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é o da indiferença.
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aio de 2008
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aria dos Anjos
Paulino Guajajara
2001 / 2008
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V ndios V
Para se mudar o presente,
fazVse necessário olhar
para o passado.
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Ao desembarcar, há cinco
séculos, nas terras brasileiras,
os navegantes portugueses
depararamVse com comunidades
indígenas firmemente
estabelecidas.
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Neste Novo
undo, os colonizadores
brancos encontraram uma cultura
que até então não conheciam:
As comunidades indígenas
com suas tradições milenares
± ritos, danças, idiomas...
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Os indígenas perguntaramVlhes
com o olhar o que ali faziam,
o que queriam.
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Os colonizadores, à
época do descobrimento,
nem sequer admitiram
a condição de
seres humanos aos
povos indígenas,
considerandoVos
selvagens sem alma,
a serem escravizados,
humilhados e utilizados
como mãoVdeVobra nos
canaviais e engenhos.
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As tribos que
mostraram resistência,
que não se deixaram
subjugar, foram
dizimadas.
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ulheres, homens
e crianças, corpos
trêmulos, rostos
angustiados, mãos
erguidas implorando
misericórdia.
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Genocídios,
extermínios...
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Antes do ano 1.500, no Brasil, os
povos indígenas somavam 5 milhões,
espalhados em 900 etnias.
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Antes do ano 1.500, no Brasil, os
povos indígenas somavam 5 milhões,
espalhados em 900 etnias.
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Ouando os portugueses
chegaram ao Brasil,
havia em torno de
1.300 línguas indígenas.
Õoje restam
cerca de 170.
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As comunidades indígenas, com
suas concepções igualitárias,
solidárias, com o seu culto à Vida e
à Natureza, apresentavamVse
tão distantes dos interesses
que moviam os colonizadores.
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Tempos difíceis
eram aqueles,
Tempos difíceis
são estes nossos...
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Öegundo o presidente da Funai (Fundação
Nacional do ndio), o historiador
árcio
eira,
o preconceito contra índios está passando
por uma fase de recrudescimento.
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Ëe acordo com
eira, ainda impera no País
uma visão de progresso segundo a qual
tudo que impede o seu avanço deve ser destruído
± seja a Natureza, sejam seres humanos.
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Ainda de acordo com o
presidente da Funai,
o preconceito também
deveVse em parte ao
desconhecimento da
realidade indígena.
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uitas vezes, associamos
os índios a antigos
estereótipos, como
se ainda vivessem no
passado, constituindo
um povo preguiçoso,
incapaz e inferior.
É o caldo de cultura
propício ao preconceito.
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Ouinhentos anos passados,
ainda não aprendemos a
valorizar a valiosa herança
cultural indígena,
que levou milhares
de anos para
chegar até nós.
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E as nossas escolas
a ensinar às nossas
crianças muito pouco,
quase nada, sobre
a cultura indígena.
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500 anos passados,
e ainda não
aprendemos uma
lição essencial:
Coexistir
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enina indígena Guarani,
ato Grosso do Öul
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ato Grosso,
ato Grosso
do Öul, Pará, Roraima
Estados com os maiores
índices de desmatamento.
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Biocombustíveis ±
etanol, metanol, biodiesel
Agronegócios ±
aumento do preço da soja e da
carne no mercado internacional,
expansão da fronteira agrícola
Especulação fundiária
Indústria madeireira
Crescimento desordenado
das áreas urbanas
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Empresários com sede
insaciável de lucro
Prefeitos madeireiros
Governadores latifundiários
Ëeputados e Öenadores
da bancada ruralista
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Empresários com sede
insaciável de lucro
Ëesmatamento
Prefeitos madeireiros
Ëevastação
Governadores latifundiários
Öofrimentos
Ëeputados e Öenadores
da bancada ruralista
Injustiças...
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Vista aérea de queimada em área florestal.
unicípio de Novo Progresso, Pará
(triste novo progresso dos nossos tempos...)
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Em breve, mais uma plantação de soja,
ou mais um pasto para pecuária.
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Vista aérea de rebanho bovino.
unicípio de Cáceres,
ato Grosso
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ais um carregamento de madeira extraída
ilegalmente, apreendido pelo Ibama.
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Voraz expansão das fronteiras agrícolas.
ato Grosso
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Carreta sem placa passa tranquilamente numa estrada
do Pará, carregando uma tora de madeira nobre.
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Numa terra sem lei nem fiscalização,
menos uma árvore centenária na floresta,
e mais um acréscimo à conta bancária de
algum rico empresário madeireiro da região.
