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Capítulo 2

Modelo atômico

Mário Ernesto Giroldo Valerio


Introdução à Mecânica Quântica
DFI-UFS 2007/1
Capítulos 4 do Eisberg e Resnik

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


2.1 – Modelo Atômico: dos Gregos até Thomson
• Grécia antiga → Alquimistas (400 A.C.)
– Matéria consiste de partículas distintas indivisíveis (átomos)
– Ausência de evidências experimentais.
• Teoria Atômica dos Gregos
– Em 430 A. C. Leucipo formula a primeira teoria científica sobre a composição da matéria.
– Em 400 A. C Demócrito confirma esta teoria de que a matéria é constituída por partículas
minúsculas e indivisíveis.
– Em 300 A. C. Epicuro continua a sustentar a teoria atômica de seus antepassados assim como
Lucrécio, entre os romanos, em 90 A. C.
• Alquimia
– Os árabes herdaram, na Idade Média, a cultura do mundo antigo e, no que diz respeito à
química, aprofundaram-se no desenvolvimento da alquimia. Na busca da Pedra Filosofal que
transformaria tudo em Ouro, ou ainda do Elixir da Longa Vida, os alquimistas acumularam grande
experiência em diversos processos, que foram muito úteis na evolução da química através dos
tempos.
• Século XVIII → Antoine Lavoisier (1789)
– Química como ciência quantitativa (conservação de massa no decorrer de uma reação química).
– Lei da Conservação da Massa : Não há alteração detectável na massa numa reação química
comum.
• Antes de 1800, o conceito da natureza discreta da matéria foi baseada, em grande parte,
em intuição.
• Lei das combinações volumétricas (Gay-Lussac, 1808)
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• Modelo de Dalton (~1808)
1)- A Natureza Discreta da Matéria: Um elemento é composto por minúsculas
partículas denominadas átomos. Todos os átomos de um determindado
elemento químico apresentam as mesmas propriedades.
2)- Lei da Conservação de Massa: Átomos de elementos diferentes
apresentam propriedades diferentes. Em uma reação química comum, nenhum
átomo de qualquer elemento desaparece ou transforma num átomo de outro
elemento.
3)- Lei da Composição Constante: Compostos são formados pela combinação
de átomos de dois ou mais elementos. Em um determinado composto, os
números relativos de átomos de um certo tipo são definidos constantes. De um
modo geral, estes números relativos podem ser expressos como números
inteiros ou frações simples.
- O terceiro postulado levou Dalton a formular a Lei das Proporções da Múltiplas:
A massa de um elemento que se combina com uma massa
fixa de um segundo elemento o faz segundo uma razão de
números inteiros.

•Para Dalton osIntrodução


átomos eram
à Mecânica esferas maciças!
Quântica 2007-1
• O modelo de Dalton apresentava problemas para
descrever os seguintes resultados:
– Átomos eram compostos de cargas elétricas diferentes.
– Os elétrons eram partículas que constituíam o átomo e
tinham uma carga e massa bem definida (Experiência
de Thomsom da relação carga/massa do elétron).
– Elétrons podiam ser ‘retirados’ e ‘colocado’ nos
átomos.

•Helmoholtz (1811) Tanto a eletricidade positiva quanto a negativa estão


dividida em proporções elementares definidas.

• Avogadro (1811), distinguiu o átomo com sendo a menor partícula que pode
participar de uma reação química e a menor partícula que pode existir
permanentemente.
• Faraday (1832) → Leis da eletrólise.
• J. J. Thompson (1897) → Descoberta do elétron

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• Modelo Atômico de Kelvin-Thomson (1897)
– JJ Thomson utilizando tubos de Crookes, demonstrou que os raios
catódicos podiam ser interpretados como um feixe de partículas
carregadas negativamente e que possuíam massa.
– Concluiu que essas partículas negativas deviam fazer parte de
quaisquer átomos, recebendo assim o nome de elétron.
– O modelo atômico de Kelvin-Thomson propunha então que o
átomo não fosse maciço, mas sim um fluído com carga positiva
homogêneo e quase esférico no qual estavam dispersos os
elétrons distribuídos uniformemente.
– Esse modelo atômico ficou conhecido como "pudim de passas" ou
"pudim de ameixas".

