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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ARQUITETURA V - 1º semestre 2010


PROFESSORA: Luciana Rocha Féres

ROTEIRO PARA TRABALHO PRÁTICO I: OBRAS ANÁLOGAS

MUSEU NACIONAL DE ARTE ROMANA – Mérida - Espanha

André Calixto
Frank Alcino
João Marcos de Oliveira
Marcos von Tiesenhausen
Breve Hístórico
Museu Nacional de Arte Romana.

Sediado em Mérida, cidade mais importante do Império Romano na Espanha.


Foi fundada no ano 25 A.C, ainda preserva muitos monumentos importantes
como o Arco do Triunfo da Era de Trajano. Passou também por diversas situações
de instabilidade política, durante a invasão mulçumana no ano de 713 tendo sofrido
gravemente em sua estrutura civil. Posteriormente, foi reconquistada pelos cristãos,
no ano de1230, onde foi parcialmente reconstituída a preservada.
Já no Séc.XIX, durante a invasão napoleônica, inúmeros monumentos foram novamente
Seriamente danificados ou destruidos. Futuramente a cidade também passou a sofrer influencias
de diversos complexos industrializados na região.

Fonte : >http://en.wikipedia.org/wiki/Mérida,_Spain<

Atualmente, a cidade original se encontra em uma pequena área rural na provincia de „Extremadura‟.
Ao final do Séc.XIX, escavações arqueológicas foram iniciadas, recuperando diversos monumentos,
estátuas e artefatos. O museu em si, se encontra relativamente perto do teatro original da cidade e da
antiga arena e foi de fato construído sobre uma parte da cidade que ainda se encontra de baixo da terra.

Fonte : >http://www.archidose.org/Jul99/072699.html<

Teatro romano em Mérida. Arena romana em Mérida.


http://www.spanish-architecture.info/IMAGES/04-Merida_Roman_Theatre1.jpg http://www.novaroma.org/vici/images/MeridaAnfiteatro.jpg
Visão Geral
Museu Nacional de Arte Romana.

Como dito anteriormente, a cidade de Mérida é de grande interesse pois mantém


um dos maiores acervos do império romano em terras espanholas. A preocupação
com a preservação destes monumentos iniciou-se em 1838, com a construção do
Museu de Arte Romana que tinha o objetivo de preservar a herança arqueológica
de Augusta Emérita (atual cidade de Mérida). Originalmente o acervo do museu
era mantido na Igreja de Santa Clara, mas por não oferecer espaço e estruturas
adequados para a coleção, decidiu-se em 1975 a criação do Museu Nacional de
Arte Romana.

Convidado a dar vida ao projeto, José Rafael Moneo, arquiteto espanhol com fama Igreja de Santa Clara.
internacional e algumas obras sólidas no currículo como o Edifício Bankiter em Madri http://www.wikiwak.com/image/Santa%20Clara.jpg
e Longrono.

Fonte – Google Books – National Museum of Roman Art Architecture – Pag 135.

A escolha de Moneo para a construção do novo museu também se deve ao fato de ser
extremamente versátil, sua flexibilidade e capacidade de variar as formas e texturas dos
edifícios juntamente com sua habilidade de compreender o contexto para o qual está
projetando, de filtrar as especificidades de cada local, clima, topografia e do modo como
trata cada proposta conceitual como uma oportunidade de criar algo novo certamente
se mostraram efetivas para a construção desde enorme acervo da arte romana.

Sendo assim, o objetivo principal do museu é criar um ambiente do qual as pessoas


pudessem compreender as heranças e traços da civilização e cultura romana. Sem no
entanto, criar um arquétipo de cidade romana. Moneo usou o sistema construtivo romano
de paredes reforçadas com técnicas modernas de modo que o local tem sua própria
expressão e que as próprias paredes do edifício acabam se tornando o principal elemento
do museu.

Fonte : >http://www.archidose.org/Jul99/072699.html< Museu Nacional de Arte Romana.


http://en.wikipedia.org/wiki/File:Mnar2.jpg
Assentamento e Organização Espacial Museu Nacional de Arte romana

Museu Nacional de Arte Romana.


O edifício ocupa um quarteirão irregular dentro da cidade e é cortado por três
ruas onde trafegam veículos. Formando assim um volume bem destacado,
todo revestido em tijolos romanos. Oposto a este bloco, se encontram o
bem-preservado teatro de Augusta Emérita Romana juntamente com outras
ruínas que constituem um importante centro arqueológico local.

