A HIBRIDAÇÃO DAS ORBITAIS DO ÁTOMO DE CARBONO

O átomo de carbono possui uma orbital de valência s e três orbitais de valência p.

Orbital s Orbital p Dois Orbitais sp


Figura 14-1-1: Orbitais s, p e sp

Os orbitais atômicas de dois átomos distintos podem combinar-se, de forma a formar orbitais
moleculares, i.e. formarem uma ligação química. Uma orbital s pode-se combinar com outra orbital s (ou
com uma orbital p) para formar uma ligação σ. Dois orbitais p podem-se combinar entre si para formar
uma ligação π. Só se formarão ligações π se não for possível formar ligações σ.

c c
Figura 14-1-2: Orbital Molecular entre dois núcleos de carbono

c c

Figura 14-1-2: Orbital Molecular π entre dois núcleos de carbono

Como as três orbitais p são perpendiculares entre si, seria de esperar que as orbitais moleculares formadas
com essas orbitais também fossem perpendiculares. Acontecerá isso na realidade?

Apresentam-se a seguir as estruturas de alguns compostos de carbono simples:

Verifica-se que na molécula de metano (tetraédrica) os ângulos de ligação são de aproximadamente


109,5 º. No etileno são de 120º e no acetileno são de 180 º. Como é que isto se pode explicar?

No caso do metano, a orbital s mistura-se com as 3 orbitais p, dando origem a quatro novas orbitais
“mistas” : as orbitais híbridas sp3. Estas quatro orbitais terão energia inferior à energia das orbitais s e p
que lhes deram origem, sendo por isso mais estáveis. Estas quatro orbitais, sendo todas iguais, dispôr-se-
ão no espaço de forma a formar ângulos iguais entre si. Essa disposição será tetraédrica, dando origem
aos ângulos observados de 109,5 º. Sempre que um átomo de carbono estiver ligado a quatro outros
átomos as suas orbitais hibridizarão de forma a criar orbitais sp3.

O etileno possui uma ligação dupla. Estas ligações (tal como as ligações triplas) são formadas por
orbitais moleculares p. Cada átomo de carbono utilizará uma orbital p para formar a ligação, sobrando
então uma orbital s e duas orbitais p, que hibridizarão dando origem a três novas orbitais sp 2. Estas
orbitais afastam-se o mais possível umas das outras, dando origem ao ângulo de ligação observado de

35MATOZO; H. C.
120º.

Na molécula do acetileno, cada átomo de carbono utilizará duas orbitais p para formar ligações p. A
orbital s hibridiza com a orbital p restante, dando origem a duas novas orbitais sp, que se afastam uma da
outra dando origem ao ângulo de ligação de 180º.

14-2-ISOMERIA PLANA: MESMA FÓRMULA MOLECULAR, COMPOSTOS DIFERENTES


14-2-1- ISOMERIA DE CADEIA

Ocorre quando os isômeros têm cadeias diferentes


Exemplos:
CH3CHCH3
H2 H2
H3C C C CH3 CH3
Cadeia normal Cadeia ramificada
Butano 2-metilpropano

H2 H2
C H3 C N CH 3 H3 C C NH 2

C3H6 Etilamina
H2 C CH 2 H 2C C CH 3
H H
Fórmula Molecular Ciclopropano Propeno Dimetilamina

14-2-2- ISOMERIA DE COMPENSAÇÃO OU METAMERIA


Ocorre quando os isômeros diferem pela posição de um heteroátomo na cadeia carbônica.
Exemplo:

H2 H2
H2 H2 H3C C C O CH3
H3C C O C CH3
Etóxietano Metóxipropano

14-2-3- ISOMERIA DE FUNÇÃO

Ocorre quando os isômeros pertencem a funções químicas diferentes


Exemplos:
O
H3 C O CH3 H2 H3C C CH3
H3C C OH H2
H3 C C C

O H

Metoximetano Etanol Propanona Propanal

O
O
H C
H3 C C
O CH3
OH

Metanoato de metila Ácido etnóico

14-2-4- ISOMERIA DE POSIÇÃO

Ocorre quando os isômeros têm a mesma cadeia carbônica, mas diferem pela posição das ramificações

36MATOZO; H. C.
ou insaturações.

Exemplos:
H2 H H2 H2 H2 H
H3C C C C CH3 H3C C C C CH3
H3C C C CH3 H2
H H H3C C C CH2
OH OH H
Pentan-3-ol Pentan-2-ol But-2-eno But-1-eno

CH 3
H3 C CH3

CH
C

H2 C CH2 H2 C C CH3
H
1,1-dimetilciclopropano 1,2-dimetilciclopropano

14-2-5- DINÂMICA OU TAUTOMETRIA

Ocorre quando dois compostos de mesma fórmula molecular e grupos funcionais diferentes coexistem
em equilíbrio dinâmico no qual um deles está continuamente se transformando ou vice-versa. Ocorre
somente na fase líquida, em moléculas que possui um elemento muito eletronegativo, como oxigênio ou
nitrogênio, ligado ao mesmo tempo ao hidrogênio e a um carbono insaturado(que possui ligações π)

OH OH

H2 C C H 3C CH

H H

Etenol Etanal

OH O

H3C C CH 2 H3C C CH 3

Prop-1-en-2-ol Propanona

14-2-6- ISOMERIA ESPACIAL


A isomeria espacial é também denominada estereoisomeria. Neste caso os isômeros diferem entre si
pelas fórmulas estruturais espaciais. Mostraremos dois casos de isomeria espacial: Isomeria Geométrica
cis-trans e Isomeria Óptica

14-2-6-1-ISOMERIA GEOMÉTRICA CIS-TRANS

Quando dois átomos de carbono fazem ligação dupla ( 1 σ e 1π ), não é possível haver rotação entre eles.
Qualquer tentativa de rotação entre os átomos de carbono ocasiona o rompimento da ligação. A ligação
dupla é “rígida”.Assim, se os ligantes de cada átomo de carbono da dupla forem diferentes entre si e
iguais aos ligantes do outro átomo de carbono, tem-se a formação de dois compostos, que são
geométricos cis e trans.

Considerando o composto 1,2-dicloroeteno

37MATOZO; H. C.
Cl H Cl Cl

C C C C

H Cl H H

Trans-1,2-dicloroeteno Cis-1,2-dicloroeteno

Lembre-se que a ligação dupla do carbono corresponde a uma ligação sigma ( σ ) e uma ligação pi ( π )
em carbono híbrido sp2 .

Em relação ao plano determinado pela dupla ligação, os átomos de cloro podem estar ou no mesmo
semi-espaço ou em semi-espaços opostos, dando origem a duas moléculas diferentes, e não-
superponíveis, de 1,2-dicloroeteno. A essas duas estruturas diferentes correspondem correspondem a duas
substâncias diferentes: os isômeros geométricos do 1,2-dicloroeteno. O isômero com dois átomos de
cloro no mesmo semi-espaço é chamado de cis, o isômero com dois átomos de cloro em semi-espaço
opostos é chamado de trans.

Considerando outro composto o ácido butanóico, também apresenta dois isômeros geométricos : o ácido
butenodióico cis( ou ácido maléico) e o ácido butenodióico trans ( ou ácido fumárico). É um exemplo
clássico, pois os isômeros são facilmente identificado pelo seu ponto de fusão: P.F. Ácido maléico =
130oC; ácido fumárico = 287oC .

