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SENADO FEDERAL SF-1 SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAGAO PARLAMENTAR~ SERERP ‘COORDENACAO DE REDACAO E MONTAGEM—COREM SF (44* Sessdo Plenéria Sessao Deliberativa Ordindria) 05/04/2016 © SR. ALOYSIO NUNES FERREIRA (loco Oposicio/PSDB - SP. Para discutir) - Sr. Presidente, Stas. e Srs. Senadores, pouco a pouco, vo se desfazendo os matentendidos que havia em toro dessa proposta de emenda a Constituicao apresentada pelo Senador Dalirio Beber e relatada pelo Senador Romero Juca. © que quer essa proposta de emenda & Constituigao que vamos votar logo mais? Quer aplicar aos Estados e Municipios brasileitos 0 mesmo regime constitucional de vinculacdo de gastos ou de desvinculagéo de gastos que vigora para o Governo Federal. E vigora ha muitos anos, desde 0 governo Fernando Henrique Cardoso, pasando pelo governo Lula, adentrando pelo Governo Dilma. © Congreso Nacional aprova, ano apés ano, esse mecanismo constitucional que visa a destravar minimamente os orcamentos da Unido, de modo que as prioridades efetivas possam ser contempladas por decisao, a cada ano, do Congreso, quando vota a Lei Orcamentaria Desde o tempo de Fernando Henrique Cardoso, constatase que uma rigidez excessiva da Constituigdo, que se agrava num momento de crise fiscal, é insustentavel. Digo mais. No inicio do Governo Dilma - os meus colegas se lembram -, 0 Senado e a Camara, 0 Congresso, enfim, aprovaram a Desvinculacao de Receitas da Uniao por quatro anos. Nao vi nenhum discurso apaixonado dizendo que estavam malbaratando a satide publica, a ‘educagio publica, mesmo porque, todas as vezes em que se votou esse mecanismo aplicavel 8 Uniao, ressalvaram-se as vinculacées a satide e & educacao. Da mesma forma, quando se procua estender esse regime aos Estados e Municipios se ressalvam, igualmente, os gastos com satide e educacao. O da educacao esta previsto no texto da PEC, lido, agora ha pouco, pelo Senador Juca. Em relagao a satide, uma proposta de emenda 8 Constituicio ainda recentemente aprovada no Congresso Nacional e relatada no Senado pelo Lider Eunicio Oliveira assegura a vinculagao dos recursos a satide. Agora 0 que me espanta é ouvir determinados discursos dizendo que, com isso, os prefeitos vao gastar 10%, 8% s6 na sate. Ora, quem diz isso ndo conhece a realidade dos Municipios brasileiros. Fez bem o Senador Moka ao trazer os nimeros que sao de conhecimento de todos nés que temos um minimo de contato com os Municipios dos Estados que representamos. Os Municipios do meu Estado nao gastam menos de 25%, 30% ou as vezes mais das suas tas com satide, em razao de dois fatores. Um, j6 apontado pelo Senador Moka, é a retraco da Unido no financiamento da satide publica, o que se verifica de forma constante nos governos PT. A Unido, cada vez menos, contribui para o financiamento do SUS nesses governos, mas também, por outro lado, o aumento nos gastos com satide publica surge da pressdo da sociedade, dos municipes, que exigem, cada vez mais, usufruir desse direito constitucional, 0 direito de gozar de uma satide publica a altura daquilo que todos nés aspiramos para as nossas, familias. A Medicina se torna mais cara, aumenta a Medicina instrumental os medicamentos também encarecem, sobretudo, em razdo do envelhecimento da populagdo, 0 que exige medicamentos mais catos, ha presenca das doencas crénicas, das doencas degenerativas. Tudo iss0 influi no aumento do custo da satide. Os Municipios nao vao se furtar a atender as cexigncias dos seus municipes em propiciar uma satide pelo menos razoavel. Essa é uma exigéncia que se reflete nas eleigdes, na cobranca dos eleitores. E, para os prefeitos e para os vereadores, assim como para os governadores, 0 item satide piiblica, 0 desempenho de suas administracdes na satide publica passa, cada vez mais, a ser um item de SENADO FEDERAL SF- 2 SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAGAO PARLAMENTAR~ SERERP ‘COORDENACAO DE REDACAO E MONTAGEM—COREM SF (44* Sessdo Plenéria Sessao Deliberativa Ordindria) 05/04/2016 valorizacao do voto, de prestigio eleitoral, assim como na educacao. Ja se foi o tempo em que se considerava que a educacao era luxo. Hoje a educacao € uma exigéncia das pessoas. Cada vez mais, 0s prefeitos se orgulham de ter cursos de linguas nas escolas municipais. Cada vez mais, no meu Estado, na medida em que a educagao basica passa a ser de responsabilidade dos Municipios, um processo que se iniciou vigorosamente no governo Mario Covas, a qualidade da ‘educagio é um ativo politico eleitoral dos municipes. Portanto, Srs. Senadores, voto nessa proposta de emenda com a maior tranquilidade, sabendo que, em nenhum momento, ela permitiré a reducao dos gastos em satide e educacao e, mais ainda, que ela valorizard 0 papel das assembleias legislativas, das cimaras municipais, na democracia local, para definir os gastos de cada unidade da Federacéo. Muito obrigado. (© SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) ~ Concedo a palavra ao Senador Garibaldi Alves Filho. Com a palavra V. Ex’. O SR. RICARDO FERRACO (Bloco Oposicao/PSDB - ES) ~ Pela ordem.

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