Como dito, o conjunto é cercado por vias de tráfego moderado onde o entorno
imediato é composto por edifícios residências e comerciais de pequeno e
médio porte. As ruas apresentam declividade moderada, ideais para o livre
acesso de usuários ao conjunto. O complexo é composto por dois blocos
conectados por uma passarela. Aparentemente a volumetria se apresenta de
forma simplificada, gerada por estes dois grandes maciços imponentes, que
tomam conta de praticamente todo o terreno. Ao olhar mais cuidadoso, é
possível perceber que apesar de sua simplicidade, é notavel a preocupação em Teatro Romano Arena Romana
relação ao ritmo conferido através dos elementos verticalizados do bloco Google Earth – National Museum of Roman Art – Mérida – Top View.
principal, e da fachada cuidadosamente trabalhada em tijolos romanos. Devido
a sua localização delicada, Moneo conseguiu fazer do complexo um elemento
integrado na paisagem, sendo mais discreto até que outros conjuntos ao seu
redor.

Fonte – Google Books – National Museum of Roman Art Architecture – Pag 135.

Bloco 2 - Acervos

Ponte de acesso para o Bloco 2

Bloco 1 - Entrada/Auditório/Serviços/Administração

Google Earth – National Museum of Roman Art – Mérida – Street View.


Sistemas Construtivos
Museu Nacional de Arte Romana.

Todo o complexo foi construído usando tijolos cerâmicos romanos


assentados sobre enorme estrutura de concreto armado. Técnicas,
materiais e proporções das antigascidades romanas também foram
utilizadas para conferir maior veracidade e clima às Alas internas do
museu. Alem da estrutura do complexo, é possível perceber a utilização
de passarelas metálicas em função de sua leveza e praticidade.
Fonte : >http://www.archidose.org/Jul99/072699.html<

Demanda de Uso
Revestimento do complexo em tijolos romanos.
http://people.seas.harvard.edu/~jones/lab_arch/moneo/merida/merida_4.jpg
Quando anunciado, o espaço do museu a ser projetado já possuía uma
demanda bastante especifica, pois se tratava de um complexo que iria
abrigar uma enorme quantidade de peças e artefatos até então mantidas
na antiga igreja. Atualmente o museu contempla dois blocos principais,
o primeiro sendo uma espécie de acesso/ante-sala para o público,
juntamente com a administração, um auditório e uma área de serviços.
Para atender a tais demandas, o museu possui 3 pavimentos em cada bloco,
mais a ala subterrânea.Já o segundo bloco é repleto de corredores e salas
expositoras que proporcional o espetáculo junto com a aparência em si do
local.

Fonte: >http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp063.asp<

Fonte – Google Books – National Museum of Roman Art Architecture – Pag 136.

Estrutura metálica usada nas passarelas do complexo.


http://people.seas.harvard.edu/~jones/lab_arch/moneo/merida/merida_6r.jpg
Tratamento Plástico dos Volumes e Superfícies
Museu Nacional de Arte Romana.

Apesar de usar uma organização extremamente ortogonal para a solução


do museu, com dois blocos retangulares, o museu está longe de ser
considerado uma obra regular e pouco expressiva. O fato de usar as
técnicas romanas de revestimento, os arcos em seqüência, a iluminação
zenital, o trabalho cuidadoso em mesclar as salas de exposição aos
corredores de circulação, certamente o fazem uma edificação de destaque
nos quesitos conceituais e plásticos.

Diagnóstico da Situação Atual


Aparentemente o museu se mantêm em bom estado de conservação
garantindo principalmente que as peças do acervo continuem em bom Fachada - Bloco 2 – Elementos verticais – ritmo na volumetria.
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/imagens/063_4.jpg
estado e aptas a recepção de novos visitantes.

Fachada - Bloco 1 – Entrada principal.


Interior do museu – Iluminação zenital.
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/imagens/063_1.jpg
http://www.archidose.org/Jul99/moneo1.jpg
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA
Belo Horizonte - MG
Breve Hístórico - Contexto
A construção de Belo Horizonte é um dos eventos históricos e culturais mais significativos da história
de Minas Gerais. O estado, que formou sua identidade política, econômica e cultural a partir do
século XVIII, tinha nos primeiros anos da República a sua integridade e a unidade geográfica
ameaçadas por movimentos separatistas ocorrentes nas regiões sul e norte, na Zona da Mata e no
Triângulo Mineiro.
Com a Proclamação da República, o equilíbrio das forças políticas no estado de Minas Gerais foi
rompido então surge a proposta de mudança da capital. O projeto teve ao mesmo tempo o significado
de negar a ordem monárquica e colonial representada por Ouro Preto e de exaltar o espírito
republicano, desestimulando os movimentos separatistas e criando assim condições políticas para a
integração de suas diversas regiões, a partir de uma Nova Capital instalada no centro do estado.
Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf

Planta da Nova Capital.