O
O

H C
H C H
H C
C

H C
C H
H
C C
H Cis Trans
O O
Ácido maléico Ácido fumárico

Generalizando: A existência da isomeria geométrica ou cis-trans decorre da dupla ligação na cadeia


carbônica e não da igualdade entre os grupos ligados a cada carbono da dupla ligação. Assim sendo o
composto deve-se ter : R1 ≠ R2 e R3 ≠ R4.

14-2-6-2- ISOMERIA ÓPTICA

Certas substâncias químicas podem desviar o plano de vibração da luz polarizada; a luz polarizada vibra
em apenas um plano, ao contrário da luz natural, que é constituída em todas as direções.

Dizemos que as substâncias que desviam o plano da luz polarizada têm atividade óptica ou que elas são
oticamente ativas.

Caso o desvio ocorra para a direita, dizemos que são dextrógiras; ocorrendo o inverso, dizemos que se
trata de substâncias levógiras.

Desvio para direita → dextrógira (d)


Desvio para esquerda → levógira (l)

A atividade óptica de uma substância decorre de sua assimetria molecular.

Assimetria molecular → Atividade Óptica

A causa mais comum de assimetria molecular é a presença de pelo menos um carbono assimétrico.
Chamamos de carbono assimétrico (assinalado C*) o átomo de carbono ligado a quatro grupos

38MATOZO; H. C.
diferentes.
R1

R4 C* R2

R3

Onde : R1 ≠ R2 ≠ R3 ≠ R4

Estereoisômeros não são isômeros constitucionais. Os seus átomos estão ligados da mesma forma, mas
diferem na sua disposição:

Estes compostos são isômeros porque não podem ser facilmente convertidos um no outro, por causa da
grande barreira energética da rotação em torno da ligação dupla. Os estereoisômeros podem ser
subdivididos em duas categorias: enantiômeros e diasteroisômeros.
Os enantiômeros são isômeros cujas moléculas são reflexões não sobreponíveis uma na outra:

Só ocorrem enantiômeros quando a molécula é quiral. Um objecto é quiral quando não é sobreponível
com a sua imagem no espelho. Por exemplo, a reflexão da mão esquerda não é sobreponível com a mão
esquerda, mas com a mão direita. As mãos são, por isso, quirais.

Uma forma de reconhecer a possibilidade de existência de enantiômeros é identificar se na molécula


existe um átomo tetraédrico com quatro substituintes diferentes. Trocar dois destes substituintes entre si
converte um enantiômero no outro (ver exemplo acima). Esta reação não ocorre espontâneamente, uma
vez que exigiria a quebra de ligações em torno do carbono, o que exige uma energia.

Se todos os átomos tetraédricos numa molécula têm dois substituintes iguais a molécula será aquiral
(ex.: o propan-2-ol)

Diasteroisômeros são moléculas que não são reflexões uma da outra:

39MATOZO; H. C.
14-6-2-1- ESTEREOQUÍMICA: REPRESENTAÇÕES DE NEWMAN
Examinemos o etano:

As representações ao centro e à direita denominam-se Representações de Newman. Representam o que


um observador veria se olhasse para a molécula no sentido de uma das ligações carbono-carbono. P. ex.,
uma representação do butano seria:

Sabemos que é possível a rotação livre em torno das ligações simples. Mas nem todas as conformações
possíveis têm a mesma energia: as conformações eclipsadas são desfavoráveis, por causa das repulsões
entre as nuvens eletrônicas dos substituintes. As conformações mais estáveis serão as conformações
alternadas. Existem dois tipos principais de conformações alternadas, segundo as posições relativas dos
substituintes de cada um dos carbonos. Anti é a mais estável, porque aí é máximo o afastamento entre os
substituintes

Por exemplo, o carbono assinalado do ácido láctico é assimétrico.

OH O

H3 C C*

OH
H
Uma molécula como ácido láctico, que contêm um átomo assimétrico, é chamado molécula assimétrica.

A presença do carbono assimétrico na molécula de uma substância lhe confere atividade óptica. Podemos
encontrar dois ácidos lácticos com comportamento diferente, isto é, que desviam o plano da luz
polarizada em sentidos contrários: um é dextrógiro e o outro é levógiro. Tal fato reflete a existência de
dois tipos de moléculas de ácido láctico com estruturas diferentes. As duas estruturas moleculares

40MATOZO; H. C.
diferem entre si como um objeto e sua imagem refletida num espelho plano, ou como a mão direita e a
mão esquerda: elas não são superponíveis. Cada uma corresponde a um dos dois tipos de moléculas do
ácido láctico: têm a mesma fórmula molecular, mas suas atividades ópticas são diferentes. Por isso
dizemos que as duas moléculas são isômeros ópticos. Os dois isômeros, o dextrógiro e o levógiro, são
chamados antípodas ópticas ou enantiomorfos.

Uma mistura formada por quantidades equimolares dos dois antípodas ópticos é chamadas de mistura
racêmica e é oticamente inativa. Em outras palavras, o isômero dl não desvia o plano da luz polarizada,
pois as atividades ópticas do dextrógiro e do levógiro são contrárias e uma neutraliza a outra.

Vejamos outro exemplo: Butan-2-ol apresenta um carbono assimétrico:


OH
H2
H3 C C* C CH3

Existirá, portanto, o d-butan-2-ol e o l-butan-2-ol e o dl-butan-2-ol (oticamente inativo).


Havendo apenas um átomo de carbono assimétrico, o total de isômeros será três, sendo dois oticamente
ativo e um inativo.

Para compostos com dois ou mais átomos de carbono assimétrico e diferentes, encontra-se o número de
isômeros ativos pela fórmula 2n, sendo n o número de átomos de carbono assimétrico e diferentes. O
número de isômeros inativos é dada pela fórmula 2n-1 (que é 2n/2).

Por exemplo: num composto com 4 átomos de carbono assimétrico e diferentes, teremos 16 isômeros
ativos e 8 inativos.

15- CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ORGÂNICAS

As reações com compostos orgânicos se realizam por meio de ruptura de ligações e formação de novas
ligações.

Tomando o composto AB, a liação entre dois átomos A e B pode ser rompida de dois modos:

Cisão Homolítica (homólise), nesta ruptura, cada átomo leva seu elétron, dando como resultado dois
radicais (átomos com elétrons não emparelhados).

Esta ruptura se dá pela adição de calor, luz e de reativos que contenham elétrons desemparelhados, como
o oxigênio, e produtos de decomposição de peróxidos. Esse mecanismo aparece frequentemente na fase
gasosa.
A B A B

Cisão heterolítica (heterólise), nessa ruptura, o par eletrônico fica com um átomo apenas.

A B A + B

Essas reações se realizam frequentemente em solução e são catalisadas por ácidos ou bases. Não são
afetadas por luz, oxigênio ou peróxidos. Essa cisão acontece quando a reação ocorre em um líquido
polar, ou polar, ou seja, líquido com constante diéletrica elevada.

41MATOZO; H. C.
As reações orgânicas podem ser classificadas em três tipos fundamentais: substituição, adição e
eliminação.

Podemos citar, ainda, reações de rearranjo, transferência de próton e oxirredução.

15-1-REAÇÕES DE COMBUSTÃO

A combustão não depende apenas do combustível, mas também do Oxigênio chamado de comburente.