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• Experimento de J.J. Thomson:
– Feixe de raios catódicos por um campo elétrico e um campo
magnético.
– Cada um destes campos, atuando isoladamente, desviava o feixe
de raios em sentidos opostos.
– Fixando o campo elétrico, o campo magnético podia variar até
conseguir que o feixe de raios siga uma trajetória horizontal
original.
• Neste momento as forças elétricas e magnética eram iguais e de
sentido contrario se anulando.
– O segundo passo consistia em eliminar o campo magnético e medir
o desvio sofrido pelo feixe devido ao campo elétrico.
– Como resultado, os raios catódicos tem uma relação carga/massa
mais de 1.000 vezes superior a de qualquer íon.
– Esta constatação levou Thomson a supor que as partículas que
formam os raios catódicos não eram átomos carregados mas sim
fragmentos de átomos, ou seja, partículas subatómicas que ele
chamou de elétrons.

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2.2 – Falhas no Modelo Atômico de Thomson
• O modelo de Thomson previa que a energia de ionização
de qualquer átomo é relacionada com a energia necessária
para retirar um elétron de dentro de uma distribuição de
cargas esférica homogênea.
• Para o caso do H (1 elétron):

Wion. = qV ( ∞ ) − qV ( 0 )
3 qQ
Wion . =
8 4πε0 R
Para o H: q=Q=1.6 × 10-19 C R ≈ 10-10 m
WionH . = 21.6eV ≠ WionH . ( exp ) = 13.6eV
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• Emissão de radiação pelos elementos químicos:
– A emissão é devida ao movimento acelerado do elétron
no interior do átomo devido a distribuição positiva de
cargas.
Átomo de H:

fotons emitidos:
1 qQ
ν = 2πω =
2ε0 mR 3

Átomo de H: ν=2.53x1015Hz → Efoton~10.5eV, λ~120nm (UV)


ÚNICA FREQUÊNCIA → fóton de uma ‘cor’ somente!!!!!
Se o elétron descrever órbitas circulares, podemos decompor
em dois MHU em cada direção e a freqüência será a mesma !
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• Experiência de ‘Rutherford’:
– Geiger e Marsden, 1909 (colaboradores de Rutherford
University of Manchester) e Ernest Rutherford, 1911
– Espalhamento de partículas α por uma fina folha de
metal.
– Experimento concebido para provar o modelo de
Thomson
– Rutherford foi aluno de Thomson !!!

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• Partículas α são núcleos de He com carga +2
• No modelo de Thomson, as partículas α ao atravessarem a
matéria sofreria pouco desvio e elas formariam um feixe
com baixa divergência e atingiriam o detector em
pequenos ângulos em relação ao feixe incidente.
• As partículas α são espalhadas por vários átomos antes de
sair do material
– Espessuras típicas: ~10-6m=1µm → N~104 partículas
– Supondo que o cada átomo produz um desvio médio aleatório
pode-se fazer um tratamento estatístico e prever qual seria d
distribuição de partículas no modelo de Thomson.
2IΘ −Θ
N ( Θ ) dΘ = 2 e Θ2

Θ Θ2

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• Resultado...

http://www.deciencias.net/proyectos/quimica/atomo/rutherford.htm

Previsão do modelo de
Valor experimental de
Thomson para número de
o
180

∫ N ( Θ) dΘ Rutherford – Geiger –
partículas espalhadas −( 90 ) o
2

N ( Θ > 90o ) = 90
o
≈e ≈ 10−3500 Marsden:
com ângulos de 90 até I
180º : 10-4
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• In 1909, an undergraduate, Ernest Marsden, was being trained by
Geiger. To quote Rutherford (a lecture he gave much later):

