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O Calvinismo segundo Entendo

Calvinistas estão entre as tradições religiosas mais mal compreendidas da história da


Igreja. Sei perfeitamente que alguns deles fizeram por merecer. Há calvinistas que
defendem suas convicções sem caridade, gentileza e sensibilidade para com quem
diverge. Outros, não conseguem ouvir quem não seja calvinista. Não considero essas
atitudes como intrínsecas ao calvinismo. As pessoas são assim porque lhes faltam
domínio próprio e humildade, e não porque são calvinistas. Não há nada no calvinismo
que exija que calvinistas sejam rudes, intransigentes, mal educados, excessivamente
críticos e arrogantes.

Boa parte das acusações que têm sido feitas aos calvinistas, além de serem
generalizações injustas, parecem proceder de uma falta de conhecimento adequado do
que os calvinistas realmente acreditam. Como não falo por todos, vou dizer o que eu
penso sobre alguns desses pontos mais polêmicos.

Para começar, o calvinismo não é um bloco monolítico. Há várias correntes dentro dele.
Todas se vêem como legítimas herdeiras do legado de João Calvino, desde
presbiterianos liberais até puritanos modernos. Considero-me um calvinista dentro da
tradição teológica que elaborou e até hoje mantém a Confissão de Fé de Westminster,
muito similar às demais confissões reformadas dos batistas, congregacionais, episcopais
e reformados.

1 – Creio que Deus predestinou tudo o que acontece, mas não sou determinista. O Deus
que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, que traçou seus planos
infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas. Ele não é uma
força impessoal, como o destino. Não creio que os atos da vontade e da liberdade
humanas sejam mera ilusão e que nossa sensação de liberdade ao cometê-los seja uma
farsa, como o determinismo sugere. Eu acredito que as nossas decisões e escolhas são
bem reais e que fazem a diferença. Elas não são uma brincadeira de mau gosto da parte
de Deus. Os hipercalvinistas são deterministas quando negam a responsabilidade
humana ou pregam a passividade dos cristãos diante de um futuro inexorável. Por
desconhecer essa distinção, muitos pensam que todos os calvinistas são deterministas e
que eles vêem o homem como um mero autômato.

2 – Creio que Deus é absolutamente soberano e onisciente sem que isso, contudo, anule
a responsabilidade do homem diante dele. Para mim, isso é um mistério sem solução
debaixo do sol. Não sei como Deus consegue ser soberano sem que a vontade de suas
criaturas seja violentada. Apesar disto, convivo diariamente com essas duas verdades,
pois vejo que estão reveladas lado a lado nas Escrituras, às vezes num mesmo capítulo e
até num mesmo versículo! (Ex: Atos 2:23).

3 – Encaro a relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana como


sendo parte dos mistérios acerca do ser Deus, como a doutrina da Trindade e das duas
naturezas de Cristo. A soberania de Deus e a responsabilidade humana têm que ser
mantidas juntas num só corpo, sem mistura, sem confusão, sem fusão e sem diminuição
de ambas.
4 – Creio que Deus predestinou desde a eternidade aqueles que irão se salvar e, ao
mesmo tempo, oro pelos perdidos, evangelizo e contribuo para a obra missionária.
Grandes missionários da história das missões eram calvinistas convictos. Calvinistas
pregam sermões evangelísticos e instam para que os pecadores se arrependam e creiam.
Se quiserem um bom exemplo, leiam O Spurgeon que Foi Esquecido, de Iain Murray,
publicado pela PES. Nunca as minhas convicções sobre a predestinação me impediram
de ir de porta em porta, oferecendo o Evangelho de Cristo a todos, sem exceção. Após
minha conversão, e já calvinista, trabalhei como evangelista e plantador de igrejas
durante vários anos, em Pernambuco.

5 – Creio que Deus já sabe, mas oro assim mesmo. Sei que ele ouve e responde, e que
minhas orações fazem a diferença. Contudo, sei que ao final, através de minhas orações,
Deus terá realizado toda a sua vontade. Não sei como ele faz isso. Mas, não me
incomoda nem um pouco. Não creio que minha oração seja um movimento ilusório no
tabuleiro da predestinação divina.

6 – Não creio que Deus predestinou todos para a salvação. Da mesma forma, não creio
que ele foi injusto nem fez acepção de pessoas para com aqueles que não foram eleitos.
Não creio que Deus tenha predestinado inocentes ao inferno, pois não há inocentes entre
os membros da raça humana. E nem que ele tenha deixado de conceder sua graça a
pessoas que mereciam recebê-la, pois igualmente não há pessoa alguma que mereça
qualquer coisa de Deus, a não ser a justa condenação por seus pecados. Deus
predestinou para a salvação pecadores perdidos, merecedores do inferno. Ao deixar de
predestinar alguns, ele não cometeu injustiça alguma, no meu entender, pois não tinha
qualquer obrigação moral, legal ou emocional de lhes oferecer qualquer coisa. Penso
assim pois entendo que a Queda de Adão veio antes da predestinação na seqüência
lógica (não na seqüência histórica) em que Deus elaborou o plano da salvação.

7 – Creio que Deus sabe o futuro, não porque previu o que ia acontecer, mas porque já
determinou tudo que acontecerá. Por isso, entendo que a presciência de que a Bíblia fala
é decorrente da predestinação, e não o contrário. Quem nega a predestinação e insiste
somente na presciência de Deus com o alvo de proteger a liberdade do homem tem
muitos problemas. Quem criou o que Deus previu? E, se Deus conhece antecipadamente
a decisão livre que um homem vai tomar no futuro, então ela não é mais uma decisão
livre. Nesse ponto, reconheço a coerência dos socinianos e dos teólogos relacionais, que
sentiram a necessidade de negar não somente a soberania, mas também a presciência de
Deus, para poderem afirmar a plena liberdade humana.

8 – Creio que apesar de ter decretado tudo que existe desde a eternidade, Deus
acompanha a execução de seus planos dentro do tempo, e se comunica conosco nessa
condição. Quando a Bíblia fala de um jeito que parece que Deus nem conhece o futuro e
que muda de idéia o tempo todo, é Deus falando como se estivesse dentro do tempo e
acompanhando em seqüência, ao nosso lado, os acontecimentos. É a única maneira pela
qual ele pode se fazer compreensível a nós. Quem melhor explica isso é John Frame, no
livro Nenhum Outro Deus, lançado pela Editora Cultura Cristã. Minha esposa teve o
privilégio de traduzir e eu de prefaciar essa obra, a primeira em português a combater a
teologia relacional.

9 – Creio que Deus é soberano e bom, mas não tenho respostas lógicas e racionais para
a contradição que parece haver entre um Deus soberano e bom que governa totalmente o
universo, por um lado, e por outro, e a presença do mal nesse universo. Diante da
perversidade e dos horrores desse mundo, alguns dizem que Deus é soberano mas não é
bom, pois permite tudo isto. Outros, que ele é bom mas não é soberano, pois não
consegue impedir tais coisas. Para mim, a Bíblia diz claramente que Deus não somente
é soberano e bom – mas que ele é santo e odeia o mal. Ao mesmo tempo, a Bíblia
reconhece a presença do mal do mundo e a realidade da dor e do sofrimento que esse
mal traz. Ainda assim, não oferece qualquer explicação sobre como essas duas
realidades podem existir ao mesmo tempo. Simplesmente pede que as recebamos,
creiamos nelas e que vivamos na cereteza de que um dia ele haverá de extinguir
completamente o mal e seus efeitos nesse mundo.

10 – Estou convencido que o calvinismo é o sistema doutrinário mais próximo daquele


ensinado na Bíblia, ao mesmo tempo em que confesso que ele não tem todas as
respostas. Todavia, estou convencido que os demais sistemas têm menos respostas
ainda. Leio autores das mais diferentes persuasões teológicas. Às vezes tenho sido mais
desafiado e tenho aprendido mais com livros de outras tradições. Não deixo de ouvir
alguém somente porque não é calvinista. Há calvinistas que não são assim. Contudo, é
uma injustiça acusar a todos de estreiteza, sectarismo, obscurantismo e preconceito.

Espero ter deixado claro que um calvinista, para mim, é basicamente um cristão que tem
a coragem de aceitar as coisas que a Bíblia diz sobre a relação entre Deus e o homem e
reconhecer que não tem explicações lógicas para elas. Para muitos, esse retrato é de
alguém teologicamente fraco e no mínimo confuso. Mas, na verdade, é o retrato de
quem deseja calar onde a Bíblia se cala.

=================
[Este post é uma versão atualizada de "[Mais de] Cinco Pontos do [Meu] Calvinismo,"
postado aqui no blog em fevereiro de 2006 pela primeira vez. Achei que seria relevante
republicá-lo diante da discussão entre os nossos comentaristas sobre calvinismo. Antes
que perguntem: não, não mudei em absolutamente nada de lá para cá, continuo o
calvinista de sempre...]
Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

117 Comentários
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Asp. Arthur Corrêa disse...

Este artigo é ótimo Dr. Augustus !

Li o de 2006 e imprimi, deixo sempre ao meu alcance, de preferência dentro da


Bíblia, além daquele outro: "10 motivos pelos quais pastores conservadores
costumam ter igreja pequena."
Espero ir à Alto Jequitibá dia 26/06 para ver sua palestra.

Forte Abraço !

PAZ!

P.S.: Duvidinha idiota: o sr. é infra ou supralapsariano ?

4/6/10 16:44

Ricardo Mamedes disse...

Caro Reverendo Nicodemus,

Confesso que não havia lido esse seu post antes. E lendo-o agora consegui me
ver nos seus argumentos. Achei o texto muito, mas muito bom mesmo.

Uma das coisas que mais apreciei foi a sua coragem em reconhecer que "não
tem explicação para o determinismo de Deus em consonância com a
responsabilidade humana". Como Deus faz isso? "Não sei" é uma resposta que
considero espetacular. Explico: não sou calvinista há tanto tempo, mas quando
me deparei com as doutrinas da graça reveladas por Romanos 9, subitamente
enxerguei o Deus soberano em que hoje creio. E foi ao mesmo tempo belo e
trágico. Eu quis essas mesmas respostas e não consegui tê-las, então vi-me às
portas da loucura, tentando entender esse Deus grandioso.

Romanos 9 novamente me ensinou. Depois de muito sofrimento resolvi "aceitar"


esse Deus insondável. E então entendi que o meu "cacife" era muito pequeno
para discutir com Ele. Melhor seria aceitá-lo em toda a sua grandiosidade. E
assim fiz.

Tenho amigos que entendem à perfeição a questão do determinismo com


responsabilidade humana, colocando na vontade do homem a explicação.
Filosoficamente conseguiram resolver essa equação. Devo ser bem mais tolo do
que eles, pois eu não somente não compreendo as suas argumentações, como
também acho-as incongruentes. Por isso a minha admiração pela sua
"confissão".

Os mesmos amigos também encontram em Agostinho e na sua metafísica a


explicação para a origem do mal, que eu igualmente não consigo apreender,
malgrado ter me debruçado incansavelmente sobre a questão. A equação sempre
repousará, ao final, na vontade determinante de Deus, ainda que o mal possa ser
considerado como não-ser. Deus não é o autor do mal, mas "fez o profeta pecar,
e ainda assim o responsabilizou". Não é o autor do mal, mas responsabilizou
Davi com relação ao censo, mesmo que tenha sido Ele a levá-lo à ação, usando o
diabo para a consecução do seu fim. Não é o autor do mal, mas endureceu o
coração de faraó... e por aí vai.

Eu enxergo nos meus amigos (ainda que considerando o seu brilhantismo) uma
certa arrogância intelectual, ao compreenderem além do compreensível, quase
que exaurindo o Eterno (mesmo com a sua peremptória negativa). Eu penso que
os chamados paradoxos de Deus existem porque efetivamente os seus
pensamentos "são mais altos do que os nossos".

Por esses motivos é que apreciei tanto este texto. Desde já me desculpo pelo
tamanho do comentário.

Grande abraço!

Ricardo.

4/6/10 17:00

André Scordamaglio disse...

Rev.,

Só tentando entender sua posição. o sr. enxerga uma diferença entre


"determinar" e "decretar"? Pois pareceu que, no ponto 7 e 8, há uma contradição
do que está explicado no ponto 1.

Obrigado e fica com Deus

4/6/10 17:10

Danilo Neves disse...

A incompreensão do calvinismo tem a sua origem não no sistema em si, mas, na


minha opinião, numa falta de entendimento bíblico sobre o ser de Deus, sobre os
seus atributos, sobre quem Ele é à luz do que nos foi revelado nas Escrituras
(Teontologia).

Todo cristão deveria ler "Os Atributos de Deus", de A. W. Pink, e "O


Conhecimento de Deus", de J. I. Packer, seja ele arminiano ou calvinista.

A Incompreensão do Calvinismo segundo Entendo é uma imcompreensão de


quem Deus é, conforme o que Ele nos revelou na Bíblia.

Excelente repostagem, irmão.

4/6/10 17:10

Anônimo disse...
Muito bom o artigo. Acredito que será útil para muitos que desconhecem o real
conteúdo e significado do termo "calvinismo". Obrigado por postar este e outros
textos bons.

4/6/10 17:17

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Arthur,

Nos veremos em Alto Jequitibá, se Deus permitir. Sobre minha posição, sou
infralapsariano. Mas sempre procuro me lembrar de que quando discutimos este
assunto estamos tentando entrar nos mistérios de Deus, e que estas posições
refletem nossa tentativa de entender o que se passa na incomensurável vontade
divina. Temos de tirar as sandálias aqui, pois este terreno é santo.