Na reação de combustão libera uma grande quantidade de energia (na forma de luz e calor). Há três tipos
de combustão:

15-1-1- COMBUSTÃO COMPLETA


CH4 + 2O2 CO2 + 2H2O

15-1-2- COMBUSTÃO INCOMPLETA, COM FORMAÇÃO DE MONÓXIDO DE CARBONO


2CH4 + 3O2 2CO + 4H2O
15-1-3- COMBUSTÃO INCOMPLETA, COM FORMAÇÃO DE CARBONO (FULIGEM)

CH4 + O2 C + H2O

Observação: Todos os hidrocarbonetos são combustíveis, formando H 2O e originando C, CO e CO 2,


conforme o tipo de combustão sofrida.

15-2-REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO

Na reação de substituição, um grupo ligado a um átomo de carbono é removido e outro toma o seu lugar.
Não há variação no grau de insaturação, isto é, o número de ligantes em torno do carbono não altera.

Exemplos:

Luz
H3 C H + Cl Cl HCl + H3C Cl

Carbono Primário Carbono Secundário


Carbono Terciário
H C

H C C C C C C C C

H H H
A umento da Tendência do H sofrer substituição

Observação: O mesmo acontece com os outros halogênios, verificando experimentalmente que a ordem
de reatividade é F2 > Cl2 >Br2 > I2. O Fluor é oque maior tendeência para reagir ( reação que pode ser
explosiva), e o iodo, a menor (praticamente não reage).

42MATOZO; H. C.
Cl

AlCl3
+ Cl2 + HCl

Observação: AlCl3 e FeBr3 são catalisadores

Substituição em hidrocarbonetos aromáticos:

Cl Cl Halogenação R Cl + HCl

HO NO 2 Nitração R NO2 + HOH

Sulfonação R SO 3 H + HOH
R H HO SO 3 H

Alquilação
Cl CH 3 R CH3 + HCl
O
O
Acilação
C CH3 R C CH 3 + HCl

Cl

Observação: R = Aromático

15-2-1- DIRIGÊNCIA DE SUBSTITUIÇÃO EM AROMÁTICOS


O H
OH C Orto
Orto

Fenol Benzaldeído

Meta Meta

Para
Para

É de esperar que na reação de cloração do fenol sejam obtidos três produtos isômeros, resultantes da
substituição dos hidrogênios em orto, meta e para. No entanto, na prática, não se obtém o produto meta.

O que determina a diferença nos produtos não é o cloro, mas sim o grupo já presente na molécula, ou
seja, -OH e -CHO. Os grupos como -OH dirigem a reação para que ocorra nas posições orto e para, são
chamados de orto-para dirigentes; e os grupos como -CHO, dirigem a reação para a posição meta, são
chamados de meta-dirigentes.

Exemplos de grupos orto-para-dirigentes:


F Cl Br I OH NH2 CH 3 CH 2

43MATOZO; H. C.
OH Orto

Cl

Gruupo orto-para-dirigente
OH
+ HCl

+ Cl2 OH Para

Fenol
+ HCl

Cl

Exemplos de grupos meta-dirigentes


O O O
O O
C C S OH N C N C CH3
H OH O
O

Grupo meta-dirigente
O H O H

C C
Benzaldeído Meta

+ Cl2 + HCl

Cl

15-3- REAÇÕES DE ADIÇÃO

Na reação de adição, há um aumento no número de grupos ligados ao carbono.

A molécula torna-se mais saturada.

Exemplos:

H H

C C Ni
H H H3C CH3
H H

Cl Cl

H2C CH2 + Cl Cl H 2C CH 2

44MATOZO; H. C.
15- 4- REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO

Na reação de eliminação, há uma diminuição no número de grupos ligados ao carbono. O grau de


insaturação aumenta.

Exemplos:

H2 C CH2
Álcool H2 C CH2 + H2O + KCl
+ KOH

H Cl

15-5- REAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE PRÓTONS

Na reação de transferência de próton, temos uma reação ácido-base de acordo com a teoria de Bronsted e
Lowry.

Exemplo:
O H O

H3 C C OH + H2 O H3 C C O + H3O
Ácido Base Base Ácido

15-6- REAÇÕES DE REARRANJO

Na reação de rearranjo, o número de ligantes em torno do átomo de carbono não muda, ocorrendo
apenas uma reorganização dos ligantes.

Exemplo:
CH3
H2
H 3C C C OH + HBr
CH3
Não reorganizado
H2 CH3
H3 C C C Br + HOH
CH 3

CH3 H2
H3 C C C CH3 + HBr

OH Reorganizado

15-7- REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO

Na reação de oxirredução, ocorre variação no número de oxidação do carbono.

Exemplos:

45MATOZO; H. C.
Redução
+7 +2

O O

5 H3 C C H + 2KMnO4 + 3H2SO4 5 H3 C C OH + K2SO4 + 2MnSO4 + 3H2O


Oxidação
+1 +3
Aldeído Ácido

16- CLASSIFICAÇÃO DOS REAGENTES

Os reagentes são classificados como nucleófilo, eletrófilos e radicais livres.

16-1- REAGENTE NUCLEÓFILO

Reagente nucleófilo ou nucleófilo (amigo do núcleo) é uma espécie (molécula ou íon) capaz de oferecer
um par de elétrons para a formação de uma ligação. Os nucleófilos, geralmente, são bases de Lewis.

Exemplos:
Cl H O C N O H H N H

H H

16-2- REAGENTE ELETRÓFILO

Reagente eletrófilo (amigo do elétron) é uma espécie capaz de formar uma nova ligação, aceitando um
par de elétrons. Os eletrófilo, geralmente, são ácidos de Lewis.

Exemplos:
F

H B F X

16-3- RADICAL LIVRE

Radical livre é uma espécie que tem elétron desemparelhado.

Exemplo:
H H

H C H H + H C

H H
Metano Radical Metil

46MATOZO; H. C.
17- MECANISMOS DE REAÇÕES

As etapas de uma reação mostrando como se rompem as ligações e como se formam as novas ligações
constituem o mecanismo de reação.

Analizaremos exemplos de mecanismos de reações orgânicas das reações: adição, substituição ou


eliminação. E os reagentes: radical livre, eletrófilo ou nucleófilo.

17-1- ADIÇÃO ELETROFÍLICA

Exemplo:
H2C CH2 + HI H3C CH2I

Mecanismo

a) Heterólise do HI e ataque do H+ (eletrófilo) ao composto orgânico.


H H

H C C H + H) I H3C CH2 + I
íon carbônio

Todo o cátion que tem a carga positiva em um átomo de carbono recebe o nome genérico de íon
carbônio.

b) Combinação do íon carbônio com o I- (nucleófilo).


H3C CH2 + I H3C CH2

17-2- ADIÇÃO NUCLEOFÍLICA

Exemplo:
H H

H C C H + HCN H C C CN

Mecanismo

a) Heterólise do HCN e ataque do CN- (nucleófilo) ao composto orgânico.

H C C H H ( CN H C C CN + H

Todo o cátion que tem a carga positiva em um átomo de carbono recebe o nome genérico de íon

47MATOZO; H. C.
carbânio.

b) Combinação do íon carbânio com H+ (eletrófilo)


H

H C C CN + H H C C CN

H H

17-3- SUBSTITUIÇÃO POR RADICAIS LIVRES

Exemplo:
CH4 + Cl2 Luz Cl CH3 + HCl
Mecanismo

a) Homólise do Cl2 sob a ação da luz ou calor

Cl Cl Energia 2 Cl

b) Ataque do CH4 pelo átomo de cloro formado, formando o radical metila


H H

Cl + H C H H Cl + C H

H H
Metil

O radical metil ataca uma molécula de Cl2 .

Cl Cl CH3 Cl CH3 + Cl

A reação prossegue em cadeia.