• "I had observed the scattering of alpha-particles, and Dr. Geiger in my


laboratory had examined it in detail. He found, in thin pieces of heavy
metal, that the scattering was usually small, of the order of one degree.
One day Geiger came to me and said, "Don't you think that young
Marsden, whom I am training in radioactive methods, ought to begin a
small research?" Now I had thought that, too, so I said, " Why not let
him see if any alpha-particles can be scattered through a large angle?"
I may tell you in confidence that I did not believe that they would be,
since we knew the alpha-particle was a very fast, massive particle with
a great deal of energy, and you could show that if the scattering was
due to the accumulated effect of a number of small scatterings, the
chance of an alpha-particle's being scattered backward was very small.
Then I remember two or three days later Geiger coming to me in great
excitement and saying "We have been able to get some of the alpha-
particles coming backward …" It was quite the most incredible event
that ever happened to me in my life. It was almost as incredible as if
you fired a 15-inch shell at a piece of tissue paper and it came back
and hit you."
http://galileo.phys.virginia.edu/classes/252/Rutherford_Scattering/Rutherford_Scattering.html
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2.3 – Átomo de Rutherford
• Rutherford propôs que o átomo fosse constituído
por um núcleo que continha toda carga positiva
cercado pelos elétrons.
• Como este modelo poderia explicar os resultados
experimentais?
– Como o núcleo é pequeno e os elétrons muito leves, a
grande maioria da partículas α não era desviada
apreciavelmente, similar ao modelo de Thomson e que
concorda com o dados experimentais para baixos
ângulos.
– Aquelas partículas que no entanto se aproximassem do
núcleo o suficiente para ‘sentir a ação’ do campo
Coulombiano nuclear seriam espalhadas fortemente.
– Dependendo da distância de aproximação, as partículas
podem ser espalhadas em ângulos grandes.

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2 2
 1   zZe  2πIρt isenΘ 2
N ( Θ ) dΘ =    2 

 4 πε 0   2 Mv  sen 4 Θ
2 ( )
• Carga do Núcleo : +Ze
• Carga da Partícula incidente:
+ze
• Momento da partícula: Mv
• Intensidade do feixe de
partículas: I
• Espessura da folha do alvo: t
• Densidade de átomos (ou
núcleos) por volume do alvo: ρ

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• Meses após a proposta de Rutherford, Geiger e Marsden
testaram exaustivamente o modelo.
– A dependência angular foi testada entre 15 e 150º para folhas de Ag
e Au. OK!

– A eq de Rutherford prevê N(θ) ∝ (½Mv2)-1. Usando fontes diferentes


eles comprovaram a eq para variações de energia de um fator até 3.

– N(θ) ∝ espessura t da folha. Válido para variação de um fator até 10


em t.

– N(θ) ∝ (Ze)2. A carga nuclear não era bem conhecida para muitos
núcleos mas eles usaram a expressão de Rutherford para avaliar o
Z de vários elementos e encontraram que Z era igual ao número
atômico químico. Os valores de Ze nuclear foi confirmado mais
tarde.
2 2
 1   zZe2  2πIρt isenΘ
N ( Θ ) dΘ =    2 

 4 πε 0   2Mv  sen ( )
4 Θ
2
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• Usando o modelo de Rutherford foi possível prever o raio
do núcleo atômico (Exercício !!!)
– Para o Al: R~10-14m=1F
• As evidências experimentais que suportavam o modelo de
Rutherford eram tantas que não existia mais dúvidas de
que o átomo era formado pelo núcleo com a carga positiva
circundado por elétrons neutralizando a carga.
• Mas ai um novo problema surge.
• Como este átomo é estável? Por que as cargas não
colapsam no núcleo?
– Se elas são estacionárias, não existe forma de arranjar Z elétrons
em volta do núcleo esférico de carga +Ze sem que elas sejam
atraídas e colidam com o núcleo.
– E se os elétrons estão em órbitas, como o movimento planetário?
• O problema ai é que a Teo Eletromagnética diz que cargas aceleradas
irradiam energia.
• Os elétrons perderiam energia e novamente colapsariam no núcleo !!!
• Além disso, este modelo prevê que os átomos irradiam energia num
espectro contínuo o que não era observado experimentalmente.
• 1913 – Niels Bohr !
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2.4- Espectro dos Elementos
Gustav Kirchhoff and Robert Bunsen nos anos de 1850 observaram os espectros
da luz emitida por ‘elementos muito quentes’.

H Violet (380-435nm)
Hg Hg
Blue(435-500 nm)
Cyan (500-520 nm)
Green (520-565 nm)
Yellow (565- 590 nm)
Orange (590-625 nm)
Red (625-740 nm)

Ar

He

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Hg

He

O espectro de absorção é obtido incidindo uma luz policromática numa


amostra do gás e analisando (decompondo) a luz que atravessa a
amostra.

O espectro de absorção dos gases rarefeitos são iguais aos espectros de


emissão deste mesmos gases em altas temperaturas.

Se o gás esta em baixas temperaturas somente uma das séries aparece.