Fonte: arquivos DCR - IEPHA/MG.
Visão Geral

Secretaria da Educação e Saúde Pública


Edificação projetada pelo arquiteto José de Magalhães em estilo eclético com influência neoclássica, foi construída
entre os anos 1895 e 1897, sob a coordenação do engenheiro Pedro da Nóbrega Sigaud, membro da Comissão
Construtora da Nova Capital – C.C.N.C.
Possui fachadas ricamente trabalhadas; a principal é marcada no centro por um átrio no pavimento térreo, uma varanda
no segundo e no seu coroamento por um arco que sustenta uma cúpula de ferro seccionada com o ícone da República
em gesso. As colunas dóricas foram confeccionadas em mármore proveniente da pedreira Acaba Mundo, então existente
na cidade.
O interior do prédio tem pinturas parietais de autoria do alemão Frederico Antônio Steckel e de seu assistente Bertholino
Machado, além dos adornos nos forros e nas peças de estrutura metálica, inspirados em motivos florais característicos da
época. O antigo levador de 1923, ainda em funcionamento, foi o primeiro a ser instalado em Belo Horizonte.
Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf

Construção da Secretaria da educação. Secretaria da Educação e Saúde Pública.


Fonte: www.siaapm.cultura.mg.gov.bracervofotograficoSA- Fonte: www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=930284
18.4532211
Assentamento e Organização Espacial
Secretaria da Educação e Saúde Pública

A Praça da Liberdade, onde está localizada a Secretaria da


Educação foi concebida no plano original com
características especiais para abrigar a sede do executivo.
Na concepção da praça, adotou-se uma implantação sobre
a colina Alto da Boa Vista para que o seu conjunto
arquitetônico dominasse a paisagem, dessa forma
valorizando o poder civil. Utilizou-se também uma
sistematização urbanística semelhante ao Tridente, tendo o
Palácio da Liberdade como vértice do encontro de três
grandes avenidas; duas convergentes, Brasil e Bias Fortes,
e uma central, a João Pinheiro que se prolonga até o
Palácio por meio de uma alameda de palmeiras imperiais.

A localização do prédio da Secretaria da Educação, ao


lado da antiga Secretaria da Fazenda, favorece às
melhores insolações visto que a fachada principal se
orienta para o sol nascente. O relevo da região é
característico da cidade e privilegia a caracterização de
marco ao fim de vias de acesso importantes de Belo
Horizonte.

A distribuição dos prédios em função da praça tende à


exclusão do espaço periférico, porém a volumetria
harmoniosa do conjunto e a relação principalmente do
objeto de estudo com as edificações próximas não
apresenta a criação de vazios urbanos ou de área
“remanescentes” e as áreas menos apropriadas tendem a
passar por um processo de valorização após implantação
do projeto do Circuito Cultural. Mapa de localização
Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf Fonte: www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=930284
Secretaria da Educação e Saúde Pública
Foi executado o embasamento, uma parte das instalações hidráulicas e da estrutura do corpo principal da edificação e
sucessivamente as vedações e os compartimentos nos três níveis. Após essas fases, foram executados os acabamentos;
revestimentos e pinturas artísticas.

Em 1896, já tinham sido executadas as alvenarias de pedra e de tijolos, as quais já estavam respaldadas até a altura do vigamento
de ferro. Tanto a cobertura metálica, como o vigamento de ferro, estava sendo transportada da Bélgica. A edificação foi coberta
com zinco corrugado para viabilizar o trabalho dos operários durante o período das chuvas. O material de vigamento de ferro.
Depois foram ajustados os serviços da cobertura do 3º pavimento e iniciado o ajuste definitivo da cobertura do terceiro pavimento,
e então os andaimes começaram a ser retirados.
Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf

Vista aérea do Complexo Arquitetônico da Pça. da Liberdade Secretaria de Estado da Educação. Vista frontal. Obra que será
Fonte: http://maps.google.com objeto de ação civil pública a ser movida pelo Ministério
Público Estadual. Foto: Benedito Tadeu de Oliveira
Fonte: http://www.defender.org.br
Sistemas Construtivos
Secretaria da Educação e Saúde Pública

O sistema construtivo da edificação é basicamente em


estrutura portante em alvenaria de tijolos maciços. O
embasamento foi executado em pedras irregulares, de
grandes dimensões, assentadas com argamassa. As fundações
não são profundas e correspondem às alvenarias. A estrutura
dos forros e assoalhos é feita de trilhos em duplo “T”,
espaçados de 70 em 70 cm. Nos trilhos são encaixados
barrotes para fixação das tábuas e telas dos forros e dos
pisos. Devido às grandes dimensões do espaço do vestíbulo,
o forro apresenta, também, estrutura metálica aparente, Secretaria de Estado da Educação.
conformando o desenho de caixotões delimitados por Interior, detalhe dos ornamentos e escada.
pequenos gradis de ferro trabalhados. Fonte: http://www.defender.org.br
Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf

Secretaria de Estado da Educação. Detalhe do coroamento Secretaria de Estado da Educação. Interior


da fachada principal. Foto: Benedito Tadeu de Oliveira Fonte : http://www.defender.org.br
Fonte : http://www.defender.org.br
Demandas de Uso
Secretaria da Educação e Saúde Pública
A prédio da Secretaria da Educação e Saúde Pública de Minas Gerais
teve como programa inicial em 1897 espaços para receber delegações
do interior, reger concursos para contratação de funcionários públicos
para vários setores, inclusive o educacional, abrangendo to o Estado,
inclusive deveria abrigar também a Polícia, a Inspetoria de Higiene e
o Instituto Vacínico. Ao longo do tempo passou a abrigar a Secretaria
de Educação e Saúde Pública de 1930 até 1992 quando passou por
várias reformas de fundação, troca de esquadrias de ferro por madeira,
foi criada uma nova rede hidráulico-sanitária, uma rede de telefonia, e
um novo sistema elétrico uma cobertura acrílica no pátio criando uma
ambiência fechada entre o prédio e o anexo que atenderia agora o
Centro de Referência do Professor ocupando 300m² no andar térreo. Planta Primeiro Pavimento Foto: João Marcos de Oliveira
Fonte: Acervo IEPHA-MG
O acesso principal da edificação é feito por meio de uma escadaria
com degraus de pedra que, após passar por um pórtico, leva ao átrio.
O pórtico é constituído de três aberturas delimitadas por quatro
colunas de mármore em estilo dórico, coroadas por arcos pleno de
pedra.

Outras três arcadas de pedra levam ao hall principal que tem o pé-
direito alto circundado por colunas dóricas e nível do piso rebaixado
em relação aos outros espaços internos. Por meio de três aberturas, dá
acesso do hall principal ao corredor delimitado por oito colunas
dóricas. Contíguo ao corredor está o espaço que abriga a escadaria
central em estrutura metálica e em estilo art-nouveau. No pavimento
térreo, as grandes salas interligam-se através de portas de folhas
duplas, e as salas do acréscimo têm acesso direto para o pátio central.
A circulação interna do bloco original é feita através de um largo
corredor longitudinal entre o hall central e o espaço da escadaria.
Planta Segundo Pavimento Foto: João Marcos de Oliveira
Fonte: Acervo IEPHA-MG
O primeiro pavimento basicamente repete a planta do térreo, com
alguma diferenciação pela presença de sacadas laterais e
pequenos balcões na fachada principal. Na construção do anexo
posterior, duas salas do bloco original do segundo pavimento
tiveram sua função alterada, a fim de funcionarem como hall de
distribuição e circulação. A circulação das salas que dão para o
pátio central é feita através de uma passarela com guarda-corpo
de ferro que circunda todo o pátio, avançando sobre ele. No
segundo pavimento existem, além do hall de escada, o corpo
central subdividido em três salões, um corredor longitudinal, uma
varanda descoberta e dois terraços simétricos que se comunicam
com as salas laterais. O corredor longitudinal faz a ligação entre
as salas e o hall da escadaria.

Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf
Planta Terceiro Pavimento Foto: João Marcos de Oliveira
Tratamento plástico de volumes e Superfícies Fonte: Acervo IEPHA-MG

Secretaria da Educação e Saúde Pública

Com volume único, apresenta corpos salientes, criando na


fachada principal um interessante movimento que tenta
destacar o jogo de planos. Apresenta, também, simplicidade
compositiva, com ornamentação rica em elementos
arquitetônicos diversos; falsas pilastras, capitéis coríntios,
cimalhas, frontões, platibanda, cornija e outros. A variedade e a
diversificação de elementos arquitetônicos acentuam o aspecto
cênico da Praça da Liberdade, quando se avalia o seu conjunto
de edificações. O projeto é de autoria do engenheiro-geógrafo
pernambucano José de Magalhães, e a decoração interna, de
autoria do artista e pintor alemão Frederico Antônio Steckel.

Secretaria da Educação.
Foto: Norma Lúcia Flávio de Lelis.
A edificação foi implantada sobre o alinhamento da via pública
em terreno de formato retangular e o seu principal acesso se dá
pela Praça da Liberdade. Possui planta retangular, com
embasamento revestido em pedra.

A sua volumetria, escala, ritmo das aberturas e composição


simétrica semelhantes às demais edificações da Praça da
Liberdade, construídas na época da sua inauguração. A primeira
etapa da sua construção, concluída em 1896, apresentava simetria
rigorosa ao longo dos dois eixos ortogonais, sendo o longitudinal
paralelo à Praça, marcado por um grande espaço de circulação.

A ampliação posterior, feita a partir de 1928, obedeceu à


unidade de estilo e de volumetria, havendo apenas o
comprometimento da fachada posterior original. A ampliação
em direção à rua da Bahia foi limitada pela existência do prédio
da Coletoria do Estado e coerente com o projeto de José de
Magalhães. As fachadas laterais foram simplesmente rebatidas,
transformando-se a seqüência original X– Y – X, em X – Y – X – Y – X, onde Y são os corpos em ressalto. Em todos os detalhes,
inclusive de acabamentos internos, procurou-se manter a unidade arquitetônica; fazendo com que as duas fases construtivas tenham
diferenças quase imperceptíveis. Foi acrescido ao bloco original um bloco posterior em forma de “U”, criando no interior da
edificação resultante da ampliação, um pátio central. Com a ampliação e devido ao desnível do terreno, houve a possibilidade de
aproveitamento de todo o porão. A planta baixa, no entanto, manteve-se simétrica.

A fachada principal é rigorosamente simétrica e apresenta embasamento em pedra com rodapé na base e arremate com perfil
emoldurado, enquadrando o porão. Os vãos do térreo têm vergas curvas e os dos pavimentos superiores vergas retas. A fachada
principal tem um corpo central destacado com escadaria em lajes de pedra com guarda-corpos baixos, fechados de alvenaria e pedra
que avança sobre o espaço público fazendo a sua ligação com a edificação. O corpo central tem no primeiro pavimento três arcadas
de pedra coroadas por arco pleno e compostas de quatro colunas de mármore em estilo dórico, sendo duas costeadas à parede. O
segundo pavimento do corpo central tem sacada com quatro colunas de corpo cilíndrico interligadas por balaustradas e coincidentes
com a colunata abaixo, as quais são arrematadas por entablamento em verga reta. As colunas de corpo cilíndrico têm
soco quadrado, base circular torneada, fuste liso, ábaco quadrado e capitel adornado com volutas e motivos fitomorfos.
O corpo central, que tem as suas laterais delimitadas por cunhais com bossagens, é arrematado ao nível do terceiro piso por um terraço
com guarda-corpo em balaústres. Ladeando o corpo central, em posição simétrica, os volumes recuam e nas extremidades avançam
novamente, criando jogos de planos. Os volumes laterais, com composição semelhante ao principal, têm dois pavimentos, sacadas
com guarda-corpos em ferro batido e emoldurados em relevo recebendo vedação em esquadrias de madeira e vidro.
O coroamento da edificação é feito por cimalha e platibanda, alternando-se com trechos em
balaustrada. O coroamento central é marcado por grande frontão em arco pleno coberto, na parte posterior por cúpula de ferro de
dimensões inferiores a uma meia esfera, revestida de estuque e decorada internamente com pintura a óleo azul celeste. A semicúpula,
constituída de platibanda em arcos abatidos, pequenos entablamentos e simulacros de pilastras com capitéis coríntios, confere um
aspecto suntuoso à fachada, além de dar profundidade ao grande frontão curvo e interrompido que tem um busto de esfinge em
mármore jaspe, assentado sobre um frontal curvo interrompido e representando a República. O busto de figura feminina tem
fisionomia serena, cabeça reta, rosto redondo, olhos amendoados, nariz reto, boca cerrada, lábios afilados, pescoço e cabelos longos,
parcialmente presos.
Fonte: http://www.defender.org.br/
uploads/Artigo1.pdf