17-4- SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA

Exemplo:

H2O
H3 C Cl + K+ + OH - H3 C OH + K+ + Cl-

Mecanismo:

Ataque do OH- (nucleófilo) ao H3Cl.

H H

H O + C Cl HO C + Cl
H H
H H

48MATOZO; H. C.
17-5- SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA

Exemplo:
AlCl 3
+ Cl2 Cl + HCl
Catalisador

Mecanismo

a) O catalisador combina com Cl2 .

Cl Cl

Cl Al + Cl Cl Cl Al Cl + Cl

Cl Cl

b) O Cl+ (eletrófilo) ataca o núcleo o núcleo benzênico.


H
H
C C
Cl Cl
C C
H H

c) O íon carbônio perde o próton (H+) para o AlCl4- e o catalisador é regenerado.


H
C
H AlCl4
+ HAlCl4
C

Cl Cl

HAlCl4 HCl + AlCl3

17-6-REAÇÃO DE ELIMINAÇÃO

Exemplo

H H H H

H2SO4 H2O +
H C C H H C C H

H OH

Mecanismo

a) Transferência de próton (H+)

49MATOZO; H. C.
H3C CH2
H3C CH2 + H2SO4
+ HSO4
HOH
OH

b) Perda de água

H3 C CH 2
H2O + H3 C CH2
H O H

c) Perda de próton (H+) pelo íon carbônio.


H

H C C H + HSO4 H C C H + H2SO4

H H H H

17-7- REAÇÕES DE DESIDRATAÇÃO

Desidratação intramolecular dos Álcoois: a facilidade de desidratação é maior nos álcoois terciários,
depois nos secundários e por fim nos primários. A desidratação intramolecular necessita de catalisador
(H2SO4, Al2O3, SiO4) e aquecimento maior que a intermolecular. Na desidratação intramolecular forma-
se alceno.

Exemplo:

170 °C

Desidratação intermolecular dos Álcoois: ocorre na presença de ácido forte. Na desidratação


intermolecular forma-se éter.

Exemplo:

140 °C

Desidratação dos Ácidos Carboxílicos: ocorre na presença de desidratantes (H 2SO4, H3PO4, P2O5). Na
desidratação dos ácidos carboxílicos forma-se anidrido de ácidos.

50MATOZO; H. C.
Exemplo:

O íon carbonato CO32- pode ser representado por três estruturas de Lewis equivalentes.

Estas três estruturas são semelhantes, mas não são iguais: A posição da ligação dupla carbono-oxigênio
torna-as diferentes. Quando é possível desenhar várias estruturas de Lewis equivalentes para a mesma
molécula (ou íon), diz-se que essa molécula (ou íon) apresenta ressonância. Cada uma das estruturas de
Lewis será uma estrutura contribuinte. A verdadeira estrutura do ião carbonato será um híbrido das
estruturas A, B e C. Todas as suas ligações carbono-oxigênio têm o mesmo comprimento, e todos os
oxigênios têm a mesma carga.

Que regras se devem obedecer ao escrever estruturas contribuintes?

1. Todas as estruturas deverão ter o mesmo número de eletrons.

A estrutura E tem 12 elétrons e a estrutura F tem 14 elétrons. Isto não é permitido pela primeira regra....

2. A regra do octeto deve ser obedecida.

3. As estruturas contribuintes mais importantes têm o maior número possível de octetos completos:

Ao contrário da estrutura A, todos os átomos da estrutura B têm octetos completos. B será portanto mais
importante do que A, mesmo apesar de ter uma carga positiva num átomo eletronegativo.

4. Se numa estrutura contribuinte houver carga localizada, esta deverá estar nos átomos mais apropriados:

51MATOZO; H. C.
cargas negativas deverão estar nos átomos mais eletronegativos, e cargas positivas deverão estar nos
átomos menos eletronegativos:

D é mais importante do que C, porque tem a carga negativa num oxigénio em vez de a ter num carbono.

5. As estruturas deverão ter o maior número possível de ligações covalentes.

6. A importância duma estrutura contribuinte diminui com o aumento do número de cargas localizadas.

F é mais importante do que E porque não tem cargas localizadas.

7. Um híbrido de ressonância é tanto mais estável quanto maior for o número de estruturas contribuintes
equivalentes.

8. As estruturas com cargas do mesmo sinal são tanto menos estáveis quanto mais próximas as cargas se
encontrarem.

Efeito de ressonância (ou efeito mesomérico) de átomos e grupos funcionais

O ânion benzoato é um híbrido de ressonância com muitas estruturas contribuintes. Apresentam-se na


figura algumas destas estruturas:

É evidente nestas estruturas que o grupo funcional carboxilato tem a capacidade de retirar carga do anel
benzênico por efeito de ressonância, dando origem a deficiência eletrônica nas posições orto e para do
anel.

Qualquer grupo ou átomo capaz de aceitar (ou dar) electrões por efeito de ressonância vai afetar a

52MATOZO; H. C.
distribuição de carga num anel aromático.

Grupos aceitadores de elétrons:

Grupos dadores de elétrons:

A presença destes grupos vai afetar de forma decisiva a reatividade do anel benzênico.

17- RESUMO DE REAÇÕES ORGÂNICAS BÁSICA


Adição:
A B
R R
C C + A B R C C R
R R
R R

Eliminação:
A B
R R
R C C R C C + A B
R R
R R

Substituição:
R R

R C A + B R C B + A

R R

Ordem de reatividade

O carbono é mais eletronegativo que o hidrogênio. Na ligação C-H, o carbono apresenta carga parcial

53MATOZO; H. C.
negativa. Devido a esse fato, um grupo alquila (R- ) ao lado, é elétron repelente.
δ+
H

δ+ δ3−
H C repele elétron

δ+
H

Um radical é instável, porque o átomo de carbono com menos de oito elétrons de valência. Quanto maior
o número de grupos alquila ligados a esse átomo de carbono, mais estável (menos instável) será o radical.

Em ordem decrescente de estabilidade temos:


H CH 3 CH 3 CH 3

H C < H C < H C < H3C C

H H CH 3 CH 3

19- REGRA DE MARKOWINIKOFF

Regra de Markowinikoff: nas reações de adição, a porção positiva (no caso H +) se dirige para o carbono
mais hidrogenado da insaturação.
Produto Obtido
H
H3 C C CH2

Cl H

H3 C C CH2 + HCl
H

H
H3 C C CH2

H Cl
Produto não-obtido

H
H3 C C CH2 + HCl H3 C C CH2
H

Cl H
Este é o carbono mais Hidrogenado da Dupla. Ele recebe o H

20- REGRA DE KARASH

Regra de Karash: nas reações de adição, na presença de peróxido (O 2)–2 , ocorre a inversão da regra de
Markowinikoff.

21- DETERMINAÇÃO DE FÓRMULA PERCENTUAL

A fórmula percentual ou composição centesimal, indica a massa de cada elemento Químico em 100g do
composto. Seu cálculo baseia-se na lei das proporções constantes (lei de Proust) e nos cálculos comuns
de percentagens. Tomando com o exemplo o etileno temos:

54MATOZO; H. C.
Massa de um mol de C2H4 = 28g
Em 28g de etileno há 24g de carbono

Em 100g há Xg de carbono

Em 28g de etileno há 4g de hidrogênio

Em 100g há Xg de hidrogênio

Portanto, a fórmula percentual, ou composição centesimal, do etileno é:

85,7% de carbono; 14,3% de hidrogênio

Observe que o mesmo resultado é obtido se efetuarmos os cálculos a partir da fórmula mínima CH2 .

