Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Investigação Educacional
Docente: Professora Alda Pereira
Índice
Índice..............................................................................................................2
Introdução......................................................................................................4
Tipos de Entrevistas.......................................................................................5
Guião da Entrevista........................................................................................7
Análise de conteúdo.....................................................................................10
interpretação................................................................................................10
Considerações Finais....................................................................................11
Bibliografia................................................................................................... 12
2|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
3|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
Introdução
Segundo Morgan (1988, citado por Bogdan & Biklen 1994:134), uma entrevista
consiste numa conversa intencional, entre duas ou mais pessoas, dirigida por uma delas
e com o objectivo de obter informações sobre a(s) outra(s). Esta é uma das técnicas
utilizadas ao nível da investigação qualitativa, usada para recolher dados descritivos na
linguagem do próprio sujeito, possibilitando ao investigador ficar com uma percepção
sobre a forma como o sujeito interpreta determinado assunto/aspecto.
Ao longo deste trabalho pretendemos intentar a construção de um esquema
gráfico exemplificativo do planeamento desta importante ferramenta de investigação,
nomeadamente em contexto educacional. Deste modo, procuraremos elencar e
sistematizar procedimentos e atitudes a ter em conta ao longo das sucessivas fases de
planeamento, construção e aplicação do questionário. Cumpre salientar que a
organização da informação em quadros-síntese tem subjacente uma intenção prática:
permitir uma consulta rápida e eficaz que, por seu turno, possibilite a aferição de
procedimentos a ter em conta na realização de um inquérito por entrevista.
4|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
Objectivos
Objectivos quanto ao conteúdo
de uma entrevista
Averiguação de factos.
Determinar a opinião acerca de factos.
Determinar os sentimentos e os anseios das pessoas.
Determinar os planos de acção (a conduta que as pessoas tomam em
determinadas situações, ou ver qual a conduta actual ou passada. Ex. o que fez
Recolha da quando a sua mãe morreu?
Processo
informação de recolha deAdados:
Entrevista
Encontrar os motivos conscientes para a opinião (descobrir quais os factores
Transmissão de que levam as pessoas a ter essa opinião).
informação Verificar hipóteses.
Motivação Analisar o sentido que as pessoas dão à sua prática.
Analisar determinados problemas.
Reconstituir processos de acção ou experiências passadas.
Uma entrevista pode ser encarada enquanto teórica na preparação adequada do
método, porque procura atingir determinados trabalhos, fins.
Tipos de Entrevistas
Relação do tipo de
Tipos
entrevista com o
de Características Pontos fortes Pontos fracos
entrevista objectivo do
estudo
objectivo do
entrevista
estudo
Optimização
do tempo
Caracteriza-se pela existência de
disponível;
um guião previamente preparado
Tratamento
que serve de eixo orientador ao
mais sistemático
desenvolvimento da entrevista;
dos dados;
Procura garantir que os diversos
Semi- estruturada
Especialmente
participantes respondam às Requer uma boa
aconselhada para Verificação
mesmas questões; preparação por
entrevistas a
Não exige uma ordem rígida nas parte do Aprofundamento
grupos;
questões; entrevistador.
Permite
O desenvolvimento da entrevista
seleccionar
vai-se adaptando ao entrevistado;
temáticas para
Mantém-se um elevado grau de
aprofundamento;
flexibilidade na
Permite
exploração das questões.
introduzir novas
questões.
Entrevistador propõe um tema;
Permite ao
Desenvolve-se no fluir de uma
entrevistador ter
conversa;
uma boa Requer muito
As questões emergem do
percepção das tempo para obter
Não Estruturada
contexto imediato;
diferenças informação
Guião – Documento escrito com Aprofundamento
individuais e sistemática;
o objectivo e as linhas
mudanças; Depende bastante Exploração
orientadoras;
As questões das capacidades e
O entrevistador promove,
podem ser treino do
encoraja e orienta a participação do
individualizadas entrevistador
sujeito;
para melhor
Tomada de consciência dos
comunicação.
entrevistados.
6|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
Guião da Entrevista
O Guião da entrevista surge como um instrumento orientador utilizado para
recolher informações relevantes, na forma de texto, que, no caso das entrevistas semi-
estruturadas, não necessita obedecer a uma ordem rígida na sequência das questões,
permite uma grande flexibilidade no processo de exploração e permite uma constante
adaptação ao perfil do entrevistado.
