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DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico MEDICINA LEGAL |. Medicina Legal. Pericia e Peritos. Documentos Médico-legais... Il, Wdentidade e Identificacao. Il, Traumatologia Médico-Legal..... IV, Toxicologia Médico-Legal. \V. Asfixiologia Médico-Legal... VI. Tanatologia Médico-Legel Vil. Sexologia Médico-Legal. Vil. Psicologia e Psicopatologia Médicos-Legais. 02 13 v 53 56 Verbo Juridico MEDICINA LEGAL! I. MEDICINA LEGAL. PERICIA E PERITOS. DOCUMENTOS MEDICO- LEGAIS 1. CONCEITOS, IMPORTANCIAS E DIVISOES DA MEDICINA LEGAL. A ampla abrangéncia do seu campo de ago ¢ intimo relacionamento entre 0 pensamento biol6gico © 0 pensamento juridico explicam por que até 0 momento no se defini, com precisio, a Medicina Legal. Assim os autores tm, ao longo dos anos, intentado infimeras definigdes dentre as quais se destacam: "E a arte de fazer relatérios em juizo". (Ambrosio Paré) “iba aplicagdo de corthesimentos médicos nos problemas judiciais", (Nério Rojas) "E a ciéncia do médico aplicada aos fins da eiéneia do Direito". (Buchner) "E a arte de por os conceitos médicos ao servigo da administragdo. da justiga" (Lacassagne). "0 estudo do hiomem so ou doente, vivo ou morto, somente naquilo que possa formar assunto de questées forense". (De Creechio) "i a disciplina que wliliza a totalidade das ciéncias médices para dar respostas és questdes juridices". (Bonnet) "E a aplicagio dos conhecimentos médioo - biologicos na elaboragio ¢ execugio das leis que deles carecem'". (F. Favero) "E a medicina a servigo das ciéncias juridicas ¢ sociais", (Genival V, de Franga) “20 conjunto de conhecimentos médicos e para médicos destinados a servir ao direito, cooperando na claborago, auxiliando na interpretagio ¢ colaborando na execugio dos dispositivos legais, no scu campo de ago de medicina aplicada". (Hlélio Gomes). ) PEREIRA, Gerson Odilon, MEDICINA LEGAL, Leeman 2 DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico 2. PERICIA E PERITO A) PERICIA 1. DEFINIGOES: Provas: Fa soma dos fatos produtores da conviegio dentro do provesso. Fatos que independem de prova: 4) fatos axiomaticas: b) fatos notérios ¢ ©) presungdes legais 2- Provas inadmissiveis: a) ilicitas; contrariam as normas de Direito Material ») ilegitimas: afrontam as normas de Direito Processual 3+ Sistemas de apreciagao: aconviegio intima, b) verdade legal ou formal; ©) livre convencimento 4, Prinespios da prova: 4) audiéneia contraditoria; b) aquisigio ou comunhao ¢ ¢) publicidade . Espécies de Provas: 1. Material ou Pericial: 2. Interrogatério do acusado: 3. Confissional 4, Testemunhal: a) impedimentos (art. 206 CPP); b) proibigdo (art. 207 CPP), ©) compromisso (art. 203 CPP); 4) nao compromissados (art. 207 CPP) 5. Reconhecimento de pessoas ¢ coisas SS ae. DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico 6. Acareagao 7. Documentos 8. Indi Pericia-Médica: I todo procedimento médico, promovido por um profissional de ‘medicina visando prestar esclarecimento a justiga. 2. IMPORTANCIA: "O poder judiciario no pode apreciar todos os fatos ou negécios juridicos sem a colaboragio de téenicos ov de pessoas doutoras em determinados assuntos, razio pela qual torna-se necessria a perivia”, 3. CLASSIFICACAO: A) Quanto natureza da materia: = trnsito - contabil - agraria - odontologica - médica ets, B) Quanto A capitulagio em medicina legal: - sexologia - tanatologia - traumatologia etc. C) Quanto a relagiio entre o profissional ¢ o exame: ~ exame direto (relat6rio) - exame indircto (pareceres, consultas) D) Quanto ao foro que atende: - Foro Penal: corpo de delito, insanidade mental, neeropsia ete, - Foro Civil: ages anulatorias de casamento, investigagdo da paternidade, capacidade civil ete. = Foro Trabathista: acidente do trabalho, docnga profissional. condiydes de insalubridade e/ou periculosidade ete - Foro Administrativo: securitaria, estatutiria © previdenciaria. EL erm DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 4. OBJETO DA PERICIA MEDICO-LEGAL: A) Sobre pessoas vivas (idade, diagndstico, verificagiio) B) Sobre pessoas mortas (cadiiveres, esqueletos) C) Sobre semoventes (domésticos, pegadas, unhadas) D) Sobre objetos ou instrumentos (balistica, dactiloscépico, manchas) 5. CONTEUDO NO FORO PENA a) Contetido Médico-Legal: + Exame Clinico (158, 159, 168 CPP.) Necropsia (162 CPP.) Laboratorio (170 CPP. + Exumagio (163 CPP.) b) Contesido Criminalistico: + Perineeroscopia (164,165 CPP) + Laboratério (170, CPP) + Locais (171 CPC e 155 § 4°, La IV do CP) 6. ESPECIES A) Percipiendi (Direta) Art. 158 C.P-P.: Retratagio técnica da impressfio pessoal colhida pelo (s) perito (s). B) Deduciendi (Indireta) Art, 158 ¢ 172 C.P.P. :Interpretagio cientifiea de documentos e outras pericias C)Complementares: Art, 168 § 1% 2%do C.P-P. : Subseqiientes a primeira D) Contraditoria: Art.180, 182 C.P.P. / 436,437 C.C + Conclusdes divergentes E) Prospectivas: Art. 775 IL C.C. : Cessagio de periculosidade F) Retrospectivas: Fatos pretéritos. Fx.: Perfil psiquidtrico, 7. CREDIBILIDADE DA PERICIA "O Juiz nfo ficard adstrito ao laudo, podendo accité-lo ou rejeité-lo no todo ou em parte" (182 CPP / 258 CPC), SS oe DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 8, DIVERGENCIAS/LAUDOS INCOMPLETOS: Art. 180 CPP. Art. 181 CPP. LEGISLACAO: CPP: Art, 158 4 184 CBDM (CFM): Art, 118 4121 CLT: Art. 827 CPC: Art. 145 a 147 / 420-439 DPT: Lei 5584/70 LEG. SEG. AC. TRAB. Lei n° 6367/7 6 10. FALSA PERICIA: Art. 147 CPC: * © perito que por dolo ou culpa, prestar informagdes inveridicas, responder pelos prejuizos que causar a part, ficard inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras pericias e incorrerd na sangdo que & lei penal estabelecer”, Art. 342 CP: “Fazer afirmagio falsa ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ow intérprete em processo judicial, policial ou administrativo ou em juizo arbitral” 11. ACEITAGAO DA PERICIA: E obrigatéria no foro criminal (Art. 277 CPP) E optativa no foro eivil (Art. 146 C.P.C.). B) PERITOS 1. ORIGEM DA PALAVRA. Do latim: peritus - verbo perior = que significa experimentar, saber por experiéncia. 2. DEFINICAO: Todo téonico que designado pela justiga, resebe © encargo de mediante exames especificos, prestar esclarecimentos necessarios ¢ indispensdveis a solugio de uma demanda processuall En, Verbo Juridico 3. MODALIDADES, A) OFICIALS: (médico-legistas e peritos eriminais) art. 159 CPP,Lei 8862/94. a) Formagio Universitiria b) Dentro das Normas do Concurso ©) Conhecimento Especializado B) LOUVADOS, NOMEADOS, DESIGNADOS, NAO OFICIAIS, "AD HO” (Ast. 159 § 1% 2° do CPP, 145 § 1°, 2° 3°¢ 421 do CPC c art 3° da Lci 5584/70). a) Formagio Universitéria b) Inscriglo no Orgio de Classe ©) Comprovagio da Especialidade 4) Indicagao por Livre Escolha do Juiz, C) ASSISTENTES TECNICOS: Peritos indicados pelas partes nos juizos civil ¢ trabalhista, No participam no foro criminal. (Art, 131, [; 421, Te 422 do C.P.C. Art. 3°da LT n° 5584/70.) 4, IMPEDIMENTOS LEGAIS: A) Por indignidade: Art. 279, 1, do CPP. -Inidoneidade ow incompeténcia ou interdigao temporiria de direitos, -Interdigio de direitos CP Art. 69, Le TV; -Opinado anteriormente sobre a matéria ~Analfabetos B) Por incompatibilidade: Art. 279, If do CPP. : Prestado depoimento. ji tenha ‘opinado ou incompetente em razao da matéria, C) Por ineapacidade: Art, 279, TIT do CPP. : Analfabetos e menores de 21 anos. D) Por Suspeigdo: Art. 280 o/c Art, 254 CPP. CLINICO X PERITO: *Acreditar no paciente *Questionar a validade e sineeridade +Tratamento (cura) *Visum et Repetum (descrigao) *Preso ao sigilo *'Preso a Justiga” (verdade) Eee 7 Verbo Juridico OBS: O médico clinico no pode ser perito em provesso em. que esteja envolvide seu paciente, devendo declarar-se suspeito ao juiz que o nomear perito do juizo. 6. QUALIDADES DOS PERITOS: A) Ciéneia B) Técnica C) Conscigneia 7. INTERVENCAO: A) Inquérito, B) Sumério ©) Julgamento D) Apés lavrado a sentenga 8. HONORARIOS DOS PERITOS: 1-Peritos Oficiais: sio pagos pelo Estado 2. Peritos Nao Oficiais: silo arbitrados pelo Juiz. 3+ Pericia Civil: -Podem ser reivindicados judicialmente. -Prescrevem em 1ano, 4-0 valor a ser cobrado pelo perito & baseado: -No costume do lugar -Na reputagio profissional do perito -Nas possibilidades econmicas dos envolvidos -Tempo despendido -Na importineia ¢ dificuldade médico-judicéria da agao. 9. FISCALIZACAO: Para cvitar abusos ou parcialidades -Para controlar a qualidade. A) Conselho de Super Arbitros: em desuso pelo erescente aumento do niimero de rocessos B) Sistematizago Legal: Art. 88 do Decreto-Lei 7.036/44, C) Sistematizagao Cientifica 1D) Conselhos de Medicina: LEI 3.268157. SS ae. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 10. DECALOGO DOS PERITOS: (Nério Rojas) A) 0 perito deve atuar com a ciéncia do médico a veracidade do testemunho ¢ equanimidade do juiz B) E necessario abrir os olhos e fechar os ouvidos ©) Acexcegiio pode ter tanto valor quanto a regra. D) Desoontfiar dos sinais patognoménicos. E) Deve-se seguir 0 método cartesiano. F) Nao confiar na meméria G) Uma autépsia no se pode refazer. H) Pensar com claridade para escrever com precisio. 1) AAarte das conclusdes consiste na medida, JA vaniagem da medicina legal esté em nio formar uma inteligéncia exclusiva e estritamente especializada *CORPO DE DELITO: ‘As infragdes penais podem deixar vestigios (delicta facti permanentis), como o homicidio, a lesdo corporal, ¢ no deixar vestigios (delieta facti transeuntis), como as injirias verbais, 0 desacato. O corpo de delito vem a ser 0 conjunto de vestigios deixados pelo fato criminoso. Sio os elementos materiais, pereeptiveis pelos nossos sentidos, resultantes de infragao penal *INSTITUTO MEDICO-LEGAL, Orgio Técnico cientifivo subordinado, hierarquica ¢ administrativamente a Secretaria de Seguranga Piblica e a0 qual incumbe a pritica de pericias médico-legais requisitadas por antoridades policiais, judiciais © administrativas bem como a realizagio de pesquisas cientificas relacionadas com 4 Medicina Legal *SERVICOS DE VERIFICAGAO DE OBITO Servigo criado pela legislagio. de diversos estados, com a finalidade precipua de se verificar ou esclarecer, mediante exame necroscépico, a causa real da morte, nos casos em que esta tenha ocorrido de forma nao violenta sem assisténcia médica, ou com assisténcia médica quando houver necessidade ¢ apurar a exatidio do diagnostico, DELEGADO DE POLICIA DE SC nm Verbo Juridico I IDENTIDADE E IDENTIFICACAO. 1, CONSIDERAGOES GERAIS ‘A questio da identificagao vem preocupando os eres humanos ha muito tempo. Nas sociedades primitivas, antes da descoberta da impressio digital o reconhecimento era feito de pessoa para pessoa. Com 0 evoluir das sociedades tornaram-se maior as exigéncias no que diz respeito a identidade individual no individuo vivo e principalmente nos cadiveres decompostos, earbonizados, esqueletos ete A identidade é 0 fim de todas as classificagdes, pertence a todos os seres ¢ interessa particularmente ao homem. 2. LEGISLACAO: CP. Art, 307: “Atribuirse ou atribuir a (ereciro falsa identidade para obter vantagem, em proveito proprio ou alheio, ou para causar dano a outrem”. Pena: Detengio de trés meses a uum ano, CP. Art. 308: Usar, como proprio, passaporte, titulo de eleitor, eaderneta de reservista ‘ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, proprio ou de terceiro, LCP. Art, 68: Recusar a autoridade, quando por esta justificadamente solicitados on exigidos, dados ou indicagdes concernentes & propria identidade, estado profissio, domicilio. ‘ou residéncia CPP. Art. 5° LVIME “O civilmente identificado nfo serd submetido a identificagio criminal, salvo nas hipoteses previstas em lei” CPP. Art. 166 : Havendo ditvida sobre a identidade do cadaver exumado, proceder- se-d ao reconhecimento pelo Instituto de Identificagio © Estatistica ow repartigao congénere ou pela inquirigao de testemunhas. lavrando-sc auto de reconhecimento ¢ identidade, no qual se descreverd com todos os sinais ¢ indicagdes, C.C. Art 219: Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cdnjuge: I~ 0 que diz respeito a identidade do outro cénjuge. A io DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico 3. CONCEITOS E DEFINIGOES: ANTROPOLOGIA: E: 0 estudo do homem ov ciéneia do homem. ANTROPOLOGIA FORENS métodos nos :: Ea aplicagdo pritica desses conhecimentos, dos sos em que a lei deles nevessita para a sua execugao, RECONHECER ("‘recognocere"): conhecer de novo, afirmar, admitir como certo, certificar-se de. RECONHECIMENTO: Ato ou efeito de reconhecer. IDENTIDADE ("dentidate"): conjunto de caracteres préprios © exclusivos de uma pessoa, "Qualidade de ser a mesma couisa e no diversa'". (Moraes) IDENTIFICAR: Determinar a identidade, IDENTIFICAGAO: "Processo pelo qual se determina a identidade ow nao. 2 a descrigio de uma pessoa que se quer conhecer". (Litre) 4. IDENTIDADI A) SUBJETIVA: I a nogio que cada individuo tem de si proprio, no tempo © no espago. E a sua maneira de ser, sta natureza, sua essénci B) OBJETIV. aquela fornecida pelos seguintes caracteres: Fisicos; Normais ou patologicos. Funcionais: Normais ou patoldgicos. Pricologicos: Normais ou anormais. 