Para o H, só aparecer a série de Lyman (UV).

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• Balmer 1885:
– A ‘regularidade’ observada no espectro visível
emitido por átomos de H pode ser descrito pela
fórmula empírica: λ Å = 3646 n 2
( ) n2 − 4

H Violet (380-435nm)
Blue(435-500 nm)
Cyan (500-520 nm)
Green (520-565 nm)
Yellow (565- 590 nm)
Orange (590-625 nm)
Red (625-740 nm)

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• Rydberg, 1890
– Propôs uma outra fórmula empírica capaz de
reproduzir a série de Balmer e as demais
‘séries’ do espectro do H:
1  1 1 
κ = = RH  2 - 2 
λ m n 

m=1

Constante de Rydberg m=2

m=3

m=4

Introdução à Mecânica
m=5 Quântica 2007-1
• Para outros metais alcalinos (Li, Na, K, ...)
existe uma fórmula de Rydberg similar a do
H:

1  1 1 
κ = = R - 
λ  (m - a) (n - b) 
2 2
 
• R é a cte de Rydberg para o elemento em
questão e a e b são constantes que
dependem da série espectroscópica
considerada

• Modelos empíricos !!!!


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2.5 – Modelo de Bohr para o átomo
• Postulados de Bohr:
1.Um elétron se move ao redor do núcleo sob influência
do potencial Coulombiano do núcleo, em órbitas
circulares, obedecendo as leis da mecânica clássica;
2.Um elétron só pode se mover em uma órbita na qual o
momento angular é um múltiplo inteiro de ;
3.Apesar do movimento do elétron ser acelerado, ele se
move nestas órbitas sem emitir radiação e, portanto, a
sua energia é constante e as órbitas são estacionárias;
4.Radiação só é emitida pelo átomo se o elétron que se
move em uma órbita de maior energia (Ei) muda sua
órbita para outra de menor energia (Ef). O fóton emitido
tem energia igual a diferença de energia entre as
órbitas.
– Na absorção de um fóton acontece o processo reverso.

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• Postulado 1: Um elétron se move ao redor do
núcleo sob influência do potencial Coulombiano
do núcleo, em órbitas circulares, obedecendo as
leis da mecânica clássica.
– Modelo de Bohr se baseia no modelo de Rutherford
do átomo e preserva as leis da Mecânica Clássica.

• Postulado 2: Um elétron só pode se mover em


uma órbita na qual o momento angular é um
múltiplo inteiro de .
– Quantização do momento angular !!

L = n n = 1, 2, 3, 4,
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• Postulado 3: Apesar do movimento do elétron ser
acelerado, ele se move nestas órbitas sem emitir
radiação e, portanto, a sua energia é constante e as
órbitas são estacionárias.
– Elimina o problema da estabilidade das órbitas simplesmente
postulando que o eletromagnetismo não vale na escala atômica.
– Postulado baseado na força das evidências experimentais !!!

• Postulado 4: Radiação só é emitida pelo átomo se o


elétron que se move em uma órbita de maior energia (Ei)
muda sua órbita para outra de menor energia (Ef). O
fóton emitido tem energia igual a diferença de energia
entre as órbitas.
– Reedição da lei de Planck e Einstein!

E f − Ei
E = hν = E f − Ei ⇒ ν=
h

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• Cálculo das órbitas para átomos com 1 elétron:
 1 Ze  
V (r ) =
4πε 0 r
F = ma
Carga do núcleo: +Ze
Eletrosfera: -e
  
F ( r ) = −e∇V = −
1 Ze2
rˆ Órbita circular
4πε0 r 2 → aceleração centrípeta

1 Ze2 v2 1 Ze 2
F = mac ⇒ 2
=m ⇒ = mv 2 (I )
4πε0 r r 4πε0 r
v → velocidade tangencial r → raio da órbita

Quantização do momento angular de Bohr: L = n n = 1, 2, 3,


   n
L = r × p ⇒ órbita circular: L = mvr ⇒ mvr = n ⇒ v = ( II )
mr

4πε0  2 2 Ze 2 1
(I) + (II): rn = 2
n vn =
Ze m 4πε0  n
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• Energia:

Definindo zero da energia 1 Ze 2 1 Ze 2
U ( r ) = −∫ dρ = −
potencial U no infinito: 4πε 0 ρ 2
4πε0 r
r

