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O mundo vem mudando a cada dia que vivemos. Parece o óbvio, mas algumas
pessoas ainda não perceberam as últimas mudanças, em especial numa faceta
da humanidade: a esperteza. Antigamente ou até poucas décadas atrás, o
esperto ou malandro era um cara bem sucedido de uma forma geral.
É. E os espertos de hoje, como é que são e como é que vão? Fica muito difícil
senão impossível achar algum com as qualidades de outrora. Então, como
qualificá-los? Poderemos começar pelos personagens de algumas cenas
brasileiras. Os dos precatórios por exemplo. Mas não dá nem para a saída. Nem
suas mães (será que têm) gostam deles!. Então vamos aos políticos. Aqui, no Rio
de janeiro, sede do samba e da malandragem, um que fale meio arrastado (tipo
governador). Qualidades? Só talvez um certo gosto por açúcar destilado o
colocaria no páreo mas não passaria pelo teste de caminhar sozinho pela área
da Lapa.
Mas alguém poderia dizer, eles estão aí, nas ruas, nos bancos, nos jornais, nas
televisões, nos palácios, roubando e enganando o povo para continuar se
divertindo em Miami, em Angra, com seus BMW, iates, jatinhos, chafarizes,
flamingos cor-de- rosa, mulheres, etc.
Não que queira a volta dos espertos, mas a comparação acima é uma maneira,
talvez a única por enquanto, que tenho de reagir.
Diógenes, o grego
17/6/97