5. IDENTIFICACAO: A) OBJETIVE Questiies de forum civel - Questées de frum criminal B) MATERIAL DE ESTUDO: No vivo - No morto - Em restos ou outros materiais| Verbo Juridico ©) MEIOS DE IDENTIFICAGAO: Registro dos caracteres - Verificagio Comparagiio~ Arquivamento D) REQUISITOS TECNICOS: Unicidade (ser tinico) Imulabilidade (no mudar) Praticabilidade (qualidade de ser pratico, facil) Classificabilidade (ser possivel classificar) Perenidade (desde a vida embrionaria a putrefagio) E) DIVISAO: a) MEDICO LEGAL OU PERICIAL Fisica - Funcional - Psiquica b) POLICIAL OU JUDICIARIA, 6. IDENTIFICACAO MEDICO-LEGAL FISICA A) ESPECTE ANIMAL: ossos, dentes, pélos, sangue ete. B) RACA; forma do crinio, indice cefilico, angulo facial, dimensdes da face, cor da pele, cabelos ete, ©) ADE: elementos morfoldgicos dentes, 6rgos genitais e raio x= dentes ¢ ossos. aparéncia, pele, estatura, pélos, peso, olhos, D) SEXO: Vivo: Inspeydo das genitalias. Morto e Esqueleto (ossos em geral, ossos do exdnio, ossos do t6rax e ossos da bacia, Orgs internos ete.) E) ESTATURA: Vivos, mortos, esqueleto. F) PESO. G) MALFORMACOES: libio leporino, pé torto, desvios da coluna, doengas cutineas ete. HW) CICATRIZI 'S: Nalurais, cirdrgicas, traumaticas etc. Verbo Juridico TD TATUAGENS: belicas, religiosas, amorosas, erdticas, sociais, profissionais, histéricas, patridticas, iniciais do nome ete AD SINAIS PROFISSIONAIS: espessura e coloragio da pele, alteragées musculares, estigma em movimento ete, 1) SINAIS INDIVIDUALS: protese, nariz, orethas, mamas ete, M) BIOTIPO: sintese das qualidades vitais do individuo (morfoldgica, funcional intelectual, moral) Brevelineo + Normolineo + Longelinco 7. IDENTIFICACAO MEDICO-LEGAL FUNCIONAL ~ Atitude - Mimica - Gestos - Andar - Fungdes sensoriais 8, IDENTIFICACAO JUDICIARIA: PROCESSOS ANTIGOS ARCADA DENTARIA ASSINALAMENTO SUCINTO SOBRE POSIGAO DE IMAGEM BERTINOLAGEM ESTUDO DA VOZ. FOTOGRAFIA, D.N.A. “FINGER PRINTS” RETRATO FALADO DACTILOSCOPIA II. TRAUMATOLOGIA MEDICO-LEGAL_ 1, CONCEITOS BASICOS A) TRAUMATISMO (trauma): Qualquer lesdo, aberta ou fechada, produzida no organismo pela ago mecdinica de um agente exigeno. B) LESAO: a) Medicina Curativa: F a alterago anat6mica ou funcional do oreo. SS eee DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico b) Medicina Pericial: Qualquer modificagio de normalidade de origem externa, capaz de provocar dano pessoal em decorréncia de culpa, dolo ou acidente. ©) Doutrina Penal: Conseqiéncia de um ato violento, eapaz de produzir direta ou indiretamente, qualquer dano a integridade ou a saiide de alguém ou responsivel pelo agravamento ou continuidade de uma perturbagdo ja existente 4) Lesio Corporal: Sio as que atingem a integridade fisica e psiquica de alguém. €) Lesbes Pessoais: So as que atingem ao corpo, a saiide e & mente f) Classificagio das Lesdes * Quanto a Quantidade: Leves, Graves, Gravissimas ¢ Seguida de Morte, + Quanto a Qualidade: 2) Incapacidade para as ooupagdes habituais: 3%) Incapacidade permanente para o trabalho, © VIOLENCLA: f toda agio material ou press moral exercida contra uma pessoa visando submeté-Ia a vontade de outrem (Fisica, Moral, Presumida), D) CAUSA: F 0 que leva a resultados imediatos e responsiveis por determinada lesio, suscitando uma relagio entre causa ¢ efeito, E) CONCAUSA: Sao as causas ou fatores que se associam para o agravamento ou melhora de uma lesio; geralmente so alegadas quando se produz agravamento, 1.1, ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE: Pré-existentes: “A” atira em “B”, “B” tomou veneno e morre. Tentativa de Homicidio Concomitantes: “A” atira em “B", “B” esta infartando ¢ morre do infarto. * Tentativa de Homicidio ‘Supervenientes: de Homicidio. atira cm “B","B” entra em casa ¢ 0 telo cai co mata. * Tentativa Verbo Juridico 1.2, RELATIVAMENTE INDEPENDENTE, Pré-existente: ” atira em “B”, “B” é hemofilico e morre de hemorragia = Homieidio Concomitante:*A” atira em “B”, “B” esta infartando © piora (contribui p/ 0 éxito Ital) ~ Homicidio Superveniente: “A” atira em “B”, “BY na ambulincia sofre colisio © more. = Tentativa de Homicidio. Desdobramento fisico da agio: “A” atira em “B' Homicidio. * complica da cirurgia. F) FERIDA: £ 0 retrato do ferimento ¢ este & 0 ato, a ago de ferir. Ex: Pedro foi atropelado (ferimento) ¢ sofrew as seguintes lesdes (feridas) G) SEDE DAS LESOES: E « regia a E de interesse médico e juridico. itOmica da vitima onde foi aplicado o trauma, H) SAUDE: "E 0 estado de completo bem estar fisico, mental ¢ social ¢ no apenas a auséneia de doenga’’ 2. AGENTES TRAUMATIZANTES A) Energia de ordem fisica B) Energia de ordem mecanica C) Energia de ordem quimica D) Energia de ordem fisico-quimica E) Energia de ordem bioguimica F) Energia de ordem biodinamica G) Energia de ordem mista 3. ENERGIAS DE ORDEM FISICA. A) TEMPERATURA a) Calor -Direto ~ Queimaduras: 1° Grau - eritema; 2° Grau — flictema: 3° Grau ~ escara: 4° Grau - carbonizagio -Difuso -Césmico - insolagio: - Artificial - intermagio - termonoses b) Frio -Direto -Geladuras: 1° Gran - palidez; 2° Grau - bolhas hemorragicas 3° Grau - necrose: 4° Grau - gangrena =a. Verbo Juridico Difuso ©) Oscilagdes B) PRESSAO ATMOSFERICA (1 ATM = 760 mm Hig) - Diminuigo: "Doenga dos aviadores" ou "mal das montanhas". ~ Aumento: “Mal dos eaix60s” ou "mal dos escafrandistas” ©) ELETRICIDADE = Natural ou Césmica: - Fulmina ~ Artificial: Eletroplessio (Jellineck) Fulguragao (Litchtenberg) 4) Intensidade: quantidade de eletricidade que atravessa 0 condutor. b) Tensio: indica o potencial elétrico. + Baia: até 120 W. -fibrilagio ventricular + Média: 120 a 1.200 W. - fibrilagdo ventricular + tetanizagdo respiratéria, + Alta: 1.200 a $.000 W., - tetanizagdo respiratéria. + Alta: acima de 5,000 W.- paralisia bulbar, apnéia ¢ parada cardiaca ©) Fregiigneia: ¢ a ciclagem. d) Resisténcia: é a oposigao oferecida a passagem da corrente e é medida em Ohms. D) RADIOATIVIDADE - Raio X - Césio - Radio - Energia Atomica E) LU ‘elocidade 300.000 Km/s. Lesdes visuai cegucira F) SOM: Velocidade 340 m/s. Ruido permitido 85 db. As leses provocadas por explosdes, tiros, grandes ruidos sao: surdez, ruptura da membrana do timpano ete. DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico IV. TOXICOLOGIA MEDICO-LEGAL 1, CONCEITOS BASICOS: A) TOXICOLOGIA: F a cigncia que tem por objetivo o estudo do efeito nocivo produzido pela intengao entre o agente quimico e 0 organismo. B) AGENTE TOXICO: F. a substincia quimica capaz de produzir um efeito nocivo através de sua interago com o organism. C) VENENO (Legal): F toda substincia que ingerida no organismo ou aplicado ao seu exterior, sendo absorvida, determina a morte, ponha em perigo de vida ou altere profundamente a saide. D) TOXICIDADE: E a capacidade inerente a0 potencial de um agente quimico de produzir um efeito nocivo apds interagio com 0 organismo. E) INTOXICAGAO: E 0 conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido pela interaglo entre um agente quimico e o organismo, F) ALIMENTO: E toda substincia que, quando absorvida, passa a integrar, in natura ou biotransformada, & estrutura e a filosofia do organismo, ou fornece energia para o seu funcionamento. G) MEDICAMENTO: E. toda substancia que quando absorvida, atua sobre as fungies vitais, exareebando-as ou inibindo-as, para restabelecer a saiide, ou quando usada por qualquer via, elimina ou extermina outros organismos parasitarios. H) ENVENENAMENTO: E a morte violenta ou dano grave a saiide ocasionada por determinadas substancias de forma acidental, eriminosa ou voluntéria LEGISLACAO: © Cédigo Penal Brasileiro pune os casos de homicidio em que se langa meio de ‘veneno, com maior severidade (agravante), por consideri-lo meio insidioso ou cruel (Art. 61, inciso IL, letra "d"). 3. NATUREZA JURIDICA. + Acidental + Suiefdio + Envenenamento Judicial * Vicios + Crimes Dolosos * Crimes Culposos + Armas de Guerra ¢ de Politica i DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico 4. CLASSIFICACAO A) ORIGEM + Animal » Vegetal + Mineral + Sintético B) ESTADO FisIco + Gasoso + Liquido + Sélido + Voliteis ©) FUNCOES QUIMICAS + Gasoso * Gases * Sais + Oxidos, ote D) USO DIVERSO: + Doméstico * Cosmético * Agricola + Terapéutico + Industrial E) VENENO PROPRIAMENTE DITO + Raticidas * Formicidas + Inseticidas, ete 5. CICLO TOXICOLOGICO: A) EXPOSICAO + Ag. Quimico + Disponibitidade + Limite de Tolerancia B) TOXICOCINETICA, + Absorgio + Distribuigio + Eliminagio + Biotransformasa0 + Armazenamento C) TOXICODINAMICA + Dano Biodinamico + Biodisponibilidade + LBE. (Indicador Biolégico de Exposigao) 1D) CLINICA * Sinais *Sintomas 8 ae. Verbo Juridico 6. MODIFICADORES DA ACAO DEPENDEM DIRETAMENTE: |A)DASUBSTANCIA Natureza “Dose * Vin de Administengs0 B) DO INDIVIDUO + Fatores Proprios sores Temporarios + Fatores Mérbido + Fatores Excepcionais 7. MANIFESTACOES CLINICAS - Sindrome Gastrintestinal = Sindrome Renal Toxico = Sindrome Hepitica = Sindrome Polineuritica = Sindrome Respiratéria -Encefalopatia 8. DIAGNOSTICO. ~ Critério Clinico - Critério Fisico-Quimico ou Toxicoligico - Critério Anitomo-Patologico - Cireunstancial ou Histérieo - Critério Experimental ou Bioldgico - Médico Legal 9. DEFESA ORGANICA + Figado + Osos + Pulmoes * Tevidos gordurosos * Leucécitos + Outros 10. TRATAMENTO 1. Terminar a exposigao do organismo ao toxico 2. Promover a exereyio do t6xico 3. Emprego de medicamentos especificos (antidotos ¢ antagonistas) 4 imprego de medidas gerais de sustentagio ¢ sintomaticos. DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico V. ASFIXIOLOGIA MEDICO-LEGAL 1. CONSIDERAGOES A) CONCEITO: E a parte da Medicina Legal que trata das ASFIXIAS. B) HEMATOSE: a) Verificagio Pulmonar ? inspiragio de 02 e sua distribuigdio pelos alvéotos. ) Difusdo: passagem de 02 ¢ CO2 através dos capilares. ©) Fluso Capilar Pulmonar: ¢ a circulagao sanguinea nos capilares pulmonares, ©) CONDIGOES NORMAIS DA RESPIRAGAO, a) Ambiente externo c) Funcionamento da caixa tordcica b) Permeabilidade do aparelho respiratério d) Movimento sangue D) RESPIRAG AO: Inspiragio / Expiragiio Apnéia / Dispnéia Bradipnéia / Taquipnéia E) LEGISLAGAO: No CPB art. 61, inciso II, letra "d", diz que 0 emprego da asfixia como meio de produzir a morte constitui circunstineia agravante do crime, pela erueldade de que se reveste este recurso. 2. CONCEITO DE ASFIXIA: (A = no, SPHISIS = pulsar) ‘Termo etnologicamente inadequado, devendo sua origem a antiga concepgao de que 0 pulsar das artérias produzia-se por cfeito do ar nclas introduzidas nos _movimentos espiratérios. Em sentido genérico entende-se asfixia como a suspensio da fungio respiratéria por qualquer causa que se oponha a troca gasosa, nos pulmdes, entre 0 sangue e 0 ar ambiente. *Terminais: conseqientes a varias doengas que diminuem a érea respiratéria Excpneumonias agudas, edemas pulmonares, enfiscmas, tumores, laringite diftérica etc. “Primitivas: so aquelas cm que © agente atua dirctamente numa das partes do aparelho respiratorio. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 3. FISIOLOGIA EF SINTOMATOLOGIA A) FASE DE IRRITAGAO + Dispnéia inspiratoria (1 minuto = consciéncia) + Dispnéia expiratoria (30 segundos ~ inconseiéncia e convulsies) B) FASE DE ESGOTAMENTO + Pausa (morte aparente) + Periodo terminal (morte) LESOES: EXTERNAS INTERNAS ~ Cianose no rosto - Equimoses Viscerais ~ Hipéstase precoce - Estase nos orgiios internos - Hipostase precoce - Lesdes musculares, - Exolftalmia - Lesdes vaseulares (Amussat ¢ Friedberg) ~ Procidéneia da lingua - Fraturas dsseas (hidide) = Cogumelo espumoso - Fraturas de cartilagens ~ Resfriamento demorado - Luxagies de vértebras - Rigidez precoce -Equimoses subscrosa da pleura (Tardicu) Suleo no peseogo - PulmOes congestos ¢ edemaciados = Putrefago mais répida - Manchas de Paltant -Midriase CLASSIFICAGAO MEDICO-LEGAL: 8) Modificagao Fisica do Meio: ~ Quantitativa = Confinamento ~ Qualitativa Iiquido = Afogamento solide, Soterramento gases Gases Téxicos b) Constrigao no Pescogo: ago avionado pelo peso da vitima ~ lago acionado por forga externa ~ Estrangulamento = mios do agressor = Esganadura ©) Obstrugdo das vias = Sufocago Direta 4d) Mau funcionamento da Caixa Tordeiea = Sufocagio indireta DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico A) ENFORCAMENTO: 1, DEFINIGAO: "E a asfixia mecnica em que existe impedimento a livre entrada ¢ saida do ar no aparelho respiratorio por uma constrigdo no pescogo feita por lago que ¢ acionado pelo peso da propria vitima’” 2. MECANISMO DE AGAO: MODO DE EXECUCAO: preso 0 lago no seu ponto de apoio ¢ pasando a0 redor do pescogo da vitima c esta projetada no espago. a) Natureza do lago: gravata, lengo, toalha, cinta, fio de arame, ramos de drvore (cipé), b) No: pode faltar, corredigo, frouxo, situado adiante, atris ou cm ambos os lados. ©) Ponto de suspensio: prego, batente da porta, porta entre aberta, ramo de drvore. 