Abs.

4/6/10 17:36

Augustus Nicodemus Lopes disse...

André,

Não faço distinção nenhuma entre determinar e decretar. Para mim, são
sinônimos.

Abs.

4/6/10 17:36

Marcos disse...

Ufa. Ao menos, até agora, o Paulo Brabo não deu as caras para parafrasear
novamente seu artigo!
Pastor, é realmente incrível esse aparente paradoxo entre os decretos de Deus e a
responsabilidade humana. O que me ajudou muito a não-solucionar essa
questão, mas encará-la da forma como é, foi realmente o poder de
convencimento das Escrituras, que "leva cativo todo pensamento para torná-lo
obediente a Cristo". A idéia de livre-arbítrio mostrou-se perigosa e claramente
falsa após ler João 6 e Romanos 8 e 9 (dentre outros!), bem como a idéia de um
Deus que não intervém esvai-se só de pensar que a maior intervenção divina que
já ocorreu foi a vinda do próprio Deus para nos salvar. Também, um Deus que
não decretou tudo o que ocorre não é compatível com as várias afirmações da
Bíblia falando de obras de Deus "antes da fundação do mundo".
Acho que a maior dificuldade em aceitar o calvinismo está na dificuldade em se
compreender e aceitar a suficiência, inerrância e infalibilidade da Bíblia.
Inclusive, gostaria de perguntar que livro sobre este assunto o sr. poderia me
indicar?
Mas há algo que realmente me incomoda quando penso nos empecilhos à
aceitação do calvinismo: ironicamente, muitos de nós, calvinistas, acabamos nos
tornando orgulhosos de termos descoberto estas verdades, e nos tornamos
arrogantes e desagradáveis em nossos debates acerca destas questões. Logo
quem acredita nas doutrinas que mais humilham o homem! Achava que era só
comigo, mas muitos amigos calvinistas relatam o mesmo comportamento (bom
que podemos vigiar uns pelos outros, hehe!) Acho que o pior é que esquecemos
de 1 Coríntios 4: "Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não
tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras
recebido?"
Forte abraço!

4/6/10 18:09

Jorge Fernandes Isah disse...

Pr. Nicodemus,

apenas para eu entender: o irmão não considera nenhuma forma de


determinismo como calvinismo? Não seria o compatibilismo uma forma de
determinismo, ainda que suave? E o Calvinismo, seja qual for a corrente, não é,
em algum aspecto, determinista? O irmão não estaria confundindo determinismo
com fatalismo, o qual é impessoal e aleatório? Sem o propósito sábio, perfeito e
santo estabelecido pelo Deus bíblico, sábio, perfeito e santo, como o
determinismo proclama? E, para terminar, deterministas, ao seu ver, não são
Calvinistas? Portanto, não são bíblicos?

Acho que da mesma forma que o Calvinismo é mal compreendido pelos cristãos,
o determinismo bíblico é igualmente incompreendido pela maioria dos
calvinistas.

Cristo o abençoe!

Abraços!

PS: Um erro é afirmar que os deterministas negam a responsabilidade humana.


A responsabilidade não se baseia na liberdade do homem, a qual o tornaria livre
de Deus, no conceito compatibilista. O determinismo baseia a responsabilidade
humana na autoridade divina, capaz de exigir de qualquer uma de suas criaturas
prestação de contas, quer sejam livres ou não.

4/6/10 18:58
Augustus Nicodemus Lopes disse...

Jorge,

O problema é de conceituação. O que é determinismo, compatibilismo,


fatalismo? Vai depender de quem o conceitua. Estes termos não são definidos de
maneira unânime por todos. Portanto, é melhor tratar do assunto definindo os
termos, em vez de usá-los como se todos os entendessem da mesma forma.

No meu entendimento, qualquer conceito da soberania de Deus que anule a


responsabilidade humana não é calvinismo. E o que é pior, não é nem bíblico -
seja qual for o nome que tenha.

As definições da Confissão de Fé de Westminster para mim resumem muito bem


o ensino bíblico, e me satisfaço com elas:

"Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua
própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém
de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da
criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes
estabelecidas." (III, 1).

"A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, de tal


maneira se manifestam na sua providência, que esta se estende até a primeira
queda e a todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não por uma
mera permissão, mas por uma permissão tal que, para os seus próprios e santos
desígnios, sábia e poderosamente os limita, e regula e governa em uma múltipla
dispensação. Mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas
transgressões procede tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo
santíssimo e justíssimo, não pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo."
(V, 4).

4/6/10 20:55

Oliveira disse...

Caro Reverendo

Parabéns pela coragem em publicar e republicar tal reflexão.

Minha admiração se multiplica e penso comigo que vai sim valer a pena tomar
um cálice de vinho na eternidade com o senhor.

No item 1 eu faria algumas alterações.

Abaixo as "adaptações" que eu faria no seu texto, não para corrigí-lo, mas para
expressar o meu pensamento e depois algumas divagações diversas.
"1 - Creio que Deus predestinou tudo o que acontece, mas não sou
FATALISTA. O Deus que determinou todas as coisas... ... Não creio que os atos
da vontade e da liberdade humanas sejam mera ilusão e que nossa sensação de
liberdade ao cometê-los seja uma farsa, como o FATALISMO sugere. Eu
acredito que... ... Os hipercalvinistas ESTÃO ERRADOS quando negam a
responsabilidade humana... Por desconhecer essa distinção, muitos pensam que
todos os calvinistas são FATALISTAS e que eles vêem o homem como um
mero autômato."

Agora as divagações:

1. Faço as adaptações respeitosamente para identificar como eu penso (no


momento).

2 Gostei de uma reposta sua que disse que depende de como se conceitua então
para mim:

- FATALISMO é a predestinação impessoal por uma força do destino.


Totalmente antibíblico.

- DETERMINISMO BÍBLICO é a predestinação feita por um Deus pessoal


santo justo e soberano. Plenamente bíblico no meu entendimento. Os
deterministas bíblicos não são hipercalvinistas (mas são criticados como se o
fossem). A sua primeira frase é digna de um determinista bíblico, a saber: "Creio
que Deus predestinou tudo o que acontece...".

- HIPERCALVINISMO são aqueles que baseados no determinismo bíblico vão


além dele, negando a responsabilidade humana, e apregoando a desnecessidade e
importância do agir humano (para evangelização por exemplo). Eles parecem
que não acreditam na predestinação dos meios, mas somente na predestinação
dos fins.

3. Nunca conheci nem li um texto de um hipercalvinista, acho até que é uma


categoria acadêmica de uma lógica de se ver as coisas;

4. Neste sentido creio que Vincent Cheung não é um hipercalvinista (nem


mesmo herege com alguém disse), mas sim um calvinista determinista bíblico;

5. No restante do que escreves eu concordo com tudo exceto a parte que fala do
infra e do supralapsarianismo. Nunca li muito a respeito, então não sei como
responderia esta parte.

Grande abraço, meu caro.

Que Deus te dê ainda muitos anos de lucidez, e sabedoria para nos orientar e
seres a liderança que és.

Que a fama de Deus aumente cada vez mais através da tua vida, em outras
palavras, Louvado seja Deus pela tua vida.
4/6/10 22:21

Anônimo disse...

E ponto final!

4/6/10 23:46

Anônimo disse...

Reverendo,
Pelo que entendí, o senhor crer que a queda de Adão foi antes da predestinação.
Eu nunca parei para pensar sobre quem veio primeiro, mas eu ví recentemente
um vídeo do John Piper dizendo que o pecado era plano de Deus, e que a cruz já
estava predestinada. O que o senhor acha desta posição?
Diogo.

5/6/10 01:11

Armando Marcos disse...

Oi Pastor Nicodemos: realmente, muito bom esse texto! Realmente para mim é
um alivio ler essa reflexão, e constatar que não há necessidade de ser calvinista e
saber e entender cada lógica e cada pressuposto para pura e simplesmente
rebater algum argumento ou ser um sabe-tudo, indo além do que a Bíblia
permite ( eu recentemente acabei de ler as Institutas, e reparei que Calvino
tambem fazia assim)
Queria aproveitar esse espaço ( sei que não é o mais adequado: se quiser, nem
precisa publicar esse comnetário, se achar isso inconveniente) e convidar ao
senhor e outros membros do blog e leitores para conhecerem o site que
desenvolvi, o Projeto Spurgeon ( http://www.projetospurgeon.com.br/ ). Um site
onde estamos organizando textos, sermões e devocionais de Spurgeon, e
tambem promovendo a tradução de novos sermões para o português. os escritos
de Spurgeon tem sido uma benção na minha vida, e entender melhor sobre a
eleição e soberania com a responsabilidade humana e evangelização
Desde já agradeço a visita
Armando Marcos

5/6/10 06:11

Anônimo disse...

"Mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas transgressões procede


tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não
pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo"

Vicent Cheung está dizendo, em Cativoa da Razão, que Deus é o autor do


pecado. Ele está sendo lido por muitos pastores presbiterianos que se dizem
calvinistas.

5/6/10 08:00

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Diogo,

"Pelo que entendí, o senhor crer que a queda de Adão foi antes da
predestinação."

Sim, esta é a posição infralapsariana (a predestinação veio logicamente "após a


queda"). Note bem: esta é a seqüência lógica dos decretos de Deus e não
histórica. E lembre de novo: é apenas uma tentativa humanda de entender os
mistérios de Deus.

Não conheço a posição de Piper sobre isto, mas podemos perguntar diretamente
a ele: ano que vem, em outubro de 2011, ele estará no Encontro da Fiel e depois
no Mackenzie.

Abs.

5/6/10 08:57

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Oliveira,

Caramba, seus comentários são ótimos, mas extensos demais - não dou conta de
responder a tudo! Como bom calvinista, você deveria lembrar que Calvino
considerava a brevidade como uma das grandes virtudes (e entre as mais raras...)

Bom, sobre suas definições de fatalismo, determinismo e hipercalvinismo, tudo


OK.

Sobre Cheung, respondo a você e aos demais que têm mencionado o nome dele
aqui - nunca li nada de Cheung, e no momento, não estou interessado. Portanto,
não terei como interagir com os que fizeram comentários aqui sobre ele.

Grande abraço e obrigado pelas boas palavras de encorajamento.

5/6/10 08:57
Augustus Nicodemus Lopes disse...

Sandoval,

"Gostaria de pedir que o senhor indique um bom livro sobre Cristologia. Um que
seja de linha reformada e ortodoxa."

Bom, indico os livros de Dr. Heber Campos - são uns quatro volumes sobre
Cristo, sua pessoa e obra, publicados pela Cultura Cristã. São obras consistentes,
densas mas fáceis de ler, e bem homiléticas. Valem o preço alto.

Abs.

5/6/10 08:58

Oliveira disse...

Me desculpe!
Não consigo escrever pouco.
Motivo pelo qual não tenho "twitter".
É uma falha que eu tenho.
Grave!
Vou calar... na multidão de palavras está a tolice.

5/6/10 10:05

Esli Soares disse...

Rev.Augusto...

Para ser curto (virtude apreciada!), parabéns, ótimo texto. E como disse o
Ricardo Manedes, parabéns pela sua coragem, não de dizer (só) o que crê ou que
sabe, mas por reconhecer o que não sabe!

Talvez o grande defeito dos calvinista (nos quais eu me incluo), seja exatamente
a vontade de responder tudo, até aquilo que não lhes é perguntado.

Citando meu pai: não vá o sapateiro além do sapato.

Para o amigo pensador... somos porta-voz e não advogados de Deus.

Na paz.
Esli Soareds
5/6/10 10:42

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Oliveira,

Não faça isto! Não precisa calar. Uma dica: após escrever, revise tudo se
perguntando o que realmente pode ser deixado de fora e que não fará a menor
diferença no seu argumento!!!

Abs.

5/6/10 11:10

Comentário excluído

Esta postagem foi removida pelo autor.

5/6/10 11:28

Comentário excluído

Esta postagem foi removida pelo autor.

5/6/10 12:18

Ricardo Mamedes disse...

Caro Reverendo Nicodemus,

Eu gostaria que uma parte do texto fosse clareada pelo senhor:

"Creio que Deus predestinou tudo o que acontece, mas não sou determinista. O
Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, que traçou
seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas
criaturas. Ele não é uma força impessoal, como o destino."

E ainda diz:

"Creio que Deus sabe o futuro, não porque previu o que ia acontecer, mas
porque já determinou tudo que acontecerá."

A pergunta: O senhor não é determinista, mas reconhece que Deus "determinou


tudo". Embora sendo um Deus pessoal e que se relaciona com os seus filhos, Ele
determinou tudo, segundo as suas palavras. Afinal, o senhor acredita que Deus
determinou tudo na eternidade, mesmo remanescendo ao homem a sua
responsabilidade, ou não?
A pergunta se deve porque parece haver uma incoerência, ou paradoxo (não em
Deus, mas nas suas afirmações aparentemente conflitantes).

Ricardo

5/6/10 12:31

Paulo Brasil - Atraves das Escrituras disse...

Rev,

Excelente texto.

Claro, bíblico e conciso.

Que o Altíssimo seja louvado,

Em Cristo.

5/6/10 12:49

Internautas Cristãos disse...

Rev. Nicodemus,

Infelizmente, neste post em particular, tenho que discordar de muita coisa.

Sou determinista bíblico e creio que não há mistérios nem contradições nas
doutrinas bíblicas (Trindade, encarnação do Verbo, e relação soberania divina X
responsabilidade humana).