Para sanar isto, observar se o resultado equivale a massa de um mol do composto em gramas.

22- DETERMINAÇÃO DE ENERGIA DE LIGAÇÃO

A força de ligação entre dois átomos pode ser descrita pela energia de ligação(Mais apropiado, porém
não tão comum, é a denominação entalpia de ligação). A energia de ligação é o ΔH quando 1 mol de
ligação é quebrado no estado gasoso. Exemplos:

H2(g) → 2H (g) ΔH= +436kJ (Quebra de ligação)


Cl2 (g) → 2Cl (g) ΔH= +243kJ (Quebra de ligação)
Cl2 (g) + H2(g) → 2HCl (g) ΔH= -431kJ (Forma ligação) para cada 1 mol

A quebra de ligação tem valor positivo, isto é, a energia sempre é absorvida. Por outro lado, o calor é
liberado quando são formadas ligações a partir de átomos gasosos.

Alguns fatores que afetam a energia de ligação : -A diferença de eletronegatividade, isto é, em geral,
quanto maior a diferença em eletronegatividade entre os átomos ligados, mais polar será a ligação e
maior a energia “extra” de ligação. - O número de pares de elétrons entre os átomos ligados. - As
ligações múltiplas tem os valores maiores que as simples.

Exemplo:

H-H e F-F: (436kJ/mol + 153 kJ/mol)/2 = 295kJ/mol

a energia de ligação verdadeira do H-F é quase o dobro deste valor, ou seja, 565 kJ/mol. Poderíamos
dizer que a energia de ligação “extra” devida à polaridade é:

565kJ/mol - 295kJ/mol = 270 kJ/mol

Tabela 21-1 : Energias de Ligações Simples (kJ/mol) a 25 º C


H C N O S F Cl Br I
H 436 414 389 464 339 565 431 368 297
C 347 293 351 259 485 331 276 218
N 159 222 ------- 272 201 243 ------

55MATOZO; H. C.
H C N O S F Cl Br I
O 138 ------- 184 205 201 201
S 226 285 255 213 ------
F 153 255 255 277
Cl 243 218 209
Br 193 180
I 151

Tabela 22-2 : Comparação entre energia de ligação (kJ/mol)


Ligação Energia de Ligação Dupla Energia de Ligação Tripla Energia de
Simples Ligação Ligação Ligação
C-C 347 C=C 612 C≡C 820
C-N 293 C=N 615 C≡N 890
C-O 351 C=O 715 C≡O 1075
C-S 259 C=S 477 ------- -------
N-N 159 N=N 418 N≡N 941
N-O 222 N=O 607 ------- -------
O-O 138 O=O 498 ------- -------
S-O 347 S=O 498 ------- -------
Observação: 1cal = 4,184 joules

23- ATIVIDADES
1- Classifique as funções orgânicas dos compostos abaixo:

1) 2) O O
3)

H2N CH C OH H2 N CH C OH

CH3 CH2

4) 5)

NH2
6)
HO OH
O
7) 8)

HO
O O
9) 10) O
11) 12)
NH2 N
OK
OH
13) O
14)
15) 16)

O
NO2 Br

56MATOZO; H. C.
2- Quantos hidrogênios há em cada composto da questão 1?

3 - A gasolina é um combustível constituído basicamente por hidrocarbonetos e, em menor quantidade, por


produtos oxigenados. Esses hidrocarbonetos são, em geral, mais "leves" do que aqueles que compõem o óleo
diesel, pois são formados por moléculas de menor cadeia carbônica. Além dos hidrocarbonetos, a gasolina
contém compostos de enxofre, nitrogênio e metálicos, todos eles em baixas concentrações. A faixa de destilação
da gasolina automotiva varia de 30 a 220 °C. No Brasil a empresa Estatal Petrobras produz diversos tipos de
gasolina utilizando tecnologia própria, fabricando as diversas frações de petróleo constituintes da gasolina e
misturando-as entre si e com os aditivos, através de formulações convenientemente definidas para atender aos
requisitos de qualidade do produto. A octanagem é o índice de resistência à detonação da gasolina. O índice faz
relação de equivalência à resistência de detonação de uma mistura percentual de isoctano (2,2`,4-
trimetilpentano) e heptano. Assim, uma gasolina de octanagem 87 apresenta resistência de detonação
equivalente a uma mistura de 87% de isoctano e 13% de n-heptano. Entretanto, são possíveis valores superiores
a 100 para a octanagem; uma gasolina com octanagem 120 apresentará na mesma escala uma resistência 20%
superior à do isoctano. Quais são as fórmulas estruturais, moleculares e a massa molar dos compostos grifados e
em negrito (grifados e negrito) no texto?

4- Alguns compostos são muito utilizados para intensificar o sabor de carnes enlatadas, frangos, carnes
congeladas e alimentos ricos em proteína. Por exemplo:
Esse composto não contribui, por si só, ao sabor. Sua função é explicada por duas teorias:
◊ Estimula a atividade das papilas do gosto.
◊ Aumenta a secreção celular.
O OH

O
H2N
NaO

a) Quais as funções orgânicas existentes no composto acima?

b) Quantos Hidrogênios há ligados diretamente ao Carbono? Marque os C primário com a letra P, se


houver justificando sua resposta.

5- Os Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais, tais
como, milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O lixo orgânico
também pode ser usado para a fabricação de biocombustível.
Os biocombustíveis podem ser usados em veículos (carros, caminhões, tratores) integralmente ou
misturados com combustíveis fósseis. Aqui no Brasil, por exemplo, o diesel é misturado com
biocombustível. Na gasolina também é adicionado o etanol.
A vantagem do uso dos biocombustíveis é a redução significativa da emissão de gases poluentes.
Também é vantajoso, pois é uma fonte de energia renovável ao contrário dos combustíveis fósseis (óleo
diesel, gasolina querosene, carvão mineral).
Por outro lado, a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no mundo.
Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja, canola e cana-de-açúcar
para transformar em biocombustível.
Os principais biocombustíveis são: etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho), biogás
(produzido a partir da biomassa), bioetanol, bioéter, biodiesel, entre outros. Através da reação abaixo
identifique as funções orgânicas envolvidas em um dos processos para a produção de biocombustível e o
nome segundo a IUPAC-2001 de dois compostos na reação. Observação: R grupo composto de
carbonos.

57MATOZO; H. C.
6- Um grupo de pesquisadores da Universidade do Texas (Estados Unidos) descobriu um alvo novo e promissor
para o combate ao câncer de cólon e retoTrata-se de uma caminho bioquímico considerado crítico para que
tumores se espalhem para outros locais no corpo. Segundo os autores do estudo, se esse caminho for bloqueado
clinicamente, o resultado seria uma nova e muito aguardada terapia para o câncer colo-retal. A pesquisa foi
publicada esta semana no site (12/2008) e em breve aparecerá na edição impressa da revista Proceedings of the
National Academy of Sciences. Através de várias descobertas envolvendo a minimização ou a cura causadas do
câncer os alvos são as células maliganas que estão diretamente relacionadas com a expressão de proteínas. As
proteínas são polímeros de aminoácidos sabendo disso quais as funções presentes no composto abaixo:

7- Dê o nome dos seguintes hidrocarbonetos segundo a regra da IUPAC.

e)

8- Dê o nome dos seguintes hidrocarbonetos segundo a regra da IUPAC.

9- Dê o nome dos seguintes hidrocarbonetos segundo a regra da IUPAC.