4) Modo de suspensio do lago: completa e incompleta, PROGNOSTICO; 4) Fendmenos que ocorrem durante o enforeamento: = Dor loval = Interrupgao da cireulagdo cerebral: Zumbido, Calor na Cabega, Sopros no Ouvido, Perda da Conseiéncia ‘Fendmenos respiratorio (anoxemia, hipercapnéia, convulsdes) Parada respiratoria e cardiaca (morte). ~Local: Dor, Afonia, Distagia, Fendmeno de Congestiio Pulmonar. -Gerait : Convulsdes, perturbagdes da vonseiéncia, amnésia e paralisia da bexiga ©) Tempo necessério para morte ‘Varia de acordo com as condigdes de cada caso. Em geral de 5a 10! 3. LESOES EXTERNAS: 1) Aspecto do cadaver: cabega inclinada para o lado do nd, rosto branco ou cianstico. boca ¢ narina com espuma, lingua ¢ olhos procedentes. No enforcamento completo, os membros inferiores esto suspensos, ¢ os superiores, colados ao corpo, com os punhos cerrados mais ou menos fortemente, Verbo Juridico b) Lesdes externas: sulco conste geral / nico ou mais de 1 ascendente, se interrompe no lugar do n6. Este sulco pode estar ausente cm situaydes especiais como nas suspensdes de curta duragio, nos lagos excessivamente moles ou quando ¢ introduzido, entre 0 lago ¢ 0 pescogo, um corpo mole. SINAIS ENCONTRADOS NOS SULCOS DOS ENFORCADOS: - Sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima ¢ por baixo das bordas dos sulcos. - Sinal de Thoinot: zona violicea ao nivel das bordas do sulco: - Sinal de Azevedo Neves: livores puntiformes por cima ¢ por baixo das bordas do suleo: - Sinal de Neyding: infiltragies hemorragicas puntiformes no fundo do sulco: = Sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada do fundo do suleo; - Sinal de Lesser: vesiculas sanguinolentas no fundo do sulco: inal de Bonnet; marcas da trama do lago, 4. LESOES INTERNAS: SINAIS LOCAIS: LesGes da parte profunda da pele ¢ da tela subcutinea do pescogo (sufusdes hemorragicas ¢ equimoses, por exemplo); Lesdes dos vasos: Sinal de Amussat (secgao transversal da tinica intima da artéria carétida comum ao nivel de sua bifurcagao): al de Etienne Martin (desgarramento da tinica externa); Sinal de Friedberg (sufusio hemorragica da tinica externa da artéria carotida), Lesio do Aparelho Laringeo (fraturas da cartilagom tiredide € da cricdide, bem como do osso hidide): Lesdes da coluina vertebral (fraturas ou Iusagdes de vértebras eer 8). Verbo Juridico SINAIS DOS PLANOS PROFUNDOS DO PESCOGO: -Musculares: infiltrago hemorrigica dos miisculos cervicais (sinal de Hoffmann- Haberda) ¢ rotura transversal, © hemorragia do miisculo tiro-hidideo (Sinal de Lesser). -Cartilagens © oss0s: hidide -fratura do corpo (sinal de Morgagni-Valsava-Orfil Roemmer): ~ fratura das apdfises superiores (sinal de Hoffmann): fratura do corpo (sinal de Helwig): ¢ cricdide - fratura do corpo (sinal de Morgagni-Valsava-Deprez) -figamentos:ruptura dos ligamentos criedideo ¢ tiredideo (sinal de Bonnet) -vasculares: carétida comum - ruptura da tinica intima em sentido transversal abaixo da bifurcagao (sinal de Amussat-Divergie-Hoffmann): infiltragio hemorrigica da tunica adventicia (sinal de Friedberg): carétidas internas ¢ externas - ruptura das tiinicas adventicias (sinal de Lesser): jugulares interna ¢ externa - ruptura da tiniea interna (sinal de Ziemke) -neurolégicos: ruptura da bainha mielinica da bainha do reto (sinal de Dotto). -vertebrais: fratura de apéfise odontéide do axis (sinal de Morgagni) fratura do corpo da segunda vértebra cervical (sinal de Ambroise faringeo: equimoxe retrofaringea (sinal de Brouardel-Vibert-Descoust) -laringeo: ruptura das cordas vocais (sinal de Bonnet) SINAIS A DISTANCIA: Sao sinais encontrados nas_asfixias em geral, como congestao polivisceral, sangue fluido e escuro, pulmdes distendidos, equimoses viscerais & espuma sanguinolenta na traquéia e brénquios Mecanismo da morte por enforcamento: -Hoffinann fundamenta a morte por enforcamento em 3 prineipios: *Morte por asfixia mecdnica; Morte por obstrugdo da cireulago: neste easo o mais importante seria a obstrugio a0 nivel das carotidas acarretando perturbagdcs cerebrais pela anéxia, DELEGADO DE POLICIA DE SC nm Verbo Juridico Morte por inibigo devido & compressio dos clementos nervosos do pescogo: a compressio scria principalmente sobre 0 nervo vago. 5. DIAGNOSTICO: O diagnéstico ¢ feito principalmente na identificagio do suleo caracteristico ao nivel do peseogo, identifieagio dos fendmenos relacionados com a asfixia, bem como, da posigio do cadaver: somando-se a isto, convém estudar ¢ anatisar a presenga das alteragdes externas & internas ja citadas anteriormente. 6. PROGNOSTICO: 1) Fenémenos apresentados durante o enforeamento: I- periodo inicial - comega quando o corpo, abandonado ¢ sob a agio do seu proprio ‘peso, leva, pela constriego do pescogo, a sensago de calor, zumbidos, sensagdes luminosas na vista ¢ perda da conseiéneia produzidos pela interrupgio da eirculagdo cerebral II segundo periodo - caracteriza-se pelas convulsées € excitaglio do corpo proveniente dos fendmenos respiratérios, pela impossibilidade de entrada ¢ saida de ar, diminuindo 0 oxigénio ¢ aumentando o gas carbénico: associa-se a estes fendmenos a pressio do feixe vasculo-nervoso do pescogo, comprimindo o nerve vago. IIL- terceiro perfodo - surgem os sinais de morte aparente, até o aparecimento da morte real, com eessagao da respiragio ¢ da circulagao. b) Fenémenos da sobrevivéncia: = Hi alguns que, ao sorem retirados ainda com vida, morrem depois sem voltar a consciéncia devido ao grande sofrimento cerebral pela anoxia; = Outros que mesmo recobrando a consciéncia, tormam-se fatais algum tempo depois; ~ Alguns sobrevivem acompanhados de uma ou outra desordem. Estas manifestagdes podem ser locais ou gerais: SLOCAIS: O suleo, tumeftito © viokieco, escoriando ou lesando profundamente a pele: dor, afasia © disfagia referentc & compressio dos érgios cervicais ¢ congestio dos pulmées. GERAIS: Referentes aos fendmenos asfixicos ¢ circulalérios, levando, as vezes, a0 coma, amnésia, perturbagdes psiquicas ligadas 4 confuséo mental e a depressio, paralisia da bexiga, do reto ¢ da uretra, DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico ©) Tempo nevessario para a morte no enforeamento: A morte pode ser rapida por inibigo ou demorar de 5 a 10 minutos. 7. NATUREZA JURIDICA: E mais comum nos sui homicidio e a execugio judicial ios, podendo, no entanto, ter como etiologia o avidente, 0 8. PERICIA: A pericia busca inicialmente a identificagao do individuo e a coleta de informagdes no que se refere a determinagio do estado de morte, a hora da morte, identificagao dos fatores ue ajudem quanto a determinagio da natureza juridica (acidente, homicidio ou suicidio) B) ESTRANGULAMENTO 1, DEFINICAO: Ea asfixia mecdnica que ocorre uma constriegio do pescogo, que causa embarago a livre entrada de ar no aparetho respiratorio, feito por meio de um lago acionado pela forga muscular da pripria vitima ou estranho, 2. MECANISMO DE ACKO: Hi ovorréneia da morte: - pelo impedimento da penetragio do ar nas vias aéreas: = por morte cireulatéria devido a compressao dos grandes vasos do peseogo, que conduzem para o eérebro = por morte nervosa por mecanismo reflexo (inibigio vagal). 3. LESOES EXTERNAS: = 0 suleo é 0 clemento capital da sintomatologia externa. Tem sede, em geral, na laringe. Sua diregio ¢ tipicamente horizontal. Raramente se apergaminha, como ocorre no enforcamento, pois, apés a morte cessa em geral a forga constrictiva, que concorre para a escoriagio da pele c 0 aparecimento desse fendmeno, Este sulco ¢ completo, abrangendo todo 0 pescogo e reproduz o niimero de voltas que © lago deu, a presenga de nds, etc. Sua profundidade ¢ uniforme ¢ os bordos apresentam cor violécea, que contrasta com a palidez do fando. ~ A face dos estrangulados ¢ quase sempre tumefeita, vultuosa ¢ violicea. A DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico ~ A lingua geralmente faz saligncia exteriormente, sendo encontrada entre os dentes, ~ A boca pode apresentar espuma esbranquigada ou braneo-sanguinolenta, bem ~ Equimoses de pequenas dimenses na face, nas conjuntivas, peseogo e fave anterior do tras. - Otorragia com ou sem ruptura de membrana timpéniva. 4. LESOES INTERNAS: = Infiltrago hemorrigica em tela subcutinea ¢ musculatura subjacente ao sulco. - Lesdes da laringe so excepeionais. Leses das artérias cardtidas manifestam-se, macroscopicamente, na tHiniea intima, pelos sinais de Amussat e Lesser (rupturas transversais) ¢, na ttinica adventicia, pelos sinais de Friedberg (infiltragio hemorrigica) ¢ de Etienne Martin (ruptura transversal), ~ Rupturas musculares. - Fraturas e luxagdes de vértebras cervieais (V € VI de preferéncia), 5. DIAGNOSTIC © diagndstico tem permanecido no plano macrosedpico da neerépsia através dos sinais gerais de asfixias em particular, do estado do pescogo. © diagnéstico orienta-se pela presenga do sulco, impondo-se fazer diagndstico diferencial com o suleo do enforeamento.. -Presenga do suleo: Sua diregio, N° de voltas, Profundidade, Aspecto. -Disposigdo da hipéstase, -Diferengas com sulcos naturais dos obesos ¢ fetos -Inexisténcia de reagao vital PROGNOSTICO: Quando um individuo é salvo de estrangulamento, temos como complicagao: congestiio € cianose da face, disfagia, dor cervical © dificuldade de respirar, Além das perturbagdes psiquicas, amnésias, confusio mental etc, 7. NATUREZA JURIDICA: - Homicidio. Infanticidio. Como no caso do enforcamento, 0 fator surpresa ¢ os demais fatores so importantes, DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico ~Acidente ou acidente do trabalho. - Suicidio, exccugio judiciaria, tortura, Quanto a esta iltima, cite-se 0 “garrote vil” ou torniquete. forma mais rudimentar ¢ a que emprega uma corda que vai sendo torcida até que sobrevenha a morte por asfixia O suicidio & raro, mas pode ovorrer, seja por garrote, por peso amarrado num lago angado pela janela, ou ainda qualquer artificio imaginado pelo suicida 8. PERICIA: No caso do estrangulamento, a pericia assume modalidade essencialmente penal. 2 {ita normalmente em cadiveres A pericia segue a seguinte seqiléncia: 1. Identificago do Morto. 2. Quantidade, tipo e sede das lesdes No estrangulamento, normalmente, nota-se a presenga do sulco, circundando 0 pescogo, Sulco que pode ser tinico ou parcialmente duplo. Além disso, encontra-se outras manifestagdes decorrentes do mecanismo de lesdo. A identificagio ¢ feita seguindo-se a propedéutica semiologica contida no exame necroseépico. 3. Instrumento ou meio que produziram a lesio. algo que o valha, 4, Nexo causal 5. Tempo de morte Nonmalmente, utiliza-se um lago ou ©) ESGANADURA 1. DEFINIGAO: E a constricgdo da regio anterior do pescogo pelas mios, em que impede a passagem de ar atmosférico pelas vias respiratérias até os pulmdes, 2. MECANISMO DE ACKO: | sempre homicida. E impossivel a forma suicida ou aci ental Na esganadura, o mecanismo de morte, se deve principalmente a asfixia pela obturagao da glote, gragas 4 projeg’o da base da lingua sobre a porgao posterior da faringe. E importante também os cfcitos devorrentes da compressio ncrvosa do pescogo, levando a0 fendmeno de inibigio. A obliteragio vascular é de interesse insignificante, Tudo faz crer que a asfixia € 0 principal elemento responsivel pelo éxito letal Os sintomas sdo desconhecidos, a vitima cai logo em estado de inconsciéncia ? morte 15'- 20. DELEGADO DE POLICIA DE SC |) Verbo Juridico 3. LESOES EXTERNAS: Existem os seguintes sinais: a) Lesdes Externas a distincia: Cianose ou palidez da face, congestio das conjuntivas, as vezes com exolftalmia, petSquias na face © no pescogo, constituindo o pontithado esearlatiniforme de Lacassagne; b) Lesdes Externas Locais: Os mais importantes sio os produzidos pela unha do agressor, tecoricamente de forma semilunar, apergaminhadas, de tonalidade pardo-amarcladas, conhecidas com estigmas ou mareas ungueais. Pode também ter a forma de rastros excoriativos. Se 0 criminoso € destro, aparecem essas marcas em maior quantidade no lado esquerdo do pescoyo da vitima, Em alguns casos, podem surgir escoriagdes de varias dimensdes ¢ sentidos, devido as reagdes da vitima ao defender-se. Finalmente, as marcas, tungueais podem estar ausentes se 0 agente conduziu a constrigio do pescogo protegiclo por objetos (vestes por exemplo) 4. LESOES INTERNAS: A) Lesdes internas locais = Infiltragdes hemorrégicas das estruturas profundas do pese = Lesées do aparelho laringeo por fraturas da cartilagem tiredide e crivdide e do osso hidide = Lesdes de vasos do pescoyo (marcas de Franga).. B) Lesdes internas a distiincia: Apresentam as mesmas caracteristicas das asfisias em geral. 