Porém, não cabem aqui meus argumentos, apenas meu posicionamento e uma
recomendação a todos que se interessam pela questão: ler as obras de Vincent
Cheung.

Recomendo este autor por ser extremamente claro, bíblico e lógico, e por tratar
com profundidade estes e outros assuntos. Os livros e artigos podem ser
encontrados em:

Cheung.com.br
Monergismo.com

Em Cristo,
Tiago Vieira
INTERNAUTAS CRISTÃOS
www.internautascristaos.com.br

5/6/10 13:03

Geraldo Henrique dos Santos Melo disse...

Estou emocionado!!! Belas e verdadeiras palavras!!! Este é o verdadeiro


evangelho da graça!!! Aquece o coração!!! Glórias sejam dadas a Deus!!!

Henrique - IRBMaceió.

5/6/10 13:17

Dinho disse...

Eu queria saber aonde baixei o nivel do comentario que te mandei Augustus. E o


irmão não publicou.

Até entedi o pq do irmão não ter publicado o comnetario anterior, mas esse pq?

Fica com Deus

5/6/10 14:05

tania cassiano disse...

Rev.
"Só sei que nada sei, mas desconfio de muita coisa", sempre pensei,cá com meus
botões, são tantas "contradições", na Palavra, que só pode ser tudo Verdade.
Tomei a liberdade de cópiar o texto
para sempre me "lembrar" e divulgar.
Deus o abençoe.

5/6/10 16:08

Johnnathan disse...

Rev.: Augustus,
Creio que a responsabilidade humana não se baseia em ser livre e, sim, porque
Deus como Soberano requer isso do Homem.
Eu não nego que temos escolhas, mas elas não são livres.
Eu tenho consciência que eu devo tomar decisões em todos os dias da minha
vida.
Mas, eu não fico pensando o que Deus predestinou para mim, só vou saber
quando tomar a decisão e agir.
Eu creio que Deus decreta tudo até mesmo o mal.
Deus é sábio e tem propósitos para tudo.
5/6/10 17:07

Anônimo disse...

Amigos,

Eu também nunca senti atração pelos escritos de Cheung. Já tentei ler mas acho
ele chato, desculpem-me. Mas quem sabe um dia...tô achando difícil é encontrar
tempo. Abração, Rev. Augustus Nicodemus.

Emerson Costantini

cost4ntini.wordpress.com/

5/6/10 18:48

Eduardo Medeiros disse...

Prezado Nicodemos.

Dizer: "Não sei explicar como Deus faz para resolver isso" é uma arte que
poucos calvinistas possuem.

Mas colocar a predestinação pós-queda não é um maneira de "livrar" Deus de ter


predestinado a queda e consequentemente tudo o que veio à reboque?

O Sr. disse que Deus predestinou desde a eternidade. Isto não engloba a queda?

Nisso os ultra-calvinistas conseguem resolver os paradoxos dos calvinistas.

O Sr. não acredita que Paulo tende mais ao ultra-calvinismo (claro, não levando
em conta o anacronismo) quando diz que o vaso não tem do que reclamar se foi
feito para a desonra?

Abraços

5/6/10 20:48

FSAN disse...

Como determinista e supralapsariano, recomendo a todos a leitura do livro "A


Soberania Banida", de R. K. McGregor Wright, publicado pela Editora Cultura
Cristã.

É um dos melhores livros em português sobre o assunto, e foi traduzido por um


excelente supralapsariano (e, creio, determinista): Dr. Heber Carlos de
Campos. :)
Um abraço,
Felipe Sabino

5/6/10 23:03

FSAN disse...

Caro Rev. Augustus,

Essa frase ficou estranha: "O Deus que determinou todas as coisas é um Deus
pessoal, inteligente, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a
responsabilidade moral de suas criaturas".

Deus levou em conta a responsabilidade moral das suas criaturas quando ele
traçou seus planos?

O plano de Deus não é eterno? Como Deus levou em conta a responsabilidade


das suas criaturas ao traçá-lo?

O plano de Deus não é soberano e livre? Como ele é então dependente da sua
criação?

O plano de Deus não foi baseado em nada fora dele mesmo. A frase ficou
similar à afirmação arminiana que Deus elegeu "levando em conta a" fé "de suas
criaturas".

Um abraço,
Felipe Sabino

6/6/10 01:21

Anônimo disse...

Um colega acima escreveu:

"Sou determinista bíblico e creio que não há mistérios nem contradições nas
doutrinas bíblicas (Trindade, encarnação do Verbo, e relação soberania divina X
responsabilidade humana)."

Puxa, vou queimar todas as obras de Agostinho, Calvino e Edwards que tenho!

Todos os mistérios resolvidos!

Ufa!

Chegamos ao fim da história!

Goel

6/6/10 09:06
Anônimo disse...

Tudo se resume a isto:


O pouco que sei foi revelado com clareza. É fácil compreender e difícil de
praticar.

Quanto a tudo o mais que tem gerado posições opostas entre pessoas mais
inteligentes, devo reconhecer minha ignorância.

Quando sou tentado a saber tudo, logo me lembro da possibilidade de estar


sendo tentado pelo diabo.

6/6/10 14:15

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Internautas Cristãos,

Nunca afirmei que há contradições nas doutrinas bíblicas.

Releia meus posts e comentários. O que eu defendo é que existem mistérios na


Bíblia. Entre eles, a doutrina da Trindade, das duas naturezas de Cristo, da
relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade do homem. Para mim, as
contradições são aparentes - elas parecem ser uma contradição, mas em
realidade não o são, são apenas o resultado de uma lógica que está acima da
nossa, que é a divina.

Lamento muito sua postura de dizer que não há mistérios quanto à pessoa de
Deus e sua obra, contrariando assim todos os grandes teólogos e pensadores
cristãos na história. E o que é mais sério, contrariando o próprio Paulo, quando
em sua doxologia exclama "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como
do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos!" (Rm 11:33). Se o próprio amor de Cristo, que
nos foi revelado, excede todo entendimento (Ef 3.19) quanto mais seus desígnios
eternos!

"Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do


Todo-Poderoso?" Jó 11.7.

Abs.

6/6/10 19:26

Augustus Nicodemus Lopes disse...


Johnnathan,

Eu respondo com a Confissão De Féde Westminster:

"Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo

conselho da sua própria vontade, ordenou livre e

inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que

nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da

criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das

causas secundárias, antes estabelecidas." (III, 1).

"A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita

bondade de Deus, de tal maneira se manifestam na sua

providência, que esta se estende até a primeira queda e a

todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não

por uma mera permissão, mas por uma permissão tal que, para

os seus próprios e santos desígnios, sábia e poderosamente

os limita, e regula e governa em uma múltipla dispensação.

Mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas

transgressões procede tão somente da criatura e não de

Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o

autor do pecado nem pode aprová-lo." (V, 4).

Abs.

6/6/10 19:27

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Eduardo,

"Mas colocar a predestinação pós-queda não é um maneira de 'livrar' Deus de ter


predestinado a queda e consequentemente tudo o que veio à reboque?"

Não. É uma tentativa de entender porque a Bíblia atribui a condenação do


pecador aos próprios pecados deles como causa maior.

"O Sr. disse que Deus predestinou desde a eternidade. Isto não engloba a
queda?"

Sem dúvida. Nunca neguei isto. O que estamos discutindo é a seqüência lógica
em que ele decretou todas as coisas.

"Nisso os ultra-calvinistas conseguem resolver os paradoxos dos calvinistas."

rsrsrsrs eles tentam...

"O Sr. não acredita que Paulo tende mais ao ultra-calvinismo (claro, não levando
em conta o anacronismo) quando diz que o vaso não tem do que reclamar se foi
feito para a desonra?"

Não. Pois o próprio Paulo declara na mesma carta que a condenação do ímpio
decorre dos seus próprios pecados, como Romanos 1 a 3. É aqui que reside o
mistério, reconciliar as passagens bíblicas que falam que o homem vai para o
inferno por sua própria culpa (que são em grande número e bem claras) e
aquelas que atribuem a Deus o destino final dos perdidos. O infralapsarianismo
me parece oferecer uma proposta menos complicada que as outras e que melhor
explica os dados bíblicos. MAs como disse antes, precisamos lembrar que
estamos trilhando caminhos elevados demais para nós.

Abs.

6/6/10 19:29

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Caro Felipe,

É sempre um prazer ter seus comentários aqui no blog.

Você disse:

"Essa frase ficou estranha: 'O Deus que determinou todas as coisas é um Deus
pessoal, inteligente, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a
responsabilidade moral de suas criaturas'".

Na verdade o que eu estou dizendo é que Deus, ao determinar todas as coisas, o


fez de tal maneira a não anular a responsabilidade moral de suas criaturas. Não
estou dizendo que Deus "anteviu" as ações das suas criaturas e então
determinou-as. Bastaria ler o post todo para ver que não acredito na presciência
de Deus como base para seus decretos e que assim a minha frase não poderia ter
sido interpretada como arminianismo.

Grande abraço!

Abraços

6/6/10 19:32

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Dinho,

Pode mandar que publico.

Abs.

6/6/10 19:39

FSAN disse...

Olá, Rev. Augustus!

Eu sei que o senhor não crê na presciência entendida nos moldes arminianos. Só
quis destacar que a frase ficou estranha por causa do "levando em conta". :)

Sobre o restante da "controvérsia", creio que a Bíblia fala de mistério, mas


sempre no sentido de algo que estava oculto e foi revelado posteriormente.
Paulo, em Cl 1.26, fala do "misterio que esteve oculto... e que, AGORA, foi
MANIFESTO aos seus santos". Em Rm 16.25 Paulo fala da "revelação do
mistério que.... ESTEVE oculto". Em Ef 1.9 ele diz que Deus nos descobriu "o
mistério da sua vontade".

Ou seja, mistério tem a ver com conhecimento, e não com ignorância ou falta de
entendimento da nossa parte.

A doxologia de Romanos 11 é linda, mas foi expressa após Paulo falar MUITA
coisa sobre soberania, eleição e reprovação, além de responder inúmeras e
possíveis objeções. Ou seja, Paulo não estava louvando a Deus pela sua
ignorância própria quanto a esses mistérios divinos. Afinal, como ele diz em
outro lugar, nós temos a "mente de Cristo" e o que o olho não viu e o ouvido não
ouviu Deus nos revelou pelo seu Espírito (1Co 2.9-10).

Um excelente exemplo é 1Co 15.51. Paulo diz: "Eis aqui vos digo um mistério:
Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".

Não há nada de difícil entendimento nessa frase. Até mesmo uma criança pode
entender isso. O mistério residia no fato dos coríntios não conhecerem essa
verdade antes de Paulo pronunciá-la.

Quanto às aparentes contradições, também temos que ter cuidado aqui. Isso é
algo totalmente subjetivo. O que pode parecer contraditório para João pode não
parecer para Marcos. A própria história nos mostra isso: Lutero viu contradição
entre Paulo e Tiago, mas João Calvino não viu nenhuma e expôs com maestria
como as "duas" doutrinas sobre a justificação estavam de acordo.

Eu não acho difícil acreditar que Deus determina todas as coisas e ao mesmo
tempo considera o homem responsável pelos seus atos. Afinal, várias doutrinas
bíblicas pressupõe a responsabilidade humana, como a doutrina do castigo
eterno. Algumas pessoas podem ter dificuldade de ACEITAR ou ACREDITAR
nessas duas doutrinas, mas acho que não existe uma dificuldade no
ENTENDER.

Mas eu não quero causa confusão, apenas registrar a minha opinião.

Continuo recomendando a todos o livro "Soberania Banida". É o tipo de livro


que precisamos ler quando estamos conhecendo o calvinismo e reler depois que
já somos calvinistas convictos, e nos deparamos com discussões que existem em
nosso meio, como essa apresenta no post do senhor.

Deus te abençoe!

Um abraço,
Felipe Sabino

*P.S.: Recebi o CD. Se Deus quiser, essa semana posto no Monergismo.

6/6/10 20:33

Paulo Brasil - Atraves das Escrituras disse...

Rev.

mais uma vez parabéns pelo texto... e pela paciência.

Os comentários feitos caso citassem bases bíblicas seriam mais adequados a


refutação de seu texto.

alguns comentários parecem mais discussão de opinião que defesa da verdade do


Senhor.

A inclusão das verdades divinas em um sistema fechado, como alguns sugerem,


resolve a lógica pessoal, mas abandona os textos sagrados.

Estudar as Escrituras e não chegar a mistérios é perigoso e pode sugerir


imaturidade.

Que o Senhor seja louvado.

6/6/10 21:51

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Caro Felipe,

Uma coisa são os mistérios que estavam ocultos e nos foram revelados. Quanto
a isto, não há qualquer discussão. Neste sentido, recomendo "O Pensamento do
APóstolo Paulo" de Ridderbos. É nessa categoria que se encaixam os textos
sobre mistério que você citou, como 1Cor 15.

Contudo, há coisas que não nos foram reveladas. Por exemplo, a Bíblia nos
revela que existe apenas um Deus e também nos revela que há uma Pessoa, o
Pai, que é Deus, e que Jesus é Deus e que o Espírito é Deus. Todos os nossos
esforços para entender como isto é possível sem cair nas heresias antigas não
conseguem ainda penetrar o mistério do ser de Deus. A teologia, quando vai
além dos dados bíblicos, acaba por valer-se de sistemas filosóficos e lógicos
tentando dar resposta para aquilo que a Bíblia simplesmente revela sem explicar.
Neste sentido, os liberais acabam tendo razão quando acusam alguns dos
dogmáticos cristãos de terem sido influenciados pelo sistema filosófico grego e
pelo racionalismo.

