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DIVERSIDADE E CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

A existência de vida na terra é uma singularidade que distingui o nosso planeta


do resto do universo conhecido. Há evidências de que a terra é habitada por seres vivos
desde há 3800 M.a. aproximadamente. Essas mesmas evidências sugerem que a vida
primitiva era muito diferente da vida actual. A história da vida é uma história de
mudança. As teorias evolucionistas procuram explicar como se desenvolve as diferentes
formas de vida com as semelhanças e diferenças que apresentam.

Na actualidade, conhecem-se e estão catalogados cerca de dois milhões de


espécies. Admite-se, no entanto que o número de espécies existentes seja muito
superior. Cerca de dez milhões alguns cientistas ou mesmo trinta a cinquenta para
outros.

O estudo dos fósseis revela que as formas de vida mudaram ao longo do tempo.
Dos seres primitivos mais simples poucos se encontram.

Os fósseis são geralmente poucos e pouco completo. De um modo geral, ficaram


preservados peças mais ou menos mineralizadas, como conchas, dentes e ossos. As
partes moles dos seres mais complexos dificilmente deixam as suas impressões. Por isso
se admite que a vida no passado foi bem mais exuberante do que aquela que a
paleontologia revela.

Estão descritas cerca de 300 000 espécies fósseis e este número não pára de
crescer. Apesar disso, pensa-se que os fósseis conhecidos não representam mais do que
uma pequena fracção das espécies que viveram no passado.

Os investigadores calculam que, desde que a vida apareceu na terra, existiram


entre 1500 milhões e 15 000 milhões de espécies. Estima-se que cerca de 99% das
espécies que povoam a terra se extinguiram. Atendendo a estes números pode concluir-
se que o conjunto dos seres vivos foi muitas vezes substituído ao longo da historia
geológica. O estudo dos fósseis sugere reconstituições que permitem representar a
história da vida.
Desenvolvimento

A história da vida pode condenar-se num período de 30 dias, correspondendo


cada dia, a 150 milhões de anos.

As espécies não se formam nem se extinguem a um ritmo fixo. Pelo contrário,


devem ter existido período na história na história da terra que vida floresceu, tendo
aparecido repentinamente muitos organismos novos. Noutras ocasiões, porem, deu-se
uma extinção em massa, com o desaparecimento de muitas espécies ou mesmo de
outros grupos completos de organismo.

A história da vida é demasiada complexa, feita de avanços e recuos para poder


ser apresentado de um modo simplista. De qualquer forma, sabe-se que houve uma
diversificação e que para muitos seres vivos apareceram formais progressivas mais
comuns que coexistem com formas simples.

De um modo sintético, pode referir-se alguns dos episódios mais significativos


que possivelmente ocorreram na história da vida.

• - Há evidencias fósseis de que a vida se iniciou há 3800 M.a. julga-se que os


primeiro organismos eram unicelulares, procariontes e heterotróficos, talvez do
tipo de bactérias muito primitivas.
• Bastante mais tarde, há cerca de 1500-1450 M.a., apareceram as células
eucariotas.
• A partir das células eucarioticas originaram-se as plantas e os animais,
organismos multicelulares.
• Os animais com concha e os primeiros vertebrados apareceram talvez há 550
M.a.
• A conquista do ambiente terrestre começou há 440 M.a., quando a camada de
ozono já era suficiente para filtrar as radiações nocivas. Primeiro, foram as
plantas que começaram a colonizar o meio terrestre, acabando por originar
extensas florestas que cobriram os continentes. Só depois, há 370 M.a., animais
como os artrópodes e os vertebrados começaram também a conquistar ambientes
fora da água. A conquista do ambiente terrestre foi acompanhada por uma
explosão de diversidade, dada a variedade de nichos ecológicos diferente que
estavam disponíveis e que foram ocupados pelos seres vivos terrestres.
• Há 120 M.a. deve ter ocorrido uma radiação adaptiva nas plantas, tendo
evoluído todos os ancestrais das plantas actuais com flor.
• A radiação adptiva dos mamíferos ocorreu há 65 M.a., levando a uma grande
diversidade que se estendeu por toda a terra. Ao mesmo tempo, dava-se a
hecatombe dos dinossauros. Alguns cientistas pensam que a radiação adaptiva
dos mamíferos está relacionada com a existência dos dinossauros tendo aqueles
ocupados os nichos anteriores dominado pelos répteis.