5. DIAGNOSTICO: a) Realidade da asfixia - pesquisar os sinais comuns de asfixia, e em seguida observar a existéncia de lesdes externas na face anterior e lateral do pescogo tais como: lesdes deixadas. pelos dedos do agressor, escoriagdes produzidas pelas unhas, sinais de luta, c 0 encontro de lesies internas como: hemorragias na espessura dos misculos ¢ tecidos do pescogo, fratura da laringe, osso hidide, les6es nas carétidas. jugulares ¢ nervos do pescogo. Observamos também a existéncia de outros traumatismos que podem estar presente no individuo, como os crimes. b) Prova testemunhal ©) Inexisténcia de outra causa morte 4) Fenémenos inibitérios £) Elementos para identificagao do autor Verbo Juridico 6. PROGNOSTICO: O prognéstico depende do tempo de asfisia ¢ das lesdes das estruturas cervieais, A morte pode ser rapida por inibigo on durar cerca de 4a $ minutos pela andxia. No individuo que se salvou de uma esganadura, esto presentes equimoses ¢ escoriagdes produzidas pelos dedos e unhas do agressor. Aparece ainda tumefagio cervical, disfonia, disfagia e dificuldade de movimentar o peseogo. Quando o individuo sobrevive, o prognéstico em geral é bom. 7. NATUREZA JURIDICA: ‘A esganadura suicida nao é admitida como possivel. O tnico caso, de que ha referencia, € 0 de um alienado ¢, assim mesmo, & posto em divida. A forma de acidente também nio ¢ tida como possivel. A esganadura ¢ sempre um homicidio, ¢ dai o grande valor que adquire seu diagnéstico, permitindo alertar imediatamente as autoridades na busca do 8. PERICLA: A pericia diante de um caso de esganadura deve inicialmente fazer 0 diagndstico de morte, a identificago do individuo ¢ em seguida procurar ¢ relatar os sinais de asfixia, as ¢ internas ja comentadas. Deve ser lembrado que a morte por esganadura nem podendo vir acompanhada de outros tipos de traumatismos, roubos e crimes sexuais, Como a esganadura é sempre um homicidio, deve-se estar atentos a elementos que possam identificar 0 autor da violéncia como as marcas das unhas, impresses digitais, fragmentos de cabelos ¢ vestes, Por fim, deve ser lembrado que a esganadura no adulto tem que haver uma desproporgao de forgas entre o agressor ¢ a vitima, sendo por isso observada principalmente em criangas, mulheres e velhos. D) AFOGAMENTO 1, DEFINICAO: E a asfisia mecdnica, produzida pela penstrayio de um meio liguido nas vias respiratérias impedindo a pastagem de ar alé os pulmges 2. MECANISMO DE AGAO: Havendo a submersio, ocorre a morte na seqiiéneia das seguintes fases: A) FASE DE DEFESA: a) Surpresa ou inspiragao inicial b) Dispnéia de submersio, Ese fd DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico B) FASE DE RESISTENCIA: a) Apnéia b) Inspiragio profunda C) FASE DE EXAUSTAO: a) Perda da Conseiéncia e) Convulsio b) Insensibilidade d) Morte. 3. LESOES EXTERNAS: + Hipotermia + Pele anscrina + Retragio do mamilo, escroto ¢ do pénis. * Maceragao da epiderme. + Tonalidade vermetha dos livores cadavéricos, + Cogumelo de espuma. + Erosio dos dedos + Presenga de corpos estranhos sob as unhas. + Equimoses da face ¢ das conjuntivas * Mancha verde de putrefagio (térax)* + Lesdes "pos mortem" produzidas por animais aquiticos, 4. LESOES INTERNAS: + Presenga de liquidos nas vias respiratorias, + Presenga de corpos estranhos no liquido das vias respirat6rias + Lesdes dos pulmies: aumentados, distendidos, enfisema aquoso ¢ equimoses. + Sinal de BROUARDEL = enfisema aquoso sub plewral (esponja molhada) + Manchas de TARDIEU = equimose sub pleural (raras). * Manchas de PALTAUF = Hemorragias subpleurais ( equimoses vermelho claro com 2.0u mais Cm, de didmetro, devido a ruptura das paredes alveolares) * Diluigdo do sangue (hidremia) + Crioscopia: aumentada (agua doce) e diminuida (agua sal gada) + Sinal de Wydler = presenga de espuma, liquido e sélido no estomago, + Sinal de hemorragia temporal + Sinal de Vargas Alvarado — hemorragia etimoidal + Sinal de Etienne Martin ~ congestao hepatica + Equimoses nos muisculos © pescogo, 5. DIAGNOSTICO: O diagnéstico do afogamento torna-se possivel pelo exame extemno ¢ interno do cadaver ¢ pelos exames complementares. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico A presenga de lesdes “intravitam” © “post mortem” concorrem para 0 diagndstico diferencial entre o afogado verdadciro ca simulagio de afogamento assim como a causa Juridica da morte, 6. NATUREZA JURIDICA: O afogado pode serv idio, homividio e raramente infant ima de acidente, st 7, PERICIA: Quando se suspeita de morte por afogamento, varias questives devem ser esclarecidas: ~ Se houve o afogamento (causa juridica da morte) ~Determinagio do tempo de morte. E) SOTERRAMENTO 1. DEFINICAO: E a asfixia que se realiza pela permanéneia do individuo num meio sélido ou semi- slido, de sorte que as substincias ai contidas penetram na arvore respirat6ria, impedindo a entrada de ar e produzindo a morte 2, MECANISMO DE ACAO: A causa da morte no soterramento varia: donde, mais do que nunca, minucioso ‘cuidado se faz necessirio no exame da vitima, para explicar © movanismo da morte, Pode set ‘em primeiro hugar, pela penetragio dos corpos estranhos, em que ficou soterrada, na arvore respiratoria, produzindo, entao, asfixia mecénica, por mudanga do meio gasoso em s6lido, Ouira modalidade de causa mortis esta na asfixia por confinamento, fieando a vitima num ‘espago restrito, com ar insuficiente, cujo o quimismo sc transforma pela respiragio, c, ainda, ‘com exvesso de vapor de égua e de calor. 3. LESOES EXTERNAS: Sao aquelas conseqientes ao traumatismo externo toricivo, de preferéneia, como Sejam fraturas costais, hemorragicas, compressdes pulmonares, cardiacas el. DELEGADO DE POLICIA DE Sc nm Verbo Juridico 4. LESOES INTERNAS: Na necroscopia, as lesGes que devem ser estudadas no soterramento sio aquelas ligadas a ago das substincias estranhas nas vias respiratorias ou digestivas, de localizagio, mais ou menos profunda © produzidas cm vida, naturalmente. Depois, aquclas em rigor asfixicas, denotando o impedimento respirat6rio. DIAGNOSTIC O diagnéstico se faz pela existéncia da substincia pulverulenta nas vias respiratorias, sendo indispensivel exeluir a possibilidade de sua penetragao post mortem, em outras causas de morte Para isso, tem importancia a penetrago profunda das referidas substincias nas vias respiratérias com indicios de reagio vital ¢, também, a sua penetragio nas vias digestivas, nos ‘movimentos de deglutigio, 6. PROGNOSTICO: Na morte, por um processo de asfixia mecénica, por mudanga do meio gasoso em sélido ou por confinamento, ha que considerar a influéncia de alguns fatores importantes. Em primeiro lugar, a facilidade do meio em desagregar-se, de sorte a penetrar com facilidade até o alyéolo respiratério, nos movimentos de inspiragio. Depois, a espessura da camada sob a qual a vitima ficou soterrada. Em igualdade de condigdes. é obvio que, quanto mais espessa a camada, maior o dano. Outro fator de monta & © grau de porosidade do meio, Quanto mais poroso, mais fécil 0 acesso de ar ¢, dai, menor 0 perigo. Em conexo com esta porosidade, esté a espessura dos grdos constitutivos do meio de soterramento. Maiores esses, mais facil © accesso de ar. FE ainda, influindo na porosidade, esti a umidade: timido o meio, mais dificilmente permitira a passagem do ar Finalmente, é fator que no pode ser desprezado ¢ a natureza toxica do meio. O soterramento por substancias téxicas como a cal, por exemplo, em igualdade de condigdes. sera muito mais nosivo do que esta toxicidade no existir. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 7. NATUREZA JURIDICA: Pode ser acidente, e, com relativa freqtiéneia, acidente de trabatho: pode ser, também homicidio (praticado em geral em casos em que a vitima no pode se defender ou em casos de infanticidio). O estudo de reagdcs vitais © 0 grau de penetrayao profunda da substéncia nas ‘vias respiratérias, fala a favor de soterramento em vida, 8. PERICIA: O diagndstico & firmado pela existéncia da substincia nociva nas vias respiratorias, com 0 complemento auxiliar da sua perquirigao nas vias digestivas. As varias lesdes idéncas para caracterizar a espévie devem esclarecer a sua realizagdo em vida. E. conveniente que 0 perito se lembre de que nem sempre, na morte por soterramento, o éxito se deve a uma asfixia ‘Traumatismos outros (fraturas sscas, rupturas viscerais, hemorragias, bloqueio cardiavo), podem ser responsabilizados, E) CONFINAMENTO 1. DEFINICAO: i Ss. ificis chins peda permancnnda “dy Grolsyfahdi. "om: denice "vesbrts. elo! fechado, sem condigdes de renovagio do ar respirivel, sendo constumido 0 oxigénio pouco a pouco ¢ 0 gas carbdnico acumulado gradativamente. 2. MECANISMO DE AGAO: Na respiragio normal, exige-se um ambiente extemo contendo ar respiravel, com oxigénio em quantidade aproximada de 21%, Quando no ar atmosférico 0 oxigénio atinge 7% surgem distirbios relativamente graves, sobrevivido a morte, se esta taxa é em torno de 3%, No confinamento hi uma diminuigao progressiva do suprimento de oxigénio a0 organismo concomitante aumento do teor de anidro carbénico no sangue (hipercapnéia) simultancamente, 0 ar satura-se de vapor d’égua, dificultando a climinagao deste pelos pulmdes pela transpiragio, o que contribui consideravelmente para que se instale a asfixia DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico 3. LESOES EXTERNAS: Manchas de Hipdstases: Sio precoces, abundantes ¢ de tonalidade escura: Cianose de Face: * o sinal mais freqiiente; Equimose de Pele: Sio arredondadas ¢ de pequenas dimensdes, nao ultrapassando a uma fentilha, formando agrupamento em determinadas regides, principalmente na face, torax. € pescogo, tomando tonalidade mais escura nas partes de declive Equimoses de Mucosas: Sao encontradas mais freqientemente na conjuntiva palpebral © ocular, nos labios e mais raramente na mucosa nasal 4, LESOES INTERNAS: Equimoses Viscerais (manchas de Tardieu) Congestio Polivisceral Distensdio ¢ Edemas dos Pulmoes ‘Sangue: eseuro e liquid (fluidez) 5. DIAGNOSTIC E nevessirio que se entenda que nfo existe nenhum sinal que isoladamente, seja de capital importincia no diagndstico das asfixias mecdnicas. Portanto, deve-se ter um eritério, baseado na somagao das lesdes estudadas, associando-se sinais ¢ o estudo das circunstincias do acontecimento. 6. PROGNOSTICO: Geralmente tem éxito letal. Quando o individuo é salvo temos as _mesmas complicagdes gerais da maioria das asfixias 7. NATUREZA JURIDIC. A morte por confinamento pode advir de acidente e raramente homicidio e suicidio, 8. PERICIA: No geral, a pericia no encontra sinais caracteristivos neste género de morte. SO excepeionalments constatam-se aqucles comuns a sindrome asfixica DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico F) SUFOCAGAO DIRETA 1. DEFINICAO: E a modalidade de asfixia mecdnica produzida pelo impedimento da passagem do ar respiratério por meio direto ou indireto, Por sufocagio dircta se entende os casos devido & oclusio dos orificios ou dos condutos respiratérios. 2. MECANISMO DE AGAO: Sufocagio por oclusio da boca ¢ das fossas nasais ow por oslusiio dos orificios da faringe e da laringe por corpos estranhos. A morte sobrevém pelo fato de niio poder entrar ar pela boca ¢ narinas ¢/ou pelas vias respiratérias altas, 3. LESOES EXTERNAS: Pode-se encontrar a presenga de marcas ungueais em redor dos orificios nasais nos casos de sufocago pelas mis, faltando. no entanto, quando agressor usa objetos moles. como, por exemplo, lengdis, vestes, travesseiros ete, Finalmente, poderd estar presente na frvore respiratéria 0 corpo estranho causador da sufocagao. O pontilhado escarlatiniforme apresenta-se na face € no pescogo, acompanhado de cor violivea da face © congestio ocular. 