Discordo de sua interpretação de Romanos 11. O fato de Paulo ter falado tanto e
respondido tantas objeções não quer dizer que ele falou tudo. Por que ele ainda
falaria das insondáveis riquezas de Deus?

Seu uso de 1Cor 2:9 está fora de contexto. Aquilo que não subiu ao coração
humano, mas que Deus revelou aos que o amam é o evangelho de Cristo, que é a
sabedoria de Deus. Leia o contexto. Esta passagem está longe de ser uma prova
que sabemos tudo.

Outro texto que você usa fora do contexto é 1Co 2.9-10, sobre a mente de cristo.
É só olhar o contexto e perceber que ter a mente de Cristo é ser capaz de receber
o Evangelho, ao contrário do homem natural (1Co 2.14) e aos coríntios carnais
(1Co 3.1-3), que não eram capaz de perceber as implicações da cruz - dai
formarem partidos em, torno de homens. Ter a mente de Cristo está muito longe
de ser capaz de entender perfeita e plenamente as coisas de Deus.

Mas, como você, eu também não acho difícil acreditar que Deus determina todas
as coisas e ao mesmo tempo considera o homem responsável por seus atos.
Afirmei tudo isto. É só ler o meu post. O que eu não entendo - e isto não quer
dizer que existe contradição - é como isto pode acontecer logicamente. Acho as
respostas do hipercalvinismo e do supralapsarianismo insuficientes para as
passagens bíblicas que tratam do assunto. Prefiro ficar com os teólogos que
admitem sua ignorância quanto a estes assuntos.

Penso em como os puritanos foram humildes em abordar estes assuntos:

"Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele concede
ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder
sobre as suas criaturas, o resto dos homens, para louvor da sua gloriosa justiça,
foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa dos
seus pecados." (CFW III. 5).

Ou ainda:

"A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial
prudência e cuidado..." (CFW III.7)

Veja o que eles dizem sobre a clareza da Biblia:

"Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo
modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas
e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão
claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos,
no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente
compreensão delas." (CFW I.7).

Eu prefiro ficar com esta consciência que eles tiveram, de que nem tudo é claro
como cristal na Bíblia.

No mais, mesmo que não saibamos tudo, acho que sabemos o suficiente para dar
a Deus toda a glória pela salvação plena em Cristo e viver neste mundo de
maneira a agradá-lo em todas as coisas.

Um abraço!

6/6/10 22:04

Armando Marcos disse...

realmente, eu acho que até mesmo a prudênica pede para que concordemos com
a Confissão em III i: porem, o que Cheung diz ;

"Se estou certo, então eles precisam estar errados. A questão é, como eles podem
estar certos sem cair em autocontradição ― que Deus controla todas as coisas,
mas realmente não controla, que Deus causa todas as coisas, mas realmente não
causa? O cristão reformado gosta muito de apelar ao “mistério”, “paradoxo” e
“antinomia”, que são nada mais que termos mais ilustres e enganosos para dizer
“Evidentemente, eu me contradigo, mas não me importo”
realmente, disse nada, hehehehe: prefiro glorificar a Deus pelo que não sei pelo
que sei

antes desse ponto, diz que " No que diz respeito à causação secundária, já tratei
do ponto diversas vezes. Se tudo o mais falhar, posso dizer que não escrevi os
livros, mas que meu computador é que fez isso. O fato de que eu estava
digitando no computador quando os livros apareceram não anula a autoria do
computador ou sua responsabilidade moral, mas apenas a estabelece. Se a
resposta é que o computador não é uma mente inteligente, mas um objeto sem
vida, eu insistiria que Dual Core é superior a um pedaço de barro (Romanos 9)"
Ora, e o que Paulo dissedos Dual Core que pecaram e estão destiuidos da glória
de Deus? é por essas lógicas que liberais da vida acham munição para atarcar o
calvinismo ( a meu ver)
Abraços
Armando

7/6/10 00:22

MAURO SERGIO AIELLO disse...

Querido e prezado Augustus: Parabenizo-o pela coragem em se colocar da forma


como o fez. Aliás, para quem o conhece, sabe que isso é característico em sua
pessoa. Como sempre continuo bebendo nessa fonte. Que Deus continue a
iluminá-lo e a fortalecê-lo em todos os sentidos. Teu mano Maurão.

7/6/10 00:52

Dinho disse...

Pastor Nicodemus peço desculpas. Pensei que tinha mandado um comentário


para o blog, mas pelo que vi, deu erro.

Pastor, como arminiano que sou, também tenho o direito de dizer que temos o
livre arbítrio e que Deus ao mesmo tempo É SOBERANO!! Nós, arminianos,
podemos dizer que isso é um mistério. Que pode parecer contraditório,
paradoxal....Pq, vcs, calvinistas, tem esse direito e nós não?!

Como o senhor mesmo diz “precisamos lembrar que estamos trilhando caminhos
elevados demais para nós.”

Penso que um casal de calvinistas ao ter resolver ter um filho, deve ter em mente
que eles podem está gerando um filho para O FOGO ETERNO DO INFERNO!
Afinal de contas, tal bebê, pode ou não ser um “eleito”, “predestinado”....Ao não
ser que tal casal creia que filho de peixe, peixinho é. Uma mãe calvinista deve
olhar para sua criancinha e perguntar-se se ela está diante de um filhinho do
diabo que acabou de vir ao mundo e torcer para que o “amoroso” deus tenha
mandado um “eleito” como filho para o casal.
Fica com Deus

7/6/10 01:23

FSAN disse...

Caro Rev. Augustus,

Obrigado pela paciência em responder.

Sobre os textos citados por mim, em nenhum deles quis apresentar "uma prova
que sabemos tudo". Longe disso!

O que eu quis dizer é que sabemos muita coisa (o que é nada comparado com o
que ainda devemos aprender, visto que a Bíblia e Deus é uma fonte inesgotável
de conhecimento para o homem), e por vezes chamamos de "mistério" algo que
sabemos e entendemos. E o termo "mistério", nas conversas cotidianas que
presenciamos, diferentemente da Bíblia, parece detonar ignorância e falta de
entendimento. Ponto.

Com certeza nem tudo na Bíblia é claro. Concordo totalmente com a CFW. Mas
esse é um dos motivos de precisarmos estudar a Bíblia continuamente. "A Bíblia
não é para preguiçosos", diria Arthur W. Pink. :)

Findo aqui a minha participação. :)

Um abraço,
Felipe Sabino

7/6/10 07:42

Danilo Neves disse...

O que o senhor acha dos teólogos usarem o termo "vontade permissiva de Deus"
para expressar a idéia de que Deus não foi o autor, mas permitiu alguma ação.
Por exemplo: ações más. Na opinião do senhor, isso é tentar explicar o
inexplicável ou não? Seria melhor, aqui, apenas dizer que "não se sabe"? Tenho
dificuldade com essa expressão da Teo Sistemática.

Abraço, rev.

7/6/10 08:46

Danilo Neves disse...


Como o senhor não conhece o V. Cheung, deixo esta pergunta os leitores do
Tempora: QUEM É V. CHEUNG? Existe alguma informação sobre aonde ele
viveu, estudou teologia, que linha teológica pertence... Tô començando a achar
que ele pode ser um pseudônimo. Isso é um mistério pra mim rs

7/6/10 09:00

Marcone disse...

Caro Augustus,

belo texto. Publiquei no boletim da igreja.

Abraço,
Marcone.

7/6/10 10:51

Dinho disse...

Danilo Neves, o irmão pode encontrar os escritos do vincent Cheung no


Monergismo.com, site do Felipe Sabino. Muitos livros e textos dele estão
disponibilizados nesse site.

Ele existe sim. Ele é pressuposicionalista, hipercalvinista, é um autor polêmico,


arrogante, que tem o costume de chamar de idiota e estúpido quem discorda
dele.

Fica com Deus

7/6/10 11:36

Mizael Andrade Reis disse...

Nicodemos,

Tenho uma dúvida que já por um bom tempo me acompanha, e acho que você
tem a respota: Afinal, Alister Mcgarth é Calvinista ou não? Sei que é Anglicano,
mas seria ela calvinista como Packer? A dúvida surge pelo fato de não ter lido
nenhuma manisfestação dele nesse sentido, mas urgendo-se como especialista na
história da Reforma, mui especialmente de Calvino.

Graça e Paz
Mizael Reis

7/6/10 12:16
Danilo Neves disse...

Obrigado pela interação, Dinho!

Pelo material que é publicado dá pra se ter uma idéia sobre a linha teológica do
V. Cheung. O problema é que não dá pra saber da existência da pessoa V.
Cheung. No site dele (http://www.vincentcheung.com/), não há informações
claras sobre quem ele é, como fotos, origem, onde estudou teologia... O
Monergismo traduz muita coisa dele, mas não divulga um detalhe se quer de
quem ele seja, não fala sobre o teólogo.

Se você tiver informações sobre isso (sobre o teólogo), por favor, me indique a
fonte pra eu verificar.

Um abraço, irmão.

Em Cristo,

Danilo

7/6/10 12:36

Tales Paranahiba disse...

Gêmeos Siameses (Responsabilidade e Soberania)

Achei interessante essa analogia, embora tenha suas imperfeições como toda
analogia.

Se tentarmos separá-los um só sobreviverá, ou ambos morrerão.

A paz
Tales

7/6/10 13:41

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Mauro,

Obrigado pelas boas palavras!

Abs.
7/6/10 15:15

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Dinho,

"Pastor, como arminiano que sou, também tenho o direito de dizer que temos o
livre arbítrio e que Deus ao mesmo tempo É SOBERANO!! Nós, arminianos,
podemos dizer que isso é um mistério. Que pode parecer contraditório,
paradoxal....Pq, vcs, calvinistas, tem esse direito e nós não?!"

Ninguém nega este direito, que eu saiba. A equação é que é diferente. Os


calvinistas dizem que Deus, por ser soberano, presdestinou e decretou tudo que
acontece, e isto sem violantar a vontade de suas criaturas. Nisto reside o
mistério.

Na sua equação, precisamos ainda definir os termos "soberano" e "livre arbítrio".

Os calvinistas não têm problemas em gerar filhos à luz da doutrina da


predestinação. Eles confiam que Deus é justo e bom. Eles estão conscientes
(pelo menos deveriam estar) que seus filhos não são automaticamente salvos por
serem seus filhos, e que devem ensinar-lhes a Palavra de Deus e orar por eles
desde cedo, instando-os a que creiam no Senhor e andem em seus caminhos. É
um equívoco pensar que os calvinistas acreditam que seus filhos são
automaticamente eleitos e que irão para a vida eterna somente por serem seus
filhos. Pode ser que exista algum calvinista que pense assim, mas pessoalmente
não conheço nenhum.

Abs.

7/6/10 15:23

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Mizael,

"Tenho uma dúvida que já por um bom tempo me acompanha, e acho que você
tem a respota: Afinal, Alister Mcgarth é Calvinista ou não? Sei que é Anglicano,
mas seria ela calvinista como Packer? A dúvida surge pelo fato de não ter lido
nenhuma manisfestação dele nesse sentido, mas urgendo-se como especialista na
história da Reforma, mui especialmente de Calvino."

Não sei. Ele escreve como se fosse um grande admirador da reforma protestante
e fala positivamente das doutrinas da graça. Por outro lado, é um evolucionista
teísta, isto é, acredita que Deus criou o mundo e a vida através do processo
evolucionário. Temos que ler suas obras com critério.

Abs.

7/6/10 15:25

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Danilo,

"O que o senhor acha dos teólogos usarem o termo "vontade permissiva de
Deus" para expressar a idéia de que Deus não foi o autor, mas permitiu alguma
ação. Por exemplo: ações más. Na opinião do senhor, isso é tentar explicar o
inexplicável ou não? Seria melhor, aqui, apenas dizer que "não se sabe"? Tenho
dificuldade com essa expressão da Teo Sistemática."

Não vejo problema com o uso do termo, embora eu pessoalmente não o use.
Para mim, vontade permissiva ou decretiva, ao final, é tudo a mesma coisa:
Deus quis que acontecesse daquela forma, que permitindo ou decretando - o que
dá no mesmo.

Abs.

7/6/10 15:27

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Paulo Brasil,

Obrigado, meu irmão! É isso mesmo.

Augustus

7/6/10 15:28

Anônimo disse...

Observem a diferença:

Charles H. Spurgeon diz:


“A próxima inquirição é: "Por que Deus odiou Esaú?" Esta é uma questão bem
diferente da primeira. É necessário uma resposta bem diferente. Por que Deus
odeia alguém? Todo homem merece ser odiado por Deus. Há pessoas que dizem
que foi por causa da Sua soberania que Deus odiou Esaú. Não penso ser essa a
resposta correta. Não penso que Deus criou o homem com a intenção de
condená-lo. Não posso crer que isso seja verdade sobre o Deus cujas
misericórdias duram para sempre. Se Deus trata severamente qualquer homem é
porque este homem merece tal tratamento. Não haverá nenhuma alma no inferno
que poderá dizer a Deus que Ele a tratou mais severamente do que merecia.
Toda alma perdida irá culpar-se a is mesma. Ela saberá que foram suas próprias
obras malignas que a levaram ao inferno. É caso de justiça, se Deus tiver de
condenar um homem.” ("Sermões Sobre a Salvação", Editora PES, p.p. 74-82)

João Calvino afirma:


“Tratemos agora dos réprobos, de quem o apostolo fala também na passagem já
indicada, associando, ao mesmo tempo, os eleitos (Rm 9.13). Ora, como Jacó,
sem ainda nada merecer por suas obras, é recebido à graça; assim também Esaú,
ainda de nenhum inclinado ao delito, é dito em ódio. Se volvermos nossos olhos
para as obras, fazemos grave injuria ao apostolo, como se ele não percebesse
como algo obvio aquilo que para nós é claro. Com efeito, que ele não percebeu é
fácil de ser provado, uma vez que ele insiste expressamente, dizendo que não
havia ainda nada de bom ou mau a ser mostrado de que um eleito e o outro
rejeitado; de sorte que assim prova que o fundamento da predestinação divina
não está nas obras.” (Institutas Clássicas p.407, 408)

Achei interessante e resolvi postar...