Neste capítulo vamos estudar a diversidade da vida actual, procurando interpretar essa
diversidade numa perspectiva evolutiva.
1. Sistemática – Ciência da Classificação

Os sistemas de classificação não são arquivos apresentados objectivamente pela natureza.


São teorias dinâmicas desenvolvidas por nós para expressar pontos de vista particulares acerca
da história dos seres vivos. A evolução produziu um conjunto de espécies ordenadas segundo
diferentes graus de relações genealógicas. A taxonomia, procurando essa ordem, é a ciência
fundamental.

Em qualquer actividade humana, sempre que se tem de lidar com uma grande
diversidade de objectos, há necessidade de os ordenar, agrupando-os de acordo com
determinadas características.

A ordenação de objectos corresponde a uma classificação (agrupar em classes) e


faz parte do quotidiano das pessoas, sendo uma actividade fundamental da mente
humana. Os critérios utilizados para a formação de grupos podem ser diversos e os
grupos formados dependem dos critérios seleccionados.

Os biólogos, trabalhando com uma enorme diversidade de organismos, têm


necessidade de os classificar, ou seja, de os agrupar de acordo com determinados
critérios e der dar um nome a cada um dos grupos formados. Assim, é mais fácil
referenciar esses grupos e transmitir informação acerca deles.

As classificações armazenam muita informação e permitem fazer previsões acerca


dos seres classificados. Quando se diz que um animal é um mamífero, imediatamente
conotamos esse organismo com inúmeras característica, mesmo sem se saber de que
animal se rata concretamente.

O ramo da biologia que se da classificação dos seres vivos e da nomeclatura dos


grupos formados designia-se por Taxonomia. É à taxonomia que se cabe a adopção de
um sistema uniforme que expressa o melhor possível o grau de semelhança entre os
organismos. Por vezes, usa-se o termo sistemática com um significado semelhante ao de
taxonomia. No entanto, a sistemática é algo mais amplo, pois inclui a taxonomia e a
biologia evolutiva. A sistemática é pois uma biologia comparativa, que utiliza todos os
conhecimentos acerca dos seres vivos para compreender as suas relações de parentesco,
a sua historia evolutiva e desenvolver sistemas de classificação que reflete essas
relações.
2. Classificações Biológicas e sua Evolução

Desde os tempos mais remotos que o homem faz classificações dos seres vivos.
Quando distingue animais venenosos, plantas comestíveis de plantas não comestíveis, o
homem dá inicio às primeiras classificações dizem-se classificações praticas e são mais
primitivas, tendo perdurado até os nossos dias.

As classificações praticam estão ligadas geralmente à satisfação da necessidade


básicas, como a alimentação e a defesa.

A sedentarizaçao do homem e a estabilização das civilizações permitem o


aparecimento de outras classificações, mais desinteressadas, numa tentativa de uma
melhor compreensão do mundo vivo.

O primeiro esforço real para desenvolver um sistema de classificação começou


com os antigos gregos. Aristóteles (384-322 a.C,) e um seu discípulo, Teofrasto,
apresentaram um sistema de classificação baseado em semelhanças estruturais entre os
seres vivos.

Esta classificação estava apenas implícita nos trabalhos de Aristóteles. Estudando


esses trabalhos, foi possível reconstituir seu sistema de classificação dos animais.

O grande florescimento da sistemática ocorreu, no entanto, no século XVIII, com


a obra de Carl Von Linné (1707-1778), um botânico de nacionalidade sueca, que é
considerado o pai da taxonomia. Lineu apresentou o sistema sexual, uma classificação
das plantas em 24 classes baseada na existência ou não de flor. Aquelas que tinham flor
eram classificadas de acordo com o número e disposição de estames e Aida com o tipo
de unissexualidade.

Lineu fez também uma classificação dos animais. Apesar de muito separadas no
tempo, as classificações dos animais segundo Aristóteles e segundo Lineu não diferem
substancialmente.

As classificações de Aristóteles e de Lineu têm uma base racional, utilizando


caracteres apresentados pelos organismos. São por isso denominados classificações
racionais. Elas baseiam-se num pequeno número de características estruturais (cor do
sangue, estrutura do coração, tipo de ovos, presença de antenas ou de tentáculos, tipo de
respiração, tipo de reprodução), constituindo um número restrito de grupos. Esses
grupos são muito heterogéneos, pois englobam organismos que diferem em muitas
outras características, para alem das consideradas classificações artificiais. Um exemplo
ajuda-nos a compreender os inconvenientes das classificações artificiais.