4. LESOES INTERNAS: Espuma da traquéia ¢ da laringe, petéquias pulmonares internas ¢ freqientes, enfisema © congestio pulmonares, petéquias do pericardio e do pericranio, congestio das meninges e do encéfalo, DIAGNOSTIC -Realidade da sufocagio -Lesdes externas ¢ internas; -Prova testemunhal, 6. NATUREZA JURIDICA: Oclusio direta das narinas e da boca: SS =e. DELEGADO DE POLICIA DE Sc a) Verbo Juridico ~ Acidental: ocorre em recém-nascidos que, dormindo com as macs, sio sufocados por estas ou por panos que se encontram sobre o leito. Nos adultos, 0 acidente podera resultar de ataques epilépticos, sincopes, embriaguez, ete... caindo a vitima sobre o leito, com 0 rosto fortemente apoiado contra o travessciro, ou contra panos que impegam a respiragao. ~ Criminosa: mais comum em recém-nascidos, mas pode ser encontrada também em adultos, © paciente coloca sobre 0 corpo ¢ a caboya cobertores, panos, ete... até Oclusio direta dos orificios da faringe e laringe: - Criminosa: poderd ser produzida pela introdugio na boca de tampdes de panos, dedos, papel ou qualquer outro objeto. E comum no infanticidio, podendo ser encontrada nos adultos. ~ Acidental: E a modalidade mais freqdente, Surge especialmente entre criangas, que colocam botdes, bolinhas de gude, pedagos de carne e outros corpos estranhos dentro da boca Os recém-nascidos podem sufocarse com liquide amnidtico e restos de membranas. Entre adultos, esse tipo de morte é ainda cneontrado nos que ingerem fragmentos grandes de alimentos sem as devidas cautelas, io, mas a literatura relata casos de individuos que se ‘mataram introduzindo na garganta panos ou objetos, @ SUFOCAGAO INDIRETA 1. DEFINICAO: E a asfixia mecdnica em que a morte sobrevém por impedimento respiratorio devido & compressio do trax ou do abdome. 2. MECANISMO DE AGAO: corre por compressio do térax ou do abdome. Dessa compressio resulta a impossibilidade do torax realizar sua expansiio. Com isso 0 organismo nio pode exercitar 0 mecanismo fisiolégico da respiragao, DELEGADO DE POLICIA DE SC |) Verbo Juridico 3. LESOES EXTERNAS: ‘As manifestagdes de sufocago indireta nem sempre apresentam-se com sinais evidentes de asfixia. Um dos sinais mais importantes & a mascara equimatica de Morestim ou. cianose cérvivofacial, produzida pelo refluxo sanguinco da veia cava superior em face da compressa toracica, A mascara equimotica de Morestin se caracteriza por uma cor violicea intensa da face, do pescogo da parte superior do trax. 4. LESOES INTERNAS: Os pulméecs sc mostram distendidos (sinal de Valentin), congestos, com sufusdes hemorrigicas subpleurais, podendo ocorrer também rupturas. O figado é congesto, © o sangue do coragio, escuro ¢ fluido. Pode ocorrer fratura dos arcos costais, 5. DIAGNOSTIC E dado pelas lesdes ansitomo-patolégicas externas ¢ internas observadas durante o exame clinico ou a necropsia E de fundamental importancia a historia da vitima: se estava em grandes aglomeragdes em ocasiio de piinico; se houve queda de peso sobre o corpo; em criangas recém-nascidas pode ter sido causada pelas mos ou pelo peso corporal de alguém ete. 6. PROGNOSTICO: ‘A sufocagdo indireta nem sempre é letal, O seu prognéstico depende do tempo de compressio ¢ da rapidez com que ¢ prestado 0 sovorro, 7. NATUREZA JURIDICA: a) Homicida: é uma modalidade rara. O eriminoso se senta sobre o trax da vitima até b) Acidental: & mais freqiiente. As vezes adquire carater coletivo. Isso suecde quando ‘uma multidio se assusta ¢ corre comprimindo e pisando os que a integram, sobretudo os mais débeis. I também encontrada quando sacos ou pesos desabam sobre trabalhadores. Em ceriangas recém-nascidas pode ter sido causada pelas maos ou pelo peso corporal de alguém. i DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico 8. PERICIA: O perito deve se limitar ao que viu, dai a oportunidade da antiga denominagio “visum et repertum” Os vestigios da compressio do tronco serio revelados eficientemente no exame externo c interno. E conveniente alertar para o registro de clementos identificadores, scja do cadaver ou do vivo: impressdes digitais (quando possivel), sexo, estimativa da idade, investigagao da cor, sinais particulares ete VL TANATOLOGIA MEDICO-LEGAL 1. DEFINICAO: A palavra tanatologia origina-se do grego thanatus que quer dizer morte ¢ do sufixo logia que significa estudo. E 0 ramo da medicina legal que se ocupa do estudo da morte ¢ dos fendmenos com ela relacionados MORTE: LL Critério do CF. M. P Definigao (Resolugio1346/91) “0 Conselho Federal de Medicina, no uso de suas atribuigdes que the confere a Lei n® 3.268/57, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto n? 44,045, de 19 de julho de 1958, ¢ CONSIDERANDO que a parada totale irreversivel das fungdes encefilicas equivale a morte, conforme ji estabelecido pela comunidade cientifica mundial: CONSIDERANDO 0 6nus psicoldgico e material causado pelo prolongamento do uso de recursos extraordinarios para o suporte das fungdes vegetativas em pacientes com parada total e irreversivel da atividade encefili CONSIDERANDO a nevessidade de judiciosa indicagio e interrupgio do emprego desses recursos: CONSIDERANDO a necessidade de se adotar critérios para constatar, de modo indiscutivel, a ocorréncia de morte: CONSIDERANDO que ainda ha conscnso sobre a aplicabilidade desses eritérios em criangas menores de 2 anos, oe Verbo Juridico 1) Critérios: Os critérios, no presente momento, para a caracterizagio da parada total ¢ irreversivel das fungdes encefilicas em pessoas com mais de 2 anos so, em seu conjunto: 1) Clinicos: coma aperceptivo com arreatividade inespecifica, dolorosa © vegetativa, de causa definida, Auséneia de reflexos corneano, oculoencefilico, oculovestibular © do vémito. Positividade do teste de apnéia, Exchiem-se dos critérios acima, os casos de intoxicaydes metabolicas, intoxicagdes por drogas ou hipotermia. b) Complementares: auséncia das atividades bioelétrica ou metabélica cerebrais ou da perfusio encefilica: 2) O periodo de observagiio desse estado clinico deveri ser de, no minimo, 6 horas 3) A parada total ¢ irreversivel das fumgdes encefilicas seré constatada através da observagdo desses critérios registrados em protovolo devidamente aprovado pela Comissdo de Btica da Instituigiio Hospitalar. 4) Constatada a parada total ¢ imeversivel das fungéies encefilicas do paciente, 0 médico, imediatamente, dever comunicar tal fato aos scus responsaveis legais. antes de adotar qualquer medida adiciona. 5) Esta Resolugaio entraré em vigor na data de sua publicagio. Brasilia - DF, 08 de agosto de 1991. 1.2- TIPOS DE MORTE: 1.2.1, Natural: E a que resulta da alteragdo organica ou perturbagio funcional provocada por agentes naturais, inclusive os patogénicos sem a interviniéneia de fatores ‘mecinivos em sua produgao. 1.2.2. Sabita: Morte imprevista, que sobrevém instantaneamente € sem causa manifesta, atingindo pessoas em aparente estado de boa saide. 1.2.3. Violenta: aqucla que tem como causa determinants a ago abrupta ¢ intensa, ou continuada ¢ persistente de tim agente mecanico, fisico ou quimico sobre o organismo. Ex. Homicidio, svicidio ou acidente 1.24, Fetal: Morte de um produto da concepgo antes da expulsio on da extragio completa do corpo da mic independente da duragio da gravidez. A Verbo Juridico 1.2.5, Materna: Morte de uma mulher durante uma gestagio ou dentro de um periodo de 42 dias apos o término da gestagao, independente da duragio ou localizago da gravidez. 1.2.6. Catastréfiea: F toda morte violenta de origem natural ou de ago dolosa do homem em que por um mesmo motivo, ocorre um grande niimero de vitimas fatais. 1.2.7, Presumida: Ii 2 morte que se verifica pela auséneia ou desapsrecimento de uma pessoa, depois de transeorrido um prazo determinado pela Lei. CC. Art. 10, 481 ¢ 483. -C.PP. Art. 1.161 ¢ 1.163 -Lei n? 6.015/73 2. CONTEUDO: A) TANATOSEMIOLOGIA (MORTE+SINAL+ESTUDO): Parte da Tanatologia que estuda os sinais (fendmenos) cadavéricos B) TANATODIAGNOSTICO (MORTE/DIAGNOSE): Estuda 0 conjunto de sinais biologicos e propedéuticos que permitem afirmar o estado de morte real ©) CRONOTANATOGNOSE, (TEMPO! MORTE} CONHECIMENTO): Estuda os meios de determinagio do tempo decorrido entre a morte ¢ 0 exame cadavérico. D) TANATOSCOPIA = TANATOPSIA = NECROPSIA (MORTE + VER = OBSERVAR): E o exame do cadaver para verificagiio da realidade ¢ da causa da morte. E) TANATOCONSERVACAO (MORTE+CONSERVAGAO): E 0 conjunto de téenicas empregadas para conservagio do cadaver com suas caracteristicas gerais. F) TANATOLEGISLAGAO (MORTE: dispositivos legais concernentes a morte e ao cadaver. LEGISLAGAO): E 0 conjunto de 3. ASPECTOS MEDICOS LEGAIS DA MORTE: Apalavra morte vem do grego tanatus e do latim mors = extingio da vida = cessagio definitiva de todas as fungdes de um organismo vivo, A) NOGOES PRELIMINARES Morte no se agrega ao ser humano no fim’ ="Assim que o individuo comega a viver, tem a idade suficiente para morrer" = "Nao constitui uma ocorréncia instanténca © sim um proceso. gradative de Velocidade varidvel" A eee. DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico =O ser humano € 0 tinieo ser vivo que é consciente de sua morte ¢ finitude" ~"O nosso tempo caracteriza-se por uma cultura que problematiza a morte" (castigo, pecado), ‘odos nds de uma forma ou de outra tememos a morte" = "O nosso apego a0 Dircito, a Medicina, a Religiio, a Economia etc., indicam meios para a salvago de nosso ser" = "Miserdvel homem que sou, quem me livraré do corpo dessa morte”. (Sio Paulo cola 7.24) ~""Meu pai, afasta de mim esse eélice". (Jesus / Mateus 26,39) B) IMPORTANCIA MEDICA: - E.um fenémeno comum na vida do médico. - Envolve aspectos éticos em relagio a doagdes de drgios ¢ transplantes, pesquisa médica, cutandsia ete = Maioria das vezes & de facil diagndstico, mas exige critérios tecnicos rigorosos. - Os critérios para o diagndstico devem ser avaliados juntamente com as exeludentes de erro como: Intoxicagao metabslica ou por drogas, hipotermia, criangas € choque, CIA JURIDIC A: cymmporta 8 tan Senden tadieammncedS fignds wo daftita = Cessa a personalidade civil adquirida com 0 nascimento ¢ advém as conseqiiéneias juridicas = Poe a termo a capacidade juridica, - Termina a aptidio de ser titular de direitos, ~ Ses bens se transmitem desde logo para seus herdeiros. = Com a morte do réu extingue-se a punibilidade. ~ Extingue-se 0 patrio poder etc D) INTERESSES: + Individuo * Médico + So + Familia + Juridico * Sanit al + Religioso io Filosofico E) DEFINICOES: Diante da necessidade © impossibilidade de definir a vida, torna-se impossivel a definigio de morte, DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico E.1.) MORTE: Hipocrates 460 a.C:: testa enrugada e arida, olhos, cavas, nariz saliente cereado de coloragdo escura, témporas endurecida, epiderme seca e livida, pélos das narinas ¢ cilios encoberto por uma espécic de pocira, de um branco fosco (cémea) palpebras semi-cerradas © fisionomia nitidamente irreconhecivel” Constituiu-se por muito tempo como @ “eessagdo total © permanente de todas as fungécs vitais" destacando-sc a RESPIRACAO e CIRCULAGAO. OMS: Cessago dos sinais vitais a qualquer tempo apés 0 nascimento sem ossibilidade de ressuseitagaio. Com 0 surgimento dos modemos processos de transplantes de érgiios ¢ os avangos da ‘Medicina, por exemplo: respiragio artificial, medidas eficientes de ressuscitagio ¢ as maquinas de circulagio extra corpérea tornou-se controvertido a determinagiio do exato ‘momento da morte de um individuo. ELL.) CONCEITO ATUAL: Hoje 0 eritério é 0 eérebro, ou seja, pela condigdo mérbida organica caracterizada pela aboligdo total ¢ definitiva das fungdes da vida em relagdo (vida x utilidade), ESCOLA DE MEDICINA DE HARVARD. a. Inconsciéneia total ¢ falta de resposta aos estimulos extemnos: b. Auséncia de respiragiio ou parada dos movimentos respiratorios por trés minutos: ©. Anséneia de reflexos: d. Eletroencefalograma plano, UNIVERSIDADES DE MINNESOTA E PRITTISBURGO CONFERENCIA DE ROYAL COLLEGE FACULDADE DE MEDICINA DO REINO UNIDO a. Coma profundo indiferente aos estimulos externos: b, Auséneia de reflexos: ©. Hipotonia muscular, d. Rigidez de descercbrasao: . Auséncia de respiragio espontinca; £ Eletroencefalograma plano: 2. Opcionais: Angiografia Cintilografia a DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico GENIVAL VELOSO a. Coma irreversivel com E.E.G. plano por 30 min., com intervalo de 24 h. Nao deve prevalecer para criangas, hipotermia, uso de drogas. Depressoras do S.N.C. ¢ distirbios metabolicos ou endécrinos; b. Aboligio dos reflexos cefilicos (Hipotonia, Midriase);, ©. Auséncia de respiragio espontince: d. Causa da leso cerebral conheci ©. Estrutura vitais do encéfalo lesados irreversivelmente, E.1.2) CLASSIFICACAO: a. Quanto & ovorréneia: ~ AnatOmica - Aparente - Intermediria - Histolégica - Relativa - Real b. Quanto a forma:- NATURAL, - VIOLENTA, - SUSPEITA, - SUBITA; - AGONICA £2.) VID. “E uma das manifestagdes da natureza que todos compreendem, sentem, observam, quase apalpam mas no definem". “um eabedal eterno de que somos eftsveros depoaitirios. “ 0 conjunto de forgas que resistem a morte. “0 sopro Divino sobre a matétia orghnica’ DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 4. TANATOSEMIOLOGIA: CLASSIFICACAO DOS FENOMENOS CADAVERICOS DENOMINACAO FENOMENOS IMEDIATOS Tnconsciéneia Insensibilidade Imobilidade Parada da Respiragio Parada da Circulagio CONSECUTIVOS Algidez Rigidez. Hipostase ou Livor ‘Mancha Verde Abdominal TARDIOS DESTRUTIVOS ‘Autolise Maceragio Putrefagio: Coloragio, Gasoxo, Coliquativo, Esqueletizagio TARDIOS CONSERVADORES ‘Mumifieagiio Saponificagio 5. TANATODIAGNOSTICO: A) SINAIS CADAVERICOS: (Inspegiio) B) SINAIS ESPECIAIS: a) Ausculta b) Palpagiio ECG. DERG. ©) Provas de Ieard 1) Raio X do Taras 2) Arteriografia 1h) Cintilografia i) Tomogratia j) Gotas de éter k) Chama de Vela 1) Cardiopungaio A =e DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico 6. TANATOCRONOLOGIA OU CRONOTANATOGNOSE, + COMORIENCIA: #4 morte de doas ou mais pessoas em um mesmo evento € 20 need teanpes + PREMORIENCIA: Quando se pode provar que uma delas faleceu momento antes. A) Perda de Peso: Observages comprovam que os caddveres perdem em média 8 eiKgidia B) Algidez: Em nosso meio estima-se, por observagdes, que nas primciras 3 horas a queda de temperatura do cadaver & de meio grau (0,5°) por hora. A partir da quarta hora & de 1° por hora, C) Livores de Hipéstase: Surgem em geral 2 a 3 h. apos a morte, fixando-se definitivamente em torno de 8 a 10 h."post mortem’ D) Rigidez Cadayérica: Surge na mandibula depois da 2* hora; em seguida muca (2-4 hh); nos membros (4-6 h.) € nos misculos do trax (6-8 h.). E) Mancha Verde Abdominal: Em média surge entre 18 a 36 horas, Tem inicio na fossa iliaca direita. F) Gases de Putrefayio: I° DIA: Gases nfo inflamiveis: CO2, do 2° ao 4° DIA: Gases inflamaveis: HC e He A partir do 5° DIA: Gases nao inflamaveis: Ne NH4, G) Cristais de Sangue Putrefeito: (WESTENHOFFER-ROCHA), Surgem depois do 3° dia e permanecem até 0 35° dia depois da morte, 11) Crioscopia do sangue: Ponto de congelago do sangue. Valor normal: 057°C. 1) Crescimento dos Palos da Barba: Crescem 0,021 mm/hora. J) Contesido Estomacal: A digestio sc faz no estémago em torno de 4-7 horas. L) Fauna Cadavérica =a. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 1° Legido:Dipteros, Muscina stabulans (8-15 dias); 2 Lepiio:Lucila coesar (15 a 20 dias), 3* Legitio:Dermester lardarins 20 a 30 dias/3a 6 meses; 4° Legiao: Pyophila patasionis. Depois da fermentagio: 5* Legiio: Tyreophora Cyrophila. Na liquefagao: 6 Logiio: Uropoda nummularia, Absorvem os humores: 7 Legitio: Aglossa euprealis (12 @ 24 meses): 8* Legitio: Tenebrio Obscurus (3 anos apos a morte), 7. TANATOSCOPIA: A) CONCEITO: "E um conjunto de operagdes que tem como meta fundamental evidenciar a causa ‘mortis quer do ponto de vista médico quer juridica” ‘Tanatoscopia, Autépsia, Necropsia, Necroscopia, Necrotomoseopia, ©) FINALIDADE! Diagndstico da realidade e da causa da morte, ‘Ausiliar na determinagdo da natureza juridica da morte: Diagndstico do tempo decorrido da morte; Informagdes sobre cireunstancias da morte; Identificar 0 morto: D) LEGISLAGAO: CPP Art. 162. A autopsia ser feita pelo menos seis (06) horas depois do dbito, salvo se 0s peritos, pela evidencias dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele razo, 0 que declarario no auto. FE) AUTORIDADES COMPETENTES PARA SOLICITAR: - Juiz de Direito -Delegado de Policia ~Autoridade Sanitaria - Promotor de Justiga -Oficial Militar -Membro de Conselho Tutelar Verbo Juridico F) TECNICA: 1) AMBIENTE: Local da morte (Perinceroscopia —Forense) I.M.L, (Compulsoria — Médico Legal) Hospitalar (Consentida - Necropsia clinica) S. V.O. (Necropsia clinica — Sanitaria - Pesquisa) Instituigao de Ensino Superior (Interesse: Académico) 2) PESSOAL: Peritos - Escrivio Auxiliar de necropsia - Circulante 3) INSTRUMENTAL: Faca, bisturis, tesouras, pingas, balangas, recipientes para colheita de amostras, porta aguiha, agulhas,fios para sutura, aventais, lavas, méscaras, dculos ete, 4) SERVICOS ACESSORIOS: Papiloscopia, Fotografia, Laboratério, Raios X ete. 5) TEMPOs: A INSPECAO EXTERNA: Deserigao das vestes Sinais de Morte Deserigdo dos objetos Tempo de Morte Elementos de identificagao Inspegao das Lesies Compleigao fisica Inspegio das cavidades B- INSPECAO INTERNA: -Cavidade Craniana ~Orgio do Pescogo -Cavidade Toracica ¢ abdominal Cavidades Avessérias Cavidade Vertebral SS ees. Verbo Juridico G) ERROS MAIS COMUNS: - Exame externo sumario ou omisso = Interpretagao por intuigio - Falta de ilustragio ~ Entendimento errado dos fendmenos "pos mortem” - Necropsias incompletas H) LESOES "INTRA VITAM" E. "POST MORTEM": Escoriagao (crosta) Lesdes brancas Retrago dos tecidos Bordas justas posta Coagulagio do Sangue Nao coagula Hemorragia Pergaminhamento Equimose Mesma tonalidade ou livores Reagio inflamatéria Autlise, macer Embolias Nao ocorre Consolidagio ossea Nao ocorre Queimaduras (eritema) Nao apresentam reagao vital putretagao 1D DOCIMASIAS DA MORTE AGONICA: Hepatica-quimica (glicogénio e glivose) ‘Hepética histolégica (slicogénio) Supra renal quimica (Adrenalina) Supra renal histolégiea (pigmento feocrdmico na eétula) Urindia (glicostiria) D DESTINOS DO CADAVER: Tnumagdo simples (1.75 m. /0,80 m/ 0,60 m) Inumago ap6s Necropsia (Clinica ou Pericial) Inumagdo apés Embalsamamento Utilizagao no Estudo e na pesquisa Cientifica Destruigao Ossarios Cremagao (1000 a 1200°C /1-2h.) Imersio SS sees. Verbo Juridico 8, TANATOCONSERVACAO: A) CONGELAMENTO = Camara frigorifica com uma temperatura entre 45° C. a - 20°C. B) EMBALSAMAMENTO: Formolizagio: Aldeido Férmico (Formol 4 a 51 (1.A.) Método Espanhol: Serragem, carvio vegetal, KPO4, Naftalina ¢ Cénfora. C) MUMIFICACAO: Egito, india ete 9. LESOES "INTRA VITAM" FE "POST MORTEM’ - Eseoriagao (crosta) - Leses brancas ~ Retragao dos tevidos - Bordas justa posta - Coagulago do Sangue - Incoagulago - Hemorragia - Pergaminhamento - Equimose - Mesma tonalidade ou livores - Reagiio inflamatoria ~ Autélise, maceragio,putrefagio = Embolias - Nao ocorre ~ Consolidagio dssca - Nao ocorre = Queimaduras (eritema) - Nao apresentam reagao vital 10, DOCIMASIAS DA MORTE AGONICA: A)Hepaitica-quimica (glicogénio ¢ glicose) B)Hepatica histolégica (glicogénio) ©)Supra renal quimica (Adrenalina) D)Supra renal histologica (pigmento feocrdmico na célula) E)Urinéria (glicostria) 11.1. ETIMOLOGLA/CONCEITO: Etimologicamente exumago vem do latim exumare ( ex, cquivalente a ec. ‘movimento para fora, ¢ htimus, terra ¢ ar), portanto, exumar significa 0 desenterramento do cadaver com a finalidade de atender aos recursos da Justiga na averiguagao da exata causa de morte oe Verbo Juridico 11.2. LEGISLAGAO: CPP. Art. 163. CPP. Art. 164. CPP. Art. 168. CPP. Art. 166. CPP. Art. 160. CP. Art. 210, CP. Art. 211. CP. Art. 212. 11.3. TIPOS DE EXUMAGAO Conforme a finalidade a que se propde, a exumagio divide-se em dois tipos, que so A- ADMINISTRATIVAS - mudanga de sepultura dentro de um mesmo cemitério - remogiio do esqueleto para o ossusrio; = retirada do cadaver ou restos esqueletais para cremagio; = translado dos restos humanos para outro cemitério ou para o estrangeiro: = trova de uma funeréria; = recuperagio de jéias ou documentos. B- JUDICIARIAS ~ inumagées clandestinas em locais nfl autorizados: ~ inumagdes em locais autorizados, sem certidio de dbito; ~ inumag6es cuja certidiio de Sbito nao contemple de forma plena os dados exigidos na mesma; - diividas quanto a identidade do morto: ~ inumago em casos de morte violenta, scm necropsia prévia: = necropsia incompleta ou parcial: ~ crros, omissdes ou contradigdes no exame necroscépico; DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico - falsa necropsia ou simulagao de necropsia, com descrigdo apenas das lesdes externas; ~ omissdes nos procedimentos téenicos detectados no laudo pericial: = diagnosticos incompletos, insuficientes ou errados, no laudo pericial: ~ declaragiio de ébito com diagnéstico impreciso, ocorrendo ditvidas quanto ao mecanismo da causa da morte; - diagndstico bascado em alterago macroscépica sem lastro andtomo-patologic. ~reconhecimento especial de determinada les io: - recolhimento de determinado material tegumentar ou visceral. Em sintese, procede-se @ exumagio com fins civeis ou médicos- legais. Cumpridas as formalidades legais, a critério da autoridade sanitiria, os despojos, que deverdio se constituir apenas do esqueleto, podem ser removidos para fins de translado, eremagio, ou outra qualquer finalidade administrativa CAUSA JURIDICA DA MORTE, 1. DEFINICAO: E toda e qualquer causa violenta capaz de determinar a morte, 2, IMPORTANCIA: ‘As conseqiiéncias juridicas da morte variam conforme a causa que deu decorréncia a “8 mporeses: a) ACIDENTE As catistrofes coletivas sempre estiveram presentes ao longo. da historia da umanidade b) HOMICIDIO ©) SUICIDIO d) INFANTICIDIO ) ABORTAMENTO ‘& DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico VIL SEXOLOGIA MEDICO-LEGAL, 1. CONCEITO E parte da Medicina Legal que estuda os problemas médico-legais ligados ao sexo, 2. IMPORTANCIA: "Nos ensina tudo que devemos saber a respeito dos problemas sexuais. = Nos habilita a seguir e respeitar as leis da natureza e evitar desvios do instint. = Nos fornece elementos capazes de orientar corretamente a educagio ¢ a iniciagio sexual dos nossos filhos. - Nos exclarece, como médicos ¢ juristas, sobre os meios de identificar as anomalias ¢ crimes sexuais ¢ como julgar seus autores e proteger suas vitimas, 3. DIVISAO: A) HIMENEOLOGIA FORENSE - estuda os problemas médicos-legais pertinentes a0 caamento. B) OBSTETRICIA FORENSE - estudo da fecundagio, da gestagio, da gravidez, do pparto, do abortamento, do infanticidio e da investigagao da paternidade. C) FROTOLOGIA FORENSE - estuda as anomalias do instinto sexual, os crimes sexuais, a prostituigio ¢ 0 perigo ¢ contigio, 4. CONTEUDO: DIREITO CIVIL, + Impedimentos Matrimoniais (art. 183, 1, IV, IX, XI e XIV) + Erro Essencial de Pessoa (art. 218 e 219, I, IIT e IV) + Separagio Judicial + Divércio + Investigagio da Paternidade DIREITO PENAL + Infanticidio (art. 123) + Aborto (art, 124-128) Verbo Juridico + Contaigio Venéreo (art, 130-131) + Estupro (art. 213) + Corrupgéio de Menores (art. 218) + Sedugao (art. 217) + Atentado violento ao pudor (art. 214) + Posse sexual mediante fraude (art. 215) + Ultraje piblico ao pudor (art. 233-234) + Crimes contra o estado de filiagio (art. 241 & 243) 5. ESTADOS INTERSEXUAIS: A) CONCEITO: Sao quadros clinicos que apresentam problemas: diagndstico, terapéutico ¢ juridico quanto ao verdadciro sexo da pessoa considcrada. B) CLASSIFICAGAO a) Alteragdes Anatémicas: - Hermatroditismo - pseudo-hermafroditismo b) Desvios Cromossomiais: ~ Sindrome de Down - Sindrome de Turner idrome de Edwards - Sindrome de Klinefelter ~ Sindrome de Patau - Trissomia XYY ©) Distirbio da Identidade - Travestismo - Homossexualismo - Fetichismo ~ Transexualismo 6, EUGENIA: A) CONCEITO: E 0 conjunto de principios ¢ métodos cientificos destinados a orientar a procriagdo 58 B) OBIETIVOS + Favorecer a procriagio si. + Dificultar ou evitar as defeituosas. + Extinguir as imprestaveis. SS ue DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico ©) PRINCIPAIS MEDIDAS EUGENICAS: - Exame pré-nupsial -Interdigio do casamento - Educagio - Esterilizagio dos anormais Politica cugénica ~Aborto cugénico ~ Ideal cugénico - Consangtiinidade ~ Esterilizagio ~ Guerra - Selegio do Imigrante -Pauperismo 7. SEXUALIDADE: “O sexo & uma forga vital, dada pelo Criador, que permanece, até hoje, incompreendido" “Constitui juntamente com a fome nos dois instintos primordiais ¢ poderosos responséiveis, respectivamente, pela perpettiagio € conservagio da espécie" “A sexualidade humana & a expressio carnal do amor pessoal. Toda diferenga entre a sexualidade humana e a sexualidade animal, reside nisso,” 'A sexualidade ¢ uma adolescéncia, adulta, senicidade)”, pela qual se sobe a proporgio que se evolui (infincia, "Surge através de estimulos, de Variada origem (oral, anal ¢ filica)”. “As fases da sensagdo sexual sto: Excitagdo, meseta, orgasmo, ¢ resolugio” “As zonas erdgenas so as partes exeitantes sob o ponto de vista sexual (boca, coxas, orelhas, pescogo, umbigo ete.)”. “O ato sexual € realizado através de intimeras posigdes (supina, prona, lateral, genupeitoral, era, sentado ete)” ‘Aspectos: sexualidade normal, desvio do sexo, sexualidade anormal, sexualidade criminosa”. % DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico VIII. PSICOLOGIA E PSICOPATOLOGIA MEDICO-LEGAIS. DEFICIENCIA MENTAL (OLIGOFRENIA) 1-CONCEITO: ‘Sao distirbios da evolugdo cerebral presente desde 0 nascimento ou nos primeiros anos de vida, manifestado por desenvolvimento anormal e assoctado a dificuldades no gprendizado ¢ adaptagio social. 2-CAUSAS: 1, Anormalidades pré-natais - defeitos: 2. Cromossdmicos ow fatores genéticos: 3. Sindrome de Down 95% cromossomo - 21 extra; 4. Sindrome de Edwards eromossomo 18: 5, Sindrome de Patau trissomia 13: 6, Distirbios metabolicos genéticos; 7. Infeogies congénitas: virus da rubéola, citomegalovirus, toxoplasma gondii treponema pallidum; 8, Drogas: sindrome fetal alcodlica, sindrome fetal por hidantoina 11% 9. Fatores pis — natais: encefalites. meningites, trauma eraniano. asf envenenamento (chumbo, meretirio);, 10. Desnutrigao pré-natal, fetal ou pds-natal; 3 - PRIMEIRAS MANIFESTACOE! Dificuldade em tomar 0 seio, gritos e choro infindado, demora em “sustentar" 0 pescoco, demora ao andar, demora ao falar. 