Abraço
Renan

7/6/10 15:32

Dinho disse...

Danilo

Realmente tbm não encontrei nada com relação as credenciais academicas dele.
Já li um debate dele com um ateu e vi que ele é bom debatedor. Não sei como
ele consegue tanto admiradores, haja vista o seu fanatismo. O irmão acredita que
ele é a favor da execusão dos homossexuais?! Ele mesmo diz isso em um de
seus textos. Por aí o irmão já nota o quanto ele é fanatico e prepotente.

Mas coloca no google imagens que vai aparecer fotos dele.

Abraços

7/6/10 16:17

Ricardo Mamedes disse...

Caro Rev. Nicodemus,

A minha pergunta feita lá bem em cima ( a primeira na ordem decrescente) ainda


não mereceu qualquer resposta. Como eu a acho pertinente, gostaria de insistir
nela (suposta ambivalência do texto sobre ser ou não determinista bíblico).
Abs.

Ricardo

7/6/10 16:22

pulpitofiel disse...

Rev. Nicodemus,

Excelente artigo! Que o Senhor Deus continue iluminando a sua mente e


aquecendo o seu coração.

Um forte abraço,
Marcos Sampaio

Aguardo a sua ilustre visita em meu blog.

7/6/10 17:58

Dinho disse...

Augustus esto te aperriando mais uma vez!!

O fato de Deus nos oferecer a salvação e nós livremente aceita-la, tal aceitação é
um ato de fé. Onde estaria o mérito em nós pobres seres humanos em abraçar o
evangelho.A Fé nas Escrituras sempre é contrastada com as obras. Uma
ilustração do Geisler é que nós somos mendigos espirituais, Deus estende sua
mão, cabe a nós aceitarmos ou rejeitarmos. E se aceitarmos pelo nosso livre
arbitrio dado por ELE, onde fica a nossa "gloria" nisso tudo?!

Não há merito em nós, o fato de um mendigo (Todos nós) aceitar a ajuda de uma
pessoa (Deus) que não tinha a obrigação de ajuda-lo. Se o mendigo aceitou, ele
não deve se vangloriar por ter aceitado tal ajuda. Pq, se essa pessoa não estende-
se a mão para ajuda-lo, esse mendigo nuca sairia por sua própria capacidade da
miséria em que estava.

Fica com Deus

7/6/10 18:08

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Dinho,

Não está me aperriando não, não se avexe...


Eu entendo a sua questão, mas medite no seguinte:

1 - O contraste entre fé e obras na Bíblia é na verdade entre a graça de Deus e o


mérito humano, pois a fé sempre é vista como alguma coisa que o próprio Deus
concede. Veja estas passagens:

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus" (Ef 2:8)

"Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17


Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi
carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus" (Mat 16.16-
17).

"Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o


ressuscitarei no último dia" (Jo 6.44).

"Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura,


temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às
coisas que Paulo dizia" (At 16.14).

"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de
crerdes nele" (Fil 1.29)

"Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e


creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna" (At 13.48).

2 - Por causa do pecado, o homem é incapaz não somente de praticar boas obras
mas inclusive de crer no Evangelho. Veja estas passagens:

"Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em


nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois
das minhas ovelhas" (Jo 10.25-26)

"Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o


ressuscitarei no último dia" (Jo 6.44).

"E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, 38 para
se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39 Por isso, não podiam
crer, porque Isaías disse ainda: 40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o
coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se
convertam, e sejam por mim curados." (Jo 12.37-40)

"Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co
2.14).

"Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais
também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais". (Ef 2.1-3)

"como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não
há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não
há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro
aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a
boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes
para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17
desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus
olhos" (Rom 3.10-18).

3 - Portanto, se entregue a si mesmo, o homem jamais poderá escolher e crer em


Deus. Ele está morto em seus pecados, é surdo para as coisas de Deus, não as
compreende e não as deseja. Na verdade, ele está em estado de inimizade contra
Deus, veja estas passagens:

"Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei
de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus" (Rom 8.5-8).

Quando eu olho para minha experiência de conversão em 1977 cada vez mais
me convenço que se Deus não tivesse me habilitado a crer, eu ainda estaria na
minha incredulidade e cegueira.

Grande abraço!

7/6/10 18:30

Dinho disse...

Obrigado pela resposta, mas Augustus, eu tbm poderia citar um monte de


versículos que por si só “provariam” o outro lado. Não estou dizendo que o
senhor citou esses textos fora do contexto. Por exemplo, João 3.16, por si só já é
persuasivo. Acabei de ler uma parte da interpretação que o Cheung (olha ele mas
uma vez sendo citado!) faz desse texto, digo uma parte, pois não tive paciência
de ler tudo. A argumentação dele é que tal texto se refere apenas aos eleitos. No
entanto, Donald Carson, um perito em Novo Testamento, diz em seu livro “A
difícil doutrina do amor de Deus”, o seguinte:

“( João 3.16 ) eu sei que alguns calvinistas tentam tomar o grego Kosmos
(mundo ) aqui para se referir aos que eles chamam de eleitos. Mas isto realmente
não servirá. Todas as evidências do uso da palavra no evangelho de João são
contrárias a esta sugestão” Pág. 17

“Planos exegéticos inteligentes que fazem da palavra ‘Mundo’, um rótulo para


se referir aos eleitos não são muitos convincentes” Pág. 79.
“Defendo o argumento, então, que tanto os arminianos como os calvinistas
deveriam corretamente afirmar que cristo morreu por todos, no sentido de que a
morte de cristo foi suficiente para todos, e que a Escritura retrata Deus como
convidando, ordenando, e desejando a salvação para todos, por amor”. (Pág.
81,82)

Ele é calvinista. E não sei como ele pôde fazer tais afirmações. Como fica Deus
“convidando, ordenando, e desejando a salvação para todos, por amor”, se ele
deseja apenas salvar alguns?! Não sei que tipo de calvinismo ele crê. Em todo
caso, temos aí, um acadêmico admirado por todos, que discorda da opinião
majoritária de que Jo. 3.16 se refere aos eleitos.

Fica com Deus e obrigado de verdade pelo tempo dispensando a me responder.

7/6/10 19:48

Anônimo disse...

"Na linguagem da Bíblia, mistério é algo que anteriormente era desconhecido,


mas agora foi revelado." (James Montgomery Boice, Ephesians: An
Expositional Commentary, p. 24, Baker).

7/6/10 21:53

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Dinho,

Vamos lá.

Primeiro, eu gostaria que você citasse este monte de versículos que provam que
o homem caído e morto em pecados tem condições de crer no Evangelho sem
qualquer intervenção de Deus. E que, em seguida, desse uma explicação
plausível e contrária aos versículos que citei, os quais claramente provam que o
homem natural por si mesmo não pode crer, e que a fé é um dom de Deus.

Segundo, eu também discordo de Cheung que "mundo" em João 3.16 se refira


aos eleitos (se é que esta é a interpretação dele).

Quanto a Carson, que diz que João 3.16 mostra que a morte de Cristo foi
suficiente para todos e que Deus oferece a salvação a todos - Você pergunta
como ele, sendo calvinista, pode acreditar nestas coisas. Fica evidente, Dinho, e
não estou querendo menosprezar você, que você não conhece de fato o
calvinismo nem está familiarizado com o ensino dos calvinistas sobre estas
questões.

Pois desde Agostinho, que não era "calvinista", se afirma que a morte de Cristo
foi suficiente para salvar o mundo, mas EFICIENTE APENAS PARA OS
ELEITOS. Em outras palavras, se Deus tivesse querido salvar cada pessoa deste
mundo, haveria virtude e poder suficientes na morte de CRisto para salvar cada
pecado que jamais existiu. Todavia, a morte de Cristo é eficaz somente para os
eleitos. Se você ler o restante de CArson e outras coisas dele, verá que é isto que
ele afirma.

Da mesma forma, os calvinistas sempre afirmaram que as ofertas de Deus ao


homem perdido são em bona fide, isto é, de boa fé. Todavia, somente os eleitos
responderão em fé, movidos pelo Espírito Santo.

De forma alguma a interpretação de Cheung de João 3.16 (kosmos = eleitos) é


"majoritária" como você disse. Onde você tirou esta idéia? Os reformados
geralmente tomam "mundo" em João 3.16 ou como uma referência a judeus e
gentios - isto é, Deus amou não somente judeus, mas também gentios, de sorte
que o mundo inteiro está aqui representado (é assim que Matthew Henry, um
bom representante dos calvinistas interpreta) ou no sentido da humanidade toda,
e neste caso, enfatizando a suficiência da morte de Cristo e não sua eficácia.

Por falar em calvinistas - Calvino acredita que "mundo" em João 3.16 é uma
referência geral à humanidade, mas em seguida acrescenta: "Lembremos, por
outro lado, que se a vida é prometida universalmente a todos que crêem, todavia,
a fé não é comum a todos. Pois Cristo é apresentado a todos, mas somente os
eleitos têm seus olhos abertos por Deus para que possam ver Cristo pela fé"
(Comentário de Calvino em João 3.16).

Portanto, Dinho, João 3.16 não disprova nem refuta o que temos dito aqui.

Abraços!

7/6/10 22:12

o pregador disse...

Tirando os comentarios que o senhor já citou, me pzrece que os reformados


estão se expressando muito bem.Com todo respeito a grande dificuldade que eu
tenho em pedir que meus alunos no DCiscipulado leiam Teol. Reformada
Brasileira é que os amados são "Britanicamente" rebuscados no falar. Graças a
Deus isso está melhorando. Ou estou enganado. Se estiver desconcidere. Se não,
isso está mesmo acontecendo??
Graça e Paz!!!

7/6/10 23:51

Francisco Mário disse...


Excelente texto! Uma coisa que sempre noto é que alguns sempre fogem quando
se fala na soberania de Deus ou evitam de falar na igreja. Também noto, Rev.,
que o preconceito e a arrogância seja mais de arminianos que refutam a
soberania de Deus.

Na minha opinião, não se pode deixar de falar todo o desígnio de Deus e muito
menos uma doutrina tão bíblica. Penso até que precisamos ensinar mais, mesmo
que tenhamos de gastar mais tempo explicando alguns fatores desta doutrina.
Por isso, acho que o post foi muito bem.

Eu sempre ensino na igreja que não é por que não entendemos perfeitamente
uma doutrina na Bíblia que ela não seja verdade. Na verdade, não entendemos
quase nada de tudo que diz respeito à pessoa de Deus . Por exemplo: sua
infinitude, eternidade, poder, amor e por aí vai.

Estou ensinando, no momento, aqui na igreja, a soberania de Deus no livro de


Jonas. É um livro que enfatiza a soberania de Deus do começo ao fim. Vemos
que Deus usou a "livre" decisão de Jonas de fugir e de até de querer morrer para
daí ser um sinal aos ninivitas. É um claro exemplo de que Deus usa as decisões
tendenciosas e pecaminosas dos homens para cumprir o seu propósito. Por isso
que Jonas exclamou na sua oração: ao Senhor pertence a Salvação.

Um abraço.

7/6/10 23:51

Anônimo disse...

Primeiro, eu gostaria que você citasse este monte de versículos que provam que
o homem caído e morto em pecados tem condições de crer no Evangelho sem
qualquer intervenção de Deus.
nenhum arminiano sensato jamais afirmaria que sem a intervenção da graça de
Deus poderiamos ser salvos..
a questão gira em torno se essa graça(preveniente) pode ou não ser resistida. mas
todos arminianos, que se presem pelas verdades bíblicas, afirmam que
precisamos sim da intervenção da graça de Deus para sermos salvos... só é vê
isso no livro Sola Gratia(do renomado calvinista R.C.Sproul)
paz de Cristo

8/6/10 10:38

Dinho disse...

“Primeiro, eu gostaria que você citasse este monte de versículos que provam que
o homem caído e morto em pecados tem condições de crer no Evangelho sem
qualquer intervenção de Deus.”

Pastor Nicodemus, eu nuca disse que o homem pode crer sem a intervenção
divina. Veja o que eu disse: “Não há merito em nós, o fato de um mendigo
(Todos nós) aceitar a ajuda de uma pessoa (Deus) que não tinha a obrigação de
ajuda-lo. Se o mendigo aceitou, ele não deve se vangloriar por ter aceitado tal
ajuda. Pq, se essa pessoa não estende-se a mão para ajuda-lo, esse mendigo nuca
sairia por sua própria capacidade da miséria em que estava.” “Assim, pois, isto
näo depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.”
(Ro.9.16) Deus é a fonte da nossa salvação.

“E que, em seguida, desse uma explicação plausível e contrária aos versículos


que citei, os quais claramente provam que o homem natural por si mesmo não
pode crer, e que a fé é um dom de Deus.”