58MATOZO; H. C.
10- Dê o nome dos seguintes hidrocarbonetos segundo a regra da IUPAC.

11- Dê o nome dos seguintes hidrocarbonetos segundo a regra da IUPAC.

12- Dê o nome dos seguintes hidrocarbonetos segundo a regra da IUPAC.

13) Os hidrocarbonetos são os principais constituintes do petróleo. A respeito dos hidrocarbonetos, cujos nomes
estão relacionados a seguir:
I – ciclopenteno II – but- 2-eno III – propadieno IV – hexano V – hept-3-ino VI – ciclobutano
Indique a fórmula estrutural plana para cada composto.

14) (Vunesp-SP) Considere os compostos de fórmula:.


Cl
I II

HC C CH2 CH3

Br

Classifique cada um deles como saturado ou insaturado, alifático ou aromático.

59MATOZO; H. C.
15) A seguir estão indicadas as fórmulas estruturas de alguns ácidos carboxílicos importantes, seus respectivos
nomes usuais e, conforme o caso, a origem do nome:

I IV
O
O
H C
H2C CH C
OH
OH

ácido acrílico - da utilização na síntese


ácido fórmico - do latim formica = formiga
de resina acrílica

II V
O

H3C C O
H3C CH2
OH CH2 C
OH

ácido acético - do latim acetum = azedo ácido butírico-do latim butyrum=manteiga

III VI
O
HO
H3C CH2 C
C CH2 CH3
OH CH2
CH2
O

ácido propiônico
ácido valérico

VII

HO
C CH2 CH2
O CH2 CH2 CH3

ácido capróico-do latim caper=cabra

A respeito desses ácidos, indique:


O nome oficial (IUPAC) a cada um deles.

16) Algumas substâncias são adicionadas a certos alimentos que contêm óleos e gorduras (como batatas fritas e
toucinho) com a finalidade de impedir sua oxidação no ar, produzindo compostos com sabores rançosos. Essas
substâncias são denominadas antioxidantes e as mais comuns são derivadas do fenol. Uma delas está
representada a seguir. Indique seu nome oficial.

HO

CH2 CH2 CH2 CH2

H3C CH2 CH2 CH3

CH3

60MATOZO; H. C.
17) (FAFI-MG)

I II

Sobre o benzeno, C6H6, estão corretas as seguintes afirmações, exceto:

a) Possui três pares de elétrons deslocalizados.


b) É uma molécula plana, com forma de hexágono regular, confirmada por estudos espectroscópicos e de
cristalografia por raios X.
c) Todos os ângulos de ligação valem 120° devido à equivalência de todas as ligações carbono-carbono.
d) O benzeno não apresenta estrutura de ressonância.
e) Os seis elétrons p estão espalhados igualmente nos seis carbonos e não localizados entre os pares de átomos
de carbono.

18) Alguns compostos são muito utilizados para intensificar o sabor de carnes enlatadas, frangos, carnes
congeladas e alimentos ricos em proteína.
Por exemplo:
O
O

C CH CH2 CH2 C

HO
NH2 ONa

Esse composto não contribui, por si só, ao sabor. Sua função é explicada por duas teorias:
 Estimula a atividade das papilas do gosto.
 Aumenta a secreção celular.
Quais as funções orgânicas existentes no composto acima?
(a) Amida, amina e ácido (b) Anidrido de ácido e sal orgânico (c) Amina, ácido carboxílico e sal orgânico
(d) Amida, ácido carboxílico e sal orgânico (e) Amido, ácido orgânico e éster de ácido.

19) Um xampu, de um modo geral, contém, no mínimo, as seguintes substâncias: detergente, espessante,
essência, corante, bactericida, fungicida, água desmineralizada, sal de cozinha e ácido cítrico para o seu pH. A
fórmula estrutural abaixo corresponde ao ácido mencionado:
O OH O
C C C C C
H2 H2
HO OH
C
HO O

Quais as funções orgânicas presentes no composto acima?

(a) Álcool e ácido carboxílico (b) Álcool e aldeído (c) Enol e aldeído (d) Ácido carboxílico e fenol (e) Ácido
carboxílico

20) Indique a alternativa que corresponda aos grupos funcionais de herbicida “Silvex”:
Cl

Cl O CH C

OH
CH3
Cl

(a) Éter, cetona, aldeído (b) Éter, ácido carboxílico (c) Fenol, ácido carboxílico (d) Fenol, aldeído, álcool
(e) Cetona, aldeído, álcool.

61MATOZO; H. C.
21) Qual é a soma das funções orgânicas presentes nas estruturas abaixo:

H H O
O

H3C C C H3C C C

OH NH2 H
OH

01. ácido carboxílico 02. cetona 04. amina 08. éster 16. álcool 32. aldeído 64- fenol

22) Equacione as reações de :


a) cloração do benzeno

b) nitração do benzeno

d)sulfonação do benzeno

23) Equacione a reação do benzeno com:


a) cloreto de etila

b) brometo de acetila

24) Indique abaixo qual é o composto que enquadra em meta, orto e para:

25) Quais dos compostos abaixo podemos dizer que é aromático. Justifique sua resposta.
OH
OH
O OH
OH
OH

OH

OH

26) Nomear os compostos carbônicos abaixo conforme as recomendações da IUPAC:

Observação: Círculo com cinza = carbono; Círculo preto = hidrogênio. A molécula está no plano da
folha, isto é, não há átomos atrás da folha ou escondidos.
a) b) c) d)
OH
NO2
OH

HO

62MATOZO; H. C.
e) H3CCOCH2COCH2CH3

f) OCHCH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3
g) h) i) j)

CH2 CH3 CH3

H3C (CH2 )4 CH3 CH2 CHCH2 CHCH2 CH2 CH3


CH3

k) l) m) n)
H3C CHCHCCCH3 H3C CHC HCH2 CH2 CH3 C2H 5 CH 3 O
CH3 CH3 CH3 CH3

C 3H7
CH3CHCHCH

CH 3

o) p) q) r)
OH C 2 H5

O
HOCH2CH2CH2CHCH2 OH
NO2
C2 H 5 OH

C2 H5

s) t) u) v)
OH O

CH3CH2CH2CHCH2CHCH2CH3
O
NO2 OH
O

w) x) y) z)
O
O Cl
H3C C O2N

H3C C

27) Quais são os significados da linguagem usadas abaixo para descrever como os átomos estão unidos.

a) Cadeia aromática:

b) Cadeia aberta (acíclica):

c) Cadeia heterogenia:

63MATOZO; H. C.
d) Cadeia insaturada:

e) Cadeia não ramificada:

28) Desenhe as estruturas dos seguintes alcenos:

a) hept-2,4-dieno

b) 1-cloroprop-1-eno

c) cetona etílica e metílica

d) álcool propílico

e) 3-etilbenzenol

f) meta-etilfenol

g) cetona dietílica

h) hexan-1,4-diol

i) But-1,3-dieno

j) cetona etílica e propílica

k) álcool isobutílico

l) 3-propilbenzenol

m) hexan-1,4-diol

n) But-1,3-dieno

o) cetona etílica e propílica

p) álcool isobutílico

q) 3-propilbenzenol

r) etilamina

s) isopropilamina

t) anilina

u) cicloexano

v) etanoato de etila

w) 2-cloroexano

x) 1-bromo-2-cloroetano

h) triclorometano

64MATOZO; H. C.
y) metanamida

z) octanamida

29) O que é energia de ligação?