Se agrupássemos os animais tendo em conta apenas a capacidade de voo,


colocaríamos no mesmo grupo aves, mamífero (morcegos, vampiro) e insecto e num
outro grupo os restantes animais.
Outros exemplos de classificações artificias são classificação das plantas, de
acordo com o porte, em árvores, arbustos ou plantas herbáceas, ou, então, a
classificação de acordo com a longevidade, em anuais, bienais e vivazes.

As classificações artificias têm por base somente um ou pouco caracteres,


escolhidos arbitrariamente, ignorando todas outras características e reunindo assim no
mesmo grupo organismos pouco relacionados entre si. Não eram estas as classificações
que Lineu desejava fazer. Ele que as classificações reflectissem relações e afinidades
entre os organismos, mas apesar de tudo não o conseguiu.

A informação que uma classificação pode veicular depende do número de


caracteres que a classificação emprega. Sendo assim, as classificações artificias não
satisfaziam.

Em consequência das novas terras descoberta durante a época dos descobrimentos,


os exploradores europeus trouxeram para a Europa muitas plantas animais descobertos e
que não tinham ainda sido identificados. Os naturalistas dessa época sentiram a
necessidade de melhorar as suas classificações. Surgem assim classificações em que a
organização dos grupos se baseia no maior número possível de caracteres. Estas
classificações, que caracterizavam o período pós-lineano e pré-darwiniano, designam-se
por classificações naturais e transmitem maior quantidade de informações que as
classificações artificiam.

Os grupos formados reúnem organismos com maior grau de semelhança e sabe-se


actualmente que estão mais relacionados filogeneticamente. Uma desvantagem destas
classificações é que a identificação dos grupos a que um organismo pertence é por vezes
difícil ou mesmo impossível, se não dispõe de um conhecimento pormenorizado das
características dos indivíduos.

Não se pode esquecer que até ao século XVIII imperavam as ideias fixista e
portanto todas as classificações reflectem essa concepção. Descobrir as relações de
afinidade entre os seres vivos correspondia a conhecer o plano da criação da natureza.
Eram classificações estáticas, privilegiavam as características estruturais e não tinham
em consideração o factor tempo, uma vez que partiam do pressuposto da imutabilidade
das espécies. Pois, todas essas classificações, quer artificias quer naturais, são
designadas classificações horizontais.

As ideias evolucionistas, principalmente a seguir a Darwin, tiveram as suas


repercussões nas classificações biológicas. Em termos evolutivos, a diversificação das
espécies ocorreu ao longo do tempo e as classificações devem reflectir as relações
filogenéticas entre os organismos. Surgem assim as classificações evolutivas ou
filogenéticas, em que se procura agrupar os organismos de acordo com o grau de
parentesco entre elas.

O desenvolvimento da citologia, da embriologia, da genética e, mais


recentemente, da bioquímica, permite que se utilizem outros critérios estruturais e
fisiológicos. É assim possível estabelecer árvores filogenéticas e fazer a classificação
dos organismos de acordo com o seu grau de parentesco.
As classificações evolutivas têm em consideração a dimensão tempo e por isso
se dizem verticais. Segundo elas, as semelhanças identificadas entre os seres vivos são
interpretadas como consequência da existência de um ancestral comum a partir do qual
os grupos divergiram, há mais ou menos tempo. O grau de semelhança reflecte o tempo
em que se deu a divergência.

Na actualidade, em taxonomia existe três escolas principais, de acordo com


ponto de vista do taxonomista e com objectivo da classificação. Embora suficiente,
vamos comparar os fundamentos dessas escolas.

Classificações Fenéticas

Nas classificações fenéticas a afinidade entre si organismos baseia-se em


características fenotípicos, anatómicos ou fisiológicos, privilegiando o número de
caracteres seleccionados e verificando se estão presente ou ausentes. As características
devem ser atributos que possam ser descritos, medidos, pesados, comparados,
numerados, ou seja, aspectos observáveis e objectivos.

O taxonomista tem primeiramente de reconhecer os caracteres que devem se


utilizados para descrever o organismo e devem recorrer a tantas características quantas
forem possíveis.

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