08 mats profundos (idiotas) tém: surdo-mudez, tiques, convulsdes, paralisias, assimetria cefalica etc. 4-CLASSIFICAGAO: IDIOTA IMBECIL DEBIL Criangas 2 anos 2 a 7 anos Criangas 7 a 12 anos QU normal 90 a 110 Acima 140 110 a 120 Int. Superior 50 a 70 Debilidade Mental 25 a $0 Imbecilidade Abaixo de 25 Idiota A eee. DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico §- APLICACOES MEDICO- LEGAIS: ~ Dada a sua completa ou grande indiferenca moral e sugestibilidade fiactl, tornam-se maus e malignos, sujeitos a céleras violentas, desamoroso na familia e amigo dos animais Ha vagabundagem e prostinuigao, - 0 idiota © também o imbeeil: apresentam reagdes instintivas das mais violentas, praticando homicidios, estupros, incéndios ¢ furtos. pratica qualquer ato para satistazer a fome ‘oma nccessidade de alcool - Os débeis s0 mais intimidaveis, mas muito preguigosos, ladrdes habituais, = Os idiotas ¢ imbecis sio irresponsiveis, ~ Os débeis, pardgrafo tinico, art. 26 NEUROSES 1—CONCEITOs: ~ Sto enfermidades da personalidade caracterizadas por conllitos intrapsiquicos que inibem o relacionamento social = Sdo estados mérbidos caracterizados por perturbagdes psiquicas € somiticas que ‘causam grande sofrimento intimo, determinado por fatores psicoldgicos ~-Nao sao alienados, so * formas de martirio” = Nao alteram o juizo da realidade, - Tendem a exagerar seu estado mérbido, seja para acalmar seu sentimento de culpa, soja para despertar a tengo ¢ intcresse dos outros, scja para, obter uma situagio de dependéncia - E uma perturbagiio de contato, uma perturbagdo nas relagées com outrem. 2—CAUSAS: - predisposigdo ou constituigao; - fatores neurotizantes na sovicdade: ~2 familia em que se riot, 0 relacionamento na infiincia; 3 DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico = ambiente em que vive. ex. dirctor de uma empresa a beira de faléneia, cheio de preocupagies = neurose de situagio, 3—SINTOMAS: Alteragiio no eontato com os outros: a- contato com poucos; b- pouco contato, talvez com muitos: &- contato tenso: d- angiistia no contato: & contato deletivo. Isolamento, solidio social; Etemo retomo a si mesmo, reflexdes. ctlpa; Inclinagio a agressividade; Dificuldades em achar parceiro de vida ¢ conservar. dificuldades matrimoniais: Dificuldades sexuais: ejaculagdo precoce, impoténeia, frigidez etc.; Queixas corporais, “cor nervosum’, Perturbagées do sono; 4- DEFESAS NEUROTICAS PRIMARIAS: Recaleamento: Inversio no contrario; Tdentificagao Regressio: Fisagio: fase oral o a 1 ano fase anal 1 a3 anos fase filica 3 a6 anos tempo de laténcia pré puberdade, £—Edipo e Fletra. 5 - DEFESAS NEUROTICAS SECUNDARIAS: Projego. odeia alguém mas se julga odiado por ele; Conversio, no consegue sustentar-se na vida, fica com pernas paralisadas, ‘Transferéneia: odiava a mic, agora odia a mulher. se usa tudo o que 0 paciente em matéria de relagées mais ou menos para alguém. 6— CLASSIFICAGAO: 1 —Hiistérica 2— Angitstia SS oe, DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 3 -Fobica 4 Obsessiva compulsiva, 7 —APLICAGOES MEDICO LEGAIS: ~ Sio doentes da esfera emocional. raramente infringem 0 cédigo penal. = Quando delingtem cometem pequenas infragdes: mentira, caliinia, cartas € telefonemas andnimos, manifestagdes de despudor. ~ Mulheres histéricas podem simular atentados scxuais imaginérios. citame pode dar lugar a cenas escandalosas, intrigas, falsas imputagdes. ~ Civilmente, via de regra so capazes. ~ Estados graves podem justificar a interdigio, = Neuréticos impotentes ou com graves anomalias sexuais podem concretizar a hipstese do defeito fisico irremediavel e justificar a anulago do easamento, = Também por moléstia grave. transmissivel por heranga, capaz de por em riseo satide do outro ednjuge ow a descendéncia ~ Jurandir Manfredini (casamento) sustenta 0 ponto de vista contrétio; entende que neurose nio é “moléstia grave”. = Hi neuroses que podem e devem ser consideradas “moléstias grave PARANOIA. 1 -INTRODUCAO: = Termo utilizado para deserever suspeita ou desconfianga altamente exagerada ou injustificada. ~ Parandia ¢ uma doenga mental em que hé egofilia, egocentrismo ¢ auséneia regular de alucinagdes, permanecendo a conduta regular ¢ lucidez perfeita. 0 paranoico faz alto conceito de si mesmo. € vaidoso e orgulhoso, o mundo deve girar em torno dele. ~ Ovorre mais em homens entre 24 a 40 anos. 2.- CATEGORIAS: DISTURBIO PARANOIDE DE PERSONALIDADE: = Algumas pessoas tornam-se desconfiadas sem motivo, em tal grau que seus pensamentos parandides destroem sua vida profissional c familiar. clas so desconfiadas. ~ A desconfianga permanente é um sinal inconfundivel de parandia. A =e. DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico ~ Hipersensiveis por estarem exeessivamente alertas, percebem qualquer minucia © podem ofender-se sem motivo. - Frias e distantes, DISTURBIO DELIRANTE PARANOIDE: Hi presenga de um tipo de delirio persistente sem outros sintomas. delirios so orengas fortes, niio verdadciras, niio compartilhadas por outras pessoas. Sto observados diversos tipos de delirio: 1) Persecutério (mais comum): acreditam que estio sendo envenenadas. drogadas. espionadas ou que sio alvo de conspiragio. 2) De eitime 3) Eroticos: envolvem uma fixagdo romantica por uma pessoa, geralmente alguém de nivel social ‘mais elevado ou alguma celebridade. 4) De grandeza 5) Hipocondriacos 3) ESQUIZOFRENTA PARANOIDE: Delirios extremamente bizarros ou alucinagdes, freqilentemente ouvem vozes que 0 outros ndo podem ouvir ou aereditam que seus pensamentos estao sendo controlados ou divulgados em voz alta 3-CAUSAS DA PARANOIA Fatores genéticos Fatores bioquimicos, Stress; Problema do filho tinico, A =e Verbo Juridico 4-TRATAMENTO DA PARANOIA: ~Internagio até desaparccer as idéias delirantes, = Quando se tratar de parandicos légicos, que fora de suas crengas delirantes, tenham atividade intelectual normal, a solugio do caso é bastante dificil 5— CASOS ILUSTRATIVOS: DISTURBIO PARANOIDE DE PERSONALIDADE IMS. Trabalhava em um grande escritério como contador, quando outro contador foi promovido. MS. achou que seu supervisor tinha raiva dele ¢ que jamais reconheveria o seu valor. Estava certo de estar sutilmente menoxprezado pelos colegas. se os via em grupo achava que falavam dele, se visse um grupo de pessoas rindo, pensava que estivessem rindo dele. Decidiu procurar emprego em outra empresa. Apos algumas semanas no novo servigo, comegou @ achar que os colegas nao gostavam dele, ridicularizando-o pelas costas, Mudou de ‘emprego 6 vezes nos tiltimos anos. DISTURBIO DELIRANTE PARANOIDE: RMO. € uma sccretéria eficiente ¢ prestativa, no entanto, passa sas noites excrevendo cartas autoridades. Sente que Deus abriu a sua mente ¢ Ihe ensinou a cura do edncer. Quer que algum importante centro de tratamento utilize essa cura em todos os pacientes, para provar aos pacientes que esta certa ESQUIZOFRENIA PARANOIDE A.IM. passou a se alimentar s6 de enlatados para nfo ser envenenado, Acusou a sna mic de tentar envenené-lo. Comprou um fogareiro ¢ passou a preparar a propria comida. ‘comegou a temer que seus familiares colocassem gas envenenado em seu quarto, evitava as ‘mogas, pois elas Ihe langavam teias envenenadas... Foi internado. 6 - APLICACOES MEDICO-LEGAIS: ~ Podem praticar: assassinios, agressdes, sevicias, injirias, dentincias falsas, atentados ‘a0 pudor, desacato as autoridades. - O parandico ciumento pode matar a esposa ¢ o rival imaginério, DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico = Apesar de “loucos com juizo” os parandicos so inesponsiveis pois sta personalidade esti patologicamente alterada pela psicose. - irresponsével penal e ineapaz para todos os atos da vida civil art. 26 = © doente comega por julgar-se perseguido © acaba sendo perseguidor. sfo os “perseguidos - perseguidores” de Laségue. ESQUIZOFRENIA 1- INTRODUCAO: - Dementia praccox - Kraepelin - Universidade de Muniquue ~ Bleuler, “dementia preacox oder gruppe des schizophrenien (1911), usou pela I* vez a palavra esquizofrenia zuriga.” ~Injgio da doenga: idade juvenil - Deméneia prematura no plano emotivo ¢ afetivo, ~ A forma parandide é mais tardia, ~ Schizoo - grego: separar, fender, dividir. hi uma cisio, uma desintegragio da vida psiquica. perde-se a unio entre pensar, sentir e agir. 1% da populagio 2- SINTOMAS INICLAIS: = Nao tem consciéneia de doenga, sentimentos embotados, alheio a familia, amigos, intermpedes no curso de suas idéias. o pensamento fica bloqueado. bloqucio ¢ inibigao. - Passa a fazer atos imotivados, estranhos. vestir-se de modo diferente, enfraquece ou passa ao fanatismo, interrompe estudos, ete 3-EVOLUGAO: - O inicio pode ser agudo, exuberante, com numerosos sintomas ¢ com atos perigosos. mas pode também surgir furtivamente. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico = Surto; aparente restabelecimento ~ novo surto, depois de 2 a 3 crises, permancee psicdtico —o estado de defeito esquizofrénico. 4- SINTOMAS DE ESQUIZOFRENIA DESENVOLVIDA: Deméncia afetiva Alienagio do proprio eu Perturbago paralégica do pensamento Delirio Alucinagdes Perturbagao na vivéncia do tempo Autismo - Deméncia afetiva: debilidade que ataca a vida afétiva, ¢ frio © rigido insensivel, ambivaléncia no sentir, querer ¢ agir, paratimia, nao ateleidtica ~ Alienagio do proprio eu: ha pensar em mim, os pensamentos me siio roubados. - Perturbagio do pensamento paralogico: neologismos - Delirio: o delirio parandide & extravagante, exeéntrico, no penetravel. Vivéneia de significado de um fendmeno interpretado, Ex, quando vi aquela caixa de fosforos flutuar na gua, soube com certe7a que o homem que me vendeu os cigarros atenta contra a minha vida = Alucinagdes: ver coisas que nio existem, ouvir coisas que ninguém ouve, sentir coisas que ninguém percebe. alucina na 2* pessoa, na 3* pessoa progndstico mais favoravel ~ Perturbagdo na vivéncia do tempo: o tempo nao corre mais ~ Autismo; viver uma existéneia propria, fechada, inacessivel SINTOMAS QUE O PACIENTE NAO TEM: Consciéncia perturbada: é licido Intcligéncia diminuida: permancee intacta Perturbagiio da meméria: meméria normal DELEGADO DE POLICIA DESC Verbo Juridico 5 -FORMAS DE ESQUIZOFRENIA Hebefrénica: (hebe grego - deusa da juventude): A doenga aparece em idade juvenil, ja na puberdade ou adolescéncia, caracteriza-se pela perturbagao da afetividade. Parandide: ¢ tardia, aproximadamente 35 anos, é tipica 0 delirio (de perseguigio, de envenenamento, de relagao ou de grandeza) Cataténica: 20 30 anos. pode ser de muito movimento catatonia hipercinética ¢ de pouco movimento catatonia hipocinética ou acinética, estupor (imobilidade) hipercinética: estereotipias, verbigeragdo, maneirismos, ecopraxia, evolalia hipoeinética: sem iniciativa, mutista, sinal do travesseiro, flesibilidade cera eatalepsia, ambas: negativismo ¢ impulsividade. Simples: pobreza de sintomas. deslizam para a deméncia afetiva. Defeito esquizofrénico: estado de deterioragio, estado final. 6- CAUSA DE ESQUIZOFRENTA: ~ Desconhecida: = | pai esquizofrénico - 16% p/filho = 2 pais esquizofrénicos - 50% ~ gémeos univitelinos 1 gémeo esquizofrénico - 75% p/ otro - personalidade pré - mérbida: - 70% menos soviais, sensiveis, silenciosos 30% frios, duros, egocéntricos, desconfiados. esquizotimicos: 7 -TRATAMENTO: ~ Classicos (choques clétricos, choqucs de insulina, sonoterapia) - Psicofarmacologia: 6 DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico - Psicoterapia; ~ Laborteilapia; - Sovioterapia - Psicocirurgia (desuso) ~Nenhum deles cura realmente o doente esquizofrénico, deve tomar o remédio alé 0 fim da vida 8- APLICACOES MEDICO -L AI - O periodo médico - legal da doenga: - Selo particular; Aparesimento instantinco do sentimento de ira. © esquizofia da vida civil € penalmente imesponsdvel ¢ civilmente ineapaz para todos os atos = Autor de crime - medida de seguranga dada sua alta periculosidade, = Tratado ¢ curado (?) cura completa comprovada por idénca pericia psiquidtrica, recupera a capacidade civil e responsabilidade penal ~ Tratado ¢ apenas melhorado, sua capacidade seré relativa, dada sua imperfeita compreensao do significado de alguns atos da vida civil. Do ponto de vista penal, 0 esquizofrénico completamente curado (?) responde como pessoa normal e si ‘Tratado e apenas melhorado, se autor de crime, ser enquadrado no pardgrafo tinico do art. 26 do cédigo penal. pena reduzida e sera ainda submetido a medida de seguranga ? 