1 2 usando (I)
1 Ze 2
Energia cinética: K = mv =
2 8πε 0 r
1 Ze 2
Energia Total: E=K+U =− = −K
8πε0 r
mZ 2 e41
Substituindo o valor de rn: En = − 2
n = 1,2,3,
2 n2
( 4πε0 ) 2
Energia de ionização do átomo de H = - (energia do estado com n=1)

me4 1
E1 = − 2
= −13, 6eV
2 12
( 4πε0 ) 2
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• Níveis de Energia dos átomos
‘hidrogenóides’:
mZ 2e 4 1
En = − 2 2 n2
n = 1,2,3,4,
( 4πε0 ) 2
• Espectro de emissão é obtido qdo o elétron
sai de um estado com n maior para um com
n menor:
 1
mZ 2 e 4 1 
E = hν = Eni - En f = 2 
2 n 2
− 2 

( 0)
4 πε 2   f ni 

ni ,n f ≠ 0 e n f < ni

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• Rydberg: 1  1 1 
κ = = RH  2 - 2 
λ m n 
mZ 2e 4  1 1 
• Bohr: κ=  − 2
( 4πε0 ) 4π  f ni 
3 n 2
2

• Resumo das previsões do modelo de Bohr:


– O estado de menor energia, n=1, é chamado de estado
fundamental.
– Na descarga elétrica em um gás, os átomos recebem energia e
mudam para um estado excitado com n>1
– Neste estado de maior energia os átomos permanecem pouco
tempo e decaem para estados de menor energia emitindo fótons de
energia correspondente a diferença entre os estados iniciais e
finais, ou seja, de um estado com ni para um estado com nf, com ni
> nf.
– Nos processos de excitação, uma grande quantidade de átomos
são promovidos do estado fundamental para estados excitados
diferentes. Cada um dos átomos segue uma particular ‘rota de
decaimento’ passando por diferentes estado excitados
intermediários até chegar no estado fundamental. Desta forma todo
o espectro é produzido.
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• Diferentemente do modelo de Rydberg, que era
empírico, o modelo de Bohr conseguiu prever
novas séries espectroscópicas para o Hidrogênio.
– Na época da proposta de Bohr, apenas as séries de
Balmer e Paschen eram conhecidas.
– As previsões de Bohr se confirmadas qdo as demais
séries, Lyman, Brackett e Pfund foram descobertas
posteriormente na região espectral prevista por Bohr.
• O modelo de Bohr permite racionalizar as 5 séries
conhecidas em termos dos estados ‘finais’ das
transições:
– Lyman: ni=2,3,4,... e nf=1
– Balmer: ni=3,4,5,... e nf=2
– Paschen: ni=4,5,6,... e nf=3
– Brackett: ni=5,6,7,... e nf=4
– Pfund: ni=6,7,8,... e nf=5

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• Demais átomos com apenas 1 elétron
também são bem descritos pelo modelo de
Bohr.
– O espectro do He+, por exemplo, pode ser
obtido passando uma descarga de alta tensão
num gás He.
– As linhas do espectro podem ser classificadas
como no caso do átomo de H só que todas as
transições terão o número de onda
correspondente κ multiplicados por um fator Z2.
 me 4  1 1  
2
κ= Z  
3 n 2
− 2 
2
 ( 4πε0 ) 4π  f ni  

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• Como o modelo de Bohr explica os espectros de
ABSORÇÃO:
– Átomos absorvem aqueles fótons cujas energias são
iguais a diferença de energia entre o estado
fundamental e um dos estados excitados.
• ni=1 para nf>1
• As raias escuras que aparecem no espectro de ABSORÇÃO
coincidem então exatamente com as raias de emissão para o
estado fundamental.
– Qdo os átomos são aquecidos a altas temperaturas,
existe uma probabilidade de que alguns deles estejam
no estado excitado com n=2.
• Agora a absorção passa a ser possível dos estados ni=1 para
nf>1 e dos estados ni=2 para nf>2.
– Aumentando ainda mais a temperatura, estados com
n=3 passam a ser possíveis ...
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T=300K