Diagnóstico da Situação Atual

Secretaria da Educação e Saúde Pública

Até o lançamento do projeto “Circuito


Cultural da Praça da Liberdade”
funcionou na antiga Secretaria da
Educação o Centro de Referência dos Projeto de reforma da antiga Secretaria da Educação
Professores e o Museu-Escola. Fonte:http://pracadaliberdadebhmg.blogspot.com/2007/03/praa-da-liberdade-belo-
horizonte-mg.html
Primeiro no gênero no Brasil, o Museu foi um espaço privilegiado para estudo, pesquisa e reflexão; guardava a memória da
educação do Estado e era freqüentado por centenas de pesquisadores e visitantes. O desmonte em 2006 dessa instituição, também
protegida por Lei, gerou muita insatisfação junto à comunidade acadêmica que possuía uma forte relação afetiva com esse espaço e
acervo. A intervenção proposta na antiga Secretaria da Educação configura um caso mais grave, pois demonstrou a reincidência no
erro analisado no caso anterior, o da antiga Secretaria de Finanças. Mais uma vez foi proposto um programa incompatível com as
características arquitetônicas da edificação e convidado para o desenvolvimento do projeto de intervenção um arquiteto que não tem
sensibilidade para reconhecer valores intrínsecos dos bens culturais, especialmente os tombados. x
A intervenção proposta na antiga Secretaria da Educação configura um
caso mais grave, pois demonstrou a reincidência no erro analisado no
caso anterior, o da antiga Secretaria de Finanças. Mais uma vez foi
proposto um programa incompatível com as características
arquitetônicas da edificação e convidado para o desenvolvimento do
projeto de intervenção um arquiteto que não tem sensibilidade para
reconhecer valores intrínsecos dos bens culturais, especialmente os
tombados. O projeto inicial era a reutilização da edificação tombada
como Centro de Indústria, Arte e Cidade, e seria financiado pela
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG.
Provavelmente a FIEMG também abandonou o empreendimento, em
função de outra Ação Civil Pública movida pelo Sindicato dos
Arquitetos – SINARQ/MG baseada nos equívocos ocorridos na
concepção do projeto.

O projeto gerou uma impressão tão negativa junto aos especialistas em


preservação de bens culturais que em 2007 o SINARQ/MG criou um
blog propondo o Prêmio Atila ao autor do projeto. A proposta do
SINARQ/MG teve adesão de algumas centenas de signatários inclusive
de arquitetos de diversos países do mundo. Posteriormente o projeto foi
“requentado” e o grupo EBX, decidiu patrocinar a reforma da Secretaria
da Educação para reutilizá-lo como um Museu das Minas e do Metal. As
obras foram iniciadas em agosto de 2009, com a demolição da parte
posterior da laje do terraço para inserção de uma estrutura metálica que
vai dar origem a um volume a ser pintado na cor vermelha alterando
assim o aspecto, os espaços, a ambiência e a volumetria da edificação
que tem tombamento de forma integral. Na primeira proposta de
reforma consta até mesmo uma cascata ao gosto dos shopping centers na
fachada posterior da edificação. Na proposta consta um elevador
panorâmico colado na parte externa da edificação, também ao gosto das
praças de alimentação de alguns shopping centers.
Estrutura Metálica do novo projeto
Fonte: http://pracadaliberdadebhmg.blogspot.com/
Fonte: http://www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf
2007/03/praa-da-liberdade-belo-horizonte-mg.html
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

maps.google.com

www.skyscrapercity.com

en.wikipedia.org/wiki/Mérida,_Spain

www.archidose.org/

www.defender.org.br/uploads/Artigo1.pdf

www.vitruvius.com.br/arquitextos/

www.spanish-architecture.info/

www.novaroma.org/

Google Books – National Museum of Roman Art Architecture

Bens tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Belo Horizonte, IEPHA/MG
www.iepha.mg.gov.br

Praça da Liberdade: circuito da desculturalização? Sindicato de Arquitetos de SINARQ, seção Minas Gerais. Belo Horizonte,
2006

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