9 - ESQUIZOFRENIA COM INICIO NA INFANCIA ~ esquizofrenia com inicio na infincia ~ inclui a presenga de, pelo menos, dois aspectos: ~ alucinagdes ,delirios, desorganizaglo (discurso, comportamento); ~severo retraimento de, pelo menos, um més. 5 DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico Uma disfungao social ou na escolaridade deve estar presente © persistir por, pelo 10- EPIDEMIOLOGIA ~ em eriangas pré-pitberes é excepcionalmente rara, menos freqiiente que o transtorno autista; adolescentes 1 a 2 por mil: ~ em criangas mais jovens - 50 vezes menor: = 1.67 meninos para 1 menina: - a esquizofrenia, em geral, € diagnosticada em adolescentes com mais de 15 anos. inicio sibito ou insidioso, 11 -ETIOLOGIA ~estudos geneticos (e idenciam uma contribuigao biolégica) -~ estudos familiares (mecanismo de transmissiio desconhecidos) - prevaleve entre parentes de primeiro grau, Ocorre: parentes biolégicos; iio em parentes adotivos; gémeos monozigtivos; gémeos dizigéticos. Atualmente no se dispoe de um modo confidvel de identificagao dos individuos em alto risco para esquizofrenia em uma determinada familia, = tomografia compuladorizads: cletrocncefslograma (resultados anormais. ¢ inespecitios) 12 - CARACTERISTICAS CLINICAS E DIAGNOSTICAS O inicio ¢ freqiientemente insidioso, apresenta pela primeira vez um afeto inadequado ou comportamento incomum, uma erianga pode levar meses para reunir todos os eritérios diagnésticos para a esquizofrenia. DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico Os delirios estio presentes em mais da metade dos casos - perseguigio, grandiosidade ¢ religiosidade. com a idade ? frequiéncia, Alucinagdes visuais ocorrem em niimero significative de criangas; so assustadoras afeto inadequado. As eriangas com esquizofrenia podem dar risadas inadequadas ou chorar sem serem capazes de explicar 0 motivo. Distirbios do pensamento: afrouxamento de assosingdes, bloqucio, ilégico ¢ pobre. Exame patologico e laboratorial -initil 13 - DIAGNOSTICO DIFERENCIAL ‘Transtomo da personalidade esquizotipica ¢ criangas com esquizofrenia tem: afeto embotado, isolamento social, pensamentos exeéntrivos, idéias de referéneia ¢ comportamento bizarro, 6 na crianga com esquizofrenia: alucinagdes, delirios ¢ incocréncia - excluem. ‘Transtomo bipolar pmd (alteragio do humor) Abuso de alcool ¢ anfetaminas, Isd ete. Liipus eritematoso sistémico, doenga da tiredide e doenga do lobo temporal Estressores psicossociais extremos: separagio dos pais, perda ou mudanga do estilo de Vida. 14 - CURSO E PROGNOSTICO: Previsores importantes - nivel de funcionamento da crianga antes do inicio da esquizofrenia, dade quando do inicio: Retorno do funcionamento da crianga apds o primeiro episédio: Grau de apoio de que dispde a familia ar DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico Progndstico mais reservado © reagem fracamente ao tratamento. medicamentoso: eriangas com atraso no desenvolvimento ¢ transtornos comportamentais, como transtorno do deficit de atengao, hiperatividade ¢ transtorno de conduta ¢ aprendizagem Em geral a esquizofrenia com medicamentos do que a esquizofre prognostico. jo na inffncia parece ser menos sensivel aos de inicio na idade adulta ou na adoleseéncia. tem Os sintomas positives: alucinagées © delirios tendem a scr mais scnsiveis aos ‘medicamentos do que os sintomas negativos, como 0 retraimento, 15-TRATAMENT: Medicamentos antipsicdticos: educagio familiar e encontros familiares. Haloperidol e trifluoperaziva: riscos de discinesias. Clozapina - ndo tende a causar discinesia Paicoterapia: - deve levar em consideragio: nivel de desenvolvimento da erianga, apoio a0 bom teste de realidade, incluir uma sensibilidade ao sentimento de self da crianga EPILEPSIAS 1- FASES: a+ FASE INICIAL: cai de repente, com um grito ¢ fica sem sentidos: b- FASE TONICA: todos 0s misculos ficam tensos, contragio muscular t6nica Permanece inconsciente; & FASE CLONICA: ha convulsio clénica os misculos se contracm ¢ distendem: o paciente fica no chio, sacudindo-se e estremecendo. pode ocorrer mordedura de lingua, incontinéncia urinaria: Depois de alguns minutos. fica tranqiiilo.dorme. a cor azul (cianose) desaparcee: a0 acordar nio recorda 0 ataque. pode repetir ¢ alé varias vezes seguidas (estado de mal epiléptico). oe DELEGADO DE POLICIA DE Sc Verbo Juridico 2- CLASSIFICAGAO: grande mal pequeno mal auséncia formas psicomotoras estados crepusculares alteragdes permanentes alteragio da personalidade deméneia importancia do eletroencefalograma 3 - DISTURBIOS PSIQUICOS EPISODIOS AGUDOS 1 - DISTIMIAS: estado irritado-agressivo ou disforico-depressivo, freqientes antes da 2 - ESTADOS CREPUSCULARES: alterago oniriea da consciéncia, acompanhada de alucinagies ¢ atos agressivos ou compulsivos desordenados (exibicionismo, piromania): 3 ~PSICOSES PARANOIDE-ALUCINATORIAS: DISTURBIOS PSIQUICOS PERMANENTES ( 50% ) Invitabilidade, Ientidio, perseveragio, prolixidade, egocentrismo, deteriorizagio intelectual (deméncia), embotamento afetivo. 4~CAUSAS DE EPILEPSIA: Fator hereditirio; Alcool Trauma craniano; ‘Tumores cerebrais: 5 APLICACOES MEDICO LEGAIS: Apos a crise, pode nio recobrar por completo a consciéneia, permanecendo cbinubilado, confuso, excitado, com tendéncia ao enfurecimento e a cometer atos agressivos. Acessos de fuga impulsiva, ou de andar sem rumo, horas, dias, scmanas(dromomania), tem grande importincia forense : desergao. Mania furiosa ou furor cpiléptico: tomam-se perigosissimos, atos _ violentos, homicidios, automutilagdes, suicidios ct. 60 DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico As impulses podem levar o epiléptico ao roubo, ao homieidio, ao alcoolismo, ao incéndio ete. 5 - CARACTERISTICA DOS CRIMES DOS EPILEPTICOS (LEGRAND DU SAULLE): Auséneia de motivo; auséneia de remorso: falta de premeditagio; instantancidade do ato. Ferocidade na execugdo: multiplicidade de golpes: amnésia: comctido um crime, no recorda, Os epilépticos alienados so ineapazes: niio alienados so capazes. E anuldvel o casamento do cpiléptico ? anterior ao casamento ¢ ignorada pelo cénjuge. EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL, Raramente so caracterizadas por comportamento agressivo gratuito. se restringido contudo, tal paciente ocasionalmente pode atacar de maneira violenta a pessoa que restringe ‘seus movimentos Nenhuma cvidéncia satisfatéria sugere que atos complexos de agressio gratuita ou premeditada possam ser atribuidos a ataques epilépticos do lobo temporal Pacientes com epilepsia do lobo temporal apresentam uma maior incidéncia significativa de distirbio psiquidtrico do que a populagio normal, ou pacientes com outra forma de epilepsic até 33% com alteragdes psicopatologicas até 10% com sintomas de psicose depressiva ou esquizofreniforme. Anormalidades de comportamento so um pouco mais freqiientes entre os pacientes com foco epilépticos de lobo temporal esquerdo. Nem medicagio anticonvulsivantes nem o tratamento cirirgico demonstram efeito favordvel, Previsivel nestes distirbios psiquidtricos Verbo Juridico PSICOSE MANiACO-DEPRESSIVA (PMD) (transtorno afetivo bipolar) 1—CONCEITO: E uma psicose constitucional, essencialmente hereditéria, caracterizada pela repetigao, alterndneia, justaposigdo ou coexisténcia de estados de excitagdo e de depressiio. (deny & ‘camus) E uma psicose afetiva, cm que predominam as modificagées de humor. pode ter forma predominantemente agitada (mania), predominantemente depressiva ¢ forma mista. Sintomatologia de tipos diferentes; envolvem graves perturbagdes da afetividade: episédios de enfermidade ¢ perfodo de satide mental 2-FORMAS FORMA AGITADA (MANIA) ~ euforia, associagio ripida de idéias, movimentagio exagerada, animagio, exaltagio, otimismo, hiperatividade, agitagdo, loquacidade, apetite sexual, cantos assobios,risos, enfeitar-se, despir-se ete, FORMA DEPRESSIVA OU MELANCOLICA ~ tristeza, assoviaglio demorada das idéias, movimentagio lenta, desinimo, pessimismo, hipoatividade, tristeza, depressiio angistia, diminuigio do apetite, lingua saburrosa, ruina, idéias de suicidio ete. ESTADOS INTERMITENTES: psicoses ciclicas: ciclofrenias © loucura circular Kraepelim provou que a doenga é uma s6, 3 APLICACOES MEDICO-LEGAIS: Os estados maniacos conduzem ao abuso sexual, atentados aos costumes, estupros, crimes contra a natureza, 0 parceiro pode ser seviciado. também ocorrem reagies destrutivas contra objetos. animais, pessoas inocentes. prodigalidade, atentados aos costumes, as lesdes ‘corporais, 0 ineéndio, 0 homicidio. sao possiveis, Revelam as vezes os maniacos tendéncia ao uso de t6xivos, 0 que aumenta sua periculosidadc. (Os melancélicos, embora nio parega, é mais perigoso que o agitado. as interpretagdes delirantes podem levi-lo as lesbes corporais mutilantes, suicidios, incéndios, O suicidio do melancélico, as vezes se consuma com emprego de meios horriveis © barbaros, alguns matam antes o ednjuge, os filhos, a familia, A a DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico Em mania a melancolia — art, 26 do eédigo penal. Se a cura for completa, a responsabilidade passaré a ser plena. PERSONALIDADES PSICOPATICAS Termo usado durante muito tempo. Enquadrava todos os doentes mentais Manicémios = hospitais de psicopatas ~ “loucos de todos os géncros * Sto individuos que no se comportam no meio como a maioria dos seus semethantes tidos como normais, 1 -ELEMENTOS BASICOS Inteligéncia normal Distrbio de conduta ~ antissoviabilidade ~ anestésico ético afétivo Dificuldade de uma educagiio ou corretiva sobre tributérios dessa psicose. © QUE DEFINE A PERSONALIDADE PSICOPATICAY: -instabilidade -agressividade impulsividade inadaptabilidade -perturbagdes da sexualidade -dependéncia imaturidade entrecortadas por atitude de desafio, Sao doentes comportamentais. Nao ha sintomas mentais. psicopata nao delira, raciocina corretamente, conversa sinténica, adaptada e inteligente. 4- CONCEITO DE KURT SCHNEIDER ~ so personalidades tio anormais que seu carater anormal as faz padecer ou faz padecer a sociedade. Nao existe proceso organivo patolégico, ou seja, doenga. 5 - CONCEITO DA OMS ~ distirbio da personalidade com predominancia de ‘manifestagdes sociopaticas ou associais. Verbo Juridico 6 — CARACTERISTICAS DA PERSONALIDADE PSICOPATIC. Instabilidade Impulsividade Inadaptabilidade Condutas delingiientes Hi um grande desvio entre 0 comportamento € as normas s 7-EVOLUCAO O desequilibrio se revela cedo no psicopata. a infiincia é mareada pela indisciplina ¢ por uma incapacidade de acompanhar corretamente a escolaridade e, mais tarde, a “aprendizagem profissional 8 — CLASSIFICAGAO DE KRAEPELE 1 ~ invitaveis 2 instiveis 3 —instintivos 4—tocados 5 — mentirosos, mérbidos ¢ fraudadores 6 - anti-sociais 7 - disputadores 9 CLASSIFICAGAO DE MIRA Y LOPEZ: 1 ~asténica 2 impulsiva 3 — explosiva 4 —instivel 5 —histerdide 6 ~cieloide 7 — sensitivo-parandide 8- perversa 9 exquizoide 10 ~ hipocondriaca DELEGADO DE POLICIA DE SC Verbo Juridico 10 CLASSIFICAGAO DE KURT SCHNEIDER: 1 hipertimicas 2 depressivas 3 — inseguras de si mesmas 4—fanaticas 5 — carentes de estimulos 6 — débeis do estado de animo 7 —abiilicas 8 —explosivas 9 -desalmadas 10 ~ asténicas 11 APLICACOES MEDICO-LEGAIS: A personalidade psivopética é um anormal biolgico, nasceu assim: 0 desajustado, um ‘anormal social, tomou-se assim As personalidades psicopéticas foram expressamente consignadas no pardgrafo tinico do art, 26 do eddigo penal HA CONTROVERSIAS, Trabalho realizado na prisio de sine-sing — Nova York, em 10.000 presos, 66% apresentavam personalidade psicopatica Autores defendem que seu encarceramento s6 faz acentuar seus sentimentos. anti- (Cumprem a pena, sao postos em liberdade, até reincidem no crime. URGENCIAS EM PSIQUIATRIA ) Comportamento agressivo Diagndsticos do comportamento agressivo: esquizofrenia, hipomania (mania), psicoses secundirias, alcoolismo ¢ toxicomanias, epilepsia. Indicaso: sedagio urgente ¢ eficaz, No cabe ao médico a contengio fisica, deve adiar © contato a fim de conseguir ajuda. Contengo: 1 pessoa para cada membro do paciente, além do médico, Verbo Juridico Axpectos legais quanto a contengao © tratamento contra a vontade do paciente, 0 tratamento a forga 86 é permissivel no caso de um paciente compulsoriamente detido, porém em emergéncias psiquidtricas. O tratamento pode ser imperativo, apesar de nio haver consentimento explicito, Medicagiio: clorpromazina (amplictil) associada & prometazina (fernegam) na dose de 25mg ¢ 50mg (ampolas) im., ou associada A glicose iv. (?). E a clorpromazina a droga segura ¢ de maior confianga a ser usada. As butirofenonas (haloperidol) podem ser usadas em ampolas Smg. Tem tendéncia a produzir efeito parkinsoniano. uso quando sci que 0 paciente é esquizofrénico. b) Crise aguda de ansiedade e estado de panico. Um sentimento de _medo intenso ¢ acompanhado com forte descarga do sistema nervoso auténomo, pode haver tremor, taquicardis. palpitagio, dispnéia, sudorese. surge sem motivo, as vezes, em alguns casos, surge com motivo.

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