T~105K

T~5x105K

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• Até agora consideramos que o núcleo tinha
massa infinita, ou seja, que apenas o
elétron se movia sob ação do potencial do
núcleo que era fixo.
• Na verdade, o sistema núcleo-elétron orbita
em torno do centro de massa do sistema.
• Usando as idéias da meca clássica,
podemos considerar o sistema como sendo
composto de um corpo de massa reduzida µ
orbitando em torno do centro de massa.
mM M – massa do núcleo
µ= m – massa do elétron
M +m
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• Nas expressões de Bohr, podemos trocar
então m por µ:
mZ 2e 4  1 1   1
µZ 2e 4 1 
κ=  − 2 κ=  − 2
( 4πε0 ) 4π  f ni 
3 n 2
( 4πε0 ) 4π  f ni 
3 n 2
2 2

me 4
• Chamando: R∞ = 2
( 4πε0 ) 4π3
 1 1 
• Podemos escrever: κ = RM Z  2 − 2 
 nf
2

 ni 

M µ
RM = R∞ ≡ R∞
M +m m

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 1 1  M µ
κ = RM Z  2 − 2 
2
RM = R∞ ≡ R∞
 nf n  M +m m
 i 

• RM é a constante de Rydberg para átomo


com núcleo de massa M.
• R∞ é a constante de Rydberg no limite de
massa infinita do núcleo.
• Para o H, que é o caso extremo:
M 1
= 1836 ⇒ R H = R ∞ = 10.968.100m −1
m 1+ m/M
Valor experimental de Rydberg: RH=(10.967.757,6 ± 1,2) m-1

Diferença: 0,0031%
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2.6 – Experiência de Franck - Hertz
• Franck e Hertz, 1914
• Testar as previsões do modelo de Bohr,
especificamente a quantização dos estados
de energia dos átomos.
• Elétrons de baixa energia são
emitidos pelo catodo.
• Potencial acelerador do catódo
até a grade.
• Potencial levemente retardador
da grade até o anôdo.
• Gás de Hg dentro da válvula.

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Gráfico da corrente
anodo – catodo vs.
tensão aceleradora

• Interpretação:
– Elétrons interagem com os átomos de mercúrio mas este só conseguem
transferir a energia para os átomos se a energia do elétron coincidir com a
diferença de energia entre o estado fundamental e um dos estados
excitados do átomo.
– Qdo o elétron atinge esta energia cinética próximo da grade e interage
com uma átomo de Hg, ele perde toda sua energia cinética e não
consegue atingir o anodo coletor. A corrente deve, portanto diminuir.
– O 1º pico corresponde a 4,9V o que equivale a energia de 4,9eV para o
elétrons o que deve equivaler a diferença de energia entre o estado
fundamental e o 1º estado excitado do Hg.
– No espectro de emissão do Hg tem uma raia em 2356Å que corresponde
exatamente a um fóton de exatamente 4,9eV
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Gráfico da corrente
anodo – catodo vs.
tensão aceleradora

• Interpretação (cont.):
– Aumentando a tensão novamente, os elétrons conseguem perder a
energia para átomos de Hg cada vez mais longe da grade e ainda tem
distância suficiente para serem acelerados e vencer o potencial retardador,
atingindo o anodo. A corrente volta a crescer.
– Até que o elétron consegue excitar um a’tomo de Hg, ser acelerado e
ainda ganha energia suficiente para excitar um 2º átomo de Hg próximo a
grade e ser capturado. A corrente volta a cair.
– O 2º pico está em aproximadamente 9,8V, o que equivale a 2x4,9eV, ou
seja exatamente a energia suficiente para excitar 2 átomos do estado
fundamental para o estado excitado.
– E assim sucessivamente ...

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Gráfico da corrente
anodo – catodo vs.
tensão aceleradora

• Interpretação (cont.):
– Eventualmente, um elétron pode atingir energia cinética suficiente
para excitar um átomo de Hg para o segundo estado excitado, mas
este evento é muito menos provável de acontecer pois requer que
o elétron ‘passe’ pelos 4,9eV de energia sem excitar um átomo de
Hg para o 1º estado excitado !
– Um pico eventualmente aparecia em 6,9V correspondente a
energia de 6,9eV necessária para excitar o átomo de Hg para o 2º
estado excitado.
– O mesmo ocorre para os estados excitados de maior ordem, só
que a probabilidade é cada vez menor de ocorrer a excitação.