O senhor não acha que eu iria fazer isso neh?! De forma alguma eu estou aki pra
discutir a fundo esse assunto com o senhor. Até pq seria desigual. Haja a vista o
seus estudos que excedem em muito os meus. Nós o amamos pq ele nos amou
primeiro, quem iniciou o processo de salvação foi Deus. Nós nunca teríamos tal
capacidade.

“Segundo, eu também discordo de Cheung que "mundo" em João 3.16 se refira


aos eleitos (se é que esta é a interpretação dele).”

Se não se refere aos eleitos, então se refere a quem?! Se Deus só ama os que ele
predestinou segundo a ótica calvinista?! O senhor esta dizendo que Deus amou
tbm os não-eleitos?! Pq de acordo com a doutrina calvinista Deus só elege quem
ele ama.

“Quanto a Carson, que diz que João 3.16 mostra que a morte de Cristo foi
suficiente para todos e que Deus oferece a salvação a todos”

Eu sei que os calvinistas acreditam que a morte de Cristo é mais do que


suficiente pra salvar todos o seres humanos. Mas o que adianta Deus conclamar
o arrependimento de todas as pessoas, se a maioria já está condenada?!

“Pois desde Agostinho, que não era "calvinista", se afirma que a morte de Cristo
foi suficiente para salvar o mundo, mas EFICIENTE APENAS PARA OS
ELEITOS.”

É isso que João 3.16 quer dizer?! Apenas que a morte de cristo é suficiente pra
salvar todas as pessoas?! O texto diz que Deus amou o mundo! Carson diz ; ““a
Escritura retrata Deus como convidando, ordenando, e DESEJANDO a salvação
para todos, por amor”. É estranha tal afirmação para um calvinista.
“ Em outras palavras, se Deus tivesse querido salvar cada pessoa deste mundo,
haveria virtude e poder suficientes na morte de CRisto para salvar cada pecado
que jamais existiu.”

E quem não sabe disso?!

“Os reformados geralmente tomam "mundo" em João 3.16 ou como uma


referência a judeus e gentios - isto é, Deus amou não somente judeus, mas
também gentios, de sorte que o mundo inteiro está aqui representado (é assim
que Matthew Henry, um bom representante dos calvinistas interpreta) ou no
sentido da humanidade toda, e neste caso, enfatizando a suficiência da morte de
Cristo e não sua eficácia.”

Da no mesmo! Apenas os eleitos gentios e judeos. Portanto, de acordo com o


calvinismo Jo. 3.16 se refere aos eleitos.

Quanto ao que francisco mário disse, a arrogancia vem de ambos os lados. Digo
isso, pois trabalhei em uma grande livraria evangélica e lá encontrei tbm muitos
calvinistas arrogantes, que se gabam de sua predestinação.

Fiquem com Deus

8/6/10 11:34

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Dinho,

Está publicado seu comentário, mas é óbvio que não vamos a lugar nenhum.
Parece que você não leu ou não entendeu nada do que eu disse, e neste caso, vou
parar por aqui.

Abs.

8/6/10 11:42

Johnnathan disse...

Desculpe Rev.: Augustus,

Para mim em nenhum lugar a Escritura diz que o homem é responsável porque
ele é livre.
Pelo contrário, a Escritura ensina que o homem é responsável porque Deus, que
é soberano, o considerada assim. Além do mais, Paulo, em Romanos 1, afirma
que é o conhecimento inato do homem que o torna responsável pelos seus atos, e
não a sua suposta liberdade. Isso está de acordo com o que Jesus diz em João
9:41: “Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas,
porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”.

Eu creio que até mesmo atos pecaminosos são ordenados por Deus (Efésios
1:11/Provérbios 16:4),mas isso não faz de Deus o autor do pecado.
Concordo com o Dr. Clark, que ao escrever seu livro sobre o problema do mal,
disse: “Deus não é o autor deste livro, como os arminianos seriam os primeiros a
admitir; mas ele é a causa última dele, como a Bíblia ensina. Todavia, eu sou o
autor. Autoridade, portanto, é um tipo de causa, mas há outros tipos. O autor de
um livro é a sua causa imediata; Deus é a sua causa última... Deus não comete
mais pecado do que ele está escrevendo essas palavras”.
Para mim O único Ser que possui vontade livre é somente Deus.
Para mim, o homem claro que tem escolhas, mas elas nunca são livres.
Na nossa perspectiva as nossas vontades podem ser livres em relação ao Estado,
As pessoas ao nosso derredor e etc.
Mas, na perspectiva diviva a vontade do homem é sempre escrava, ou do pecado
ou da justiça: “Mas graças a Deus que, embora tendo sido escravos do pecado,
obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E libertos do
pecado, fostes feitos escravos da justiça” (Romanos 6:17-18).
Desulpe, mas eu sinceramente não creio mesmo da vontade livre do Homem.

8/6/10 12:25

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Johnnathan,

Acho que não discordamos realmente. E se o fazemos, é mais questão de


nomenclatura, algo que uma definição de termos resolveria sem problemas.

Um abraço.

8/6/10 13:08

Matias disse...

Com todo respeito: esta discussão é antiga e nenhum dos dois lados consegue
me convencer. Eu tambêm "mudei". O calvinismo é muito atraente por ter a
glória de Deus no seu centro, mas a doutrina da eleição segundo Calvino não
encontra respaldo em muitas passagens claras da Bíblia. O arminianismo
tambêm vai ter suas dificuldades com outras tantas passagens bíblicas. Muitos
calvinistas de hoje são como profetas no meio do caos teologico que reina no
mundo cristão. Cito, por exemplo, John Piper e Hernandes Dias Lopes. Admiro
a ambos, mas não concordo com os seus 5 pontos calvinistas (não são de
Calvino, pois este já estava morto quando elaboraram o 5 pontos).
Na minha biblioteca tenho todas as teologias sistemáticas calvinistas lançadas no
Brasil, mas neste ponto de "predestinação" não concordo com eles. E na história
da igreja, a maioria dos pais não defendiam o monergismo até o 4. século.
Quando vejo a discussão presente do Dinho e cia. vs calvinistas nesta postagem,
mais uma vez me convenço que não adianta chegar a um consenso. Está além de
nossa imaginação. Quem somos nós para definir e sistematizar o amor de Deus?
às vezes acho que tentamos converter os irmãos a nossa posição teologica... lá
fora das quatro paredes de nossa igreja estão os pagãos e estão sendo mal
ensinados por igrejas que não são igrejas da cruz de Cristo, estão sendo
roubados e assaltados. E agente discutindo se laguem é ou não é predestinado, se
somo supra- ou infra, deterministas ou sei lá o que... é hora de agir!
Abraço,
Matias

8/6/10 13:57

Jorge Fernandes Isah disse...

Pr. Nicodemus,

Como o irmão postou uma citação do James Boice [alguém pode me dizer se ele
era compatibilista ou hiper?], transcreverei duas citações do Gordon H. Clark,
como resposta à afirmação, por alguns, de que Deus é incognocível:

"Os Reformados não recuaram diante das passagens difíceis: sobre


predestinação, pré-ordenação e os decretos eternos de Deus. Na verdade, essas
passagens não são difíceis de entender, embora muitas pessoas achem difícil
CRER nelas. Mas se elas são as palavras de Deus, então deveríamos estudar,
crer e pregar as mesmas"[grifo meu],

"Se a Bíblia fala sobre pré-ordenação, não temos o direito de evitar tal assunto e
nos manter em silêncio".

Abraços.

8/6/10 16:19

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Matias,

Com todo respeito, poderia substanciar a sua afirmação de que a doutrina da


eleição de Calvino não encontra respaldo na Bíblia? Tipo, citando a parte da
doutrina e quais passagens ela contraria, etc.

Os 5 pontos do calvinismo não foram elaborados por Calvino, mas sempre tive a
impressão de que são baseados no pensamento de Calvino. Poderia citar qual
ponto não é, e do qual Calvino discordaria?

Fico feliz em saber que mesmo não concordando com a doutrina da


predestinação você tem todas as sistemáticas dos calvinistas lançadas no Brasil...
quais são elas mesmo? O amigo já leu todas?

Sobre a sua afirmação de que os pais da igreja não defendiam o monergismo até
o séc. IV, confesso minha ignorância, e se você puder me dar a fonte para este
fato me ajudaria bastante. Mas me ocorre que os pais da igreja nem sempre
acertaram. Tinha vários deles, como Orígenes, que defendiam inclusive
doutrinas bem estranhas. Mas vou aguardar sua resposta para saber quais dos
pais eram sinergistas.

O meu diálogo com Dinho não visava consenso, mas esclarecer posições.

Você disse que "lá fora das nossas paredes estão os pagãos e estão sendo mal
ensinados por igrejas que nao são igrejas da cruz de Cristo, estão sendo
roubados e assaltados." E ai criticou que "agente [sic] discutindo se laguem [sic]
é ou não predestinado, se somo [sic] supra- ou infra, ou sei lá o que.. é hora de
agir!"

Matias, se tem um blog que tem alertado os evangélicos sobre igrejas


pretensamente evangélicas ensinando mal o povo, eu acho que o nosso é um
deles! Dê uma olhada na relação de postagens aqui contra neopentecostalismo,
teologia da prosperidade, liberalismo teológico, e por ai vai.

Outra coisa, a proposta deste blog é discutir assuntos como este. Está bem no
título dele. Não pretendemos salvar o mundo nem resolver os problemas sociais,
públicos, políticos e civis dele. Este é um blog de TEOLOGIA e cabe
perfeitamente as discussões que você não gosta ou não quer. Há outros blogs e
sites dedicados a outros assuntos e você é absolutamente livre para frequentá-
los.

Um abraço!

8/6/10 16:26

Mizael Andrade Reis disse...

Matias,

A discussão é aceitavel e até necessária, quando nos delimitamos em falar a voz


que a Escritura reverbera. Acho saudável à discussão, que evoca A Escritura.
vejo problemas no bom andamento da discussão, quando por vezes, enquanto os
Calvinistas sérios, procuram defender o que pensam pela Escritura, os
Arminianos por não encontrarem sua cosmovisão na Bíblia, recorrem à
argumentos sentimentalistas e subjetivos, apoiando-se mais em declarações do
tipo, "Deus não pode fazer isso porque ama", do que mostrar pela Escritura a
suposta verdade de Deus não condenar por que ama. E quanto à praticidade do
que se crê, para o resultado de uma boa evangelização, o ser Calvinista não se
constitui em um problema. Recapitule a História da Igreja à alguns anos e nos
reavivamentos encontre monergistas pregando o evangelho como: Jonh Knox,
John gill, Richard Baxter, John Bunyam, John Owen, Jhonatas Edwards, George
Whitefield(Esse esquecido em detrimento de John Wesley), William Carey, e
tantos outros. Quando A glória de Deus é superestimada, e a volição do homem
subestimada, O Eterno não hesita em salvar para o louvor de sua Glória e para a
prostração daqueles que o adoram.

Graça e Paz
Mizael

8/6/10 16:37

andré disse...

Reverendo Augustus, apesar de já ter lido comentários de calvinistas sobre esses


textos bíblicos confesso que, apesar de muito bem escritos,sempre me pareceram
forçados para se adequarem um pressuposto (no caso, o calvinismo) :

“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu


amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo
sua misericórdia,.” Tt.3:4-7

"Amor para com todos..."

"Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade."

"deseja que todos os homens sejam salvos..."

"não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao


arrependimento."

"não querendo que nenhum pereça..."

"Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida"

Abraço!

8/6/10 16:58

Dinho disse...
Augustus, mais uma vez aki.

Trago a relação dos pais da igreja, que tirei do livro "Eleitos, mas livres", do
Geisler.

Justino Mártir:

"Deus, no seu desejo de que os homens e anjos seguissem a sua vontade,


resolveu criá-los livres para praticar a retidão. Se a Palavra de Deus prediz que
alguns anjos e homoens certamente serão punidos, isso é porque ela sabia de
antemão que eles seriam imutavelmente ímpios, mas não porque Deus os criou
assim. De forma que quem quiser, arrependendo-se, pode obter
misericórdia(Dialogue, CXLI)."

Ireneu
Atenágoras de Atenas
Téofilo de Antioquia
Taciano da síria
Bardesano da Síria
Clemente de Alexandria
Tertuliano
Novaciano de Roma
Orígenes
Metódio
Arquelau
Arnóbio de Sicca
Cirilo de Jerusálem
Gregorio de Nissa
Jeronimo
João Crisostomo
Agostinho jovem

Jack Cottrell, diz: "Nos três primeiros séculos da Igreja, a visão do livre-arbítrio
era tudo que existia." http://www.arminianismo.com/

Fica com Deus meu caro

8/6/10 16:59

Rev. Ageu Magalhães disse...

Caro Rev. Augustus, parabéns pelo artigo e pela humildade em dizer "não sei".
A maioria dos deterministas que conheço não sabem dizer estas duas palavras -
se esquecem de Dt 29.29. Abraço, Ageu.

