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“Sensibilidade dolorosa”
1.c - Existe uma grande quantidade de mediadores periféricos que agem diretamente nos
receptores nociceptivos e inicia a transmissão dolorosa. Eles podem ativar imunócitos
locais ou outras células, como mastócitos e varicosidades simpáticas, que liberam
interleucinas e substâncias adrenérgicas, perpetuando e facilitando, assim, a
hiperexcitabilidade neuronal. Na sensibilização periférica ocorre, então, redução da
intensidade dos estímulos necessários para iniciar a despolarização neuronal e o
aumento do número ou amplitude da descarga neuronal, em resposta a certos estímulos
químicos ou mecânicos.
1.d – O mais eminente sistema modulador supramedular tem sua origem na substância
cinzenta periaquedutal (em sua região ventro lateral) se conectando com o núcleo
magno da rafe (bulbo). A estimulação dessa região (substância cinzenta periaquedutal)
provoca uma forte analgesia, pois há uma ampla disposição dos chamados receptores
opióides. Em situações de estresse, os mecanismos de autoanalgesia funcionam como
uma defesa do organismo, produzindo opióides endógenos – as encefalinas que são
captadas por esses receptores. Todos os receptores opióides estão ligados através das
proteínas G à inibição da adenilato ciclase. Além disso, facilitam a abertura dos canais
de K+ (causando hiperpolarização) e inibem a abertura dos canais de Ca2+ (inibindo a
ação de transmissores).
Esboço:
O local básico de ação dos anestésicos locais é o canal de sódio, que são os próprios
receptores das moléculas de AL.
A ligação do AL com o canal é favorecida pelos potenciais de ação e por repetidas
despolarizações, sendo esse último fenômeno chamado de “uso-dependente” ou bloqueio
fásico ou bloqueio freqüência-dependente. Esse fenômeno refere-se ao fato de que quanto
mais estimulada é uma membrana, mais canais de sódio ficarão abertos e, portanto, mais AL
penetra nesses canais, impedindo sua reabertura numa próxima estimulação. A etidocaína, por
exemplo, bloqueia nervos motores antes dos sensitivos por causa desse fenômeno
anteriormente descrito. Seletivamente, os AL podem ligar-se aos canais inativados e, dessa
forma, estabilizá-los nessa configuração (fechados), mesmo na presença de um potencial de
ação. Nesse estado, os canais são impermeáveis ao sódio e, portanto, não há despolarização
da membrana.
O tálamo é um conjunto bem definido de vários núcleos de neurónios e forma uma parte
maior do diencéfalo. Suas ligações mais abundantes são, de longe, com o córtex. A
principal função do tálamo é servir de estação de reorganização dos estímulos vindos da
periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos de centros superiores. Todas
as fibras levam os impulsos até a corda espinhal; esta, conduz a informação até o
tálamo. Do tálamo a informação ascende para o córtex sensorial somático,
caracterizando e localizando a dor. Portanto, sem os núcleos talâmicos a informação de
dor não será assimilada pelo córtex.