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


• Franck-Hertz ainda observaram que o gás dentro
da válvula emitia a radiação característica em
2356Å (no UV) qdo os elétrons eram acelerados
com 4,9V ou valores acima desta tensão.
• Observaram ainda que APENAS uma raia era
emitida pelo gás!!!
• Nenhuma luz era emitida se os elétrons eram
acelerados com tensões menores do que 4,9V.
• A experiência de Franck-Hertz permitiu determinar
a energia do 1º estado excitado (e eventualmente
de outros) de uma forma simples medindo-se
corrente e tensão !!!
• Franck e Hertz ganharam o prêmio Nobel em 1924
pela genialidade, simplicidade e relevância
científica do experimento.
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
2.7 – Regras de Quantização de Wilson-Sommerfeld
• Os postulados de Bohr eram muito ‘misteriosos’,
apesar das evidências experimentais que
suportavam o modelo serem incontestáveis.
• Era ainda mais misterioso o motivo que fazia com
que a absorção e emissão de radiação de um
corpo negro ter uma forma de quantização e os
estados dos átomos terem uma outra forma.
• Em 1916, Wilson e Sommerfeld enunciaram um
conjunto de ‘regras de quantização’ para sistemas
físicos para os quais as coordenadas fossem
funções periódicas do tempo.
• Esta regras, portanto, incluíam a quantização de
Planck e de Bohr como casos especiais.

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


1. Para qualquer sistema físico no qual as
coordenadas são funções periódicas do
tempo, existe uma condição quântica para
cada coordenada.
2. A condição de quantização é dada por:

∫ p dq = n h
q q

onde q indica um determinada coordenada e pq


a componente associada a coordenada em
questão.
3. nq é o número quântico que toma valores
apenas inteiros e a integral ∫ deve ser feita
sobre um período da coordenada q.
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
• Exemplo para o oscilador harmônico
unidimensional: 2 2
p kx x
E=K+V = +
2m 2
• A energia total é uma constante de movimento,
então:
2 2
p kx
x
+ =1
2mE 2E

• Usando as regras de W.-S.:

∫ p dx = nh
x

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


• Esta integral pode ser feita mais facilmente
se lembrarmos que a equação que relaciona
px com x é a eq de uma elipse de semi-
eixos a e b dados por:
2 2 2 2
p kx p x
x
+ =1 ⇒ x
+ 2 =1
2
2mE 2E b a
2E
a= e b = 2mE
k
• A integral é então a área da elipse:

∫ p dx = nh = πab = π
x 2 E/k 2mE = 2πE m/k
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
• Mas a frequência do oscilador harmônico é:
k
2πν =
m

• Podemos então escrever para a regra de


quantização de Wilson-Sommerfel:
E
∫ px dx = = nh
ν
⇒ E = nhν

• Que é a equação de Planck para os


‘osciladores’ na parede do corpo negro!

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


• Para o caso do Modelo de Bohr:
– L=mvr é associado ao ângulo θ é que é a
variável que segue uma função periódica.

∫ Ld θ = nh

– Mas L é uma constante de movimento.


∫ Ld θ = L ∫ d θ = 2πL = nh
0

nh
∴L= = n

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2.8 – Interpretação de de Broglie da quantização de Bohr:

• de Broglie, 1924
• Modelo de Bohr pode ser reescrito como:
nh
mvr = pr =

h
• Mas : p =
λ

• Então:
h nh
mvr = r = ⇒ 2πr = nλ
λ 2π
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2.9- Modelo de Sommerfeld para os átoms
• Aplicação das regras de Wilson-Sommerfeld para
o átomo de H supondo que as órbitas são
elípticas.
• Tentativa de explicar a estrutura fina do espectro
dos elementos.
– Estrutura fina: ‘subdivisão’ ou desdobramento de todas
ou parte das linhas do espectro em mais de uma, qdo
se mede o espectro com instrumentos de grande
precisão.
• desdobramento típico: 10-4 vezes a separação entre linhas
adjacentes.
– O desdobramento indica que, ao contrário do que
propunha Bohr, os estados não são únicos mas 2, 3, ...
estados diferentes com energias próximas.
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
• Inicialmente Sommerfeld tentou descobrir qual
seriam as órbitas possíveis:
• Sommerfeld aplicou as seguintes regras de
quantização:

∫ Ld θ = n h θ ⇒ L = nθ 
a 
∫ pr dr = nr h ⇒ L  − 1 = nr h
b 
• Usando a condição de estabilidade da órbita
similar a Bohr:
  1 Ze 2 
F = ma ⇒ − 2
ˆ
r = ma
4πε0 r
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
• Sommerfeld obteve:
µZ 2 e4
1
En = − 2 2 n2
( 4πε0 ) 2
4 πε0 n 2  2 nθ
a= 2
b= a
µZe n
n ≡ nθ + nr nθ = 1, 2, 3, e nr = 0,1, 2, 3,

• Então n só pode ter os valores 1,2,3,4, ... e


para um dado valor de n, nθ pode variar de 1
até n.
– n : número quântico principal
– nθ : número quântico azimutal
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
4 πε0 n 2  2 nθ
a= 2
b= a
µZe n
n ≡ nθ + nr nθ = 1, 2, 3, e nr = 0,1, 2, 3,

• As eqs. acima mostram que a forma da


órbita depende da razão entre n e nθ .

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


µZ 2 e4
1
En = − 2 2 n2
( 4πε0 ) 2
• Notar que a energia total do elétron depende somente do
número quântico principal, n!
– Os estado com o mesmo n são ditos ‘degenerados’.
• Sommerfeld resolveu o problema dos espectros terem
linhas múltiplas ao invés de única considerando a correção
relativística no movimento do elétron.
• O resultado de Sommerfeld é:

µZ 2 e 4  α2 Z 2  1 3 
En = − 2 1 +  − 
( 4πε0 ) 2 n 
2 2 n  nθ 4n  
1 e2 1
α≡ ≈
4πε0 c 137
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
• As transições observadas no H:
• Transições não observadas:
– As transições observadas seguem a ‘regra de
seleção’: n − n = ±1
θi θf

Introdução à Mecânica Quântica 2007-1


2.10 Principio da Correspondência
• Bohr, 1923
• Tentativa de ‘justificar’ as regras de seleção e
relação dos fenômenos quânticos com os
clássicos, estabelecendo ‘domínios de validade’
1. As previsões da teoria quântica para o comportamento de
qualquer sistema físico devem corresponder às previsões da
física clássica no limite nos quais os números quânticos que
especificam o estado do sistema são muito grandes.
2. Uma regra de seleção é válida para todos os números
quânticos possíveis. Portanto todas as regas de seleção que
são necessárias para obter a correspondência exigida no
limite clássico (n grande) também se aplicam no limite
quântico (n pequeno).
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
• A 1ª parte parece uma obviedade: ‘o sistema
quântico deixa de ser quântico qdo ele é clássico’.
• A questão colocada é onde é o limite clássico? O
que define se um sistema se comporta clássica ou
quanticamente?
– Exemplo: Radiação de corpo negro.
• Teoria classica da Rayleigh-Jeans concorda com os dados
experimentais e com as previsões de Planck para ν → 0.
• Qdo ν diminui:
E = nhν ⇒ E = nhν
Mas qdo ν → 0 E = kT que é constante para uma dada T do corpo.
∴ se ν → 0 ⇒ n → ∞
• O que significa dizer que o limite clássico corresponde a
números quânticos grandes.
• A 2ª parte do princípio da correspondência hoje
sabemos que nem sempre é válida.
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1
2.11 Críticas à ‘antiga’ Teoria Quântica
• O que vimos até agora faz parte do que chamamos hoje de
‘antiga teoria quântica’
• Mostramos quais foram os pontos positivos desta teoria
explicando diversos resultados experimentais (muitos não
citados!!!)
• Mas esta teoria tinha também seus pontos negativos:
1. A teoria só nos diz como tratar sistema periódicos e muitos sistema
de interesse não são periódicos.
2. A teoria nos diz como calcular as energias dos estados possíveis
de certos átomos e as possíveis frequencias dos fótons emitidos ou
absorvidos. Mas esta teoria não consegue prever quais vão ser as
transições observadas e com qual intensidade.
3. A teoria é bem sucedida no caso dos átoms do tipo H, com 1 e-, ou
dos alcalinos (Li, Na, K, ...) para os quais uma aproximação do tipo
‘atomo de H’ pode ser feita. A teoria como ela esta falha
completamente para os demais átomos.
4. A teoria parece não ter coerência e é intelectualmente insatisfatória.
Introdução à Mecânica Quântica 2007-1

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