30) Calcule ΔH para a reação de etileno com o fluor dando C2H4F2. R.: -552kJ

31) Qual dos compostos abaixo apresenta isomeria geométrica?


a) 2,3-dimetilpent-2-eno
b) 2-metilbut-2-eno
c) 2,3-diclorobut-2-eno

32) Quantos isômeros oticamente ativo apresenta o composto:


H H

H3C C C CH3

OH Cl
33) Quantos isômeros apresenta o composto C2H2F2 ? De que tipo são?

34) Como você descreveria uma reação de substituição, adição, combustão, oxirredução e eliminação?
Usar conceitos de Química Orgânica.

35) Descreva as principais propriedades dos hidrocarbonetos, e dos grupos funcionais relatados na
apostila.

36- Dê exemplos e o nome segundo a IUPAC 2001 de isômeros de cadeia.


37- Qual o nome do composto que tem 3(três) ligações π (pi) e 12(doze) ligações σ (sigma)? Qual a sua
MM? Há carbonos primário(P), secundário(S), terciário(T) ou quartenário(Q)? Quantos CARBONOS P,
S, T e Q? Deixar a fórmula estrutural, molecular e cálculos.

38- Qual a diferença entre isômeros ópticos e geométricos? Dê exemplos e nomeá-los.

39- Qual é a forma dos orbitais s e p (dica Hibridização do átomo de carbono)? Dê exemplo em reação.

40- Qual a diferença entre as reações hemólise e heterólise?

41- Quantos e quais isômeros podemos obter com a fórmula molecular C 5H12O e C4H7N? Quais as os
tipos (classificações) de isomerias? Dar o nome a cada composto orgânico segundo a IUPAC 2001.

42- Montar a reação de combustão dos compostos, 3,3-dietildec-4-en-7-ino; butan-1-ol; composto


contendo duas ligações pi consecutivas (hidocarboneto sem ramificação contendo 3 C). Deixar a Fórmula
Molecular, estrutural, e quais os compostos que sofrem redução e oxidação.

43- Qual o nome do composto que tem 3(três) ligações π (pi) e 12(doze) ligações δ (sigma)? Qual a sua
MM? Há carbonos primário(P), secundário(S), terciário(T) ou quartenário(Q)? Quantos CARBONOS P,
S, T e Q? Deixar a fórmula estrutural, molecular e cálculos.

44- Os hidrocarbonetos são os principais constituintes do petróleo. Esta afirmação está correta? Justifique
sua resposta?

65MATOZO; H. C.
45- A glicose também chamada de glucose ou dextrose é um monossacarídeo usado pelas células como
fonte de energia. Dê o nome da glicose segundo a IUPAC 2001? Qual a massa necessária para
prepararmos 100mL de uma solução 0,01M de glicose? Deixar os cálculos.

O OH H OH OH OH

C CH C C C C H

H OH H H H

46- Dê um exemplo de sal quartenário de amônio (NOME IUPAC 2001 E FÓRMULA ESTRUTURAL)

47- No artigo da revista MINAS faz Ciência n° 35, sobre as micobactérias onde um exame identifica com
rapidez e precisão o microorganismo do gênero Mycobacterium, um dos principais agentes causadores de
infecções pós-cirúrgicas. A técnica irá ajudar nas identificação precoce de doenças relacionadas
diretamente a microorganismo do gênero. A turberculose é uma dessas doenças, para combate-la
geralmente usam antibióticos, alguns deles são: Isoniazid, Rifampicin, Pyrazinamide e Ethambutol.
Podem ser receitados para se tomarem diariamente ou 3 vezes por semana. A fórmula estrutural da
Rifampicin está abaixo. Quais e quantas funções há neste composto?

48- Na revista FAPESP de Janeiro/09 sobre EINSTEIN O Universo Além da Física, onde relatavam
depoimentos e vários artigos sobre teorias envolvendo o Físico e o ser Humano da pessoa Einstein. Na
página 8 (oito) o Professor Luiz Davidovich da UFRJ descreveu o conflito de Einstein com a física
quântica. O que você pode dizer sobre Einsten? Qual a sua interpretação sobre a frase ...“Conhecimento
global não implica conhecimento individual das partículas. Se não entendem podem ficar tranquilos.
Ninguém entende”... . Dica: Descreva apenas o que sabe, as partículas estão relacionadas com o fóton(são
comumente associados com a luz visível, o que só é verdade para uma parte muito limitada do espectro
eletromagnético. Toda a radiação eletromagnética é quantizada em fótons: isto é, a menor porção de
radiação eletromagnética que pode existir é um fóton, qualquer que seja seu comprimento de onda,
frequência, energia ou momento. Fótons são partículas fundamentais que podem ser criados e destruídos
quando interagem com outras partículas, mas é conhecido pelo decaimento por conta própria).

49- Qual o nome do composto que tem 2(duas) ligações π (pi) e 10(dez) ligações δ (sigma)? Qual a sua
MM? Há carbonos primário(P), secundário(S), terciário(T) ou quartenário(Q)? Quantos CARBONOS P,
S, T e Q? Há Carbonos assimétricos? Se a resposta for sim, quantos isômeros ópticos há? Dica: Há um
grupo carboxílico e no segundo carbono há um halogênio e um grupo hidroxila. Deixar a fórmula
estrutural, molecular e cálculos.

50- Os hidrocarbonetos são os principais constituintes do petróleo. Sabendo-se disto, qual o nome de um
dos compostos (segundo a IUPAC- 2001) retirado por destilação do petróleo, em que temos cinco
carbonos primários, um secundário, um terciário e um quaternário? Classifique os carbonos em sp, sp2 e
sp3 .

51- Qual a diferença entre isômeros ópticos e geométricos?

66MATOZO; H. C.
52- Os compostos com dois carbonos primários (sp 3) e um átomo de oxigênio, pertence a qual tipo de
isômeria? Quais os nomes segundo a IUPAC – 2001?

53- Dê exemplos de compostos polares e apolares. (Compostos orgânicos)

54- Qual é a forma dos orbitais s e p (dica Hibridização do átomo de carbono)?

55- Dê exemplos e o nome segundo a IUPAC 2001 de isômeros de cadeia.

56- Quais os nomes do isômeros que podemos obter através da fórmula molecular C3H6?

57- Descreva a importância da Química Orgânica em sua vida.

58- Quantos e quais isômeros podemos obter com a fórmula molecular C5H12O e C4H7N? Quais as os
tipos (classificações) de isômerias? Dar o nome a cada composto orgânico segundo a IUPAC 2001.

