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Homem mdio

No terminam os dias
Sem que antes, cansado e com dores
O exrcito de Homens mdios, olhem para si
E, na indiferenciao da massa, percebam (talvez sem agonia, talvez com
agonia)
A vida prometida se distanciar
Esta, com ponto de chegada e partida: coisa
Formatada: horrios, trapaas, apertos, dvidas
O sujeito, endividado, meio acordado, com sapatos gastos
Sonha com o descanso,
E no avano da idade
A promessa que, ao final, h felicidade
No fossem os sonhos o que seria do humano?
Restaria cincia?
Ser o tempo, lento, incansvel,
Este sim, o responsvel,
Por tomar seus braos o homem- menino mquina-mdio,
Que, envelhecido, antes ainda do ltimo suspiro
Arrepende-se de seu destino?
(Tristeza a certeza daquele que vive na dvida de cumprir seu destino;
Tristeza a certeza na f que toma o corpo e a alma, os aprisiona e
impulsiona o homem mdio a assumir formato de cruz, po e vinho;
O Homem mdio, certo de si, cidado sem direito cidade,
aquele que se lana feroz ao mundo, com a nica certeza que, no fundo,
apenas brinquedo).

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