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A fumaça que cega.
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A terra devastada.
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No olhar,
a espera,
o sofrimento...
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ndias da etnia
akuxi
Reserva Raposa Öerra do Öol,
Roraima
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Ao ignorarmos e
destruirmos o que resta
da cultura indígena,
talvez estejamos
ignorando e destruindo
a parte mais bela do
mosaico que compõe
a nossa essência
humana.
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A inocência,
a simplicidade,
a pureza.
A verdadeira união
± seja com o nosso
próximo, seja com
a Natureza.
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O que sabemos
sobre a vida
que aqui existia
antes das cidades
de asfalto e
concreto serem
erguidas?
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O que sabemos
sobre as nossas
raízes mais
profundas?
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O que sabemos
O que sabemos
sobre os segredos
sobre as nossas
do Universo,
raízes mais
profundas?
sobre os cheiros
primordiais
da terra?...
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O que sabemos sobre a cultura de
cada uma das 200 etnias indígenas
que ainda existem?
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Cores, sonhos,
desenhos e músicas.
itos, ritos,
significados,
sentido.
O vermelho
do urucum...
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O vermelho
do urucum...
e o azul,
quase negro,
do jenipapo.
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Olhar, Ver, Reparar
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Pintar não somente o rosto,
mas a alma, com as cores
do urucum e do jenipapo.
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O que
sabemos
sobre a
Bondade?
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ndia da etnia Guajá
amamenta um filhote O que
de porcoVdoVmato sabemos
sobre a
Bondade?
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Na aldeia dos guajás,
um antigo costume da tribo
é a adoção de pequenos
animais órfãos.
PorcosVdoVmato, quatis,
macacos, preguiças e aves
são criados como se
fossem da família.
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Conforme acreditam,
esta é uma forma de se
retribuir a Natureza por
tudo o que ela nos oferece.
Uma forma de se
reverenciar a Vida.
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É preciso pôrVse de
joelhos, reverente, para
poder escutar o Öilêncio.
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Os animais adotados pela
tribo se tornam intocáveis,
jamais sendo mortos,
ganhando a condição de
bichos de estimação.
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Breve é a nossa
passagem por esta
vida terrena.
Ontem chegamos,
hoje nos banhamos
no Rio da Vida,
amanhã partiremos.
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O Rio da Vida já corre
há muito antes do
nosso nascimento,
e continuará a fluir,
indiferente, após
a nossa partida.
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Aquilo que
plantamos,
colheremos.
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que adianta
ËeAquilo que
termos voz,
plantamos,
se colheremos.
nos calarmos
diante das injustiças
do mundo?
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Para que servirão
os nossos olhos,
caso desviemos
o olhar do sofrimento
do nosso próximo?
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Ëe que terá servido
a nossa breve vida terrena,
se não formos capazes de
enxergar a centelha divina
que reluz em cada ser vivo
± e que nos remete ao
nosso Criador único?...
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Aldeia Kamayura, Xingu,
ato Grosso
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Crianças da etnia Yawanawa,
Amazonas
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Pajé da etnia Kuikuro,
ato Grosso
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ãe e filho
da etnia Kuikuro,
Região do Alto Xingu
ato Grosso
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ndia da etnia Kaxinawa,
Acre, Região Amazônica
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³O índio não acredita no sobrenatural porque não
conhece essa divisão entre natural e sobrenatural.
É tudo uma coisa só, físico e espírito.
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³O índio não acredita no sobrenatural porque não
conhece essa divisão entre natural e sobrenatural.
É tudo uma coisa só, físico e espírito.
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³Öão um povo para o qual
o idoso é o dono da história,
o homem adulto é
o dono da aldeia,
a mulher, a dona
da prática
³A vidadas
do tradições
índio
no diaVaVdia
é de certoe modo
da casa,
uma ininterrupta
e a criança...´
cerimônia espiritual.´
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³...e a criança,
a dona do mundo.
Uma criança de uma
aldeia índia goza da
mais plena liberdade
que já pude testemunhar.
E isso está no seu
rosto o tempo todo.´
Orlando Villas Boas
(1914 ± 2002)
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a criança,
a dona do mundo
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Crianças da etnia Kuikuros
Região do Alto Xingu
ato Grosso
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Pequeno índio
da etnia Xucuru,
Öertão pernambucano
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Brincando no Rio Uaupés
Comunidade de Taracuá,
Öão Gabriel da Cachoeira, Amazonas
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Tema musical: ³Nothing Compares to You´ (versão instrumental)
Formatação: um_peregrino@hotmail.com
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