59- As Representação de Newman


A B C D E
H
HH H H CH3 Br H CH CH3
H H H H3
H H
H H
H H H Cl CH3 H H
H H H H
H
H H
H H HH HH
HH H H
HH HH
H H

Podemos afirmar que:

(a) As conformações A, B e C são eclipsada (b) Somente a D tem a conformação alternada (c) A
conformação E é o butano (d) As conformações A e B são eclipsadas (e) O composto A e B são
homólogos “série”

60- Em uma série homóloga, os vizinhos do termo C8H20O são:


(a) C10H24O; C12H28O (b) C6H16O2;C10H24O2 (c) C8H16O; C8H12O (d) C10H24O; C6H16O (e) C6H16O; C4H12O

61- Um composto que tenha carbonos sp3 e sp2 (somente C “carbono” e H “hidrogênio”) poderá ser
isômeros de:
(a) função (b) tautomeria (c) geométrico “cis e trans” (d) compensação (e) nenhuma das alternativas
“NDA”

62- Sendo o alcano mais simples, podemos afirmar que é: (a) isólogo ao C 2H6 (b) isômero de alceno (c)
heterólogo CH4O (d) homólogo a um alceno (e) nenhuma das afirmativas “NDA”

63- Os compostos ácido hexanóico e etanoato de isobutila (Dica: isobutil -CH2-CH(CH3)2) são
responsáveis pelo mau cheiro exalado pelas cabras e pela esseência de morango respectivamente. O tipo
de isomeria que se verifica entre as duas substâncias e a fórmula estrutural é: (a) de cadeia
CH3CH2CH2CH2CH2CH2COOH e CH3COOCH2CHCH3CH3 (b) de função
CH3CH2CH2CH2CH2CH2COOH e CH3COOCH2CHCH3CH3 (c) de posição
CH3CH2CH2CH2CH2CH2COOH e CH3COOCH2CHCH3CH3 (d) de compensação
CH3CH2CH2CH2CH2COOH e CH3COOCH2CHCH3 (e) Nenhuma das alternativas “NDA”

64- No Laboratório da EMIP- Química o professor colocou uma amostra no polarímetro e pediu para que
os alunos calcula-se a concentração do composto. Qual tipo de isomeria estava sendo analisada? (a)
função (b) tautomeria (c) geométrica “cis e trans” (d) óptica (e) compensação

67MATOZO; H. C.
65- Observando que a mistura racêmica é quando temos 50% de composto que desvia a luz polarizada
para a direita e 50% de composto que desvia a luz polarizada para a esquerda. Sabendo-se disso qual a
relação entre o número de dextrógiro (d), levógiro (l) e racêmicos (r) de um mesmo composto? (a) d = l >
r (b) d > l = r (c) d = l = r (d) d > l > r (e) d < l < r

66- Um composto orgânico contém 83,3% de carbono e o restante de hidrogênio, sabendo que a massa
molecular do composto é 72gmol -1. Quantos isômeros planos o composto pode apresentar? (a) 1 (b) 2
(c) 3 (d) 4 (e) 5

67- Os compostos abaixo, podem apresentar isomeria exceto: (a) etoxietano (b) 1-cloropropan-1-ol (c)
1,2-dibromociclobutanoano (d) propano (e) todas as alternativas estão corretas

68- A talidomida (C13H10N2O4), sintetizada pela primeira vez na forma racêmica, na Alemanha em 1954,
é uma substância dotada de propriedades químicas capazes de controlar ansiedade, tensão nervosa e
náuseas. Em 1960, foram descobertos seus efeitos teratogênicos. Os estudos demonstraram que gestantes
que consumiram essa substância geraram fetos com má formação e que o causador dessa anomalia é o
isômero l-talidomida.
Admitindo que 8mg de l-talidomida seja a dose mínima capaz de provocar a má formação do feto. Uma
gestante consome um medicamento cuja fórmula contenha 12mg de talidomida racêmica, este
medicamento poderá ocasionar má formação do feto? Justifique sua resposta.

69- No dia 20 de maio de 2009 os alunos do curso de Química da EMIP foram à Universidade de Viçosa,
visitaram o Departamento de Química e Estandes de várias áreas. No departamento de Química segundo
relatos da aluna de doutorado pesquisam na área de poluição ambiental compostos (agrotóxicos) BTX
(benzeno, tolueno e xilenos). Dica: Tolueno = metilbenzeno; xileno = 1,2-dimetilbenzeno, 1,3-
dimetilbenzeno, 1,4- dimetilbenzeno. Na revista Química Nova (vol.27 no 3 de 2004) relatou que em
2001 a Agência Nacional de Águas, cerca de 70% dos rios que fazem parte das bacias hidrográficas que
vão do Sergipe ao Rio Grande do Sul apresentaram altos índices de contaminação, principalmente por
efluentes urbanos, substâncias lixiviadas de grandes lixões e agrotóxicos. Sabendo da importância destes
estudos podemos afirmar que os compostos BTX:
(a) são isômeros (b) são isólogos (c) somente o benzeno e o tolueno são homólogos (d) somente xileno
apresenta isomeria (e) Nenhuma das alternativas “NDA”

70- No centenário da descoberta da Doença de Chagas, pesquisadores falam sobre os avanços no


diagnóstico, controle e tratamento, além dos desafios que ainda persistem para sua erradicação (revista
Minas faz Ciência n° 36). Ainda não há vacina para a prevenção da doença. A prevenção está centrada
no combate ao vetor, o barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir
que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a
limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes. O DDT [4,4'-(2,2,2-tricloroetano)bis(clorobenzeno)]
apresenta grande eficiência no combate a mosquitos. Com ajuda do DDT, a malária foi banida da Flórida,
Itália, Espanha,etc. No Brasil, houve erradicação da malária em estados como Ceará, Minas Gerais, Piauí
etc. Em 1950, o então presidente Eurico Gaspar Dutra anunciou a erradicação da dengue no Brasil.
Observação: Em 14 de maio de 2009 o DTT ( Lei nº. 11.936) teve sua fabricação, importação,
exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso, proibidos.

68MATOZO; H. C.
a) Qual a fórmula molecular do DTT? Quantos Carbonos Primário, secundário, terciário e quaternário
existem?

b) Por que o DTT foi banido, se é tão eficaz contra vários vetores ?

24- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] MATOZO,H.C. Apostila de química orgânica teórica II- João Monlevade, 2007.
[2] http://ull.chemistry.uakron.edu/periodic_table/H.html
[3] RODRIGUES;J.A.R. Nomenclatura de Compostos Orgânicos. Revista Química Nova na Escola
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[4] PERUZZO, T. CANTO, E.L. Química:Volume único. 2a edição. São Paulo, Editora Moderna, 2003.
[5] FONSECA; M. R. M. Química Integral. Editora FTD S.A., 2004.
[6] SALLES, A.M. Química Orgânica II. São Paulo. Centro de Recursos Educacionais. Coleção Objetivo
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[7] http://www.mundodoquimico.hpg.com.br
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[9] AMARAL, L. F. P.et al. Fundamentos de química orgânica. São Paulo. Editora Edgar Blucher Ltda.
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[10]KOLTZ, J.C.TREICHEL, P. JR. Química e reações química. Tradutor Horácio Macedo 3 a edição.
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[11]MASTERTON; L. W. SLOWINSKI; E. J. STANITSKI; C. L. Tradução Jossyl de Souza Peixoto.
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[12] http://www.fisica.net/quimica/
[13] http://www.cleberserafin.cjb.net
[14]SALLES, A.M.Química Orgânica I. Centro de Recursos Educacionais. São Paulo. Coleção
Objetivo Sistema de Métodos de Aprendizagem, 1996.
[15]KOLTZ, J.C.TREICHEL, P. JR. Química e reações química. Tradutor Horácio Macedo 3 a edição.
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[16]ROMERO; J. R. Fundamentos de Estereoquímica dos Compostos Orgânicos. Ribeirão Preto-SP,
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[17] Fundação Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo www.fapesp.br
[18] Fundação Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais www.fapemig.br
[19]FLETCHER; J. H. DERMER; O. C. FOX; R. B. Nomenclature of organic compounds. Principe and
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[20] http://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/nomenclatura.htm
[22] SARDELA, A. Química, Volume Único, Editora Ática, 2003
[23] http://www.cdcc.usp.br
[24]Resumo do vídeo sobre cursos para professores de ciências e a pesquisa do Physics Education Group
da Univ. de Whashington.
[25]Texto sobre Palestra Millikan de 1990: “O que ensinamos e o que é aprendido- diminuindo a
lacuna”.

69MATOZO; H. C.

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