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A minha vida é sempre ontem e 0 meu dese jo amanha. Hoje 6 uma coisa parada, nada sei nem faco nada no meu Peso da Covilha. Assim te recordo meu Peso. Mas no falarei de ti como espaco fisico, nem das tuas ruas, das tuas fontes, das tuas capelas, do teu rio e dos tens caminhos e recantos. Nem tampouco da tue Igreja Matriz, teu ex-libris, nem da tua ponte e torre sineira. Falarei apenas e 86 das tuas gentes. Pessoas que em ti viveram sonharam, sofreram. Pessoas simples, fascinantes, inesqueciveis BE do teu sortilégio que se desprende de ti, se me sgarrou na alma e que o tempo n&o destréi. Misteriosos lacos me prenderam a ti, af nasci no ano de 1935 e 16 vivi até ao ano de 1958, foram anos de infancia descuidosa e a juventude inguieta e interrogante. Mistérios, fortes, indestru- tiveis. Factos e gentes, guardados durante décadas no mais fundo do sub consciente e af acomodados como se néo existissem, mas que um dia vém ao de cima e se mostrem nitidos. F reclamam com um fasc{- nio e forga que nunca antes hes vira nem suspeitara. No Outono da vida, quando as urgéncias e pressa de viver se atenuam, e 0 recordar é exercicio aprazivel, elas af esto, as recordacdes antigas. E com gosto lhe abro os bragos. Com prazer as lembro e conto, que passaram por ti meu Peso e nfo viste, se contaram em tie nfo ouviste, as histérias que te dou. Nem todos os olhos, ouvidos véem, ouvem ou sentem de igual modo. Mas eu vi, ouvi e guardei, ndo so minhas, a ti as restituo meu Peso As tuas gentes, o teu sortilégio ... Vird de um sonho? BE os meus amigos de infancia! Joaquim Barata Morao, José Serra Agostinho, Anténio Pinheiro Simes, Manuel Mercedes Bernardo, e tantos outros. Quero em jeito de homenagem lembrar, Fernando | Pereira Proenca, Fernando dos Santos Baptista, Anténio Felicio Madeira e outros j falecidos “ Paz As suas Almas Amizade diz encanto/ d& prazer e dé ternura,/ mesmo sendo pobre o manto/ sempre vive enquanto dura. Bu sempre fui um pesense/ sem asas para voar,/ sou uma estrela cadente/ que saiu para nfo voltar POR DO SOL NO PESO Além, 0 pér do sol tem rostos de alvorada Desde 0 fim ao principio logo pela manha. Sinto, ao v@-lo partir, abrir-se a madrugada Nos olivedos do meu Peso da Covilha 86 0 olhamos de frente ao nascer e na morte B nesse pr do sol o derradeiro clardo, Ao fecharmos os olhos é mais belo e forte, Sublime e derradouro em nosso coracao. Tao nitida a visio e t&& suave a presenca!... Enche a nossa incerteza de serenidade, De esperanga, redeng%o, de uma indizivel crenca. Porque 0 sol, ao morrer, ganha vida e verdade E em seu diltimo beijo aquela serra imensa. Renasce nesse adeus de breve eternidade. Lisboa,19 de Marco de 2010 José Batista Vaz Pereira TEIMO EM LEMBRAR A ALDEIA DO PESO ~ COVILAK Sonetilho Ah! tantos anos cé fora Senhora de La Salette; Lango sementes (...) agora ‘Ao Peso p'la Internet! © meu Peso, longe de ti Quando a saudade abracei; Fiz um sonetilho, sorri Cantei um fado e chorei!... Quisera eu ser eterno E guardar amor materno Creio que nfo é pecado; B nas tébuas do meu caixéo ff) © Peso do meu coragao [ / evar teu nome gravado! Lisboa,03 de Abril de 2010 José Batista Vaz Pereira PESO — 2°. DOMINGO DE SETEMBRO SENHORA DE LA SALETTE MAS, MEU PESO, BERCO MEU ESTES MEUS VERSOS SUADOS; QUE A VIDA ME CONCEDEU ATI SERAO CONFTADOS! NAO HA AQUELE CHEIRINHO DO PAO DE. ANTTGAMENTE; FORNOS A LENHA DE PINKO COM UM SABOR TKO DIFERENTES! NAS FESTAS QUE SKO DO POVO 0 PESO LEVA A PALMA DA AOS VELHOS SANCUE NOVO DA AOS NOVOS MUITA ALMA! ESTES PEDAGOS DE NOS QUE TU VES NA TUA FRENTE; SAO NACOS DOS TRUS AVOS MISTURADOS C'OS DA GENTE! CULTURA, TRABALHO E PAZ POEMA AZUL, NOSSO RUMO; UM POVO HUMILDE QUE FAZ DA VIDA UM FIO DE PRUMO! RECORDAGOES DE INFANCIA SENHORA DE LA SALETTE; ENVOLVIDAS NA FRAGRANCIA AGORA P'LA INTERNET! Lisboa,30 de Abril de 2010 José Batista Vaz Pereira ALDEIA DO PESO - COVILHA A MINHA TERRA PRIMETRA £ BONITA DE LES A LES; TEM A SERRA A CABECEIRA © RIO CORRE A SEUS PES! ZEZERE E REDONDEZAS NUM MISTO DE LUZ E DE CO! DKO AO PESO AS GRANDEZAS QUE DEUS POS AO SEU DISPOR! TEM 0 PESO VISTA BELA COM BRISAS VINDAS DA SERRA PERFUME QUE INEBRIA; A LUA COBRE ESTA ALDEIA EM NOITES DE LUA CHEIA E MANHAS COM MARESTA!... Lisboa,30 de Abril de 2010 José Batista Vaz Pereira Aldeia do Peso - Covilha anos trinta do século passado Tua histéria to cantada Quando os avés 4 lareira; Sem livro mas s6 falada Em volta duma fogueira! A noite no fim da ceia Ali juntinhos ao borralho; Era assim a minha aldeia Apés um dia de trabalho! E na época do Verao Com trabalho e com fadiga; Era para nés a licto Da pequenina formiga! Havia também teceldes Manejando 0 seu tear; Ganhando assim os tostdes Para a fam{lia governar! Sentimos necessidades Sem calcada, 4gua e luz; Partimos para as cidades P'ra aliviar nossa cruz! No Mundo que nos rodeia Yeria muito p'ra dizer; No sossego da aldeia Gostaria de 14 viver! Lisboa,23 de Junho de 2010 José Batista Vaz Pereira

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