8/6/10 17:07

Matias disse...
Caro Rev Augusto,
primeiro preciso admitir que fico admirado pelo fato de não apenas ler todo meu
comentário, mas tambêm comentar os meus comentários. Tambêm expressei me
mal (o que é normal para um "gringo") na questão do respaldo bíblico do
Calvinismo. Simplesmente queria dizer, que, ao meu ver, há muitas passagens
bíblicas que não dão respaldo ao calvinismo. Mas outras, e não são poucas,
perfeitamente podem ser usadas para apologia do calvinismo.
Quanto ao desenvolvimento do pensamento teologico, que hoje denominamos
calvinismo, precisaria honestamente, rever o material, inclusive de alguns
calvinistas, para mencionar nomes de pais da igreja (não era apenas Origenes)
que não defendiam o monergismo. Eu sei que alguns formularam pensamentos
que foram base para o Pelagianismo.
Quanto ao meu cansaço sobre a discussão calvinismo vs "arminianismo" é que
tenho acompanhado e participado desta há quase 15 anos e vejo que alguns se
"converteram" do calvinismo para o arminianismo e vice-versa. A igreja
pentecostal a qual pertencia em hamburgo, Alemanha, virou reformada e muitos,
pela primeira vez, entenderam a graça de Deus. Hoje esta igreja é ligada a
Sovereign Grace Ministries e tem como mentores Dave Harvey, CJ mahaney e
Dr.mult Thomas Schirrmacher. Todos excelentes expositores biblicos e
exemplos de vida cristã. Tenho maior respeito pelos calvinistas.
Não li todas as teologias sistemáticas de capa a capa... Berkhoff precisa ser lido
com muita atenção, Wayne Grudem leio com prazer em inglês, a do Franklin
ferreira é interessantíssima. É só no ponto da predestinação que não consigo
"imergir"...
Na minha escatologia sou amilenista, e os argumentos dos meus professores
calvinistas foram convincentes.
Quanto ao blog de vocês: é muito esclarecedor, e é necessário debater. Apenas
queria dizer, que muitas vezes na igreja perdemos tempo em debates teologicos,
perdendo nosso foco missionário e evangelístico. creio que calvinistas e não
clavinistas deixam de andar juntos por causa da doutrina da predestinação,
perdendo a oportunidade de juntos fazerem um trabalho de esclarecimento junto
ao povo que pensa que é "crente", mas é supersticioso e nao conhece a palavra
da cruz, e muito mais, levar o evangelho simples para a nação.
O programa "Verdade e Vida" é o ÚNICO programa de conteúdo biblico, mas
em um ou outro programa, ao meu ver (minha oopinião pessoal!) perdeu seu
foco quando começou em uma ou outra programação enfatizar o calvinismo.
Quanto ao TULIP creio que são todos pensamentos de Calvino, mas, apenas
queria enfatizr que não foi ele que desenvolveu estes 5 points.
Calvino é muito mais do que TULIP. A maioria do calvinistas nunca leram as
Institutas, nem a sua forma abreviada, publicada pela PES. O que li de calvino
(parte das Insitutas, Comentário de Romanos), o que li de Lutero (Catecismo
Maior, Menor, Galatas) e de outros reformadores foi muito inspirador, e não
preciso concordar com tudo. Queria ler muito mais, mas a minha rotina
profissional secular não deixa muito tempo.
Não me entendam mal, admiro os calvinistas. Citei Piper e H.D Lopes como
profetas. Gostaria de citar um Wesley moderno... mas não tenho encontrado.
Mas a discussão teologica não deve nos dividir. Eu sei muito bem conviver com
pentecostais, calvinistas, arminianos, historicos, até os dispensacionalistas, pois
todos foram usados para agregar coisas boas ao meu cristianismo.
Não consigo conviver com teologia liberal, de processo, teísmo aberto,
evangelho sangue-suga de alguns tele"evangelistas... estes venderam a verdade!
Abraço fraternal,
Matias

8/6/10 19:39

Anônimo disse...

Dinho,

(Espero que vc não volte a me xingar de novo)

Vc já leu os Pais da Igreja? Tipo, Justino? Já consultou estas fontes in loco?

Há uma ambiguidade entre eles sobre a iniciativa de Deus na salvação. Enquanto


os latinos enfatizavam a prioridade do Espírito Santo, agindo com o livre-
arbítrio, os gregos tendiam a enfatizar a iniciativa do intelecto, para daí sim vir a
ação do Espírito na vontade. O que Agostinho fez foi sistematizar uma série de
'pontas soltas' que os Pais ainda não haviam tratado a contento. Tanto que a
posição de Agostinho se tornou o padrão da ortodoxia no ocidente (o oriente é
outra história).

Para uma crítica ao livro de Geisler, que é muito fraco:

http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VIII
__2003__1/res_v8_n1_flanklin_ferreira1.pdf

Goel

8/6/10 20:32

Anônimo disse...

Dinho,

"Eleitos, mas livres", do Geisler?

O que é isso, meu amigo? Por favor, utilize uma fonte confiável.

Geisler chama Jonathan Edwards, John Owen e muitos outros de hiper-


calvinistas (infelizmente, muitos que se consideram calvinistas aprenderam essa
artimanha com o velho e desonesto Geisler).

O livro todo é repleto de bobagens e indícios (provas, na verdade!) que o cara


não sabe o que está falando.

John Gill fez uma compilação muito boa do que os Pais da Igreja entendiam
sobre os 5 pontos (Parte 4 do seu livro THE
CAUSE OF GOD AND TRUTH:
http://www.pbministries.org/books/gill/gills_archive.htm#5

8/6/10 20:35

Anônimo disse...

Dinho

O que o Jack Cottrell escreveu demonstra a profunda ignorância dele sobre a


Patrística.

Tendo lido muito dos Pais da Igreja em minha vida acadêmica, devo dizer que a
ênfase do livre-arbítrio nestes (sejam gregos, como Justino) ou latinos (como
Tertuliano) não eram ligadas diretamente à soteriologia (que não era matéria de
debate então). Geralmente o tratamento do livre-arbítrio estava ligado à
teodicéia, como argumento contra o fatalismo grego. Basta ler o próprio tratado
do livre-arbítrio de Agostinho prá ver isto.

Ao mesmo tempo que o Cottrel escreve uma bobagem desta, ele também deveria
falar que muito da doutrina da salvação no período pré-Agostinho era quase
salvação pelas obras; basta estudar o neo-nomismo presente na Patrística prá ver
isto.

No fim, por mais admiraveis que sejam estes homens, é a Sagrada Escritura que
vai decidir a questão. E não, não há textos arminianos nela.

Goel

8/6/10 20:39

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Caro Matias,

Obrigado por sua resposta e pelas considerações irênicas. Entendi seu ponto de
vista.

Um grande abraço!

8/6/10 22:31

Augustus Nicodemus Lopes disse...


Dinho,

Acho que Goel já disse tudo o que eu queria dizer e melhor ainda, sobre os Pais
da Igreja e o uso de Geisler.

Lamentavelmente, você perdeu as estribeiras de novo e fez um comentário cheio


de ironias e acusações. Desta feita está excluído de vez da discussão.

8/6/10 22:32

Augustus Nicodemus Lopes disse...

André, querido,

Estas passagens que você cita são bem conhecidas dos calvinistas. Para mim, a
interpretação que eles dão para estas passagens são muito mais convincentes e
explicam muito melhor as outras passagens que falam da eleição, predestinação,
do amor especial de Deus pelos eleitos, da eficácia da morte de Cristo somente
para os que são seus, etc.

Não vamos ficar aqui repassando os pontos básicos e já batidos desta discussão.

Abs.

8/6/10 22:35

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Jorge,

O comentário de Clark é interessante, mas eu ainda fico com Calvino quando


fala da predestinação nestes termos:

"Quando os homens quiserem fazer pesquisa sobre a predestinação é preciso que


se lembrem de entrar no santuário da sabedoria divina. Nesta questão, se a
pessoa estiver cheia de si, e se intrometer com excessiva autoconfiança e ousadia
jamais irá satisfazer a sua curiosidade. Entrará num labirinto do qual nunca
encontrará saída, porque não é certo que as coisas que Deus quis manter ocultas
e das quais ele não concede pleno conhecimento sejam esquadrinhadas dessa
forma pelos homens. Também não é certo sujeitar a sabedoria de Deus ao
critério humano e pretender que este penetre a sua infinidade eterna. Pois Ele
quer que sua altíssima sabedoria seja mais adorada do que compreendida (a fim
de que seja admirada pelo que é). Os mistérios da vontade de Deus que ele
achou bom comunicarmos, Ele nos testificou em Sua Palavra. Ora, ele achou
bem comunicar-nos tudo o que viu que era do nosso interesse e que nos seria
proveitoso".

"E não nos envergonhemos por ignorar algo deste assunto, no qual há certa
ignorância mais douta que o saber. Melhor faremos em em dispor-nos a abster-
nos de um conhecimento cuja exibição é estulta e perigosa, e até mesmo
perniciosa. Se a curiosidade de nossa mente nos solicitar que investiguemos
tudo, sempre teremos em mãos esta sentença para rebater esta pretensão: 'quem
esquadrinhar a majestade de Deus será oprimido por Sua glória'." (Institutas,
Livro III, capítulo 1 e 2).

Termino este assunto, pois acho que já basta, lembrando que a Bíblia é
suficiente e não exaustiva. Quando ela fala, nós falamos. Onde ela se cala,
devemos calar.

Abs.

8/6/10 22:35

Francisco Mário disse...

Spurgeon falou: "Todos nós nascemos arminianos". Na verdade, é fácil ser


arminiano porque o homem fica no trono. Digo isso porque fui um dia. Ser
calvinista exige 3 coisas que poucos têm:

1. Renúncia do ego em, pelo menos, aceitar a possibilidade que Deus fez tudo
por mim e eu não posso fazer nada.

2. Humildade para aceitar o que a Bíblia ensina sem questionar

3. Conhecimento teológico e exegético (tendo as 2 de cima)

Estão falando muito em "Pais da Igreja" para tratar de um assunto que é


substancialmente bíblico. Ao meu ver, alguns pais da Igreja prepararam o
terreno nesse assunto para o surgimento da igreja medieval e pagã.

Toda a doutrina errada da igreja medieval católica se baseia na doutrina


arminiana - salvação por obras, através dos sacramentos, mediadores além de
Cristo, o homem pode participar da salvação etc. Seguiu a lógica que se o
homem é livre, então ele tem algum mérito (segundo essa doutrina)

Depois, quando se afirma que os arminianos aceitam que a salvação só pode vir
pela intervenção de Deus, mas o homem pode recusar, isso não é inteligente.
Ora, se o homem pode recusar sem a intervenção de Deus (pois segundo eles
Deus não intervém na recusa de ninguém), ele teria também liberdade de TER a
salvação sem a intervenção de Deus porque se o homem recusa sem a sua
intervenção, porque ele aceitaria só com a sua intervenção? Isso não se sustenta
e não é inteligente.
No entanto, se o homem pode ser salvo sem a intervenção de Deus, anula-se a
cruz de Cristo como disse Paulo.

Depois, é difícil sair dos textos que demonstram total impossibilidade como
MORTO, CEGO etc.

Outra observação é que essa história de dizer: "Deixemos de discutir sobre


predestinação e livre-arbítrio, pois temos as almas que precisam de nós" é uma
total dicotomia entre doutrina e praticidade. A ortodoxia tem a ver com
ortopraxia. Jesus mesmo disse que erramos quando não conhecemos as
Escrituras e o poder de Deus. O que é a carta aos Romanos, se não um tratado
sobre predestinação e justificação pela fé?

Portanto, devemos discutir mesmo, sempre levando em conta o que o post


tratou: devemos dar lugar a dúvidas dos outros e aceitar aqueles que não
concordam conosco, mesmo que haja refutação.

8/6/10 23:27

Anônimo disse...

Chave de ouro!

O Rev. Nicodemus pronunciou sabedoria por meio de Calvino.

Fim da discussão!

9/6/10 06:41

Johnnathan disse...

Rev.: Augustus

Relendo com mais atenção o seu texto vejo que concordo com Vc.
Realmente não discordamos, é questão de nomenclatura mesmo.

Abs.

9/6/10 08:35

Solano Portela disse...

Dinho disse:
"... Penso que um casal de calvinistas ao ter resolver ter um filho, deve ter em
mente que eles podem está gerando um filho para O FOGO ETERNO DO
INFERNO!"
UÉÉÉ?!!!
Os arminianos estão protegidos disso? Todos eles têm certeza de que os filhos
serão salvos?

Solano

9/6/10 11:33

Anônimo disse...

Essa foi boa Solano. Parece que os Arminianos acham que filhos de crentes,
crentinhos são. Fazem os meninos decorarem versículos e acham que eles já são
futuros grandes pregadores.

Bonfim

9/6/10 12:41

fileto disse...

Penso assim pois entendo que a Queda de Adão veio antes da predestinação na
seqüência lógica (não na seqüência histórica) em que Deus elaborou o plano da
salvação.
Pastor este ponto me ajudou muito,mas ainda tenho uma dificuldade ou eu não
entendi o ponto de vista do senhor com efésios 1 quando diz:" que nos
predestinou antes da fundação do mundo".
um grande abraço
fileto

9/6/10 12:49

Engenharia disse...

Gostaria de parabenizar o Dr. Augustus Nicodemos pelo excelente texto e


recomendar um excelente texto do Dr. Roger Nicole, professor no Reformed
Theological Seminary, sobre disputas teológicas:

http://www.founders.org/journal/fj33/article3.html

9/6/10 13:46

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Fileto,

O texto de Paulo refere-se à seqüência histórica e cronológica. Antes de criar o


mundo no tempo e no espaço, Deus já havia predestinado os seus.
Abs.

9/6/10 14:39

Pr. Izaque Barbosa disse...

Olá Reverendo,
Tenho lido alguns artigos do sr. e ouvido alguns áudios que o Felipe Sabino
publica no site www.monergismo.com.br. Foi lá que entrei em contato com um
pouco do que o Senhor nosso Deus tem lhe confiado. Apesar de ser pentecostal,
a partir daí tenho me dedicado à pesquisa sobre as doutrinas calvinistas.
Reverendo Nicodemus, esse post corrobora minha conclusão que cheguei sobre
sua postura de um calvinista com uma ampla visão. Sua fidelidade ao seu
sistema teológico, sem cometer o pecado de humilhar os partidários de outros
sistemas é, pelo menos para mim, admirável.
Parabéns, doutor. Que Deus continue te abençoando.