7|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
• Seleccionar o(s) entrevistado(s): População de referência • Proceder à transcrição integral das respostas,
e construção da amostra; • Relembrar os objectivos e a natureza da entrevista; acompanhada do registo de pormenores como o modo
• Conhecer previamente o(s) entrevistado(s); • Explicar como vai proceder ao registo das respostas; como decorreu a entrevista, qual o comportamento não
• Especificar as variáveis que se pretende estudar; • Assegurar a formulação de questões que permitam o verbal do entrevistado;
• Definir uma lista de questões ou tópicos a serem registo de informações de âmbito geral sobre o • Efectuar várias leituras para conferir o rigor da
abordados na entrevista; entrevistado (nome, idade, profissão, cargos que transcrição;
• Considerar diferentes formatos de questões; desempenha,); • Fornecer as transcrições aos entrevistados, para que as
• Evitar questões que permitam respostas muito abertas e • Utilizar linguagem acessível ao entrevistado; mesmas sejam validadas;
plurissignificativas; • Conduzir a entrevista de maneira que o entrevistado se • Seleccionar para análise apenas a informação que está
• Adquirir material de apoio de qualidade (gravador, etc.); sinta à vontade; directamente relacionado com os objectivos do estudo;
• Preparar o local onde se realizará a entrevista; • Obter e manter a confiança; • Interpretar dos dados obtidos;
• Verificar/assegurar a disponibilidade dos entrevistados • Evitar influenciar as respostas do entrevistado; • Analisar as reflexões, conexões e interacções entre os
para a realização da entrevista; • Não se deixar influenciar pelas suas próprias dados obtidos;
• predisposições, as suas opiniões ou curiosidades;
Informar os entrevistados sobre a duração prevista, o
• Evitar afastar-se do formato e do guião da entrevista;
• Discutir dos dados com base na teoria;
motivo da sua selecção, o objectivo da entrevista e a • Ser objectivo na interpretação e construção de categorias;
importância do seu contributo; • Motivar o entrevistado a responder;
• Evitar a tendência natural de tentar extrair do material
• Garantir a confidencialidade da identidade e respostas do • Impedir, gentilmente, as divagações do entrevistado;
empírico elementos que confirmem as suas hipóteses de
entrevistado • Gerir o tempo da entrevista de maneira a que o tempo trabalho e/ou os pressupostos das suas teorias de
• Fazer uma leitura de estudos precedentes e uma previamente acordado não se prolongue; referência:
cuidadosa revisão bibliográfica; • Enquadrar as perguntas delicadas;
• Saber escutar;
• Usar software para análise de dados qualitativos (muito
• Interiorizar o roteiro da entrevista (fazer uma entrevista
útil)
piloto com o roteiro é fundamental para evitar falhas no
momento da realização das entrevistas); • Análisar de conteúdo: analisar o que contém para lá do
que se vê;
8|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
• O entrevistador deverá assegurar que sabe: • Contexto (local, condições, privacidade) • Descritivas – Quando um estudo se destina
• Como apresentar-se; • Entrevistado (capacidades cognitivas e principalmente a descrever algo que existe ou
• Como iniciar a entrevista de maneira a afectivas, mnésicas e imaginativas e de acontece;
colocar o entrevistado à vontade; expressão oral; estatuto e papel desempenhado;
• Como utilizar questões com processos preocupações e interesses; compreensão do • Relacionais – Quando o estudo visa relacionar
não lineares, resposta-chave e outros; tema) duas ou mais variáveis;
• Como registar as respostas e, se • Entrevistador (Competência técnica e prática;
necessário, como codificá-las; formação ética; apresentação física e empatia • Causais – Quando um estudo visa determinar se
• Mostrar segurança e auto-confiança. pessoal; delicadeza e atenciosidade; cultura, uma ou mais variáveis causa afectam uma ou
habilitações, experiência e papel; domínio do mais variáveis de desfecho.
tema)
• Linguagem utilizada (intensidade e acentuação;
expressão verbal e não-verbal; acessível,
motivadora e adaptada à circunstância).
9|Página
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
Análise de conteúdo
10 | P á g i n a
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
Considerações Finais
11 | P á g i n a
Processo de recolha de dados: A Entrevista Maio de 2010
Bibliografia
Bardin (2004). Análise de Conteúdo. 3ª Ed. Lisboa: Edições 70.
Bogdan, R.; Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora.
Denscombe, M. (1998). The Good Research Guide for small-scale social research projects.
Philadelphia: Open University press.
Morgan, D.L. (1988). Focus groups as qualitative research. Newbury Park: Sage.
Pardal, L.; Correia, E. (1995). Métodos e Técnicas de Investigação Social. Porto: Areal Editores.
Quivy, R.; Campenhoudt, L.V. (2008). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa:
Gradiva.
12 | P á g i n a