9/6/10 14:54

Rev. Ageu Magalhães disse...

Caro Rev. Augustus, só para reforçar a sua frase "Quando ela fala, nós falamos.
Onde ela se cala, devemos calar.", mais Calvino:

“Eis um bom marco memorial da sobriedade: se em nossa aprendizagem ou em


nosso ensino seguirmos a Deus, tenhamo-lo sempre adiante de nós.
Contrariamente, se Ele parar de ensinar, paremos de querer continuar a ouvir e a
entender” (João Calvino, As Institutas: Edição Especial para Estudo e Pesquisa,
III.8)

“É estulto e temerário de cousas desconhecidas mais profundamente indagar do


que Deus nos permita saber” (João Calvino, As Institutas, III.25.6)

“Portanto, que esta seja nossa regra sacra: não procurar saber nada mais, senão o
que a Escritura nos ensina. Onde o Senhor fecha seus próprios lábios, que
igualmente impeçamos nossas mentes de avançar sequer um passo a mais.”
(João Calvino, Romanos, Rm 9.14)

Abraço,
Ageu.

9/6/10 15:49

Marcinho disse...
Rev. Augustus,
vou mudar um poco de assunto para tirar uma dúvida. Penso em comprar a nova
edição da bíblia de estudo de Genebra. Numa livraria, verifiquei que, não
obstante as poucas alterações das notas de rodapé, foram retirados boa parte
daquelas notas teológicas (Sproul) e acrescentadas outras coisas (como a CFW).
Gostaria de saber sua opinião; se a nova edição supera a primeira, ou se a
primeira edição era melhor que essa nova.
Abs.
Márcio

9/6/10 15:55

Anônimo disse...

O Dinho escreveu:
"... Penso que um casal de calvinistas ao ter resolver ter um filho, deve ter em
mente que eles podem está gerando um filho para O FOGO ETERNO DO
INFERNO!"

Diferente desta caricatura, nossa fé conecta a doutrina da eleição à teologia


pactual. Isto é, o Deus gracioso que elege, também estabelece uma aliança com
estes indivíduos, tornando-os uma santa comunidade. E a família é parte desta
comunidade.

Portanto, nossa confiança é que o Deus que soberanamente nos chama, também
cumpra suas misericordiosas promessas feitas a nós e a nossos filhos: "Para vós
outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe,
isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar".

A gente não evangeliza os filhos da aliança; a gente os educa na fé. Eles estão
debaixo de promessa.

Goel

9/6/10 16:08

Augustus Nicodemus Lopes disse...

Pr. Izaque,

Obrigado pelas boas palavras e pelo encorajamento.

Abs.

Rev. Ageu,

Excelente complementação. Isto me lembra que muitos calvinistas leram tudo


menos o próprio Calvino...
Abs.

Marcinho,

Ainda não fiz esta comparação. Lamento.

Abs.

9/6/10 16:46

Francisco Mário disse...

"A gente não evangeliza os filhos da aliança; a gente os educa na fé. Eles estão
debaixo de promessa."

Eu, particularmente, acho perigosa essa declaração. Devemos evangelizar a


todos, pois todos estão debaixo do pecado.

Filhos dos herdeiros da promessa não significam salvos. A prova disso é que
Deus amou Jacó e aborreceu a Esaú (todos dois filhos de Isaque).

A salvação não requer nenhum privilégio. Ela é inteiramente pela graça.

9/6/10 17:11

Anônimo disse...

Rev. Augustus,

Lendo esse "debate" aqui entre Calvinistas e Arminianos nos comentários,


gostaria também, se possível, de manifestar minhas impressões sobre as
posições apresentadas e depois tirar uma dúvida:

1. Sobre os argumentos Calvinistas:

A) Percebo que os calvinistas quando defendem sua posição, citam os textos e


também os explicam.

B) Percebi que em nenhum momento os calvinistas são acusados pelos


arminianos de citar textos errados, ou seja, de citar textos que nada têm a ver
com o ponto de vista ou a doutrina em debate.

C) As explicações e as interpretações dadas pelos calvinistas sobre os textos


também não são contestadas pelos arminianos, pelo contrário, são até elogiadas
em certo comentário.

2. Sobre os argumentos arminianos:


A) Os arminianos não refutam os textos dos calvinistas, ou seja, não acusam de
erro de citação os textos, nem que estão fora do contexto do assunto.

B) Os arminianos não explicam de forma diferente as interpretações dos textos


dadas pelos calvinistas.

C) Os arminianos quando são incentivados a citar textos que contradizem os


textos dos calvinistas, eles não o fazem.

D) Os textos citados pelos arminianos para sustentar suas posições são todos
explicados de forma diferente pelos calvinistas, o que dá a impressão clara para
mim de que a interpretação dos arminianos é, no mínimo, contestável.

Sinceramente, na minha opinião, os textos e as explicações apresentadas são


suficientes pra que alguém sinceramente chegue a uma conclusão.

Não acredito que as duas posições estão corretas, não acho que as duas
interpretações estão certas, pois são muito diferentes uma da outra.

Pelo que percebi, elas são excludentes, uma está ainda sinceramente equivocada.

Gostaria de fazer uma pergunta para o senhor: na História da igreja, quais foram
os homens (pastores e pregadores) reconhecidamente sérios e comprometidos
com Deus que defenderam o Calvinismo e os que defenderam o Arminianismo?

Aguardo a resposta do senhor.

Deus o abençõe!

10/6/10 00:06

Anônimo disse...

Francisco,

Recomendo que vc estude um pouco mais sobre a teologia da aliança.

Note que citei "fé".

E "evangelização", segundo o NT, é apresentar a mensagem; não método, nem


resultado.

Goel

10/6/10 06:06

Anônimo disse...
"Ora, se o homem pode recusar sem a intervenção de Deus (pois segundo eles
Deus não intervém na recusa de ninguém), ele teria também liberdade de TER a
salvação sem a intervenção de Deus porque se o homem recusa sem a sua
intervenção, porque ele aceitaria só com a sua intervenção? Isso não se sustenta
e não é inteligente."

pode parece que isso não se sustente nem seja inteligente..


porem uma coisa é a logica que vc tira da doutrina arminiana e, outra coisa é o
que os arminianos afirmam.

os arminianos não afirmam que sem a intervenção da graça de Deus o homem


possa ser salvo. ]

o bom seria que todos os calvinista tivessem o bom senso de distinguir, o que os
arminianos afirmam, do que eles entendem levar a doutrina arminiana.

sei que isso ocorre também entre os arminianos.

E com relação a frase de Spurgeon que todo homem nasce arminiano, mais uma
vez indico o propria livro de Sproul(sola Gratia) na parte em que ele fala de
Armínio. Posso não concordar com tudo o que ele falou, mas seria uma boa
compreesão para os que só conhece o arminianismo de conclusões lógicas tirada
de calvinistas, que nem sempre estão bem informados com as doutrinas
arminianas.

outro livro que sugeria para que tivessem uma compreensão melhor sobre o que
afirma o arminianismo seria: Arminian Theology: Myths and Realities. Do Dr.
Roger Olson que ja tem algumas obras traduzidas para o português, mais voltado
na area de história.

Paz de Cristo..

10/6/10 11:37

Anônimo disse...

A Paz de Cristo!

Dr. Augustus,
Certa feita um pastor presbiteriano e muito amigo meu (Pr. Euder Lemos, já foi
aluno seu) me disse que "A doutrina da Predestinação não é difícil de ser
entendida e sim de ser aceita". O que o sr. acha?

Cleiton Tenório

10/6/10 12:47

Augustus Nicodemus Lopes disse...


Cleiton,

Já respondi a este tipo de argumento, leia acima as citações de Calvino que fiz
complementadas pelo Rev. Ageu.

Abs.

10/6/10 14:32

Anônimo disse...

Mudei de ideia!

Será que conseguirei manter-me na nova posição?

10/6/10 15:39

Anônimo disse...

Irmão arminiano anônimo (penúltimo comentário acima 10/06, 11:37), a Paz de


Cristo.

Gostaria respeitosamente de expressar minha opinião sobre suas falas e que me


chamaram a atenção:

"...porém uma coisa é a logica que vc tira da doutrina arminiana e, outra coisa é
o que os arminianos afirmam."

"...mas seria uma boa compreensão para os que só conhece o arminianismo de


conclusões lógicas tirada de calvinistas, que nem sempre estão bem informados
com as doutrinas arminianas."

Em oito anos numa igreja arminiana (AD) acredito que talvez eu conheci esse
arminianismo que você diz que nós calvinistas só conhecemos através da lógica
e por outros calvinistas. Se eu estiver enganado, por favor me corrija e me
apresente esse outro arminianismo. Vou tentar te explicar porque digo isso.

Conheço bem e apenas o arminianismo assembleiano, de onde saí. Durante os


anos que lá permaneci, não vi nenhuma diferença na conclusão lógica da
doutrina e nem muito menos na prática do arminianismo que hoje é explicado
pelos calvinistas, (aquele refutado como heresia lá em Dort).

Vivi na prática o ensino do arminianismo histórico Dortiano, na maioria das


vezes sem saber e também sem querer pensar na lógica do ensino. O
arminianismo brasileiro que eu vivi e explico como erro hoje, é exatamente o
mesmo arminianismo que foi refutado séculos atrás no Sínodo de Dort.

O arminianismo que eu pratiquei (ainda que sem saber "logicamente"),


desemboca no mesmo rio do outro antigo, tem o mesmo raciocínio lógico nas
conclusões daquele. Basta consultar um pastor arminiano brasileiro que ele lhe
dará os mesmos textos e as mesmas conclusões Dortianas.

Por isso, querido irmão anônimo, não posso concordar com você. Um crente que
é doutrinariamente calvinista, quando explica o erro arminiano, ainda que nunca
tenha sido membro de uma denominação arminiana e vivido na prática essa
doutrina, pode ficar tranquilo, é o mesmo antigo arminianismo de Dort.

Irmão anônimo arminiano, com todo o respeito, essa é a minha opinião.

Deus te abençõe e fique também na Paz de Cristo.

Eduardo.

10/6/10 16:57

Francisco Mário disse...

Ao Goel

["Recomendo que vc estude um pouco mais sobre a teologia da aliança.

Note que citei "fé".

E "evangelização", segundo o NT, é apresentar a mensagem; não método, nem


resultado."]

Amado irmão, aconselho a você não fazer essa recomendação:

1. Quando não conhecer a pessoa e nem a sua formação


2. Quando estiver diante de uma refutação com base nas Escrituras (coisa que
você não tocou e acho que não sairá nunca do verso que dei; exceto que deturbe
e estarei aqui para dizer onde o fez)
3. Por eu não concordar com um aspecto de uma doutrina não signifique que
devo estudar mais. Prova disso que o Rev. Nicodemus não aceita a interpretação
reformada de Rom 7.14 ss. Nem por isso, não posso dizer que ele não conheça
essa doutrina.

Portanto, irmão, vá com mais calma e humildade.

10/6/10 20:47

Francisco Mário disse...

Goel, segunda parte:


["E "evangelização", segundo o NT, é apresentar a mensagem; não método, nem
resultado."]

Não toquei em método, nem em resultados. Toquei exatamente em


evangelização porque todos estão debaixo do pecado e da ira de Deus, mesmo
qualquer familiar nosso que não tenha tido o nvo nascimento, precisa crer e essa
fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.

A salvação não é hereditária. Se não foi assim no VT, imagine no NT porque o


justo viverá pela fé (Hb 2.2; Rm 1.16,17). Escrevi um artigo sobre isso.

10/6/10 20:56

Francisco Mário disse...

Ao irmão anônimo:

Irmão, eu fui arminiano um bom tempo. No entanto, eu usei apenas a lógica do


argumento escrito aqui mesmo neste post.

Usei lógica, porque todos nós nos expressamos com base em pressuposições e
conclusões. Eu, apenas, coloquei em forma explícita essa lógica.

Mesmo assim, qualquer que seja as proposições arminianas, a conclusão sempre


será num labirinto que vai levar ao Minotauro da vanglória humana e do
decréscimo da obra de Cristo na cruz.

10/6/10 21:12

Anônimo disse...

Francisco

Lamento vc ter se magoado; como não sei usar emoticons por aqui, não queria
ofendê-lo.

De qualquer forma, ainda recomendo que vc estude a teologia das alianças. Há


bons livros em português sobre isto (Van Groningen, Palmer Robertson, Mike
Horton, John Murray, etc).

Escrevo isto, pois, ao escrever "a salvação não é hereditária" vc parece


demonstrar não ter idéia clara do que a teologia da aliança ensina sobre pais &
filhos. Então, é prova de humildade não só discordar da posição de um oponente
mas NÃO FAZER UMA CARICARTURA ou má representação da posição do
mesmo.

Por fim, não vi nenhuma "refutação com base nas Escrituras" com a qual deveria
me preocupar. Citar "texto-prova" não é, necessariamente, mostrar "base nas
Escrituras".

Goel

11/6/10 08:40

Oliveira disse...

Assembleianos na sua maioria absoluta (pastores inclusive), não sabem que são
arminianos. Falo da geração de 1970 até 1997 (quando lá congreguei).

PS: Reverendo... consegui fazer um comentário curto... risos...

11/6/10 08:45

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